Filipe Clemente de Souza: “O meu objectivo é chegar ao pódio”

 

Filipe Clemente Souza é bicampeão do AAMC Challenge, a categoria máxima do Campeonato de Macau de Carros de Turismo (MTCS, na sigla inglesa) e é um dos pilotos do território que almeja um lugar no pódio na Taça de Carros de Turismo de Macau – CTM. Souza ocupa o terceiro posto no campeonato TCR Asia Series que, integrado na Corrida da Guia, também pontua e chega ao fim em Macau.

 

Podia ter corrido na Corrida da Guia, onde é terceiro no TCR Asia, como na Taça CTM. Porque é que escolheu esta última?

A Corrida da Guia é uma prova a pensar nos concorrentes internacionais. A Taça CTM é mais pensada para pilotos como eu, pilotos locais. As hipóteses de conseguir um bom resultado à geral são muito maiores para mim na Taça CTM do que são na Corrida da Guia, onde as equipas e os pilotos do TCR International Series têm outros meios à disposição que nós, pilotos de Macau, não temos.

Paul Poon e a equipa Teamworks Motorsport têm dominado a Taça CTM e são novamente favoritos. Acha que tem alguma hipótese de lutar pelos lugares da frente?

Estou confiante que sim, que este ano o meu carro está mais forte. Fiz várias alterações no meu carro (Chevrolet Cruze 1.6T) para a corrida deste ano e está melhor ainda do que estava quando vencemos o AAMC Challenge no Circuito de Zhuhai. O carro agora tem um motor novo, mais potente, e o objectivo é terminar nos lugares do pódio.

Sempre foi um dos pilotos que se manifestou contra o actual regulamento 1.6T Produção que tem criado dificuldades à maioria dos pilotos da RAEM.

O regulamento 1.6T da Taça CTM foi introduzido com o intuito de não se gastar tanto dinheiro, mas não foi isso que aconteceu. Estamos a gastar mais do que antes. É um regulamento que não existe noutro lado do mundo. Não há ninguém mais a correr com este regulamento. Temos de ser nós, os pilotos, a gastar dinheiro para desenvolver os nossos carros. É preciso testar muito e isso custa muito dinheiro.

E qual dos dois gosta mais de conduzir? O Volkswagen Golf Gti TCR ou Chevrolet Cruze 1.6T?

É uma escolha difícil porque, apesar de serem ambos dois carros de turismo, são dois carros diferentes e ambos têm o seu lado bom. O Volkswagen é mais rápido, tem maior velocidade de ponta, mas quando se trata do prazer de controlar, o Chevrolet é um carro que dá muito mais gozo de conduzir.

18 Nov 2016

Félix da Costa conquistou a pole-position provisória para a Taça do Mundo FIA de Fórmula 3

Num dia muito luso no Grande Prémio de Macau, António Félix da Costa conquistou a pole-position provisória para a Taça do Mundo FIA de Fórmula 3.

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]pós ter sido o sétimo mais rápido no treino-livre da manhã, o piloto português foi o mais forte na qualificação, que teve quatro interrupções, batendo por duas décimas de segundo Callum Ilott e o super favorito Felix Rosenqvist, que procura a terceira vitória consecutiva na prova, mas que ontem se queixou do comportamento dos pneus.

Kenta Yamashita, o campeão japonês de F3, foi o quarto mais rápido, após ironicamente ter perdido uma roda no início da sessão. Por seu lado, Dani Juncadella, outro ex-vencedor, fez o quinto tempo, mas teve uma sessão atribulada, causando mesmo o acidente que ditou o fim prematuro da sessão, ao colidir nas barreiras de protecção da Curva dos Pescadores.

“Ainda estamos no início e muito pode acontecer num fim-de-semana de Grande Prémio de Macau, mas é sempre melhor começar à frente do que atrás”, disse Félix da Costa. “Rapidamente consegui rodar depressa, não estava muito contente com a minha sessão desta manhã, mas a equipa fez um grande trabalho em efectuar mudanças no carro e que funcionaram. Estou bastante satisfeito”, concluiu o piloto luso, que tripula um Dallara-VW da equipa inglesa Carlin. Sobre o que acontecerá daqui em diante, Félix da Costa diz que “a experiência conta muito em Macau, mas não há dúvidas que os jovens pilotos estão a andar muito e está mais difícil do que nunca”.

Esta está a ser a primeira edição da prova com pneus Pirelli, depois de 33 anos de reinado da Yokohama, mas por agora não houve felizmente qualquer problema. Os pilotos apenas assinalaram um maior desgaste das borrachas italianas, o que obrigou a FIA a autorizar o uso de cinco jogos novos de pneus para o fim-de-semana, em vez de três jogos e meio que eram usados no tempo do fabricante nipónico.

Hoje os concorrentes têm ainda uma sessão de treinos-livres pela manhã e uma segunda qualificação de tarde para determinar a grelha de partida para a corrida de qualificação de amanhã. Se hoje os aguaceiros marcarem presença em Macau, então a qualificação de hoje poderá ficar comprometida e os resultados da qualificação de ontem poderão acabar por prevalecer para delinear a grelha de partida de sábado.

 

18 Nov 2016

António Félix da Costa: “A comunidade portuguesa faz-me sentir em casa”

António Félix da Costa regressa este ano ao Circuito da Guia e à prova de F3 que venceu categoricamente em 2012. O piloto da linha de Cascais está confiante num bom resultado, mas sabe que tem pela frente uma concorrência fortíssima a todos os níveis.

[dropcap]O[/dropcap]s olhos da comunidade portuguesa do território na prova de F3 vão estar em si e a torcer por um resultado igual ao de 2012. O que tem para lhes dizer?
Que o apoio deles é fundamental e faz-me sentir verdadeiramente em casa, é uma corrida espectacular e todo aquele carinho pode fazer a diferença, por isso o que peço é que tragam a nossa bandeira de Portugal e encham as bancadas! Do meu lado, tudo farei para lutar pela vitória.

A Prema PowerTeam – Theodore Racing tem dominado completamente a F3 nos últimos tempos. Acredita que a Carlin poderá ter um carro à altura para lutar pela vitória?
Sim, Macau é uma corrida à parte onde a afinação base do carro é totalmente diferente dos circuitos convencionais, portanto acredito que poderemos lutar contra eles, que obviamente são uma excelente equipa. Mas em 2012 venci com a Carlin, pelo que vamos entrar em pista com esse objectivo em mente.

Não fez qualquer corrida de F3 este ano, assim como o Felix Rosenqvist ou o Dani Juncadella. Acredita que a vossa experiência num circuito como este poderá fazer a diferença contra pilotos com menos experiência na Guia, mas que conduziram estes carros o ano todo?
Sim, em Macau principalmente a experiência, conhecimento do circuito e a maturidade contam muito, mas há sempre roockies a andar bem e de certeza que vamos ter vários pilotos mais novos a andarem rápido em Macau. Vai ser entusiasmante ver a luta dos “velhos” contra os miúdos novos com sangue na guelra.

Depois de ter estado cá, mais nenhum jovem piloto português veio ao Grande Prémio de F3. O que acha que está a faltar em Portugal para existir uma sucessão?
Esta pergunta daria para estarmos um dia inteiro a falar deste tema, mas basicamente é preciso investir desde novo numa carreira. No meu caso, abdiquei de muitas coisas desde os meus 12 anos, não se pode querer ser piloto profissional aos 16 ou 17 anos, ai já é tarde, tem de haver um trabalho e uma preparação desde cedo, um foco, um objectivo em que se aposta tudo. Não falo especialmente do lado financeiro, mas sim de um piloto, toda a sua família e estrutura de gestão acreditarem e focarem-se num único objectivo – levar um jovem o mais longe possível.

17 Nov 2016

André Couto: “Vou dar o meu melhor, como sempre”

 

André Couto vai ser, pela segunda vez consecutiva, o único representante da RAEM na Taça do Mundo FIA GT do Grande Prémio de Macau. Desta vez, o piloto português do território conduz um Lamborghini Húracan GT3, com apoio de fábrica, e que apenas conhece de um dia de testes em Adria.

 

Mais uma vez, vai participar no Grande Prémio de Macau com um carro que praticamente desconhece.

Desde os tempos que corri aqui de Fórmula 3 que não corro em Macau com o mesmo carro que competi ao longo do ano. Foi assim quando fazia a Corrida da Guia do WTCC, é agora assim com os GT. Claro que isto é uma desvantagem muito grande, mas é algo a que já me habituei a lidar ao longo dos anos e das minhas participações na prova.

Mesmo assim ainda teve uma pequena oportunidade de ensaiar o carro em Itália.

Tive a oportunidade de realizar um dia de testes em Itália, com o carro de testes da Lamborghini, mas falta-me conhecer melhor o carro. Gostei do Húracan. Achei-o bastante bom no que respeita ao estilo de condução. Pareceu-me um carro ágil. Conheço muito bem o Circuito da Guia, se me adaptar ao carro depressa acredito que é possível andar bem desde início.

Que objectivos tem para esta corrida, sabendo de antemão que a concorrência são os melhores pilotos da especialidade?

Vou dar o meu melhor, como sempre. Mas muito vai depender do BoP (balanço de performance, na sigla inglesa) que for atribuído (pela FIA) ao nosso carro este fim-de-semana. Se o BoP for bom, então acredito que vai ser possível andar lá na frente com os Audi e os Mercedes, mas se for menos bom, obviamente que vai ser mais complicado. O ano passado, com o McLaren, éramos muito bons lá em cima, na montanha, mas perdíamos muito tempo nas rectas para os nossos rivais.

O que pensa da FFF Racing Team by ACM? É a equipa com quem correu o ano passado aqui e onde também fez uma corrida no GT Asia Series em 2015.

Conheço muito bem a equipa e sei com o que posso contar. É uma equipa nova, mas com muita ambição e com visão a longo termo. Contam com bons profissionais, fazem um bom trabalho e têm aspirações de vencer. É para isso que cá estão em Macau. O apoio da Lamborghini vai dar-lhes uma motivação suplementar e dá-nos uma oportunidade para lutar pelos lugares da frente.

 

17 Nov 2016

50º Grande Prémio de Motociclismo: Jubileu de ouro de muita classe

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Grande Prémio de Macau de Motos sopra as 50 velas e continua muito bem de saúde. Com o passar dos anos, a prova deixou de ser de suporte do programa e afirmou-se, sendo considerada a favorita por parte do público, segundo estudos feitos pela própria organização do evento.

A lista de inscritos está repleta da fina flor da modalidade e conta com, nada mais, nada menos, que cinco ex-vencedores da prova – Michael Rutter, Peter Hickman, Stuart Easton, Ian Hutchinson e John McGuiness. Todos eles fazem já parte da alma da corrida e todos eles são candidatos a mais uma vitória no sinuoso e imprevisível Circuito da Guia.

Se perguntarem quem são os candidatos ao triunfo a Rutter, que este fim-de-semana vai tentar vencer pela nona vez no Circuito da Guia, batendo um recorde que a ele pertence, o britânico irá responder-vos que “são os seus dois companheiros de equipa Peter Hickman e Stuart Easton, o Ian Hutchinson e o Gary Johnson”. As BMW S1000RR, especialmente as três douradas da BATHAMS/SMT Racing, são sem dúvida as motos do momento.

A BMW, que o ano passado se sagrou o primeiro construtor a vencer a Corrida da Guia e o Grande Prémio de Motos, tem “um claro pico de vantagem para as Honda e Kawasaki”, apesar de Rutter lembrar que “é preciso ter cuidado com a Ducati Panigale daquele jovem estreante irlandês Glenn Irwin”.

Hickman foi a surpresa do ano passado, ao vencer à primeira, mas o britânico de 29 anos teve de trocar à última hora de equipa, pois a sua anterior equipa, a GBmoto Kawasaki, desistiu de correr em Macau. Felizmente Hickman arranjou poiso na BATHAMS/SMT Racing e até um teste em Portimão para se ambientar a uma moto que não tripulava desde Novembro passado.

Easton e Hutchinson estão também no pico de forma, assim como Gary Johnson e Martin Jessopp, que terminou o ano passado no segundo lugar. E depois há a tal Ducati vermelha que é preparada pela Paul Bird Motorsport e que dispensa apresentações.

Portugal tem a menor representação em décadas na prova, cingindo-se a André Pires. O motociclista de Vila Pouca de Aguiar vai para a sua terceira participação na prova, após ter sido 13º classificado em 2013 e 20º classificado em 2015. Desta vez, o representante luso vai tripular uma mais competitiva Bimota, que apesar de não ser suficiente de ombrear com a maquinaria dos homens da frente, dá-lhe argumentos que não teve à disposição em provas anteriores.

Macau volta a não ter qualquer representante em prova, mas equipa local CF Racing Team 32 inscreve uma Yamaha para o sul-africano Allann-Jon Venter.

Destaque ainda para a presença do engenheiro Carlos Barreto, um filho adoptado do território, que continua à frente da direcção de corrida da prova de motociclismo mais desafiante e perigosa do continente asiático.

 

 

Ex-vencedores em prova

Michael Rutter (BMW) – 1998, 2000, 2002, 2003, 2004, 2005, 2011, 2012

Stuart Easton (BMW) – 2008, 2009, 2010, 2014

Peter Hickman (BMW) – 2016

Ian Hutchinson (BMW) – 2013

John McGuiness (Honda) – 2001

 

 

17 Nov 2016

Corrida da Guia Macau 2.0: Um título em disputa e Monteiro à espreita

[dropcap style≠’circle’]É[/dropcap] o segundo e último ano da Corrida da Guia com os TCR. No ano passado tivemos duas corridas que foram inesquecíveis, com acidentes q.b. e a discussão do título do TCR International Series até praticamente à bandeira de xadrez. Este ano voltamos a ter a luta pelo título do TCR ao rubro, com quatro pilotos ainda habilitados a serem campeões.

O inglês James Nash, em SEAT, tem 17 pontos de vantagem sobre o ainda campeão em título Stefano Comini, em Volkswagen. No terceiro lugar, mas com mais 16 pontos de atraso, está o espanhol Pepe Oriola, companheiro de equipa de Nash na já campeã de equipas, a Craft-Bamboo Racing. A 39 pontos do líder está o francês Jean-Karl Vernay, no outro Volkswagen da Leopard Racing, o que quer dizer que Oriola e Vernay irão ter como missão primordial ajudar os seus companheiros de equipa, maia do que tentarem correr por um ceptro já muito difícil de conquistar.

No ano passado, Rob Huff provou que o Honda Civic é o carro a bater no Circuito da Guia. Gianni Morbidelli teve uma temporada de azares; caso contrário, hoje poderia estar a lutar pelo título. E ao lado do italiano vai estar o português Tiago Monteiro. “Macau é a minha pista favorita e quero cá voltar”, disse ao HM o portuense no final de 2014, quando o WTCC se despedia da RAEM. Monteiro cumpriu a promessa.

“O carro é fácil de conduzir e muito divertido, tal como muito competitivo. Portanto, foi uma honra e um enorme prazer quando fui convidado para me juntar ao TCR International Series aqui em Macau”. O piloto chega a Macau sem compromissos e qualquer pressão em termos de campeonato. “Sei que o nível do TCR International Series é bastante alto. Conheço a maior parte dos pilotos da frente, pelo que estou ciente que a tarefa que tenho pela frente será dura. Se conseguir ficar nos lugares da frente, ficarei contente, pois é esse o meu objectivo. Mas também sei que há um título em disputa e não quero interferir”, realça o ex-piloto de F1 que tem contra ele o facto de não conhecer tão bem o Honda Civic TCR como conhece o Civic WTCC que usa durante o ano no mundial da especialidade.

Monteiro detém o melhor resultado de sempre de um piloto português na Corrida da Guia, ao ter terminado na segunda posição na primeira corrida do WTCC em 2013, resultado que obviamente gostaria de superar. Se o conseguir, o piloto de 40 anos, que sempre se deu bem com os ares de Macau, tornar-se-á o primeiro piloto português a vencer esta corrida depois de, em 1993, Ni Amorim ter estado perto desse triunfo, se os pneus do BMW M3 que conduzia não tivessem sido cortados numa aparente manobra de sabotagem.

Michael Ho, em Honda, Kevin Tse, em Volkswagen, e o estreante Lou Hon Kei, em SEAT, serão os pilotos de Macau nesta corrida, sendo que apenas poderão ambicionar resultados na segunda parte do pelotão e marcar pontos para o TCR Asia Series.

Uma última nota para a presença controversa de seis carros provenientes do Campeonato Chinês de Carros de Turismo (CTCC) cujo verdadeiro andamento comparando com os 30 carros do TCR é uma incógnita a ser descoberta hoje às 11h25.

TCR International Series – Campeonato:

1. James Nash – 262 pt.

2. Stefano Comini – 245 pt.

3. Pepe Oriola – 229 pt.

4. Jean-Karl Vernay -223 pt.

5. Mat’o Homola -175 pt.

6. Gianni Morbidelli – 174 pt

17 Nov 2016

Taça do Mundo de F3 da FIA – Um teste à velha guarda

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] agora rebaptizada Taça do Mundo FIA de Fórmula 3 (ex-Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3 e que já se chamou ex-Taça do Mundo de F3) apresenta-se este ano com um figurino igual ao de anos anteriores, mas com uma áurea diferente. Barry Bland já cá não está e os pneus Yokohama foram trocados por uma incógnita que se chama Pirelli.

A Federação Internacional do Automóvel (FIA) que tomou as rédeas da prova andou na Primavera a pregar que a F3 não era para graúdos, mas sim uma disciplina para formar jovens pilotos, mas acabou por se contradizer em Macau, abrindo a porta a uma série de “veteranos” e ex-vencedores que irão tornar este fim-de-semana ainda mais interessante.

Pela primeira vez, vamos ter em pista três ex-vencedores da corrida e um deles – Felix Rosenqvist – pode bater o recorde de número de vitórias na prova. Na sua sétima participação, o sueco voltará a representar a super equipa Prema PowerTeam – SJM Theodore Racing e não esconde que, “apesar de não querer por nenhuma pressão, o objectivo é vencer”.

António Félix da Costa e Dani Juncadella alinham pelo mesmo tom conservador com uma pontinha envergonhada de ambição. Nenhum dos três realizou qualquer corrida de F3 este ano, apenas dois dias de testes em Red Bull Ring.

Em melhor posição estão outros dois “veteranos”, Nick Cassidy, que fez temporada completa do europeu da especialidade como escudeiro do campeão e grande ausente este fim-de-semana Lance Stroll, e Alexander Sims que fez uma corrida do europeu para preparar esta prova, depois de uma época a conduzir BMWs da classe GT.

Como Stroll já começou a sua aventura na Fórmula 1, o estreante Maximilian Gunther, também ele piloto da Prema PowerTeam – SJM Theodore Racing, lidera a lista dos favoritos dos mais novos, onde consta uma série de esperanças do automobilismo britânico, como George Russell, Callum Ilott ou Lando Norris.

Quando se fala da corrida de Macau, não se pode descurar a presença do primeiro e segundo classificados do campeonato japonês da especialidade: Kenta Yamashita, com a poderosa equipa TOM’S, e Jann Mardenborough, um piloto promovido do mundo dos videojogos pela Nissan e PlayStation.

Apesar de Félix da Costa ser o único português em prova, o piloto de Cascais não é o único a falar português. O Brasil terá dois representantes em acção este fim-de-semana: Sérgio Sette Câmara e Pedro Piquet. Apoiado pela Red Bull e ao volante de um monolugar da equipa Carlin, como Félix da Costa, Câmara tem o recorde do Circuito da Guia ao volante de um F3. “A pista é sensacional, de rua com características de autódromo. Este fim-de-semana espero colocar em prática toda a experiência que adquiri em dois intensos anos de F3”, comenta o piloto de Belo Horizonte.

O outro “canarinho” em pista é Pedro Piquet, filho do ex-campeão do mundo de Fórmula 1, Nelson Piquet. Para Piquet, este primeiro ano na Europa “foi um ano de aprendizagem” e espera terminar a temporada com um “resultado positivo” num circuito que lhe é desconhecido.

 

Velha guarda

Nº1 Félix Rosenqvist (Dallara-Mercedes)

Nº3 Nick Cassidy (Dallara-Mercedes)

Nº9 Daniel Juncadella (Dallara-Mercedes)

Nº29 António Félix da Costa (Dallara-VW)

Nº30 Alexander Sims (Dallara-Mercedes)

 

Jovens lobos

Nº2 Maximilian Gunther (Dallara-Mercedes)

Nº8 George Russell (Dallara-Mercedes)

Nº16 Joel Eriksson (Dallara-VW)

Nº20 Callum Illot (Dallara-Mercedes)

Nº27 Sérgio Sette Câmara (Dallara-VW)

 

 

A difícil missão de Andy

Pelo terceiro ano consecutivo, Andy Chang Wing Chung é o único representante de Macau nesta prova. Este ano, o piloto do território – que em 2105 terminou num honroso 14º lugar –, apenas teve orçamento para realizar duas corridas no Campeonato da Europa FIA de Fórmula 3, com um Dallara NBE da Threebond with T-Sport e com resultados muito modestos. Contudo, a prova de Macau pode salvar a temporada para o piloto de 20 anos. “O Andy competiu neste evento nos últimos dois anos e esta experiência irá ajudá-lo este ano”, diz Russell Eacott, o chefe-de-equipa da T-Sport. O piloto da RAEM testou os novos pneus Pirelli em Silverstone antes da pequena equipa inglesa enviar o equipamento para Macau.

17 Nov 2016

É a FIA quem manda aqui

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]stá aí mais um Grande Prémio de Macau, um motivo de orgulho para os locais que, ao longo de gerações, construíram um dos maiores, se não mesmo o maior, cartaz automobilístico do Sudeste Asiático. O 63º Grande Prémio será o primeiro sob a batuta da recém-criada Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau (COGPM), com o Instituto do Desporto à cabeça, aproveitando o que absorveu à defunta Comissão do Grande Prémio de Macau e assessorado, na parte desportiva, pela Associação Geral do Automóvel de Macau-China (AAMC).

Se, em termos organizativos, nada de especial transpirou cá para fora, já o mesmo não se pode dizer em termos desportivos. Este início de funções da COGPM, que tem os mesmos 200 milhões de patacas de orçamento para o evento deste ano, tem sido atribulado.

Primeiro, o histórico Barry Bland bateu com a porta e a imprensa internacional, principalmente a de língua inglesa, não perdeu tempo para crucificar Macau e as suas gentes. A COGPM foi apanhada de calças na mão e não foi capaz de dar uma resposta construtiva a tempo e horas. Depois, foi a troca de pneus Yokohama pelos Pirelli na prova de F3, numa manobra da exclusiva responsabilidade da FIA e em que a inocente RAEM apanhou novamente por tabela, sem saber mais uma vez defender-se na praça pública. Por fim, nos bastidores, é cozinhada a saída do TCR International Series da Corrida da Guia no final deste ano e, para não variar, a resposta da COGPM foi um mutismo frouxo.

João Costa Antunes já cá não está, pelo menos numa função tão visível. Gostasse-se ou não da personagem, uma coisa é certa: dava o corpo às balas e não se escondia atrás de ninguém. Não era um homem dos automóveis mas, ao fim de décadas à frente do evento, aprendeu como o sistema funcionava e sabia como jogar nos bastidores.

Agora, o homem do leme é o presidente do Instituto do Desporto, Pun Weng Kun, que, pelas entrevistas já dadas, pouco sabe da matéria-prima do evento, está a tentar aprender e refugia-se em respostas evasivas quando o assunto não domina. Pun está assessorado, em termos desportivos, pelo AAMC, uma associação envelhecida que sempre se pautou por uma postura austera, fechada, adversa à imprensa e a qualquer tipo de opinião do exterior. Também ela, para fugir a qualquer responsabilidade gorda, se esconde atrás de alguém – neste caso dos homens das camisas azuis e sotaque francês.

Bland é há muito uma “persona non grata” pela FIA de Jean Todt. Saiu Bland e a FIA deu um rebuçado a Macau, chamou “Taça do Mundo” à corrida de F3, algo que, a bem da verdade, não traz nenhuma mais-valia à corrida, mas que fica bem na fotografia. Lotti, outra “persona non grata” na Praça da Concórdia, e o seu TCR estão de saída e o FIA WTCC parece que é novamente bem-vindo a Macau. Em 2017, as três maiores corridas de automóveis do Grande Prémio de Macau poderão estar entregues à FIA e aos seus desejos. Ficam à mercê do AAMC duas corridas de suporte, apenas duas, a Macau Road Sport e a Taça CTM. Isto porque a Taça da Corrida Chinesa só visita o Circuito da Guia porque “outro valor mais alto se levanta”, como diria o poeta.

No meio disto tudo, salve-se o 50º Grande Prémio de Motociclismo que, parecendo passar pelos pingos da chuva, festeja um Jubileu de Ouro em plena forma. Num circuito pensado para corridas de automóveis, a única corrida de motociclismo de velocidade de estrada no continente asiático continua de boa saúde e este ano apresenta-se como uma das corridas mais interessantes de seguir. Não é por acaso que é a corrida favorita do público.

Mas como o que realmente importa para o espectador e será lembrado daqui a 50 anos são os episódios que se passarão nestes próximos quatro dias dentro de pista, vamos todos torcer para que o São Pedro também ajude e que a 63ª edição seja memorável pela positiva, por todos aqueles que anonimamente tornam este evento possível todos os anos, e por todos os que hoje e no passado lutaram e lutam para o que o Grande Prémio de Macau chegasse ao patamar de reputação em que hoje está.

17 Nov 2016

André Couto ainda pode revalidar o título no Japão

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] temporada desportiva no Japão do piloto local André Couto chega ao fim este fim-de-semana na Twin Ring Motegi; um circuito que pertence ao construtor automóvel Honda. Couto e o japonês Ryuichiro Tomita ocupam o sétimo lugar no campeonato, com 32 pontos, menos 22 que os líderes do campeonato, o duo nipónico Takeshi Tsuchiya/Takamitsu Matsui (Toyota 86 MC). Para o piloto da RAEM revalidar o título na classe GT300 é um objectivo extremamente complicado, até porque o Nissan GT-R Nismo GT3 do Team Gainer carregará este fim-de-semana 32 kg adicionais de lastro, apesar da última prova do ano atribuir pontos a dobrar, pois serão realizadas duas corridas, uma no sábado e outra no domingo. Contudo, tal possibilidade remota está pendente vários cenários pouco prováveis que envolveriam os principais candidatos às vitórias e por sua vez, os carros que habitualmente são mais rápidos em pista.

“Matematicamente ainda é possível eu ser campeão, mas é muito, muito difícil”, reconheceu Couto ao HM que afirmou que vai dar “o meu melhor, como faço em todas as corridas e tentar encerrar a temporada com um bom resultado”.

Nesta mesma pista, o ano passado, na altura já com o título da categoria GT300 no bolso, Couto levou o Nissan GT-R Nismo GT3 cinzento ao sexto lugar. Como o próprio piloto português do território admite, este ano o Nissan tem sido prejudicado pelo “Balanço de Performance”, a fórmula técnica artificial usada pelo organizador do campeonato para equiparar o andamento em pista de viaturas tão diferentes da classe GT300 como o Nissan nº0, o Ferrari 488 GT3 ou o Toyota Prius que carrega um sistema híbrido, entre outros.  O Team Gainer teve um arranque de época discreto, mas foi evoluindo com a desenrolar da temporada, tendo mesmo lutado pela vitória na última prova, realizada na Tailândia. Couto acredita que este resultado “dá confiança à equipa” à partida para o derradeiro desafio da temporada 2016 que contará com vinte e nove concorrentes na classe GT300.

A última prova do Super GT é uma jornada dupla; um formato invulgar para o campeonato. Isto, porque o circuito Autopolis, localizado na Prefeitura de Ōita, deveria receber a próxima corrida do Super GT nos dias 21 e 22 de Maio, mas devido ao tremor de terra que assolou aquela zona do Japão o circuito ficou inoperável. Por motivos de calendarização, a organização do campeonato Super GT optou por executar esta jornada dupla em Motegi, em vez de criar um evento de substituição.

Teste em Itália

Antes de partir para o Japão, Couto viajou até ao norte de Itália para ter um primeiro contacto com o Lamborghini Húracan GT3, a viatura que conduzirá na Taça do Mundo FIA GT do 63º Grande Prémio de Macau.  Como o Lamborghini da FFF Racing Team by ACM que Couto conduzirá no Grande Prémio está a caminho da RAEM, Couto teve um dia de preparação no circuito de Adria com o carro de testes da Lamborghini Squadra Corse.  “Gostei do carro. Achei-o bastante bom no que respeita ao estilo de condução. Pareceu-me um carro ágil”, explicou Couto ao HM.  O piloto luso de Macau, que o ano passado tripulou um McLaren, irá este ano com o italiano Mirko Bortolotti representar o construtor italiano na taça mundial, onde a Automobili Lamborghini terá pela frente três rivais de peso: Audi, Mercedes-Benz e Porsche.

10 Nov 2016

Grande Prémio de Macau | TCR vai embora e WTCC deverá regressar

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Corrida da Guia deixará de pontuar para o campeonato TCR International Series a partir do próximo ano. Mas as novidades podem não ficar só por aqui. O Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC), que em 2014 se despediu de Macau, deverá estar de volta já em 2017.

O calendário provisório para a temporada de 2016 do campeonato TCR International Series já circula entre as equipas e o Circuito da Guia não consta desse rascunho. O regulamento técnico do TCR serviu para colmatar o vazio deixado pelo WTCC em 2015 na Corrida da Guia, quando o mundial de carros de turismo rumou a outras paragens. O ano passado e novamente este ano, a Corrida da Guia será pontuável para os campeonatos TCR International Series e para o TCR Asia Series, no entanto, este ano a corrida não se cinge apenas aos concorrentes dessas duas competições como em 2015. Dos 36 inscritos da “Corrida da Guia Macau 2.0T Suncity Grupo”, apenas 25 carros são provenientes dos dois campeonatos TCR. Há 5 concorrentes convidados, com viaturas que seguem o regulamento TCR, e 6 outros concorrentes provenientes do Campeonato Chinês de Carros de Turismo (CTCC), uma competição com uma regulamentação técnica bastante diferente, o que terá gerado algum mal estar.

A organização do campeonato liderado por Marcello Lotti, ex-promotor do WTCC, ainda não fez nenhuma comunicação oficial sobre o assunto. Contudo, segundo o que apurou o HM, a “oportunidade de terminar a temporada de 2017 com a Fórmula 1” e a “alteração da regulamentação da corrida”, que abriu a porta à participação de outro tipo de viaturas, como aquelas provenientes do CTCC e do homologo britânico, sendo que deste último campeonato nenhum arriscou uma visita à RAEM, terão dado motivação à organização do TCR International Series para abdicar daquele que era o “cabeça de cartaz” do seu calendário a par com a corrida nocturna no Grande Prémio de Singapura no fim-de-semana da Fórmula 1. Macau poderá ser mesmo substituído pelo circuito de Monte Carlo no Mónaco, no calendário de 2017 do TCR International Series.

De acordo com as fontes ouvidas pelo HM, o fim desta ligação “TCR-Guia” abriu as portas ao regresso WTCC, o principal campeonato de carros de turismo da Federação Internacional do Automóvel (FIA),  isto numa altura em que novel Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau e a federação internacional andam de mãos dadas. A FIA manteve a Taça do Mundo de GT no território e deu o estatuto de Taça do Mundo também à prova de Fórmula 3, o que torna o Grande Prémio de Macau o único evento que engloba duas Taça do Mundo FIA num só fim-de-semana.  Caso consiga reintroduzir o WTCC em Macau, a FIA dará um bónus a um campeonato que passa por dificuldades visíveis e que precisa de todo o tipo de ajudas para se renovar.

Volta que estás perdoado

Após dez anos consecutivos com muitas histórias para contar, o WTCC despediu-se em 2014 de Macau, uma resolução que não foi do agrado das equipas e pilotos, nem sequer do promotor do evento. François Ribeiro, o responsável máximo da Eurosport Events, a empresa que tem os direitos de promoção do WTCC, disse na altura que o “WTCC amadureceu durante os seus dez últimos anos” e que a sua organização decidiu procurar novas alternativas, em novos palcos, onde “seja possível abrir novos mercados, ter melhor horários televisivos e estarmos mais próximos da nossa base, permitindo o regresso mais rápido à Europa”. O dirigente francês gostaria que as duas corridas do WTCC fossem realizadas no sábado à tarde, ocupando o lugar actualmente da corrida do Grande Prémio de Motos no programa, pois, em termos de transmissão televisivas para o continente europeu, serviria melhor os seus interesses. Sem espaço em Macau, o WTCC rumou ao Catar, onde realiza uma prova nocturna de encerramento de temporada que não tem nem metade de resplendor que tinha a visita anual ao território. O campeonato gerido pela Eurosport Events está a viver um período difícil. A Citroen e a LADA estão de partida, deixando apenas a Honda e Volvo como únicas equipas de fábrica presentes. Esta temporada o WTCC teve sempre inúmeras dificuldades em reunir mais de duas dezenas de concorrentes e tudo indica que voltará a passar por dificuldades para juntar mais de dezena e meia de participantes em 2017.

Instado a comentar sobre o assunto, François Ribeiro não confirmou, nem negou a vontade do WTCC em regressar às ruas do território. “Nós nunca dissemos que não queríamos regressar à Corrida da Guia que foi, e que continua a ser, uma das corridas icónicas da Ásia, e que sempre dá sempre deu boas-vindas à exposição mediática internacional”, disse Ribeiro.

7 Nov 2016

Tiago Monteiro falou do regresso à Guia

[dropcap style≠’circle’]T[/dropcap]iago Monteiro será o único representante português na edição deste ano da Corrida da Guia do Grande Prémio de Macau. O ex-piloto de Fórmula 1 falou pela primeira vez sobre o desafio que irá ter pela frente nas ruas da RAEM, onde irá tripular um Honda Civic TCR nº81 da equipa sueca WestCoast Racing.

Monteiro voltou a reafirmar que Macau é “um dos locais favoritos” para correr e que sempre teve “gosto em correr de Fórmula 3  e carros de turismo”.  Após ter competido primeiro de Fórmula 3 no Circuito da Guia, na altura como vice-campeão francês da especialidade, o portuense foi presença regular neste evento quando o Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC) visitava Macau. Aliás, é uma má memória na última participação no território que dá uma motivação extra ao actual piloto oficial da Honda.

“Tenho uma questão pendente,  já que da última vez que lá estive (em Macau) estava a liderar a corrida a três curvas do fim, quando um problema mecânico me obrigou a abandonar. De certeza que quero algum tipo de vingança”, admite o piloto de 40 anos que é o actual terceiro classificado no WTCC.

Tal como em 2015, este ano a Corrida da Guia irá marcar pontos para o campeonato TCR International Series, competição que tem atraído vários ex-pilotos do WTCC, como Pepe Oriola, James Nash ou Gianni Morbidelli. Apesar de não ter qualquer tipo de pressão para obter resultados, pois não tem qualquer interesse nas contas do campeonato, Monteiro reconhece que não será fácil ombrear com os melhores pilotos deste campeonato  internacional de carros de turismo, sabendo em antemão que o conhecimento da viatura por parte da concorrência é muito maior que o seu.

“Eu sei que o nível do TCR International Series é bastante alto. Eu conheço a maior parte dos pilotos da frente, portanto estou ciente que a tarefa que tenho pela frente será dura, especialmente porque eles completarão uma temporada inteira com os seus carros. Se eu conseguir ficar na frente, ficarei contente pois é esse o meu objectivo”, realça Monteiro, que afirma ainda que “antes de tudo, eu pretendo desfrutar e dar meu máximo, como é habitual”.

Tiago Monteiro detém o melhor resultado de sempre de um piloto português na Corrida da Guia, ao ter terminado na segunda posição na primeira corrida do WTCC em 2013, resultado que obviamente gostaria de superar.

3 Nov 2016

Álvaro Mourato bastante realista para o Grande Prémio de Macau

[dropcap style≠’circle’]Á[/dropcap]lvaro Mourato é um dos pilotos do território mais conceituados nas corridas locais de carros de turismo. Contudo, este ano o piloto macaense não acredita que será fácil levar o seu Peugeot RCZ à posições de primazia no Grande Prémio de Macau.  Antes de enviar o carro de construção francesa para Macau, Mourato esteve a testar, como a maioria dos pilotos do território que participarão na Taça de Carros de Turismo de Macau – CTM, no circuito vizinho de Zhuhai. Estes foram os últimos preparativos antes da grande corrida do mês de Novembro. “Tive alguns problemas electrónicos e problemas sobreaquecimento no carro durante o campeonato de Macau de Carros de Turismo, o MTCS, e tive que fazer umas alterações antes do Grande Prémio”, clarificou ao HM o piloto do território.

A Taça de Carros de Turismo de Macau – CTM, mais conhecida apenas por “Taça CTM”, não é uma das corridas “cabeça de cartaz” do programa de provas do Grande Prémio, mas mais de duas décadas de história tornam-na numa das corridas mais simbólicas de carros de turismo do sudeste asiático.

Este ano, a “Taça CTM” volta a reunir um bom leque de condutores asiáticos da especialidade e vários participantes da RAEM. Para a edição de 2016, Mourato espera “ser classificado entre os melhores 70% dos concorrentes de Macau”. Este objectivo é aparentemente modesto para quem é um ex-vencedor da saudosa Taça Hotel Fortuna, mas permite-lhe assim manter o indispensável subsidio para as provas fora do território da Fundação Macau no próximo ano. O espírito combativo de Mourato é reconhecido no paddock e certamente todos gostariam de o ver a lutar pelos lugares cimeiros numa corrida em que os pilotos de Hong Kong, mais abonados, gozam actualmente de uma certa hegemonia. “Não posso dizer que é 100% impossível (lutar pelos lugares cimeiros), pois tudo pode acontecer durante uma corrida, mas posso dizer que será quase impossível ir ao pódio”, afirma o piloto do Peugeot nº20 inscrito pelo Team Endless.

A regulamentação técnica em vigor nesta corrida é apenas utilizada nos campeonatos de Hong Kong e Macau. Isto quer dizer que os pilotos têm que adquirir um automóvel equipado com um motor 1.6 litros turbo na sua versão de estrada e depois adaptá-lo à regulamentação e evolui-lo, o que acarreta custos altíssimos. “Esta categoria de 1.6T é cada vez mais para as equipas profissionais e não para nós; equipas de amigos e não profissionais”, explica Mourato. “Para conseguires chegar ao nível da Teamwork Motorsport, que coloca quatro carros para pilotos como o Paul Poon ou Samson Fung, é quase impossível! Eles têm uma equipa profissional por traz a trabalhar a tempo-inteiro e a preparar os carros deles! Eles pagam para o campeão do mundo dos carros de turismo, o Rob Huff, testar-lhes os carros!”

Mourato recorda com alguma saudade a categoria N2000, que servia de espinha dorsal à Taça Hotel Fortuna e cujos custos de participação eram bem mais simpáticos para aqueles que participam nas corridas com orçamentos limitados.  Tal como muitos outros pilotos do território, Álvaro não nega que gostaria de ver um dia novamente no evento do Circuito da Guia “uma corrida de carros de turismo em que RPMs máxima dos motores fosse controlada, o tamanho do turbo também e uma só marca dos pneus…”

Sem Malásia

Nos últimos anos Mourato vinha sendo uma presença assídua no campeonato “Malaysian Super Series “, na categoria de carros de turismo, no entanto, este ano o piloto da RAEM foi forçado a ficar de fora. Devido às obras realizadas no Circuito de Sepang, para a recepção à Fórmula 1, o calendário de provas do campeonato organizado pelo circuito malaio foi anunciado mais tarde no ano, o que inviabilizou o projecto do piloto da terra.  “A data limite de entrega do pedido de subsidio de 2016 forçou-me a desistir. Tínhamos que entregar o pedido antes de 29 de Fevereiro e era impossível confirmar tudo tão cedo! Para não ter problemas, decidi não fazer este campeonato”, reconhece Mourato, que no entanto, admite que competir no “Malasyan Super Series” lhe permitia “ganhar mais ritmo de corrida e o ajudava, como piloto, a preparar melhor a participação no Grande Prémio“.

28 Out 2016

Félix da Costa está de regresso ao Grande Prémio de Macau

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Carlin anunciou ontem que o português António Félix da Costa irá regressar à corrida de Fórmula 3 do Grande Prémio de Macau. O vencedor da edição de 2012 junta-se assim ao sueco Felix Rosenqvist e ao espanhol Dani Juncadella como ex-vencedores da prova que este ano regressarão a uma corrida que ganhou este ano o estatuto de Taça do Mundo FIA.

O piloto português recebeu um convite inesperado de Trevor Carlin e depois do aval da BMW Motorsport, com quem tem contrato, Félix da Costa aceitou o desafio de voltar a conduzir Dallara-VW da equipa inglesa num dos seus circuitos favoritos. “Macau é um lugar especial, é apenas condução pura. A adrenalina que sentes a conduzir entre paredes é algo que não sentes noutro lado qualquer”, disse o piloto luso.

O piloto de Cascais representou a equipa oficial da BMW no campeonato alemão de turismos DTM este ano e tem participado no campeonato de carros eléctricos Fórmula E. A última corrida de Félix da Costa de Fórmula 3 foi precisamente em Macau há três anos quando terminou a corrida no segundo posto, apenas atrás de Rosenqvist. Portanto, sem ter o ritmo na disciplina dos seus adversários, Félix da Costa confessa que “a verdade é que não tenho nada a ganhar em voltar a Macau, mas quando recebi este convite da organização e o telefonema do Trevor Carlin não consegui dizer que não, vou voltar sobretudo pela paixão que tenho por esta corrida. Além disso vou encontrar alguns pilotos que conheço bem e que também já ganharam o Grande Prémio de Macau, além de novos talentos da Fórmula 3 que se querem mostrar.”

Entretanto António encontra-se na Áustria numa sessão de dois dias de testes de Fórmula 3 em Red Bull Ring, isto de forma a ambientar-se novamente a um carro que já não se senta há mais de dois anos.

Félix da Costa foi o segundo piloto português a vencer a corrida de Fórmula 3 do Grande Prémio de Macau, repetindo o feito de André Couto em 2000.

Brasileiro na equipa

A boxe da Carlin falará mais português nesta edição do Grande Prémio do que é habitual. A equipa inglesa também anunciou que irá contar com o serviços do brasileiro Sérgio Sette Câmara. O piloto “canarinho” da Red Bull Junior Team irá ocupar o lugar do chinês Peter Li Zhi Cong que sofreu um violentíssimo acidente na prova de Red Bull Ring e ainda não recuperou totalmente das lesões sofridas, tendo desistido de participar na prova da RAEM. Apesar de não ser um nome sonante do automobilismo brasileiro, nem este ano ter impressionado no Campeonato da Europa FIA de Fórmula 3, Câmara é o piloto que tem a melhor volta ao Circuito da Guia de Fórmula 3, obtida o ano transacto, na sua estreia na RAEM.

“Macau é definitivamente a corrida de Fórmula 3 mais esperada da época. A atmosfera é espectacular e o prestígio que ganhas ao vencer a corrida faz com que todos façam dêem o seu melhor”, disse o brasileiro que parte confiante para o desafio que tem pela frente. Os “rookies” britânicos Jake Hughes e Lando Norris completam a equipa.

25 Out 2016

Corrida da Guia ainda faz parte do imaginário dos pilotos portugueses

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]epois de em 2015 ter estado representado pelo jovem Francisco Mora e pelo piloto local Rodolfo Ávila, a edição deste ano da Corrida da Guia do Grande Prémio de Macau voltará a ter representação portuguesa, neste caso através do experiente Tiago Monteiro. O ex-piloto de Fórmula 1 e actual piloto oficial da Honda no mundial de turismos (WTCC) vai conduzir um Civic TCR na prova da RAEM e é um candidato nato aos lugares cimeiros de uma corrida que conhece bem e na qual até já subiu ao pódio. O piloto portuense nunca escondeu a sua paixão pelo Circuito da Guia e fê-lo saber uma vez mais num tweet quando a sua participação deste ano foi anunciada: “eu adoro este circuito…há circuitos citadinos e depois há Macau…”

A presença de Monteiro nesta corrida dá continuidade a uma tradição lusitana ou não fizesse a Corrida da Guia parte do imaginário dos pilotos portugueses de velocidade. Ainda no tempo da administração portuguesa do território, nomes sonantes do automobilismo nacional como Ni Amorim, Jorge Petiz, Manuel Fernandes, Carlos Rodrigues ou Miguel Ramos viajaram até Macau para correr naquela que é ainda é hoje considerada a mais emblemática prova da especialidade no Sudeste Asiático. Com eles trouxeram histórias e avultaram o nome de uma corrida que era seguida fora de horas  atentamente por muitos em Portugal através da RTP. A Corrida da Guia ainda desperta interesse nos pilotos portugueses de carros de turismo e hoje, em que os regulamentos da prova são similares aos dos campeonatos nacionais europeus, incluindo o de Portugal, são vários aqueles que ponderam correr no território nos anos vindouros.

Um dos prováveis pilotos a embarcar numa aventura a Oriente é Fábio Mota, que tem já um sólido currículo internacional em provas de GT e Turismo. “Neste momento, estou centrado na Taça Europeia FIA de Carros de Turismo – ETCC, que usa carros semelhantes aos do TCR International Series, mas um dia espero ir até Macau e conhecer o Circuito da Guia”, disse o piloto de Vila Nova de Gaia ao HM.

“Desde pequeno que gosto muito do Grande Prémio de Macau. Cresci a ver as corridas na televisão nas madrugadas de Portugal a torcer pelo André Couto que tem sido uma presença constante e, quando comecei a minha carreira no karting, sempre foi um desejo meu um dia ir ao Circuito da Guia e participar na prova. É um dos traçados mais selectivos do mundo e, depois de ter corrido no Nordschleife e em Spa-Francorchamps, a vontade de correr lá tornou-se ainda mais intensa”, explica o piloto do SEAT Léon TCR amarelo do ETCC.

Outro piloto que pondera um dia correr no Grande Prémio de Macau é Gustavo Moura. “Correr em Macau é um objectivo para mim”, disse ao HM o piloto portuense que este ano defende as cores da equipa Ventilações Moura Laser no Campeonato Nacional de Velocidade – Turismos. “Penso que para já é um pouco cedo na minha carreira para pensar nisso, mas no futuro era uma prova que gostaria de realizar. Gosto muito de circuitos citadinos e pelo que ouço dizer, o Circuito de Guia é o mais exigente do mundo deste tipo de traçados. É sem dúvida uma prova que está no meu horizonte, seria a concretização de um desejo”, explicou Moura que até já recebeu este ano uma proposta de uma equipa estrangeira para participar no evento do território.

19 Out 2016

GP Motos | Só André Pires se classifica entre os portugueses para 50ª corrida

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Grande Prémio de Motos de Macau assinala este ano a 50ª edição mas, em ano de festa, a representação portuguesa na corrida de duas rodas mais emblemática do sudeste asiático é a mais pequena dos últimos anos. André Pires será o único motociclista luso à partida na edição deste ano, isto depois de Portugal ter estado representado por dois ou até três motociclistas em edições anteriores.
A presença da representação lusitana está todos os anos pendente do número de convites que as entidades de Macau endereçam à Federação Motociclismo Portugal (FMP). Em Março, o Coronel Armando Vieira Marques, Director-Geral e Membro da Comissão de Velocidade da FMP, tinha afirmado ao HM que gostaria de manter a quota das edições passadas, de dois pilotos, algo que foi impossível.
“Este ano a representação lusa fica apenas a cargo do André Pires pois é único piloto nacional que cumpre com os requisitos impostos pela organização do Grande Prémio de Macau”, esclareceu ao HM o Coronel Armando Vieira Marques.
Pires e Nuno Caetano foram nos dois últimos anos os únicos motociclistas lusos na corrida. Porém, Caetano, que o ano passado se viu privado de participar na corrida do Circuito da Guia devido a uma lesão na clavícula, após se ter qualificado na 30ª posição, anunciou em Fevereiro o abandono das pistas. No regulamento do Grande Prémio de Motos de Macau existe um critério de selecção onde é considerada a experiência em corridas do mesmo estatuto do Grande Prémio em duas provas, nos dois anos anteriores, 2014 e 2015, “principalmente na North West 200 (NW200), na Isle of Man Tourism Trophy (IOM TT) e no Grande Prémio do Ulster (UGP)”.
Sendo assim, após o abandono de Caetano, Pires é actualmente o único motociclista luso com currículo para alinhar na prova do território. “Será uma honra estar novamente no meio de grandes pilotos e numa prova de grande valor histórico como o 50º Grande Prémio de Macau”, escreveu o piloto apoiado pelo município de Vila Pouca de Aguiar na rede social Facebook. “Este ano tenho a oportunidade de ir com a fantástica Bimota BB3 pela Bimota UK”, salientou também Pires, que confirmou ter já “testado em Inglaterra”, considerando que esta é “sem dúvida uma grande mota com acabamentos de classe”.

Robert Huff fora da Guia

A Corrida da Guia 2.0T vai ser mais pobre este ano. Os regulamentos deixaram de fora o piloto recordista de vitórias na prova, Rob Huff, vencedor desta corrida por oito ocasiões, uma delas o ano passado. Huff viu a sua inscrição na prova recusada pela organização.
O ex-campeão do mundo de carros e piloto oficial da Honda no Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC) não cumpriu o critério que obriga a que todos os pilotos inscritos na Corrida da Guia 2.0T tenham obtido uma classificação em pelo menos uma prova de carros de turismo com motorizações 2 litros turbo. As viaturas do WTCC usam motores 1.6 litros turbo.
Huff, que nos fins-de-semana do WTCC conduz um Honda Civic TCR para convidados, ficou indignado com a decisão, até porque já tinha contrato com a equipa para correr novamente com um Honda, bilhetes de avião pagos e reservas de hotel. “É muito frustrante e uma situação tonta que eu nunca tinha ouvido antes”, disse Huff ao site anglo-sueco TouringCarTimes.

12 Out 2016

André Couto consegue classificação no campeonato japonês de GT

Na Tailândia, André Couto sentiu que o estado do carro lhe permitiria chegar ao pódio. Mas um toque de um Honda remeteu-o ao quarto lugar

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]ndré Couto terminou na quarta posição da classe GT300 na corrida do campeonato japonês Super GT, que se disputou este fim-de-semana no Circuito Internacional de Chang, na Tailândia.
O Nissan GT-R Nismo GT3 do Team Gainer, que o corredor de Macau partilha com o japonês Ryuichiro Tomita, mostrou-se bem mais competitivo na única prova do campeonato realizada fora do Japão do que até aqui se vinha a mostrar. Os dois pilotos qualificaram-se para a prova de 500 quilómetros na terceira posição.
No domingo, o Nissan nº0 esteve sempre na luta pelos lugares do pódio na classe GT300 e até a vitória parecia ao alcance do duo luso-nipónico, apesar do Toyota 86 MC da dupla Takeshi Tsuchiya/Takamitsu Matsui, que acabaria por vencer a corrida, ter um ligeiro ascendente. Contudo, uma manobra arriscada de um Honda NSX da classe GT500, que vinha a lutar com um adversário e ao mesmo tempo a ultrapassar os mais lentos concorrentes da GT300, acabou por arruinar as hipóteses de subir ao pódio no circuito de Buriram.
“Infelizmente, tivemos um contacto com um GT500 e perdemos algumas das partes da frente no final do meu turno”, escreveu André Couto nas redes sociais. “Deixamos a Tailândia com sentimentos mistos! O carro estava muito bom durante toda esta semana e acredito que poderia ter lutado pela vitória”, acrescentou.
Com este quarto lugar, o segundo melhor resultado da temporada 2016, o ainda campeão em título subiu à sétima posição no campeonato. A última prova do campeonato Super GT, que tem a particularidade de ser uma jornada dupla, está marcada para o fim-de-semana de 12 e 13 Novembro no circuito de Motegi.

11 Out 2016

Félix da Costa deu nas vistas na Fórmula E de Hong Kong

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]primeira prova de automobilismo de carácter internacional da cidade de Hong Kong foi realizada no passado fim-de-semana, num traçado de 1,8 quilómetros em frente ao Porto Victoria em Central. O Hong Kong ePrix foi a prova de abertura da temporada 2015/2016 do Campeonato FIA de Fórmula E e a corrida de 50 minutos, que teve a habitual paragem nas boxes para troca de monolugar, foi ganha pelo suíço Sébastien Buemi da Renault.

Mas o português António Félix da Costa, que não foi além do 13º lugar na atribulada sessão de qualificação, terminou num impressionante quinto posto. Largando desse mesmo lugar de imediato, o vencedor do Grande Prémio de Macau de 2012 iniciou a corrida ao ataque, com excelentes manobras até à altura de paragem nas boxes para mudança de carro, onde regressou à pista no 8º lugar. Depois, o piloto luso da MS Amlin Andretti suplantou Nelsinho Piquet, Jerome D´Ambrosio e ainda Oliver Turvey.

Félix da Costa a realçou no final da corrida o “excelente trabalho que toda a equipa fez na pré época, que felizmente conseguimos materializar em resultados hoje na corrida com o meu 5º lugar”.

No plano desportivo o evento, que contou com a presença de Jean Todt, o presidente da FIA, correu bem, sendo que a única dor de cabeça para os organizadores a chicane onde Robin Frijns teve um aparatoso acidente na qualificação, felizmente sem consequências físicas para o piloto holandês.

Apesar do preço alto dos bilhetes, que ascendiam às 2340 patacas por pessoa, a prova foi relativamente bem acolhida pela população, tendo fontes oficiais confirmado que um quarto dos espectadores que assistiram ao evento eram turistas. Contudo, a imprensa do território vizinho aponta para prejuízos na ordem dos 50 milhões de dólares de Hong Kong.

A ex-colónia britânica tem ainda mais dois anos de contrato para organizar este evento. Porém, a organização do Campeonato FIA de Fórmula E tem o direito a realizar uma segunda prova em território chinês se assim o desejar.

11 Out 2016

Yokohama perde exclusivo de pneus do GP ao fim de 33 anos

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Conselho Mundial da Federação Internacional do Automóvel (FIA) comunicou na madrugada de quarta-feira que a Pirelli será o fornecedor exclusivo de pneus da Taça do Mundo FIA de Fórmula 3. O construtor italiano de pneus irá ocupar o lugar até aqui da Yokohama que desde a primeira edição, em 1983, assumia esse papel. A Pirelli, que fornece em exclusivo os pneus para a Fórmula 1, não tem na sua gama de pneus um exemplar para a Fórmula 3, apesar de fornecer as “borrachas” que equipam os monolugares dos campeonatos GP2 e GP3 Series. A Pirelli terá levado a melhor nesta adjudicação sobre a Yokohama e sobre a sul-coreana Kumho, dois construtores com maior experiência na Fórmula 3. Dado que as equipas e pilotos de Fórmula 3 não tiveram qualquer contacto com estes pneus até hoje, o comportamento destes poderá ser um factor decisivo em termos de resultados na tarde do dia 19 de Novembro. Para além da Fórmula 3, a Pirelli também manteve a exclusividade da Taça do Mundo FIA de GT, mas no caso dos carros de Grande Turismos a empresa milanesa tem um vasto historial. A empresa transalpina é fornecedora oficial de pneus das Blancpain GT Series, a maior competição da especialidade na Europa e que é gerida pela empresa SRO Motorsports Group, que este ano assume uma vez mais o papel de relações com os concorrentes na prova de GT da RAEM. Em Março de 2015, a Pirelli foi vendida à China National Chemical Corp (ChemChina) por 7,7 mil milhões de euros. Desde ai o quinto maior fabricante de pneus do mundo tem reforçado a sua presença em termos desportivos no continente asiático, particularmente na República Popular da China.

30 Set 2016

F3 | Piloto de Macau Andy Chang vai para a terceira participação na prova

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]ndy Chang Wing Chung vai sair do retiro temporário. O piloto de 19 anos da RAEM, que o ano passado fez meia temporada do Campeonato da Europa FIA de Fórmula 3, vai disputar as duas últimas provas do europeu – Imola e Hockenheim – como preparação para a refeita Taça do Mundo FIA de Fórmula 3 do Grande Prémio de Macau. O piloto de Macau assinou um contrato para estes três eventos com a equipa inglesa T-Sport e irá tripular um Dallara-NBE.

“Temos vindo a falar com o Andy há já alguns anos e estamos muito satisfeitos por colocarmos de pé este programa juntos”, afirmou Russell Eacott, o patrão da equipa T-Sport, que acredita que a experiência do jovem do território será uma mais valia na edição deste ano da prova.

Concentrado nos estudos em Inglaterra, e sem apoios que lhe permitam competir na Fórmula 3 ao mais alto nível a tempo inteiro, Chang ainda não fez uma única corrida de monolugares esta temporada, tendo apenas participado numa prova de karts no início do ano para manter a forma. Depois de se ter estreado no Circuito da Guia na edição número sessenta na corrida da Formula Masters China Series com um 7º lugar, Chang irá para a sua terceira participação na prova de Fórmula 3 do Grande Prémio de Macau.

Em 2014, Chang classificou-se no 19º lugar e o ano passado terminou na 14ª posição. Ukyo Sasahara será o companheiro de equipa do jovem nesta aventura, no entanto o japonês irá utilizar um motor Tomei construído pela ThreeBond no Japão, ao passo que Chang terá à disposição um motor arquitectado no Reino Unido pela Neil Brown Engineering.

Apesar de não ser uma das equipas de topo da Fórmula 3 internacional, a T-Sport conseguiu um surpreendente pódio na corrida do território em 2014 com o neo-zelandês Nick Cassidy. Contudo, sem o ritmo dos seus adversários, Chang não poderá almejar muito mais que um resultado dentro do 15 primeiros. Com a demissão de Barry Bland da co-organização da prova e a confusão que lhe seguiu, as inscrições para esta corrida apenas terminam no dia 30 de Setembro, sendo que a lista de inscritos só será conhecida no final de Outubro, aquando da tradicional conferência de imprensa de apresentação do evento.

22 Set 2016

Grande Prémio | FIA tranquiliza equipas e garante prova de Fórmula 3

Os responsáveis da Federação Internacional Automóvel (FIA) reuniram com os chefes de equipa para os tranquilizar e garantem que serão feitos todos os possíveis para que a prova da RAEM decorra dentro da normalidade e asseguram que o transporte está também em andamento.
Segundo o que o HM apurou, a Federação Internacional, que terá mais peso na organização da prova a partir de agora, informou as equipas que tudo será organizado segundo os parâmetros habituais e que irá disponibilizar mais pormenores nos próximos dias às equipas.
As reacções surgem depois da demissão de Barry Bland do cargo de coordenador da Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3 do Grande Prémio de Macau, que foi obviamente assunto no paddock do Campeonato Europeu FIA de Fórmula 3 que se disputou no passado fim-de-semana no Circuito de Nurburgring, na Alemanha. Depois da inesperada notícia da semana transacta, a incerteza e preocupação reinavam no paddock da competição que mais carros fornece à prova da RAEM. Muitas das equipas aguardam impacientemente instruções para poderem preparar a prova e vários pilotos, que tinham já verbalmente acertado a sua presença na prova, vão ter agora que esperar por uma resposta final sobre a sua participação.
“As equipas foram todas apanhadas desprevenidas. Até aqui, quando o assunto era o Grande Prémio de Macau, as equipas falavam com Barry Bland. Com a demissão ficamos todos à nora, pois não sabemos com quem falar, nem sequer como vai ser a prova”, explicou um Team Manager que preferiu ficar no anonimato. No entanto, apesar do oceano de dubiedades, em muito ajudado pela a incapacidade da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau em prestar um esclarecimento público rápido e assertivo, há um tom de esperança nos discursos.
O transporte, que alegadamente estava atrasado em dois meses, estará a ser arranjado e não será fonte de preocupação. Recorde-se que a federação internacional tem vindo a estudar a possibilidade de mudar o estatuto da prova de Fórmula 3 de Macau, promovendo-a a Taça do Mundo à imagem da actual corrida de GT.

Quem era o Sr Bland?

Barry Bland foi quem em 1982 convenceu Rogério Santos, na altura o presidente do Leal Senado de Macau, a introduzir a Fórmula 3 no Circuito da Guia, quando a organização da prova considerava trazer a Fórmula 2 para substituir a decadente Fórmula Atlantic. Esta aposta foi a mais acertada, saltando o Grande Prémio para a ribalta internacional. Durante estes últimos trinta anos, o inglês, que sempre primou pela discrição, foi o elo de ligação entre as equipas de F3 que vêm a Macau. Era a Motor Race Consultants, a empresa de Barry Bland, que preparava toda a logística, tanto de carros, como das equipas. Bland, o “Ecclestone da F3”, como lhe chamou a imprensa inglesa a semana passada, foi também peça instrumental em acordos celebrados entre equipas e pilotos, pouco prováveis de acontecer sem a sua influência. Era também ele que fazia de elo de ligação entre a FIA e os delegados técnicos e as equipas. O capital de confiança que gozava o inglês junto do paddock permitiu que a prova mantivesse sempre o seu elevado estatuto de “grande evento de final de ano”, mesmo em períodos em que a F3 passou por maiores dificuldades.

13 Set 2016

GP | Stuart Easton e Michael Rutter juntos em Macau

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] BMW tem a particularidade de ser o único construtor que se pode gabar de ter vencido no Circuito da Guia tanto em carros como em motos. Depois de décadas em que a BMW coleccionou triunfos na Corrida de Guia e escreveu um pouco da história no automobilismo do Sudeste Asiático, o construtor alemão que tem as suas origens na indústria aeronáutica venceu pela primeira vez o Grande Prémio de Motos de Macau o ano passado, graças a uma performance imaculada do até aqui quase desconhecido inglês Peter Hickman. E este ano, altura em que a prova comemora o seu quinquagésimo aniversário, a BMW arrisca-se a repetir o feito. Isto porque, além da supremacia das suas máquinas, a BMW terá uma dupla de peso a representá-la que soma entre si, nada mais, nada menos, que doze triunfos na prova.

Stuart Easton, quatro vezes vencedor da prova, assinou com a Bathams SMT BMW e fará com Michael Rutter uma das duplas mais fortes da 50ª edição do Grande Prémio de Motos de Macau. Antes, Easton fará três provas do campeonato inglês Pirelli National Superstock, onde Rutter tem participado, como preparação para a duríssima prova de Macau. Aliás, antes mesmo da separação da ePayMe Yamaha, a sua antiga equipa, Easton já tinha acordado com a equipa de Robin Croft para correr na RAEM em Novembro.

“Tendo um acordo para competir de Superbike desde o Grande Prémio de Macau do ano passado, eu mantive o contacto regular com o  Robin e a equipa”, assegura o escocês, que reconhece que “precisa de milhas antes de Macau” e precisa de se habituar à BMW porque nunca conduziu  uma antes. “Portanto competir nestas três provas em três dos meus circuitos favoritos é uma oportunidade para mim. Eu tenho visto o que o Michael tem andado a fazer na classe Superstock, portanto quando o Robin me colocou à frente esta oportunidade, eu pensei que seria algo de muito bom para mim e ajudará a voltar a colocar-me um sorriso na face”, frisa.

Ironicamente, as BMW de Easton e “The Blade” vão ter pela frente, entre outras, a oposição da Kawasaki de Hickman. As inscrições para o Grande Prémio de Motos de Macau terminam esta sexta-feira, mas a lista oficial de inscritos só deverá ser dada a conhecer em Outubro.

Nada de especial

A BMW S 1000 RR é uma moto de sucesso em quatro continentes e não é por acaso que há 250 equipas em todo o mundo a utilizar as motas germânicas, tanto em provas de pista, como em provas de estrada. Sobre a presença em Macau em Novembro, fonte oficial da BMW Motorrad Motorsport afirmou ao HM que estar “muito orgulhosos do resultado do ano passado e, claro, ansiosos pela edição deste ano”.

Contudo, o construtor da Baviera não tem planos para organizar qualquer evento especial durante o evento da RAEM, pois “não existe nenhum envolvimento da BMW Motorrad e, como tal, não há qualquer evento especial marcado para a prova”. Porém, o departamento de competição vai “apoiar, via os nossos engenheiros e técnicos do departamento BMW Motorrad Motorsport, as equipas privadas que competirem em Macau”. Pois para a casa alemã “isto faz parte da estratégia a longo prazo da competição-cliente”.

Também nos GT

Depois de uma aparição discreta em 2013, numa parceria com uma equipa privada de Taiwan que não correu tão bem como certamente gostaria, o ano passado a BMW não arriscou participar na Taça do Mundo FIA de GT. Porém, este ano a marca bávara irá regressar à RAEM. A equipa alemã ROWE Racing irá participar com dois BMW M6 GT3, graças ao patrocínio da empresa chinesa de sistemas de armazenamento de energia CATL.  “Para nós (BMW), é particularmente especial aparecermos com um parceiro asiático tão forte na final de GT em Macau”, disse Jens Marquardt, director desportivo do braço automóvel da BMW. O construtor alemão não revelou ao público quem serão os seus dois pilotos, mas o construtor bávaro conta nas suas fileiras com dois especialistas lusófonos do Circuito da Guia, como são o português António Félix da Costa ou o brasileiro Augusto Farfus.

9 Set 2016

André Couto faz o melhor resultado da época em Suzuka

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]ndré Couto conquistou o terceiro lugar da classe GT300 na prova rainha do campeonato Super GT, os 1000 quilómetros de Suzuka, no passado fim-de-semana. Este foi o melhor resultado de uma temporada que tem sido particularmente difícil para o piloto que é campeão em título da categoria. “Devemos estar satisfeitos porque foi um bom fim-de-semana no geral”, verbalizou Couto, que faz equipa este ano com o japonês Ryuichiro Tomita, no final da prova. Largando da sexta posição, para uma prova que teve mais de cinco horas de duração, Couto fez o primeiro turno de condução, entregando o carro ao seu companheiro de equipa já na segunda posição. Depois, Tomita teve um alegado contacto com o Subaru BRZ oficial e foi penalizado, caindo o Nissan do Team Gainer para fora dos dez primeiros. A corrida teria o seu primeiro momento de “Safety-Car” à 98ª volta já com Couto ao volante e o seu Nissan à frente da categoria GT300. Fruto de diferentes estratégias, Couto desceria para a segunda posição e depois, com a chuva a cair no final da corrida, o Nissan cinzento ainda haveria de perder mais uma posição, desta vez com o piloto nipónico novamente ao leme. Ainda assim o resultado do duo luso-nipónico foi visto como bastante positivo. “Foi o nosso primeiro pódio do ano esta temporada”, explicou Couto, acrescentando que “os 1000 quilómetros de Suzuka são a prova mais dura do campeonato e estamos orgulhosos deste resultado neste evento. Houve momentos de má sorte na corrida, mas também de sorte – e no fim fomos capazes de marcar pontos (13 pontos) também, o que é bom”. O campeonato Super GT regressa em Outubro para sua única prova fora do Japão, no Circuito Internacional de Chang, em Buriram, na Tailândia, terminando em “casa”, no mês Novembro, com uma jornada dupla na pista japonesa de Motegi.

Temporada difícil

O ano passado Couto venceu na classe GT300 os 1000 quilómetros de Suzuka, colocando-se em posição privilegiada para ser campeão da categoria, o que viria a acontecer uma prova mais tarde. Contudo, hoje, Couto e Tomita têm apenas 24 pontos e ocupam apenas o nono lugar a 23 pontos dos líderes do campeonato, a dupla japonesa da equipa oficial da Subaru, Takuto Iguchi/Hideki Yamauchi. Apesar de Tomita ser claramente inferior a Katsumasa Chiyo – o jovem japonês que o ano passado acompanhava o piloto da RAEM no Nissan do Team Gainer na maior parte das provas – há muitas outras razões para explicar os resultados mais modestos do GT-R Nismo GT3 Nº 0 esta temporada. A Dunlop, que equipa o Nissan de Couto, tem tido nas locais Yokohama e Bridgestone oposição à altura, sendo que nenhum dos fornecedores de pneus tem mostrado supremacia incontestável em relação aos seus rivais em nenhum ponto do campeonato. Ao contrário da BMW, Audi ou Ferrari, a Nissan não lançou um carro novo para esta época e continua a utilizar o mesmo carro de anos anteriores, apostando em pequenas actualizações para tentar equiparar-se aos seus adversários. Depois, as atenções da Nissan parecem na classe GT300 estar focadas no carro nº3, entregue aos seus protegidos Kazuki Hoshino/Jann Mardenborough. Igualmente, existe uma queixa recorrente que o Balanço de Performance (BOP – na sigla inglesa – que é responsável pelo equilíbrio de performance em pista de viaturas com princípios técnicos tão diferentes) é desfavorável às viaturas FIA GT3, como o Nissan de Couto, em comparação com as viaturas “made in Japão” JAF300, como é o caso do Subaru que lidera o campeonato. Couto tem sido cauteloso nas palavras sobre este assunto, mas nem todos os pilotos têm sido assim tão contidos. Nobuteru Taniguchi, que conduz um Mercedes-Benz AMG GT3, queixou-se depois da corrida de Suzuka que “só nas paragens boxes os JAF300 ganharam 20 a 30 segundos”. Uma ideia reforçada por Takashi Kobayashi, que tripula um BMW M6 GT3, para quem “o lastro que carregava, mais a restrição da compressão do turbo estipulada, fizeram parecer que conduzia um GT200…”

2 Set 2016

Dúvidas continuam sobre a aceitação de pilotos consagrados na prova de F3

[dropcap style=’circle’]D[/dropcap]esde da recusa da Federação Internacional do Automóvel (FIA) em deixar participar o ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet Jr no Grande Prémio de Pau de F3, em Maio, que é desconhecida qual será a posição do organismo máximo que regula o automobilismo a nível mundial no que respeita à Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3 do Grande Prémio de Macau. O HM sabe de fonte próximas ao processo que a federação internacional ainda não tomou uma decisão e entende que este assunto só será discutido no Conselho Mundial da FIA do próximo mês de Setembro. Stefano Domenicali, o presidente da Comissão de Monolugares da FIA, sempre se mostrou cauteloso sobre este assunto, ele que vetou a participação de Piquet Jr, o que gerou uma onda de indignação nos bastidores do automobilismo e na imprensa especializada. Há duas correntes válidas de opinião: uma que defende que a F3 deve ser uma categoria exclusivamente apenas para jovens pilotos em ascensão na carreira e outra que considera que é o mais valia a presença de pilotos consagrados, que além de serem um desafio ao mais novos, trazem novos focos de atenção à competição.

Félix da Costa discorda

António Félix da Costa venceu a Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3 em 2012 e regressou ao Circuito da Guia em 2013 para tentar revalidar o título, terminando no segundo lugar. O jovem lisboeta é no entanto a favor que haja restrições quanto à participação de determinados pilotos nesta categoria de formação. “A Fórmula 3 é uma categoria de formação e lançamento de pilotos. Todos os que vencem em Macau são respeitados no automobilismo mundial e muitos dos que vencem chegam à F1 ou a categorias de grande importância, tornando-se 99% deles pilotos profissionais”, explicou Félix da Costa ao HM. Curiosamente o actual piloto da BMW no DTM e da equipa Andretti no campeonato de carros eléctricos Fórmula E reconhece que “apesar de ser espectacular de correr no Circuito da Guia e ter saudades de o fazer de Fórmula 3, colocar pilotos mais velhos, com tanta experiência e palmarés não faz sentido. Há que entender que esta é uma categoria para os mais novos se lançarem”. Félix da Costa afirma também que há tempo para tudo, “se vence na altura certa ou o nosso tempo passou”. O ex-piloto da Red Bull Racing no entanto confessa que o triunfo em Macau é “um dos títulos mais saborosos que tenho no meu CV, aquele que mais me tocou provavelmente mas mesmo que não o tivesse feito, teria de aceitar que o meu tempo passou. Há alturas para tudo”.

Já Nuno Pinto é a favor

Nuno Pinto, o Director Desportivo da Prema Powerteam, a equipa que venceu as últimas edições da Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3, é a favor da proposta da FIA “em limitar a três anos a participação de um piloto na F3 de forma a evitar os especialistas e dar vantagem a pilotos muito mais experientes”, mas o também treinador português de jovens pilotos reconhece que “por exemplo deixar que um piloto estrela, ou consagrado, faça uma prova esporadicamente, sem que marque pontos para o campeonato, pode ser um factor adicional de interesse. Ou seja, para mim um piloto jovem devia querer medir-se contra os melhores e não ter receio de defrontar um consagrado, especialmente na Fórmula 3 porque isso tem de ser sempre um factor extra de motivação”. Pinto dá como exemplo o que se passou em Pau: “Falando do caso em concreto do Piquet Jr. todos os nossos pilotos na Prema eram a favor de que ele tivesse participado em Pau, porque consideravam um desafio interessante e tinham um misto de motivação e confiança que o podiam bater e assim ver as suas performances ainda mais valorizadas”. Numa altura em que os pilotos, principalmente dos escalões superiores, onde se destaca a Fórmula 1, são criticados por serem demasiado “politicamente correctos” e previsíveis, Pinto destaca que “se ainda existem pilotos com paixão e desejo de fazer provas pelo simples facto que tem prazer em correr nessas categorias ou circuitos, temos de incentivar para que isso aconteça e não o contrário”. O nosso interlocutor realça também que “Macau é especial e continua a ser a corrida preferida de muitos pilotos que já subiram de categoria mas não seria interessante termos os jovens pilotos a competir e vencer contra alguns dos campeões da últimas edições, como o Mortara, Juncadella, Félix da Costa, Rosenqvist? E se juntássemos um par de pilotos de Fórmula 1 como Ricciardo e Verstappen? Não seria espectacular? Não iria dar um grande destaque a um jovem que conseguisse semelhante proeza? Eu penso que sim e são desafios como esses que tornam os jovens pilotos ainda melhores…”

26 Ago 2016

GP | Carros do CTCC bem-vindos na Corrida da Guia

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Corrida da Guia vai, este ano pela primeira vez, aceitar os carros do Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC). Segundo o regulamento da prova publicado na semana passada na página electrónica do Grande Prémio de Macau, a mais célebre corrida de carros de turismo do sudeste asiático irá colocar frente-a-frente, num duelo inédito, os carros do campeonato chinês e os carros da categoria internacional TCR.
Apesar de terem regulamentos técnicos diferentes, ambas as categorias reconhecidas pela FIA utilizam motores 2.0 litros turbo e por isso esperam-se andamentos muito parecidos entre as viaturas em confrontos.
Instado a comentar quem será superior no circuito citadino de Macau em Novembro, o piloto da casa, Rodolfo Ávila, disse ao HM que “é difícil dizer exactamente quem será mais rapido, pois dependerá de muitos factores, como os pneus, afinações, qualidade dos pilotos, etc”. O vice-campeão asiático do TCR Asia Series em 2015 e que este ano fez duas provas do CTCC com a Shanghai Volkswagen lembra que “em Zhuhai, por exemplo, os carros do CTCC são mais rápidos. Mas por outro lado os carros do TCR são mais fiáveis e as equipas muito mais experientes e conhecedoras do Circuito da Guia”.
Outro factor importante do regulamento da edição deste ano é o facto deste ditar que os pneus para a prova são livres. De acordo com o que apurou o HM junto de uma das equipas chinesas que participa no CTCC, os carros do mediático campeonato chinês deverão correr com pneus da marca Kumho, enquanto os participantes do TCR, pelos regulamentos próprios do campeonato, terão que correr com pneus da marca francesa Michelin.
Recorde-se que até à edição de 2015, e durante uma década, a Corrida da Guia pontuou para o Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC). O ano passado a prova foi palco da prova final do TCR International Series, uma competição lançada pelo ex-patrão do WTCC, Marcello Lotti e que tem ganho enorme afectado junto dos fãs e dos construtores automóveis.
A Corrida da Guia deste ano voltará a ter o formato de duas corridas de dez voltas, a disputar no domingo e separadas por apenas quinze minutos, sendo que será declarado o vencedor da Corrida da Guia aquele que vencer o segundo confronto.

AAMC revela quotas dos locais para o GP Macau

Em nota à imprensa, a Associação Geral Automóvel de Macau – China (AAMC) deu a conhecer o número de pilotos locais que têm entrada directa nas duas corridas carros de turismo de carácter regional da 63ª edição do Grande Prémio de Macau. No total, a AAMC abriu quarenta e uma vagas para os pilotos da RAEM nas corridas Taça de Carros de Turismo de Macau e Macau Road Sport Challenge, uma vaga a mais em relação ao ano passado.
Vinte e seis pilotos representarão a RAEM na Taça de Carros de Turismo de Macau, mais dois que em 2015, e 15 na Corrida Macau Road Sport Challenge, menos um que na edição transacta. Ambas as corridas têm um limite máximo de 36 concorrentes, sendo que os restantes deverão de outros pontos do continente asiático.
Praticamente todos os pilotos que participaram nas duas jornadas duplas de apuramento no Circuito Internacional de Zhuhai terão o direito de estar à partida do evento desportivo mais importante da RAEM. As inscrições para estas duas corridas abriram ontem e encerram a 9 de Setembro, tendo um custo de seis mil patacas.
As outras provas de automóveis confirmadas para o programa deste ano – Corrida da Guia, Fórmula 3 e Taça do Mundo FIA de GT – não têm quotas para os pilotos da casa. O Suncity Grupo 63º Grande Prémio de Macau terá lugar de 17 a 20 de Novembro de 2016.

16 Ago 2016