60 norte-coreanos resgatados após colisão com embarcação japonesa Hoje Macau - 8 Out 2019 [dropcap]S[/dropcap]essenta tripulantes de um barco norte-coreano foram resgatados ontem após uma colisão no mar do Japão contra uma embarcação de patrulha da Agência de Pesca japonesa, segundo um novo balanço divulgado pela comunicação social nipónica. O incidente ocorreu a cerca de 350 quilómetros a noroeste da Península de Noto (Japão central), no Mar do Japão e em águas da Zona Económica Exclusiva (ZEE) do Japão, sublinhou em conferência de imprensa um responsável pela Agência de Pesca Japonesa. As autoridades nipónicas alertaram o navio norte-coreano de que tinha invadido águas japonesas e ordenaram que a embarcação deixasse a área, utilizando inclusivamente disparos de canhão de água. Após a colisão entre as duas embarcações, o navio norte-coreano começou a afundar-se e a sua tripulação caiu na água, de acordo com as autoridades japonesas. Segundo o canal de televisão pública japonês NHK, os 60 tripulantes resgatados foram levados para outro barco norte-coreano que se encontrava numa zona próxima. O acidente não provocou feridos japoneses, avançaram os meios de comunicação do Japão. Num anterior balanço, as autoridades japonesas, que estão a conduzir a operação de resgate, indicavam mais de 20 pescadores norte-coreanos resgatados após o naufrágio da sua embarcação. À pesca “Continuaremos a agir decisivamente para impedir operações ilegais de embarcações estrangeiras na ZEE [Zona Económica Exclusiva] do nosso país”, reagiu ontem o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, perante o Parlamento. Nos últimos anos foram registados centenas de casos de navios norte-coreanos que entraram em águas japonesas, bem como de pescadores resgatados pela Guarda Costeira nipónica ou encontrados sem vida após naufrágios. Acredita-se que os pescadores norte-coreanos frequentemente se afastem das suas costas em busca de maiores capturas, devido à escassez de alimentos no seu país ou para cumprir as quotas de produção estatais.
O sucesso da China Jorge Rodrigues Simão - 8 Out 2019 “It is important to protect the environment while pursuing economic and social progress – to achieve harmony between man and nature, and harmony between man and society.” President Xi Jinping [dropcap]A[/dropcap]s últimas sete décadas foram um período extremamente bem-sucedido economicamente para a República Popular da China (RPC), que celebrou o septuagésimo aniversário da sua fundação a 1 de Outubro de 2019. O seu PIB real cresceu de quarenta e quatro mil e quatrocentos milhões de dólares para mais de treze triliões em 2018, quase trezentas vezes mais, com uma taxa de crescimento anual média de 8,1 por cento. O PIB real per capita cresceu de oitenta e dois dólares em 1949, para nove mil e quatrocentos e quinze dólares em 2018, ou seja mais cento e quinze vezes, com uma taxa média de crescimento anual de 6,8 por cento. A China tornou-se a segunda maior economia do mundo, depois dos Estados Unidos, tendo ultrapassado o Japão em 2006. O PIB da China, em 1949, era inferior a 2 por cento do PIB dos Estados Unidos e em 2018, era de 64 por cento. O PIB começou a mostrar um crescimento consistente depois de a China ter implementado reformas e aberto a economia em 1978. A taxa de crescimento acelerou após a sua adesão à Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2001. A China tornou-se a segunda maior nação comercial do mundo, depois dos Estados Unidos. O Japão fez um bom progresso económico de 1949 a 1990, e a sua economia começou a estagnar, estando em processo de total recuperação. A economia dos Estados Unidos cresceu de forma constante durante o período, excepto durante a Grande Recessão, um período de declínio económico nos mercados mundiais, desencadeado pela crise financeira global de 2008-2009. Ainda que a taxa de crescimento anual da China tenha flutuado bastante antes das reformas económicas e da abertura em 1978, não teve um único ano de crescimento negativo desde então, tendo crescido a uma taxa mais alta do que os Estados Unidos desde 1978, e do Japão. O Japão teve uma taxa de crescimento real do PIB mais alta do que os Estados até 1974, quando ocorreu o primeiro choque petrolífero mas desde 1991, o Japão teve um crescimento mais lento em comparação com a China e os Estados Unidos e com o rápido crescimento da economia, a qualidade de vida na China melhorou tremendamente nos últimos setenta anos. É de ressaltar que um desses indicadores é a expectativa de vida, que mais que duplicou, passando de trinta e cinco anos em 1949 para setenta e sete anos em 2018. A melhoria mais rápida na expectativa de vida ocorreu entre 1961 e 1970 (em parte devido aos esforços dos “médicos de pés descalços”, ou agricultores com treino médico básico, nas áreas rurais). Espera-se que a expectativa de vida aumente gradualmente como resultado de maiores rendimentos disponíveis “per capita”, urbanização e melhores cuidados de saúde. O que é ainda mais notável é o sucesso na erradicação da pobreza, um dos principais objectivos do governo. Tal, conjuntamente com a preservação e protecção ambiental, são os dois objectivos que ainda são obrigatórios no “Plano Nacional de Desenvolvimento Económico e Social da China”. Assim, de acordo com os padrões de pobreza de 1978, 2008 e 2010, mesmo se for usado o padrão mais rigoroso de 2010, quase 100 por cento da população da China estaria abaixo do limiar de pobreza em 1949. O padrão de 2010 diz que uma pessoa deveria ganhar pelo menos um pouco mais de um dólar (a preço de 2018) por dia. A taxa de pobreza caiu para 1,7 por cento, em 2018. Prevê-se que a pobreza seja completamente erradicada até 2020, em conformidade com a medição pelo padrão de pobreza de 2010. Provavelmente não há outro país que leve a erradicação da pobreza tão a sério quanto a China. É tradição e prática do Partido Comunista da China (PCC) ter em conta os interesses de todas as partes interessadas quando empreende reformas. Durante a transição de uma economia planeada centralmente para uma economia socialista de mercado, a China empregou a abordagem de “via dupla”, que permitiu a coexistência do plano central obrigatório e do livre mercado, protegendo todos os direitos económicos preexistentes e impedindo o surgimento de “perdedores” da reforma. Quando o sistema de responsabilidade contratual das famílias foi introduzido no sector agrícola, por exemplo, as famílias foram obrigadas a continuar a fornecer a quantidade fixa de grãos alimentícios ao governo sob o plano central antes que pudessem participar do mercado livre. Tal permitiu ao governo continuar a fornecer grãos alimentícios nas áreas urbanas. Ainda que a China tenha beneficiado bastante da globalização, também percebeu que o livre mercado não compensará os “perdedores” por si só. Assim, o governo chinês tomou medidas activas para compensar os “perdedores” da globalização económica e ajudar as pessoas que não tiveram qualquer benefício, e embora a disparidade do rendimento tenha aumentado na China nos últimos anos, todos estão comparativamente em melhor situação, graças às reformas e esse é o segredo do sucesso da China. A China fez importantes contribuições para a meta de desenvolvimento sustentável da redução da pobreza em todo o mundo e com a implementação da estratégia precisa de alívio da pobreza, o país alcançou resultados notáveis na dura batalha contra a pobreza, que consta de um relatório do Ministério dos Negócios Estrangeiros intitulado “Relatório do Progresso da China sobre a Implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável” de 2019. O número de pessoas que vivem na pobreza nas áreas rurais diminuiu de cinquenta e cinco milhões e setecentas e cinquenta mil pessoas para dezasseis milhões e seiscentas mil pessoas, com o seu rendimento disponível “per capita” subindo de sete mil e seiscentos e cinquenta e três yuans (cerca de mil e noventa e três dólares) para dez mil e trezentos e setenta e um yuans do final de 2015 ao final de 2018, segundo o relatório. Foi dada atenção especial ao aumento do apoio a crianças, mulheres, pessoas com deficiência e outros grupos especiais em áreas pobres. Até ao final de 2018, um total de trezentos e oitenta e três mil milhões e oitocentos milhões de yuans de empréstimos garantidos tinha sido concedido em apoio a seis milhões e quintas e setenta mil mulheres para iniciar os seus próprios negócios e melhorarem a sua situação económica, o que, por sua vez, levou a uma melhor segurança social para as mulheres. O país trabalhou activamente para a comunidade internacional para identificar a redução da pobreza como uma prioridade na implementação da agenda de desenvolvimento sustentável para 2030 e por meio do “Fundo de Paz e Desenvolvimento China-ONU” e do “Fundo de Assistência de Cooperação Sul-Sul”, a China e os seus parceiros implementaram quase cem projectos de redução da pobreza nos países em desenvolvimento. A implementação do plano de cooperação China-África para a redução da pobreza e a subsistência das pessoas está em pleno curso, e foram realizados duzentos projectos de “Vida Feliz”. É importante salientar que em 2018, foram realizados trinta e nove treinamentos e capacitação contra a pobreza para países em desenvolvimento, beneficiando mil e quatrocentos e quarenta formandos. O país continuou a implementar aldeias demonstrativas de redução da pobreza nos países em desenvolvimento e realizou conferências internacionais de alto nível, como o “Fórum Mundial de Alto Nível sobre Redução da Pobreza e Desenvolvimento”, conferências de redução da pobreza e desenvolvimento do “Fórum de Cooperação China-África” e “Fórum China-ASEAN sobre Desenvolvimento Social e Redução da Pobreza” e compartilhou as suas próprias experiências. A China continuará a realizar mais trabalhos sobre a redução da pobreza, ampliando áreas de extrema miséria e especialmente grupos vulneráveis, para que não se preocupem com alimentos ou roupas e desfrutem de segurança na educação obrigatória, atendimento médico básico e habitação de acordo com o relatório. Também se esforçará para estender gradualmente a cobertura básica de doações a todos os grupos pobres e vulneráveis, para que todos os idosos sejam atendidos adequadamente. A cobertura do seguro relacionado ao trabalho será ampliada. O país também aumentará as trocas internacionais e a cooperação quanto à redução da pobreza, compartilhará experiências com outros países em desenvolvimento e aprofundará a cooperação pela via da experiência, contribuindo positivamente para atingir a meta global de desenvolvimento sustentável sem pobreza. A China pede um esforço coordenado para ajudar todas as nações a alcançar os objectivos da ONU em termos de sustentabilidade. Salientando a importância do multilateralismo e o papel central da ONU, o apoio do país à cooperação global para alcançar o desenvolvimento sustentável é de extrema importância. O desenvolvimento é a eterna busca da humanidade e não deixar ninguém de fora parece ser a responsabilidade compartilhada da China. O “Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável”, é o órgão da Assembleia Geral da ONU para orientar acções para alcançar os “17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”. O fórum fez parte da cimeira de dois dias sobre os “Objectivos de Desenvolvimento Sustentável”, realizada durante a Assembleia Geral da ONU que decorreu entre 21 e 27 de Setembro de 2019. A China instou os líderes mundiais da cimeira a ter em consideração as preocupações dos países em desenvolvimento e garantir um desenvolvimento económico, ecológico e social coordenado para atingir os seus objectivos de desenvolvimento sustentável. Os 17 objectivos, adoptados por todos os estados membros da ONU em 2015 como “Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, estabeleceram um plano para a paz e prosperidade global para as pessoas e planeta. A “Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável” abriu um novo capítulo na cooperação para o desenvolvimento em todo o mundo, e são necessárias medidas eficazes para aprofundar a parceria global para um maior desenvolvimento. A China deixou a sua marca na facilitação da cooperação global e o país pretende promover o desenvolvimento para todos, através de maior abertura e colaboração e construindo uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade. O país continuará a procurar a cooperação na “Iniciativa Faixa e Rota” e ampliando a cooperação Sul-Sul. A China também fez conquistas quanto ao seu desenvolvimento, identificando o desenvolvimento sustentável como uma política fundamental do Estado e está a tomar medidas abrangentes para implementar a “Agenda 2030”. O país está em um novo ponto de partida para o desenvolvimento, pois comemorou o seu septuagésimo aniversário, e está comprometido em concluir a construção de uma sociedade moderadamente próspera em todos os aspectos até 2020. O progresso que a China fez na consecução dos objectivos de desenvolvimento sustentável, notadamente no combate à pobreza, na melhoria da educação e nas condições de saúde e promoção do reflorestamento. O secretário-geral da ONU, disse a 24 de Setembro de 2019 que, embora o mundo não esteja no caminho de atingir as metas relacionadas com o desenvolvimento sustentável, a China alcançou vários objectivos de desenvolvimento sustentável antes do previsto. A China espera erradicar a pobreza absoluta doméstica até o 2020. Quase todos os alunos do ensino fundamental e médio terminaram os seus estudos na China, superando a média global, em 2017 O país está a estender o seguro médico a toda a população e a taxa de mortalidade materna foi de 1,83 mortes por dez mil nascidos vivos em 2018, atingindo a meta com uma década de antecedência. A nova cobertura florestal na China representou 25 por cento do total global de 2000 a 2017. Apesar das conquistas da China, ainda é um país em desenvolvimento que enfrenta um grande desafio de desenvolvimento desigual e inadequado, e fica muito atrás dos países desenvolvidos e uma vida melhor para mil milhões e quatrocentos milhões de chineses será a maior contribuição do país para o desenvolvimento global. O país está a colocar o bem-estar do seu povo à frente e a adoptar uma nova filosofia de desenvolvimento de alta qualidade inovador, coordenado, verde e aberto para o benefício de todos, e em paralelo à “Agenda 2030”, que representa um sonho para um futuro melhor para o mundo, é o sonho chinês de rejuvenescimento nacional. É de acreditar que a China trabalhará incansavelmente com o resto da comunidade internacional para atingir as metas de desenvolvimento sustentável para 2030, e trazer um futuro melhor para todos. A China urbanizou-se a um ritmo acelerado desde a fundação da “Nova China” em 1949, especialmente nos últimos quarenta anos. É de considerar que setenta anos atrás, a população urbana da China representava apenas 10,6 por cento do total, muito abaixo da média global de 29 por cento da época. Até ao final de 2018, a taxa de urbanização da China em termos de registo de domicílios era superior a 43 por cento, mas a população residente urbana permanente havia atingido quase 60 por cento do total, superior à taxa de urbanização global de 55 por cento. A taxa de urbanização da China aumentou 49 por cento e quase setecentos e setenta e quatro milhões de pessoas passaram das áreas rurais para as áreas urbanas, o que constitui um fenómeno raro em todo o mundo. A urbanização ajudou a melhorar muito o padrão de vida das pessoas e desde 1996, a população urbana anual recém-aumentada da China ultrapassou os vinte milhões. Em 2014, um novo tipo de política de urbanização substituiu o conceito de simplesmente procurar a rápida urbanização, por um conceito de urbanização orientada para as pessoas, baseado na integração da infra-estrutura urbana e rural e na equalização dos serviços públicos e como resultado, a urbanização da China entrou em um estágio de desenvolvimento de alta qualidade. O “Relatório de Trabalho do Governo de 2019” e as principais tarefas de um novo tipo de urbanização emitido pela “Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma” enfatizam ainda mais a importância de promover uma urbanização de alta qualidade. O número de cidades chinesas aumentou de cento e trinta e duas para seiscentas e setenta e duas, de 1949 a 2018, e a rede de estrutura urbana melhorou gradualmente. É de atender que com a expansão espacial da área urbana construída e o estabelecimento de novas áreas do nível nacional para o município, a área urbana da China aumentou de sete mil e quatrocentos quilómetros quadrados em 1981 para cinquenta e seis mil e duzentos quilómetros quadrados em 2017. Assim, graças à rápida urbanização, a China formou uma série de aglomerados de cidades com forte influência económica global, incluindo o aglomerado de cidades do Delta do Rio Yangtzé, o aglomerado de cidades do Delta do Rio das Pérolas e o aglomerado de cidades de Pequim-Tianjin-Hebei, que são importantes transportadoras espaciais do desenvolvimento da qualidade da urbanização da China. A rápida urbanização não apenas atraiu enormes investimentos para a China e aumentou a procura em termos de consumo, mas também promoveu significativamente a reforma e a abertura, acelerando a acumulação de capital humano, optimizando a estrutura industrial, aumentando o ímpeto do desenvolvimento económico, diminuindo o hiato urbano-rural e melhorando os meios de subsistência das pessoas. No final de 1949, a população empregada total da China era de cento e oitenta milhões e oitocentas e vinte pessoas, com uma população empregada urbana de quinze milhões e trezentas e trinta pessoas e a taxa de desemprego urbano era de 23,6 por cento. A população total empregada, até ao final de 2018, havia atingido setecentos e setenta e cinco milhões e oitocentos e sessenta mil pessoas, com 27,6 por cento envolvidas no sector secundário e 46,3 por cento no sector terciário, graças à transferência de trabalho rural excedente para os dois sectores, o que significa que o emprego e o desenvolvimento económico tornaram-se a normalidade da urbanização. A estrutura dupla das áreas urbanas e rurais impediu o desenvolvimento das áreas rurais nos primeiros anos da “Nova China”, e a diferença de rendimento entre os residentes rurais e urbanos era muito maior do que nos países desenvolvidos. A rápida urbanização da China rompeu a fronteira urbano-rural do mercado de factores de produção, promovendo o livre fluxo de factores de desenvolvimento e diminuindo a lacuna entre as áreas rurais e urbanas. Em particular, desde a implementação do novo tipo de estratégias de urbanização e rejuvenescimento rural, o desenvolvimento coordenado de áreas urbanas e rurais tornou-se o objectivo da urbanização. O aumento contínuo do rendimento e do consumo dos habitantes mostra que os padrões de vida do povo chinês melhoraram bastante graças às mudanças induzidas pela urbanização.
Uma explicação João Santos Filipe - 8 Out 2019 [dropcap]É[/dropcap] irónico que numa sociedade tão pronta para se afirmar católica, como acontece em Macau e com muitos macaenses, que haja incompreensão face ao mal-estar criado pela projecção de imagem nas Ruínas de São Paulo. Para um católico não existe nada acima de Deus e é isso que se chama fé. Para um verdadeiro católico, que percebe o que vai fazer à Igreja e à missa, Deus é a referência máxima e está acima de comparações ou banalizações. Neste sentido, a questão dos símbolos chineses é altamente sensível, por um lado, porque historicamente o regime não gosta do catolicismo, assim como das outras religiões, e, por outro, porque a projecção banaliza e coloca em segundo plano um lugar altamente simbólico e que é/era de culto. Se os católicos não aceitam que a religião fique em segundo plano, este ponto chega para perceber a razão de se sentirem ofendidos. Mas se mesmo assim ainda há dificuldades em perceber o mal-estar da Igreja, torno as coisas mais fáceis. Imaginem que em vez de projectarem símbolos nacionais nas Ruínas de São Paulo que utilizavam o Gabinete de Ligação e o símbolo da RPC para projectarem imagens católicas e imagens de Deus. As imagens de Deus não são ofensivas, como não são os símbolos nacionais, mas neste caso aposto que aqueles que agora recusam compreender o lado dos católicos seriam os primeiros a sentirem-se ofendidos… Dito isto, não acredito que o Governo tenha tido a mínima intenção de ofender os crentes.
Automobilismo | Participação de Macau na “TCR Spa 500” aquém das expectativas Sérgio Fonseca - 8 Out 2019 [dropcap]A[/dropcap] passagem da equipa “Macau PS Racing” pela primeira edição da “TCR Spa 500” – uma prova de resistência de 500 voltas ao circuito belga de Spa-Francorchamps – não terminou como o quinteto de pilotos do território certamente desejaria. Filipe Souza, Ryan Wong, Kelvin Wong, Ng Kin Veng e Kam San Lam foram obrigados a abandonar devido a um acidente quando tinham cumprido apenas 85 voltas ao mítico traçado plantado na Floresta das Ardenas. O Audi RS3 LMS DSG com as cores da RAEM até teve um princípio de corrida muito bom, com Souza a realizar o primeiro turno de condução, conseguindo “subir várias posições”. Numa corrida que contou com dezassete concorrentes, um número que ficou aquém das expectativas do organizador, o Audi nº853 já rodava na décima primeira posição ao início da noite fria, em que a chuva já se fazia sentir, quando se deu o pior. Na zona de Blanchimont, a segunda curva à esquerda rapidíssima do circuito belga de Fórmula 1, Kelvin Wong perdeu o controlo do carro germânico e bateu nas barreiras de protecção do circuito. O veterano piloto de Macau não se magoou, mas o carro, alugado a uma equipa local, ficou demasiado danificado para continuar apesar dos esforços dos mecânicos para o recuperarem. Apesar da natural desilusão com o final prematuro, Souza admitiu ao HM que “gostou muito da experiência”, numa pista que é das mais exigentes do mundo, realçando que “aprendemos muito durante estes dias”, não fechando a porta a um possível regresso. Também presente na prova belga esteve Kevin Tse, também ele um piloto que defende as cores de Macau, que fazendo equipa com três pilotos de Hong Kong, teve a mesma sorte do quinteto da “Macau PS Racing”. O Audi RS3 LMS DSG de Tse abandonou a três horas do fim devido a um acidente protagonizado por um companheiro de equipa, curiosamente também na zona de Blanchimont. A prova foi ganha pelo Cupra TCR onde estavam Tom Coronel e Pepe Oriola.
Automobilismo | Participação de Macau na “TCR Spa 500” aquém das expectativas Sérgio Fonseca - 8 Out 2019 [dropcap]A[/dropcap] passagem da equipa “Macau PS Racing” pela primeira edição da “TCR Spa 500” – uma prova de resistência de 500 voltas ao circuito belga de Spa-Francorchamps – não terminou como o quinteto de pilotos do território certamente desejaria. Filipe Souza, Ryan Wong, Kelvin Wong, Ng Kin Veng e Kam San Lam foram obrigados a abandonar devido a um acidente quando tinham cumprido apenas 85 voltas ao mítico traçado plantado na Floresta das Ardenas. O Audi RS3 LMS DSG com as cores da RAEM até teve um princípio de corrida muito bom, com Souza a realizar o primeiro turno de condução, conseguindo “subir várias posições”. Numa corrida que contou com dezassete concorrentes, um número que ficou aquém das expectativas do organizador, o Audi nº853 já rodava na décima primeira posição ao início da noite fria, em que a chuva já se fazia sentir, quando se deu o pior. Na zona de Blanchimont, a segunda curva à esquerda rapidíssima do circuito belga de Fórmula 1, Kelvin Wong perdeu o controlo do carro germânico e bateu nas barreiras de protecção do circuito. O veterano piloto de Macau não se magoou, mas o carro, alugado a uma equipa local, ficou demasiado danificado para continuar apesar dos esforços dos mecânicos para o recuperarem. Apesar da natural desilusão com o final prematuro, Souza admitiu ao HM que “gostou muito da experiência”, numa pista que é das mais exigentes do mundo, realçando que “aprendemos muito durante estes dias”, não fechando a porta a um possível regresso. Também presente na prova belga esteve Kevin Tse, também ele um piloto que defende as cores de Macau, que fazendo equipa com três pilotos de Hong Kong, teve a mesma sorte do quinteto da “Macau PS Racing”. O Audi RS3 LMS DSG de Tse abandonou a três horas do fim devido a um acidente protagonizado por um companheiro de equipa, curiosamente também na zona de Blanchimont. A prova foi ganha pelo Cupra TCR onde estavam Tom Coronel e Pepe Oriola.
Automobilismo | Hong Kong deixa cair prova de Fórmula E Sérgio Fonseca - 8 Out 2019 [dropcap]A[/dropcap] situação estava a ser monitorizada há mais de dois meses, mas depois de consultadas todas as partes envolvidas, os organizadores do “Hong Kong ePrix”, a única prova de automobilismo da região vizinha, decidiram cancelar o evento programado para o dia 3 de Março do próximo ano. A decisão foi confirmada na passada sexta-feira pelo Conselho Mundial da FIA, apesar do órgão máximo do desporto motorizado não justificar as razões da saída de Hong Kong do calendário do Campeonato FIA de Fórmula E de 2019/2020. Contudo, ao South China Morning Post, um dos pilares da organização da prova justificou esta decisão pelo receio da incapacidade de colocar o evento de pé devido aos contínuos protestos pró-democracia que têm abalado Hong Kong. “Montar o circuito ia custar muito dinheiro. Se alguma coisa acontecesse no dia do evento por causa da agitação social, se não pudesse começar, seria uma enorme perda”, disse Lawrence Yu, o presidente da Associação Automóvel de Hong Kong (HKAA) e principal mentor deste projecto desde o seu início. Esta seria a quarta edição do evento e a organização já tinha ultrapassado grandes obstáculos, como o financiamento de um evento que deu prejuízos nas três edições realizadas e o alargamento do circuito desenhado pelo arquitecto português Rodrigo Nunes. Yu afirmou também ao diário da ex-colónia britânica que organização da Fórmula E e o governo local esperam que a prova, que curiosamente é a preferida do piloto luso António Félix da Costa, regresse em 2021, dado o contributo positivo do evento para o campeonato de carros eléctricos. Rugby Sevens mantém-se firme O cancelamento da etapa da Fórmula E vem no seguimento da anulação de outros grandes eventos desportivos em Hong Kong. A última etapa do PGA Tour Series-China deveria ser disputada entre os dias 17 e 20 de Outubro na antiga colónia britânica, em vez disso será disputado de 10 a 13 de Outubro em Macau. O torneio do circuito feminino de ténis em Hong Kong, programado para este mês também foi adiado indefinidamente, enquanto que os jogos da liga de futebol deste fim-de-semana foram suspensos. Por enquanto, o mais famoso evento desportivo do território, o Hong Kong Rugby Sevens, mantém-se firme e os organizadores deixaram já claro que não têm planos para que este não se realize no fim-de-semana de 4 e 5 de Abril do próximo ano.
Automobilismo | Hong Kong deixa cair prova de Fórmula E Sérgio Fonseca - 8 Out 2019 [dropcap]A[/dropcap] situação estava a ser monitorizada há mais de dois meses, mas depois de consultadas todas as partes envolvidas, os organizadores do “Hong Kong ePrix”, a única prova de automobilismo da região vizinha, decidiram cancelar o evento programado para o dia 3 de Março do próximo ano. A decisão foi confirmada na passada sexta-feira pelo Conselho Mundial da FIA, apesar do órgão máximo do desporto motorizado não justificar as razões da saída de Hong Kong do calendário do Campeonato FIA de Fórmula E de 2019/2020. Contudo, ao South China Morning Post, um dos pilares da organização da prova justificou esta decisão pelo receio da incapacidade de colocar o evento de pé devido aos contínuos protestos pró-democracia que têm abalado Hong Kong. “Montar o circuito ia custar muito dinheiro. Se alguma coisa acontecesse no dia do evento por causa da agitação social, se não pudesse começar, seria uma enorme perda”, disse Lawrence Yu, o presidente da Associação Automóvel de Hong Kong (HKAA) e principal mentor deste projecto desde o seu início. Esta seria a quarta edição do evento e a organização já tinha ultrapassado grandes obstáculos, como o financiamento de um evento que deu prejuízos nas três edições realizadas e o alargamento do circuito desenhado pelo arquitecto português Rodrigo Nunes. Yu afirmou também ao diário da ex-colónia britânica que organização da Fórmula E e o governo local esperam que a prova, que curiosamente é a preferida do piloto luso António Félix da Costa, regresse em 2021, dado o contributo positivo do evento para o campeonato de carros eléctricos. Rugby Sevens mantém-se firme O cancelamento da etapa da Fórmula E vem no seguimento da anulação de outros grandes eventos desportivos em Hong Kong. A última etapa do PGA Tour Series-China deveria ser disputada entre os dias 17 e 20 de Outubro na antiga colónia britânica, em vez disso será disputado de 10 a 13 de Outubro em Macau. O torneio do circuito feminino de ténis em Hong Kong, programado para este mês também foi adiado indefinidamente, enquanto que os jogos da liga de futebol deste fim-de-semana foram suspensos. Por enquanto, o mais famoso evento desportivo do território, o Hong Kong Rugby Sevens, mantém-se firme e os organizadores deixaram já claro que não têm planos para que este não se realize no fim-de-semana de 4 e 5 de Abril do próximo ano.
A discussão política Paulo José Miranda - 8 Out 2019 [dropcap]A[/dropcap] discussão estava acesa no Gaivota, botequim junto à praia do Campeche. Joel, guitarrista e vocalista de várias bandas na ilha de Florianópolis, teimava que “País Tropical” de Jorge Ben Jor era provavelmente o expoente da música brasileira. Aliás, dizia, toda a obra de Jorge Ben Jor é o Brasil traduzido em música. Nem Cartola, nem Adoniran Barbosa, nem Milton Nascimento, nem João Gilberto chegaram a esse nível, o de serem o Brasil. Virou a “jola”, pegou no violão e começou a tocar a maravilhosa entrada de “Chove Chuva”, continuando depois a cantar os primeiros versos da canção: “Chove Chuva / Chove sem parar” e foi por ali fora até “Por favor chuva ruim não molhe mais meu amor assim”. Fez uma pausa, pediu mais uma “jola” ao Caio e começou a tocar e a cantar “Mais que Nada”. À volta da mesa todos aplaudiram. Carlinhos, outro músico da ilha, que tocava vários instrumentos, teimava que Caetano era o músico mais brasileiro, porque a música do Brasil é feita de todo o estrangeiro, a música brasileira não é só a herança negra. Para ele, o disco “Cores, Nomes” era a pedra preciosa da música brasileira. Não era só a composição, a melodia, as letras, eram também os arranjos, onde o Brasil se encontra com o resto do mundo. “E nas letras, não precisamos de dizer Brasil, tropical, negro, para sermos brasileiros. A primeira música do disco é uma bomba total, mas a segunda – “Ele Me Deu Um Beijo Na Boca” – é um hino!” E pegou no violão do Joel e começou a tocar e a cantar, com a ajuda de todos nas precursões, com o que havia à mão. A meio da música Carlinhos cantava “Política é o fim // E a crítica que não toque na poesia / O Time Magazine quer dizer que os Rolling Stones / Já não cabem no mundo do Time Magazine / Mas eu digo (ele disse) / Que o que já não cabe é o Time Magazine / No mundo dos Rolling Stones / Forever Rockin’ / And Rolling // Por que forjar desprezo pelos vivos / Fomentar desejos reactivos?” Então parou e disse: “Estes versos valem uma literatura, por que forjar desprezo pelos vivos, fomentar desejos reactivos? Isto é política séria. E só por isso, tenho de dizer que a nossa discussão só faz sentido por estarmos a elogiar ambos os músicos, independentemente das nossas preferências. A grande música não tem segundos lugares, só primeiros. Jorge Ben Jor, Caetano, Cartola, Adoniran Barbosa são todos primeiros, independentemente da maior ou menor brasilidade.” Estavam todos de acordo, evidentemente. Era quase tudo músicos, naquele boteco. Joel, que enrolava um baseado, disse: “Cara tu tocou na ferida, Caetano é muito político, a começar pelo ‘ele me deu um beijo na boca’ e o Jorge Ben Jor é mais religioso, mais total.” Carlinhos não acrescentou nada, partilhou o baseado com Joel e ficaram a ouvir a música de Milton Nascimento, “Maria, Maria”, que Caio pôs a passar, como que a dizer que na música há mais marés que marinheiros. E Milton cantava: “Maria, Maria / É o som, é a cor, é o suor / É a dose mais forte e lenta / De uma gente que ri / Quando deve chorar / E não vive, apenas aguenta”. No final da música, e do baseado, deram ambos um gole na “Antarctica” e ficaram com aquele ar de quem entende que no Brasil não há música que não seja política, e que as preferências pessoais pelos músicos têm tanto do modo de pensar a cidade e o mundo. Olharam à volta, vendo a galera cantando e dançando com a música do Milton, e perguntaram, quem é que naquele boteco gostava mesmo de bossa nova? Provavelmente ninguém, ainda que pudessem gostar da melodia e respeitar a harmonia. Hoje, Carlinhos continua a ir ao boteco Gaivota e junto com Joel e Caio escutam, entristecidos, Chico Buarque cantar “Cálice”: “Pai, afasta de mim esse cálice / De vinho tinto de sangue”. Esta canção da década de 70 parece tão miseravelmente actual que acaba com a discussão sobre quem é mais brasileiro, se Jorge Ben Jor ou se Caetano Veloso.
Das coisas começadas Amélia Vieira - 8 Out 2019 [dropcap]A[/dropcap] matéria de que somos feitos é um defeito. A matéria é um animal que mal sustenta os seus cascos. Poder do Demo quando bem empregue, bom, ao lado das coisas que são sombras. Quando a torturamos mais do que pode suportar somos possuídos por trevas sem fim. O Demo em nós é por vezes o único amigo quando bem compreendido. Tenhamos também por ele compaixão, é que neste chão um secreto amor lhe foi também preciso. O nada disto entender é ser esquecido. Pois que Demo e esta matéria já não são os mesmos, somos então um novo crescendo. A anima que aguenta e levanta a forma pesada, também muda, e volta sem nada. Há simulacros ditando os nortes vários mas a vitória é virá-los. Não são demónios, são anjos, caídos na robustez, nós vemo-los por vezes passar sem lhes descobrirmos a tez. Podem ser belos também – Lúcifer em vaga e lava- e podem ser feros sem ver onde projectam a alma. Nós já fomos os vulcanos das terras de todos os amos, e tentamos, tentamos, esconjurar esses danos. Toda a matéria flutua no vazo híbrido das coisas, e coisa sem forma é sentida como o marulhar dos tormentos. Se com eles se fizerem os assentos, e com os marulhares os incêndios, perderemos de vez o entendimento de quem nos fere no tempo. Deus emigrou e está no alto do planisfério, por vezes sentimos que dorme do lado de lá do Universo, e que em poema nos dá o luto para cobrirmos as lendas. Mata um samurai, e sai. Depois vem peregrino, e Demo e Deus vão sozinhos na construção dos acasos. Redobram de forças quando as nossas já falecem, e se lhe sentirmos as sebes transportamos nós as vestes, que ventos, degelos, e fogo, terão um dia o encontro dos encantos que nos despem. Lúcifer, o que fere e cura, que luz e fera em si mesmo se procura; vem! Hoje de negro cobalto, negros de luz e olfacto, vem a este teu Fado. Somos o vaguear de uma coluna de fogo, somos milhões e não parece haver de novo o novo que será o seu maior evento. Cobrindo então de cinzento a Terra inteira vestido de vento, vem do lado de todo o firmamento. Que se perde na noite longa da Fogueira. Depois disto tudo que vislumbrámos nas acácias do Verão, os solos viram-se então… Já são tectos glaciares e vozes vêm dos mares- náufragos da terra perdida- pois vós ireis avançar: Quem nos segue está escondido! Manchas e sulfatos de cobre despem as ilhas do meio, e sem medo marinheiro, rema para lá. Os dias vão ficar na nuvem e só haverá sol para além da bruma… Dias sem sol e sons de fora fazem no painel da Hora um recanto de silêncio. A bolha de cristal de fios de tule e vagas imperiosas vagueia entre todas as terras povoadas. Com receios de auroras e já sem Demo nem Deus, encobertos p´la. fuligem, as nossas vidas que passam são a suspeita de que ficámos sós na parte sagrada que não nos dirá mais nada. Vamos percorrer esta estrada, para quem nos encontrar seremos um quase nada, materializados nas Sombras que se arquearam em dobras… O nosso tempo vai-se embora! O tempo já não está. Feridos de tempo e sem Deus, a vida prosseguirá, não encontrando seu Demo que nos fizera companhia nos tempos da longa vigília. Derrete Inferno de esmalte, contorce-te em tua sina de fera gleba sem guia, e senta-te a contar as estrelas. Não haverá grutas, nem saudades de fazê-las. Há lilases, flores que irás refloresce-las para os olhos nascerem nas órbitas do velho iceberg que no olho da cratera será o ciclope que te vela. Teremos saudades de ti, um dia que a saudade venha, mas de ti não quero que tenhas a vida que aqui nasceu. Voamos, somos mais anjos, soltos somos melhorados, e todos seremos enfim, o maior acto sonhado de quem ainda segue e ri na vaga definição deste ocaso. São satélites de vida todos guardados nesses dias, podem cair, desdobrar-se, tudo a sonda sondará, e quem já foi encontrado pode sair por esse lado de lá. Quem não for encontrado é porque não estava marcado, marcas que o Demo nos dá. Corre outra essência, rios mais fundos, pois que vai e reencontra, são estes os desígnios dos mundos. Está prostrada a matéria e as fomes foram vencidas, e há alimento que sobra desses manjares da antiga vida. Comem-se os elementos brandamente numa outra Era- Estação… quando o tempo voltar e a voz recomeçar, talvez a mesma do Verbo Inaugural, que carne e verbo foram semente de todas as formas do mal. Quando estivermos distantes mesmo assim teremos lembranças, das núpcias que fizeram as belas alianças e alcançaram o dom da forma perfeita, que um Homem, mesmo derrotado, é saudade que nunca será desfeita. Está vento, calor, derretimento, fogo, e muito lento o vapor. Está um sabre junto a esta encruzilhada que guia os passos proscritos e todas as naturezas mortas das mesas dos aflitos. O necrófilo emanado do seu estado vegetativo engoliu as coisas, está exangue. É tempo de partir de forma conseguida, que a fome não se sente, e o quebrar das coisas enfeita os graus da consciência. A eternidade não pode mais com o ciclo que sucumbe e tenta virar a noção do espaço que ocupa, nós já não somos iguais, e onde não há igualdade são duros os sinais. Acabo aqui. Vim para ficar e desobedeci. Também aqui, não quero estar. Duro trabalho foi este do retorno ao lar. E um Ámen se escutou na Galáxia muito para além dos sois e seus planetas habitados. Tudo se transfigurou. E na senda, fomos mudados.
Cimeira | Modi e Xi reúnem-se sexta-feira para discutir relações bilaterais Hoje Macau - 8 Out 2019 [dropcap]O[/dropcap] primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o Presidente chinês, Xi Jinping, irão reunir-se na sexta-feira no sul da Índia para discutir as relações bilaterais e disputas territoriais, anunciaram ontem as autoridades indianas. A reunião entre os líderes das duas nações mais populosas do mundo será uma “cimeira informal”, seguindo o formato da reunião anterior, que aconteceu em Abril de 2018 na cidade de Wuhan, na China. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Índia não anunciou oficialmente a cimeira, mas anunciou a abertura da credenciação à imprensa. O encontro irá decorrer na cidade de Mamallapuram, no estado indiano de Tamil Nadu, conhecida pelos seus templos e esculturas em pedra, informou a imprensa indiana. Os dois líderes deverão visitar os pontos turísticos da cidade após a reunião. O estatuto de independência da Caxemira Indiana, revogado neste Verão por Nova Deli, e a sua divisão em dois territórios separados não agradaram ao líder chinês. A China, por seu lado, reivindica partes de Ladaque, um deserto dos Himalaias que faz fronteira com as regiões de Xinjiang e do Tibete, na parte oriental da Caxemira. “A Índia perseverou em corroer a soberania territorial da China, alterando unilateralmente a sua lei doméstica”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, em Agosto. A Índia reivindica partes de Ladaque controladas pela China. Nova Deli também está preocupada com o projecto “Nova Rota da Seda”, uma rede de infraestruturas e rotas de transporte convergentes para a China, parte da qual atravessa a Caxemira paquistanesa, um território que a Índia vê como seu. Para a troca O comércio representa igualmente um ponto de discórdia entre os dois países asiáticos. De acordo com a imprensa local, a Índia levantou recentemente a questão do seu défice comercial de 50 mil milhões de euros e instou a China a dar às empresas indianas um melhor acesso ao seu mercado doméstico. O líder chinês Xi Jinping deverá convidar Narendra Modi a abrir o mercado indiano às redes 5G da empresa de equipamentos para redes e telecomunicações Huawei, a multinacional tecnológica que está na lista negra do governo norte-americano por suspeita de espionagem em nome das autoridades chinesas.
Cimeira | Modi e Xi reúnem-se sexta-feira para discutir relações bilaterais Hoje Macau - 8 Out 2019 [dropcap]O[/dropcap] primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o Presidente chinês, Xi Jinping, irão reunir-se na sexta-feira no sul da Índia para discutir as relações bilaterais e disputas territoriais, anunciaram ontem as autoridades indianas. A reunião entre os líderes das duas nações mais populosas do mundo será uma “cimeira informal”, seguindo o formato da reunião anterior, que aconteceu em Abril de 2018 na cidade de Wuhan, na China. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Índia não anunciou oficialmente a cimeira, mas anunciou a abertura da credenciação à imprensa. O encontro irá decorrer na cidade de Mamallapuram, no estado indiano de Tamil Nadu, conhecida pelos seus templos e esculturas em pedra, informou a imprensa indiana. Os dois líderes deverão visitar os pontos turísticos da cidade após a reunião. O estatuto de independência da Caxemira Indiana, revogado neste Verão por Nova Deli, e a sua divisão em dois territórios separados não agradaram ao líder chinês. A China, por seu lado, reivindica partes de Ladaque, um deserto dos Himalaias que faz fronteira com as regiões de Xinjiang e do Tibete, na parte oriental da Caxemira. “A Índia perseverou em corroer a soberania territorial da China, alterando unilateralmente a sua lei doméstica”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, em Agosto. A Índia reivindica partes de Ladaque controladas pela China. Nova Deli também está preocupada com o projecto “Nova Rota da Seda”, uma rede de infraestruturas e rotas de transporte convergentes para a China, parte da qual atravessa a Caxemira paquistanesa, um território que a Índia vê como seu. Para a troca O comércio representa igualmente um ponto de discórdia entre os dois países asiáticos. De acordo com a imprensa local, a Índia levantou recentemente a questão do seu défice comercial de 50 mil milhões de euros e instou a China a dar às empresas indianas um melhor acesso ao seu mercado doméstico. O líder chinês Xi Jinping deverá convidar Narendra Modi a abrir o mercado indiano às redes 5G da empresa de equipamentos para redes e telecomunicações Huawei, a multinacional tecnológica que está na lista negra do governo norte-americano por suspeita de espionagem em nome das autoridades chinesas.
DST | Japão vence 30.º concurso internacional de fogo-de-artifício Hoje Macau - 8 Out 2019 [dropcap]O[/dropcap] Japão venceu o 30.º concurso internacional de fogo-de-artifício de Macau (CIFAM), tendo a China e a França ficado no segundo e terceiro lugares, respectivamente, anunciou a Direcção dos Serviços de Turismo (DST). As últimas apresentações do concurso, que começou a 7 de Setembro, decorreram no sábado, junto à Torre de Macau, e couberam às companhias pirotécnicas do Japão e da Austrália. Este ano, a DST convidou pela primeira vez 12 equipas para seis noites de espectáculos pirotécnicos, que decorreram em 7, 13, 21 e 28 de Setembro e a 1 e a 5 de Outubro, sob o tema “Dupla Celebração em Macau”. As 12 equipas participantes na edição deste ano do CIFAM eram, por ordem de actuação, da Malásia, Filipinas, Portugal, Coreia do Sul, Reino Unido, Roménia, África do Sul, Canadá, França, China, Japão e Austrália. Para este ano, o orçamento do concurso, cuja primeira edição se realizou em 1989, foi superior a 24 milhões de patacas, que contemplou a realização de actividades complementares e de uma palestra ao longo dos seis dias de espectáculo.
DST | Japão vence 30.º concurso internacional de fogo-de-artifício Hoje Macau - 8 Out 2019 [dropcap]O[/dropcap] Japão venceu o 30.º concurso internacional de fogo-de-artifício de Macau (CIFAM), tendo a China e a França ficado no segundo e terceiro lugares, respectivamente, anunciou a Direcção dos Serviços de Turismo (DST). As últimas apresentações do concurso, que começou a 7 de Setembro, decorreram no sábado, junto à Torre de Macau, e couberam às companhias pirotécnicas do Japão e da Austrália. Este ano, a DST convidou pela primeira vez 12 equipas para seis noites de espectáculos pirotécnicos, que decorreram em 7, 13, 21 e 28 de Setembro e a 1 e a 5 de Outubro, sob o tema “Dupla Celebração em Macau”. As 12 equipas participantes na edição deste ano do CIFAM eram, por ordem de actuação, da Malásia, Filipinas, Portugal, Coreia do Sul, Reino Unido, Roménia, África do Sul, Canadá, França, China, Japão e Austrália. Para este ano, o orçamento do concurso, cuja primeira edição se realizou em 1989, foi superior a 24 milhões de patacas, que contemplou a realização de actividades complementares e de uma palestra ao longo dos seis dias de espectáculo.
Colagens | Livraria Portuguesa recebe trabalhos de Burry Buermans Hoje Macau - 8 Out 2019 [dropcap]A[/dropcap] entidade D’As Entranhas Macau – Associação Cultural inaugura esta sexta-feira, por volta das 18h30, a exposição de colagens de Burry Buermans Retrospectiva, na Galeria de Arte da Livraria Portuguesa. A mostra apresenta uma selecção de 20 trabalhos do artista plástico belga, realizados com colagens, a partir de livros antigos, revistas e jornais , cujos desenhos e imagens datam de 1874 até ao presente. A exposição estará patente até ao dia 31 de Outubro, tendo entrada livre. Nascido em 1982, Burry Buermans nasceu na Bélgica e vive em Portugal desde 2012. Autodidacta no domínio das artes plásticas, desde cedo experimentou diferentes formas artísticas. Percorreu um longo caminho à procura do seu próprio meio de expressão, até que acidentalmente encontrou as colagens. Sem recurso ao Photoshop, a sua inspiração são as notícias diárias, o cinema e a sua própria fantasia de assinatura belga, absurda e surreal. O seu lema de vida é “perseguir os seus sonhos, onde quer que eles o levem”, e assim recuperou velhos carros Trabant, começou uma companhia de teatro, produziu e decorou as suas próprias festas e andou pelo mundo à boleia. Já expôs na Bélgica e em Portugal.
Colagens | Livraria Portuguesa recebe trabalhos de Burry Buermans Hoje Macau - 8 Out 2019 [dropcap]A[/dropcap] entidade D’As Entranhas Macau – Associação Cultural inaugura esta sexta-feira, por volta das 18h30, a exposição de colagens de Burry Buermans Retrospectiva, na Galeria de Arte da Livraria Portuguesa. A mostra apresenta uma selecção de 20 trabalhos do artista plástico belga, realizados com colagens, a partir de livros antigos, revistas e jornais , cujos desenhos e imagens datam de 1874 até ao presente. A exposição estará patente até ao dia 31 de Outubro, tendo entrada livre. Nascido em 1982, Burry Buermans nasceu na Bélgica e vive em Portugal desde 2012. Autodidacta no domínio das artes plásticas, desde cedo experimentou diferentes formas artísticas. Percorreu um longo caminho à procura do seu próprio meio de expressão, até que acidentalmente encontrou as colagens. Sem recurso ao Photoshop, a sua inspiração são as notícias diárias, o cinema e a sua própria fantasia de assinatura belga, absurda e surreal. O seu lema de vida é “perseguir os seus sonhos, onde quer que eles o levem”, e assim recuperou velhos carros Trabant, começou uma companhia de teatro, produziu e decorou as suas próprias festas e andou pelo mundo à boleia. Já expôs na Bélgica e em Portugal.
Grand Lisboa | Exposição de artistas lusófonos inserida na iniciativa “Art Macao” Andreia Sofia Silva - 8 Out 2019 Obras de artistas oriundos dos países lusófonos, pertencentes à colecção da Fundação PLMJ, estão em exposição no Grand Lisboa, inserida na iniciativa “Art Macao”. Paulo Corte-Real, curador da mostra, fala da presença de uma multidisciplinariedade que pretende revelar diferentes visões artísticas ao público de Macau [dropcap]M[/dropcap]ais de 20 obras de artistas do bloco lusófono estão à vista, desde sexta-feira, no Grand Lisboa, um dos casinos explorados pela Sociedade de Jogos de Macau (SJM). A mostra, intitulada “Autores Lusófonos na coleção da Fundação PLMJ” fecha a série de exposições que a SJM promoveu este ano no âmbito do festival de arte que o Governo lançou em conjunto com as operadoras de jogo, com um orçamento global de 3,8 milhões de euros, e que tem como nome “Art Macao”. Com curadoria de Paulo Corte-Real, a exposição apresenta obras do acervo da Fundação PLMJ, uma sociedade de advogados que desenvolve uma actividade regular no sector do coleccionismo e que tem colaborado com autores e artistas plásticos do mundo lusófono. O português Pedro Cabrita Reis, o artista de Macau Tang Kuok Hou, o moçambicano Celestino Mudaulane e os angolanos Délio Jasse e Yonamine estão entre os 18 artistas representados na exposição. Ao HM, Paulo Corte-Real destaca o facto de estarmos perante uma mostra multidisciplinar, talvez a diferença principal face às restantes exposições que se vão fazendo pelo território com a lusofonia como tema. “Esta mostra consiste numa exposição de obras de artistas representantes do universo lusófono que desenham uma geografia plural pertencente a uma geração que desenvolveu o seu trabalho num contexto de uma diáspora que se estende por cidades e lugares de todo o mundo”, explicou o curador. No Grand Lisboa podem ser vistas obras que têm como objectivo “mostrar ao público o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido nas Artes Visuais nos paises lusófonos, através de um olhar atento a novas propostas estéticas e às experiências que, no âmbito da Lusofonia, nos trazem novas leituras e uma perspectiva global sobre o nosso tempo e a sua correspondente criação artística”, acrescentou Paulo Corte-Real. Em representação de Portugal estão trabalhos de Pedro Cabrita Reis e Rita Ferreira. Se um é um “peso pesado da arte contemporânea portuguesa”, outro pertence a uma geração mais recente. “A Rita Ferreira é uma artista em ascensão. Por outro lado, o trabalho do Pedro Cabrita Reis é já sobejamente reconhecido e foi dos primeiros ser adquiridos pela Fundação da PMLJ”, frisou. Paulo Corte-Real fala ainda da importância desta colecção. “Há muito que a Fundação se dedica a coleccionar trabalhos da lusofonia, e achei que tinha uma boa hipótese de dar a conhecer ao público de Macau o trabalho que se está a desenvolver nestes países.” De Macau, destaque para a presença de fotografias de Rui Calçada Bastos e Tang Kuok Hou. Se o primeiro é um português que residiu em Macau durante muitos anos, o segundo é natural do território. Também aqui Paulo Corte-Real quis estabelecer um contraste. “Estamos perante duas visões distintas do espaço urbano”, rematou. Lusofonia desde 2010 A Fundação PLMJ, ligada ao escritório de advogados com o mesmo nome, adquire há vários anos obras de arte portuguesa, tendo começado, em 2010, a investir em obras de artistas do espaço da CPLP. Nesta mostra do hotel Grand Lisboa, constam também nomes como o de José Chambel, natural de São Tomé e Príncipe, Yonamine, de Angola e ainda Filipe Branquinho, oriundo de Moçambique. Na inauguração, que decorreu na sexta-feira, estiveram presentes, entre outros, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, o cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Paulo Cunha Alves, o cônsul honorário de Portugal em Hong Kong, Ambrose So, e a presidente do conselho de administração da SJM, Daisy Ho. Com o apoio das concessionárias e subconcessionárias de jogo, o festival internacional Art Macau teve início oficial em Junho. A organização prometeu transformar os ‘resorts’ integrados, consulados (entre os quais o de Portugal) e alguns espaços públicos em ‘galerias’ de arte, juntando mostras de arte de artistas ocidentais e chineses. Com Lusa
Grand Lisboa | Exposição de artistas lusófonos inserida na iniciativa “Art Macao” Andreia Sofia Silva - 8 Out 2019 Obras de artistas oriundos dos países lusófonos, pertencentes à colecção da Fundação PLMJ, estão em exposição no Grand Lisboa, inserida na iniciativa “Art Macao”. Paulo Corte-Real, curador da mostra, fala da presença de uma multidisciplinariedade que pretende revelar diferentes visões artísticas ao público de Macau [dropcap]M[/dropcap]ais de 20 obras de artistas do bloco lusófono estão à vista, desde sexta-feira, no Grand Lisboa, um dos casinos explorados pela Sociedade de Jogos de Macau (SJM). A mostra, intitulada “Autores Lusófonos na coleção da Fundação PLMJ” fecha a série de exposições que a SJM promoveu este ano no âmbito do festival de arte que o Governo lançou em conjunto com as operadoras de jogo, com um orçamento global de 3,8 milhões de euros, e que tem como nome “Art Macao”. Com curadoria de Paulo Corte-Real, a exposição apresenta obras do acervo da Fundação PLMJ, uma sociedade de advogados que desenvolve uma actividade regular no sector do coleccionismo e que tem colaborado com autores e artistas plásticos do mundo lusófono. O português Pedro Cabrita Reis, o artista de Macau Tang Kuok Hou, o moçambicano Celestino Mudaulane e os angolanos Délio Jasse e Yonamine estão entre os 18 artistas representados na exposição. Ao HM, Paulo Corte-Real destaca o facto de estarmos perante uma mostra multidisciplinar, talvez a diferença principal face às restantes exposições que se vão fazendo pelo território com a lusofonia como tema. “Esta mostra consiste numa exposição de obras de artistas representantes do universo lusófono que desenham uma geografia plural pertencente a uma geração que desenvolveu o seu trabalho num contexto de uma diáspora que se estende por cidades e lugares de todo o mundo”, explicou o curador. No Grand Lisboa podem ser vistas obras que têm como objectivo “mostrar ao público o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido nas Artes Visuais nos paises lusófonos, através de um olhar atento a novas propostas estéticas e às experiências que, no âmbito da Lusofonia, nos trazem novas leituras e uma perspectiva global sobre o nosso tempo e a sua correspondente criação artística”, acrescentou Paulo Corte-Real. Em representação de Portugal estão trabalhos de Pedro Cabrita Reis e Rita Ferreira. Se um é um “peso pesado da arte contemporânea portuguesa”, outro pertence a uma geração mais recente. “A Rita Ferreira é uma artista em ascensão. Por outro lado, o trabalho do Pedro Cabrita Reis é já sobejamente reconhecido e foi dos primeiros ser adquiridos pela Fundação da PMLJ”, frisou. Paulo Corte-Real fala ainda da importância desta colecção. “Há muito que a Fundação se dedica a coleccionar trabalhos da lusofonia, e achei que tinha uma boa hipótese de dar a conhecer ao público de Macau o trabalho que se está a desenvolver nestes países.” De Macau, destaque para a presença de fotografias de Rui Calçada Bastos e Tang Kuok Hou. Se o primeiro é um português que residiu em Macau durante muitos anos, o segundo é natural do território. Também aqui Paulo Corte-Real quis estabelecer um contraste. “Estamos perante duas visões distintas do espaço urbano”, rematou. Lusofonia desde 2010 A Fundação PLMJ, ligada ao escritório de advogados com o mesmo nome, adquire há vários anos obras de arte portuguesa, tendo começado, em 2010, a investir em obras de artistas do espaço da CPLP. Nesta mostra do hotel Grand Lisboa, constam também nomes como o de José Chambel, natural de São Tomé e Príncipe, Yonamine, de Angola e ainda Filipe Branquinho, oriundo de Moçambique. Na inauguração, que decorreu na sexta-feira, estiveram presentes, entre outros, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, o cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Paulo Cunha Alves, o cônsul honorário de Portugal em Hong Kong, Ambrose So, e a presidente do conselho de administração da SJM, Daisy Ho. Com o apoio das concessionárias e subconcessionárias de jogo, o festival internacional Art Macau teve início oficial em Junho. A organização prometeu transformar os ‘resorts’ integrados, consulados (entre os quais o de Portugal) e alguns espaços públicos em ‘galerias’ de arte, juntando mostras de arte de artistas ocidentais e chineses. Com Lusa
Branqueamento de capitais | Macau cumpre requisitos do Grupo Ásia-Pacífico Hoje Macau - 8 Out 2019 [dropcap]O[/dropcap] relatório do Grupo Ásia-Pacífico (APG) contra branqueamento de capitais, no qual Macau passou a todas as recomendações de conformidade técnica em Agosto último, foi revisto e aprovado por todos os membros do grupo, foi anunciado. O documento, que fornece um resumo da luta contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo em Macau, tinha sido concluído em Agosto, depois de o território se ter tornado na primeira jurisdição mundial a obter notações positivas nas 40 recomendações da do FATF [Financial Action Task Force]. Já neste mês, o primeiro relatório de progresso efectuado (FUR) de Macau de 2019, já aprovado em plenário do APG, foi sujeito a um processo de revisão pelos membros do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI/FATF) para garantir a conformidade com os padrões internacionais, de acordo com um comunicado divulgado na sexta-feira pelo Gabinete de Informação Financeira (GIF) do território. O APG foi criado em 1997 e é um dos membros do FATF. As 41 regiões que integram o APG são obrigadas a cumprir rigorosamente os padrões definidos pelo FATF. Em 2001, Macau passou a ser um dos membros do APG. O GAFI, é também uma organização intergovernamental fundada em 1989 e visa combater a lavagem de dinheiro global e o financiamento do terrorismo.
Branqueamento de capitais | Macau cumpre requisitos do Grupo Ásia-Pacífico Hoje Macau - 8 Out 2019 [dropcap]O[/dropcap] relatório do Grupo Ásia-Pacífico (APG) contra branqueamento de capitais, no qual Macau passou a todas as recomendações de conformidade técnica em Agosto último, foi revisto e aprovado por todos os membros do grupo, foi anunciado. O documento, que fornece um resumo da luta contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo em Macau, tinha sido concluído em Agosto, depois de o território se ter tornado na primeira jurisdição mundial a obter notações positivas nas 40 recomendações da do FATF [Financial Action Task Force]. Já neste mês, o primeiro relatório de progresso efectuado (FUR) de Macau de 2019, já aprovado em plenário do APG, foi sujeito a um processo de revisão pelos membros do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI/FATF) para garantir a conformidade com os padrões internacionais, de acordo com um comunicado divulgado na sexta-feira pelo Gabinete de Informação Financeira (GIF) do território. O APG foi criado em 1997 e é um dos membros do FATF. As 41 regiões que integram o APG são obrigadas a cumprir rigorosamente os padrões definidos pelo FATF. Em 2001, Macau passou a ser um dos membros do APG. O GAFI, é também uma organização intergovernamental fundada em 1989 e visa combater a lavagem de dinheiro global e o financiamento do terrorismo.
GIF | Transacções suspeitas descem 32,2% até Setembro Hoje Macau - 8 Out 2019 [dropcap]M[/dropcap]acau registou, nos três primeiros trimestres deste ano, 2.089 participações de transacções suspeitas, menos 32,2 por cento comparativamente a igual período de 2018, indicou o Gabinete de Informação Financeira (GIF). De acordo com o site do GIF, que publicou a informação na sexta-feira, a diminuição deveu-se ao número de transacções suspeitas comunicadas “pelo sector financeiro e por outras instituições”. A maioria das denúncias foi das operadoras de jogo (66,2 por cento), com 1.382 registos, e de instituições financeiras e companhias de seguros (30,6 por cento), com 649 participações, enquanto outras instituições comunicaram 67 (3,2 por cento), acrescentou o GIF. Em 2018, Macau registou 3.716 participações de transacções suspeitas, mais 20,45 por cento do que em relação a 2017. Os sectores referenciados, como os casinos, são obrigados a comunicar às autoridades qualquer transacção igual ou superior a 500 mil patacas, no âmbito da lei de combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao turismo.
GIF | Transacções suspeitas descem 32,2% até Setembro Hoje Macau - 8 Out 2019 [dropcap]M[/dropcap]acau registou, nos três primeiros trimestres deste ano, 2.089 participações de transacções suspeitas, menos 32,2 por cento comparativamente a igual período de 2018, indicou o Gabinete de Informação Financeira (GIF). De acordo com o site do GIF, que publicou a informação na sexta-feira, a diminuição deveu-se ao número de transacções suspeitas comunicadas “pelo sector financeiro e por outras instituições”. A maioria das denúncias foi das operadoras de jogo (66,2 por cento), com 1.382 registos, e de instituições financeiras e companhias de seguros (30,6 por cento), com 649 participações, enquanto outras instituições comunicaram 67 (3,2 por cento), acrescentou o GIF. Em 2018, Macau registou 3.716 participações de transacções suspeitas, mais 20,45 por cento do que em relação a 2017. Os sectores referenciados, como os casinos, são obrigados a comunicar às autoridades qualquer transacção igual ou superior a 500 mil patacas, no âmbito da lei de combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao turismo.
Justiça | Interior entregou um dos condenados pelo rapto de Neto Valente João Santos Filipe - 8 Out 2019 Apesar de não haver um acordo de extradição com o Interior da China, as autoridades do outro lado da fronteira entregaram um dos homens condenado pelo rapto de Neto Valente, que se encontrava em fuga há 16 anos [dropcap]A[/dropcap]s autoridades do Interior da China entregaram à Polícia Judiciária (PJ) um dos fugitivos que tinha sido condenado devido ao rapto do advogado Jorge Neto Valente, em 2001. A entrega foi feita na manhã de sábado e contou com a presença dos órgãos de comunicação social. O homem, de 49 anos, tinha sido condenado a 14 anos de prisão, mas conseguiu fugir para o Interior da China, onde terá estado ao longo dos anos na província de Cantão. Porém, em 2017, foi detido em Zhuhai por um crime relacionado com tráfico de droga e acabou condenado com uma pena de três anos. “Quando a polícia do Interior estava a investigar o caso descobriu que se tratava de um fugitivo ligado a um crime grave em Macau. No entanto, ele teve de cumprir a pena primeiro no Interior, de acordo com a lei chinesa, e só depois pode ser entregue. A entrega foi feita, apesar de o caso de droga não ter ligações com o crime do rapto”, afirmou o porta-voz da PJ, de acordo com o Canal Macau. “Depois de cumprir a pena foi imediatamente transferido para Macau e foi-nos entregue para lidarmos com o caso. Após chegar à RAEM, o homem foi levado imediatamente para a prisão de Coloane para cumprir a pena”, foi acrescentado. Fuga de 16 anos O homem que começou a cumprir no sábado em Coloane estava há 16 anos em fuga e tinha sido um dos oito condenados por ligações ao rapto do presidente da Associação dos Advogados de Macau. O rapto de Neto Valente foi altamente mediático e aconteceu em 2001, quando o advogado se dirigia a casa, após um dia de trabalho. A situação levou as autoridades portuguesas a interceder junto do Governo da RAEM e a uma reacção pública de António Guterres, então primeiro-ministro, que assegurou não se tratar de um crime contra a comunidade portuguesa. “As garantias que nos são dadas por parte do Governo de Macau são muito explícitas. Não há nenhuma razão que os leve a pensar que se trata de um caso político contra Portugal ou contra os portugueses. Todos os meios de investigação estão neste momento mobilizados”, disse, na altura, António Guterres à RTP. Também Mário Soares, ex-presidente e amigo pessoal de Neto Valente, se envolveu no caso e entrou em contacto com o então Chefe do Executivo, Edmund Ho. “Ele telefonou hoje a um amigo meu, para me dar o recado que estão a fazer tudo o que podem”, garantiu na altura, também à RTP. Neto Valente acabaria por ser salvo por uma equipa do Grupo de Operações Especiais, que envolveu 15 agentes. Um dos raptores acabaria por morrer durante a operação, quando saltou da janela para fugir às autoridades.
Justiça | Interior entregou um dos condenados pelo rapto de Neto Valente João Santos Filipe - 8 Out 2019 Apesar de não haver um acordo de extradição com o Interior da China, as autoridades do outro lado da fronteira entregaram um dos homens condenado pelo rapto de Neto Valente, que se encontrava em fuga há 16 anos [dropcap]A[/dropcap]s autoridades do Interior da China entregaram à Polícia Judiciária (PJ) um dos fugitivos que tinha sido condenado devido ao rapto do advogado Jorge Neto Valente, em 2001. A entrega foi feita na manhã de sábado e contou com a presença dos órgãos de comunicação social. O homem, de 49 anos, tinha sido condenado a 14 anos de prisão, mas conseguiu fugir para o Interior da China, onde terá estado ao longo dos anos na província de Cantão. Porém, em 2017, foi detido em Zhuhai por um crime relacionado com tráfico de droga e acabou condenado com uma pena de três anos. “Quando a polícia do Interior estava a investigar o caso descobriu que se tratava de um fugitivo ligado a um crime grave em Macau. No entanto, ele teve de cumprir a pena primeiro no Interior, de acordo com a lei chinesa, e só depois pode ser entregue. A entrega foi feita, apesar de o caso de droga não ter ligações com o crime do rapto”, afirmou o porta-voz da PJ, de acordo com o Canal Macau. “Depois de cumprir a pena foi imediatamente transferido para Macau e foi-nos entregue para lidarmos com o caso. Após chegar à RAEM, o homem foi levado imediatamente para a prisão de Coloane para cumprir a pena”, foi acrescentado. Fuga de 16 anos O homem que começou a cumprir no sábado em Coloane estava há 16 anos em fuga e tinha sido um dos oito condenados por ligações ao rapto do presidente da Associação dos Advogados de Macau. O rapto de Neto Valente foi altamente mediático e aconteceu em 2001, quando o advogado se dirigia a casa, após um dia de trabalho. A situação levou as autoridades portuguesas a interceder junto do Governo da RAEM e a uma reacção pública de António Guterres, então primeiro-ministro, que assegurou não se tratar de um crime contra a comunidade portuguesa. “As garantias que nos são dadas por parte do Governo de Macau são muito explícitas. Não há nenhuma razão que os leve a pensar que se trata de um caso político contra Portugal ou contra os portugueses. Todos os meios de investigação estão neste momento mobilizados”, disse, na altura, António Guterres à RTP. Também Mário Soares, ex-presidente e amigo pessoal de Neto Valente, se envolveu no caso e entrou em contacto com o então Chefe do Executivo, Edmund Ho. “Ele telefonou hoje a um amigo meu, para me dar o recado que estão a fazer tudo o que podem”, garantiu na altura, também à RTP. Neto Valente acabaria por ser salvo por uma equipa do Grupo de Operações Especiais, que envolveu 15 agentes. Um dos raptores acabaria por morrer durante a operação, quando saltou da janela para fugir às autoridades.
SSM | Esclarecido caso de alegada administração de vacina fora do prazo Hoje Macau - 8 Out 2019 [dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Saúde de Macau (SSM) emitiram ontem um comunicado em que esclarecem um alegado caso de administração de uma vacina fora da validade. O esclarecimento foi feito após informações publicadas nas redes sociais “que relatam que um fiscal dos Serviços de Saúde aconselhou uma enfermeira de uma clínica, que estava a ser investigada por eventual suspeita de administrar uma vacina fora do prazo de validade a um bebé, a descartar as vacinas fora do prazo da validade naquele mesmo dia”. Os SSM negam ter efectuado uma acção de vistoria no dia do incidente, uma vez que os seus fiscais “apenas foram notificados do incidente após o encerramento da clínica (na noite do dia 24 de Setembro)”. “Após a notificação os Serviços de Saúde contactaram os familiares da vítima, que se encontrava no hospital, para entender a situação” e, no dia seguinte, “quando a clínica já estava aberta, os Serviços de Saúde enviaram o seu pessoal para proceder a uma fiscalização no local”, esclarecem. Aquando da visita “não foi encontrado nenhum armazenamento de vacinas durante a auditoria, mas foram instaurados um auto de notícia e um processo, de modo a acompanhar e apurar as responsabilidades legais do pessoal envolvido”, conclui o mesmo comunicado.