Dez mil gerações

[dropcap]E[/dropcap]nriquecer é glorioso”, terá dito Deng Xiao Ping e muitos atribuem a esta frase o despontar do capitalismo na China contemporânea. Mas, ao que parece, enriquecer aqui significa enriquecer em conjunto, colectivamente e não o enriquecimento individual de acordo com o modelo das sociedades ocidentais.

Se for esse o significado pretendido por Deng, mais não faz que repetir Confúcio que afirmou que para se crescer é preciso que ao lado os outros também cresçam. Para caçar o rato, ou seja enriquecer, não importa a cor do gato, disse também o Grande Arquitecto. Por isso a China enveredou pela existência de empresas privadas capazes satisfazer o mercado interno e mesmo de rivalizar com as suas congéneres mundiais.

E este gato preto foi ganhando cada vez mais poder, mais espaço, mais influência, enquanto o gato branco definhava sem, no entanto, perder o controlo da nação. Entretanto, gatos cinzentos surgiram um pouco por toda a parte e a China enriqueceu. Segundo Xi Jinping, não o fez de forma harmoniosa pois abriu-se um fosso entre os pobres e os muito ricos, alimentando a corrupção, que urgia eliminar.

Assim se fez. E é uma China mais harmoniosa que prepara a sua entrada numa Nova Era em que o sonho chinês se irá realizar. Algures, neste reino maravilhoso, Deng Xiao Ping joga go com Confúcio e, ao terceiro copo de vinho de arroz, confessa-lhe a sua admiração: “Mestre, estou preocupado com a persistência da sua sabedoria. Devíamos limitar a sua influência a Dez Mil Gerações.”

Violação e outros atentados

[dropcap]H[/dropcap]á poucos dias a polícia indiana matou a tiro quatro suspeitos da morte e violação de uma jovem veterinária. O crime tinha ocorrido a semana passada em Hyderabad, Telangana, no sul da Indía. O cadáver da jovem foi atirado para uma passagem subterrânea. Embora todos os suspeitos tenham morrido, este trágico incidente desencadeou grandes manifestações a nível nacional, exigindo que o Governo imponha penas mais pesadas aos violadores.

A morte dos suspeitos ocorreu na cena do crime. Os quatro homens tinham sido levados pela polícia ao local, para que fosse feita uma reconstituição dos acontecimentos. Alegadamente, na altura, os suspeitos atacaram os agentes com pedras e roubaram algumas armas com as quais dispararam. Os polícias conseguiram ripostar e os suspeitos foram mortos.

Estas mortes provocaram diferentes reacções.

A família da jovem assassinada expressou a sua gratidão e sentiu-se justiçada.

Muitos cidadãos celebraram o acontecimento nas ruas, lançaram fogo de artifício, distribuíram doces pelos polícias, elogiando a sua acção. Pediam ainda que o seu exemplo fosse seguido por todo o país. No geral as pessoas sentiam que tinha sido feita justiça.

No entanto, algumas organizações de direitos humanos acreditam que os suspeitos foram mortos para aplacar a indignação popular. A execução de suspeitos sem julgamento é ilegal e é um atentado ao estado de direito.

Se os quatro homens fossem julgados e, se se tivesse confirmado a sua culpa, teriam sido punidos pela lei. Mas toda esta situação tem alguns aspectos que merecem ser analisados. Em primeiro lugar, a reconstituição do crime é uma acção que requer muito mais do que um ou dois agentes no local, serão necessários à volta de dez.

Em segundo lugar, os suspeitos estariam algemados e presos pela cintura com uma corrente de ferro. As algemas impediam-nos de atacar a polícia. As correntes de ferro deixavam que se movimentassem, mas sob controle. Teria sido muito difícil, senão impossível, os suspeitos libertarem-se das algemas e das correntes. Como é que puderam agredir os agentes com pedras e roubar-lhes as armas? Se não houver resposta a estas perguntas, é fácil depreender que a polícia lhes montou uma armadilha, cuja finalidade terá sido a sua execução.

Esta é a explicação que adiantam as organizações de direitos humanos: os quatro homens foram condenados sem julgamento, por meios ilegais. Se for verdade, constitui uma séria violação do estado de direito.

Se a polícia puder executar os suspeitos, os tribunais deixam de fazer sentido. A lei é indispensável em qualquer lugar porque impõe um padrão de comportamento, pilar de todas as sociedades civilizadas. Sem tribunais deixa de haver critérios para distinguir o certo do errado. Se colocarmos nas mãos da polícia esse tipo de decisão, abrimos as portas à arbitrariedade. Sem um padrão legal, cada um fará o que muito bem entender. Num cenário desta natureza, deixa de haver responsabilização e de ser necessário reflectir sobre a justiça e a equidade. O que espera a Indía se os seus cidadãos decidirem trilhar este caminho?

Para já, a prioridade é a polícia explicar de forma plausível as circunstâncias em que ocorreram as mortes dos suspeitos. Como é que foi possível que se tenham libertado, atacado os agentes com pedras, desarmado alguns deles e disparado, de forma a não deixarem outra alternativa aos restantes senão abatê-los.

A família da jovem assassinada congratulou-se com este desfecho. É um sentimento natural devido à perda que sofreram e às suas circunstâncias. Como não foram directamente responsáveis pela morte dos suspeitos, não estamos perante um cenário de “ajuste de contas”. Se tivesse sido o caso, as famílias dos suspeitos poderiam eventualmente vir a procurar vingança, dando origem a um ciclo de violência infindável.

A população distribuiu doces e elogiou a actuação da polícia, o que prova que reconheceu e aprovou o que foi feito. É um indicador do ódio que os indianos sentem pelos violadores e da sua vontade de os eliminar. No entanto, não nos podemos esquecer das críticas feitas à polícia pelas organizações de direitos humanos.

 

Consultor Jurídico da Associação para a Promoção do Jazz em Macau
Professor Associado do Instituto Politécnico de Macau
Blog: http://blog.xuite.net/legalpublications/hkblog
Email: legalpublicationsreaders@yahoo.com.hk

Ex-secretário Ao Man Long quer cumprir resto da pena em Portugal

[dropcap]O[/dropcap] ex-secretário para os Transportes e Obras Públicas, Ao Man Long, está a tratar das formalidades e fez um pedido de transferência para Portugal, onde pretende cumprir o resto a pena. Depois de um julgamento altamente mediático, o secretário foi condenado em 2008 a uma pena de prisão de 29 anos pela prática dos crimes de corrupção passiva e branqueamento de capitais.

Segundo o HM apurou, o processo está a ser conduzido pelo advogado Álvaro Rodrigues que ontem à noite negou fazer qualquer comentário sobre a situação: “Não confirmo nada e não tenho nenhum comentário a fazer”, afirmou.

Para poder ser transferido para Portugal, Ao Man Long tem de possuir nacionalidade portuguesa e o respectivo passaporte. No entanto, este aspecto não é um entrave uma vez que o ex-secretário tem nacionalidade portuguesa e o seu nome consta nos cadernos eleitorais portugueses. A fase mais complicada do processo para Ao Man Long deverá ser mesmo convencer as autoridades chinesas a aceitar a transferência num caso que foi tão mediático, não só por se tratar de um ex-governante, mas também pelo facto de a lei chinesa não reconhecer a dupla nacionalidade.

Além disso, segundo o Acordo entre Portugal e Macau sobre a Transferência de Pessoas Condenadas, em vigor desde 17 de Dezembro de 1999, a “transferência pressupõe uma efectiva ligação do condenado à jurisdição de execução, de modo a permitir uma melhor reintegração e readaptação ao seu meio familiar, social e profissional após o cumprimento da pena”. Este poderá ser outro dos entraves às pretensões do ex-secretário.

Segundo os dados fornecidos anteriormente pela secretaria para a Administração e Justiça ao HM, desde a transferência e Maio do ano passado tinham sido transferidos da RAEM para Portugal cinco portugueses.

Contudo, os pedidos aprovados até essa altura tinham sido seis, mas uma das pessoas acabou por desistir do processo, já depois de ter recebido autorização para a transferência. Houve ainda três processos recusados, dois por não preencherem as condições de transferência e um por ter a vida profissional em Macau e Hong Kong.

Parada | Ruas de Macau aqueceram com o Desfile Internacional

Cerca de 1.800 artistas coloriram as ruas de Macau durante o Desfile Internacional, que decorreu no sábado. Pelo menos oito grupos de matriz portuguesa estiveram presentes no evento, que teve como tema a iniciativa “Uma Faixa, uma Rota”

 

[dropcap]A[/dropcap]s ruas de Macau encheram-se sábado para o Desfile Internacional que contou com a participação de cerca de 1.800 artistas de vários cantos do mundo. O objectivo da parada foi celebrar o 20.º aniversário da transferência de soberania de Macau para a China.

Música, dança, roupas e trajes alegóricos e típicos, de 80 grupos artísticos, cobriram as ruas estreitas e apertadas do centro de Macau, que contou com a participação de pelo menos oito grupos de matriz portuguesa, um de Angola e dois brasileiros, disse à Lusa a organização.

Ucrânia, Polónia, Itália, Bielorrússia, Quénia, Chile, Rússia, Chipre, Hungria, Nova Zelândia, Mianmar, Tailândia, grupos do Interior da China e de Hong Kong, assim como dezenas de associações locais de Macau, estiveram representados naquela que foi a nona edição do Desfile Internacional de Macau.

“Uma experiência magnífica, diferente de tudo aquilo que temos em Portugal”, disse Laura Guerreiro, uma das 27 artistas que compunha o grupo português Artfusion, em declarações à Lusa.

As ruas apertadas, a calçada portuguesa e alguns pontos do caminho, como as Ruínas de São Paulo, o Largo do Senado, a Igreja de São Domingos e o Largo da Sé, fizeram-na “lembrar Portugal, mas com muito mais gente na rua”.

Aos jornalistas, a presidente do Instituto Cultural, Mok Ian Ian, mostrou-se “bastante satisfeita por notar que este ano as ruas de Macau estavam com muito mais gente”.

Celebrar a Faixa

O tema do desfile, este ano, para além de celebrar os 20 anos da transferência da administração da administração de Macau de Portugal para a China, foi a celebração da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, que pretende reforçar as ligações e dinamizar o comércio entre várias economias da Ásia, do Médio Oriente, da Europa e de África.

Por essa razão, associados da Casa de Portugal em Macau ‘vestiram-se’ de azul e empunharam caravelas, a fazer lembrar a época dos descobrimentos, que teve um papel importante na interligação de vários povos e culturas diferentes, contou à Lusa Sérgio Feiteira, um dos 46 membros da equipa que desfilou na Parada.

De Angola, chegou o Grupo Tradicional Música e Bailado Angolano Jovens de Hungo, com mais de 15 artistas que “vieram mostrar como dançam os angolanos” e que “também é através da dança que se celebram os anos de vida, de uma pessoa, ou de uma cidade”, disse à Lusa, sorridente, António Sousa, enquanto tocava num djembe “para fazer os chineses abanar as ancas”.

A Casa do Brasil em Macau, decidiu trazer uma mistura “de samba com dança africana”, com o tema Brasil e Angola, já que Macau “é a plataforma entre a China e os países de língua portuguesa”, explicou a presidente da associação, Jade Martins, à Lusa. “Este é um ano especial para Macau, então resolvemos caprichar nos fatos e na fantasia”, contou.

Sobreviver ao tempo

Menos festivo, Paulo Costa, residente há quarenta anos em Macau, desfilou com mais cerca de uma dúzia de pessoas para representar a “ortodoxia do folclore português”.

“Mascaramo-nos de portugueses”, que “faz bastante falta em Macau, está à vista, não?”, questionou, apontando para as plateias que estavam repletas de pessoas, a esmagadora maioria chinesas. Após esta resposta, Paulo Costa, recusou qualquer tipo de melancolia e afirmou: “já sobrevivemos 20 anos, agora faltam 30 e depois disso vamos ver, vamos ver…”, numa alusão, primeiro aos 20 anos desde a passagem da administração do território para China, e depois aos 30 anos que faltam até 2049, ano em que terminam os 50 anos de transição.

Parada | Ruas de Macau aqueceram com o Desfile Internacional

Cerca de 1.800 artistas coloriram as ruas de Macau durante o Desfile Internacional, que decorreu no sábado. Pelo menos oito grupos de matriz portuguesa estiveram presentes no evento, que teve como tema a iniciativa “Uma Faixa, uma Rota”

 
[dropcap]A[/dropcap]s ruas de Macau encheram-se sábado para o Desfile Internacional que contou com a participação de cerca de 1.800 artistas de vários cantos do mundo. O objectivo da parada foi celebrar o 20.º aniversário da transferência de soberania de Macau para a China.
Música, dança, roupas e trajes alegóricos e típicos, de 80 grupos artísticos, cobriram as ruas estreitas e apertadas do centro de Macau, que contou com a participação de pelo menos oito grupos de matriz portuguesa, um de Angola e dois brasileiros, disse à Lusa a organização.
Ucrânia, Polónia, Itália, Bielorrússia, Quénia, Chile, Rússia, Chipre, Hungria, Nova Zelândia, Mianmar, Tailândia, grupos do Interior da China e de Hong Kong, assim como dezenas de associações locais de Macau, estiveram representados naquela que foi a nona edição do Desfile Internacional de Macau.
“Uma experiência magnífica, diferente de tudo aquilo que temos em Portugal”, disse Laura Guerreiro, uma das 27 artistas que compunha o grupo português Artfusion, em declarações à Lusa.
As ruas apertadas, a calçada portuguesa e alguns pontos do caminho, como as Ruínas de São Paulo, o Largo do Senado, a Igreja de São Domingos e o Largo da Sé, fizeram-na “lembrar Portugal, mas com muito mais gente na rua”.
Aos jornalistas, a presidente do Instituto Cultural, Mok Ian Ian, mostrou-se “bastante satisfeita por notar que este ano as ruas de Macau estavam com muito mais gente”.

Celebrar a Faixa

O tema do desfile, este ano, para além de celebrar os 20 anos da transferência da administração da administração de Macau de Portugal para a China, foi a celebração da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, que pretende reforçar as ligações e dinamizar o comércio entre várias economias da Ásia, do Médio Oriente, da Europa e de África.
Por essa razão, associados da Casa de Portugal em Macau ‘vestiram-se’ de azul e empunharam caravelas, a fazer lembrar a época dos descobrimentos, que teve um papel importante na interligação de vários povos e culturas diferentes, contou à Lusa Sérgio Feiteira, um dos 46 membros da equipa que desfilou na Parada.
De Angola, chegou o Grupo Tradicional Música e Bailado Angolano Jovens de Hungo, com mais de 15 artistas que “vieram mostrar como dançam os angolanos” e que “também é através da dança que se celebram os anos de vida, de uma pessoa, ou de uma cidade”, disse à Lusa, sorridente, António Sousa, enquanto tocava num djembe “para fazer os chineses abanar as ancas”.
A Casa do Brasil em Macau, decidiu trazer uma mistura “de samba com dança africana”, com o tema Brasil e Angola, já que Macau “é a plataforma entre a China e os países de língua portuguesa”, explicou a presidente da associação, Jade Martins, à Lusa. “Este é um ano especial para Macau, então resolvemos caprichar nos fatos e na fantasia”, contou.

Sobreviver ao tempo

Menos festivo, Paulo Costa, residente há quarenta anos em Macau, desfilou com mais cerca de uma dúzia de pessoas para representar a “ortodoxia do folclore português”.
“Mascaramo-nos de portugueses”, que “faz bastante falta em Macau, está à vista, não?”, questionou, apontando para as plateias que estavam repletas de pessoas, a esmagadora maioria chinesas. Após esta resposta, Paulo Costa, recusou qualquer tipo de melancolia e afirmou: “já sobrevivemos 20 anos, agora faltam 30 e depois disso vamos ver, vamos ver…”, numa alusão, primeiro aos 20 anos desde a passagem da administração do território para China, e depois aos 30 anos que faltam até 2049, ano em que terminam os 50 anos de transição.

Homem detido por causar danos no Convento da Ilha Verde

[dropcap]U[/dropcap]m residente, de apelido Wu, 57, foi detido por alegadamente ter causado danos ao Convento da Ilha Verde, devido a obras de renovação levadas a cabo desde 2004.

De acordo com o porta-voz da Polícia Judiciária, o Instituto Cultural recebeu uma denúncia do actual proprietário da Colina da Ilha Verde para a existência de um homem a roubar electricidade, destruir o espaço e a ocupar ilegalmente o convento. A queixa motivou uma investigação e a PJ descobriu um total de 26 alterações nas portas, janelas, paredes exteriores, entre outros lugares da capela, do convento e da casa de retiro na colina da Ilha Verde. Contudo, não se provou haver energia roubada.

Face aos resultados da operação, o operário da construção civil que estava no Convento da Ilha Verde foi preso, mas negou a prática do roubo de energia e ocupação ilegal. Wu alegou mesmo que tinha sido autorizado pelo antigo proprietário do espaço a ficar no convento para tratar da gestão do imóvel.

A pensar no arrendamento

Sobre os danos e alterações ao edifício, o homem defendeu que desde 2004 tinha sido autorizado a fazer reparações e que tinha feito alterações ao estilo do interior, uma vez que o objectivo passava por arrendar o mesmo. Wu confessou igualmente que os trabalhos foram feitos “apesar de saber que o local está protegido pelo Instituto Cultural”. No entanto, afirmou desconhecer a necessidade de pedir autorização ao IC para fazer as obras de renovação.

Ainda de acordo com as conclusões da investigação da PJ, após a transferência de proprietário do convento, em 2007, o novo dono pediu a Wu que abandonasse o espaço. Este pedido acabou por entrar nos tribunais, onde o processo ainda decorre. As alterações ao património não afectam a estrutura do edifício, mas o detido foi presente ao Ministério Público e está indiciado da prática do crime de dano qualificado, o que lhe pode valer uma pena de prisão que na penalização mais pesada chega aos 5 anos.

Caridade | Mais de 45 mil pessoas marcharam no passado domingo

A tradicional Marcha de Caridade para Um Milhão, que se realizou no domingo, contou com a presença de mais de 45 mil pessoas. O evento em que normalmente participam algumas das figuras de topo da política local conseguiu angariar 19 milhões de patacas

 

[dropcap]A[/dropcap] 36ª edição da Marcha da Caridade para Um Milhão, organizada pelo Fundo de Beneficência dos Leitores do Jornal Ou Mun, realizou-se no passado domingo e contou participação de mais de 45 mil pessoas. Entre os participantes, destaque para o Chefe do Executivo, Chui Sai On, e o director do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na RAEM, Fu Ziying.

Somadas todas as doações, a edição deste ano conseguiu angariar um total de 19 milhões de patacas.
A marcha, com um percurso com cerca de quatro quilómetros, começou às dez de manhã, começou no Centro de Ciência de Macau e terminou na Barra, junto do Templo de A-Má.

De acordo com jornal Exmmo, em comparação com as edições anteriores, a Marcha deste ano foi a maior, visto que não só contou a participação das escolas e associações locais, mas também com instituições estatais chinesas na RAEM, entre as quais departamentos do Governo. Este ano, o evento contou ainda com a presença de alguns atletas famosos, como a nadadora Fu Yuanhui, que conta no seu palmarés medalha de bronze nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e dois campeonatos do mundo e o antigo basquetebolista da NBA Yao Ming, que brilhou nos Houston Rockets e hoje em dia preside à Associação Chinesa de Basquetebol.

Actividade significativa

Em declarações ao jornal Exmoo, Fu Ziying, director do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na RAEM, apontou que a Marcha da Caridade para Um Milhão como um exemplo da implementação bem-sucedida do princípio “Um País, Dois Sistemas” em Macau. Fu Ziying mostrou-se esperançado que os residentes de Macau continuem com o tradicional evento demonstrativo da bondade local.

Segundo o portal Chinanews, Chui Sai On salientou que a Marcha da Caridade para Um Milhão é uma das actividades mais importantes em Macau e um movimento de caridade que permite dar um exemplo aos mais jovens em termos de espírito de sacrifício e empatia.

Citado pela mesma fonte, o Chefe do Executivo disse que o Governo vai continuar a apoiar Fundo de Beneficência dos Leitores do Jornal Ou Mun na realização de actividades educativas.

A irmã do futuro Chefe do Executivo e antiga deputada, Ho Teng Iat preside ao Fundo de Beneficência dos Leitores do Jornal Ou Mun, que organiza a Marcha. Em declarações ao jornal Ou Mun, claro está, declarou que a Marcha da Caridade por Um Milhão não só traz energia positiva à sociedade, como tem a capacidade para ultrapassar barreiras entre gerações, raças e religiões. Citada pelo mesmo jornal, a presidente disse que tanto o número dos participantes como a montante da doação deste ano foram os mais elevados de sempre.

Caridade | Mais de 45 mil pessoas marcharam no passado domingo

A tradicional Marcha de Caridade para Um Milhão, que se realizou no domingo, contou com a presença de mais de 45 mil pessoas. O evento em que normalmente participam algumas das figuras de topo da política local conseguiu angariar 19 milhões de patacas

 
[dropcap]A[/dropcap] 36ª edição da Marcha da Caridade para Um Milhão, organizada pelo Fundo de Beneficência dos Leitores do Jornal Ou Mun, realizou-se no passado domingo e contou participação de mais de 45 mil pessoas. Entre os participantes, destaque para o Chefe do Executivo, Chui Sai On, e o director do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na RAEM, Fu Ziying.
Somadas todas as doações, a edição deste ano conseguiu angariar um total de 19 milhões de patacas.
A marcha, com um percurso com cerca de quatro quilómetros, começou às dez de manhã, começou no Centro de Ciência de Macau e terminou na Barra, junto do Templo de A-Má.
De acordo com jornal Exmmo, em comparação com as edições anteriores, a Marcha deste ano foi a maior, visto que não só contou a participação das escolas e associações locais, mas também com instituições estatais chinesas na RAEM, entre as quais departamentos do Governo. Este ano, o evento contou ainda com a presença de alguns atletas famosos, como a nadadora Fu Yuanhui, que conta no seu palmarés medalha de bronze nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e dois campeonatos do mundo e o antigo basquetebolista da NBA Yao Ming, que brilhou nos Houston Rockets e hoje em dia preside à Associação Chinesa de Basquetebol.

Actividade significativa

Em declarações ao jornal Exmoo, Fu Ziying, director do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na RAEM, apontou que a Marcha da Caridade para Um Milhão como um exemplo da implementação bem-sucedida do princípio “Um País, Dois Sistemas” em Macau. Fu Ziying mostrou-se esperançado que os residentes de Macau continuem com o tradicional evento demonstrativo da bondade local.
Segundo o portal Chinanews, Chui Sai On salientou que a Marcha da Caridade para Um Milhão é uma das actividades mais importantes em Macau e um movimento de caridade que permite dar um exemplo aos mais jovens em termos de espírito de sacrifício e empatia.
Citado pela mesma fonte, o Chefe do Executivo disse que o Governo vai continuar a apoiar Fundo de Beneficência dos Leitores do Jornal Ou Mun na realização de actividades educativas.
A irmã do futuro Chefe do Executivo e antiga deputada, Ho Teng Iat preside ao Fundo de Beneficência dos Leitores do Jornal Ou Mun, que organiza a Marcha. Em declarações ao jornal Ou Mun, claro está, declarou que a Marcha da Caridade por Um Milhão não só traz energia positiva à sociedade, como tem a capacidade para ultrapassar barreiras entre gerações, raças e religiões. Citada pelo mesmo jornal, a presidente disse que tanto o número dos participantes como a montante da doação deste ano foram os mais elevados de sempre.

Nova Rota da Seda é “iniciativa diferente” que se baseia “em colaborações”

[dropcap]A[/dropcap] presidente da Associação Amigos da Nova Rota da Seda (ANRS), Fernanda Ilhéu, defende que o projecto da Nova Rota da Seda no continente africano é “uma iniciativa diferente” que pretende basear-se na cooperação. “Esta iniciativa é diferente, baseia-se numa colaboração bilateral ou multilateral que tem como objectivo desbloquear certas lacunas que impedem que esses países consigam estabelecer um desenvolvimento sustentado que os leve ao maior bem-estar”, disse Fernanda Ilhéu à Lusa.

Fernanda Ilhéu, professora universitária no Instituto Superior de Economia e Gestão, considerou que a relação entre China e o continente africano é “uma relação que vem de há muitos anos”

A professora defendeu que “há uma preocupação muito grande para que a ajuda seja feita sob a forma de cooperação”, sublinhando que “não é uma dádiva”.

A iniciativa, referiu Fernanda Ilhéu, “está aberta a quem colaborar com a China nesse sentido”, sendo para isso necessário que “os países envolvidos tenham uma grande relação com a China”.

A professora universitária referiu que a Nova Rota da Seda “não é um Plano Marshall”. “Os países deverão, eles próprios, ter a iniciativa de propor à China os projectos que consideram ser fundamentais”, acrescentando que tem de haver uma avaliação para que estes projectos “depois não se venham a mostrar ruinosos”.

Todos juntos

Fernanda Ilhéu defende que o interesse da China em investir nestes países passa pelo “novo modelo de globalização” e pelo “crescimento da economia global”. “Ou crescemos todos, ou dificilmente a China também crescerá. Precisamos do crescimento dos países menos desenvolvidos para nos equilibrarmos todos”.

Para a presidente da ANRS, os projectos de desenvolvimento conjunto são uma forma de ultrapassar o desemprego no continente africano.

Fernanda Ilhéu falou à Lusa dias antes da apresentação do livro “The New Silk Road and the Portuguese Speaking Countries in the New World Context”, que redigiu em pareceria com Francisco Leandro, professor da Universidade de São José e Paulo Duarte, professor do Departamento em Relações Internacionais e Administração Pública da Universidade do Minho.

Nova Rota da Seda é "iniciativa diferente" que se baseia "em colaborações"

[dropcap]A[/dropcap] presidente da Associação Amigos da Nova Rota da Seda (ANRS), Fernanda Ilhéu, defende que o projecto da Nova Rota da Seda no continente africano é “uma iniciativa diferente” que pretende basear-se na cooperação. “Esta iniciativa é diferente, baseia-se numa colaboração bilateral ou multilateral que tem como objectivo desbloquear certas lacunas que impedem que esses países consigam estabelecer um desenvolvimento sustentado que os leve ao maior bem-estar”, disse Fernanda Ilhéu à Lusa.
Fernanda Ilhéu, professora universitária no Instituto Superior de Economia e Gestão, considerou que a relação entre China e o continente africano é “uma relação que vem de há muitos anos”
A professora defendeu que “há uma preocupação muito grande para que a ajuda seja feita sob a forma de cooperação”, sublinhando que “não é uma dádiva”.
A iniciativa, referiu Fernanda Ilhéu, “está aberta a quem colaborar com a China nesse sentido”, sendo para isso necessário que “os países envolvidos tenham uma grande relação com a China”.
A professora universitária referiu que a Nova Rota da Seda “não é um Plano Marshall”. “Os países deverão, eles próprios, ter a iniciativa de propor à China os projectos que consideram ser fundamentais”, acrescentando que tem de haver uma avaliação para que estes projectos “depois não se venham a mostrar ruinosos”.

Todos juntos

Fernanda Ilhéu defende que o interesse da China em investir nestes países passa pelo “novo modelo de globalização” e pelo “crescimento da economia global”. “Ou crescemos todos, ou dificilmente a China também crescerá. Precisamos do crescimento dos países menos desenvolvidos para nos equilibrarmos todos”.
Para a presidente da ANRS, os projectos de desenvolvimento conjunto são uma forma de ultrapassar o desemprego no continente africano.
Fernanda Ilhéu falou à Lusa dias antes da apresentação do livro “The New Silk Road and the Portuguese Speaking Countries in the New World Context”, que redigiu em pareceria com Francisco Leandro, professor da Universidade de São José e Paulo Duarte, professor do Departamento em Relações Internacionais e Administração Pública da Universidade do Minho.

Portugal | Réplica das Ruínas de São Paulo tornou-se ex-libris da cidade de Loures

Uma réplica das Ruínas de São Paulo foi um dos pontos de destaque do Pavilhão de Macau na Expo 98. Passados seis anos da exposição mundial, a estrutura foi transferida para o Parque Adão Barata, em Loures. Primeiro muito contestada, devido ao despropósito e elevados custos que acarreta, a réplica é hoje um ponto incontornável do parque da cidade

 

[dropcap]Q[/dropcap]uem passeia pelo Parque Adão Barata, mais conhecido como Parque da Cidade de Loures, já se habitou à presença de uma enorme fachada, que simboliza um monumento que se encontra a milhares de quilómetros daquela cidade do distrito de Lisboa. Trata-se de uma réplica da fachada das Ruínas de São Paulo, um dos monumentos mais emblemáticos de Macau, que está montada neste parque de Loures desde 2004.

Anos antes, tinha sido uma das atracções da Expo 98, que se realizou na zona do Parque das Nações, em Lisboa.
Em declarações à Agência Lusa, o vice-presidente da Câmara Municipal de Loures, Paulo Piteira (CDU) explicou que a decisão de adquirir o Pavilhão de Macau e a fachada nada teve a ver com algum tipo de ligação especial ao território.

“Não há nenhuma relação particular entre o município de Loures e Macau, a não ser aquela que existe entre Portugal e o antigo território de Macau. O que acontece é que surgiu uma oportunidade que o antigo Executivo achou que seria comercialmente interessante”, justificou. O autarca refere que a ausência de uma ligação a Macau e os “elevados custos” que envolveram na ocasião a transferência da infra-estrutura para Loures e ainda exigem nos dias de hoje para a manutenção e conservação fazem com que a sua presença não tenha sido sempre politicamente consensual.

“A contestação que houve no passado teve muito que ver com aquilo que foi inicialmente apresentado, como sendo uma operação muito mais barata, mas, depois, foi subindo de custos”, aponta.
Paulo Piteira estima que, no total, a autarquia tenha investido até ao dia de hoje mais de meio milhão de euros na estrutura, a maior fatia com intervenções de manutenção e conservação.

“Esta estrutura foi concebida para durar seis meses, que era o tempo que se esperava que a exposição [Expo98] durasse. Além disso, é uma infra-estrutura que está sujeita à intempérie, pois está ao ar livre. Naturalmente que há sempre processos de degradação que se tendem a acentuar”, justifica.

Conquistar corações

Apesar dos “elevados” custos de manutenção, Paulo Piteira reconhece que a fachada já ganhou uma importância muito grande para a cidade e também o carinho dos habitantes de Loures.

“Hoje faz parte da imagem que as pessoas têm da cidade e, em particular, aqui do parque, que é um sítio muito frequentado. Eu diria que é até uma peça que acaba por não destoar no seu conjunto”, atesta.

E, apesar de o município de Loures não ter uma ligação especial com Macau, o autarca de Loures reconhece que a estrutura acaba por simbolizar a multiculturalidade existente no concelho.

“Esta fachada representa o Colégio de São Paulo, que foi assumidamente a grande construção dos jesuítas no oriente. A primeira grande universidade de modelo ocidental. Naturalmente, é algo que tem a ver com a nossa história e com aquilo que queremos para o nosso concelho. Portanto, é uma peça que se encaixa na visão e a vida deste concelho”, sublinha.

Alguns visitantes do parque corroboram a ideia de que a fachada do pavilhão já faz parte do património da cidade e que a “embelezam ainda mais”.

“Sei que esta fachada pertencia ao Pavilhão de Macau que esteve na Expo e que depois foi adquirida pela autarquia. Acho que foi uma boa aquisição porque tornou o parque ainda mais bonito”, disse à Lusa Maria José, moradora há 50 anos na cidade de Loures.

Também Amadeu conhece a origem desta fachada e reconhece a importância que a réplica foi ganhando ao longo dos anos. “Já é um símbolo de Loures e do Parque da Cidade. Sim, agrada-me”, respondeu, sem hesitar.

Já Cristino Miguel considera que a fachada “embeleza o parque” e que devido à sua importância histórica deve ser preservada. “Acho que é uma coisa histórica e é preciso lembrar os nossos antepassados”, defendeu.

Contudo, e ainda que essa seja a vontade das centenas de pessoas que frequentam diariamente o Parque Adão Barata, a manutenção deste ex-libris estará sempre ameaçada, segundo alerta Paulo Piteira. “Tem esta característica que é efémera e não vai durar para sempre. Infelizmente, creio que no futuro não será muito fácil continuarmos a fazer este trabalho de conservação e manutenção”, alertou.

Portugal | Réplica das Ruínas de São Paulo tornou-se ex-libris da cidade de Loures

Uma réplica das Ruínas de São Paulo foi um dos pontos de destaque do Pavilhão de Macau na Expo 98. Passados seis anos da exposição mundial, a estrutura foi transferida para o Parque Adão Barata, em Loures. Primeiro muito contestada, devido ao despropósito e elevados custos que acarreta, a réplica é hoje um ponto incontornável do parque da cidade

 
[dropcap]Q[/dropcap]uem passeia pelo Parque Adão Barata, mais conhecido como Parque da Cidade de Loures, já se habitou à presença de uma enorme fachada, que simboliza um monumento que se encontra a milhares de quilómetros daquela cidade do distrito de Lisboa. Trata-se de uma réplica da fachada das Ruínas de São Paulo, um dos monumentos mais emblemáticos de Macau, que está montada neste parque de Loures desde 2004.
Anos antes, tinha sido uma das atracções da Expo 98, que se realizou na zona do Parque das Nações, em Lisboa.
Em declarações à Agência Lusa, o vice-presidente da Câmara Municipal de Loures, Paulo Piteira (CDU) explicou que a decisão de adquirir o Pavilhão de Macau e a fachada nada teve a ver com algum tipo de ligação especial ao território.
“Não há nenhuma relação particular entre o município de Loures e Macau, a não ser aquela que existe entre Portugal e o antigo território de Macau. O que acontece é que surgiu uma oportunidade que o antigo Executivo achou que seria comercialmente interessante”, justificou. O autarca refere que a ausência de uma ligação a Macau e os “elevados custos” que envolveram na ocasião a transferência da infra-estrutura para Loures e ainda exigem nos dias de hoje para a manutenção e conservação fazem com que a sua presença não tenha sido sempre politicamente consensual.
“A contestação que houve no passado teve muito que ver com aquilo que foi inicialmente apresentado, como sendo uma operação muito mais barata, mas, depois, foi subindo de custos”, aponta.
Paulo Piteira estima que, no total, a autarquia tenha investido até ao dia de hoje mais de meio milhão de euros na estrutura, a maior fatia com intervenções de manutenção e conservação.
“Esta estrutura foi concebida para durar seis meses, que era o tempo que se esperava que a exposição [Expo98] durasse. Além disso, é uma infra-estrutura que está sujeita à intempérie, pois está ao ar livre. Naturalmente que há sempre processos de degradação que se tendem a acentuar”, justifica.

Conquistar corações

Apesar dos “elevados” custos de manutenção, Paulo Piteira reconhece que a fachada já ganhou uma importância muito grande para a cidade e também o carinho dos habitantes de Loures.
“Hoje faz parte da imagem que as pessoas têm da cidade e, em particular, aqui do parque, que é um sítio muito frequentado. Eu diria que é até uma peça que acaba por não destoar no seu conjunto”, atesta.
E, apesar de o município de Loures não ter uma ligação especial com Macau, o autarca de Loures reconhece que a estrutura acaba por simbolizar a multiculturalidade existente no concelho.
“Esta fachada representa o Colégio de São Paulo, que foi assumidamente a grande construção dos jesuítas no oriente. A primeira grande universidade de modelo ocidental. Naturalmente, é algo que tem a ver com a nossa história e com aquilo que queremos para o nosso concelho. Portanto, é uma peça que se encaixa na visão e a vida deste concelho”, sublinha.
Alguns visitantes do parque corroboram a ideia de que a fachada do pavilhão já faz parte do património da cidade e que a “embelezam ainda mais”.
“Sei que esta fachada pertencia ao Pavilhão de Macau que esteve na Expo e que depois foi adquirida pela autarquia. Acho que foi uma boa aquisição porque tornou o parque ainda mais bonito”, disse à Lusa Maria José, moradora há 50 anos na cidade de Loures.
Também Amadeu conhece a origem desta fachada e reconhece a importância que a réplica foi ganhando ao longo dos anos. “Já é um símbolo de Loures e do Parque da Cidade. Sim, agrada-me”, respondeu, sem hesitar.
Já Cristino Miguel considera que a fachada “embeleza o parque” e que devido à sua importância histórica deve ser preservada. “Acho que é uma coisa histórica e é preciso lembrar os nossos antepassados”, defendeu.
Contudo, e ainda que essa seja a vontade das centenas de pessoas que frequentam diariamente o Parque Adão Barata, a manutenção deste ex-libris estará sempre ameaçada, segundo alerta Paulo Piteira. “Tem esta característica que é efémera e não vai durar para sempre. Infelizmente, creio que no futuro não será muito fácil continuarmos a fazer este trabalho de conservação e manutenção”, alertou.

Casinos | Condenado a cinco anos de prisão por roubar 9 milhões 

[dropcap]U[/dropcap]m homem de 55 anos de idade foi ontem condenado em Hong Kong a uma pena de prisão de cinco anos pela prática de quatro crimes de furto, envolvendo mais de 9,14 milhões de dólares de Hong Kong.

De acordo com a imprensa chinesa, a vítima do crime é uma empresa que emprestava dinheiro aos jogadores dos casinos de Macau, recebendo comissões por cada empréstimo. O arguido foi contratado em Fevereiro de 2018, com um salário de 18 mil dólares de Hong Kong, e tinha como funções realizar viagens entre Hong Kong e Macau para fazer levantamentos de dinheiro das agências de câmbio relacionados com as dívidas dos clientes.

Em Agosto, depois do arguido ter levantado mais de 9,14 milhões de dólares de Hong Kong, deixou de estar contactável, tendo sido detido pelas autoridades do território vizinho.

A empresa já conseguiu recuperar 17 mil dólares de Hong Kong em dinheiro e jóias. O arguido afirmou que parte do dinheiro roubado já tinha sido utilizado para fazer cobertura a dívidas de jogadores, não sendo possível a sua devolução.

Casinos | Condenado a cinco anos de prisão por roubar 9 milhões 

[dropcap]U[/dropcap]m homem de 55 anos de idade foi ontem condenado em Hong Kong a uma pena de prisão de cinco anos pela prática de quatro crimes de furto, envolvendo mais de 9,14 milhões de dólares de Hong Kong.
De acordo com a imprensa chinesa, a vítima do crime é uma empresa que emprestava dinheiro aos jogadores dos casinos de Macau, recebendo comissões por cada empréstimo. O arguido foi contratado em Fevereiro de 2018, com um salário de 18 mil dólares de Hong Kong, e tinha como funções realizar viagens entre Hong Kong e Macau para fazer levantamentos de dinheiro das agências de câmbio relacionados com as dívidas dos clientes.
Em Agosto, depois do arguido ter levantado mais de 9,14 milhões de dólares de Hong Kong, deixou de estar contactável, tendo sido detido pelas autoridades do território vizinho.
A empresa já conseguiu recuperar 17 mil dólares de Hong Kong em dinheiro e jóias. O arguido afirmou que parte do dinheiro roubado já tinha sido utilizado para fazer cobertura a dívidas de jogadores, não sendo possível a sua devolução.

Trabalhadores migrantes | Associações querem nova reunião com deputados

Três representantes de associações que defendem os direitos dos trabalhadores migrantes lamentam que a reunião com a terceira comissão permanente da Assembleia Legislativa tenha demorado menos tempo do que o previsto e esperam poder vir a ter um novo encontro. O dia de sexta-feira apenas serviu para discutir três reivindicações

 

[dropcap]E[/dropcap]ric Lestari, Jassy Santos e Benedicta Palcon reuniram com a terceira comissão permanente da Assembleia Legislativa (AL) na sexta-feira, mas lamentam que a reunião, pedida há oito meses, tenha durado menos tempo do que o previsto. Ao HM, Benedicta Palcon, presidente da Greens Philippines Migrant Workers Union, disse esperar que uma nova reunião venha a acontecer, uma vez que foram discutidos apenas três pontos da petição.

“Não falámos de todas as nossas reivindicações porque a reunião foi de curta duração. Era suposto ser de uma hora e meia, mas tivemos apenas uma hora porque o tradutor teve de ir embora. Disseram que iam ter em consideração os nossos pedidos.”

Vong Hin Fai, deputado que preside à comissão, explicou, de acordo com a TDM – Canal Macau, que “a nossa colega que traduz do inglês tinha um trabalho marcado há meio ano e teve de sair da AL às 3:30”.

Jassy Santos, presidente da Progressive Labour Union of Domestic Workers, disse, também à TDM – Canal Macau, lamentar esta situação. “É triste, porque tínhamos pedido para trazer a nossa tradutora, mas eles negaram.”

Promessas e mais promessas

Benedicta Palcon adiantou ao HM que os deputados prometeram ouvir as suas reivindicações, que passam pelo não pagamento de cauções às agências de emprego e pela obrigatoriedade de serem ouvidas sempre que seja legislada alguma matéria sobre trabalhadores migrantes.

“Garantiram-nos que os trabalhadores migrantes seriam consultados e que poderiam ser feitas adaptações (na proposta de lei das agências de emprego). Uma vez que as empregadas domésticas não estão abrangidas pelo salário mínimo seria justo não termos de pagar nenhuma caução”, referiu Benedicta Palcon.

O Governo quer assegurar que as agências de emprego não cobram mais do que 50 por cento do salário do trabalhador migrante, mas ainda assim as associações garantem que os trabalhadores ficam numa situação precária com estes pagamentos.

“O estabelecimento do pagamento de uma caução à agência, que é 50 por cento do primeiro salário mensal, a pagar após os primeiros 60 dias de emprego, deixa-os numa situação de dívida. As agências podem colaborar com os empregadores para contratar e despedir trabalhadores a fim de obterem mais lucros.”

Nos primeiros 60 dias de trabalho com o novo empregador, um trabalhador “pode sofrer abusos” e ser “silenciado por parte das agências para que estas recebam a totalidade das cauções”. Sendo assim, o Governo deveria esclarecer, na proposta de lei, o conceito de “remuneração base”, acrescenta a petição.

Trabalhadores migrantes | Associações querem nova reunião com deputados

Três representantes de associações que defendem os direitos dos trabalhadores migrantes lamentam que a reunião com a terceira comissão permanente da Assembleia Legislativa tenha demorado menos tempo do que o previsto e esperam poder vir a ter um novo encontro. O dia de sexta-feira apenas serviu para discutir três reivindicações

 
[dropcap]E[/dropcap]ric Lestari, Jassy Santos e Benedicta Palcon reuniram com a terceira comissão permanente da Assembleia Legislativa (AL) na sexta-feira, mas lamentam que a reunião, pedida há oito meses, tenha durado menos tempo do que o previsto. Ao HM, Benedicta Palcon, presidente da Greens Philippines Migrant Workers Union, disse esperar que uma nova reunião venha a acontecer, uma vez que foram discutidos apenas três pontos da petição.
“Não falámos de todas as nossas reivindicações porque a reunião foi de curta duração. Era suposto ser de uma hora e meia, mas tivemos apenas uma hora porque o tradutor teve de ir embora. Disseram que iam ter em consideração os nossos pedidos.”
Vong Hin Fai, deputado que preside à comissão, explicou, de acordo com a TDM – Canal Macau, que “a nossa colega que traduz do inglês tinha um trabalho marcado há meio ano e teve de sair da AL às 3:30”.
Jassy Santos, presidente da Progressive Labour Union of Domestic Workers, disse, também à TDM – Canal Macau, lamentar esta situação. “É triste, porque tínhamos pedido para trazer a nossa tradutora, mas eles negaram.”

Promessas e mais promessas

Benedicta Palcon adiantou ao HM que os deputados prometeram ouvir as suas reivindicações, que passam pelo não pagamento de cauções às agências de emprego e pela obrigatoriedade de serem ouvidas sempre que seja legislada alguma matéria sobre trabalhadores migrantes.
“Garantiram-nos que os trabalhadores migrantes seriam consultados e que poderiam ser feitas adaptações (na proposta de lei das agências de emprego). Uma vez que as empregadas domésticas não estão abrangidas pelo salário mínimo seria justo não termos de pagar nenhuma caução”, referiu Benedicta Palcon.
O Governo quer assegurar que as agências de emprego não cobram mais do que 50 por cento do salário do trabalhador migrante, mas ainda assim as associações garantem que os trabalhadores ficam numa situação precária com estes pagamentos.
“O estabelecimento do pagamento de uma caução à agência, que é 50 por cento do primeiro salário mensal, a pagar após os primeiros 60 dias de emprego, deixa-os numa situação de dívida. As agências podem colaborar com os empregadores para contratar e despedir trabalhadores a fim de obterem mais lucros.”
Nos primeiros 60 dias de trabalho com o novo empregador, um trabalhador “pode sofrer abusos” e ser “silenciado por parte das agências para que estas recebam a totalidade das cauções”. Sendo assim, o Governo deveria esclarecer, na proposta de lei, o conceito de “remuneração base”, acrescenta a petição.

Embaixador Santana Carlos recorda as dificuldades para manter o português

A questão “mais sensível” na conclusão das negociações entre Portugal e a China sobre a transferência da administração de Macau foi a regulamentação oficial das duas línguas, segundo o embaixador António Santana Carlos, que liderou o processo. O diplomata jubilado destaca ainda a forma como a contestação em Hong Kong fortalece a posição de Taiwan

 

[dropcap]O[/dropcap]s chineses sabem muito bem o que querem e para alterarem uma decisão é extremamente complicado, porque há vários centros de decisão: no partido, no Governo, e muitas vezes na Presidência”, afirmou.

Em entrevista à Lusa, em Lisboa, o diplomata jubilado recordou as 39 viagens que fez para Macau durante os três anos e meio em que chefiou o Grupo de Ligação Conjunto (GLC) em representação de Portugal, a partir de 1996. “Tenho um razoável conhecimento da maneira de ser dos nossos amigos chineses, não só porque vivi intensamente o final do processo de transição, como depois estive quatro anos em Pequim”, referiu.

Actualmente conselheiro diplomático na Câmara Municipal de Lisboa, Santana Carlos considerou que, apesar das dificuldades, os objectivos foram cumpridos, no processo de transição. “Como é habitual, aqueles assuntos mais complicados ficam, normalmente para o fim”, reconheceu, referindo-se à insistência da parte portuguesa para que o português e o mandarim ficassem ambos consagrados como línguas oficiais, por forma a assim vigorarem na Assembleia Legislativa, na administração e nos tribunais.

A medida, defendeu, foi “muito importante para a defesa da língua portuguesa”, uma premissa “fundamental”.
Este foi o assunto “mais sensível” que teve em mãos, dada a oposição da China: “Foi um processo difícil”.

Preferindo valorizar o resultado final, o embaixador admitiu que foi necessária “alguma combatividade” e que a discordância entre as partes levou à suspensão de uma reunião plenária do GLC, devido à falta de acordo quanto à agenda. “A China opunha-se à regulamentação oficial das duas línguas. Nós queríamos incluir esse ponto na agenda para começar a ser debatido e a China não tinha instruções e, portanto, dizia que não ou, pura e simplesmente – que é uma boa maneira que os chineses têm de manifestar uma opinião negativa – não respondia e o assunto ficava pendurado”, lembrou.

“Não foi fácil de conseguir, foi preciso insistirmos muito e mantermos uma coerência ao longo de todo esse processo”, sublinhou, considerando positivo o resultado, já que mais tarde viria a ser criado o Fórum Macau, uma plataforma que acabou por ligar a China aos países de expressão portuguesa.

Entre poderes

António Santana Carlos deparou-se com a diferença de culturas e de regimes. “Nós, ocidentais, por vezes temos consultas duplas Governo – Presidência, mas não com essa linha tradicional que é o partido”. Na China, prosseguiu, o partido “pronuncia-se sobre tudo. Sobre tudo o que é importante. E é preciso conciliar esses três centros de decisão no processo. Portanto, houve alguns assuntos que demoraram um pouco mais de tempo a resolver”.

Para Portugal, era importante “preservar a identidade e a singularidade” de Macau para que não fosse “absorvido de uma forma total e rápida” pela China. “Era fácil! Macau não é um território muito grande. Esses assuntos foram, talvez os de mais difícil resolução”, constatou.

Apesar de já não ter acompanhado o processo, o diplomata destacou também a construção do aeroporto de Macau como um passo importante para “dar uma maior autonomia” ao território administrado por Portugal até Dezembro de 1999. “Esse foi um dossier importante, já estava resolvido quando cheguei a Macau”, declarou.

Questionado sobre o cumprimento das bases que ditaram o acordo entre Portugal e a China fez um balanço positivo, com uma ressalva: “É claro que Macau não tem uma lei da greve, mas com a administração portuguesa essa lei também não existia”.

Portugal conseguiu também que não vigorasse a pena de morte em Macau e que as forças militares chinesas não entrassem no território logo à meia-noite do dia 20 de Dezembro de 1999, mas no dia seguinte. “Entraram oito horas depois, mas a transição foi completamente civil. Como não existiam forças militares em Macau, esse foi o nosso argumento para não ser uma coisa simultânea, com o final do processo de transição”, relatou.

Questão de opinião

As manifestações em Hong Kong estão a “dar força a Taipé”, segundo António Santana Carlos que considera que a China tem “efectivamente um problema” com a situação na antiga colónia britânica, algo que não se estende a Macau. “Para já o território é muito diferente de Macau, a região tem outra dimensão, outra economia. Tem um peso muito importante, os grandes trunfos da área financeira de Pequim são Xangai e Hong Kong”, afirmou.

Questionado sobre as diferenças verificadas ao nível da consciência política nos dois territórios, Santana Carlos respondeu: “Hong Kong tem uma massa crítica que às vezes cria problemas à China, como agora está a acontecer, porque tem uma opinião pública – até por ser maior – que não tem a atitude da opinião pública de Macau”. “Não quero dizer que há interferências, mas eles criaram uma situação complicada para a República Popular da China em Hong Kong”, acrescentou.

O problema, está a “reflectir-se nas relações entre Pequim e Washington”, porque “quer o Senado, quer a Câmara dos Representantes norte-americana aprovaram decisões apoiando o lado de manifestações em Hong Kong e criticando a China”, observou. “E essa posição foi posteriormente utilizada pelo Presidente Donald Trump, o que criou dificuldades à China”, acrescentou.

Na análise do diplomata, a China não só pensa na estabilidade de Hong Kong e Macau, como essa estabilidade é “muito importante para aplicar o objectivo de ‘Um País, Dois Sistemas’ a Taiwan”. “Essas manifestações, no fundo, acabam por dar força a Taipé, porque é fácil perceber, não é? A República Popular da China tem, efectivamente, um problema com a situação que decorre neste momento em Hong Kong”, declarou.

Festas inclusivas

Já em Macau, “a opinião pública é muito mais pequena, a massa crítica é menos activa”, disse o ex-responsável pelo Grupo de Ligação, frisando que Portugal conseguiu manter uma “relação de amizade e cooperação” com as autoridades chinesas diferente. “Tanto no processo de Macau, como no de Hong Kong, houve primeiro uma festa portuguesa antes da meia-noite, depois da cerimónia de transição, com as duas partes presentes ao mais alto nível e depois, finalmente, uma festa chinesa”, recordou.

Em Hong Kong, contou, “nem nenhum representante da China foi à despedida britânica, nem nenhum representante do Reino Unido foi à festa chinesa, depois da transição”. Em Macau, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês foi à despedida portuguesa e o homólogo português, Jaime Gama, também esteve presente na celebração dos chineses.

“Conseguiu-se um entendimento que julgo que é mais do que simbólico”, considerou Santana Carlos, para quem a postura das duas partes “valorizou e continua a valorizar o relacionamento Portugal – China”.

Sulu Sou pede medidas de combate ao mercado negro

[dropcap]O[/dropcap] deputado Sulu Sou questionou o Governo sobre as medidas para combater o mercado negro no Istmo de Ferreira Amaral e no bairro Vai Tai, perto das Portas de Cerco, uma vez que os residentes da zona Norte se sentem cada vez mais incomodados com o comércio paralelo e a ocupação das vias com caixas que depois são abandonadas.

Na interpelação, o deputado defende que muitas lojas na zona praticam comércio paralelo e ocupam o espaço público para colocar os bens exportados por contrabandistas, afectando a vida quotidiana dos residentes e causam problemas sociais e de saúde no bairro.

O legislador, ligada à Novo Macau, questiona as razões pelas quais a situação está cada mais grave ao mesmo tempo que parece não haver uma reacção dos Serviços de Alfândega. Por outro lado, pergunta se as autoridades têm o conhecimento do envolvimento de uma associação criminosa a operar na zona com várias lojas dedicadas ao comércio paralelo.

MNE | Shen Beili defende que não há segundo sistema na segurança

[dropcap]A[/dropcap] responsável do Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Shen Beili, defendeu que é imperativo manter as forças externas fora de Macau para que o território possa continuar a construir todos os dias a sua harmonia e estabilidade social.

As declarações foram proferidas na sexta-feira, durante uma palestra para comemorar o 20.º aniversário da transferência de soberania, e foram citadas pelo Jornal do Cidadão. Segundo a publicação, Shen Beili elogiou o Chefe do Executivo por cumprir as responsabilidades constitucionais e opor-se à interferência externa.

“O Governo da RAEM não só conseguiu a legislação do artigo nº 23 da Lei Básica, como também entende que a nível da segurança nacional há apenas um país e não há dois sistemas”, frisou Shen Beili. A comissária considera ainda que a diplomacia de Macau está numa fase nova e que o Governo da RAEM precisa de encontrar o caminho certo e aproveitar as oportunidades importantes perante as circunstâncias complexas internacionais.

MNE | Shen Beili defende que não há segundo sistema na segurança

[dropcap]A[/dropcap] responsável do Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Shen Beili, defendeu que é imperativo manter as forças externas fora de Macau para que o território possa continuar a construir todos os dias a sua harmonia e estabilidade social.
As declarações foram proferidas na sexta-feira, durante uma palestra para comemorar o 20.º aniversário da transferência de soberania, e foram citadas pelo Jornal do Cidadão. Segundo a publicação, Shen Beili elogiou o Chefe do Executivo por cumprir as responsabilidades constitucionais e opor-se à interferência externa.
“O Governo da RAEM não só conseguiu a legislação do artigo nº 23 da Lei Básica, como também entende que a nível da segurança nacional há apenas um país e não há dois sistemas”, frisou Shen Beili. A comissária considera ainda que a diplomacia de Macau está numa fase nova e que o Governo da RAEM precisa de encontrar o caminho certo e aproveitar as oportunidades importantes perante as circunstâncias complexas internacionais.

Líderes da Câmara do Comércio Americana impedidos de entrar em Macau

Numa altura em que as relações entre a China e os Estados Unidos estão cada vez mais crispadas, os líderes da Câmara de Comércio Americana em Hong Kong, Robert Grieves e Tara Joseph, foram impedidos de entrar em Macau

 

[dropcap]O[/dropcap]s dois presidentes da Câmara do Comércio Americana em Hong Kong, Robert Grieves e Tara Joseph, foram impedidos de entrar em Macau no passado sábado, quando vinham à RAEM participar num evento promovido pela congénere do território. A informação foi divulgada logo nesse dia e o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, afirmou só ter tido conhecimento do caso através dos órgãos de comunicação social.
Segundo a informação da Reuters, Grieves e Tara Joseph tentaram entrar em Macau em alturas distintas no sábado, mas foram ambos convidados a assinar um papel em que “voluntariamente” concordavam regressar a Hong Kong sem tentarem entrar em Macau. Durante o procedimento nunca foi explicado aos dois elementos a razão de não poderem entrar. A versão foi avançada num comunicado conjunto: “Temos a esperança de que este episódio seja apenas uma reacção exagerada aos eventos recentes e que os negócios internacionais possam continuar a ser construídos de forma positiva”, consta do documento assinado pelos dois presidentes da AmCham.

Tara Joseph revelou ainda à agência noticiosa que esteve detida durante duas horas. “Não faço a mínima ideia [sobre a razão de não ter entrado]. Fiquei muito surpreendida. Eles não foram antipáticos, trataram da situação de forma profissional e nunca foram antipáticos”, frisou, em declarações à Reuters.

A proibição de entrada surge depois dos Estados Unidos terem aprovado a Lei dos Direitos Humanos e Democracia em Hong Kong, na sequência dos meses de manifestações da RAEHK. Em resposta, a China criou mais restrições à entrada de diplomatas americanos no País. Por outro lado, espera-se que Xi Jinping visite este mês Macau, o que já levou às restrições à entrada por parte de turistas vindos do Interior.

Ninguém sabe nada

No entanto, o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, afirmou desconhecer o caso e só ter tido conhecimento através dos órgãos de comunicação social.

“A Polícia tem a obrigação de manter a ordem nos postos fronteiriços. Não conheço esse caso concreto nem quero referir-me a ele. Não comentamos casos pontuais”, começou por responder Wong, à margem da marcha de caridade. “Só estou a falar de uma forma geral, durante a execução da lei a única coisa que temos em consideração é o risco para a segurança, ordem ou a existência de ameaças para Macau. A identidade e a profissão da pessoa não é um factor ponderado”, foi acrescentado, citado pelo Canal Macau.

Já ontem, à Macau News Agency, o presidente da Câmara do Comércio Americana em Macau, Paul Tsé, confirmou que Robert Grieves e Tara Joseph tinha sido convidados para um evento no sábado, mas recusou fazer comentários sobre o que aconteceu na fronteira. “Não temos comentários a fazer sobre as nossas opiniões.

Soubemos através dos órgãos de comunicação social que o Governo de Macau tem certas políticas de imigração que não estamos em posição de saber […] Não conheço a natureza dessas políticas”, apontou.

Turismo | Mak Soi Kun insiste em WC’s para “selfies”

[dropcap]O[/dropcap] deputado Mak Soi Kun exige ao Governo que instale mais casas-de-banho públicas nos percursos turísticos do território e quer que estas se tornem num ponto de referência para os turistas. De acordo com a interpretação escrita do legislador as casas-de-banho públicas devem ter um aspecto visual decorado com elementos culturais criativos, como desenhos animados, para facilitar sua identificação, mas também para que se tornem numa atracção turística e lugar quase obrigatório para as fotografias dos visitantes.

Já no que diz respeito aos materiais para as obras, Mak Soi Kun defende que devem ter um impacto reduzido no ambiente, assim como o design das mesmas, utilizando fontes de energia renováveis. Segundo o deputado, este último aspecto é muito importante porque serviria para demonstrar a reputação de Macau como um centro mundial de turismo e lazer e uma cidade com condições ideais de viver.

Mas esta não é a única medida, depois de concluídas as obras destes espaços, Mak diz que têm de ser inseridas das aplicações móveis para os visitantes como a “Experience Macao” e “Step Out, Macao”, também para facilitar a circulação no território.

Finalmente, o deputado escreve ao Executivo que a aposta nas casas-de-banho para turistas e a concretização de tal projecto seria um exemplo de “governação científica”.

Turismo | Mak Soi Kun insiste em WC’s para “selfies”

[dropcap]O[/dropcap] deputado Mak Soi Kun exige ao Governo que instale mais casas-de-banho públicas nos percursos turísticos do território e quer que estas se tornem num ponto de referência para os turistas. De acordo com a interpretação escrita do legislador as casas-de-banho públicas devem ter um aspecto visual decorado com elementos culturais criativos, como desenhos animados, para facilitar sua identificação, mas também para que se tornem numa atracção turística e lugar quase obrigatório para as fotografias dos visitantes.
Já no que diz respeito aos materiais para as obras, Mak Soi Kun defende que devem ter um impacto reduzido no ambiente, assim como o design das mesmas, utilizando fontes de energia renováveis. Segundo o deputado, este último aspecto é muito importante porque serviria para demonstrar a reputação de Macau como um centro mundial de turismo e lazer e uma cidade com condições ideais de viver.
Mas esta não é a única medida, depois de concluídas as obras destes espaços, Mak diz que têm de ser inseridas das aplicações móveis para os visitantes como a “Experience Macao” e “Step Out, Macao”, também para facilitar a circulação no território.
Finalmente, o deputado escreve ao Executivo que a aposta nas casas-de-banho para turistas e a concretização de tal projecto seria um exemplo de “governação científica”.

Ho Iat Seng e titulares de altos cargos receberam formação em Pequim

[dropcap]O[/dropcap] futuro Chefe do Executivo, secretários e titulares de altos cargos do próximo Governo estiveram a receber formação em Pequim e prometeram seguir todas as instruções do Governo Central durante o mandato, de acordo com a agência oficial Xinhua.

Segundo os relatos, durante um encontro na sexta-feira com representante do Governo Central, entre eles o vice-primeiro-ministro Han Zheng, “a equipa comprometeu-se a seguir as instruções do Governo Central, cumprir as suas obrigações e activamente tomar medidas no sentido de novas conquistas na prática de ‘um país, dois sistemas’ com as características de Macau”.

No mesmo encontro Han Zheng elogiou ainda os feitos da RAEM ao longo dos últimos 20 anos e apontou o facto de na Administração Portuguesa haver períodos de depressão económica em Macau que foram ultrapassados com a transição.

Também durante o fim-de-semana foi emitida a entrevista de Ho Iat Seng com a agência noticiosa estatal chinesa, em que o futuro Chefe do Executivo afirmou ir fazer de Macau uma RAEM “mais bonita”. “Eu vou continuar a unir todos os sectores da sociedade de Macau para impulsionar o princípio ‘Um país, Dois Sistemas’, de forma a avançar em frente, mantendo a estabilidade, para fazer Macau mais próspera e bonita”, declarou.

Orgulho nacional

No âmbito do princípio ‘Um país, Dois sistemas’, Ho Iat Seng frisou que Macau sempre teve uma colaboração muito próxima com o Governo Central e que o sucesso da região se deve a ter cumprido todas as exigências vindas do norte. “A implementação precisa do ‘Um país, Dois sistemas’ ajudou Macau a manter sua harmonia e estabilidade, criando uma base sólida para o desenvolvimento económico rápido e para a melhoria contínua da vida da população”, respondeu sobre a questão.

Outro dos pontos destacados por Ho Iat Seng para o sucesso de Macau é a educação patrióticas nas escolas. Segundo o futuro Chefe do Executivo as instituições de ensino utilizam livros escolares patrióticos e fazem regularmente cerimónias de hastear da bandeira o que fortalece o “sentimento de orgulho nacional e a identidade nacional” entre os mais jovens.