João Luz EventosCCM | Novo Teatro-Estúdio inaugurado ontem por Ho Iat Seng As artes experimentais de Macau têm uma nova casa. O Governo inaugurou ontem o Teatro-Estúdio do Centro Cultural de Macau, numa cerimónia que contou com a presença do Chefe do Executivo. A presidente do Instituto Cultural salientou que esta é a primeira infra-estrutura pensada de raiz para servir as especificidades técnicas do sector O Governo inaugurou ontem oficialmente o Teatro-Estúdio do Centro Cultural de Macau, o novo espaço dedicado às artes performativas experimentais. A inauguração contou com a presença do Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, e da secretária para os Assuntos e Cultura, Elsie Ao Ieong. Em declarações à comunicação social, a presidente do Instituto Cultural (IC), Deland Leong, vincou que o Teatro-Estúdio é a primeira infra-estrutura cultural concebida para cumprir as exigências técnicas e requisitos específicos das artes performativas experimentais. A presidente do IC adiantou que o Teatro-Estúdio irá proporcionar ao sector cultural de Macau um espaço alargado para a sua profissionalização, reflectindo o compromisso do Governo com as artes e a cultura. Além disso, Deland Leong sublinhou a importância da inauguração do Teatro-Estúdio do Centro Cultural de Macau enquanto um dos importantes projectos para a construção do objectivo político de “um Centro, uma Plataforma, uma Base”, de acordo com o segundo plano quinquenal desenhado pelo Executivo. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, a responsável demonstrou ainda esperanças de que o Teatro-Estúdio funcione como elemento que injecte um novo ímpeto e frescura no desenvolvimento das indústrias criativas e artísticas do território, inspirando os artistas de Macau a criarem obras de excelência. Reinventar o palco O IC tem organizado visitas de representantes do sector às instalações, incluindo comitivas de membros do Conselho Consultivo para o Desenvolvimento Cultural e do Conselho do Património Cultural e profissionais de teatro que alugaram as instalações do Teatro Caixa Preta do Edifício do Antigo Tribunal e os locais de espectáculo do CCM. Segundo um comunicado do IC, a presidente do organismo Deland Leong referiu na altura da visita de profissionais do teatro que “as instalações do Teatro-Estúdio são abrangentes e profissionais” oferecendo ao sector um local flexível que permitirá “diversificar o leque de possibilidades a nível da produção de teatro experimental”. O Teatro-Estúdio do CCM irá albergar todos os eventos programados para o Teatro Caixa Preta do Edifício do Antigo Tribunal pelas companhias que arrendavam um espaço no mesmo. O novo espaço tem três pisos com uma área total de 3.110 metros quadrados, abrangendo dois teatros com capacidade para 140 e 160 espectadores, respectivamente, bem como várias salas de ensaios polivalentes, vestiários e outras instalações auxiliares. A configuração do espaço do Teatro-Estúdio é flexível, podendo as áreas de actuação em ambos os teatros ser ajustadas de acordo com as necessidades de produção e cenografia, assumindo diversas formas, ideal para peças de pequena escala e peças experimentais.
Hoje Macau EventosTeatro em patuá recebe distinção como património cultural da China O teatro em patuá recebeu oficialmente na sexta-feira a distinção como património cultural imaterial da China, dois anos depois do anúncio. O encenador do grupo teatral Dóci Papiaçam di Macau, Miguel de Senna Fernandes, disse à Lusa que o atraso se deveu às dificuldades acrescidas de viajar para a China continental durante a pandemia. A entrega da placa aconteceu durante uma cerimónia de inauguração de uma exposição de património cultural da província de Hainan. “Podia ter sido com um bocadinho mais de distinção”, lamentou Senna Fernandes. “Fomos um bocado enxertados [na cerimónia] e depois vão ouvir bocas, mas já estão habituados”, disse com um sorriso o macaense, referindo-se às comédias levadas a cena pelo Dóci Papiaçam, que ridicularizam e criticam os problemas sociais de Macau. Senna Fernandes destacou que, para além do valor simbólico e do reconhecimento do trabalho local, a inclusão na lista de património cultural imaterial da China é importante ao nível da preservação e protecção do teatro e do próprio patuá. Sem casa Considerado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) como “gravemente ameaçado”, o nível antes da extinção, o patuá, criado por imigrantes lusos em Macau ao longo dos últimos 400 anos, foi desaparecendo devido à obrigatoriedade de aprendizagem do português nas escolas, imposta pela administração portuguesa. “Tem que haver uma maneira diferente de ver o teatro”, defendeu Senna Fernandes, sublinhando que assegurar uma sede para o grupo Dóci Papiaçam di Macau é uma das prioridades. “É preciso reconhecer a necessidade de ter um lugar para colocar as coisas. Temos o guarda-roupa todo espalhado pela casa das pessoas. É ridículo ainda estarmos assim 30 anos depois. Não cabe na cabeça de ninguém”, disse o encenador. O Dóci Papiaçám di Macau, “único teatro activo” neste crioulo, nasceu a 30 de Outubro de 1993, ano da morte do poeta macaense José dos Santos Ferreira (Adé) e por ocasião da visita do então Presidente português Mário Soares a Macau e da reabertura, após obras de recuperação, do D. Pedro V, primeiro teatro de estilo ocidental na China.
João Luz EventosAlbergue SCM | Pathorn Sequeira protagoniza noite de jazz O Albergue SCM será hoje palco de uma noite de jazz com o saxofonista Pathorn Sequeira. Entre as 19h e as 20h, o músico tailandês, com raízes familiares de Macau, irá brindar o público com a mestria musical que acumulou ao longo de uma carreira recheada O Albergue SCM irá acolher esta noite uma sessão de jazz protagonizada pelo saxofonista tailandês Pathorn Sequeira, com entrada livre. Entre as 19h e as 20h, o músico irá brindar o público com uma performance a solo, num espectáculo organizado pelo Círculo dos Amigos da Cultura de Macau. O saxofonista e compositor Pathorn Srikaranonda de Sequeira conta no currículo actuações ao vivo em mais de 30 países, um pouco por todo o mundo, com um repertório alargado que vai do mais clássico jazz de orquestra, à participação em festivais de jazz, até ao formato de quarteto e actuações em clubes. Um comunicado divulgado pela organização do concerto sublinha que Pathorn Sequeira recebeu vários prémios, como Melhor Improvisação de Jazz do Collegiate Jazz Festival em South Bend, Indiana, Melhor Performance de Jazz do Tri C Jazz Festival em Cleveland, Ohio, e o Prémio Lyra da Fundação para a Arte Húngara de Performance. O rol de distinções do artista tailandês inclui os Certificados de Louvor da Cidade de Los Angeles em 2003, do Primeiro-Ministro da Tailândia em 2005 e 2007, e da Câmara do Senado da Tailândia em 2011. Em 2011 foi nomeado Comendador da Ordem de Mérito pelo Presidente de Portugal em 2011, Companheiro da Ordem do Elefante Branco em 2012 e Comendador da Ordem da Coroa da Tailândia em 2020. Além dos palcos e dos estúdios de gravação, Pathorn Sequeira é professor associado de música na Universidade de Kasetsart e presidente fundador da Associação de Saxofones da Tailândia. O mundo é um palco Na galeria das actuações memoráveis de Pathorn Sequeira contam-se os concertos com a The Royal Jazz Celebration, um programa que celebrou o 84.º aniversário do Rei Bhumibol, com a Preservation Hall Jazz Band de Nova Orleães em 2010, a actuação do Royal Command para Sua Alteza Real o Príncipe Henrik da Dinamarca em Copenhaga, com a sua suite de jazz “En Elephantine Ballad”, em 2012 e os Royal Festivals no Palácio Real de Estocolmo, no ano seguinte. Pathorn Sequeira actuou também no International Lyra Music Festival em Budapeste, onde apresentou a sua composição “Portrait of Siam” em 1999, deu um concerto na Ópera Comique em Paris com a Orchestre National de Lille e na Câmara Municipal de Paris com o Manrat Jazz Quintet. No último ano, Pathorn Sequeira fez uma digressão de um mês na Holanda, levou o seu quarteto a vários palcos em cidades italianas, enriqueceu os cartazes do Snake City Jazz Festival em Slangerup, na Dinamarca, o Chiang Mai Street Jazz Festival em Chiang Mai, na Tailândia e o Triumph Jazz Festival em Moscovo e São Petersburgo.
João Luz Eventos MancheteCCM | “Música no Coração” com 16 espectáculos em Agosto O Centro Cultural de Macau vai estar vivo com o som da música, evocando as paisagens bucólicas das montanhas austríacas. De 10 a 22 de Agosto, o Grande Auditório do Centro Cultural de Macau irá receber a digressão internacional do musical “Música no Coração”, produzida pelo Grupo Broadway Internacional e Broadway Asia. O espectáculo que chega a Macau foi concebido pelo histórico encenador Jack O’brien, um vulto do mundo showbiz que tem como epicentro a Broadway, em Nova Iorque, tanto pelos sucessos, como pelos absolutos falhanços com apenas um punhado de sessões. Apesar disso, O’brien venceu três prémios Tony, os óscares dos musicais e do teatro nos Estados Unidos ao longo da sua vasta carreira. “Música no Coração” é uma “produção recente que leva à cena uma companhia internacional de artistas firmados e jovens estrelas nos diversos papéis que dão vida à família von Trapp”, refere o Instituto Cultural (IC). O elenco é liderado por Jill-Christine Wiley no papel de Maria Rainer, Trevor Martin como Capitão von Trapp, Daniel Fullerton como Rolf, Lauren Kidwell no papel de Madre Superiora, Joshua La Force como Maximillian Detweiler, Lauren O’Brien como Liesl e Gail Bennett no papel de Elsa Schraeder. Seguindo a tradicionais adaptações do livro de memórias de Maria Augusta von Trapp, “The Story of the Trapp Family Singers”, o espectáculo que irá subir ao palco do Centro Cultural de Macau irá contar com música composta por Richard Rodgers, letras de Oscar Hammerstein II e texto de Howard Lindsay e Russel Crouse. O espectáculo também conta com a colaboração do coreógrafo da Broadway Danny Mefford, com a supervisão musical de Andy Einhorn, direcção de digressão de Matt lenz, coreografia de digressão por James Gray, supervisão musical por Andy Einhorn e produção executiva de Simone Genatt e Marc Routh. Evocando Julie Andrews O Instituto Cultual acrescenta que o espectáculo é enriquecido por “eficientes técnicas de mudança de cena e impressionantes cenários da Broadway”, trunfos que permitem reproduzir o “ambiente histórico e a atmosfera dos Alpes austríacos na iminência da Segunda Guerra Mundial”, denotando uma visão artística que consegue atingir um equilíbrio entre nostalgia e inovação. Depois de estrear em Nova Iorque, e de percorrer numerosos palcos em digressão pelos Estados Unidos, a produção já conquistou os públicos de Singapura, Filipinas e Índia, antes de chegar a Macau. Além dos palcos de teatro, o musical foi eternizado pela versão cinematográfica, com Julie Andrews e Christopher Plummer nos principais papéis, que estreou em 1965 e arrebatou cinco óscares, incluindo o de Melhor Filme. Ajustando a inflação a números actuais, o filme e o musical figuram na lista de espectáculos e filmes com as maiores receitas de sempre. Maria imortal Tendo a guerra como pano de fundo, “Música no Coração” conta a história de Maria, uma noviça que deixa o convento para trabalhar como governanta de um oficial naval, um viúvo que vive com sete filhos. Maria conquista os corações da família Von Trapp, numa narrativa musicada com clássicos universais como “Dó-Ré-Mi”, “My Favourite Things” e “Climb Every Mountain”. Os bilhetes variam entre 380 e 880 patacas e serão colocados à venda hoje às 10h no Centro Cultural de Macau, na Bilheteira Online de Macau e na plataforma de venda online Damai. As sessões estão marcadas para as 19h30 às segundas-feiras, terças-feiras, quintas-feiras e sextas-feiras. Aos sábados é domingos serão apresentadas duas sessões, com uma matiné às 14h e uma sessão novamente às 19h30. O espectáculo tem uma duração de 2 horas e 45 minutos, incluindo um intervalo de 20 minutos e será interpretado em inglês, legendado em chinês e inglês. João Luz
João Luz EventosLisboeta | Humarish Club acolhe primeira exposição a solo de Chen Wei Ting O Humarish Club acolhe até 20 de Agosto a primeira exposição a solo de Chen Wei Ting. “Will See You Again” é o nome da mostra inaugural do artista contemporâneo, que reúne obras de vários estilos artísticos que espelham as experiências e memórias acumuladas ao longo da vida “Como as experiências pessoais se podem reflectir em desenhos e escrita, essas criações são como pedaços da vida do artista.” É desta forma que Chen Wei Ting sintetiza o conceito por detrás da sua primeira exposição a solo, que estará patente no Humarish Club, no Lisboeta, até ao dia 20 de Agosto. “Will See You Again” resulta da soma de várias partes da criação do artista de Taiwan, com a exibição de obra multidisciplinares, que vão da pintura, à poesia e escultura. Organizada em conjunto pelo “Naomi Studio” e a associação “Pat Culture and Art”, a exposição resultou a acumulação de memórias de infância e de imagens e conceitos simbólicos, como ursos de peluche, brinquedos antigos, desenhos intuitivos em graffiti, personagens de ficção. Segundo um comunicado divulgado pelo Humarish Club, Chen Wei Ting começou por encarar a pintura como um registo gráfico diário de eventos quotidianos, em vez de um registo verbal. As palavras reserva-as para propósitos mais interpretativos, é indicado pela curadoria. O entendimento que Chen faz da pintura resulta de um processo constante de desconstrução de pensamentos. As representações figurativas de fragmentos de experiências de infância estão bastante presentes na criação do artista, mesmo através de memórias aleatórias como algo que viu na televisão, ou um momento em que brincou sozinho no quarto. Geração umbilical Chen Wei Ting indica que o forte apego às experiências pessoais é uma das características da sua geração. A forma como transcreve para escrita ou imagem as emoções com que se debate no dia-a-dia é difusa, pouco concreta, porém, intuitiva, despertando um lado inocente. Como tal, o artista acredita que a criação artística é a única forma que tem para comunicar com o mundo. Com a arte a ser a ponte para o exterior, Chen Wei Ting indica que “Will See You Again” representa um contraste com os últimos anos, depois das mortes do seu avô e de dois mentores. As obras expostas até 20 de Agosto na galeria do Humarish Club são uma espécie de despedida dos últimos capítulos da vida do artista, revelando a intimidade do seu mundo interior, com representações simples de símbolos e personagens que o marcaram. “Um urso, uma vela em forma de cão, uma maçã, um balão, o sol e a lua, todas estas formas e criaturas apontam para o valor central da vida ‘Crescimento e Degradação’, cada personagem confere todo o seu propósito para perseguir o seu próprio sentido da vida, talvez o ‘Tao’ da vida”, é indicado pela curadoria da exposição.
João Luz EventosCinemateca Paixão | Festival “On The Road” exibe curtas locais Começa hoje o “On The Road” Macao Youth Film Festival, que até meio de Julho irá exibir na Cinemateca Paixão 18 filmes e curtas de autores locais. Em destaque vão estar obras de António Faria e de estudantes de Macau. Pelo meio, o ecrã da Travessa da Paixão irá também mostrar documentários “cafeinados”, como o clássico “Coffee and Cigarettes” de Jim Jarmusch Ainda antes de começar, Julho já fervilha na programação da Cinemateca Paixão. Hoje, às 19h30, o pequeno templo da sétima arte será palco da cerimónia de inauguração do “On The Road” Macao Youth Film Festival 2023, que irá exibir 18 filmes e curtas-metragens de cineastas locais, com destaque para cinco obras do realizador António Caetano Faria e seis trabalhos de estudantes locais. O festival, que decorre até 16 de Julho, é apresentado pela organização como “uma mensagem dos produtores de audiovisual de Macau que conta a história do desenvolvimento do cinema local, das primeiras experiências de vídeo nos tempos de estudante, à primeira obra”, num constante movimento que leva a sétima arte por uma viagem intergeracional, “pela estrada fora”. “On The Road” está dividido em três secções. A primeira centra-se em torno da carreira de António Caetano Faria, a segunda tem como epicentro a diversidade temática das curtas-metragens produzidas localmente. Finalmente, a terceira secção apresenta os primeiros passos das novas gerações com a exibição de curtas-metragens produzidas por estudantes de Macau. Festa no ecrã A obra que irá inaugurar hoje o festival é “Beautiful Game”, o mais recente filme de António Caetano Faria, que voltará a ser exibido no dia 7 de Julho, pelas 21h30. A película do realizador local conta a história de busca da felicidade de uma família de Macau, dividida entre a luta pela sobrevivência e a realização de um sonho. O enredo vive do conflito e amor entre um pai e um filho. Ngai é um incansável dono de restaurante, que se entrega de alma e coração ao negócio, na esperança de deixar um legado duradoiro à família. Porém, o seu filho, Wo, acalenta o sonho de se tornar jogador profissional de futebol. Entre o trabalho árduo e busca quimérica de glória desportiva, o pai tenta conciliar sentimentos contraditórios, entre apoiar o filho e continuar a tradição familiar. Por um lado, Wo entrega-se totalmente ao treino desportivo, devoção que não apazigua os receios do pai, que teme perder o “ganha-pão” da família se permitir que o filho fuja do caminho tradicional. O festival irá apresentar outras películas de António Caetano Faria. No domingo, às 21h30, “Into the Void”, filme de 2013 que tece um poema visual sobre a fantasmagoria dos novelos de fumo de incenso e da combustão dos panchões. Na segunda-feira, é exibido “Time Travel”, película de António Caetano Faria, Carolina Neves Rodrigues, um “documentário ficcional” que segue um jovem entre dois mundos: os modos de vida tradicionais da faina da pesca e a exuberante modernidade da cidade. No dia 11 de Julho, às 19h30, é exibido “Ina and the Blue Tiger Sauna”, realizado por António Caetano Faria e Bernardo Rao, e no dia 5 de Julho o ecrã da Cinemateca Paixão projecta “RutZ”, um filme de viagem que acompanha uma jornada entre Buenos Aires e Medellín. Preto e sem açúcar Na categoria de curtas-metragens de estudantes locais serão exibidas seis obras em duas sessões. “409.9 MHz”, “Light on, Light off”, “The Pink Boxing Gloves”, “Nº001605”, “The Great Visiting” e “Back to the end”. As sessões estão marcadas para 8 de Julho, às 19h, e 15 de Julho às 14h. Apesar de fora do cartaz do “On The Road” Macao Youth Film Festival, a selecção de Julho da Cinemateca Paixão apresenta dois documentários em que o café é mais do que uma bebida de acompanhamento e os cigarros ultrapassam a dimensão cancerígena. “The Coffee Man”, do realizador australiano Jeff Hann, apresenta a caminha de um imigrante bósnio a viver na Austrália que busca a perfeição do café, do cultivo até à chávena, passando pelo estrelato em competições internacionais de café. O filme é exibido nos dias 6 e 15 de Julho, às 19h30 e 16h30, respectivamente. No sábado, às 17h45, a Cinemateca Paixão acolhe a primeira de três sessões de exibição de “Coffee and Cigarettes”, o projecto de Jim Jarmusch que junta celebridades à frente de chávenas de café e um cinzeiro. Cafeína e nicotina são o pano de fundo para conversas inusitadas, mais ou menos ficcionadas, entre pares como Roberto Benigni e Steven Wright, Jack e Meg White da banda The White Stripes, Alfred Molina e Steve Coogan e Iggy Pop e Tom Waits. “Coffee and Cigarettes” volta a ser exibido no dia 7 de Julho, às 19h30, e no dia 16 de Julho às 17h30.
João Luz Eventos MancheteExposição colectiva “MusicArt” abre hoje na Fundação Rui Cunha A galeria da Fundação Rui Cunha acolhe a partir de hoje a Exposição Colectiva “MusicArt”, uma mostra que reúne trabalhos de 17 artistas locais e do Interior da China. Com curadoria de Giulio Acconci, o conjunto de obras estabelece uma ponte entre sons e imagem através de várias expressões artísticas A Exposição Colectiva “MusicArt” vai estar em exibição na galeria da Fundação Rui Cunha (FRC) a partir de hoje, reunindo obras de 17 artistas de Macau e do Interior da China sob a batuta curadora do cantor, actor e artista local Giulio Acconci. Com a inauguração marcada para as 18h30 de hoje, a mostra apresenta uma colecção variada de trabalhos e expressões artísticas abrangendo “diferentes meios e formatos, incluindo a pintura – óleo, acrílico, aguarela, digital e técnica mista, fotografia, gravura, colagem, metal, cerâmica, animação 3D, instalação e vídeo”, revela a organização. A exposição está dividida em quatro partes: String Connections, Synesthesia, Imaging e Fusion. A segmentação conceptual da mostra tem como objectivo “transmitir as várias emoções da sociedade contemporânea e explorar as diversas possibilidades da arte interdisciplinar”, segundo a proposta do curador. “MusicArt” é um “projecto de arte interdisciplinar experimental que conecta os mundos da cor e das notas musicais através de interpretação mútua, inspirando-se reciprocamente para alcançar um estado harmonioso”, revela o memorando da exposição. Giulio Acconci acrescenta no documento que apresenta a exposição com o propósito de aliar as essências de formas de expressão diversas. “É do conhecimento comum que tanto a Música quanto a Arte podem ser explicadas ou decompostas em teorias. Os fundamentos desses dois mundos, aparentemente diferentes, são surpreendentemente semelhantes: existem sete notas básicas na música (Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si), assim como existem sete cores básicas no espectro cromático (Vermelho, Laranja, Amarelo, Verde, Azul, Anil e Violeta). Uma experiência interessante poderia ser substituir as notas e cores por números e ver o que acontece”, sugere o curador. A exposição estará patente ao público até 22 de Julho. Entre telas Passando da teoria à prática, a FRC propõe alguns concertos, reunir as artes plásticas e a música no mesmo espaço. Assim sendo, o projecto irá contar com a colaboração da Associação Vocal de Macau e da Associação de Promoção do Jazz de Macau, que vão organizar dois concertos. O primeiro espectáculo, marcado para 8 de Julho às 17h, intitula-se “Bel Canto Saturday”, e o segundo, agendado para 15 de Julho também às 17h, será o “Saturday Night Jazz” O curador aponta a multiplicidade de meios artísticos como uma forma de integrar a complexidade da época. “No confronto cada vez mais intenso de diferentes culturas e ideias, esta experiência artística interdisciplinar pode ajudar-nos a compreender melhor a época em que vivemos, e promover o vigoroso desenvolvimento da arte local em Macau”, refere Giulio Acconci.
João Luz EventosActividades culturais celebram “Génese e Espírito” de Hainan O ciclo de actividades “Génese e Espírito – Mostra de Património Cultural Intangível de Hainan” irá marcar a agenda cultural do Verão, com música tradicional, dança, teatro, ópera e um desfile de trajes tradicionais da província insular de Hainan A partir de 1 de Julho, as múltiplas facetas da cultura da província de Hainan vão estar em destaque com um sortido variado de actividades e eventos apresentado pela cidade. Artes performativas como dança, teatro, ópera, música e demonstrações da multiplicidade etnográfica que marcam a cultura da província de Hainan vão estar em destaque no ciclo “Génese e Espírito – Mostra de Património Cultural Intangível de Hainan” até Outubro. A série de eventos arranca oficialmente na próxima sexta-feira, às 18h30, no Jardim da Fortaleza do Monte, com uma cerimónia apresentada pelo Ministério da Cultura e Turismo e pela Secretaria para os Assuntos Sociais e Cultura do Governo da RAEM. A organização estará a cabo do Instituto Cultural (IC), Departamento de Turismo, Cultura, Rádio, Televisão e Desporto da Província de Hainan, em parceria com o Centro de Protecção do Património Cultural Intangível da Província de Hainan e com o apoio do Galaxy Entertainment Group. Após a cerimónia, a partir das 19h começam “espectáculos com características de Hainan, incluindo música tradicional, dança, teatro, ópera e um desfile de trajes tradicionais do grupo étnico Li especialmente preparado, que oferecerá uma experiência física totalmente imersiva sob o tema “Luzes Cintilantes, Trajes Resplandecentes”. O IC aponta que o desfile irá permitir ao “público sentir o folclore e as artes tradicionais” da província, eventos que vão alargar o horário de abertura do Jardim da Fortaleza do Monte até às 20h. Joias da coroa De 1 de Julho a 8 de Outubro, o Museu de Macau vai acolher a mostra “Génese e Espírito – Exposição de Património Cultural Intangível de Hainan”, que irá “apresentar diferentes itens do património cultural intangível, tais como as técnicas artesanais de fiação, tingimento, tecelagem e bordado da etnia Li e as esculturas de coco de Hainan”. O IC indica que a exposição tem como objectivo “dar a conhecer aos residentes e turistas as técnicas artesanais particularmente encantadoras do património cultural intangível de Hainan”. No mesmo âmbito de apresentação de manifestações do património cultural da província do Interior da China, terá lugar no dia 1 de Julho, no Hotel Broadway e no Jardim do Mercado do Iao Hon, uma Feira Gastronómica. A juntar aos sabores de Hainan, serão ainda apresentadas actividades como “desfile de trajes tradicionais do grupo étnico Li, da ópera tradicional de Hainan Qiong, das músicas e danças de minorias étnicas, do teatro de marionetas e de outros espectáculos com características do sul do país”. Mãos à obra A série de actividades incluirá ainda demonstrações de artesanato e workshops de experiência interactiva, que o IC aponta como exibições práticas da técnicas e artes do património cultural intangível de Hainan. De 1 a 7 de Julho, na Casa de Lou Kau, serão organizadas actividades que vão proporcionar a introdução a “experiências de aroma e de chá, designadamente a produção do pó de incenso, a criação de sachês e a experiência de técnicas tradicionais de processamento de chá do grupo étnico Li”. No próximo fim-de-semana, dias 1 e 2 de Julho, a Casa do Mandarim acolhe uma série de workshops sobre “escultura de coco de Hainan, técnicas de produção de cerâmica do grupo étnico Li, técnicas de tecelagem de bambu do grupo étnico Li e técnicas de bordado e batique do grupo étnico Miao”. As inscrições para estas actividades terminam hoje e podem ser feitas através da Conta Única. “A província de Hainan é uma terra de encontro de culturas diversas, que serviu de berço a um rico e esplêndido conjunto de património cultural intangível”, apontou o IC.
João Luz EventosExposições, feira e actuações ao vivo marcam inauguração dos estaleiros de Lai Chi Vun Amanhã, ao final da tarde, realiza-se a cerimónia de inauguração dos Estaleiros Navais de Lai Chi Vun – Lotes X11 a X15. Após um longo processo, marcado por avanços, recuos e degradação, Coloane ganha um novo espaço. A revitalização dos estaleiros será celebrada com exposições temáticas, uma feira, actuações por artistas residentes e workshops Amanhã, às 18h30, é inaugurado o espaço revitalizado e restaurado dos Estaleiros Navais de Lai Chi Vun – Lotes X11 a X15, culminando um processo conturbado até que o lugar, que esteve ao abandono durante décadas, fosse devolvido ao imaginário cultural da cidade. O Instituto Cultural (IC) preparou uma série de actividades para marcar a inauguração do novo espaço, “estando prevista a realização de exposições temáticas, uma feira, actuações por artistas residentes e workshops”. Os eventos que vão devolver a vida ao local têm como fim “dar a conhecer o contexto histórico e cultural dos Estaleiros Navais de Lai Chi Vun, criar um marco cultural emblemático nas Ilhas, promover o desenvolvimento dos bairros comunitários e do turismo cultural e diversificar o leque de experiências culturais da cidade”. Tendo em conta que os estaleiros são “bens imóveis classificados de Macau”, o IC organizou a exposição “Memórias do Passado – História da Povoação de Lai Chi Vun”, com vista a dar a conhecer ao público o contexto histórico e cultural dos Estaleiros Navais de Lai Chi Vun e da Vila de Lai Chi Vun. A exposição abrange três secções: “Histórias Transportadas Pelos Navios”, “Prática de Artes e Técnicas dos Construtores Navais” e “Memórias Embarcadas por Gerações”. O público poderá conhecer os costumes da população local e as transformações que foram ocorrendo em Lai Chi Vun ao longo dos tempos. Durante o próximo fim-de-semana, e todos os sábados a partir de 1 de Julho, às 15h e 16h, serão disponibilizadas visitas guiadas à exposição em cantonense e mandarim. Ruas aos artistas A zona dos estaleiros será palco de uma feira especial com 15 stands onde serão expostas e comercializadas lembranças com particularidades culturais de Coloane, artigos originais e petiscos típicos. As feiras, que o IC espera poderem alargar o leque de experiências culturais, turísticas e recreativas de residentes e visitantes, vão-se realizar de sexta-feira a domingo, e nos feriados, das 15h às 19h. A actuação ao vivo de artistas de rua será outro dos chamarizes para atrair e entreter o público. A ideia é “criar uma aura cultural e a promover uma maior diversificação da ecologia cultural e artística na zona, e na esperança de atrair a atenção de artistas de rua de qualidade, tanto da China como do exterior, e de promover aqui o seu estabelecimento como artistas residentes”. Para que o público “possa pintar livremente e expressar assim a sua criatividade”, serão disponibilizadas tintas e ferramentas numa zona de improvisação e experimentação artística junto aos estaleiros, todos os sábados, domingos e feriados, das 15h às 19h. Frota de autocarros O Governo irá disponibilizar amanhã transportes gratuitos para “facilitar a deslocação dos residentes e visitantes aos Estaleiros Navais de Lai Chi Vun para assistir à cerimónia de inauguração”. Os autocarros partem da Rua do Dr. Pedro José Lobo, em Macau, às 17h, e do Edifício Nova City, Blocos 9-11, na Taipa, às 17h15. O serviço de autocarros grátis será mantido também aos fins-de-semana. Entre domingo e 31 de Julho, será facultado transporte para os Lai Chi Vun nos mesmos locais, com as partidas da Rua do Dr. Pedro José Lobo, às 14h e da Nova City, na Taipa, às 14h30. O Governo assegura também a viagem de regresso.
João Luz EventosViagem pela gastronomia moçambicana no Artyzen Grand Lapa O Artyzen Grand Lapa Macau e a Associação dos Amigos de Moçambique propõem, a partir de hoje e até ao dia 2 de Julho. Sob a batuta do chef Carlos Graça, serão confeccionados pratos tradicionais moçambicanos como lumino de peixe com batata doce, salada de papaia verde picante e quiabos com camarão e leite de coco Começa hoje a iniciativa “Uma viagem pelas maravilhas culturais de Moçambique”, com partida marcada no restaurante Café Bela Vista do Artyzen Grand Lapa Macau. A jornada gastronómica pelos sabores moçambicanos organizada em parceria pelo Artyzen Grand Lapa Macau e a Associação dos Amigos de Moçambique (AAM) irá brindar o público com rico leque de propostas deliciosas confecionadas pelo chef Carlos Graça. O Artyzen Grand Lapa destaca em comunicado que a “colaboração celebra as ricas tradições da cozinha moçambicana e coincide com o 20.º aniversário do estabelecimento do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa”. Ao mesmo tempo, a iniciativa “presta uma homenagem à rica história, geografia e património cultural de Moçambique, através da fusão de sabores de várias origens, combinados com ingredientes locais”. Na conferência de imprensa que apresentou “Uma viagem pelas maravilhas culturais de Moçambique”, o chef e embaixador da cozinha moçambicana Carlos Khan da Graça, mostrou-se honrado pelo convite de apresentar os sabores do país africano em Macau. “É uma honra ter sido convidado pela Associação dos Amigos de Moçambique para promover a comida tradicional de Moçambique em Macau. Farei o meu melhor para garantir que todos apreciem a nossa comida tradicional. A nossa comida foi influenciada ao longo dos séculos por outras cozinhas, como a indiana e a portuguesa, e é por isso que a comida tradicional de Moçambique é tão rica e saborosa”, afirmou. No evento que marcou a apresentação da jornada de sabores, Carlos Graça brindou o público com uma demonstração de cozinha ao vivo com o prato “camarão e quiabo em leite de coco”, um prato tradicional da sua província natal (Zambézia). O prato exemplifica a fusão de influências indianas, como açafrão e caril, com ingredientes locais como legumes, coco e marisco, “criando uma mistura harmoniosa de sabores que mostra a essência da cozinha moçambicana”. Sessões várias Na conferência de imprensa, o vice-presidente da AAM, Tiago Azevedo, acrescentou que durante a iniciativa será ainda montada uma pequena exposição de produtos artesanais de Moçambique. Até ao dia 2 de Julho, serão servidos almoços, entre o meio-dia e as 14h30, com pratos típicos moçambicanos a brilhar na ementa, com os preços a variar entre 268 e 118 patacas para adultos e crianças, respectivamente. Quando às propostas de jantar, de segunda a quinta-feira), hoje a amanhã, e da próxima segunda-feira a quinta-feira (29 de Junho), serão servidos sets de jantar, com o menu de três pratos a custar 268 patacas e quatro pratos por 328 patacas. Os jantares serão servidos entre as 18h30 e as 22h. Às sextas-feiras e fins-de-semana, serão servidos jantares em formato buffet, com os preços a variar entre 398 e 198 patacas, para adultos e crianças. Os pratos em destaque serão a salada de papaia verde picante, lumino de peixe com batata doce, frango grelhado à zambeziana, matapa de caranguejo e amendoim, muli-muli de galinha e os mencionados quiabos com camarão e leite de coco.
João Luz EventosExposição “Plagiarim” de Sio Hang Wong inaugurada hoje da Fundação Rui Cunha A galeria da Fundação Rui Cunha acolhe a partir de hoje “Plagiarism”, uma exposição individual de Sio Hang Wong cujo conceito assenta na reflexão de desenhos que o artista local fez quando era criança. Ao longo 50 obras, Sio Hang Wong redescobre o sentido e a frescura de visão da infância A galeria da Fundação Rui Cunha (FRC) será palco hoje, às 18h30, da inauguração da exposição “Plagiarism”, da autoria de Sio Hang Wong. A mostra reúne 50 obras multidisciplinares em termos de composição e materiais usados e que faz a ponte entre os tempos de criança do artista local e a sua capacidade criativa na actualidade. “Plagiarism” resulta de uma viagem evocativa e temporal de 26 anos, que lançou Sio Hang Wong numa reflexão sobre o significado das antigas criações infantis, colocando-as em contraste com a obra actual e revelando valores inerentes que extravasam tempo e capacidade técnica. A exposição, baseada no conceito e curadoria de Kuan U Leong, apresenta ao público obras multifacetadas, “principalmente papéis de rascunho com desenho a esferográfica e a caneta colorida, representando composições em pares de antes e depois – desde 1997 até os dias de hoje”, indica a Fundação Rui Cunha em comunicado. O público pode também encontrar em “Plagiarism” reproduções de fotos pintadas com marcador e sedas pinceladas com pigmentos de cor naturais. Segundo a curadora, durante “o processo de reflexão sobre o significado dos seus antigos desenhos, Wong descobriu que os trabalhos de infância criados sem interferências externas continham uma energia visual interessante e indefinida, provocada pelo desvio subjectivo de criança. (…) Para Wong, a forma mais intuitiva de os comparar era copiá-los. Mas no processo da cópia, os desvios são racional e deliberadamente minimizados, e a nova obra perde a vitalidade da pintura infantil”. Assim, “mesmo que duas pinturas idênticas sejam desenhadas pela mesma pessoa, elas terão significados completamente diversos, devido aos diferentes objectivos do artista em cada momento. Ou seja, a pintura não é o mais importante, o que afinal importa é o significado da acção por trás da criação”, aponta a curadora Kuan U Leong. Esta justaposição, na sua óptica, convida também o público à reflexão. Instinto vivo A FRC indica que, para o artista, a “opção de retomar o hábito de inclinar a caneta e desenhar como em criança é como aceitar a infantilidade que parece simples, mas é extremamente vital”. Kuan U Leong acrescenta que enquanto o artista continuou a prolongar a vida das representações feitas em criança, manteve vivo o instinto e desvendou “valores e significados ao longo do processo” de criação artística. Nascido em Macau em 1994, Sio Hang Wong foi professor de inglês do ensino secundário. Em 2022, concluiu o Bacharelato em Artes Visuais da Universidade Politécnica de Macau, com especialização em Pintura Chinesa (Belas Artes), explorando principalmente a arte contemporânea e a pintura chinesa. Actualmente, é membro da Associação de Artistas de Macau, da Associação de Pintores e Calígrafos Chineses Yu Un de Macau, da Associação de Arte Juvenil de Macau e da Creative Macau.
João Luz EventosArraial na Ervanários | “Gatinhos adoráveis” são trunfos para atrair turistas O “Arraial na Ervanários 2023”, que arranca esta semana, terá uma forte componente felina. Além da instalação de ecrãs LED, com tecnologia 3D, que projectam gatos, os próprios gatos de carne e osso que habitam nas lojas da área são apresentados como atracções turísticas. A medida enquadra-se na política de promover o consumo nos bairros comunitários O “Arraial na Ervanários 2023”, que começa na quarta-feira, volta a acrescentar elementos à zona histórica da Rua dos Ervanários e na Rua de Nossa Senhora do Amparo para promover o consumo na zona. A Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT) referiu ontem que a iniciativa, que irá durar até 20 de Setembro, pretende levar os residentes de Macau e turistas a “usufruir de mais um ponto turístico integrado para se divertirem e fazerem compras”. O tema central do novo arraial de consumo é o gato, um “recurso” em abundância nas lojas e casas particulares da zona. “Para além da história e da cultura, a zona da Rua dos Ervanários tem ainda muitos elementos característicos por descobrir. De entre os quais, os gatinhos que se encontram na zona da Rua dos Ervanários são uma das características menos conhecidas. Muitas lojas e moradores da zona têm gatinhos”, por isso, quem visitar a zona “pode encontrar esses gatinhos adoráveis”, destacou em comunicado a DSEDT. As animais de carne e osso, o Governo acrescentou elementos de tecnologia visual, designadamente tecnologia 3D a olho nu, projecções de tela de nevoeiro e arco de LED todos com representações de gatos. O Governo espera que a adoração felina aumente o “fluxo de pessoas nos bairros comunitários e impulsionando, assim, o consumo”. Recorde-se que os elementos tecnológicos que vão iluminar a zona dos Ervanários custaram 4,4 milhões de patacas aos cofres públicos, atribuído pelo Fundo de Desenvolvimento Industrial e de Comercialização. Festa da Taipa A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) tem uma série de eventos espalhados pela cidade para, através de apoio financeiro a projectos específicos, “dinamizar a economia comunitária no âmbito do turismo”, “Promover a cultura gastronómica” e o “Turismo marítimo”. Uma das iniciativas em destaque é a “Experiência da Gastronomia Criativa de Macau”, que se realiza até 25 de Junho, que terá como epicentros as Ruínas de São Paulo, a Travessa da Paixão, o Templo de Na Tcha, onde os participantes podem “experimentar a confecção de petiscos típicos, como rolos de ovo ou biscoitos de amêndoa, ou desenhar as suas próprias embalagens gastronómicas”. Na Taipa Velha, o Governo irá organizar, entre 24 de Junho e 2 de Julho, a “Diversão na Rua do Cunha – Mak Mak x Soda Panda”, que contemplar actividades como workshops de artesanato e tendinhas de jogos. “Em conjunto com 60 lojas daquela zona, serão ainda lançados descontos promocionais para atrair residentes e visitantes a fazer compras nas lojas, aumentando a vitalidade da comunidade”, apontou a DST. Numa toada diferente, o organismo liderado por Helena de Senna Fernandes destaca também a iniciativa “Jogo de Mistério de Assassinato durante o Passeio Aquático”, que irá realizar-se entre 24 de Junho e 20 de Agosto, ao longo de 10 sessões, cada uma com inscrições para oito a 12 participantes. O enredo tem como pano de fundo Macau dos finais do século XV, com os participantes a ter de mudar de roupa para interpretar personagens durante um passeio de barco.
Hoje Macau EventosÍndia | Grupo quer filme sobre “atrocidades indescritíveis” de portugueses em Goa Uma organização de direita indiana propôs na quarta-feira a realização de um filme sobre as “atrocidades indescritíveis” cometidas contra os hindus durante o domínio português no Estado de Goa, avançou o jornal indiano The Times of India. “Se a Índia aceitou ‘Kashmir Files’ [Os Ficheiros de Caxemira] e “The Kerala Story” [A História de Kerala], então porque é que não há de haver um “Goa Files” [Ficheiros de Goa]?”, disse o porta-voz da organização de direita Hindu Janajagruti Samiti (HJS), Ramesh Shinde, referindo-se a duas obras inspiradas em episódios da história da Índia. As declarações foram feitas uma semana depois de o líder do governo de Goa, Pramod Sawant, ter afirmado que era “altura de apagar os sinais dos portugueses”. Ainda de acordo com o The Times of India, Sawant afirmou, numa cerimónia em honra do 350.º aniversário da coroação do líder Shivaji, que no 60.º aniversário da libertação de Goa, o Estado devia eliminar toda a influência portuguesa e “começar de novo”. O responsável goês apontou que os portugueses tinham começado a destruir os templos há 350 anos e que a devastação foi interrompida após terem sido confrontados por Shivaji, escreveu o jornal. “Porque é que toda a gente em Goa e no resto da Índia não há de saber a extensão das atrocidades”, notou, por sua vez, o porta-voz do grupo HJS, afirmando que os portugueses cometeram “atrocidades indescritíveis” contra os hindus. O responsável anunciou que a realização do filme “Goa Files” vai ser discutida na 11.ª edição da convenção anual All India Hindu Rashtra, que reúne centenas de chefes de diferentes organizações hindus da Índia e de todo o mundo entre 16 e 22 de Junho.
Andreia Sofia Silva EventosAmagao | Exposição de arte contemporânea portuguesa esta sexta-feira É inaugurada esta sexta-feira uma exposição de arte contemporânea portuguesa, com 14 artistas, promovida pela galeria Amagao. O evento, inserido no cartaz oficial das comemorações do 10 de Junho – Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas, promove também um workshop com o pintor e escultor Abílio Febra É mais um evento cultural com o cunho da galeria Amagao que abre portas ao público amanhã a partir das 18h30. Uma mostra de arte contemporânea portuguesa, com a presença de 50 trabalhos de uma enorme diversidade da autoria de 14 artistas (Abílio Febra, André Pedro, Cristina Vinhas, Carlos Neto, Francisco Geraldo, Gil Maia, Isabel Laginhas, Lourenço Vicente, José Luís Tinoco, Maria João Franco, Maria Leal da Costa, Pedro Proença, Raquel Gralheiro e Victor Hugo Marreiros). A exposição, que pode ser vista até ao dia 6 de Agosto, insere-se no programa oficial das comemorações do feriado português do 10 de Junho – Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas. Segundo um comunicado da Amagao, esta mostra exibe o trabalho de artistas “que trabalham com diversas abordagens, abrangendo uma ampla gama de estilos, do figurativo ao abstrato”, sendo “um testemunho da vitalidade da arte contemporânea portuguesa, diversificada nas suas temáticas, técnicas e cores”. A exposição complementa-se com dois workshops de escultura que decorrem no Jardim do Naam, no Grand Lapa, no sábado e domingo entre as 14h30 e 18h30, com a presença do pintor e escultor português Abílio Febra. Esta iniciativa obriga a uma inscrição adicional mediante o pagamento de 930 patacas, que inclui o fornecimento de materiais, comida durante o workshop e ainda um passe de um dia para uma estadia no resort para duas pessoas. Mediante orientação de Abílio Febra, cada participante vai começar por um projecto de trabalho, que será depois passado a três dimensões com base numa estrutura de arame. Esta será completada com cola, papier mâché, cartão ou outros materiais, e finalmente pintada. Nascido em Leiria, Abílio Febra estudou escultura na Ar.Co. – Centro de Arte e Comunicação Visual, em Lisboa, sendo um apaixonado pelo trabalho em pedra e mármore alentejano. Além disso, Abílio Febra costuma também usar nas suas obras materiais como o bronze, ferro, vidro e poliéster. Depois de vários anos dedicado ao ensino, o artista regressou a Leiria, tendo ajudado a criar a associação cultural Circularte. Já expôs em vários lugares do mundo, nomeadamente Bruxelas, Luxemburgo, Holanda e Alemanha, sem esquecer Macau. Mulheres e outras histórias Relativamente aos artistas, será possível observar nesta mostra o trabalho de autores mais ou menos conhecidos do grande público. No caso de Raquel Gralheiro, pintora da cidade de Matosinhos, a mulher e o seu lado sentimental assumem protagonismo em obras cheias de cor, mas ao mesmo tempo cheias de simbolismo. Sobre o seu trabalho o escritor Valter Hugo Mãe escreveu que Raquel Gralheiro “será uma ironista que trabalha num certo limiar do gosto para problematizar a relação da arte com o decorativo”, no sentido em que “as suas telas, excessivas e provocadoras, são sempre o modo de representar a figura como elemento a contrastar com um sem número de padrões, como alguém vivendo no papel de parede, na estampa do sofá, no cartaz”. São quadros que funcionam “como uma crítica clara à objectificação do indivíduo, à objectificação da mulher, implicando-a directamente com a questão da pose superficial e do adorno”. No caso de Pedro Proença, nascido em Angola em 1962, o contacto com a arte fez-se desde muito cedo, e aos 13 anos já fazia banda desenhada. Depois de uma formação na Sociedade Nacional de Belas-Artes em Lisboa, Pedro Proença licenciou-se em Pintura na Faculdade de Belas Artes de Lisboa, em 1986, tendo feito a sua exposição individual antes dessa data, em 1984, seguindo-se várias mostras não só em Portugal como no estrangeiro. Ainda como estudante universitário venceu, em 1983, o Prémio Nadir Afonso, outro importante pintor português, obtendo ainda uma menção honrosa no Festival Cagnes-sur-Mer. O nome de Pedro Proença está representado em diversas colecções públicas de arte em Portugal e Espanha, tal como a Fundação Serralves, a Fundação Calouste Gulbenkian e o Centro de Arte Rainha Sofia, em Madrid, entre outros. O artista dedica-se sobretudo ao desenho, embora vagueie também pela pintura, ilustração e até o registo manifesto. Outro dos nomes presentes nesta exposição bem conhecido do público de Macau, é o da artista de joalharia Cristina Vinhas, artista ligada à Casa de Portugal em Macau e que já realizou diversas exposições com o seu trabalho.
Andreia Sofia Silva Eventos Manchete24 de Junho | Efeméride celebrada em todo o mundo com actividades O 24 de Junho de 1622, data da célebre batalha que protegeu o território da invasão dos holandeses, será celebrada não só em Macau como nas várias Casas de Macau em todo o mundo onde existe a presença de uma diáspora macaense. Debates, uma missa e um encontro de motas são algumas das actividades na agenda O Instituto Internacional de Macau (IIM) promove, em parceria com uma série de associações ligadas à diáspora macaense em todo o mundo, uma série de actividades de celebração do 24 de Junho de 1622, data em que Macau, com administração portuguesa, conseguiu defender-se da tentativa de invasão dos holandeses. Nesse dia será realizada, na sede do IIM, uma palestra onde se explica o significado e importância históricos da data, com a presença de vários oradores, nomeadamente Agnes Lam, directora do Centro de Estudos da Universidade de Macau, Sit Kai Sin, director do Museu Marítimo de Macau, Matias Lao Hon Pong, presidente da Associação dos Embaixadores do Património de Macau e ainda de André Ritchie, arquitecto e presidente da Direcção da Halftone. O evento, que se realiza a partir das 14h30, será conduzido em cantonense e português, contando ainda com a projecção de vídeos sobre o tema. Um deles é da autoria do IIM e conta com testemunhos de individualidades em Macau, nomeadamente Jorge Rangel, presidente do IIM, e na diáspora macaense, tal como Maria Roliz, do Club Lusitano de Califórnia, Stuart Braga e Henry D´Assumpção, descendentes de famílias tradicionais macaenses. Inclui-se ainda a exibição de um outro vídeo com a versão em cantonense da Associação dos Antigos Alunos da Escola Comercial Pedro Nolasco, coordenado pelo seu presidente, José Basto da Silva e com a colaboração da Fundação Rui Cunha, com a versão portuguesa já produzida e divulgada no ano passado. No dia 24 de Junho, às 17h30, decorre uma Missa de Acção de Graças na Igreja de São Domingos conduzida pelo Padre Daniel Ribeiro. Comida festiva A Casa de Portugal em Macau (CPM) junta-se também à celebração da efeméride com a produção de um folheto trilingue com a explicação do acontecimento, que também estará disponível na Casa de Vidro, na Praça do Tap Seac, a par de eventos diversos naquelas instalações. A Associação para a Promoção e Desenvolvimento do Circuito da Guia em Macau (APDCGM), que celebra o sétimo aniversário de existência, vai promover um encontro de motas. No dia 24 de Junho decorre, assim, um tributo ao Circuito da Guia, que este ano celebra os seus 70 anos da sua existência, e do próprio Grande Prémio de Macau. O encontro de motas acontece a partir das 9h30 com ponto de encontro previsto na pit lane do edifício do Grande Prémio de Macau. Haverá ainda um programa gastronómico especialmente criado para celebrar a data, que também é a Festa de São João Baptista. Assim, os restaurantes Mariazinha e Tromba Rija têm menus específicos para esta efeméride. Por esse mundo fora onde vivem macaenses emigrados há também um rol de actividades em jeito de celebração, e que arrancam antes do dia 24. É o caso do “Convívio dedicado ao Dia de São João”, promovido a 18 de Junho pela Casa de Macau na Austrália, enquanto em Hong Kong a “Festa de São João” decorre no Salão Nobre de Camões no Club Lusitano de Hong Kong no dia 23. No dia 24 de Junho a Casa de Macau em Portugal promove uma missa campal e um Chá Gordo nas instalações com música e convívio. Nos EUA, no mesmo dia, a Casa de Macau nos E.U.A., Club Lusitano de Califórnia e a União Macaense Americana (UMA) organizam também uma missa e um convívio no Centro Cultural de Macau em Fremont. No Canadá, acontece o “Dia de Macau” a 24 com a realização de uma missa e uma sessão convívio organizada pela Casa de Macau no Canadá, sediada em Toronto. No Brasil, haverá lugar, no dia 25, a um convívio na Casa de Macau no Rio de Janeiro.
Hoje Macau EventosAlbergue SCM | Adalberto Tenreiro apresenta nova exposição É inaugurada amanhã, às 18h30, uma nova exposição da autoria do arquitecto Adalberto Tenreiro”, intitulada “Redrawing in Azulejos” [Redesenhando em Azulejos], promovida pelo Círculo dos Amigos da Cultura de Macau e integrada no cartaz oficial das comemorações do 10 de Junho – Dia de Camões, Portugal e das Comunidades Portuguesas, efeméride que se celebrou no último sábado. Nesta mostra podem observar-se 30 conjuntos de azulejos pintados com desenhos do arquitecto, sendo acompanhados, no espaço expositivo, pelos esquissos de cada projecto. Os temas principais destas peças são os edifícios de todo o mundo, e também de Macau, que mais interesse despertaram no arquitecto, que também se dedicou a desenhar e a pintar objectos do seu dia-a-dia. “Desta forma, a transição do papel para os azulejos não apenas demonstra a capacidade do artista nas técnicas de observação e a sua aptidão para trabalhar com várias técnicas, “abraçando a diversidade e a criatividade”. A exposição pode ser vista até ao dia 28 de Julho. Nascido em São Tomé e Princípe, em 1955, Adalberto Tenreiro licenciou-se em arquitectura em Lisboa, em 1982, pela Universidade Técnica de Lisboa, hoje Universidade de Lisboa. Mudou-se para Macau no ano seguinte, sendo autor de vários projectos edificados no território. Actualmente exerce no seu atelier em nome individual. Adalberto Tenreiro já expôs os seus desenhos e trabalhos em Macau, Lisboa e Espanha, entre outros locais.
Hoje Macau EventosEstados Unidos anunciam regresso à UNESCO Governo de Joe Biden anunciou que os Estados Unidos voltarão a integrar a organização educacional e científica da ONU, a UNESCO, após uma ausência de cinco anos que começou quando Donald Trump era Presidente. O Departamento de Estado revelou que entregou uma carta solicitando a readmissão ao órgão, com sede em Paris, no final da semana passada. Na carta, de 08 de Junho, do secretário de Estado Adjunto para a Gestão, Richard Verma, propôs “um plano para os Estados Unidos voltarem a aderir à organização”, disse o departamento em comunicado. “Qualquer acção deste tipo exigirá a concordância dos actuais membros da UNESCO, e é nosso entendimento que a liderança da UNESCO irá transmitir a nossa proposta aos membros nos próximos dias”, afirma-se no comunicado. Os pormenores da proposta não foram revelados. Os Estados Unidos devem uma quantia significativa de dinheiro à organização devido a atrasos no pagamento das quotas. Mas no início deste ano, a administração reservou 150 milhões de dólares no seu actual plano orçamental para pagar o regresso à UNESCO. Altos e baixos Os Estados Unidos e a UNESCO têm tido uma relação turbulenta ao longo das últimas quatro décadas, depois de terem discutido sobretudo questões ideológicas durante a Guerra Fria e, mais recentemente, o conflito israelo-palestiniano. O antigo presidente Ronald Reagan retirou os Estados Unidos da UNESCO em 1983, mas o Presidente George W. Bush voltou a aderir em 2002. Donald Trump retirou o país da agência em 2017, citando o seu alegado preconceito anti-Israel. Telavive anunciou a sua retirada ao mesmo tempo e as saídas entraram em vigor em janeiro de 2018. O actual Presidente, Joe Biden, afirmou, quando tomou posse, que tencionava voltar a integrar a UNESCO. Em Março, quando o orçamento para o próximo ano fiscal foi apresentado, o subsecretário de Estado para a Gestão, John Bass, disse que a administração acreditava que a adesão à UNESCO ajudaria os Estados Unidos na sua rivalidade global com a China, que investiu grandes somas em organizações da ONU. “Ajudar-nos-á a resolver um custo de oportunidade fundamental que a nossa ausência está a criar na nossa competição global com a China”, disse. “Se levarmos realmente a sério a concorrência com a China na era digital, do meu ponto de vista, com um conjunto de interesses bem definidos, não nos podemos dar ao luxo de continuar ausentes de um dos principais fóruns em que são definidas as normas relativas à educação científica e tecnológica”, acrescentou. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) foi criada em 1945.
Hoje Macau Eventos MancheteVia do Meio | Revista dedicada à cultura chinesa a partir de Setembro em Portugal Uma aposta em conteúdos em português sobre a cultura clássica chinesa é o mote da “Via do Meio”, a primeira revista em língua portuguesa totalmente dedicada a este tema, lançada pelo HM, e que estará disponível em Portugal a partir de Setembro. O lançamento oficial acontece esta quarta-feira na Fundação Rui Cunha A primeira revista em língua portuguesa totalmente dedicada à cultura chinesa, a Via do Meio, lançada pelo jornal diário Hoje Macau (HM), vai estar disponível a partir de Setembro em Portugal, disse à Lusa o responsável pela publicação. “Como estamos num mundo global e a China é um dos principais parceiros desse mundo global, e uma das principais potências também, acho que é importante que nós conheçamos a cultura chinesa, além de ser esteticamente muito gratificante e teoricamente também muito gratificante conhecer uma cultura com esta vastidão e diversidade”, disse o director do HM, Carlos Morais José. Ainda persiste a ideia de que “a cultura chinesa é monolítica”, continuou Morais José desde Macau, defendendo que existe “uma gigantesca diversidade de textos, opiniões, maneiras de ver”. A Via do Meio, com periodicidade trimestral, vai ser distribuída em “universidades que têm cursos de chinês ou universidades com estudos humanísticos”, além de se encontrar à venda em livrarias, avançou Morais José, adiantando que a iniciativa tem o apoio logístico do Centro Científico e Cultural de Macau. Primeiro no jornal O projecto nasceu em Outubro do ano passado, inicialmente apenas como uma nova secção do jornal, em substituição do “H”, onde diariamente são publicados artigos e traduções de sinólogos de diferentes partes do mundo, que se expressam em língua portuguesa e abordam temas que vão do “pensamento à história, passando pela literatura, pela ciência e pela própria sociedade”. “A ideia é todos os dias ir publicando no Hoje Macau e depois, de três em três meses, fazer uma recolha desses textos e fazer então a revista”, salientou o responsável, lembrando que o primeiro número já saiu em Fevereiro no território. Nomes do estudo da China, como os portugueses António Graça de Abreu, Ana Cristina Alves e Rui Cascais, o alemão Roderick Ptak e o brasileiro Leandro Durazzo são alguns dos colaboradores. As reações “têm sido excelentes”, notou Carlos Morais José. “Como costumo dizer, os portugueses têm a tradição de ser os primeiros sempre a fazer as coisas”, referiu ainda o jornalista, lembrando que Portugal teve “uma grande importância em termos da sinologia europeia”. “Porque fomos nós os primeiros a fazer livros sobre a China, se bem que fossem em latim – estamos a falar dos padres jesuítas – , mas foram livros muito importantes para a Europa da altura, porque davam descrições da China que não havia. Mas a nossa sinologia, a partir do século XIX, talvez com o fim dos jesuítas, de algum modo entrou em pousio”, disse. Carlos Morais José lamenta que Portugal não tenha dado aos estudos nesta área a “importância que eles merecem”, notando, porém, que, nos últimos anos, com a criação de novos cursos de chinês e de cultura chinesa, a situação está a mudar. “Parece-me que agora estamos a voltar ao bom caminho. Até porque temos de ver que nós temos uma relação secular com a China e, portanto, temos obrigação de ter algum interesse por esta cultura e por este povo”, disse. Os dois primeiros números da Via do Meio, ambos com 148 páginas, vão ser lançados oficialmente em Macau esta quarta-feira, às 18:30 na Fundação Rui Cunha.
Hoje Macau EventosMedia | Exposição de alunos da USJ no Albergue É hoje inaugurada, às 19h, no Albergue da Santa Casa da Misericórdia, no bairro de São Lázaro, a exposição “Better Together”, com trabalhos dos alunos do mestrado de Comunicação e Media da Universidade de São José (USJ). O evento inclui também a realização de uma aula aberta. As disciplinas do mestrado incluem “Produção de Media Audiovisual”, “Marketing e Comunicação Corporativa”, “Criatividade Sistemática e Empreendedorismo”, “Media, Sociedade e Cultura”, “Infografia e Design de Multimídia, Relações Públicas e Gestão de Eventos”, bem como “Ética e Cidadania Global e Cultura Visual”. Os alunos de mestrado compartilharão os resultados da sua aprendizagem com os trabalhos mais importantes do seu portfólio. A USJ tem como lema “Tradição, Inovação e Visão”, e o seu programa de mestrado em Comunicação e Media inclui tópicos técnicos e práticos, da produção audiovisual à tecnologia de publicação digital on-line, e envolve todas as plataformas modernas, de meios impressos e redes sociais. O curso também aborda temas sobre como lidar com os media, e a cultura e as inter-relações entre diferentes instituições sociais.
Andreia Sofia Silva EventosCreative Macau | Esculturas de Tchusca Songo para ver a partir de quinta-feira A galeria da Creative Macau acolhe, entre esta quinta-feira e 15 de Julho, uma exposição de esculturas da artista angolana Tchusca Songo, intitulada “Rainbow in Disguise”. Trata-se de peças feitas a partir de objectos encontrados na praia de Hac-Sá, em Coloane, perdidos em contexto de tufões Intitulada “Rainbow in Disguise”, a nova exposição da artista angolana Tchusca Songo apresenta-se ao público de Macau a partir da próxima quinta-feira na Creative Macau. As esculturas que se revelam nesta mostra nascem de um conceito de reciclagem e reutilização, uma vez que Tchusca criou as suas obras a partir de objectos encontrados na praia de Hac-Sá, nomeadamente plástico, garrafas, sapatos e outros bens deixados por residentes e turistas. Incluem-se ainda no rol de materiais usados pela artista as redes de pesca ou a esferovite. Grande parte destes materiais surgem na praia devido aos tufões que assolam o território ou que simplesmente são deixados no areal. “Transformo estes materiais em objectos de arte chamando a atenção para as ideias de ‘Reutilizar, Reciclar e Reduzir’, três acções que são ainda um tema muito obscuro em Macau”, defendeu a artista. O trabalho de Tchusca Songo foi apresentado numa mostra organizada neste ano lectivo na Escola Internacional de Macau, intitulada “O teu desperdício é a minha inspiração”. “Um dos trabalhos expostos não tinha título e era uma instalação feita com brinquedos que recolhi quase diariamente na praia de Hac-Sá. Para dar um nome ao trabalho, foi organizado um concurso entre os estudantes no qual eu participei. Cada estudante podia dar um nome, e mais de 200 alunos participaram. A parte importante [deste processo] foi fazer os alunos parar por um momento e fazer com que percebessem o que estava verdadeiramente à sua frente – plástico abandonado na praia de Hac-Sá.” Um dos alunos, de nome Kuai Sang, apresentou o nome “Rainbow in Disguise”, que daria origem a esta exposição na Creative Macau. Envolvimento na comunidade Nascida na cidade de Cabinda, em Angola, em 1978, a artista veio para Macau em 2006, onde se licenciou em Design de Produto na Universidade de São José em 2012. Desde então que reside e trabalha no território, tendo participado em exposições com obras feitas com diversos materiais, fotografia e joalharia, entre outros. Em 2018, o seu trabalho foi especialmente notado por parte do júri da exposição “Anno Cannis”, que contou com a presença de diversos artistas locais. Também aí as temáticas do ambiente e da reciclagem do lixo foram predominantes nos trabalhos apresentados. Desde então que a artista tem sido convidada por associações locais para desenvolver trabalhos dentro do mesmo tema para diversas actividades e exposições.
Hoje Macau EventosFRC | Juiz Vasco Fong apresenta livro na área do Direito O juiz Vasco Fong, do Tribunal de Segunda Instância, apresenta na próxima quarta-feira o livro “Comentário ao Crime de Fuga à Responsabilidade (P.P.Art.89º da Lei do Trânsito de Macau)”, da autoria de Pedro Sá Machado, em colaboração com David Sá Machado, e que será apresentado a partir das 18h30 na Fundação Rui Cunha (FRC). O livro, bilingue, nasce a partir do programa curricular ministrado, por Pedro Sá Machado, na disciplina de Direito Criminal e Processo Criminal I do curso de mestrado em Língua Portuguesa na Faculdade de Direito da Universidade de Macau, o qual passou pela anotação e comentário de decisões de jurisprudência da RAEM suficientemente controversas para uma discussão científica em sala de aula. Ora, um dos acórdãos objecto de debate foi precisamente o que agora dá à estampa. Na perspectiva do autor, o problema principal do crime de fuga à responsabilidade não está na forma como o juiz decide, mas sim na opção político-criminal do legislador, razão pela qual pretende esta obra oferecer um pouco de dogmática à interpretação do artigo em causa, contribuindo, singelamente, para uma discussão pública do seu conteúdo e, quem sabe, a alteração legislativa desta norma penal. Esta obra é uma edição CRED-DM – Centro de Reflexão, Estudo e Difusão do Direito de Macau, ligado à FRC. Pedro Sá Machado é professor convidado da Faculdade de Direito de Macau, Investigador Colaborador no Instituto Jurídico da Faculdade de Direito de Coimbra, doutor e mestre em Ciências Jurídico- Criminais pela Faculdade de Direito de Coimbra e ainda especialista em Direito Penal Económico Europeu da Faculdade de Direito de Coimbra.
Hoje Macau Eventos10 de Junho | Centenas de actividades promovidas em todo o mundo Sábado é feriado em Portugal, comemorando-se o Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas. Em Macau, organizam-se uma série de actividades, incluindo a tradicional cerimónia do hastear da bandeira portuguesa e romagem à Gruta de Camões. Noutros locais do mundo, celebra-se a portugalidade com a presença de governantes para todos os gostos Centenas de actividades previstas em todo o mundo, com duas dezenas de membros do Governo em contacto directo com as comunidades lusófonas, assinalam este ano o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. O programa, anunciado na quarta-feira, inclui iniciativas na Europa, América, Ásia, Oceânia e em África. Em Macau, estará o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, André Moz Caldas. No sábado, tem lugar a habitual recepção do 10 de Junho, com a cerimónia do hastear da bandeira no Consulado-geral de Portugal em Macau e Hong Kong e a romagem à Gruta de Camões. No Albergue SCM decorre um seminário profissional sobre a calçada portuguesa com o mestre calceteiro Fernando Simões. Ao longo deste mês, haverá ainda diversas actividades inseridas no programa “Junho, Mês de Portugal na RAEM”. Em Portugal, o 10 de Junho celebra-se em Peso da Régua, onde o Presidente da República, o primeiro-ministro e o ministro dos Negócios Estrangeiros estarão no sábado. As celebrações deste dia arrancaram oficialmente na segunda-feira, com a visita de Estado do Presidente da República (PR) à África do Sul, onde se estima que residam mais de 300 mil portugueses e lusodescendentes. O primeiro-ministro, António Costa, o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, e a ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, assinalam igualmente o Dia de Portugal na África do Sul. Já o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafôfo, celebra o 10 de Junho com a comunidade portuguesa na Namíbia. Também em África, estarão mais quatro governantes: os ministros da Cultura, Pedro Adão e Silva, e do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, e as ministras da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e da Agricultura e Alimentação, Maria do Céu Antunes, que se juntam aos portugueses e lusodescendentes em Moçambique, Cabo Verde, Angola e São Tomé e Príncipe, respectivamente. Na Oceânia, mais concretamente na Austrália, estará o secretário de Estado da Segurança Social, Gabriel Bastos. No continente americano marcarão presença sete membros do Governo. Cultura para todos A informação divulgada indica que a ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, vai assinalar o Dia de Portugal junto dos portugueses e lusodescendentes residentes no Canadá, enquanto nos Estados Unidos da América, junto das comunidades portuguesas de São Francisco e Newark, estarão, respectivamente, o secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Tiago Antunes, e a secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes. Pela América Latina passarão o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, a celebrar junto da comunidade portuguesa na Venezuela, e a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, que assinala o 10 de Junho na Argentina. Já o secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, António Mendonça Mendes, e o secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, estarão, respectivamente, no Brasil e na Colômbia. Na Europa, em Espanha, vai estar o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva. Em França, estará a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, na Bélgica vai estar o secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa, Mário Campolargo, no Luxemburgo o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Santos Félix, e na Suíça o secretário de Estado da Educação, António Leite. Cumprindo a tradição, a rede diplomática e consular portuguesa vai assinalar o Dia de Portugal com centenas de actividades distintas, combinando iniciativas próprias com as do movimento associativo local, “um esforço empreendido pelas associações lusófonas locais que conta, em inúmeros casos, com o apoio das embaixadas e consulados”, sublinha do MNE. Concertos, exposições, peças de teatro, evidenciando o trabalho de artistas portugueses, cinema ou documentários, seminários, feiras tradicionais e momentos de leitura são algumas das iniciativas agendadas para assinalar a data.
Hoje Macau EventosAssociação Somos! apoia escola de Moçambique com evento solidário Apoios para a escola primária Matchik-Tchik, em Maputo, e garantir materiais básicos para os alunos é o objectivo do evento “Moçambique: um conto solidário”, que tem data marcada para 30 de Junho, anunciou ontem a associação local Somos!. O evento descrito como um “Sunset Solidário” irá decorrer, das 18h30 às 02h, no restaurante Rio Grill and Seafood, na Doca dos Pescadores. “Garantir que todos os alunos da Escola Primária Matchik – Tchik da Cidade de Maputo têm acesso a uma secretária – e deixam de escrever e ler sentados no chão -, que podem aprender sob um tecto que realmente os abriga e protege das intempéries, e que usam instalações sanitárias condignas”, é o objectivo de um ‘Sunset Solidário’ em Macau, indicou a Somos! Associação de Comunicação em Língua Portuguesa, em comunicado. A ajuda “será canalizada ainda para a construção de uma minibiblioteca, que fortalecerá o projecto pedagógico da escola e valorizará o gosto dos alunos pela leitura. Um espaço que será igualmente aberto a todas as crianças do bairro de Polana Caniço, onde se situa o estabelecimento de ensino, permitindo-lhes conhecerem outras realidades e idealizarem um futuro”, acrescentou a entidade sem fins lucrativos. Rio que chega à foz A associação acrescenta que esta campanha solidária “é o culminar de uma outra iniciativa da Somos — ACLP que consistiu na edição do livro de contos ‘Era Uma Vez… O Meu Mar’, com textos e ilustrações feitos por alunos de diferentes escolas primárias dos Países de Língua Portuguesa e de Macau, tendo Moçambique sido representado precisamente pela Escola Primária Matchik – Tchik da Cidade de Maputo. Como a verba angariada com a venda dos livros foi “insuficiente para toda a ajuda de que a escola necessita, a associação decidiu organizar Em 2022, no início do ano lectivo, em Janeiro, um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) alertava que as crianças do ensino primário em Moçambique “estão ausentes da escola 39 por cento do tempo”, em média, e “apenas 48 por cento dos alunos do ensino primário estão no ano certo de acordo com a sua idade”.
Andreia Sofia Silva Eventos“Home Staycation” é a obra que artistas locais levam à quadrienal de Praga A Quadrienal de Praga foi ontem inaugurada e decorre até 18 de Junho com um programa que inclui uma representação de Macau intitulada “Home Staycation”, uma criação dos cenógrafos Kaby Chan Ka In e Tcalu Teng Ka Man, a partir da experiência durante a pandemia de covid-19. Segundo o website do evento, a instalação “Home Staycation” é uma gaiola de grandes dimensões equipada com monitores que pretendem lembrar ao público os dias de confinamento. O projecto visa “explorar a forma como as pessoas lidaram com a experiência de ver o mundo a mudar de uma experiência corporal para outra virtual”, propondo “um espaço para o isolamento e a imaginação”. Pretende-se também mostrar as mudanças de percepção em relação ao mundo que ocorreram em cada um de nós nos últimos três anos, ocorrendo uma “virtualização” dessa percepção graças aos avanços da tecnologia. Esta instalação tem como curadora Mirabella Lao Chi Wai, tendo sido desenvolvida por uma equipa criativa composta por sete pessoas. A organização esteve a cargo da Associação de Gestão de Palco e Tecnologia [Stage Management and Technology Association]. Minutos e visões De Portugal chega o projecto de Ângela Rocha, “Metade dos Minutos” e uma mostra de Rita Lopes Alves, dos Artistas Unidos. A Quadrienal de Praga de ‘Design’ de Performance e Espaço existe desde 1967 e tem por objectivo “apresentar os melhores trabalhos de cenografia com uma ênfase na autossuficiência deste campo artístico”. No projecto “Metade dos minutos” a cenógrafa Ângela Rocha criou um labirinto, que permite ao visitante explorar o tacto, sentido que nos últimos anos “está a ser esquecido”. Antes de se entrar, literalmente, no labirinto, há uma espécie de antecâmara que poderia ser um escritório ou um espaço de trabalho numa qualquer divisão, com uma cadeira, uma secretária e um candeeiro. “Para avançarmos para um futuro tínhamos que analisar o presente. Por isso, era importante materializar, de alguma forma, esta ideia mais premente da saída da pandemia. Fez-me sentido que fosse uma textura mais agressiva e que criasse uma distância entre nós e os objetos. É um espaço que temos alguma relação com ele, mas que foi absorvido por esta textura criada por alfinetes. Que nos atrai, mas que sentimos que temos que mexer com algum cuidado”, explicou Ângela Rocha. Com Lusa