FRC | Debate sobre questões penais nos PLP acontece hoje

A Fundação Rui Cunha (FRC) apresenta hoje, a partir das 18h30, um debate sobre as “Questões Penais Paradigmáticas nos Países de Língua Portuguesa”, que inclui quatro palestras temáticas. Trata-se de uma iniciativa que se insere no “Ciclo de Reflexões ao Cair da Tarde”, tendo moderação de Leonor Esteves, da Universidade Lusíada do Porto.

Hoje, decorrem as sessões “Nullum crimen sine lege e o artigo 7.º (Costume) da Constituição da República de Angola”, protagonizada pela professora Luzia Bebiana de Almeida Sebastião, da Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto, Angola; e a conversa “Direito Criminal e Democracia: a experiência recente do caso brasileiro” pelo professor Fernando Andrade Fernandes, do Departamento de Direito Público da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Estadual Paulista, UNESP, Brasil.

Outra das sessões, intitula-se “A legitimidade material do crime de associação no direito moçambicano” pela assessora jurídica e professora Elysa Vieira, do Conselho Constitucional e Universidade Eduardo Mondlane, Moçambique; e ainda a “Inviolabilidade das comunicações e apreensão de correio electrónico” pela professora Maria João Antunes, da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.

A presença no território deste conjunto de oradores convidados insere-se no âmbito da 15.ª Conferência Internacional de Direito, este ano dedicada às “Reformas Jurídicas de Macau no Contexto Global: Estudos sobre o Código Penal e o Código de Processo Penal de Macau”, organizada pelo Centro de Estudos Jurídicos da Faculdade de Direito da Universidade de Macau, que decorre hoje e amanhã e que conta com o apoio da FRC.

16 Out 2025

Literatura | “Na Memória” é o novo livro da editora Mandarina

Será lançado no próximo dia 25 de Outubro o novo projecto editorial da Mandarina, editora dedicada à literatura infantil. “Na Memória” integra-se na colecção “Pequenos Exploradores de Macau” que aborda os universos da memória e do património de Macau através da escrita de Catarina Mesquita

A editora Mandarina associou-se a uma série de parceiros, onde se inclui o Instituto Internacional de Macau (IIM), para lançar um novo livro para crianças que explora os universos do património e da importância da sua preservação e da memória de um território em permanente mutação.

“Na Memória”, escrito por Catarina Mesquita e com ilustrações de Fernando Chan, traz de novo as aventuras dos personagens Júlia e Pou, ela a dialogar com o pai; ele a falar com a avó. Ao HM, Catarina Mesquita desvenda as razões pela escolha do tema memória para este novo livro, o terceiro integrado na colecção “Pequenos Exploradores de Macau”, que inclui os títulos “Na Rua” e “Em Casa”.

“A dinâmica é a mesma [em relação aos livros anteriores]: trata-se de um livro com duas histórias e dois personagens, mas o fim é comum. Decidi-me pela memória não só pela importância que tem nas nossas vidas, mas para transmitir às crianças a ideia de que tudo aquilo que vivemos é muito importante e faz parte da nossa construção, sobretudo as crianças que vivem em Macau, pois vêem coisas a evoluir que devem ficar dentro delas.”

A co-edição com o IIM deve-se ao facto de se celebrar 25 anos da inscrição do centro histórico de Macau como património classificado pela UNESCO. “A memória faz parte desse património, da sua preservação. Como os nossos livros têm vindo sempre a sublinhar locais, festividades e situações de Macau, achamos que poderíamos dar continuidade à colecção e associarmo-nos a este marco tão importante.”

Três livros, seis histórias

“Na Memória” é um livro bilingue, em português e chinês tradicional, tendo também uma parte interactiva com autocolantes, com palavras nas duas línguas e em patuá, um dialecto macaense praticamente em vias de extinção. “Decidimos colocar o patuá por causa desta conexão com a memória e o património. Então o livro tem duas páginas de autocolantes em que os leitores observam o cenário e em que se dá mais importância à ilustração”, explicou Catarina Mesquita.

“A forma como retratei a memória está sempre associada à visão das crianças e às perguntas curiosas que fazem. Temos a Júlia a interagir com o pai e o Pou com a avó sobre as experiências que vão tendo ao longo de um ano, que é o período temporal da história. Eles vão fazendo perguntas e há coisas que ficam registadas na cabeça deles.”

A autora do livro descreve uma parte da história em que Júlia sobe à Torre de Macau com o pai e ele explica-lhe o futuro de Macau, construído com a nova cidade de Hengqin. Júlia é uma menina de oito anos que está a ver uma nova cidade a nascer, enquanto “a avó do Pou tem 80 anos e está em Macau há muito tempo, então tem recordações de uma Macau que o neto não conhece”.

“Há esta passagem entre o passado, presente e futuro para fazer as crianças pensar um pouco, que as coisas mudam e para que percebam que há coisas que, na vida deles em Macau, mudam mesmo, como esse caso de olhar para o lado e ver uma mega-cidade a crescer”, adiantou a fundadora da Mandarina.

Com existência há quase seis anos no pequeno mercado editorial de Macau, Catarina Mesquita fala do que ainda é preciso fazer para que seja dado maior ênfase à literatura infantil. “Sabemos o mercado que temos, que não é muito significativo. Não conseguimos chegar a todas as crianças de Macau e sentimos que há uma falta de apoio que não é só financeiro. Apesar de haver fundos [financeiros, de apoio a projectos], é preciso um apoio muito maior ao nível de valores. Nos últimos anos o Governo de Macau tem promovido a literatura infantil e a leitura, mas não existe uma situação em que os editores façam um trabalho conjunto para desenvolver a literatura infantil em Macau”, lamenta.

Catarina Mesquita entende que este tipo de literatura é ainda visto como não tendo “grande prioridade, sobretudo aquela que é feita para lazer e não a que é dada nas escolas”. “Há pouco investimento nessa leitura por prazer e tem de haver maior investimento, além de se dever olhar com seriedade para esse tipo de literatura infantil, pois é essencial para o futuro. É preciso dar às crianças esta base, para que olhem para o livro como um objecto companheiro”, rematou.

A apresentação do livro acontece no dia 25 no âmbito da “Exposição de Livros Ilustrados em Chinês e Português”, no Auditório do Carmo, na Taipa, a partir das 18h30.

16 Out 2025

Influencers | “CreatorWeek Macao 2025” arranca na próxima semana

Chama-se “CreatorWeek Macao 2025” e será uma semana dedicada a explorar o universo dos influencers digitais e da sua ligação ao território. Sob o tema “Macau – cidade jovem, internacional e inovadora”, há todo um programa de actividades a acontecer entre os dias 24 e 28 de Outubro com 250 grupos de pessoas ligadas à criação de conteúdos digitais

 

É já na próxima semana que Macau acolhe, pela primeira vez, um evento inteiramente dedicado aos influencers digitais, que recorrem às redes sociais para criar conteúdo, muitas vezes patrocinado. A “CreatorWeek Macao 2025” acontece de 24 a 28 de Outubro e é promovida pela Direcção dos Serviços de Turismo (DST) e a empresa Branded.

Segundo um comunicado da DST, pretende-se, durante os cinco dias, reunir no território “criadores de conteúdos internacionais e da Grande China”, bem como “líderes das redes sociais e celebridades”. Com este evento pretende-se “elevar a imagem de Macau como uma cidade turística célebre na Internet”, a fim de “reforçar a expansão do mercado de visitantes de camadas mais jovens e impulsionar o desenvolvimento da economia de turismo”.

Helena de Senna Fernandes, directora da DST, disse que com a “CreatorWeek Macao 2025” se pode “mostrar, a nível internacional, a diversidade e singularidade da atracção de Macau”.

Pretende-se que esta semana dos influencers sirva de “plataforma para criadores internacionais conhecerem o mercado da China e impulsionar o diálogo entre os dois lados”, reunindo-se cerca de 250 grupos convidados internacionais e da Grande China, incluindo 180 equipas de criação de conteúdos, 50 oradores e 20 unidades de actuação. A organização considera esta iniciativa “um dos maiores eventos actuais na Ásia para criativos de conteúdos”.

No total, haverá seis actividades temáticas que visam “impulsionar o intercâmbio aprofundado entre as indústrias criativas chinesas e ocidentais, reforçar o papel de Macau como uma plataforma de abertura ao exterior de alta qualidade e criar experiências imersivas por toda a cidade”.

Música e diversão

Nos dias 27 e 28 de Outubro, decorrem as conferências no Grand Lisboa Palace, entre as 9h e as 18h, com “criadores locais de conteúdo e 50 líderes internacionais das redes sociais”, como é o caso de responsáveis do YouTube para a Grande China, entre outros.

Estes dois dias de conferências centram-se “na fusão das culturas chinesa e ocidental e tendências das plataformas de comunicação, panorama e futuro da economia criativa”. Espera-se ainda, nesta semana dos influencers, actuações ao vivo com 20 bandas e músicos locais e internacionais.

A parte musical acontece entre os dias 25 e 26 de Outubro, das 16h às 22h, no Broadway Food Street, no Galaxy Macau. Contam-se artistas como Lola Amour, Oliver Cronin, Mikey Bustos AKA Antscanada e os SCAMPER.

O evento promove ainda encontros de seguidores de plataformas com 40 criadores de conteúdo, nomeadamente o artista de dança freestyle Merrick Hanna, o especialista em vídeos curtos Austin Sprinz ou o actor da Netflix Ian Boggs, que irão interagir de perto, tirar fotografias e partilhar histórias de bastidores com os fãs.

Nesta semana, há ainda espaço para actividades de bem-estar e workshops de saúde com criadores de conteúdo, realizando-se quatro sessões de yoga, dança, fitness e meditação. A primeira edição da “Creator Week” foi realizada em Singapura no ano passado.

15 Out 2025

“Halftone 25” | Exposição de fotografia inaugurada hoje na FRC

A Fundação Rui Cunha (FRC) apresenta hoje, a partir das 18h30, a Exposição Fotográfica Colectiva “Halftone’ 25”, que reúne os trabalhos anuais de 23 artistas amadores e profissionais, membros da Halftone — Associação Fotográfica de Macau, com curadoria de Gonçalo Lobo Pinheiro e de Francisco Ricarte.

A mostra colectiva revela um total de 23 obras, que vão desde a fotografia documental até à expressão artística, passando pela fotografia de paisagem, humana, de estúdio, conceptual, “street photography”, a cores ou a preto-e-branco.

À semelhança dos anos anteriores, foram seleccionadas imagens, umas já conhecidas e outras inéditas, de autores como André Carvalhosa, António Mil-Homens, António Sotero, António Bessa Almeida, Cássia Schutt, Catarina Cortesão Terra, Carmen Serejo, Cristiana Figueiredo, David Lopo, Elói Scarva, Francisco Ricarte, Gonçalo Lobo Pinheiro, Inela Kovacevic, Joana Freitas, João Miguel Barros, João M. Rato, João Palla Martins, Jorge Veiga Alves, José das Neves, José Sales Marques, Kuok Hou Tang, Nélson Silva e Nuno Calçada Bastos.

A Halftone é uma associação cultural criada em 2021, sem fins lucrativos, com sede em Macau, que tem o objectivo de promover a fotografia contemporânea em todas as suas vertentes. Fundada de forma inclusiva e abrangente, está aberta a todos aqueles que tenham interesse na fotografia como expressão artística ou documental, independentemente da sua experiência ou da sua prática.

Além de dinamizar o trabalho fotográfico dos seus associados, a Halftone tem ainda o propósito de organizar exposições, publicar uma revista, livros e monografias, organizar debates e desenvolver projectos pedagógicos e educativos. Esta exposição vai estar patente até ao dia 25 de Outubro, 2025.

14 Out 2025

FIMM | Thomas Hampson interpreta Mahler esta semana no CCM

Esta quinta-feira, dia 16, actua em Macau o mundialmente reconhecido barítono Thomas Hampson, que interpretará temas de Gustav Mahler para mais um concerto integrado na 37.ª edição do Festival Internacional de Música de Macau. “Thomas Hampton Canta Mahler” conta ainda com o pianista alemão Wolfgang Rieger

É mais um momento alto do cartaz da 37ª edição do Festival Internacional de Música de Macau (FIMM): esta quinta-feira, 16 de Outubro, sobe ao palco do grande auditório do Centro Cultural de Macau (CCM) aquele que é considerado um dos grandes barítonos a nível mundial, Thomas Hampson, protagonista do concerto “Thomas Hampton Canta Mahler”. A acompanhá-lo, a partir das 20h, estará o pianista alemão Wolfgang Rieger.

Trata-se de um espectáculo dedicado aos “lieder” [conjunto de composições] de Gustav Mahler, regente e compositor nascido em 1860, na Boémia, e tido como um dos grandes nomes do período romântico da música clássica. Os “lieder” incluem o ciclo de canções “Des Knaben Wunderhorn (A Trompa Mágica do Jovem)”, composto e revisto entre 1892 e 1901; e ainda o ciclo de canções antigas “Lieder und Gesänge aus der Jugendzeit”, composto entre 1880 e 1889, “iluminando a intrincada poesia e as complexas paisagens psicológicas que definem a arte de Mahler”.

Além disso, o programa do concerto “oferece uma viagem temática pelos cenários ‘Wunderhorn’ e ‘Lieder und Gesänge’ de Mahler”, composições “agrupadas em três capítulos – ‘Fábulas e Parábolas’, ‘Humoresques e Baladas’ e ‘Baladas e Alegorias'”, e que “traçam uma progressão do encanto pastoral e da sátira à profundidade existencial e ao anseio metafísico”.

Desta forma, “o público terá ainda a oportunidade de experienciar uma mistura da sabedoria de vida e estimada musicalidade através do som da sua voz aos 70 anos”, descreve uma nota do Instituto Cultural (IC).

Estudo e prémios

O percurso do barítono está repleto de distinções. O IC descreve que “Thomas Hampson dedicou décadas à execução, à comunicação e ao estudo académico da arte de Mahler, conquistando a reputação de ‘cantor-erudito'”. Além disso, “obteve múltiplos doutoramentos honoris causa e recebeu numerosos prémios internacionais, incluindo o Prémio Grammy, o Prémio Edison, ou o ‘Grand Prix du Disque'”.

Thomas Hampson recebeu também “inúmeras honras internacionais pela sua singular arte e liderança cultural, reflectindo plenamente o seu ilustre estatuto no círculo da música clássica”, possuindo um repertório “composto por mais de 80 papéis, e com uma discografia a incluir mais de 170 álbuns”.

Thomas Hampton é ainda professor honorário de Filosofia na Universidade de Heidelberg e membro honorário da Royal Academy of Music de Londres. Possui o prestigiado título de “Kammersänger da Wiener Staatsoper” e foi nomeado “Comandante da Ordem das Artes e das Letras” pela República Francesa. É ainda co-fundador e director artístico da Lied Academy Heidelberg e, em 2003, fundou a Hampsong Foundation, através da qual utiliza a arte da canção para promover o diálogo e a compreensão interculturais.

Parceria feliz

Outro dos músicos que sobe ao palco do CCM, Wolfram Rieger, é um distinto pianista alemão, sendo reconhecido pela sua interpretação de “Lied”. Aperfeiçoou a sua arte aulas com Elisabeth Schwarzkopf, Hans Hotter e Dietrich Fischer-Dieskau. Após concluir os estudos, Rieger começou a leccionar na Escola Superior de Música de Munique, onde fundou em 1991 a sua própria classe de Lieder para cantores e pianistas. É Professor de “Lied” na Escola Superior de Música Hanns Eisler de Berlim desde 1998, e dá masterclasses em todo o mundo.

Muito requisitado como parceiro de recitais e músico de câmara, Rieger actua em salas de renome como o Wigmore Hall, o Carnegie Hall, o Konzerthaus de Viena e em festivais como a Schubertiade de Feldkirch e Salzburgo. Entre os seus colaboradores destacam-se Thomas Hampson, Thomas Quasthoff, Brigitte Fassbaender e Matthias Goerne. As suas reconhecidas gravações valeram-lhe distinções como a Medalha Hugo Wolf e a Medalha da Associação Franz Schubert de Barcelona. Os preços dos bilhetes para este recital variam entre 150 e 400 patacas.

14 Out 2025

Macau e Hong Kong recebem obra de Carlos Paredes no próximo ano

A obra de Carlos Paredes vai estar em digressão mundial, visitando 15 países, a partir de segunda-feira, ao longo de seis meses, um projecto com conceito e direcção artística dos músicos André Varandas e Bruno Costa.

O projecto “Paredes Experience” integra um total de 40 iniciativas, em que se incluem os concertos “100 Paredes”, palestras, encontros com escolas e universidades, e outras acções com as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo, promovendo “a sonoridade e o espírito de Carlos Paredes”, disse à agência Lusa André Varandas. “É um acontecimento raro, um projecto musical português circular durante quase seis meses, de forma ininterrupta, por 15 países. É algo que nos deixa muito orgulhosos e com uma responsabilidade acrescida”, vincou.

Ao piano e à viola baixo de André Varandas, junta-se a guitarra portuguesa de Bruno Costa, os dois mentores e intérpretes do “Paredes Experience”, que, em palco, na digressão mundial, contarão ainda com a colaboração de Nuno Botelho (guitarra clássica). A digressão mundial abre hoje, na Guiné-Bissau, onde ficará até dia 18.

Uma “viagem artística”

Os autores explicaram à Lusa que o “Paredes Experience” assume-se como “uma viagem artística que reafirma a guitarra portuguesa como instrumento identitário de Portugal e, simultaneamente, prova a sua linguagem universal”.

“Em palco, tradição e modernidade cruzam-se, evocando o legado de Carlos Paredes e projectando-o para o futuro através de novas sonoridades, diálogos culturais e colaborações internacionais multidisciplinares”, adiantaram. Depois da Guiné-Bissau, o “Paredes Experience” segue para Díli, em Timor-Leste, onde ficará entre dias 21 a 30 deste mês, voando para a costa leste dos Estados Unidos (EUA), de 6 a 13 de Novembro, com acções agendadas para Nova Iorque, New Bedford e Nova Jérsia.

Entre 27 de Novembro e 4 de Dezembro, a Argentina é o destino, com apresentações agendadas para a capital, Buenos Aires, e Córdova, a segunda cidade mais populosa daquele país sul-americano. Montevideu, no Uruguai, receberá o “Paredes Experience” entre 5 e 9 de Dezembro, antes de um primeiro regresso à Europa, no caso à Toscana italiana, nas localidades de Pontedera e Buti (11 a 14 de Dezembro).

No início de 2026, a música de Carlos Paredes ecoará na Polónia, entre os dias 9 e 17 de Janeiro, partindo depois para a China e para os territórios de Macau e Hong Kong, em locais ainda a anunciar, de 19 a 26 do mesmo mês. A digressão mundial do “Paredes Experience” tem o seu final agendado para São Paulo, no Brasil, com iniciativas previstas de 12 a 23 de Março.

No ano em que se assinala o centenário do nascimento de Carlos Paredes (1925-2025), André Varandas e Bruno Costa promoveram, em Portugal, o projecto “100 Paredes”, que propôs “uma celebração global da vida e da obra daquele que é unanimemente reconhecido como um dos maiores símbolos da cultura portuguesa e da universalidade da guitarra portuguesa”.

No total, foram mais de 80 iniciativas entre concertos socio-comunitários, palestras e uma exposição itinerante, entre outras acções.

13 Out 2025

Fogo de artifício | Festival termina com vitória do Reino Unido

A equipa de pirotecnia do Reino Unido, Pyrotex Fireworx, sagrou-se vencedora da 33.ª edição do Festival Internacional de Fogo de Artifício de Macau, que terminou no sábado. Destaque para a estreia, ao fechar do pano, de uma equipa brasileira na competição

 

O Reino Unido venceu o Concurso Internacional de Fogo-de-Artifício de Macau, que encerrou com um espectáculo vindo do Brasil, que pela primeira vez participou na competição, anunciou no sábado a Direcção dos Serviços de Turismo (DST).

Num comunicado, a DST revelou que as empresas participantes das Filipinas e da China continental ficaram no segundo e terceiro lugares, respectivamente, da 33.ª edição do concurso. A competição encerrou no sábado, com dois espectáculos: o vencedor, da companhia pirotécnica britânica Pyrotex Fireworx, e outro da equipa Vision Show, de Florianópolis, em Santa Catarina, que marcou a estreia do Brasil no concurso.

O final da competição, que estava previsto para 6 de Outubro, foi adiado devido à passagem do tufão Matmo, que levou as autoridades de Macau a emitirem o sinal de tempestade tropical 8, o terceiro nível mais elevado. Também a terceira noite do concurso teve de ser adiada, de 20 de setembro para 2 de Outubro, devido ao impacto do supertufão Ragasa, a mais poderosa tempestade registada no planeta em 2025.

Uma série de diálogos

A directora da DST, Maria Helena de Senna Fernandes, sublinhou, na cerimónia de entrega de prémios que, apesar do impacto das condições meteorológicas, o evento permitiu a companhias de várias partes do mundo “para aprofundar contactos e diálogo com parceiros da indústria”.

A 33.ª edição contou com 10 espectáculos, cada um com uma duração de 18 minutos, a combinar fogo-de-artifício e música, incluindo o espectáculo da empresa portuguesa Pirotecnia de Barbeita, com sede em Monção. A competição teve um orçamento de 18,1 milhões de patacas, valor que representa uma queda de cerca de 1,1 por cento por cento face ao ano passado, disse à Lusa a DST.

As seis operadoras de jogo em Macau, parceiras principais do concurso, entraram com 18 milhões de patacas, sendo que o Governo contribuiu com apenas 60 mil patacas, disse a mesma fonte. A competição coincidiu parcialmente com a Semana Dourada do Dia Nacional da China (1 de Outubro), um período de feriados que este ano se prolongou por oito dias, mais um do que em 2024, graças à proximidade do Festival do Bolo Lunar (7 de Outubro).

A ‘Semana Dourada’ de Outubro constitui o segundo maior movimento de massas na China, a seguir ao período do Ano Novo Lunar, principal festa tradicional das famílias, que acontece em Janeiro ou Fevereiro, consoante o calendário lunar. Macau recebeu um total de 1.14 milhões de visitantes, mais 16,5 por cento do que no mesmo período de 2024, incluindo mais de 191 mil só no dia 4 de Outubro, o valor diário mais elevado para a ‘semana dourada’ de Outubro.

13 Out 2025

Cinema | Casa de Macau em Lisboa exibe “Heritople”

Decorre na próxima quarta-feira, 15 de Outubro, a partir das 16h30, a sessão “CineMacau – Ciclo de Cinema Documental de Macau” na Casa de Macau em Lisboa. Será exibido o filme “Heritople”, de António Salas Sanmarful, realizado no ano passado, seguindo-se uma conversa com o próprio realizador que poderá estar presente por videoconferência.

As sessões de cinema na Casa de Macau têm a organização e curadoria de Ruka Borges, realizador ligado a Macau, e Gonçalo Magalhães, membro da direcção da Casa, que asseguram o enquadramento temático dos filmes.

O documentário em causa foi recentemente produzido por António Monteiro (IIM) e realizado por António Salas Sanmarful com apoio do Instituto Internacional de Macau, tendo ganho notoriedade na divulgação de Macau como cidade e/ou território de cultura híbrida única, embebida na sua herança e legado da relação Oriente Ocidente onde se assinala também o contributo dos macaenses nesta odisseia, descreve a organização do evento.

Assim, “Heritople” acaba por recolocar “a importância de Macau como património tangível e intangível do mundo dada as suas particularidades únicas e singulares por ocasião da efeméride dos 25 anos da edificação da RAEM como realidade no contexto da República Popular da China”.

10 Out 2025

“Hush!” | Quatro dezenas de bandas em dois dias de plena festa

Já é conhecido o cartaz da próxima edição do “Hush! Concertos na Praia x Festival do Bem-Estar Desportivo Urbano”, a acontecer entre os dias 18 e 19 deste mês na praia de Hac-Sá, Coloane. Este domingo, dia 12, terá lugar uma pré-apresentação nas Oficinas Navais nº 1, com Lobo e Shing02. Não faltam as habituais actividades culturais e de conexão ao bem-estar

Seis palcos, 40 bandas e cantores locais, dois dias. Estes são os números da próxima edição do “Hush! Concertos na Praia x Festival do Bem-Estar Desportivo Urbano”, agendada para os dias 18 e 19 de Outubro na praia de Hac-Sá. Porém, este fim-de-semana, nomeadamente domingo, o público em geral e os amantes de música em particular poderão desfrutar um pouco daquilo que virá depois, com a actuação de Lobo e o rapper Shing02 nas Oficinas Navais nº1.

Lobo vai apresentar um “dj set”, mostrando as sonoridades que tem misturado e criado nos últimos anos. Radialista nos anos 90, nomeadamente na TDM Rádio Macau e a antiga Rádio Vilaverde, Lobo fundou, em 2000, a editora independente “4daz-le”, “que continua a ser a única do género até à data”, descreve a organização do “Hush!”.

Também este fim-de-semana, mas sábado, decorre o chamado “Prelúdio Festivo” nos bairros comunitários, com diversos espectáculos nas comunidades, concertos e a realização de workshops musicais.

Naquela que promete ser uma “maratona” de concertos mostra-se “a singularidade cultural da Ásia Oriental” em seis palcos, nomeadamente “Hot Wave”, “Music Chill”, “Hush! Kids – Parque Desportivo Infantil”, “Palco Wellfest”, “Jardim Desportivo” e “Desafio Fitness”. Assim, além da música, haverá actividades paralelas como “SUP Yoga”, o “Music Glow Run”, descrito como um “desfile musical para pais e filhos”; tendas de gastronomia e diversos workshops.

Pretende-se, com esta diversidade de oferta, dar a “conhecer ao público a singularidade da fusão cultural entre Oriente e Ocidente em Macau e “construir o papel” do território “como uma importante janela para o intercâmbio e a aprendizagem mútua entre as civilizações chinesa e ocidental”.

Areal animado

O grande destaque do festival vai, porém, para o “Hush! Concertos na Praia”, com 40 bandas e músicos de Macau a subir ao palco, além de dez grupos internacionais, nomeadamente SUMMERWARZ, do interior da China; os Balming Tiger, da Coreia do Sul; o baixista H.J. Freaks e ainda os Muque, grupo rock oriundo do Japão. Inclui-se ainda a actuação da jovem ukulelista Feng E e a banda feminina de metal MakeMake, ambos de Taiwan.

Outros nomes que pisam os palcos de Hac-Sá são os Concrete/Lotus, Blademark, Roberto Madan, No Rison, WhyOceans, IRIS MONDO, Ying May Supermarket, Cancer Game e Chong River Fusion, entre outros.

Tendo em conta a celebração do 20.º aniversário do “Hush! Concertos na Praia”, a organização decidiu convidar os organizadores de outros festivais na Ásia, nomeadamente o conhecido Clockenflap Music & Arts Festival de Hong Kong, do Strawberry Music Festival e do Midi Festival do Interior da China, entre outros. A ideia é que se possa estabelecer “uma plataforma regional de intercâmbio e proporcionar contactos de apresentação para bandas locais”.

Na parte desportiva, o “Festival do Bem-Estar Desportivo Urbano” traz a Coloane mais de 30 instrutores profissionais de fitness e ioga da Ásia, tal como o artista e instrutor de dança de Hong Kong, Fatboy@ERROR, o campeão de “Physical: 100 2ª Temporada” e a “superestrela” de CrossFit da Coreia do Sul, Amotti, bem como o formador de dança tailandês, Gun Gun. No total, haverá mais de 40 aulas de ginástica e dança em dois dias, pensadas para principiantes ou praticantes.

A organização do festival, que conta com o apoio de entidades como o Instituto Cultural ou o Instituto para os Assuntos Municipais, preparou transporte de autocarro gratuito para Coloane, com circulação entre a Praia de Hac Sá e Iao Hon, Fai Chi Kei, Taipa. O público pode ainda apanhar o autocarro gratuito do MGM Cotai em qualquer porto de Macau, com a excepção do Porto Qingmao, até ao Terminal B1 de Autocarros do MGM Cotai, podendo depois usar o serviço de autocarro gratuito do evento para se deslocar à Praia de Hac Sá. Os concertos do “Hush!” têm entrada gratuita, devendo ser adquiridos bilhetes para o “Festival do Bem-Estar Desportivo Urbano”.

10 Out 2025

FRC | Debate hoje em torno da “Arte de Batê Saia”

A Fundação Rui Cunha (FRC) apresenta hoje, a partir das 18h30, a mesa-redonda “A Arte de Batê-Saia”, integrada no ciclo de conferências intitulado “Ser Macaense no Século XXI – Cultura, Tradição, Identidade, Desafios”. Esta é o segundo evento deste ciclo de palestras.

“A Arte de Batê-Saia” será uma conversa conduzida por José Luís de Sales Marques, presidente do Conselho das Comunidades Macaenses, e que conta com a participação de Maria Magalhães de Sousa e Marina Senna Fernandes, duas representantes locais das artes de confecção, decoração de bolos e da culinária tradicional.

“Bâte Saia? Cuza São? O que é isso? Bater na saia? Que disparate! É trabalho de mainato? São tudo expressões previsíveis, de espanto, para quem, não sabendo do que se trata, se depara com este anúncio! Ora bem, “batê saia” é uma arte decorativa tradicional macaense, cuja divulgação será objecto desta palestra”, descreve a proposta para a sessão de conversas sobre a identidade macaense nos dias de hoje.

A ideia é que o público possa saber mais sobre a arte de “batê saia”, ou bate saia, uma antiga tradição local de recorte de papel de seda ou papel rendado, inicialmente para enfeitar cestas e tabuleiros de bolos, mas que evoluiu para a decoração de bonecas que ornamentavam bolos festivos em ocasiões especiais como baptizados, comunhões, crismas, casamentos, aniversários, e outros eventos importantes.

O evento pretende abordar “o modo de vida dos macaenses, a comunidade ou as comunidades, em Macau e na diáspora, e os seus desafios diários para manter o ser e o sentir da realidade macaense”. O propósito da conferência, e das próximas neste ciclo, é promover a “discussão construtiva a olhar para o presente e o futuro, sem esquecer a tradição e os diferenciados marcos identitários, em especial a Gastronomia e o Teatro em Patuá, ambos Património Imaterial da RAEM e da República Popular da China”.

9 Out 2025

CURB | Bienal sobre uso de espaços públicos em Dezembro

O CURB – Centro de Arquitectura e Urbanismo prepara-se para realizar, em Dezembro, um evento diferente em torno do chamado “placemaking”, ou seja, o debate em torno das várias opções para planear e gerir espaços públicos. Para acontecer, o “IN SITU Placemaking Biennale” aceita propostas de arquitectos e designers até ao final do mês

É um “projecto pioneiro” que não é “apenas um festival”, mas sim “uma conversa que envolve toda a cidade”. Assim é descrito pela organização o “IN SITU Placemaking Biennale”, agendado para os dias 11 a 14 de Dezembro, em Macau, e que aborda o “placemaking”, uma teoria em torno das ideias de melhoria da gestão do espaço público com uma abordagem multifacetada, em que a ideia é que todos se sentam e discutem o que é melhor para determinado lugar ou o que poderia ser feito face a uma realidade menos boa.

Desta forma, pretende-se que durante quatro dias “as ruas e praças icónicas de Macau se transformem numa tela viva para o design, diálogo e imaginação colectiva”, através da criação de seis instalações espaciais “construídas ‘in situ’ por talentos internacionais e locais”, sendo que estas instalações “irão ligar e activar espaços públicos icónicos”, transformando-os em “espaços para reunir, reflectir e interagir”, descreve o CURB.

Os seis locais escolhidos para estas intervenções são a Praça Ponte e Horta, no Porto Interior; a Rua de São Lourenço, a intersecção entre a Travessa do Aterro Novo e a Rua dos Mercadores, o Largo de Aquino, o Pátio da Claridade e Largo do Lilau.

Dentro dos objectivos, pretende-se ainda levar o público a “experimentar”, construindo-se, nesse sentido, um “itinerário por toda a cidade com workshops, espetáculos, exposições e gastronomia, tudo com curadoria da comunidade”. Com o “IN SITU” pretende-se também “redescobrir a cidade”, com “visitas guiadas que irão ligar pontos entre a arte, o património e as histórias ocultas de Macau”.

Desta forma, decorre até ao final do mês o processo de recolha de propostas por parte de designers e arquitectos, procurando-se “equipas visionárias para projectar e construir instalações espaciais temporárias que estimulem o diálogo e transformem a forma como vivemos a nossa cidade”.

Itinerários com história

Com o “IN SITU”, o CURB quer que a “cidade se torne num palco, tela e laboratório”. As seis instalações espaciais temporárias, três delas concebidas por equipas internacionais e três por equipas locais, servirão para “activar espaços públicos como locais de encontro e reflexão”.

Além das seis instalações haverá “workshops, espectáculos, exposições, barracas de comida e iniciativas culturais co-criadas com associações locais, garantindo que o festival cresça a partir da comunidade e pertença à comunidade”. As seis instalações vão ainda formar “um itinerário urbano, guiando os visitantes pelos bairros de Macau, revelando tanto o design contemporâneo como as camadas ocultas do património”, com visitas em chinês e inglês.

Ainda segundo a organização, “mais do que uma exposição de arquitectura e design, a Bienal é uma experiência participativa de ‘placemaking'”.

“Com base na colaboração e na criatividade, a criação de espaços muda o foco da infraestrutura para as experiências vividas pelas pessoas, enfatizando como os espaços públicos podem fortalecer os laços sociais, a identidade cultural e a resiliência numa cidade em rápida mudança”, é explicado.

O CURB é uma instituição sem fins lucrativos criada em Macau para “promover a investigação, educação, produção e divulgação de conhecimento em arquitetura, urbanismo e cultura urbana”. O Centro diz funcionar como “uma plataforma de intercâmbio entre o meio académico, a sociedade civil, a prática profissional e as instituições governamentais, servindo os interesses da comunidade em geral através de estudos de investigação, workshops, conferências, exposições, concursos e outras iniciativas”.

Filme na Ponte 9

Outra actividade do CURB, acontece este fim-de-semana, integrado no evento de passeios de bicicleta “ON THE MOVE”. Assim, este sábado, às 18h30, decorre, na Ponte 9 – Creative Platform Rooftop, a sessão “Rooftop Parallel Screening”, onde “o público poderá percorrer as ruas de Macau através do ecrã, desta vez explorando a Ilha Verde e os bairros do norte de Toi San e Fai Chi Kei”. Este filme é o resultado do som e imagens capturados nos passeios criativos de bicicleta realizados a 27 de Setembro. Este material foi usado “por artistas audiovisuais para criar uma obra de vídeoarte e um documentário”, descreve o CURB numa nota.

9 Out 2025

“Prémios da Lusofonia” | Fundação Oriente distinguida

A gala “Prémios da Lusofonia”, marcada para este sábado no Casino do Estoril, em Portugal, pretende realçar o papel das pessoas e instituições que melhor têm representado a imagem da comunidade “em todo o mundo”, anunciou a organização à Lusa. O evento vai nesta 9.ª edição premiar cidadãos e instituições de toda a comunidade lusófona, do Brasil a Timor-Leste, contextualizou a Associação Internacional das Comunidades de Língua Portuguesa, promotora do evento.

Entre os premiados estão a Fundação Oriente (Portugal/Macau), o cineasta Flora Gomes (Guiné-Bissau), o artista plástico Ed Ribeiro (Brasil), o professor Valentino Viegas (Goa), o cantor Bonga (Angola), o programa “A Nossa Cultura” (Guiné Equatorial), a diplomata Fernanda Lichale (Moçambique), a ex-primeira-ministra de São Tomé e Príncipe Maria do Carmo Silveira e o ex-primeiro-ministro de Timor-Leste Mari Alkatiri e o escritor Germano Almeida (Cabo Verde), frisou.

Para a associação, a gala tem procurado evidenciar e reconhecer a arte e cultura lusófonas dos vários países que constituem a comunidade.

“Iremos, portanto, assistir a um evento onde terão lugar intervenções de grande qualidade e relevo, no quadro da cidadania de língua portuguesa em Portugal e no mundo. Veremos e ouviremos diplomatas, escritores, artistas, responsáveis associativos, actores. E, claro, haverá momentos de intervenção cultural da maior qualidade”, explicou. Durante a cerimónia serão também entregues o Prémio Carreira, o Prémio Excelência Lusófona, o Prémio Diplomacia Lusófona, o Prémio Especial Lusofonia e o Prémio Revelação Lusófona, entre outros.

7 Out 2025

ARTM | Associação celebra 25 anos com iniciativa solidária

“Hike With a Purpose” é o nome dado à iniciativa da Associação de Reabilitação dos Toxicodependentes de Macau para celebrar 25 anos de existência. Há corridas e caminhadas, conforme a capacidade física de cada um, programados para este domingo, no Parque Natural da Barragem de Hac-Sá

A Associação de Reabilitação dos Toxicodependentes de Macau (ARTM) celebra 25 anos e para marcar o acontecimento promove, este domingo, das 06h30 às 12h, a iniciativa “Hike With a Purpose”, que decorre no Parque Natural da Barragem de Hac Sá, e que pretende levar residentes a caminhar ou correr em prol de uma causa.

“Esta iniciativa destina-se a promover uma comunidade livre de substâncias ilícitas, incentivar estilos de vida e hábitos saudáveis, e fomentar actividades ao ar livre e o envolvimento da comunidade entre participantes de todas as idades”, destaca a associação numa nota. A primeira edição do evento decorreu em 2022.

Esta é uma iniciativa que decorre em colaboração com o Trailman 100 com duas opções de participação, nomeadamente a “Corrida Desafio de 14Km” e a “Corrida Divertida de 8Km”, ambas “projectadas para fomentar o espírito comunitário e promover a aptidão física”.

No caso da “Corrida Desafio de 14Km”, no formato individual, é feita numa distância de 14 quilómetros como o nome indica e o registo deve ser feito das 06h15 às 07h, com início da corrida programado para as 07h. Os participantes terão um limite de tempo de 3 horas e 30 minutos e devem ter 16 anos ou mais para participar.

Já a “Corrida Divertida de 8Km”, com grupos de três pessoas, é realizada num percurso de oito quilómetros, com registo obrigatório entre as 08h e as 09h e início programado para as 09h. Os participantes terão um limite de tempo de 2 horas e 30 minutos e devem ter 8 anos ou mais. Aqui, os prémios serão atribuídos ao grupo vencedor, enquanto no caso da corrida individual os prémios serão atribuídos aos três melhores corredores masculinos e femininos.

Aquecer antes de correr

Este evento da ARTM conta ainda com o apoio do UFC Gym para “proporcionar uma sessão de aquecimento antes da corrida divertida em grupo”, além de que no evento vão existir duas bancas de venda de artigos, comida e bebida com fins solidários, em parceria com a “Friends U Can Keep Macau” e a “Go Tower”, com parte dos lucros a reverter para a ARTM.

Espera-se que o evento atraia cerca de 300 participantes, reunindo famílias, amigos e membros da comunidade na tentativa de envolvimento “em actividades saudáveis”, aumentando também “a consciência sobre a prevenção do abuso de substâncias”.

Em 1993, a ARTM nascia com o nome “Ser Oriente” e começou por disponibilizar sessões de conversa e apoio psicológico a dependentes de drogas, além de apostar na sua integração social. A associação passou a designar-se ARTM em 2000, possuindo hoje centros de acolhimento para dependentes de álcool, droga ou jogo, tendo criado uma comunidade terapêutica que visa a cura sem a prisão e o regresso à vida em sociedade. A ARTM desenvolve também um trabalho social em Ka-Hó, nas moradias da antiga leprosaria, com o projecto de cafetaria e galeria de arte “Hold On To Hope”.

7 Out 2025

Cinema | “A Memória do Cheiro das Coisas” distinguido em Marrocos

O filme “A Memória do Cheiro das Coisas”, do realizador António Ferreira, foi distinguido com a Menção Honrosa para ‘Melhor Argumento’ no Festival de Cinema de Tânger, no noroeste de Marrocos, anunciou ontem a produtora.

A Persona Non Grata Pictures sublinhou que a longa-metragem foi reconhecida pelo júri oficial do festival “pela originalidade e subtileza com que o argumento aborda questões do envelhecimento”. O argumento foi escrito pelo próprio realizador e pelo co-argumentista Tiago Cravidão, referiu a produtora, num comunicado.

“Este é um filme sobre empatia, sobre aprender a ver o outro, através do diálogo, não como uma ameaça, mas como alguém que tal como nós, tem desejos e aspirações semelhantes aos nossos, por mais diferentes que aparentemos ser”, disse António Ferreira, durante a cerimónia de entrega de prémios.

O Festival de Cinema de Tânger decorreu de 01 a 04 de Outubro. “A Memória do Cheiro das Coisas” estreia nos cinemas portugueses a 06 de Novembro. O filme já tinha vencido, em Junho, o prémio de melhor actor do Festival Internacional de Cinema de Xangai, no leste da China, para José Martins.

No final, José Martins interpreta “um veterano da guerra colonial forçado a entrar num lar de idosos, onde enfrenta os fantasmas do seu passado e forma um vínculo inesperado com a sua cuidadora negra”, segundo a sinopse.

O filme, uma co-produção Portugal-Brasil, apresenta-se como “um retrato poético e intimista de um idoso numa instituição, explorando a fragilidade da condição humana, a inevitabilidade da morte e a busca de redenção”, trabalha “questões prementes da sociedade, como o envelhecimento populacional e o racismo estrutural.”

6 Out 2025

Ópera | “Carmen”, de Bizet, apresentada hoje no CCM

Começa hoje o Festival Internacional de Música de Macau (FIMM) com um espectáculo que há muito faz parte do panorama internacional: a ópera “Carmen”, que se apresenta em “Carmen – Ópera em Quatro Actos de Georges Bizet”. O palco é o grande auditório do Centro Cultural de Macau (CCM), com o início do espectáculo marcado para as 19h30.

A produção está a cargo da Opéra Comique e da Ópera de Zurique, com encenação de Andreas Homoki. Este espectáculo acontece em parceria com a Orquestra de Macau, e as colaborações do Coro da Orquestra Sinfónica Nacional da China e Coro Juvenil de Macau.
“Mergulhemos num mundo de paixão ardente.” É este o repto deixado no programa oficial do espectáculo, marcado por uma “envolvência dramática e música inesquecível”.

No palco do CCM apresenta-se “uma inventiva produção”, com “árias pulsantes e inspirada no exotismo musical espanhol e em temas intemporais”. Com esta adaptação da “obra-prima de Bizet”, “Carmen” permanece “hoje tão possante e relevante como quando foi criada”.

“Levada à cena pelo galardoado Andreas Homoki, a produção transporta a trama para um cenário austero e meta-teatral. Uma réplica do palco da Opéra Comique transforma-se no pano de fundo de uma viagem no tempo, em que cada acto sugere uma era diferente: da Paris da Belle Époque até à Segunda Guerra Mundial e, finalmente, ao presente”, descreve o programa.

“Carmen” capta, assim, “como nunca a emoção crua e dramática do clássico, reinterpretando temas que afloram o destino e a humanidade de uma perspectiva subtil e ao mesmo tempo ousada”.

Segundo o programa, este espectáculo pode ser desfrutado por “melómanos ou espectadores novatos”, pois “esta produção envolve e desafia-nos, permanecendo connosco muito depois do espectáculo terminar”. Estamos, assim, perante “uma extraordinária demonstração de música, tragédia e sedução”.

3 Out 2025

Festival da Lusofonia | Calema e Marisa Liz actuam nas Casas Museu da Taipa

Já é conhecido o programa do Festival da Lusofonia deste ano, que se realiza entre 24 de Outubro e 2 de Novembro, integrado no 7º Encontro em Macau – Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Na música, esperam-se nomes como Calema, Marisa Liz, Rui Orlando ou Josslyn

 

A música e o universo da cultura em língua portuguesa estão de regresso às Casas Museu da Taipa ao Festival da Lusofonia. O evento, que decorre entre os dias 24 de Outubro e 2 de Novembro, em dois fins-de-semana, está integrado na sétima edição do Encontro em Macau – Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa.

O destaque este ano vai para a cultura angolana, segundo o programa apresentado na terça-feira. Porém, na música destaca-se dois nomes bem conhecidos do público: a cantora portuguesa Marisa Liz, que pertencia à banda Amor Electro, que actua no dia 1 de Novembro às 21h30, e os Calema, a representar São Tomé e Príncipe, que actuam logo no arranque do festival, a 25 de Outubro, às 21h30.

As restantes escolhas musicais recaem em Rui Orlando, de Angola, com o espectáculo agendado para o dia 26 de Outubro, às 20h40, ou os Memu Sunhu, da Guiné-Bissau, que actuam no primeiro dia do festival, também às 20h40. Segue-se Josslyn, de Cabo Verde, a 31 de Outubro; os Galaxy, de Timor-Leste, a 2 de Novembro; os Carimbó Paidégua, do Brasil, marcados para o dia 26 de Outubro, às 19h10; os Negros Unidos, a representar a Guiné Equatorial, no dia 25 de Outubro, às 19h55; os Tafika, de Moçambique, no dia 2 de Novembro, e, a fechar, os Sanskruti Sangam, de Goa, Damão e Diu, no dia 1 de Novembro, às 19h15.

Além destes espectáculos principais, a música acontece na zona das Casas Museu da Taipa a partir das 19h30, com espectáculos de músicos e bandas locais como os Concrete/Lotus, Elvis de Macau, Giuliana Fellini e banda, Fabrizio Croce, The Bridge, Rita Portela ou Banda 80&Tal. As actuações decorrem até às 22h.

Com organização do Instituto Cultural (IC), o evento promete trazer “ao público uma diversidade cultural e a oportunidade de vivenciar a dinâmica e a vitalidade do mundo lusófono, contando com uma programação de actividades que inclui espectáculos de música e dança, jogos e degustação gastronómica”, descreve a entidade numa nota.

A ideia é revelar os detalhes das culturas das comunidades lusófonas residentes em Macau, onde a comunidade macaense não fica esquecida. De resto, na banca de cada associação participante haverá artesanato, trajes tradicionais, gastronomia e informação turística de cada país ou região. Os visitantes podem ainda participar nos Jogos Tradicionais Portugueses, Torneios de Matraquilhos e Jogos Recreativos para Crianças.

Entre as letras e o cinema

O Festival da Lusofonia integra-se com mais eventos do 7º Encontro em Macau – Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa, nomeadamente exposições e mostra de cinema.

Um dos eventos principais é a “Narrativa Espiritual 2025 – Exposição Anual de Artes entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, uma mostra que reúne artistas do Interior da China, de Macau e dos Países de Língua Portuguesa.

O público poderá ver “criações contemporâneas de estilos variados”, que exploram “as conexões profundas entre as culturas chinesa e lusófona, convidando o público a embarcar numa viagem artística poética”. Ainda sem data fixa, a exposição fica patente entre Novembro e Março do próximo ano na Galeria de Exposições e na Casa da Nostalgia das Casas da Taipa.

Outro dos eventos agendados é o “Concerto Sino-Lusófono”, que promete oferecer “uma selecção especial de músicas para destacar o diálogo harmonioso entre a música chinesa e a música lusófona, revelando-se a fusão harmoniosa das duas sonoridades”. A data deste espectáculo ainda está por anunciar.

Outro evento integrado no programa do “Encontro em Macau” é o Festival de Cinema entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, que este ano celebra também a sétima edição. O tema é “Transcendendo Fronteiras”, apresentando-se “uma selecção especial de obras da China, dos Países de Língua Portuguesa e da Ásia Oriental”. Os filmes “contam histórias humanas que transcendem fronteiras”, sendo o filme de abertura “Green Wave”, realizado por Xu Lei, exibido a 14 de Novembro nos Cinemas Galaxy.

Depois, os filmes exibem-se na Cinemateca Paixão entre os dias 15 de Novembro e 5 de Dezembro, com um total de 30 películas.

Outro dos eventos integrados nesta iniciativa do IC é a “Exposição de Livros Ilustrados em Chinês e Português”, de 24 de Outubro a 2 de Novembro no Auditório do Carmo, na Taipa. Sob o tema “Mundo de Contos de Fadas”, apresentam-se “mais de 800 livros ilustrados de literatura infantil, maioritariamente em chinês e português, com entrada gratuita”. Há ainda o “Workshop de Degustação Chinesa e Portuguesa”, com três sessões do “Workshop de Café Preparado à Mão. Aqui os participantes podem provar as diversas variedades de café dos países de língua portuguesa. Destaque também para o evento “Workshop para Pais e Filhos sobre Experiência de Escultura em Chocolate”.

3 Out 2025

Zoo Festival | Concertos de bandas locais, de Hong Kong e Taiwan para ouvir na Taipa Velha

A Fábrica de Panchões Iec Long, na Taipa Velha, recebe, entre amanhã e domingo, 5 de Outubro, o Zoo Festival, que conta com bandas locais, de Hong Kong e de Taiwan. Os espectáculos, com entrada gratuita, decorrem entre as 17h e as 22h, contando com bandas como “WhyOceans”, “SCAMPER” ou “Whale Belly”, entre muitos outros.

Esta quarta-feira, no dia em que se celebra a implantação da República Popular da China (RPC), é dia das actuações dos “Whale Belly”, formação local que já teve o nome de “Joking Case”. Trata-se de um grupo com canções maioritariamente pop e que tem cinco membros, Coco, Dash, Pong2, Rill e Ronald, bastante ligados ao panorama “indie” da música local, fazendo músicas inspiradas nas suas próprias vidas.

O nome “Whale Belly” foi retirado de uma canção dos Radiohead, “Lift”, e remete para a intenção da banda: que o público possa ouvir as suas canções como se estivesse na barriga de uma baleia, imerso num mar profundo e afastado da vida real, quase como uma experiência espiritual.

Amanhã actuam também os “WhyOceans”, grupo formado em 2005 que sempre procurou criar um estilo musical próprio, a fim de proporcionar ao público experiências audiovisuais aprazíveis. A música desta banda varia entre o rock e estilos alternativos, tendo os “WhyOceans” actuado em diversos palcos em Macau, Hong Kong, Taiwan e China.

Sonoridades vizinhas

Na quinta-feira, é dia de ouvir “Herson Si”, “Jason”, “NO RISON” e “thetiredeyes”, um grupo com músicos de diversas origens e estilos musicais, que vai buscar influências ao jazz mais tradicional, mas que também busca sonoridades do R&B, Neo Soul, Pop ou Hip-Hop.

No dia 3 de Outubro, sexta-feira, é a vez do público ouvir os “TRICKIE BONIE”, de Hong Kong, os “ByeJack”, também oriundos da região vizinha, e ainda “TR33”. De Macau actuam os “I go to school, bye bus”. Sábado é a vez de a Fábrica de Panchões Iec Long receber, de Taiwan, os “Papun Band”, que vão dividir o palco com os locais “SCAMPER”, entre outras bandas.

Os “SCAMPER” são um grupo com sonoridades entre o pop-punk e o rock, trazendo ao palco energia e também um pouco de romance.
O Zoo Festival encerra-se no domingo, 5 de Outubro, com os “COPAK” e os “Room 307”, de Hong Kong; os “Daze in White”, de Macau, e ainda os “Wonder Water”, de Taiwan.

30 Set 2025

Semana Cultural da China | Artesanato na Doca dos Pescadores

A Doca dos Pescadores recebe, até Novembro, a Feira de Artesanato integrada na 17ª Semana Cultural da China e dos Países de Língua Portuguesa, que abriu portas este sábado. Segundo um comunicado da organização, a iniciativa “reúne um elenco excepcional de mestres artesãos, destacando-se a participação de duas herdeiras de património cultural imaterial de nível superior da província de Zhejiang, que encantam o público com demonstrações ao vivo das técnicas sublimes do recorte de papel de Pujiang e do bordado a ponto de cruz”.

Além disso, estão representados nove artesãos dos países de língua portuguesa apresentando “uma mostra deslumbrante de cerâmica, tecelagem, escultura e artes visuais, exibidas em bancas transbordando autenticidade e criatividade”, destacando-se também os artesãos de Macau.

Outro evento integrado na Semana Cultural é a Mostra Gastronómica dos Países de Língua Portuguesa, que também arrancou no sábado. Até 2 de Outubro, cinco chefes de cozinha de países como o Brasil, Cabo Verde, Guiné Equatorial, Guiné-Bissau e Moçambique apresentam diversos pratos em colaboração com um restaurante na Doca dos Pescadores.

A par disso, nas tardes entre hoje e quarta-feira, os chefes do Brasil, da Guiné Equatorial e de Moçambique realizarão sessões de demonstração culinária na “Legend Boulevard” da Doca dos Pescadores, confeccionando vários pratos ao vivo. Amanhã dois chefes da Guiné-Bissau e de Cabo Verde irão realizar workshops da culinária lusófona na Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau.

A 17ª Semana Cultural da China e dos Países de Língua Portuguesa decorre até ao dia 18 de Novembro e conta com várias actividades organizadas pelo Fórum Macau. Os espectáculos de dança e música estendem-se, pela primeira vez, a Pequim e a Zhongshan.

29 Set 2025

Hush! | IC recebe propostas para vídeos de música

O Instituto Cultural (IC) recebe, até ao dia 8 de Outubro, propostas para videoclips no âmbito do festival de música Hush!, que todos os anos acontece na praia de Hac-Sá, em Coloane. As propostas vencedoras serão conhecidas a 14 de Outubro nas páginas oficiais do evento nas redes sociais, com o nome “Hush Full Music”. Os prémios serão entregues no próprio festival no dia 19 de Outubro.

O festival decorre entre 11 e 19 de Outubro, integrando o concurso de curtas-metragens “Hush! 300 Segundos”, destinada a mostrar talentos na área dos videoclips de música.

Os candidatos “podem enviar um vídeo da sua própria actuação musical ou interpretação vocal”, sendo atribuídos distinções como “o Prémio Música no Desporto”, para “o vídeo com mais musicalidade e energia dinâmica”; bem como o “Prémio Música e JAM”, “Prémio Criativo e Divertido”, “Prémio Entusiasmo” e “Prémio Espírito de Participação”.

Todos os prémios serão atribuídos tendo como critérios “a musicalidade, criatividade, impacto emocional e espírito participativo dos vídeos”. O “Prémio Mais Popular” será atribuído “ao trabalho com maior popularidade”.

29 Set 2025

Concertos | Black Eyed Peas actuam em Macau em Novembro

Fizeram um sucesso estrondoso com músicas como “I Gotta Feeling”, “Let’s Get It Started” e “Where’s The Love?”, ainda com Fergie a acompanhar nas canções. Agora, com uma nova cantora, os Black Eyed Peas estreiam-se em Macau a 21 de Novembro, no Local de Espectáculos ao Ar Livre de Macau, no Cotai. Os bilhetes já estão à venda

 

A zona de concertos no Cotai, com o nome oficial Local de Espectáculos ao Ar Livre, vai receber em Novembro um concerto que promete encher as medidas do público: os norte-americanos Black Eyed Peas (BEP). Formados em 1992, a banda começou a ser conhecida com o terceiro disco de estúdio, “Elephunk”, lançado em 2003, de onde saiu o êxito que ainda hoje toca nas rádios: “Where Is The Love?”, em parceria com o cantor Justin Timberlake.

No dia 21 de Novembro os BEP actuam em Macau, mas já com algumas alterações na formação original do grupo, pois Fergie saiu em 2018, apostando numa carreira a solo. O seu lugar foi ocupado pela cantora J. Rey Soul. Os bilhetes para o espectáculo de Macau já estão à venda e variam entre 699 e 1,699 dólares de Hong Kong na plataforma uutix. Os BEP também actuam na vizinha Hong Kong no dia 19 de Novembro, no West Kowloon Cultural District.

Se no final dos anos 90 os BEP eram um trio apostado em fazer hip hop alternativo, quando assinaram com a Interscope Records começaram a apostar em batidas mais pop. Com essa editora lançaram os álbuns “Behind The Front”, em 1998, e depois “Bridging the Gap”, em 2000.

No terceiro disco tudo explodiu e os BEP conseguiram alcançar o verdadeiro sucesso comercial. “Where Is The Love?”, uma canção que questiona o rumo do mundo e os valores da humanidade, subindo no top de vendas em vários países, alcançando a posição 14 na Billboard 200 e vendido, só no Reino Unido, 1.6 milhões de cópias. Em todo o mundo vendeu 8.5 milhões.

Com “Elephunk” os BEP não saíam da grelha da MTV e Fergie foi conquistando notoriedade no meio do grupo. Saíram outros êxitos, como “Shut Up”, “Hey Mama” e “Let’s Get It Started”. Aproveitando a onda do sucesso, “Monkey Business”, saído em 2005, também gerou mais canções que os fãs dos BEP não esquecem, como “Pump It”, uma canção que é pop puro e que enche qualquer pista de discoteca, “Don’t Phunk With My Heart” ou “My Humps”.

Não se pode ignorar ainda o enorme sucesso do hit “I Gotta Feeling”, saído de um álbum posterior, o “The E.N.D.”, de 2009, que também teve o single bem-sucedido “Boom Boom Pow”. Com “I Gotta Feeling”, os BEP também deixaram a sua marca nas rádios e pistas de dança por esse mundo fora, até hoje.

Os trabalhos a solo

No meio do sucesso dos BEP, Fergie aproveitou para ir fazendo uns trabalhos a solo que também tiveram notoriedade. Em 2006 saiu “The Dutchess”, que vendeu 12 milhões de cópias em todo o mundo e trouxe cinco singles às tabelas musicais, nomeadamente “London Bridge”, “Glamorous”, “Big Girls Don’t Cry”, esta última mais a puxar para os tons de balada. Produzindo mais álbuns nos anos seguintes, e apostando na sua vida pessoal, ao casar e ter filhos, Fergie acabou por deixar os BEP em 2018.

Porém, também outros membros dos BEP foram fazendo as suas canções, como foi o caso de will.i.am, que fez “#willpower”. Há dez anos os BEP fizeram uma nova música com o dj David Guetta, e a preparar novo material discográfico.

O disco mais recente dos BEP é “Elevation”, foi lançado em 2022, e tem canções como “Simply The Best”, “Muevelo”, “Audios” e “Double D’z”, num total de 15 faixas mais marcadas pelas sonoridades latinas. Em 2020, em plena pandemia, saiu “Translation”.

29 Set 2025

Fundação Oriente apresenta, em Lisboa, semana dedicada à Coreia

Entre os dias 3 e 10 de Outubro a Fundação Oriente, recebe no Museu do Oriente em Lisboa o programa cultural “Celebrar a Coreia”, que apresenta actividades ligadas aos elementos da cultura coreana, como o “K-Beauty”, a música ou a gastronomia, com o popular kimchi.

Este evento acontece porque, em Outubro, se assinalam “duas datas marcantes na história da Coreia”, nomeadamente o Dia Nacional da Fundação da Coreia, conhecido como Gaecheonjeol, a 3 Outubro, e o Dia do Hangeul, a 9 Outubro, que celebra o alfabeto criado no século XV pelo Rei Sejong.

A mostra “expõe peças do seu acervo que habitualmente não estão acessíveis ao público”, apresentando também “um programa que visa aproximar ainda mais duas culturas cujos caminhos se cruzaram no século XVI”, destaca a organização.

No primeiro dia do evento, a 3 de Outubro, decorre um curso de introdução à pintura tradicional coreana, uma oficina de contos e jogos coreanos, e ainda uma demonstração da dança K-Pop, a partir das 18h. Nos dias seguintes haverá espaço para actividades tão diversas como um curso de taekwondo, nas modalidades de defesa pessoal e “freestyle”, uma oficina de “K-Beauty”, a maquilhagem tipicamente coreana.

Um pouco de história

No domingo, 5, às 16h30, terá lugar uma conferência sobre a “História dos Primeiros Contactos Luso-Coreanos”, com o professor Byung Goo Kang, do King Sejong Institute Lisbon. O professor regressa à Fundação Oriente no dia 9 de Outubro para falar da “Introdução à Língua Coreana”.

No tocante à gastronomia coreana, a 7 de Outubro haverá a “Oficina Chuseok”, onde se vai ensinar a cozinhar os pratos tradicionais Songpyeon e Bibimbap. Também neste dia haverá a “Oficina K-Skincare para Iniciantes” e ainda a “Oficina Maedeup”, também ligada ao universo do K-Pop.

No último dia do programa realiza-se a “Oficina Coreia do Sul”, onde se darão dicas a futuros viajantes, organizando-se também uma visita orientada de máscaras coreanas patentes na colecção do Museu do Oriente. Há ainda espaço para a demonstração de “Danças Talchum” e de Taekwondo.

26 Set 2025

Fotografia | “Outros Portos – Outros Olhares” para ver em Zhuhai

A mostra “Outros Portos – Outros Olhares” é inaugurada hoje em Zhuhai, no The Moment Art Space, depois de uma primeira passagem por Portugal. A exposição itinerante que reúne trabalhos de cinco fotógrafas chega a Macau em 2027, com curadoria conjunta entre Macau, com a designer Clara Brito, Portugal e Pequim

 

O The Moment Art Space, em Zhuhai, prepara-se para receber hoje, a partir das 18h30, a mostra de fotografia que vai passar por vários locais da Grande Baía, depois de uma primeira apresentação em Portugal. Trata-se de “Outros Portos – Outros Olhares”, patente na vizinha Zhuhai até 17 de Novembro, revelando ao público “um olhar feminista sobre identidade, resistência e transformação cultural”.

A exposição “reúne uma narrativa visual de obras fotográficas de cinco artistas mulheres oriundas de Macau, de Portugal e da China Continental”, nomeadamente Mina Ao, Margarida Gouveia, Ting Song, Xing Danwen e O Zhang. Segundo os organizadores da exposição, cada fotógrafa “traz uma abordagem visual própria para reflectir sobre o papel da mulher na sociedade e na cultura, explorando temas como identidade, resistência e transformação dentro do pensamento feminista contemporâneo”.

Propõe-se, assim, com “Outros Portos – Outros Olhares” uma “narrativa visual intensa e diversificada, construída através de registos documentais, reflexão pessoal e crítica cultural”. Nesta exposição, as “artistas envolvidas questionam ideias fixas sobre o que é ser mulher e desafiam os discursos predominantes nas suas sociedades”. No próximo mês a exposição estará patente em Shenzhen, encerrando-se depois em Macau em 2027.

Os talentos de cada uma

Na equipa de curadores está a designer Clara Brito, ligada a Macau e Portugal, e representante da Associação Cultural +853, sediada na RAEM. A designer está também ligada ao grupo “Tomorrow’s Heritage”. De Pequim, Gu Zhenqing colabora também na curadoria.
Olhando para o rol de artistas, Ting Song “destaca-se como pioneira na arte digital” e “a primeira criptoartista a integrar o acervo de um museu nacional na China, tendo criado as primeiras obras chinesas com inteligência artificial e NFT vendidas em leilão”.

A mostra da sua autoria “The Counter-Cyborg Cathedral and Bazaar” marcou “a primeira colaboração asiática entre humanos e inteligência artificial baseada em blockchain”. Ting Song já foi inclusivamente destacada nas listas “Forbes 30 Under 30” e “Gen.T Asia”, tendo participado na campanha “Dare”, da Chanel.

“A sua obra combina tecnologia de ponta com estética tradicional para explorar a feminilidade digital e a construção da identidade, trazendo à exposição uma voz ousada, inovadora e profundamente actual”, destaca a organização da mostra.

Quanto a Xing Danwen, Mina Ao e Margarida Gouveia, as suas imagens remetem para “formas de violência simbólica e material, oferecendo reflexões profundamente pessoais sobre autonomia e identidade”. Já O Zhang documenta “o legado das políticas de adopção na China, centrando-se na vida de mais de 55.000 meninas chinesas adoptadas por famílias americanas, levantando questões comoventes sobre pertença, troca cultural e identidade feminina”.

Hoje haverá ainda uma mesa-redonda, com sessão de perguntas e respostas, moderada por Clara Brito, e que conta com a participação de curadores convidados e artistas da exposição.

26 Set 2025

Cinema | Actriz Claudia Cardinale morre aos 87 anos

A actriz franco-italiana Claudia Cardinale, um ícone do cinema dos anos 1960, morreu nesta terça-feira, “aos 87 anos, junto dos seus filhos”, em Nemours, perto de Paris, onde residia, anunciou o seu agente à agência de notícias francesa AFP. Nascida em Tunes, Claudia Cardinale trabalhou com os maiores actores e realizadores, como Luchino Visconti, Federico Fellini, Richard Brooks, Henri Verneuil e Sergio Leone. “Ela deixa-nos o legado de uma mulher livre e inspirada, tanto na sua trajectória como mulher, quanto como artista”, afirmou o seu agente Laurent Savry, numa mensagem enviada à AFP. A actriz, que entrou no filme do realizador português Manoel de Oliveira, “Gebo e a Sombra”, subjugou Visconti e Fellini, encantou Delon, Belmondo e Mastroianni.

25 Set 2025

Lisboa | Casa de Macau promove almoços às quartas-feiras

A Casa de Macau em Lisboa começou esta quarta-feira uma iniciativa gastronómica onde se pretende servir almoços, mostrando algumas das iguarias da comida macaense. “Às Quartas-Feiras Pode Almoçar” é o mote da iniciativa que decorre na sede da Casa de Macau em Lisboa, na Avenida Gago Coutinho, em que “todas as semanas há um menu diferente de comida asiática, preferencialmente cantonense ou macaense”, destaca-se na nota enviada aos sócios. Justina do Rosário ficará encarregue da elaboração das refeições.

O horário dos almoços funciona entre as 13h e as 15h, servindo-se uma entrada, prato principal, sobremesa e café, havendo a oferta de chá ou o tradicional xarope de figo. Trata-se de um novo ciclo iniciado, “ainda a título experimental” de almoços em que se pretende que o público e sócios possam “usufruir do nosso espaço de almoço semanal na Casa de Macau”.

A macaense Justina do Rosário tem “experiência na área da restauração e irá oferecer, a cada semana, um prato representativo do vasto repertório de menus diversificados na linha da gastronomia asiática com pendor na cozinha cantonense e macaense, sempre com a opinião abalizada das especialistas Maria João dos Santos Ferreira e Edith Lopes”.

25 Set 2025