Hoje Macau EventosCinema | Submissões para “Macao Films & Videos Panorama” até sexta-feira Termina esta sexta-feira, dia 20, o prazo para a submissão de projectos cinematográficos para a nova edição do evento “Macao Films & Videos Panorama”, uma iniciativa da Associação Audiovisual CUT apoiada financeiramente pelo Fundo de Desenvolvimento da Cultura do Instituto Cultural. Os melhores trabalhos poderão ganhar o prémio do júri, no valor de dez mil patacas. Um troféu, enquanto o prémio do público, para melhor filme, terá o valor de cinco mil patacas. O festival vai ter lugar de 17 a 26 de Março. Nesta fase, a organização do evento divulgou o nome da primeira convidada que fará parte do júri de selecção das produções que irão a concurso. Trata-se de Joyce Yang, uma veterana crítica de cinema de Hong Kong, e que é também membro da Sociedade de Crítica de Cinema de Hong Kong. Segundo escreveu a organização do “Macao Films & Videos Panorama” sobre o evento, nas redes sociais, Joyce Yang fez parte dos júris de eventos como o Festival Internacional de Documentário de Hong Kong, os Prémios FIPRESCI, o CASCADIA – Festival Internacional de Cinema Feminino e os Prémios IFVA. Além disso, Joyce Yang foi co-editora de dois livros com os argumentos premiados de Chiu Kang-Chien. Escreve regularmente para revistas e jornais de Hong Kong e China, onde se incluem títulos como o Hong Kong Economic Times, a City Magazine, a HKinema e Global Screen.
Hoje Macau EventosFRC | “Fai Chun – Oferta de Papéis Votivos” junta calígrafos e poetas Hoje, entra as 10h e as 16h, a Galeria da Fundação Rui Cunha (FRC) acolhe o tradicional evento “Fai Chun – Oferta de Papéis Votivos”. Em comunicado, a organização adianta que este ano irá contar com a “presença de 26 calígrafos e poetas locais, membros da Associação de Poesia dos Amigos do Jardim da Flora, que há muitas anos é parceira da FRC nesta iniciativa”. Ao longo das seis horas do evento, quem estiver interessado pode passar pela Galeria da FRC para receber gratuitamente os papéis com mensagens de boa sorte em caligrafia chinesa. Fai Chun (揮春) é uma decoração tradicional usada durante o Ano Novo Chinês, que marca a chegada da época primaveril. Em português poderá traduzir-se por Onda de Primavera. As pessoas colocam os Fai Chun nas portas para criar uma atmosfera alegre e festiva, já que as frases caligrafadas significam boa sorte e prosperidade. Normalmente, os Fai Chun tradicionais são de cor vermelha, com caracteres pretos ou dourados inscritos a pincel, que visam proteger as casas com votos de bons auspícios para o ano que se segue. Hoje em dia são mais frequentes as versões impressas e produzidas em larga escala. Podem ser quadrados ou rectangulares e pendurados na vertical ou na horizontal, geralmente aos pares. Não existem apenas na China, mas também na Coreia, Japão e Vietname.
João Santos Filipe EventosStudio City | Melco celebra entrada do Novo Ano com música pop Depois de brilhar em 2012 no concurso televisivo The Voice of China, um dos mais famosos do Interior, Guan Zhe vai realizar o primeiro concerto a solo em Macau. No Centro de Eventos do Studio City aguardam-se por êxitos como Miss You Tonight ou Settle Down O cantor pop Guan Zhe vai estar em Macau a 27 de Janeiro, para um concerto de celebração do Ano Novo Lunar. O espectáculo vai ter lugar no Centro de Eventos do Studio City e os bilhetes custam entre 488 e 3.888 patacas. Apesar de ter estado em Macau em outras ocasiões, esta é a primeira vez que o cantor de 41 anos, que se tornou conhecido do grande público com a participação no concurso televisivo “The Voice of China”, vai fazer um espectáculo a solo. “Estou muito entusiasmado e ansioso por ter a oportunidades de realizar o meu primeiro concerto a solo no Centro de Eventos do Studio City durante o Ano Novo Lunar”, afirmou Guan Zhe, através de um comunicado divulgado pela empresa Melco. “Vai ser uma noite fabulosa e vou partilhar com o público de Macau muitas músicas tradicionais de ano novo chinês, num arranjo que preparei em conjunto com a minha equipa”, acrescentou. Nascido em Jilin, no Norte da China, Guan Zhe e tem 41 anos. Antes de se tornar um dos nomes mais conhecidos da actualidade da música popular chinesa, Zhe esteve vários anos a escrever e compor músicas para outros artistas famosos como Sun Yue, Na Ying e Mao Ning. No entanto, o salto para a fama chegou em 2012. Na altura, com cerca de 30 anos, e depois de ter tentado participar sem grande sucesso em outros programas de talento, Guan Zhe afirmou-se no concurso The Voice of China, um dos mais vistos no Interior. Primeiro álbum Com uma audiência de milhares de milhões através da televisão e das plataformas móveis, o cantor conseguiu finalmente a fama que lhe abriu as portas para gravar o seu primeiro álbum com o título “Surrounding Story”. Em Macau, um dos momentos mais aguardados vai ser o êxito “Miss You Tonight”, que tem mais de 900 milhões de visualizações nas plataformas chinesas e 100 milhões no Youtube. Outros êxitos incluem as músicas “Settle Down”, “I’m Still Loving You” e “Well Enough”. Além disso, a audiência vai poder assistir às principais músicas interpretadas pelo artista no concurso The Voice of China. No reportório de Guan Zhe cabe ainda a faixa “Macau Welcomes You”, criada para celebrar o 19.º aniversário da transferência. Este é um trabalho que funciona como uma ode a várias características locais, onde se destaca a mistura da cultura chinesa com a ocidental e que não deixa de fora a bifana nem o bacalhau. Os bilhetes estão à venda desde o dia 13 de Janeiro, com o ingresso mais barato a custar 488 patacas. No pólo oposto, os bilhetes mais caros têm um custo de 3.888 patacas. Ainda assim, quem faz parte do clube de Wechat da Melco e tenha gasto 4 mil patacas no resort tem direito a um ingresso grátis.
Hoje Macau EventosCritics Choice Awards | “Tudo em Todo o Lado ao Mesmo Tempo” e “Better Call Saul” triunfam em LA O filme “Tudo Em Todo o Lado Ao Mesmo Tempo” e a série “Better Call Saul” foram os grandes vencedores da 28.ª edição dos Critics Choice Awards, prémios da Associação dos Críticos entregues na madrugada passada em Los Angeles. A noite consagrou ainda Cate Blanchett como Melhor Actriz por “Tár” e Angela Bassett como Melhor Actriz Secundária por “Black Panther: Wakanda Para Sempre”. Brendan Fraser, considerado o Melhor Actor por “A Baleia”, foi levado às lágrimas quando subiu ao palco para receber a estatueta. Mas foi “Tudo Em Todo o Lado Ao Mesmo Tempo” que dominou a noite ao receber cinco estatuetas, incluindo Melhor Filme, Melhor Realização para Daniel Kwan e Daniel Scheinert, Melhor Actor Secundário para Ke Huy Quan, Melhor Argumento Original e Melhor Edição (Paul Rogers). “Isto é um absurdo”, disse o co-realizador Daniel Scheinert, visivelmente surpreendido pela vitória do filme. “Este prémio é dedicado ao meu pai, um imigrante de Taiwan que trabalhou até à morte”, disse também um dos produtores do filme, Jonathan Wang, agradecendo a todo os pais imigrantes que “dariam a vida” pelos filhos. Antes da consagração final, já Ke Huy Quan tinha passado pelo palco “tentando não chorar”, num discurso emocionado sobre a segunda vida da sua carreira depois de décadas afastado da ribalta. Brendan Fraser, ele próprio a passar por um renascimento em Hollywood, não conseguiu conter a emoção quando discursou após triunfar em “A Baleia”. “Este filme é sobre amor e redenção. É sobre encontrar a luz num lugar escuro”, afirmou Brendan Fraser, com a voz embargada. Para os que lutam contra a obesidade ou sentem que estão num lugar escuro, disse o actor, “quero que saibam que se tiverem a força de se porem de pé e caminharem em direcção à luz, coisas boas vão acontecer”. Numa noite recheada de estrelas, em que o actor Jeff Bridges recebeu o prémio carreira, um dos discursos mais desconcertantes foi o de Cate Blanchett, que criticou a “corrida de cavalos” destas cerimónias de prémios em Hollywood. “Adorava que mudássemos toda esta estrutura, esta pirâmide patriarcal em que alguém sobe ao topo”, afirmou, momentos depois de se rir com o facto de ter ganho e ter dito “estou tão velha”. Ainda no cinema, Guillermo Del Toro levou para casa a estatueta pelo seu filme “Pinóquio” e disse, ao discursar, que “animar é dar uma alma a algo que não o tem” e que a animação “é o meio perfeito para endereçar grandes temas do universo, de quem somos”. A produção indiana “RRR: Revolta, Rebelião, Revolução” foi premiada como Melhor Filme em Língua Estrangeira e a sua canção “Naatu Naatu” também venceu a categoria de Melhor Canção. “Glass Onion: Um Mistério Knives Out” foi o Melhor Filme de Comédia. Pequeno ecrã Na televisão, “Better Call Saul” saiu vitoriosa com três prémios: Melhor Série Dramática, Melhor Actor em série dramática para Bob Odenkirk e Melhor Actor Secundário para Giancarlo Esposito. A Melhor Minissérie foi “The Dropout: A História de Uma Fraude”, que também deu a Amanda Seyfried a estatueta de Melhor Actriz na categoria, e “Abbott Elementary” foi a Melhor Série de Comédia, dando ainda a Sheryl Lee Ralph o prémio de Melhor Actriz Secundária em comédia. Jennifer Coolidge venceu como Melhor Actriz Secundária em série dramática por “The White Lotus” e Paul Walter Hauser foi o Melhor Actor Secundário na mesma categoria por “Black Bird”. Zendaya foi a Melhor Actriz em série dramática por “Euphoria”. A 28.ª edição dos prémios da Associação de Críticos decorreu no Fairmont Century Plaza e reuniu os maiores pesos-pesados da indústria, premiando o melhor do cinema e televisão no último ano.
Andreia Sofia Silva EventosFotografia | Mostra de Sofia Mota sobre o Canídromo patente em Leiria “A Última Corrida” é o nome da exposição de fotografia da autoria de Sofia Mota, residente de Macau e fotógrafa, patente no MIMO – Museu da Imagem em Movimento, em Leiria. A autora, que realizou o trabalho documental quando ainda era jornalista do HM, fala de um projecto carregado de emoções e da celebração do encerramento de um local histórico associado a maus-tratos aos galgos Era uma vez um Canídromo, no bairro do Fai Chi Kei, onde os aficcionados apostavam para ver qual o galgo que corria mais depressa. Eles corriam, esgotados, mal tratados, e corriam mais até os humanos quererem. Durante décadas este espaço atraiu turistas e visitantes até se transformar num local dominado pela degradação. Foi em 2018, depois de uma intensa campanha a favor do fecho do Canídromo levada a cabo pela ANIMA – Sociedade Protectora dos Animais de Macau, que o espaço encerrou definitivamente. Em “A Última Corrida”, exposição patente no Museu da Imagem em Movimento (MIMO), em Leiria, até 12 de Março, as imagens de Sofia Mota, fotógrafa e residente de Macau, capturam estes últimos momentos. “Quando cheguei ao Canídromo, em 2018, deparei-me com um espaço absolutamente decadente em todos os apectos. Nas instalações, na solidão que transpirava, no ambiente das apostas … queria apanhar esse fim histórico já sem nada, carregado de vazio”, contou ao HM. Esta série de imagens foram capturadas para ilustrar uma reportagem sobre o encerramento do Canídromo publicada no HM pela autora, que à data era jornalista desta publicação. Só muito recentemente as imagens deram origem ao projecto “A Última Corrida”, publicado na revista Halftone e que contou com trabalho de selecção de João Palla. Em Leiria, a exposição teve curadoria de João Ferreira, que lançou o mote a Sofia Mota para voltar a expor na sua cidade natal. O convite formal partiu de Sofia Carreira, coordenadora do MIMO. “Um momento único” Este é um “trabalho documental” que segue a linha dos muitos projectos que Sofia Mota tem feito na área da fotografia, que já lhe valeram a distinção como talento revelação em 2013 da revista Camera.Doc, com a série “Mistérios da Fé…!”, sobre o ambiente de peregrinação no santuário de Fátima. “Em 2015 levei a Leiria um trabalho sobre a vida quotidiana de um bairro de Pequim, mas este trabalho é diferente, pois é de um momento único que não se repete. Foi o trazer uma realidade desconhecida das corridas que estão intrinsecamente ligadas a Macau. Quis dar a conhecer esta situação e mostrar é sempre gratificante, pois Leiria é a minha cidade natal e Macau é o lugar onde vivo.” Ao fotografar, Sofia Mota não quis focar-se apenas nas corridas ou nos cães, mas em todo o ambiente. “É um projecto com um cariz afectivo, abrangendo também a parte do tratamento dos animais, que não era dos melhores. É também um trabalho de celebração do fim tardio do Canídromo.” “Queria abarcar a representação do Canídromo nas suas várias facetas, que vão desde as bilheteiras, ao público, à preparação dos cães para entrar nas corridas, a comunicação de cabine, dos relatos das apostas. Não no sentido de exaltação, bem pelo contrário, pois sou totalmente contra as corridas de galgos e com animais no geral, e o fim do Canídromo representa o fim desta atrocidade.” A imagem preferida de Sofia Mota é, precisamente, a última que surge exposta nas paredes do MIMO. “Vê-se apenas um cão a sair da pista, a sair de cena. É uma imagem carregada de simbolismo”, adiantou. A mostra “A Última Corrida” foi inaugurada a 8 de Dezembro e pode ser visitada até 12 de Março.
Hoje Macau EventosExposição | “Uma Terra Abençoada” mostra crença e costumes de Tou Tei A exposição “Uma Terra Abençoada – Crença e Costumes de Tou Tei em Macau” estará patente ao público a partir da próxima quinta-feira, até 23 de Abril, no Museu de Macau. O Instituto Cultural (IC) indica que o “Culto de Tou Tei” é uma tradição praticada há vários séculos pela comunidade chinesa em Macau, “transmitidas e profundamente enraizadas na comunidade, tendo os três principais templos de Tou Tei como o núcleo de sua herança, com cerca de 200 santuários dedicados à divindade distribuídas na cidade”. As celebrações do aniversário de Tou Tei realizam-se no segundo dia do segundo mês lunar. Esta manifestação cultural e espiritual foi inscrita na 5.ª Lista Nacional de Itens Representativos do Património Cultural Intangível da China, em 2021. A exposição reúne cerca de 100 peças/conjuntos, incluindo livros, inscrições, fotografias, estátuas religiosas, sacrifícios e objectos comemorativos, “revelando sistematicamente o curso de como a crença e os costumes de Tou Tei se enraizaram, persistiram e se desenvolveram em Macau”, refere o IC em comunicado. A entrada é gratuita.
Hoje Macau EventosIC | Abertas candidaturas para apoios na área do cinema O Instituto Cultural (IC) abriu as inscrições para o programa “Macau — O Poder da Imagem”, que tem como objectivo “promover o desenvolvimento da arte cinematográfica, bem como de incentivar os produtores cinematográficos independentes de Macau a produzirem mais filmes locais”. As inscrições podem ser submetidas no Edifício do Instituto Cultural, na Praça do Tap Siac, até 8 de Março. O IC especifica que os “candidatos devem ser associações locais legalmente constituídas e registadas ou portadores do Bilhete de Identidade de Residente da RAEM com idade igual ou superior a 18 anos”. Em relação às propostas, o IC dividiu-as em três categorias: “Documentário”, “Curta-metragem de ficção” e “Animação”, todas separadas por nível de proficiência (avançado, livre e iniciados). O júri irá seleccionar até 14 projectos e oferecer um montante total até 1,32 milhões de patacas para produção, com um valor máximo de 280 mil patacas para algumas entidades produtoras, dependendo da categoria e do grupo. Além disso, os projectos seleccionados vão poder contar com aconselhamento individual. Desde a sua primeira edição, em 2007, o programa Macau — O Poder da Imagem” apoiou a produção de cerca de 150 obras, “muitas foram ainda exibidas ao público, nos festivais de cinema de Macau e do exterior”, indica o IC. O formulário de inscrição ao programa pode ser descarregado no portal do IC.
Hoje Macau EventosÓbito | Uncle Ray morreu na sexta-feira com 98 anos de idade Filho de naturais de Macau, ingressou em 1960 na Rádio Televisão de Hong Kong (RTHK) e com o programa All the way with Ray divulgou ao longo de décadas a música popular na RAEHK O luso-descendente Reinaldo Maria Cordeiro, reconhecido como o animador de rádio com a carreira mais longa do mundo, morreu aos 98 anos, anunciou sábado a Rádio Televisão de Hong Kong (RTHK). Conhecido do público como Ray Cordeiro ou “Uncle Ray”, o luso-descendente morreu na sexta-feira, confirmou num comunicado, sem revelar a causa da morte, a emissora pública de Hong Kong, onde ele trabalhou durante 51 anos. Cordeiro nasceu em Hong Kong em Dezembro de 1924, filho de naturais de Macau. O luso-descendente ingressou na RTHK em 1960, depois de trabalhar como director de prisão e bancário. No entanto, já tinha desde 1949 um programa na rádio em Hong Kong, chamado “Progressive Jazz”. Mas é em 1970 que inicia “All the way with Ray”, um programa de rádio que o popularizou na divulgação da música popular em Hong Kong. O programa, que em 2000 já tinha sido reconhecido pelo Guinness World Records como o programa de rádio com maior longevidade do mundo, esteve no ar até que Cordeiro se reformou, em 2021. “O público seguiu-me, cresceu comigo e agora está em todo o mundo”, disse Cordeiro à agência Associated Press em 2021 após se reformar. “Eles ainda me ouviam na internet”, acrescentou. Ao longo da sua carreira como animador de rádio, Uncle Ray entrevistou dezenas de bandas e músicos, como os Beatles, The Beach Boys, Carlos Santana, Cliff Richard, Elton John, Frank Sinatra, Lionel Richie, Rolling Stones, entre muitos outros nomes da música. Salto para a fama Foi a transmissão de uma entrevista aos Beatles, então a maior banda do mundo, em 1964, que fez de Cordeiro uma celebridade em Hong Kong. Ele disse que John Lennon lembrou os primeiros dias da banda em Hamburgo, na Alemanha, onde os Beatles viviam em relativa pobreza e tocavam em clubes. Cordeiro disse que todos os quatro membros dos Beatles lhe autografaram uma capa de revista. “Provavelmente vale uma fortuna”, acrescentou. O seu papel na divulgação da música popular em Hong Kong levou a rainha de Inglaterra a conceder-lhe uma condecoração de honra em 1987, entregue pela monarca no Palácio de Buckingham, em Londres. Em 2008, já depois da transferência da administração para a China, o Governo de Hong Kong atribuiu a Cordeiro a bauhinia de bronze, uma das mais importantes condecorações da região administrativa especial. Cordeiro era o rosto mais conhecido da comunidade luso-descendente em Hong Kong, que se começou a formar logo após a fundação da então colónia britânica, em 1841. O Museu de História de Hong Kong está a preparar uma exposição sobre a centenária presença dos luso-descendentes, cuja inauguração está prevista para meados de 2023, disse à Lusa em Dezembro o coordenador do projecto, Francisco da Roza.
Andreia Sofia Silva Eventos“Todos Fest!” | Comuna de Pedra apresenta terceira edição em Fevereiro A associação cultural Comuna de Pedra prepara-se para apresentar a terceira edição do festival de artes virado para a comunidade e, sobretudo, para a inclusão de idosos e portadores de deficiência. O “Todos Fest!” acontece entre os dias 6 e 12 de Fevereiro na Casa Garden Pela terceira vez, a associação Comuna de Pedra, dirigida por Jenny Mok, apresenta o “Todos Fest!”, um festival que mistura diversas expressões artísticas e que conta com a participação de membros da comunidade, pessoas que nunca fizeram dança ou teatro de forma profissional, mas que, neste evento, têm oportunidade de se expressar e mostrar as suas valências. Com o “Todos Fest!” a Comuna de Pedra trabalha com outras associações locais, não apenas do campo cultural como também social. É entre os dias 6 e 12 de Fevereiro que os espectáculos e exibição de um documentário acontecem na Casa Garden, sede da Fundação Oriente no território. Para esta edição, a organização trabalhou ainda com escolas, “trazendo a arte inclusiva a públicos mais vastos”, existindo ainda o plano de estender o festival a Hong Kong. “Há vários anos que a Comuna de Pedra colabora com grupos da comunidade local por forma a levar o teatro a todos – incluindo indivíduos com deficiências físicas e mentais e os idosos. Com base numa experiência e observação substanciais, encorajamos os grupos minoritários locais a explorarem as possibilidades dos seus corpos, a olharem para o seu passado, a ouvir os seus corações e a expressarem-se através da encenação. Nas últimas duas edições do festival recebemos críticas e reacções muito favoráveis”, aponta a organização. Danças e outras histórias “Acalmando tempestades e ondas” [Calming Storms and Waves] é a aposta do cartaz do “Todos Fest!” para o fim-de-semana de 11 e 12 de Fevereiro, às 14h30. Este espectáculo de dança é produzido com a colaboração do Centro Lustroso da Caritas, o artista de Hong Kong yuenjie MARU e o grupo Guangzhou’s Mistakable Symbiotic Dance Troupe. O espectáculo, que terá a duração de cerca de 40 minutos, conta com os dançarinos Su HuiHeng e Gene Zhai, ambos de Guangzhou, Ku Man Ian e Lee Pui I. Todos eles têm “diferentes características corporais; alguns são considerados deficientes, mas têm doenças de ossos ou imparidade visual. “Acalmando tempestades e ondas” contará com actuações a solo, a pares ou com práticas de improviso. Este evento de dança simbiótica vai buscar influências ao período difícil vivido durante a pandemia e sobre a forma como cada um olha para a sua vida. “Como vemos a realidade depende das nossas atitudes e perspectivas. Se uma pessoa encara a vida como uma desvantagem, pode ter chuva ou sol. Todos nós percorremos um longo caminho na vida, os dançarinos e os que sofreram durante a covid-19. Não há distinção entre a capacidade e deficiência – tal como uma filosofia de vida”, explica a organização. O festival continua nas tardes dos dias 11 e 12, sábado e domingo, às 16h, com “Afternoon Sunshine”, outro espectáculo de dança criado em colaboração com a associação Soda-City Experimental Workshop, Jacqueline Vong e os utentes do Centro de Idosos da Caritas. “Numa quente tarde soalheira, a coisa mais confortável a fazer é dar um passeio no jardim e ver as flores. A luz leve reflecte os bonitos anos, a experiência e a sabedoria das suas vidas, numa ode à vida”, aponta a organização sobre o espectáculo, onde os dançarinos e participantes vão “quebrar as barreiras da idade através da criação artística, irradiando uma energia criativa”. O espectáculo, apenas em cantonense, tem a duração de 50 minutos. Os coreógrafos são Jacqueline Vong e Weng-Chuen. O “Todos Fest!” continua às 17h30, igualmente ao sábado e domingo, com a exibição do documentário “On The Road”, focado precisamente na experiência da Comuna de Pedra no processo de elaboração de arte e cultura inclusivas. Com este documentário, que conta com os testemunhos de membros da Associação dos Pais de Pessoas com Deficiência Intelectual de Macau, Ngai Tong Loi e Tang Kuai Lan, é possível ter acesso a histórias e experiências de vida, sempre com ligação ao trabalho artístico. Desta forma, os espectadores podem ter acesso “a novas perspectivas de como as minorias locais aprendem arte e de como a arte inclusiva é uma forma de educação cívica, especialmente nas perspectivas estética e de inclusão social”.
Hoje Macau EventosIgreja S. Domingos | Lançado programa de concertos às sextas-feiras O Instituto Cultural (IC) lança, a partir de amanhã, o programa “Melodias Inesquecíveis na Igreja de S. Domingos”, que decorre todas as sextas-feiras até ao dia 17 de Fevereiro. A ideia é “enriquecer a experiência cultural e turística dos residentes e turistas de Macau” com concertos na Igreja de S. Domingos protagonizados pela Orquestra de Macau (OM) e Orquestra Chinesa de Macau (OCHM), bem como músicos e grupos locais. O primeiro acontece esta sexta-feira à 20h, apresentando um repertório apelativo de clássicos chineses e ocidentais. Desde ontem que os bilhetes para estes espectáculos estão à venda, tendo um custo de 150 patacas. Com esta iniciativa, o IC “espera, com a fusão entre os edifícios históricos e a arte musical, dinamizar ainda mais a atmosfera cultural da cidade e desenvolver o efeito sinérgico entre a cultura e o turismo para enriquecer a experiência cultural e turística de Macau, caracterizada pela mistura das culturas chinesa e ocidental, projectando a imagem de uma ‘Macau Cultural'”.
Hoje Macau EventosCCM apresenta jazz e dança a partir de Fevereiro O Centro Cultural de Macau (CCM) apresenta durante os próximos meses de Fevereiro e Março duas produções distintas. Uma delas é o concerto de Coco Zhao agendado para o dia 25 de Fevereiro. Coco Zhao é considerado uma das vozes mais criativas da China e, em Macau, vai liderar uma banda de sete elementos num concerto que transporta o público à cativante cena dos cabarets da Xangai dos anos 20 e dos bares “speakeasy” dos tempos do proibicionismo norte-americano. Movendo-se agilmente por entre influências jazz asiáticas e ocidentais, ao longo dos anos 90 este artista extravagante cimentou uma reputação enquanto cantor, compositor e homem de palco. Para além dos convites para actuar em inúmeros festivais de música de renome internacional, o seu talento foi reconhecido através de uma bolsa da Fundação Rockefeller que o levou a estabelecer uma residência artística repartida entre Nova Iorque e Nova Orleães. Em Macau, o cantor leva o público a viajar por uma mistura fluída de conhecidos padrões e clássicos do jazz chinês, ao longo de um serão repleto de swing. Além do concerto, o CCM organiza, a 23 de Fevereiro, um workshop vocal orientado pessoalmente por Coco Zhao que oferece aos cantores locais uma oportunidade única de explorarem a articulação rítmica e o improviso vocal do jazz. “Percursos” em Março Por sua vez, o CCM apresenta, nos dias 10 e 11 de Março, o espectáculo “Percursos” (“Track”), pelo grupo de Dança Teatro Hou Ying, uma companhia sediada em Pequim. Conhecida como a Kafka da dança na arena cultural da capital chinesa, Hou Ying é uma intérprete e coreógrafa premiada, reconhecida tanto na China como nos EUA onde durante alguns anos dançou com a vanguardista companhia de Artes da Dança Shen Wei, em Nova Iorque. Nesta estreia no CCM, a criadora vai imergir os amantes da dança numa produção de palco que sintetiza um sólido percurso artístico. Em complemento a este espectáculo, a 7 e 8 de Março Hou Ying vai orientar um workshop durante o qual partilha pessoalmente conceitos da linguagem corporal e técnicas coreográficas. Os bilhetes para estas duas produções do CCM estão à venda a partir de domingo.
João Luz EventosDST | Almeida Ribeiro fecha ao trânsito para celebrar Ano Novo Chinês O Governo vai fechar a Avenida Almeida Ribeiro durante três dias no Ano Novo Chinês e no primeiro fim-de-semana de Fevereiro, convertendo uma das mais movimentadas artérias da cidade num imenso palco festivo. Espectáculos de luzes, concertos e performances de rua, uma instalação com um coelho gigante e comes e bebes vão marcar as festividades O Instituto Cultural (IC) anunciou ontem oficialmente o lançamento de “Passeando pela Almeida Ribeiro — Projecto piloto para área pedonal”, uma iniciativa que irá transformar uma das avenidas centrais de Macau e, talvez, a mais emblemática artéria da cidade, num palco colorido para as celebrações do Ano Novo Lunar do Coelho. A avenida também conhecida como San Ma Lo irá fechar ao trânsito entre as 12h do dia 22 de Janeiro (primeiro dia do Ano Novo Lunar) e as 22h do dia 24 de Janeiro (terceiro dia do Ano Novo Lunar). O trânsito voltará a ser cortado entre as 12h do dia 4 de Fevereiro (sábado) e as 22h de 5 de Fevereiro. Durante os períodos referidos, “a Avenida de Almeida Ribeiro será cuidadosamente enfeitada e servirá de palco para a integração de elementos artísticos com características próprias do envolvente e para a reunião de dinâmicas criativas e culturais”, com vista a “celebrar o Ano Novo Chinês”. A área pedonal irá abranger o espaço entre a Rua do Guimarães, antes de chegar à Ponte 16 e a Rua Central, perto da sede do BNU, ocupando um comprimento de cerca de 450 metros. A avenida será dividida em três secções. Partindo da direcção do Porto Interior, entre a Rua do Guimarães e a Travessa do Matadouro, será instalada a zona “Momento Mágico”, que será decorada com nuvens coloridas e projecções de luzes à noite. Entre a Travessa do Matadouro e a Rua dos Mercadores será instalada uma área que o IC designa como “Trilha na Floresta”, será livremente pavimentada com vegetação artificial, para criar um ambiente descontraído de passeio pela cidade. Finalmente, na secção “Oásis na Cidade”, situada entre a Rua dos Mercadores e o Largo do Senado, serão “colocadas mesas e cadeiras com guarda-sol em forma de esplanada, para descanso dos pedestres”, aponta o IC. Coelhos aperitivos Com o intuito de celebrar a chegada do Ano do Coelho, o quase meio quilómetro de zona pedonal será enfeitado com várias esculturas de coelhos e decorações suspensas e fixas de grande dimensão. Todos os dias em que decorre o evento, entre as 16h e as 17h o público será brindado com as “actuações excelentes” da Banda de Música do Corpo de Polícia de Segurança Pública. Paralelamente, haverá ainda demonstrações de manifestações do Património Cultural Intangível de Macau, como a confecção de doces de barba de dragão e escultura de figuras em massa, assim como um conjunto de stands com uma selecção de produtos culturais e criativos, café e petiscos, entre outros produtos originais locais e de gastronomia. O primeiro período de festividades, entre 22 e 24 de Janeiro, os stands de artesanato instalados na Almeida Ribeiro vão estar a cargo de “Ho Sio Chong, VengLei Laboratory e The Bright Dawn Studio”, enquanto a Rotten Rock Teahouse e a Flyer Coffee vão tomar conta dos stands de gastronomia. No segundo período, entre 4 e 5 de Fevereiro, “os stands de artesanato participantes serão a MJade, a SIMAYO MO e a Jester Creative Design e os stands de gastronomia criativa serão a KEICA MACAU e a TREK COFFEE ROASTERS”. Concessionárias na festa As atracções que vão preencher a Avenida Almeida Ribeiro terão ainda a contribuição das seis concessionárias de jogo. O IC revela que a SJM Resorts, S.A. oferece a instalação artística ‘Lotus em Flor’, que reúne “estilos criativos de 14 artistas experientes e jovens e simboliza a transmissão da cultura artística de geração a geração”. “As pétalas interiores apresentam as obras-primas de artistas experientes, incluindo Lok Hei, Lai Ieng, Ng Wai Kin, Sio In Leong, Lio Man Cheong e Lao Chon Hong, enquanto as pétalas exteriores exaltam o encanto criativo dos artistas jovens, incluindo Thomas MCZ, Mel Cheong, Zha Rui, Sit Ka Kit, Ng Ka Mei, Mok Hei Sai, Anny Chung e Ieong Wan Si”. A Melco Resorts & Entertainment Limited irá também trazer duas esculturas inspiradas em formas de animais intituladas “O Encontro” e “União”. Além disso, “a MGM, Galaxy Entertainment Group, Sands China Limited, Wynn Macau, Limited e SJM Resorts, S.A. irão apresentar respectivamente as suas celebrações do Ano Novo Chinês com a presença auspiciosa do Deus da Fortuna, que oferecerá felicitações e votos de bom Ano Novo Chinês aos residentes e aos turistas”.
Hoje Macau EventosSpielberg, “House of the Dragon” e “Espíritos de Inisherin” triunfam nos Globos de Ouro A 80ª edição dos Globos de Ouro, que decorreu esta madrugada em Beverly Hills, deu os prémios de topo a “Os Fabelmans” de Steven Spielberg, “Os Espíritos de Inisherin” e à série da HBO “The House of The Dragon”. Depois de escândalos éticos e polémicas pela falta de diversidade, esta edição marcou uma nova era para a cerimónia, com uma lista de vencedores mais diversa que antes e um compromisso com o progresso no futuro. Steven Spielberg ganhou o Globo de Ouro de Melhor Realizador pelo título semi-autobiográfico “Os Fabelmans” e o filme levou o Globo de Melhor Filme Dramático. “Tenho andado a esconder-me desta história desde os 17 anos de idade”, disse Spielberg, no discurso de vitória. “Contei esta história em partes e pedaços ao longa da minha carreira”, continuou. “E.T. e Encontros Imediatos tiveram muito a ver com esta história”. Spielberg disse que toda a gente o vê como um sucesso mas que ninguém sabe quem somos realmente até “termos a coragem contar a nossa história”. Na categoria de Melhor Filme de Comédia ou Musical, a vitória foi para “Os Espíritos de Inisherin”, que também levou o Globo de Melhor Argumento e deu a Colin Farrell a estatueta de Melhor Ator em Filme de Comédia ou Musical. O ator irlandês mostrou-se “horrorizado no bom sentido” com a receção que o filme teve. Ainda no cinema, Austin Butler foi o Melhor Ator em Filme Dramático pelo seu papel em “Elvis” e Cate Blanchett foi a Melhor Atriz em Filme Dramático por “Tár”. Já o filme “Tudo Em Todo o Lado Ao Mesmo Tempo” garantiu a Ke Huy Quan o prémio de Melhor Ator Secundário e a Michelle Yeoh a estatueta de Melhor Atriz Em Filme de Comédia ou Musical. A atriz, natural da Malásia, lembrou o caminho longo que teve de fazer para chegar a esta distinção, depois de 40 anos na indústria. “Quando vim para Hollywood foi um sonho tornado realidade até chegar aqui”, afirmou, lembrando que lhe disseram que ela era “uma minoria” e não iria ter sucesso. “Fiz 60 [anos] no ano passado e penso que todas as mulheres percebem que à medida que os anos aumentam as oportunidades diminuem”, continuou, elogiando a coragem dos produtores do filme de “escreverem sobre uma mulher emigrante a envelhecer”. Também Angela Bassett, de 64 anos, saiu vitoriosa como Melhor Atriz Secundária pelo papel em “Black Panther: Wakanda Para Sempre” e falou de “coragem, paciência e um verdadeiro senso próprio” na perseguição dos sonhos. Foi a primeira vez que um filme da Marvel venceu numa categoria de representação nos Globos de Ouro, o que a levou a dizer que “foi feita história” com este galardão. O Melhor Filme de Animação foi “Pinóquio de Guillermo Del Toro”, com o realizador a dizer que este foi “um grande ano para o cinema” e que “a animação é cinema” e não um género para crianças. A Melhor Banda Sonora caiu para o lado do filme “Babylon” e do compositor Justin Hurwitz, sendo que a Melhor Canção Original foi para “Naatu Naatu” do filme indiano “RRR: Revolta, Rebelião, Revolução”. A canção em língua telugu bateu celebridades como Rihanna, Lady Gaga e Taylor Swift. Na televisão, “House of the Dragon” foi a Melhor Série Dramática. O produtor Miguel Sapochnik agradeceu à HBO por lhes ter confiado “a galinha dos ovos de ouro” com esta série sucessora de “A Guerra dos Tronos”. A melhor minissérie foi “The White Lotus”, que também deu o Globo de Melhor Atriz Secundária em minissérie a Jennifer Coolidge, e a melhor série de comédia foi “Abbott Elementary”, com Quinta Brunson a levar Melhor Atriz em comédia e Tyler James Williams a ser reconhecido como Melhor Ator Secundário em comédia por este trabalho. Julia Garner venceu com o papel em “Ozark”, Paul Walter Hauser triunfou com “Black Bird”, Jeremy Allen White ganhou com “The Bear” e Evan Peters foi distinguido por “Monstro: A história de Jeffrey Dahmer”. Com Ryan Murphy a ser reconhecido com o prémio de carreira Carol Burnett, a cerimónia voltou a ser transmitida ao vivo na NBC depois de um hiato provocado por escândalos de ética e diversidade que abalaram a associação organizadora, Hollywood Foreign Press Association (HFPA). A controvérsia foi referida por vários vencedores e pelo apresentador, Jerrod Carmichael, cujo monólogo de abertura endereçou os problemas da associação de forma crua. “Estou aqui porque sou negro”, afirmou o apresentador. “Esta cerimónia não foi transmitida no ano passado porque, não vou dizer que a HFPA é racista, mas não tinham um único membro negro até à morte de George Floyd”. Apesar da polémica, a cerimónia reuniu os maiores pesos pesados da indústria e foram poucos os vencedores que não subiram a palco para receberem as suas estatuetas – aconteceu com: Cate Blanchett, Melhor Atriz por “Tár”; Kevin Costner, Melhor Ator em Série Dramática por “Yellowstone”; Zendaya, Melhor Atriz em Série Dramática por “Euphoria”; e Amanda Seyfried, Melhor Atriz em minissérie por “The Dropout: A História de Uma Fraude”. Lista de vencedores: Melhor Realização Steven Spielberg, “Os Fabelmans” Melhor Argumento Martin McDonagh, “Os Espíritos de Inisherin” Melhor Filme Dramático “Os Fabelmans” Melhor Atriz em Filme Dramático Cate Blanchett, “Tár” Melhor Ator em Filme Dramático Austin Butler, “Elvis” Melhor Ator Secundário em Filme Ke Huy Quan, “Tudo em Todo o Lado Ao Mesmo Tempo” Melhor Atriz Secundária em Filme Angela Bassett, “Black Panther: Wakanda Para Sempre” Melhor Filme Musical ou Comédia “Os Espíritos de Inisherin” Melhor Ator em Filme musical ou comédia Colin Farrell, “Os Espíritos de Inisherin” Melhor Atriz em Filme musical ou comédia Michelle Yeoh, “Tudo em Todo o Lado Ao Mesmo Tempo” Melhor Filme de Animação “Pinóquio de Guillermo Del Toro” (Netflix) Melhor Filme de Língua Estrangeira “Argentina, 1985” (Argentina) Melhor Canção “Naatu Naatu”, Kala Bhairava, M.M. Keeravani, Kala Bhairava, Rahul Sipligunj, “RRR: Revolta, Rebelião, Revolução” Melhor Banda Sonora Justin Hurwitz, “Babylon” Melhor Série Dramática “House of the Dragon” (HBO) Melhor Atriz em série dramática Zendaya, “Euphoria” (HBO) Melhor Ator em série dramática Kevin Costner, “Yellowstone” (Paramount) Melhor Atriz Secundária em televisão Julia Garner, “Ozark” (Netflix) Melhor Ator Secundário em televisão Tyler James Williams, “Abbott Elementary” (ABC) Melhor Minissérie ou Filme para Televisão “The White Lotus” (HBO) Melhor Atriz em minissérie ou filme para televisão Amanda Seyfried, “The Dropout: A História de uma Fraude” (Hulu) Melhor Ator em minissérie ou filme para televisão Evan Peters, “Monstro: A história de Jeffrey Dahmer” (Netflix) Melhor Atriz Secundária em minissérie ou filme para televisão Jennifer Coolidge, “The White Lotus” (HBO) Melhor Ator Secundário em minissérie ou filme para televisão Paul Walter Hauser, “Black Bird” (Apple TV+) Melhor Série Musical ou Comédia “Abbott Elementary” (ABC) Melhor Atriz em série musical ou comédia Quinta Brunson, “Abbott Elementary” (ABC) Melhor Ator em série musical ou comédia Jeremy Allen White, “The Bear” (FX)
Andreia Sofia Silva EventosCinemateca Paixão | Triologia de “O Padrinho”, de Coppola, em exibição A saga da família Corleone, ligada à máfia italiana, contada de forma soberba pelo realizador Francis Ford Coppola, é a aposta da Cinemateca Paixão para os próximos dias. Destaque ainda para o ciclo “Histórias da Diáspora Asiática”, com filmes que retratam memórias e vivências dos asiáticos a viver em países estrangeiros Quem ainda não viu um dos grandes clássicos do cinema norte-americano e um dos principais filmes do realizador Francis Ford Coppola tem agora essa oportunidade durante os próximos dias na Cinemateca Paixão. Isto porque o cartaz das novas exibições apresenta a triologia de “O Padrinho”, realizada em 1972, 1974 e 1990, onde se conta a história da família Corleone, uma das principais da máfia italiana a operar em Nova Iorque, para onde o patriarca, Vito Corleone, emigrou em criança. Esta sexta-feira começa a ser exibido o primeiro filme da triologia, que conta, precisamente, a ida de Vito para a América aos nove anos de idade, pequeno e enfezado, em fuga da sua querida Itália. Já casado e com um filho, Corleone começa depois a envolver-se no mundo do crime no seio da comunidade italiana que, no início do século XX, estava bastante presente em Nova Iorque. O primeiro filme de “O Padrinho” volta a ser exibido no dia 21 deste mês. O segundo filme, que é mais centrado no início da ligação de um dos filhos de Vito Corleone, Michael Corleone (Al Pacino) aos negócios da família, é exibido no sábado e também no dia 21. Nesta película continua a contar-se a história dos Corleone e das suas peripécias pelo mundo do crime, mas com maior foco na juventude de Michael, o eleito para continuar à frente dos negócios da família. No domingo, é exibido o terceiro filme, uma cópia restaurada. Nesta fase, os destinos da família Corleone são geridos por Michael Corleone após a morte do velho Vito. Michael estreita ligações com a Igreja italiana, está divorciado, tem dois filhos que adora, mas a ligação ao mundo do crime acaba por lhe trazer grandes dissabores no seio familiar. A saga de “O Padrinho” foi um dos grandes trabalhos de Marlon Brando que, com este filme, ganhou o Óscar de Melhor Actor. Coppola, que fez uma adaptação do romance de Mário Puzo com o mesmo nome, conquistou ainda o Óscar de Melhor Argumento Adaptado e Melhor Filme. O que não correu muito bem nesta produção foi a escolha da actriz para representar a filha de Michael Corleone no terceiro filme. À data, uma muito jovem Sofia Coppola, hoje realizadora de sucesso, teve uma interpretação que gerou bastantes críticas. Asiáticos lá fora A Cinemateca Paixão aposta ainda num novo ciclo de cinema destinado a contar as histórias dos asiáticos que emigram. “Asian Diaspora Stories” [As Histórias da Diáspora Asiática] traz filmes como “Joy Luck Club”, de Wayne Wang, produzido em 1993. Este filme, que conta a história de quatro mulheres chinesas nascidas nos EUA que recordam o seu passado, poderá ser visto nos dias 19 e 25 deste mês. “What People Will Say”, de Iram Haq, é a aposta para o dia 28 deste mês, sendo depois novamente exibido em Fevereiro, no dia 8. Neste filme exploram-se as vivências de uma jovem paquistanesa que vive e estuda na Noruega, debatendo-se permanentemente com as diferenças culturais que fazem parte do seu dia-a-dia. “Return to Seoul”, de Davy Chou, chega nos dias 7 e 10 de Fevereiro, revelando o percurso do jovem Freddie, de 25 anos, que decide regressar à Coreia do Sul depois de ter nascido e vivido em França até então. Este ciclo de cinema conta ainda com as películas “The Return”, “Gook” e “The Namesake”.
Hoje Macau EventosFRC | Exposição de Natalie Lao inaugurada hoje É hoje inaugurada, a partir das 18h30, a exposição de Natalie Lao na Fundação Rui Cunha (FRC), uma mostra intitulada “A Simplicidade na Era da Exuberância” [The Pure in Golden Age], que reúne 19 pinturas em seda e papel onde se recriam influências orientais a partir de uma visão contemporânea. Natalie Lao utiliza diferentes elementos de imagem nas suas obras “para expressar opiniões sobre a impermanência e a mudança das coisas no mundo, advertindo-se a si mesma para não ser obstinada e persistente”, revela a nota informativa do projecto. Segundo a artista, “conceitos de design contraditórios sempre foram uma fonte de inspiração para as suas criações”. O mesmo texto dá conta de que a “pincelada fina imita o padrão dos lenços de seda”, sendo estes padrões aplicados nas obras. “A sobreposição visual de dois elementos faz com que as pessoas entendam a relação primária e secundária da pintura. Pensando e transmitindo as ideias com perfeição, ela usa alucinações visuais para despertar as pessoas para uma discussão sobre a verdade e a falsidade do que vêem. Cortinas e tecidos de seda podem desempenhar um papel na cobertura de objectos. Quando ela usa esses símbolos de imagem nas suas obras, é também para expressar a relação contraditória do que vai no seu coração, espera que os outros a leiam e entendam, ao mesmo tempo que teme o impacto de ser notada”. Natural de Heshan, Natalie Lao formou-se em 2016 na Escola Superior de Belas Artes da Universidade Politécnica de Macau, completando o Programa de Bacharelato em Artes Visuais (Pintura de Belas Artes com especialização em pintura chinesa). Em 2017 avançou para o curso de formação avançada da Academia de Belas Artes de Cantão (Pintura de Flores e Pássaros). Actualmente é vice-presidente e directora executiva da Macau Yiyuan Painting and Calligraphy Association, e vice-presidente da Hao Jiang Printing Society. Os trabalhos vão estar expostos na Galeria da FRC até ao dia 28 deste mês.
João Santos Filipe EventosGalaxy Arena | Blackpink com dois concertos a 20 e 21 de Maio “Blackpink in your area” é a frase utilizada pela girl band em todos os videoclips e em Maio o mote torna-se realidade para quem vive em Macau. No âmbito da digressão “Born Pink” o grupo tem dois concertos marcados para a nova Galaxy Arena A banda Blackpink vai actuar nos dias 21 e 21 de Maio na Arena Galaxy no âmbito da digressão “Born Pink”. A informação foi revelada ontem pela concessionária de jogo Galaxy. Os bilhetes começam a ser vendidos a 5 de Fevereiro. A girl band constituída pelas cantoras Jisoo, Jennie, Rosé e Lisa é actualmente uma das mais famosas a nível mundial do pop coreano. Desde o início da actual digressão, em Outubro do ano passado, que a banda visitou cidades internacionais como Los Angeles, Londres, Paris. Além disso, neste fim-de-semana vai fazer uma paragem em Hong Kong, para três espectáculos, na Arena AsiaWorld. Em Macau, o local escolhido para os dois concertos é a nova Arena Galaxy, no hotel e casino com o mesmo nome, que tem capacidade para cerca de 16 mil pessoas. Os preços ainda não são conhecidos. A venda ao público dos ingressos começa a 5 de Fevereiro e antecipa-se que os bilhetes esgotem rapidamente, uma vez que apesar da enorme popularidade no grupo no Interior, as Blackpink nunca actuaram no outro lado da fronteira. O concerto deverá assim atrair muitos turistas, porque é uma das poucas oportunidades que os fãs do Interior têm para assistir tão perto de casa a uma actuação das Blackpink. No caso de os interessados fazerem parte do clube oficial de fãs das Blackpink em Macau, as vendas começam um dia antes a 4 de Fevereiro. Do regresso Esta é a segunda vez que Jisoo, Jennie, Rosé e Lisa vão actuar em Macau. No Verão de 2019, antes da pandemia e do encerramento da RAEM ao mundo, a girl band sul-coreana actuou na Arena do Cotai, no hotel e casino Venetian. Em 2019, a performance contou com a presença de mais de 10 mil fãs e o espectáculo ficou marcado pelos problemas físicos da líder do grupo, Jennie. Como consequência das dificuldades, a cantora falhou o “encore”, que apenas contou com a participação de Jisoo, Rosé e Lisa. A actuação desse ano fez parte da digressão “In Your Area World Tour” que ao longo de 36 espectáculos contou com uma assistência de mais de 472 mil pessoas e 56 milhões de dólares americanos em receitas só com a venda de bilhetes. Prémios e distinções Formado em 2016, o grupo sob a alçada da produtora YG Entertainment estreou-se no mesmo ano, com o álbum “Square One”, constituído pelos hits “Boombayah” e “Whistle”. As duas músicas depressa se tornaram bastante populares e chegaram à liderança dos tops de vendas coreano e chinês. A verdadeira afirmação mundial chegou em 2019, com a entrada no mercado norte-americano. Nesse ano, com o lançamento do álbum Square Up, as Blackpink estrearam-se com o 55.º lugar do chart mais popular americano, o Billboard Hot 100. Ao mesmo tempo, as jovens foram somando colaborações com outras artistas bem conhecidas, principalmente do público mais jovem, como Lady Gaga, Selena Gomez, Dua Lipa ou Cardi B. Com tanto sucesso, chegaram também inúmeros prémios, não só na Coreia do Sul, mas principalmente a nível mundial. Só nos MTV Video Music Awards, as quatro jovens da coreia contam com oito nomeações e duas vitórias, nas categorias de melhor música de versão (2020), com a música “How You Like That” e de melhor concerto no metaverso (2022). As plataformas digitais são mesmo o “reino” da banda, que em 2020, com a estreia do videoclip “How You Like That” entrou para o Livro do Guinness, ao bater alguns recordes, como o do vídeo com maior número de visualizações nas primeiras 24 horas no YouTube e maior número de visualizações na estreia de um vídeo. Os recordes foram posteriormente batidos, mas a banda continua a ser aquela com o maior número subscritores no YouTube.
Andreia Sofia Silva EventosCinema | Primeiro festival para a comunidade LGBT acontece em Fevereiro “Let’s Get Beautiful Together Queen!” é o tema da primeira edição do Festival Internacional de Cinema Queer de Macau, dedicado à comunidade LGBT. Os filmes serão exibidos nos Cinemas Emperor do hotel Lisboeta, entre os dias 3 e 12 de Fevereiro. “My Own Private Idaho”, filme do realizador Gus Van Sant, é uma das películas em cartaz Anunciado há meses e adiado devido à pandemia, o primeiro Festival Internacional de Cinema Queer de Macau tem finalmente datas e locais de exibição. Entre os dias 3 e 12 de Fevereiro será possível ver um cartaz repleto de filmes dedicados à comunidade LGBT [Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgénero] nos Cinemas Emperor, no Lisboeta. O tema da edição de estreia do festival é “Let’s Get Beautiful Together Queen!” [Rainha! Vamos ser lindos todos juntos], sendo o cartaz, cheio de cores, a fim de “expressar a beleza do mundo queer”, da autoria do designer Jimi Vong. “As cinco cores são icónicas na cultura queer. Não há estereótipos nem discriminação, pois apenas queremos viver como seres humanos, felizes e confidentes”, aponta a organização na página de Facebook do festival. A pessoa por detrás deste evento é Jay Sun, que em Junho do ano passado começou a querer concretizar uma ideia totalmente inédita em Macau. Figura ligada ao mundo do cinema local e à organização de muitos festivais e eventos nesta área, Jay Sun queria arriscar num terreno ainda bastante conservador. À data, disse ao HM que “há muito tempo que planeava fazer este evento”, embora ainda não tivesse surgido “o momento certo”. “Hong Kong e Taiwan têm os seus festivais ligados às comunidades LGBT e Queer, e mesmo na China existe um festival de cinema deste género. Pensei porque é que Macau não teria também um evento destes, que é a forma de expressão mais básica da nossa comunidade, relativamente à diversidade de género”, referiu. Na página de Facebook do festival, explica-se porque é que o território necessita de um festival de cinema para esta comunidade. “[A comunidade LGBT] tem histórias para contar, todas diferentes, que precisam de ser contadas e ouvidas. As histórias ajudam-nos a compreendermo-nos, e o cinema visualiza-as. Pode ajudar a expandir o nosso pensamento para muito, muito longe. O Festival espera poder conectar-se com a comunidade através da arte fílmica, ganhando maior compreensão da parte do público e indo contra a discriminação desnecessária.” Em cartaz Apesar de ainda não estar fechado, o cartaz do festival já contém alguns filmes, como é o caso de “My Own Private Idaho”, do realizador americano Gus Van Sant, tido como um clássico do chamado cinema queer com dois actores de renome: River Phoenix e Keanu Reeves. Outro filme escolhido pela organização é “The Blue Caftan”, do realizador marroquino Maryam Touzani. “Gentil e delicado, o filme expressa as emoções mais profundas e escondidas de um homem casado e dos seus receios e desejos”, aponta a organização. “The Blue Caftan” foi distinguido na edição do ano passado do Festival de Cinema de Cannes, além de ter sido escolhido para representar Marrocos na lista dos filmes candidatos à categoria de “Melhor Filme Internacional” dos Óscares, cuja escolha será conhecida este ano. Ao HM, Jay Sun adiantou querer ter um cartaz eclético, mas não muito extenso, onde a qualidade promete dominar. “Teremos uma mostra de filmes asiáticos e clássicos também, para mostrar películas de que todos gostam. Não está ainda confirmado, mas gostaria de incluir uma secção de curtas-metragens produzidas por locais, embora tenha percebido que não há assim muitos filmes feitos em Macau sobre este tema”, frisou.
Hoje Macau EventosCreative Macau | Nova exposição abre portas sábado Chama-se “Geometric and Tetrahedron in paper engineering” [Geometria e o Tetraedro na engenharia do papel] e é a nova exposição de Lam Iam Sang que pode ser vista, a partir de sábado, na galeria da Creative Macau. A mostra onde, tal como o nome indica, a geometria assume um papel principal, pode ser vista até ao dia 21 deste mês. A inauguração acontece sábado às 16h. “Na geometria, o tetraedro, também conhecido como uma pirâmide triangular, é um poliedro composto por quatro faces triangulares, seis lados e quatro vértices. Tal como um poliedro convexo, o tetraedro pode ser dobrado a partir de um único pedaço de papel.” É esta a base para esta exposição, cujas obras foram feitas com recurso a ferramentas 3D e design gráfico, incluindo manipulação de fotografias. Nascido em Macau, Benson Lam estudou e trabalhou em Hong Kong, Milão, Barcelona e Nova Iorque nos últimos dez anos. Além disso, Benson Lam esteve 15 anos na China, em cidades como Shenzhen e Pequim, entre outras. O artista tem uma estreita ligação com os ateliers de arquitectura europeus, tendo experiência nas áreas do design de equipamento e de interiores e merchadising visual, acrescentando ainda a modelagem do papel a três dimensões.
Andreia Sofia Silva EventosMGM | “Rei do Açúcar” expõe obras no Cotai Zhou Yi, conhecido como o “Rei do Açúcar” na China, apresenta, pela primeira vez em Macau, uma exposição com esculturas feitas com fondant, uma massa de açúcar fundido. O público poderá ver esta mostra permanente de cinco esculturas no espaço “Infinite Harmony” no Spectacle, no MGM Cotai É uma forma doce de começar um novo ano, aliando a doçaria à arte. O MGM Cotai apresenta, desde quarta-feira, a exposição do artista Zhou Yi, conhecido na China como o “Rei do Açúcar”, devido à sua capacidade de fazer grandes e belas esculturas com fondant, uma massa de açúcar fundido muito utilizada na doçaria. As cinco obras podem ser vistas de forma permanente no espaço Infinite Harmony, no Spectacle, sendo esta a primeira vez que Zhou Yi expõe em Macau. Apresentam-se cinco grandes esculturas feitas com materiais habitualmente usados para fazer bolos trabalhados com mestria e talento, recorrendo a técnicas utilizadas na modelagem de alimentos como é o caso da pintura em spray ou esculturas feitas com massa de pasteleiro. Ao mesmo tempo, revelam-se traços da cultura chinesa. Segundo um comunicado, estas esculturas foram criadas em exclusivo para a mostra do MGM Cotai, tendo temas relacionados com o lado clássico da cultura chinesa, como é o caso de “Três Livros e Seis Rituais”, a cultura folk da região de Lingnan, as danças do leão ou a tradição do Yum Cha, uma das refeições mais conhecidas da gastronomia chinesa. Estes trabalhos “rejuvenescem verdadeiramente as vivências e a história [da China], levando a arte a um novo nível”. “A exposição leva o público a explorar o charme do património imaterial e cultural, bem como a cultura chinesa, ao mesmo tempo que conta as grandes histórias chinesas através de um artesanato incrível dos dias contemporâneos”, acrescenta-se ainda na mesma nota. História e cultura A exposição tem curadoria do MGM e da marca Sugar King e foi preparada durante um ano. O autor afirmou que “através dos temas artísticos, que vão desde as tradições folk chinesas aos mitos e figuras históricas, espero poder mostrar a cultura chinesa tradicional para um público mais alargado através do meio artístico bastante popular, a arte com fondant. Acredito que a cultura chinesa necessita de ser vista e reconhecida a fim de realizar o rejuvenescimento da nossa nação”, disse Zhou Yi. A carreira deste artista do açúcar começou com a aprendizagem da escultura chinesa e o trabalho com massa de pasteleiro, tendo depois explorado sozinho a arte feita com fondant e outras técnicas de modelagem de alimentos, a fim de os transformar em obras de arte. Hoje é um artista reconhecido internacionalmente nesta área, tendo já ganho muitos prémios e distinções, como é o caso do Best Award [Melhor Prémio] no evento “Cake International” [Bolo Internacional] em 2017. Zhou Yi ganhou também, no ano passado, o prémio National Culture Inheritance [Herança da Cultura Nacional].
Andreia Sofia Silva Eventos MancheteSeac Pai Van | Confraria Macaense negoceia espaço para sede Distinguida com uma medalha de mérito, a Confraria da Gastronomia Macaense permanece sem sede própria desde a sua criação, há 16 anos. Carlos Anok Cabral, presidente, diz que está a ser analisada a possibilidade de mudança de instalações para a Escola Oficial de Seac Pai Van A Confraria da Gastronomia Macaense está a analisar com o Instituto de Formação Turística a possibilidade de poder ocupar um espaço próprio na Escola Oficial de Seac Pai Van, em Coloane, para ali poder ministrar cursos e workshops. A informação foi avançada ao HM pelo seu presidente, Carlos Anok Cabral, semanas após a atribuição de uma medalha de mérito cultural pelo Chefe do Executivo, Ho Iat Seng. “No final do ano passado apresentámos uma carta sobre a possibilidade de a gastronomia macaense estar presente nessa escola.” Este é, aliás, o grande desafio da medalhada Confraria, que há 16 anos ocupa um espaço provisório cedido pela Associação Promotora da Instrução dos Macaenses (APIM), no mesmo edifício onde funciona o jardim de infância D. José da Costa Nunes. “Temos de resolver o problema da falta de uma sede em primeiro lugar, pois sem esse local não podemos ter cursos de culinária e workshops”, frisou Carlos Anok Cabral, que diz estar dependente da colaboração com associações e entidades públicas e privadas para realizar actividades de promoção e divulgação deste tipo de culinária. Exemplo disso foi o workshop realizado em Novembro com os alunos da Escola Nossa Senhora de Fátima, em que foram utilizadas as instalações da Escola Oficial de Seac Pai Van. “Queremos poder dar cursos para que, no futuro, mais pessoas compreendam as técnicas de uma gastronomia de fusão. As pessoas pensam que pode ser uma comida chinesa ou portuguesa, mas não é”, adiantou. Mesmo com a distinção, a Confraria vê-se ainda a braços com dificuldades de ordem financeira. “Pedimos ajuda à Fundação Macau, mas há muitas regras e não conseguimos ter um subsídio”, lamentou, à excepção para a participação da Confraria nos congressos anuais do Conselho Europeu das Confrarias Enogastronómicas (CEUCO), que decorrem na Europa. Carlos Anok Cabral diz que o trabalho de divulgação da comida macaense é feito há muitos anos, mas “não chega”. Na lista do que falta fazer persiste o eterno problema da definição do que é um autêntico prato macaense. “Os restaurantes de comida portuguesa misturam os pratos com a comida macaense. E uma das coisas que a Direcção dos Serviços de Turismo tem de fazer é ver os menus destes espaços, pois é preciso separar comida portuguesa da macaense, mas nunca vejo isto ser feito nos restaurantes. Penso que devem ser implementadas regras para as pessoas distinguirem os pratos. Vemos que muitos cozinheiros são chineses ou filipinos, mas quando confeccionam os pratos macaenses usam a forma chinesa. Então, sai um outro prato totalmente diferente.” Nova candidatura Carlos Anok Cabral diz-se surpreendido com a obtenção da medalha, que chegou semanas antes da morte de um dos grandes fundadores da Confraria, José Manuel Rodrigues. Ao advogado e ex-deputado falecido, o presidente diz-se eternamente grato. “Se não fosse ele não haveria Confraria da Gastronomia Macaense”, assume. “Iremos trabalhar mais para manter a nossa cultura, porque a medalha é um reconhecimento não apenas da nossa Confraria, mas para toda a comunidade macaense”, referiu. No cargo de presidente desde 2020, Carlos Anok Cabral diz-se disposto a recandidatar-se às eleições para os órgãos sociais deste ano. Os três anos da pandemia foram de estagnação, mas a Confraria tem mantido a parceria com associações e Governo, organizando palestras e cursos. Falando com o HM, Carlos Anok Cabral não quis deixar de dar os parabéns à Associação dos Macaenses pela realização do Chá Gordo, mas deixa o alerta: “Dentro da comunidade macaense há classes sociais, e digo isto porque cada família tem o seu chá gordo. O chá gordo feito pela ADM não é seguido por todas as famílias, pois os pratos podem ser diferentes. Mas isso não significa que tenha sido um mau chá gordo”, concluiu.
Andreia Sofia Silva Eventos MancheteMúsica | Carlos Piteira e Jaime Mota reavivam “A Outra Banda” Co-fundador e membro de “A Outra Banda”, projecto musical que existiu em Macau entre 1990 e 1998, o antropólogo Carlos Piteira resolveu recriar a banda em Portugal, dando novas roupagens às músicas e letras. Cantar Macau, bem como os seus poetas e escritores, é o principal lema de uma iniciativa que tem marcado presença em alguns eventos em Portugal ligados a Macau e à lusofonia Entre 1990 e 1998, quando Macau se preparava para dizer adeus à Administração portuguesa, existiu no território um projecto musical único dedicado a cantar a sua cultura e literatura. “A Outra Banda”, co-fundada pelo antropólogo e investigador Carlos Piteira, foi um projecto musical composto por cinco músicos que terminou após a edição do primeiro um álbum. Anos depois, e já em Portugal, Carlos Piteira decidiu “renascer das cinzas” este projecto, desta vez apenas com o músico Jaime Mota. “A Outra Banda” tem marcado presença em eventos ligados a Macau e à lusofonia, a convite de entidades como a Casa de Macau em Lisboa ou a UCCLA – União das Cidades Capitais da Língua Portuguesa, entre outras. “Temos estado a navegar e prontos a dar voz se nos chamarem”, conta, entre risos, Carlos Piteira ao HM. “Queremos falar Macau na voz dos poetas e dar vida ou voz à poesia ou música que mantém viva a chama de Macau e dos macaenses. Trabalhamos temas do quotidiano de Macau e as festividades, como é o caso do Festival dos Barcos Dragão. Tentamos dar sempre algum enquadramento aos temas. Também retratamos algumas situações ligadas à história de Macau, como é o caso das casas de ópio”, adiantou. Essencialmente, “A Outra Banda” trabalha os concertos e os temas em torno de quatro abordagens, sendo que o patuá, através da poesia de Adé dos Santos Ferreira, não é esquecido. Cantam também as palavras de Camilo Pessanha ou, de forma mais contemporânea, Jorge Arrimar, poeta e ex-residente de Macau. “A Outra Banda” dá voz , no total, a dez poetas de Macau. “Este é um projecto pessoal que não conseguiria fazer sozinho”, disse Carlos Piteira, que descreve uma conjugação de gostos e interesses por Macau na ligação a Jaime Mota. “Conheci o Jaime ao longo dos tempos, das bandas dos anos 60 e 70. Ele tocava teclas e fazia algumas orquestrações. Tocámos juntos algumas vezes e penso que ele também se identificou muito com Macau, local com o qual criou uma ligação afectiva.” Novo figurino O projecto nascido há 30 anos tem hoje o mesmo nome, mas há diferenças na musicalidade e na apresentação dos temas. “Tentámos recuperar as melodias que já estavam construídas e esquecidas, que faziam parte da minha memória e da memória dos que estiveram em Macau nesse período, e reproduzi-las num contexto de divulgação dos poetas e do que foi um percurso feito em Macau”, adiantou Carlos Piteira. “Decidi manter o nome do grupo porque é uma forma de tributo ao que fizemos em Macau naquela década, mas com uma roupagem diferente, não tão elaborada. Lá tínhamos outras condições, mais músicos, e a possibilidade de tocar com a orquestra chinesa. Aqui estamos reduzidos a um papel mais singular”, frisou Piteira. Em Macau, nos anos 90, “A Outra Banda” chegou a integrar o cartaz do Festival Internacional das Artes de Macau, bem como a tocar com a orquestra chinesa. Anos depois, Carlos Piteira e Jaime Mota decidiram “recuperar os arranjos, as sonoridades que passaram pelo grupo e as vocalizações”. “O projecto nasce por prazer lúdico que temos em fazer música e também pela necessidade de marcar a presença de Macau pela via da literatura e musicalidade. Sendo macaense e observador das questões de Macau achei que seria importante esta divulgação, ainda que de forma amadora. Não temos nenhuma pretensão de profissionalismo. Queremos conjugar a componente dos afectos.”
Hoje Macau EventosPintora Graça Morais vence Prémio Vasco Graça Moura O Prémio Vasco Graça Moura – Cidadania Cultural, no valor de 20.000 euros [cerca de 160 mil patacas], distingue este ano a pintora portuguesa Graça Morais, com mais de 50 anos de carreira, realçando “o seu percurso cultural, artístico e cívico”. “Desde a sua juventude a artista teve uma permanente participação ativa na defesa do humanismo, do respeito pela dignidade humana e dos direitos humanos. Uma ligação muito forte à terra e às tradições populares e uma permanente atenção à dureza da vida e à compaixão têm caracterizado uma assinalável coerência na sua obra”, afirma o júri, ao qual presidiu Guilherme d’Oliveira Martins, sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa. “Para Graça Morais a cidadania cultural constitui algo de natural e necessário. O seu talento artístico e a escolha dos temas para as suas obras, em estreita ligação íntima, têm sempre subjacente a atenção aos outros e o cuidado relativamente aos mais vulneráveis. A artista e a cidadã estão sempre presentes, o que constitui um singular exemplo no panorama artístico contemporâneo, merecedor de especial reconhecimento”, sublinhou o júri do prémio promovido pela Estoril Sol, em comunicado enviado à agência Lusa. Muitos prémios Este prémio junta-se a várias outras distinções que a artista plástica já recebeu, nomeadamente a Ordem do Infante D. Henrique, com o grau de Grande Oficial, atribuída em 1997, e a Medalha de Mérito Cultural, pelo seu contributo para as artes, atribuída em Março de 2019, pela então ministra da Cultura Graça Fonseca, e o mais recente prémio “Personalidade do Norte”, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, que lhe foi entregue no final de Novembro. Maria da Graça Pinto de Almeida Morais nasceu há 74 anos em Vieiro, aldeia no concelho transmontano de Vila Flor, Portugal. De 1957 a 1958 viveu em Moçambique, no vale do Limpopo, de onde regressou em 1959 para a sua aldeia natal. Foi em Moçambique que despertou o interesse pela pintura, aos nove anos, incentivada pela professora, depois de o pai lhe ter oferecido uma caixa de aguarelas, como conta a José Jorge Letria no livro “Graça Morais: A Grande Arte Tem a Dimensão do Mistério” (2018). De acordo com o seu relato, foi nesta altura que disse à mãe querer ser pintora, apesar dos receios da progenitora, convencida de que os artistas passavam fome. A mãe tinha outros projetos para si, como tornar-se professora primária, seguindo uma tradição familiar. O Prémio Vasco Graça Moura-Cidadania Cultura foi instituído pela empresa Estoril Sol, em homenagem à memória do escritor Vasco Graça Moura (1942-2014), nascido há exatamente 81 anos, no Porto, em 3 de Janeiro de 1942.
Hoje Macau Eventos“Excursão Cultural Profunda” | Música e workshops aquecem Janeiro Com a chegada do Ano Novo Chinês, que este ano acontece entre os dias 21 e 27 de Janeiro, o Instituto Cultural promove uma série de espectáculos musicais e actividades até final do mês no espaço da Feira do Carmo e Casas Museu da Taipa O Instituto Cultural (IC) prepara-se para receber o Ano Novo Chinês com muita música e animação. O cartaz dos eventos, que se integra na iniciativa “Excursão Cultural Profunda” deverá acontecer ao longo do mês, sempre aos fins-de-semana, com espectáculos musicais e muitas actividades para miúdos e graúdos. O primeiro espectáculo, de música pop brasileira, acontece já no próximo sábado nas Casas Museu da Taipa, e integra-se na temática “música dos continentes americanos”. No sábado seguinte, dia 14, é a vez de o público desfrutar de um espectáculo de música rock americana, seguindo-se Bossa Nova, dia 21, e música latina no dia 28. Os concertos decorrem sempre entre as 16h e as 18h. Com estes concertos, o IC pretende “englobar diferentes géneros musicais únicos” permitindo “ao público sentir os ritmos extremamente dinâmicos das músicas oriundas dos continentes americanos”. Workshops e afins Se os sábados são feitos de música, os domingos são preenchidos com workshops e actividades alusivas ao Ano Novo Chinês, com o tema “Novo Ano, Nova Imagem”. A Feira do Carmo acolhe, no próximo domingo, o evento “Melodias mágicas abrem um novo capítulo”, enquanto no domingo seguinte, dia 15, decorre um workshop onde os participantes vão aprender a criar acessórios típicos do Ano Novo Chinês com plasticinas de diferentes cores, a fim de criar “acessórios únicos como celebração desta ocasião especial”. Para marcar presença nesta iniciativa, deve ser feita a inscrição entre os dias 4 e 11 na plataforma da Conta Única. Por sua vez, no dia 22, decorre a iniciativa “Monstros do Ano Novo Chinês animam a celebração” enquanto mais perto do final do mês, a 29, tem lugar a actividade “Receber a divindade de felicidade com música e alegria”. Com estes eventos dominicais, o IC pretende aliar “a cultura chinesa com a ocidental e o passado com o presente”. As apresentações escolhidas para o programa trazem “danças chinesas elegantes, teatros interactivos com tema de animais do Ano Novo Chinês e concertos de instrumentos chineses baseados na mesma festividade”. Haverá ainda a oferta de felicitações com dísticos sobre temas de destaque no ano novo lunar, escritos na hora por mestres de pintura e caligrafia chinesa, entre outras actividades de celebração, promovendo a fusão entre a tradição e a inovação e proporcionando um ambiente festivo carregado de animação e alegria. O IC descreve que esta iniciativa “tem sido muito bem recebida por residentes e turistas” desde o seu lançamento, em Novembro. A ideia é continuar a promover “uma série diversificada de experiências de cultura a nível comunitário e espectáculos com características únicas” num espaço único como é a antiga vila da Taipa.
Andreia Sofia Silva EventosAno Novo celebrado com festas e concertos de rua Apesar dos inúmeros casos de covid-19 que têm assolado Macau nos últimos tempos, mantêm-se as celebrações do Ano Novo para dar as boas-vindas a 2023. A festa começa já hoje com a “Bikini Party” [Festa do Bikini] na discoteca DD3, na Doca dos Pescadores. A partir das 22h será possível desfrutar de uma “nova experiência de entretenimento”, onde o bikini promete ser protagonista ao som da música House e Electrónica, entre outras batidas. Nesta festa, quem levar bikini ou calções de banho terá direito a uma bebida gratuita. Por sua vez, amanhã a festa da passagem de ano acontece no DD3 Verandah, um evento organizado pela Associação de Música de Dança de Macau com várias parcerias. Ao som da música Techno, House e Electrónica será possível dizer adeus a 2022, “um ano estranho em Macau e para algumas partes do mundo, com muitas pessoas porreiras a deixar Macau e negócios a fechar, bem como com casinos encerrados e a questão política, incluindo a guerra entre a Ucrânia e Rússia e, três anos depois, com a pandemia a, finalmente, a nos atingir”, escreve a organização. A festa começa às 23h e tem um custo de 250 patacas, onde estão incluídas três bebidas. Na rua Com organização do Instituto Cultural (IC) decorrem os habituais concertos de Ano Novo para aqueles que desejam celebrar a chegada de um novo ano fora de portas. O programa inclui, umas horas antes da passagem de ano, ou seja, entre as 18h e as 19h, o espectáculo “Melodias Inesquecíveis nas Ruínas de São Paulo”, com a Orquestra Chinesa de Macau. Neste evento serão apresentadas “várias peças clássicas numa combinação encantadora de música e da atmosfera do património mundial, que permite ao público uma experiência musical inesquecível”. Os concertos que marcam a chegada de um novo ano decorrem na praça do Lago Sai Van, sendo organizados pelo IC e Direcção dos Serviços de Turismo em parceria com as operadoras de jogo Galaxy, Melco, MGM, SJM e Wynn. Como já é habitual, a transmissão é feita em directo pela TDM. A última noite do ano encerra-se com o espectáculo de Alex To e bandas e músicos de Macau e Hong Kong, como Vivian Chan, Kane Ao Ieong, Germano Guilherme, #FFFF99, Ocean Walker, MSD Studio e Macau Baby, entre outros. No primeiro dia do ano de 2023 a Orquestra de Macau protagoniza um concerto com elementos de ópera.