Andreia Sofia Silva EventosCinemateca | “Amuletos de Agosto” traz nova selecção de filmes Como habitualmente, um novo mês é, para a Cinemateca Paixão, sinónimo de refrescar a programação e apresentar mais uma selecção de filmes asiáticos, mas não só. Destaque para a cópia restaurada de “Millenium Mambo”, filme de 2001 de Hou Hsiao-Hsien, realizador de Taiwan Já começaram a ser exibidos na Cinemateca Paixão os filmes que fazem parte da selecção do mês em curso, intitulada “Amuletos de Agosto”. Um dos destaques é o filme “Millenium Mambo”, do realizador de Taiwan Hou Hsiao-Hsien, que desta vez se apresenta com uma cópia restaurada, uma vez que se trata de um filme de 2001. A primeira exibição aconteceu ontem, estando ainda agendadas apresentações nos dias 18, 22 e 25 deste mês. Tido como “filme inovador” na carreira do cineasta e vencedor do prémio técnico do Festival de Cannes e três prémios “Cavalo de Ouro” do Festival Internacional de Cinema de Taiwan, este filme começa com uma voz-off que recorda o momento em que Vicky vivia uma relação turbulenta com Hao-Hao, um preguiçoso, cuja atitude se assemelha à da namorada, que não tem propriamente grandes objectivos de vida. Ambos passam as noites a fumar e a beber, roubando algumas coisas ou viajando para o Japão. “Millenium Mambo” é um filme que analisa as expectativas e percursos destes dois personagens, questionando o factor tempo e o seu aproveitamento naquelas que parecem ser duas vidas errantes. Amanhã será exibido um thriller, bem como nos dias 15, 20 e 25 deste mês. Trata-se de “Red Rooms”, um filme de Pascal Plante, do Canadá, com a personagem Kelly-Anne, que todas as manhãs acorda junto ao tribunal para garantir um lugar no julgamento de Ludovic Chevalier, um assassino em série que está a ser julgado e pelo qual está obcecada. À medida que os dias passam e o julgamento prossegue, ela relaciona-se com outra jovem o que a faz sair da solidão, mas o tempo gasto em tribunal com os familiares das vítimas de Ludovic e a sua obsessão com o assassino fá-la perder cada vez mais a estabilidade emocional e o equilíbrio. Kelly-Anne traça então um novo objectivo: ter acesso ao vídeo perdido de uma menina de 13 anos, assassinada por Ludovic, que estranhamente é muito parecida com ela. O abuso a Maria Do Canadá, saltamos para o México com “Malo Actor” [Mau Actor], exibido hoje às 20h e depois com repetições na quarta-feira, dia 14, 18, 23 e 27. “Malo Actor” é inspirado na má experiência da actriz Maria Schneider com o actor Marlon Brando no filme “O Último Tango em Paris”, de 1972, quando este passa manteiga nas suas partes íntimas sem que a cena tivesse sido combinada com a actriz. O caso só foi confirmado pelo realizador, Bernardo Bertolucci, anos mais tarde. “Queria sua reacção como menina, não como actriz. Não queria que Maria interpretasse sua humilhação e sua raiva, queria que sentisse. Os gritos… ‘Não, não!’. Depois iria odiar-me para sempre”, disse, citado pelo El País. No caso de “Mau Actor”, é a actriz Sandra Navarro que acusa o actor Daniel Zavala de ter abusado dela numa cena de sexo. A actriz apresenta queixa, mas toda a produção tenta evitar o escândalo. O filme é de Jorge Cuchí. “Do Not Expect Too Much from the End of the World” é a película que se exibe pela primeira vez nesta programação este domingo, repetindo-se depois nos dias 16, 24 e 28 de Agosto. Este filme venceu um Urso de Ouro no Festival de Berlim e conquistou, na Roménia, país onde foi rodado, a categoria de Melhor Filme. Além disso, venceu o Prémio Especial do Júri no 76.º Festival de Cinema de Locarno. O mais recente filme de Radu Jude conta a história de Angela, uma assistente de produção com excesso de trabalho que tem de conduzir por Bucareste para filmar o casting de um vídeo sobre segurança no trabalho, a pedido de uma multinacional. Porém, quando Angela se encontra com Marian, um trabalhador desse empresa que está parcialmente paralisado, e este revela o que o levou à sua condição física, depressa é espoletado um escândalo que obriga a uma nova narrativa do vídeo. Este é descrito como “um drama cómico absurdo” dividido em duas partes, em que “numa paisagem vertiginosa o cinema, capitalismo e a tecnologia encontram-se com a sociologia política do mundo digital pós-totalitário”. “Little Miss Sunshine”, filme de 2006 que já fez sucesso em várias salas de cinema, repete agora na Cinemateca Paixão na próxima terça-feira e depois nos dias 17, 21, 24 e 29 deste mês. Tudo se centra na Olive Hoover, uma criança engraçada de sete anos fascinada por concursos de beleza e que obriga toda a família a acompanhá-la até à Califórnia para competir no concurso nacional “Little Miss Sunshine”. Porém, a par da tentativa de expressar beleza na competição, o que se revela é uma série de peripécias trágico-cómicas que envolvem todos os membros desta família disfuncional.
Hoje Macau EventosFRC | Livro “A Campanha”, de Vítor Carmona, lançado hoje É hoje apresentado, na Fundação Rui Cunha (FRC), aquele que é o primeiro romance histórico de Vítor Carmona e que faz parte de uma trilogia a sair até ao próximo ano. “A Campanha” relata a participação dos portugueses na Campanha do Rossilhão, no ano de 1793 em França e traz ao público uma estória relativamente esquecida, destaca o autor “A Campanha”, primeiro romance histórico de Vítor Carmona, é hoje apresentado na Fundação Rui Cunha (FRC) a partir das 18h30. Trata-se de uma obra que “explora um tema inédito no campo da ficção nacional, e pouco estudado pelos historiadores: a participação dos portugueses na Campanha do Rossilhão, na França de 1793. Editado pela Saída de Emergência, o livro saiu em Maio de 2023 em Portugal e faz parte de uma trilogia a ser apresentada até ao final do ano, conforme disse o autor ao HM. “O segundo volume vai ser lançado em Outubro e o terceiro em Maio. Desde o início que planeei escrever uma trilogia sobre uma campanha militar pouco conhecida dos portugueses e esquecida pelos historiadores”, contou. Vítor Carmona diz que “A Campanha” é um livro para leitores que “mesmo que não gostem de História, gostem de boas estórias”, contendo partes ficcionadas de um episódio histórico factual ocorrido há mais de 200 anos. “Achei que esta campanha militar tinha todos os ingredientes que fazem uma boa estória, com conflito, personagens interessantes, uma conjuntura europeia com grande turbulência, nos anos seguintes à Revolução Francesa. Peguei em factos que são verídicos e depois coloquei ficção com personagens que poderiam ter existido.” Trata-se de uma campanha que levou cinco mil soldados portugueses para combaterem, juntamente com os espanhóis, as tropas francesas na zona de Rossilhão, província francesa, após o regicídio de Luís XVI, em plena Revolução Francesa. Nessa época, alguns países europeus, nomeadamente Inglaterra, Polónia, Espanha e Portugal, tomaram providências militares e diplomáticas face ao perigo de um ataque por parte da França. É neste contexto que, com a declaração de guerra da Inglaterra à França, Luís Pinto de Sousa exerceu esforços diplomáticos para firmar uma aliança militar com a Espanha e a Inglaterra. A 15 de Julho foi assinada a convenção luso-espanhola de auxílio mútuo e a 26 de Setembro assinou-se a convenção com a Inglaterra. O exército português de auxílio a Espanha e com destino ao Rossilhão foi comandado pelo tenente-general João Forbes Skellater e constituído por seis regimentos de infantaria e uma brigada de artilharia com 22 bocas de fogo, num total de 6.000 efectivos, descreve-se no portal do Arquivo Histórico-Militar do Ministério da Defesa em Portugal. O grupo militar português incluía “militares de grande prestígio como os marechais-de-campo D. António Soares de Noronha, D. Francisco Xavier de Noronha e D. João Correia de Sá, o conde de Assumar e o coronel Gomes Freire de Andrade, entre outros”. A campanha do Rossilhão durou até ao final de 1794. As conquistas de Ceret, Villellongue, entre outras praças, trouxeram bastante prestígio aos generais portugueses, embora o Inverno de 1793 provocasse a perda de todas as vantagens militares até aí conseguidas. Na Primavera de 1794, os franceses obrigaram as tropas aliadas a retirar para a Catalunha, onde muitos portugueses morreram ou ficaram feridos. Em Novembro, os franceses venceram a batalha da Montanha Negra, que levou os espanhóis a negociar em separado a assinatura do tratado de paz em Junho de 1795 na cidade de Basileia. Após o regresso das tropas a Portugal, a paz foi assinada em 20 de Agosto de 1797, lê-se ainda no mesmo portal. A história de Diogo O livro contém um personagem, Diogo Saraiva, “recém-promovido a capitão, [que] procura transformar a sua companhia de granadeiros numa eficiente unidade de combate, mas duas mulheres determinadas e um criminoso sem escrúpulos atravessam-se no seu caminho”, descreve-se na sinopse do livro. Enquanto isso, “dois jovens amigos de Campo de Ourique decidem alistar-se para a campanha militar em busca de aventura e fortuna”, sendo que, após uma “penosa viagem marítima até aos Pirenéus Orientais, o que aguarda os soldados portugueses é uma sequência de terríveis e encarniçados combates contra o exército mais poderoso da Europa”. Trata-se, segundo a mesma sinopse, de um romance feito de “paixão, guerra e morte, mas também esperança, coragem e lealdade”. Vítor Carmona nasceu em 1973, em Lisboa. Licenciou-se em Relações Internacionais pela Universidade Lusíada de Lisboa. Diz ser um apaixonado por História, especialmente pelo período que vai da Revolução Francesa à epopeia napoleónica. Há dez anos criou a Sociedade Napoleónica Portuguesa, um espaço de divulgação e discussão dos combates levados a cabo por Napoleão Bonaparte. A.S.S.
Hoje Macau EventosFRC apresenta exposição “Brilho do Sol nas Montanhas” A Fundação Rui Cunha (FRC) inaugurou esta terça-feira a Mostra de Ensino Voluntário do Colégio Chao Kuang Piu, intitulada “Brilho do Sol nas Montanhas”, que apresenta o projecto solidário de uma equipa de alunos universitários que, duas vezes por ano, se dedicam a ensinar crianças isoladas e desfavorecidas, na região interior e montanhosa da província de Guizhou, no sudoeste da China. A mostra faz uma retrospectiva destas campanhas pedagógicas, através de 25 imagens fotográficas das viagens mais recentes, um conjunto de cartas escritas pelas crianças às equipas de professores voluntários, e outros artefactos relacionados. Após a inauguração, foi ainda projectado um documentário de 25 minutos com o mesmo nome da exposição, tendo-se seguido uma sessão de partilha de testemunhos, apresentada por Eliza Lei, locutora sénior e produtora de programas de TV e Rádio em Macau, com alguns participantes do projecto. Apoiar as crianças O Colégio Chao Kuang Piu (CKPC), uma das dez instituições residenciais da Universidade de Macau, celebra este ano o seu décimo aniversário, tendo alojado cerca de 500 alunos anualmente num ambiente colectivo multidisciplinar. “Desde Dezembro de 2018 que a Equipa de Ensino Voluntário do CKPC realiza ensino voluntário todos os invernos e verões na Escola Primária Gantuan Mei’e, no município autónomo de Congjiang, província de Guizhou, na China. Congjiang era uma das zonas mais pobres de Guizhou e muitas crianças pertencentes às minorias étnicas são chamadas de ‘crianças deixadas para trás’ [ao cuidado de familiares], uma vez que os seus pais trabalham longe de casa”, descreve uma nota da FRC sobre a mostra. Nesta actividade na China, os estudantes universitários “servem de irmãs e irmãos mais velhos durante estas visitas”. Através do ensino, que abrange disciplinas como o inglês, a arte, o desporto, a música e as ciências, e realização de actividades de grupo, as crianças “são ensinadas sobre o mundo e a cultivar bons hábitos e empatia”. A mostra pode ser vista na galeria da FRC até ao dia 10, na próxima semana.
Hoje Macau EventosOrquestra de Macau | Temporada arranca dia 31 de Agosto Já é conhecido a programação da nova temporada de concertos da Orquestra de Macau 2024/2025, com o tema “Criar Infinidade”. O primeiro espectáculo, “Sonho de Uma Noite de Verão”, de Felix Mendelssohn, acontece no dia 31 deste mês com a famosa actriz Sylvia Chang É já no último dia deste mês que a Orquestra de Macau (OM) inaugura uma nova temporada de concertos para os anos de 2024 e 2025. E fá-lo em grande. Trata-se da apresentação da obra musical composta por Felix Mendelssohn, “Sonho de uma Noite de Verão”, inspirada na obra do escritor inglês William Shakeaspeare com o mesmo nome. A obra, que sobe ao palco do grande auditório do Centro Cultural de Macau (CCM), a partir das 20h, traz a Macau a famosa actriz Sylvia Chang para interpretar 14 papéis, sendo também a narradora do espectáculo. Segundo o programa, esta apresentação acontece depois do espectáculo ter passado por salas de Taiwan e Hong Kong. “Os múltiplos níveis de romance e humor da peça inspiraram gerações de artistas, mas nenhum é mais popular do que Felix Mendelssohn”, que conseguiu “um maravilhoso equilíbrio entre o classicismo e o romantismo”, pode ler-se na programação. Este concerto nasce de um trabalho de adaptação músical de Yuan-pu-Chiao, com a OM a fazer-se faz acompanhar por solistas e as vozes femininas do Coro Filarmónico de Hong Kong. Segundo uma nota do IC sobre o programa, apresentado esta segunda-feira, trata-se de um cartaz que traz ao público local “colaborações interdisciplinares” que acabam por criar “um universo infinito de música com artistas a nível mundial”. Sob o tema “Criar Infinidade”, a nova temporada pretende apresentar “obras-primas intemporais de estilos e épocas diversificados, desde clássicos proeminentes a obras contemporâneas comoventes, assim como obras de cooperação artística interdisciplinar”, sempre sobre a batuta do maestro da OM, Lio Kuokman. Homenagem a Brahms A temporada traz também a “Série de Concertos em Homenagem a Brahms”, uma estreia, e que contará com a presença dos solistas de violino Alexandra Conunova e Josef Špaček, o solista de violoncelo Pablo Ferrández, os pianistas Alexzi Volodin e “Niu Niu” (Zhang Shengliang) e ainda o conceituado maestro austríaco Christian Arming. Segundo o IC, serão apresentadas as “obras de sinfonia e de câmara mais importantes” de Johannes Brahms, compositor, pianista e maestro alemão nascido em 1833 em Hamburgo e falecido em Viena em 1897. Um dos espectáculos desta série intitula-se “Homenagem a Brahms – Uma Noite de Prólogo” e conta com o maestro Lio Kuokman, a violinista Alexandra Conunova e o violoncelista Pablo Fernández, estando agendado para o dia 7 de Março do próximo ano no grande auditório do CCM. Destaque para a presença, nesta temporada da OM, do pianista francês Jean-Yves Thibaude, tido como “um dos melhores pianistas do mundo” e que vai interpretar o “Concerto para Piano n.º 5” do compositor francês Saint-Saëns. Além disso, o maestro Lio Kuok Man, que actua com batuta, tornar-se-á solista de piano no Concerto “Titã Infinito”, mostrando os encantos dos dois gigantes músicos Mahler e Ravel. Fica a promessa de realização de “cooperações interdisciplinares” entre a OM e outras entidades artísticas, “integrando-se elementos de coreografia, teatro e artes visuais”. Um dos exemplos é o trabalho de parceria com o Ballet de Hong Kong para o bailado “Os Amantes Borboletas”. Este espectáculo conta com a colaboração de Tim Yip, conhecido director de arte de teatro e cinema, que apresentará “ao público a clássica e perpétua história de amor com uma nova imagem”. Apresenta-se ainda o programa da BBC, estação televisiva inglesa, “Sete Mundos, Um Planeta”, com a actuação ao vivo da OM, sendo que a narração promete “levar o público a atravessar os sete continentes”. O cartaz conta ainda com o concerto ao ar livre “Sinfonia Estrelada nos Prados”, que conta com o famoso trompetista de pop e jazz Chris Botti. Espera-se ainda a presença de Hiromi Uehara, conhecida como a “mágica do piano de jazz”, que será protagonista do concerto de Ano Novo que traz uma “abordagem eclética”. A presença de Bach Por sua vez, a época da Páscoa será celebrada com um concerto especial que conta com a presença de Masato Suzuki, maestro japonês considerado especialista nas obras do compositor Johann Sebastian Bach. Suzuki irá tocar ao lado do Coro e Orquestra Barroca de Bach para interpretar a composição “Paixão segundo São Mateus”, de Bach. Da Coreia do Sul chega o “Concerto de Amor em Seul”, com Choi Na Kyung, descrita como a “deusa da flauta” e a soprano Myung Joo Lee. Fica a promessa de um alinhamento repleto de músicas românticas a pensar no Dia dos Namorados. Em Junho, mês em que se celebra o Dia Mundial da Criança, irá decorrer um “concerto sinfónico animado, com desenhos animados a serem passados em grande ecrã, cantores e coro, para que os jovens entusiastas de música também possam desfrutar do encanto da música e da animação” no MGM Theatre. Por fim, a programação da nova temporada da OM traz também o espectáculo “Ecos de Antigos Poemas Tang”, fazendo parte da série de espectáculos “Miscelânea de Obras Chinesas”, que combinam “a atmosfera dos tempos antigos e música moderna, a fim de interpretar, de maneira inovadora, os poemas clássicos da dinastia Tang”. Os bilhetes para os espectáculos já estão à venda, mas algumas actuações ainda carecem de confirmação do dia.
Hoje Macau Eventos“Hush! | Novo festival de “Concertos na Praia” em Novembro Está agendado para os dias 9 e 10 de Novembro, na praia de Hac-Sá, em Coloane, uma nova edição do popular festival de música “Hush! Concertos na Praia”, organizado pelo Instituto Cultural (IC). Neste sentido, estão a ser aceites propostas para a apresentação de músicos, bandas e projectos criativos que se possam apresentar no festival, vendendo produtos locais ou apresentando projectos de arte. O IC declara, em comunicado, que até ao dia 15 deste mês serão aceites propostas, que visam “promover a cultura da música pop em Macau”, bem como apresentar, no que promete ser uma “maratona de música pop”, uma série de actividades relacionadas com “gastronomia criativa, recreação infantil e instalações artísticas”, sem esquecer o desporto ao ar livre. A ideia é criar um “festival de música multidisciplinar”. No que diz respeito à música, o “Hush!” apresenta quatro secções, intituladas “Hot Wave”, “Upbeat Power”, “Music Chill” e “Hush! Kids”. Para participarem no evento, as canções de bandas e músicos devem ser originais em “pelo menos metade” de todo o repertório. Por sua vez, “as canções a interpretar na categoria ‘Hush! Kids’ podem não ser originais”. Será ainda criado o “Projecto de Desenvolvimento Musical Temático”, permitindo às bandas, músicos e associações “mostrarem a sua criatividade na produção de espectáculos musicais temáticos únicos, proporcionando aos participantes uma experiência musical inédita”. O programa do “Hush!” deste ano conta ainda com o “Workshop de Música”, que tem a participação de instrutores a fim de transmitirem conhecimentos sobre a música pop. O regulamento para a participação no “Hush!” está disponível no portal online do IC ou na página “Hush Full Music” na rede social Facebook.
Hoje Macau EventosMorreu o jornalista, radialista e escritor João Paulo Guerra O jornalista João Paulo Guerra, 82 anos, morreu no domingo em Lisboa vítima de doença, disse à agência Lusa fonte próxima do também radialista e escritor. João Paulo Guerra morreu no hospital Curry Cabral, e estava doente há já algum tempo, disse a fonte, lembrando o último cargo que o jornalista exerceu – provedor do ouvinte do serviço público de rádio. Sempre conhecido por João Paulo Guerra, iniciou a carreira na rádio, mas foi também jornalista na imprensa, trabalhou para televisão e escreveu uma dezena de livros. De acordo com biografias publicadas pelas suas casas editoras, o jornalista iniciou-se profissionalmente na Rádio Renascença, passando depois para o serviço de noticiários do antigo Rádio Clube Português, onde deixou o nome associado a programas de informação e magazines, que se destacaram na viragem da década de 1960 para a seguinte, como PBX e Tempo Zip. João Paulo Guerra Baptista Coelho Vieira nasceu em Lisboa, em Abril de 1942, iniciando-se no jornalismo aos 20 anos, profissão que interrompeu quando prestou serviço militar em Moçambique. A mãe era fundadora da revista “Crónica Feminina”. Foi editor e repórter na ex-Emissora Nacional (1974) e chefe do Gabinete de Estudos e Planeamento da Direcção de Programas desta estação, na origem da Rádio Difusão Portuguesa (1974-75). Em todo o lado Correspondente em Lisboa da Rádio Nacional de Angola (1976-1977), fez parte da equipa de fundadores da Telefonia de Lisboa (1985-1987), foi editor e repórter da TSF – Rádio Jornal (1990-96) e da Central FM (1996). Na Antena 1, foi responsável pelo programa “Os Reis da Rádio” (2005-2006) e, durante mais de dez anos, a partir de 2006, pela “Revista de Imprensa”. Nos jornais, entre outros títulos, trabalhou para a Mosca, suplemento de fim de semana do Diário de Lisboa, então dirigido pelo escritor Luís Sttau Monteiro, fazendo parte da sua equipa. Trabalhou também para o vespertino A Capital e o suplemento Cena 7, o República e o Musicalíssimo. Foi ainda chefe de redação do Notícias da Amadora (1972-74), esteve na redação de O Diário (1979-79), que chefiou de 1989 a 1990, além de ter sido colaborador permanente dos jornais O Jogo, Público e do semanário O Jornal. Foi ainda editor e redactor principal do Diário Económico. Ao longo da carreira jornalística conquistou uma dezena de prémios, nomeadamente da Casa da Imprensa, o Prémio Gazeta do Clube de Jornalistas, o Prémio Nacional de Reportagem do Clube de Jornalistas do Porto, o Prémio Reportagem de Rádio do Clube Português de Imprensa.
Andreia Sofia Silva EventosNOYB | “Noite de Quiz” em língua portuguesa no bairro de São Lourenço É já esta quinta-feira que acontece a primeira edição de um concurso que promete ser divertido e pedagógico ao mesmo tempo. A associação NOYB – None of Your Business acaba de criar a “Noite de Quiz”, um concurso de cultura geral para grupos a decorrer no espaço “Bookand”, na zona de São Lourenço. Ganha quem fizer mais pontos e acertar de forma mais rápida Acaba de ser criada uma nova forma de entretenimento em Macau que promete despertar a cultura geral de cada um. A “Noite de Quiz” tem a sua primeira edição esta quinta-feira no “Bookand”, na Rua de Ignácio Baptista, na zona de São Lourenço, e não é mais do que um concurso de questões de cultura geral, com temas nacionais e internacionais. O concurso é ganho pelo grupo que responder de forma mais rápida e certeira. Segundo um comunicado da organização do evento, que está a cargo da associação NOYB – None of Your Business, “a primeira edição da ‘Noite de Quiz’ será em língua portuguesa”, embora “isso não seja impedimento para que pessoas não falantes de português se juntem ao evento, desde que os colegas de equipa se ajudem na tradução das questões”. Não é necessário pré-registo para aparecer na “Noite do Quiz”, bastando apenas que se formem grupos que à entrada pagam apenas o valor de 20 patacas por pessoa. A NOYB descreve que o objectivo de criar esta actividade é de “dinamizar a oferta de actividades culturais em Macau”, pretendendo-se “criar um ambiente divertido e de saudável competição de cultura geral”, naquele que é considerado “um dos mais carismáticos bairros de Macau”. Tradição irlandesa Este evento vai buscar influências a outras “Noites de Quiz” semelhantes que ocorrem, por exemplo, em Lisboa e no Porto. O sucesso é tanto em Portugal que existe mesmo um website com a lista de bares onde grupos de pessoas se reúnem para adivinhar datas ou acontecimentos históricos e marcantes, além de se abordarem os mais variados temas. A tradição de realizar quizzes em bares veio da Irlanda, segundo a edição portuguesa da revista TimeOut, existindo em Lisboa desde finais dos anos 90. A primeira edição deste tipo de concurso na capital portuguesa decorreu num bar no bairro da Madragoa pela mão de Júlio Alves, que traduziu do inglês um quiz. Depressa se percebeu que responder a perguntas de cultura geral em grupo, e com algumas bebidas ao lado, poderia ser uma forma bem divertida de passar o tempo. No caso de Macau esta actividade não é ainda muito popular. A NOYB explica que a sua “Noite de Quiz” terá um questionário com 30 perguntas, sendo que o jogo funciona com equipas de duas a quatro pessoas, existindo um prémio para os vencedores. Este prémio consiste na oferta de bebidas para a equipa vencedora, caso sejam cerveja, vinho, coca-cola e água, sendo estas consideradas “bebidas que vão a jogo”. O quiz conta com 30 perguntas, feitas por um “quiz master”, ou apresentador, valendo um ponto cada. A última questão é chamada de “Guilhotina”, valendo cinco pontos. Caso a equipa copie as respostas dos outros ou vá encontrar respostas ao Google no telemóvel, é desqualificada. Além disso, no final de cada jogo, a organização fará uma revisão rápida de todas as perguntas, sendo que cada equipa tem depois dez minutos para entregar a folha com as respostas. Em caso de empate, o critério para desempatar é a rapidez com que a equipa entregar a folha. Com este evento, a NOYB espera que “a primeira edição permita aos participantes quebrar a rotina da semana e tornar-se num ponto de encontro regular”, sendo possível desfrutar no local de um menu de comidas e bebidas.
Hoje Macau EventosFotografia | Luís Godinho é o novo vencedor do concurso da “Somos!” Um erro informático levou a “Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa” a seleccionar por engano imagens para a mais recente edição do concurso de fotografia, que consagrou José Carvalho como o grande vencedor. Porém, face à nova avaliação, o fotógrafo Luís Godinho é agora o grande vencedor A “Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa” anunciou ontem os novos vencedores do concurso de fotografia “Somos – Imagens da Lusofonia”, que na sua quinta edição teve como tema “Em cada rosto, um legado colectivo”. A associação teve de analisar novamente as imagens submetidas que, devido a um erro informático, foram admitidas a concurso, apesar de não cumprirem os critérios requeridos, nomeadamente quanto à data em que foram captadas. Assim, ao invés de José Carvalho, que erradamente foi considerado vencedor, a “Somos!” anunciou ontem que Luís Godinho é o devido vencedor do concurso, que decorreu entre os dias 20 de Maio e 10 de Julho. Segundo um comunicado da “Somos!”, Luís Godinho ganhou com um retrato tirado em São Tomé e Princípe, tendo sido escolhidas também as imagens de Bruno Pedro e Jorge Bacelar, com fotografias tiradas, respectivamente, em Cabo Delgado, região de Moçambique; e em Estarreja, Portugal. Na mesma nota, descreve-se que o júri atribuiu o novo primeiro lugar à imagem do fotógrafo português Luís Godinho, intitulada “São Tomé e Príncipe”, que pretende “demonstrar a alegria sentida pelas crianças desse pequeno país, que tem uma população jovem cada vez mais instruída”. Assim, o retrato “é de uma menina que, depois de ter chegado da escola e ajudado a sua mãe nas tarefas diárias, se deita a relaxar à sombra, numa antiga roça em São Tomé, num contraste de luz e sombra que dá dimensão ao seu estado de espírito”. Segundo o júri, Luís Godinho conseguiu “aliar destreza técnica e boa composição nesta fotografia que, assim, lhe garante o primeiro prémio do concurso no valor de dez mil patacas”. O segundo prémio, no valor cinco mil patacas, foi conquistado pelo português Bruno Pedro, autor da fotografia “Paz em Cabo Delgado”, que é o retrato de uma menina a sorrir no coração do bairro mais antigo de Pemba (Paquitequete), na província moçambicana de Cabo Delgado, que tem sido fustigada por ataques terroristas desde Outubro de 2017. Houve uma fuga em massa da população daquela região, na sequência dos ataques armados atribuídos ao Daesh, e o retrato desta menina é um símbolo de resistência e de esperança, que atesta a capacidade humana de readaptação, de perseverança, que nos recorda que é possível encontrar alegria mesmo nas circunstâncias mais cruéis e difíceis, sendo a inocência plasmada no seu rosto profundamente comovente. Já o português Jorge Bacelar, recebeu o terceiro prémio, no valor de 3.500 patacas, com a fotografia “Momento de descanso”, que nos dá conta do legado de Manuel Pires Tavares, também conhecido por “Manel Espeta”, um agricultor que vive sozinho em Salreu, uma freguesia de Estarreja, Portugal. O retrato de perfil mostra o agricultor, sentado ao lado de uma das suas vacas de raça marinhoa (raça autóctone portuguesa) com os seus cães ao colo, que acabam por ser a sua companhia e alegria da casa. Manel herdou a paixão pela agricultura dos pais e no seu rosto estão as marcas de uma vida sempre dedicada ao campo. Outros destacados A quinta edição do concurso da “Somos!” atribuiu ainda três menções honrosas que não tiveram direito a prémios monetários, mas sim certificados. Trata-se de João Galamba, de Portugal, com a imagem intitulada “Festas de Santo Estevão”, uma tradição transmontana; Milton Ostetto, do Brasil, com “As marcas do mar” sobre a tradição da pesca artesanal em Florianópolis; e Raphael Alves, também do Brasil, com “O barqueiro” que retrata a seca mais intensa da história da Bacia Amazónica. Uma vez que o concurso fotográfico da “Somos!” celebra cinco anos de existência, a associação irá organizar uma exposição, a 27 de Setembro, a ter lugar no Albergue da Santa Casa da Misericórdia, pelas 18h30, com as melhores imagens submetidas a concurso, cerca de 40. Pretende-se apresentar as melhores fotografias “pela sua relevância ou valor para o tema do concurso fotográfico e para o propósito da Somos – ACLP de projectar a dimensão cultural da Lusofonia, assim como o papel de Macau enquanto plataforma que une a China e os países ou regiões de língua portuguesa”. Será também lançado um catálogo “que reúne as melhores fotografias das edições do concurso realizadas até este ano” e que irá conter “imagens que capturam a essência e a diversidade do mundo lusófono, revelando a conexão humana e cultural que une Macau e os países da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa], servindo este catálogo de registo e de suporte para memória futura, no âmbito destas relações”, lê-se na mesma nota.
Hoje Macau EventosCURB lança novo concurso de fotografia O CURB – Centro de Arquitectura e Urbanismo aceita, até ao final deste mês, dia 31, imagens candidatas ao concurso de fotografia de arquitectura para toda a área da Grande Baía, intitulado “Tesouros da Grande Baía”. Segundo um comunicado do CURB, trata-se de um concurso “aberto a todos os entusiastas de arquitectura e fotografia”, encorajando-se os participantes a explorar os diversos formatos arquitectónicos existentes nas cidades da Grande Baía Guangdong – Hong Kong – Macau, bem como “a captar os edifícios e espaços que tornam únicas as cidades da área da Grande Baía”. Desde 2022 que foram organizadas, pelo CURB, três edições do concurso de fotografia de arquitectura de Macau, contando com 539 participantes e submissão de 1273 trabalhos. “Este concurso foi único no seu género em Macau e encorajou as pessoas a explorar e registar a cidade através da lente da câmara, a reflectir sobre o ambiente construído e cultivar o sentimento de pertença dos cidadãos ao local onde vivem”. Porém, com esta edição do concurso “Tesouros da Grande Baía”, o CURB pretende fazer com que “o público em geral possa explorar a arquitectura da área da Grande Baía através da sua própria perspectiva”, desenvolvendo-se também “o sentimento de pertença e ligação às cidades” da Grande Baía. Três categorias O concurso apresenta três categorias, nomeadamente “Grupo Aberto de Macau”, “Grupo de Estudantes de Macau” e “Grupo Aberto GBA (excepto Macau)”, sendo disponibilizados prémios em dinheiro e certificados aos vencedores. Para participar no concurso, os participantes são convidados a carregar as suas fotografias através as ligações de apresentação disponíveis no sítio Web do concurso https://competition.curbcenter.com/. O CURB é uma instituição sem fins lucrativos estabelecida em Macau para promover a investigação, educação, produção e divulgação do conhecimento em arquitectura, urbanismo e cultura urbana. O Centro funciona como uma plataforma de intercâmbio entre o meio académico, a sociedade civil, a prática profissional e as instituições governamentais, servindo os interesses da comunidade em geral através de estudos de investigação, workshops, conferências, exposições, concursos e outras iniciativas.
Hoje Macau EventosCinemateca Paixão | Filmes de Macau voltam em Agosto A habitual secção “Discover Macau” está de regresso à Cinemateca Paixão com uma série de filmes realizados no território, mas desta vez com uma perspectiva feminina. Assim, serão exibidos três filmes com assinatura de realizadoras locais “Discover Macau – Do ponto de vista da mulher” é o nome dado à habitual secção de filmes presente na programação da Cinemateca Paixão e que, neste mês de Agosto que acabou de começar, traz três filmes de realizadoras de Macau. A primeira exibição acontece já amanhã, sendo apresentado o filme “Um a Dez”, de Teng Kun Hou, feito em 2019. A história deste filme gira em torno de um ritual de três amigas de liceu. Este ritual consiste em cruzar os dedos, fechar os olhos, não dizer uma palavra e não voltar atrás. Depois, há que pedir um desejo, caminhar por “dez santuários no escuro” e, sem ter medo, os desejos serão realizados. Porém, segundo a sinopse do filme, uma quarta rapariga misteriosa altera o rumo daquele que seria um simples ritual de adolescentes. Outro filme seleccionado para este “Discover Macao” , é o “Gin, Sake, Margarita”, um rol de bebidas feito por Peeko Wong em 2017. Mas este filme não é sobre o álcool, mas sim sobre o amor e o lugar da arte na vida das pessoas. Segundo a sinopse, a história gira em torno de três artistas que, numa noite, se encontram num bar, tentando responder a uma simples pergunta: porque é que fazem arte. “Embora saibam que a resposta não é fácil, pelo menos não estão sozinhos” nesse processo, é descrito. O bar escolhido para esta película é o Che Che, quando este estava situado na Rua Tomás Vieira. A terceira película escolhida para ser exibida este mês é “Natasha”, de Galileu MA, realizado em 2022. A história centra-se na boneca sexual, de nome Natasha, roubada de um bordel por uma mulher misteriosa, que decide embarcar numa viagem repleta de dificuldades. Junto com a boneca, “ela não tem escolha, a não ser terminar a missão, custe o que custar”. Estes filmes voltam a ser exibidos domingo e depois ao longo do mês até ao dia 31, em diferentes datas. Clássico para rever A programação da Cinemateca Paixão prossegue com nova e última exibição de um clássico de Hong Kong, agendada para o dia 10 de Agosto. Trata-se de “Dangerous Encounter of the First Kind” do realizador Tsui Hark, de 1980, considerada “uma obra-prima da Nova Vaga de Hong Kong” que rompeu amarras no cinema que se vinha fazendo, até então, nos anos 70. Seguem-se algumas exibições no âmbito da primeira edição do Festival Internacional de Artes para Crianças, promovido pelo Instituto Cultural.
Hoje Macau EventosFotografia | “Somos!” vai reavaliar imagens de concurso A Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa vai avaliar novamente as fotografias submetidas ao concurso “Somos Imagens da Lusofonia 2023/24: Em cada rosto, um legado colectivo”, devido a um erro informático que “permitiu a pré-selecção, e consequente admissão a concurso, de fotografias que não cumpriam a totalidade dos requisitos estipulados no regulamento desta quinta edição”, é revelado em comunicado. A associação acrescenta, assim, que será feita “uma rigorosa reavaliação de todos os resultados inicialmente divulgados”, sendo “verificada manualmente a data de cada uma das imagens para aferir as que respeitam na íntegra o regulamento do concurso”, pelo que “as fotografias que não cumpram as regras estabelecidas terão de ser excluídas”. Recorde-se que uma das regras era a submissão de imagens captadas entre 1 de Janeiro de 2022 e 31 de Dezembro de 2023 em países e regiões como Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Goa, Damão e Diu. Os resultados serão anunciados “oportunamente”. A “Somos!” afirma “reservar-se ao direito de reavaliar os critérios e condições de admissão em cada uma das suas edições, os quais ficarão inequivocamente expostos no regulamento e que deverão ser estritamente cumpridos, sob pena de as imagens não serem admitidas a concurso”.
Hoje Macau Eventos MancheteFIMM | Mariza actua com Orquestra Chinesa em Novembro Foi ontem apresentado o cartaz da 36.ª edição do Festival Internacional de Música de Macau que traz um espectáculo da fadista portuguesa Mariza com a Orquestra Chinesa de Macau para cantar alguns dos seus maiores êxitos. Este ano, o FIMM traz também a Macau o grande músico de jazz Herbie Hancock A fadista Mariza vai actuar no 36.º Festival Internacional de Música de Macau (FIMM) acompanhada pela Orquestra Chinesa de Macau (OCM), anunciou ontem a organização. O festival, que decorre entre 4 de Outubro 4 de Novembro, traz “a diva portuguesa do fado” ao território para uma “colaboração sublime” com a OCM, afirmou a presidente do Instituto Cultural (IC) durante a conferência de imprensa de apresentação do festival. “Queremos destacar que Macau é um lugar onde existe uma combinação da cultura oriental e ocidental”, referiu Leong Wai Man, explicando por que razão “o fado tem vindo a colaborar” frequentemente com a Orquestra. O concerto de Mariza está agendado para o dia 4 de Novembro, às 20h, no Londoner Theatre, tendo como destaques fados como “Primavera”, o célebre “Ó Gente da Minha Terra”, “Chuva”, “Melhor de Mim” ou “Quem Me Dera”, estando o programa sujeito a alterações. No cartaz do festival, lê-se que “nas últimas duas décadas, Mariza passou rapidamente de fenómeno do fado de Lisboa a ícone global”, sendo descrita como a “verdadeira embaixadora da música portuguesa” e “a artista portuguesa viva mais consagrada em todo o mundo”, com um repertório “ancorado no fado clássico e contemporâneo”. “Graciosamente acompanhada pela destreza do seu quinteto habitual, a cantora empresta a sua voz à Orquestra Chinesa de Macau, sob a batuta de Tsung Yeh, maestro de renome internacional, adornando a poesia ocidental com acordes chineses. Apresentando êxitos escolhidos de uma carreira de 20 anos intercalados por temas mais recentes, certamente que o concerto deixará pairar no público uma sensação de fascínio”, descreve o IC. O génio de Herbie Num festival com “diferentes programas de diferentes tipos de música para diferentes tipos de fãs”, a responsável destacou, entre os 12 programas, o espetáculo de abertura, “Tosca – Ópera em Três Actos de Giacomo Puccini”, que leva ao palco do Centro Cultural de Macau “o eminente Teatro Mariinsky da Rússia”. Já o director de programação do festival, salientou o concerto de Herbie Hancock, de 84 anos, pianista norte-americano. “Quando falei com Hancock, ele disse que podia ser a última digressão mundial que ia fazer”, notou Lio Kuok Man, sublinhando a importância da vinda do músico, que, de acordo com a organização, tem uma “ilustre carreira coroada com 14 Grammys”. Este espectáculo acontece no dia 3 de Novembro, às 20h, no grande auditório do Centro Cultural de Macau, com bilhetes que variam entre as 200 e as 650 patacas. No cartaz do FIMM, é descrito que, com 70 anos de carreira, “Herbie Hancock é um verdadeiro ícone contemporâneo” que “ao longo das suas explorações, transcendeu fronteiras e géneros, mantendo uma voz inconfundível”. Hancock ganhou destaque pela primeira vez como membro do Quinteto Miles Davis, durante a década de 1960, e através das primeiras gravações a solo para a Blue Note Records. O seu trabalho nos anos 70 fundiu jazz eléctrico com funk. Ainda na música jazz, o trompetista dos EUA Wynton Marsalis e a Orquestra Jazz do Centro Lincoln estreiam-se na região chinesa “num concerto enérgico cheio de notas vibrantes”, decreve a organização. Presente no festival, vai ainda estar o DoosTrio, “grupo de solistas conceituados e bons amigos que fundem as suas próprias tradições, dando nova vida aos ritmos fascinantes da antiga Pérsia, China e Índia”. Um concerto que junta Kayhan Kalhor, mestre do ‘kamancheh’, instrumento iraniano de cordas, Wu Han, especialista chinesa da pipa, e Sandeep Das, que toca tabla, instrumento musical de percussão, muito usado na Índia. O FIMM conta ainda com 16 actividades do Festival Extra, incluindo palestras e ‘masterclasses’, e tem este ano um orçamento de 33 milhões de patacas. Filmes com música A Cinemateca Paixão apresentará ainda a secção “Música na Tela”, com uma selecção especial de filmes associados ao FIMM. No dia 24 de Outubro será exibido “À Volta da Meia Noite”, do realizador Bertrand Tavernier. Neste filme, o músico de jazz Dexter Gordon interpreta Dale Turner, um músico afro-americano, brilhante e autodestrutivo, que se muda para Paris na década de 1950 em busca de um público que apreciasse a sua arte e a sua cor de pele. Aí, uma jovem mulher relaciona-se com o talentoso músico, mas mesmo o seu amor pode não ser suficiente para salvar o saxofonista do alcoolismo, do vício em drogas e da depressão. A banda sonora deste filme foi composta precisamente por Herbie Hancock. A 17 de Outubro, será exibido “Bolden”, filme biográfico de Dan Pritzker, que “imagina a jornada envolvente, poderosa e trágica de Buddy Bolden, o pouco conhecido herói americano, inventor do Jazz. “Tendo Gary Carr no papel principal, com música original escrita, arranjada e interpretada por Wynton Marsalis, nascido em Nova Orleães, Bolden leva-nos de volta à icónica cidade do jazz no início do século XX. Uma história alimentada pela paixão, ganância e génio musical”, é ainda referido pelo IC.
Andreia Sofia Silva EventosRonald Cheng actua no Cotai em Agosto Está agendado para o dia 10 de Agosto, no Grande Pavilhão do Grand Lisboa Palace Resort, o espectáculo com Ronaldo Cheng, conhecido actor e cantor de Hong Kong. Segundo um comunicado da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), operadora que detém este empreendimento no Cotai, Ronald Cheng estará pronto “para fazer uma serenata ao público com uma série de canções de amor populares que irão conquistar os corações”, apresentando-se “melodias inesquecíveis”. Trata-se de mais um concerto com o género de música cantopop, bastante apreciado em Macau e na Ásia, e que tem sido presença frequente no território com a vinda de vários músicos e bandas, com destaque para os “Seventeen” e “Mirror”. Desta vez, Ronald Cheng promete trazer “os seus êxitos premiados e as mais recentes canções que estiveram no topo das tabelas”. Uma das músicas que pode ser ouvida pelo público de Macau é “My Only Love”. Carreira de sucesso Ronald Cheng tem estado em digressão pela Ásia com “Fragments of Wonder”. Um dos últimos espectáculos decorreu em Junho na cidade de Kuala Lumpur, Malásia, tendo actuado na vizinha Hong Kong em Fevereiro com o mesmo espectáculo. Nascido em Hong Kong em 1972, o também compositor tem feito uma carreira artística de sucesso que passou, nos primeiros tempos, por Taiwan. Depois de um breve interregno na música, Ronald Cheng voltou em força em 2003, sempre dentro do género cantopop. Mas só em 2005 é que conheceu o verdadeiro sucesso junto do público com a música “Rascal” que, no concurso da estação televisiva TVB desse ano foi votada como a mais popular de 2005 no concurso “Jade Solid Gold”. Nos anos 90, Ronald Cheng chegou a estar representado pelas editoras discográficas Polygram e Universal. O sucesso também aconteceu na carreira de Ronald Cheng na sétima arte, pois venceu o prémio de “Melhor Actor Secundário” pela sua participação em “Vulgaria”, filme de comédia de 2012, na 32ª edição dos Prémios de Cinema de Hong Kong.
Andreia Sofia Silva EventosWAVE | Festival regressa em Agosto com estrelas de cantopop O Studio City volta a ser palco, em Agosto, de um festival que mistura música ao ar livre com o entretenimento na piscina. Depois de duas edições bem-sucedidas, eis que o concerto “WAVEFest EPIC”, agendado para 18 de Agosto, promete trazer alguns membros da conhecida banda de Hong Kong “Mirror”. O sucesso do evento tem sido tanto que foi acrescentada nova data de concertos para dia 17 Quem gosta de cantopop, da banda “Mirror”, uma das mais famosas “boys-band” de Hong Kong, e de ouvir música ao ar livre, especialmente num parque aquático, não pode perder a próxima edição do “WAVEFest”. A terceira edição daquele que é apresentado como o “Festival de Música Aquática ao Ar Livre” volta a decorrer no Parque Aquático do Studio City, no Cotai, dia 18 de Agosto. Para esse dia está agendado o espectáculo intitulado “WAVEFest EPIC”, que traz três rapazes da banda “Mirror”, nomeadamente Anson Lo, Edan Lui e Jeremy Lee. A eles juntar-se-ão Jason Chan, Phil Lam, Lagchun, o novo grupo pop ROVER e o artista indie de hip-hop JB. Segundo um comunicado da Melco, operadora de jogo que detém o empreendimento Studio City, fica a promessa de uma “festa pop de Verão com êxitos cativantes”. Neste dia, haverá “um palco aberto especial multifacetado, colocando-se o público perto dos artistas que interagem com uma distância mais curta”. Para que os presentes possam melhor lidar com as altas temperaturas que se fazem sentir nesta altura, serão “adicionados salpicos de água”, algo que “irá transformar o espectáculo numa derradeira festa musical”. Segundo a mesma nota, os membros dos “Mirror” disseram estar “entusiasmados por poder actuar no Parque Aquático Studio City este Verão”, desejando ainda “ter a oportunidade de experimentar as mesmas instalações no futuro”. O concerto decorre entre as 17h e as 20h, mas o parque aquático começa a funcionar às 11h. Os bilhetes já estão à venda e incluem o acesso a todas as instalações do parque aquático, podendo o público desfrutar dos divertimentos na água até o arranque do concerto. O sucesso desta iniciativa foi tanto que a organização resolveu acrescentar, dias depois do anúncio do concerto do dia 18, uma nova data de espectáculos para o dia anterior, 17 de Agosto. Este novo evento intitula-se “WAVEFest BEATS” e contará com a cantora Sandara Park, do grupo feminino de cantopop “2NE1”, o cantor Lee Seong Jong e o rapper e bailarino KINO. O público poderá ainda dançar ao som da DJ Sura, considerada uma das melhores 100 dj’s do mundo, e ainda o DJ RAIDEN, que já passou música no Ultra Music Festival. O alinhamento para o concerto do dia 17 fecha com o DJ Glory, da Coreia do Sul. As actuações deste dia decorrem também no mesmo horário e no Parque Aquático do Studio City. Sucesso garantido Recorde-se que o “WAVEFest” teve duas edições em Junho que, segundo a organização, foram bem-sucedidas, sendo este o primeiro festival de música em contexto aquático a ser organizado no território. Os bilhetes esgotaram num ápice, o que levou a organização a promover um terceiro espectáculo. O “WAVEFest” conta com apoio do Governo. Citada pela mesma nota, Helena de Senna Fernandes, directora da Direção dos Serviços de Turismo (DST), disse estar entusiasmada com o evento e o seu potencial. “A DST está empenhada em incentivar a indústria a lançar de forma activa actividades de entretenimento temáticas, diversificadas e inovadoras. O WAVEFest é uma experiência inovadora que pode mostrar o ambiente de entretenimento vibrante e dinâmico de Macau, atraindo mais visitantes internacionais e promovendo o desenvolvimento da indústria integrada de turismo e lazer”. Para a responsável, trata-se de um festival que pode enriquecer ainda mais “a dinâmica da cidade como um centro mundial de turismo e lazer”. Esta edição do “WAVEFest” marca ainda o regresso dos “Mirror”, ainda que com apenas alguns elementos, a Macau, depois de vários concertos da banda em Macau, na Galaxy Arena, em Maio. Tratou-se de um regresso bastante esperado pelos fãs depois de um período de afastamento da banda, influenciado por questões pessoais.
Hoje Macau EventosFotografia | José Carvalho vence 5.º concurso da associação SOMOS Já são conhecidos os vencedores da quinta edição do concurso de fotografia da associação Somos, intitulado “Somos – Imagens da Lusofonia”. José Carvalho venceu com uma fotografia tirado em Moçambique e que retrata a difícil situação política e humanitária em Cabo Delgado. Timothy Lima e Luís Godinho foram também premiados José Carvalho é o grande vencedor do concurso de fotografia da associação Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa, intitulado “Somos – Imagens da Lusofonia”, que já vai na quinta edição e que, desta vez, teve como tema “Em cada rosto, um legado colectivo”. O concurso decorreu entre 20 de Maio de 2023 e 10 de Julho deste ano. O fotógrafo português venceu com um retrato tirado em Moçambique que personifica a tragédia humana vivida no Norte desse país, na sequência de ataques terroristas na província de Cabo Delgado. Timothy Lima e Luís Godinho completam o trio de premiados, com fotografias da Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, respectivamente. A imagem de José Carvalho tem como título “A caminho de sítio nenhum”, e remete, segundo um comunicado da Somos!, para os “graves problemas vividos no norte de Moçambique, local em contínua mutação devido aos ataques armados recorrentes na província de Cabo Delgado, imputados ao grupo terrorista Daesh, que têm provocado a fuga em massa da população local. A Ilha de Moçambique acaba por ser o refúgio de muitas das famílias deslocadas”. Na imagem de José Carvalho surge Manila, menina de 15 anos. “Na sala onde aprende a costurar com o avô, Ali, a menina de 15 anos surge no centro da fotografia a olhar para trás com um semblante apreensivo, iluminado pela cor bordô do seu hijabe. Este retrato de grande beleza estética, que ganha especial força pelo contraste luz e sombra que ilumina a face de Manila e espelha a sua alma e o legado que carrega, demonstra que o fotógrafo consegue aliar a destreza técnica e a boa composição à revelação da complexidade da natureza humana”, descreve a associação. O primeiro prémio no concurso rendeu a José Carvalho dez mil patacas. O segundo prémio, no valor cinco mil patacas, foi conquistado pelo português Timothy Lima, autor da fotografia “Filhos da Luz”, captada no contexto de uma missão humanitária à Guiné-Bissau. O retrato de duas crianças a comerem num banco de rua, na região de Bolama, traduz o triunfo da esperança sobre a pobreza extrema e adversidades. Já o português Luís Godinho, recebeu o terceiro prémio, no valor de 3.500 patacas, com a fotografia intitulada “São Tomé e Príncipe”, que pretende demonstrar a alegria sentida pelas crianças desse pequeno país, que tem uma população jovem cada vez mais instruída. Segundo a organização, o retrato é de uma menina que, depois de ter chegado da escola e ajudado a sua mãe nas tarefas diárias, se deita a relaxar à sombra, numa antiga roça em São Tomé, num contraste de luz e sombra que dá dimensão ao seu estado de espírito”. Menções honrosas O concurso da Somos! atribuiu também três menções honrosas, através de certificado, a três concorrentes. São eles Jorge Bacelar, de Portugal, com “Momento de descanso”, que é “um retrato de um agricultor, sentado ao lado de uma das suas vacas de raça marinhoa e com os seus cães”. Bruno Pedro, também de Portugal, foi distinguido pela imagem “Paz em Cabo Delgado”, que é “o retrato de uma menina a sorrir no coração do bairro mais antigo de Pemba (Paquitequete), na província moçambicana de Cabo Delgado, que, segundo a organização, “mostra a capacidade humana de encontrar alegria mesmo nas circunstâncias mais difíceis”. Destaque ainda para as menções a Raphael Alves, do Brasil, com a fotografia “Milena Kukama”, o retrato da líder indígena que sorri no meio das manifestações de povos indígenas em Manaus, Amazonas, Brasil. A organização do concurso dá conta que foram submetidas mais de 200 imagens “com elevada qualidade”, tendo o painel de jurados sido composto por fotojornalistas que trabalham em Macau, Portugal, Brasil e Angola, tendo sido presidido por Gonçalo Lobo Pinheiro, representante da Somos – ACLP. Este destaca, citado pelo mesmo comunicado, a “qualidade das imagens submetidas a concurso”, com mais uma “edição recheada de grandes imagens”. “Este ano, com o tema centrado no retrato, o grande vencedor acabou por ser o fotojornalista português José Carlos Carvalho com um fantástico retrato captado em Moçambique. Em nome do júri, quero agradecer a todos os participantes que, ano após ano, são cada vez mais em número. Parabéns aos vencedores.” No dia 27 de Setembro será inaugurada no Albergue da Santa Casa da Misericórdia uma exposição com os retratos vencedores do concurso e mais 40 imagens seleccionadas dos participantes. Além disso, em jeito de celebração dos cinco anos do concurso, será editado um catálogo que reúne as melhores imagens das edições do concurso realizadas até este ano. Trata-se de “imagens que capturam a essência e a diversidade do mundo lusófono, revelando a conexão humana e cultural que une Macau e os países da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa], servindo este catálogo de registo e de suporte para memória futura, no âmbito destas relações”, é descrito na mesma nota.
Hoje Macau EventosInsufláveis | Venetian recebe “Bounce The City Macao” até Setembro O Venetian acolhe até ao dia 18 de Setembro aquele que é considerado o “maior parque de insufláveis interior da Ásia”. Chama-se “Bounce The City Macao”, é a primeira vez que está no território e apresenta cinco atracções com insufláveis, num total de 150 mil pés quadrados de área. A inauguração aconteceu no sábado e estão disponíveis atracções como o “AirSPACE Pink Alien” ou o “City Xscape” que, segundo um comunicado da organização, transportam os amantes de insufláveis para “aventuras cósmicas infundidas de extraterrestres”, sem esquecer “o mundo das profundezas do mar no borbulhante OctoBlast”. No fundo, “‘Bounce The City Macao’ oferece uma gama verdadeiramente diversificada de atracções para cativar a imaginação dos visitantes de todas as idades”, pode ler-se. O parque está disponível para visitas em cinco sessões diárias de 90 minutos cada, em que os visitantes podem desfrutar de todas as atracções. Estes são ainda “encorajados a vestirem-se com as suas roupas e meias mais coloridas”, prontos para as fotografias a publicar nas redes sociais.
Andreia Sofia Silva EventosRua das Estalagens | Sete espaços de restauração seleccionados “Café Fantart”, “Little Port”, “OLÁLÁ”, “Catfee Macau”, “Travessa Gelato”, “Pan Pan” e “Voyage Thai Kitchen”. São estes os espaços de restauração vencedores do “Programa de Recrutamento de Empreendedores para a Rua das Estalagens”, zona antiga que vai ser requalificada com o apoio da Sands China. Tratam-se de cafés, restaurantes e lojas que promovem a cultura portuguesa e macaense Estão escolhidos os sete projectos empresariais vencedores do “Programa de Recrutamento de Empreendedores para a Rua das Estalagens”, zona antiga da península de Macau que vai ser alvo de uma requalificação. Sendo um projecto promovido pelo Instituto Cultural (IC) e apoiado pela Sands China, a ideia é, segundo um comunicado, “financiar propostas empresariais inovadores de residentes de Macau interessados em criar empresas na Rua das Estalagens”. Foram seleccionados sete espaços de gastronomia e lembranças, nomeadamente o “Café Fantart”, “Little Port”, “OLÁLÁ”, “Catfee Macau”, “Travessa Gelato”, “Pan Pan” e “Voyage Thai Kitchen”. De frisar que estes projectos foram escolhidos de entre 128 candidaturas, das quais 120 foram consideradas elegíveis. A concurso estiveram propostas não apenas na área da restauração, mas também de take-away, retalho ou indústrias culturais e criativas. No caso do “Café Fantart”, é apresentado como “um café criativo local especializado em pastéis folhados e vários produtos de pastelaria, juntamente com pratos principais”. Neste espaço, a equipa procura “fazer avanços inovadores na cultura de pastéis de nata enraizada em Hong Kong e Macau”. O “Little Port” apresenta-se como uma “loja de retalho de especialidades e lembranças portuguesas com a ambição de estabelecer uma marca de especialidades portuguesas com impacto e transformar a estrutura do mercado tradicional de lembranças”. No “OLÁLÁ” vendem-se snacks e refeições ligeiras tipicamente macaenses, enquanto no “Catfee Macau”, uma cafetaria que visa promover a adopção de animais, além de que “os clientes podem desfrutar da vista das Ruas das Estalagens a partir do ‘rooftop’, proporcionando uma experiência gastronómica única”, pode ler-se. Se na “Travessa Gelato” se pode provar o verdadeiro gelado feito à moda de Itália, no “Pan Pan” faz-se a elegia ao pão, apresentando-se uma “fusão entre as técnicas tradicionais de padaria japonesas e francesas”, sendo que o fundador deste espaço é formado na famosa escola de cozinha “Le Cordon Bleu”. Segue-se, no “Voyage Thai Kitchen”, um restaurante de comida tailandesa cuja marca já tem presença em Macau desde 2013. Espera-se que este espaço apresente pratos a preços mais acessíveis com a adopção de “alguns elementos nostálgicos, disponibilizando-se um espaço que integra o lazer, música, cultura local e sessões de partilha”. Estes espaços vão receber subsídios para o estabelecimento do negócio, distribuídos em quatro fases. “Os subsídios atribuídos são até duas vezes o investimento de capital inicial das empresas, com um limite máximo de um milhão de patacas, a fim de incentivar o seu desenvolvimento sustentável”, aponta-se na mesma nota. Atmosfera especial Os projectos vencedores foram conhecidos na última quinta-feira. Wilfred Wong, vice-presidente executivo da Sands China, disse esperar “que este grupo de aspirantes [empresários] e criativos locais utilize a energia e o entusiasmo da juventude para trazer uma nova atmosfera ao bairro”. A requalificação da Rua das Estalagens trata-se de “um projecto que pertence à população de Macau e conta com o apoio do Governo, empresas e comunidade, trazendo esperança para o futuro”, disse ainda. De frisar que os candidatos ao programa tinham de ter um capital social mínimo de 300 mil patacas para participar no concurso. Este foi anunciado pela Sands a 8 de Abril, tendo sido realizadas diversas actividades na área do marketing e técnicas empresariais. Cheang Kai Meng, presidente substituto do IC, disse que este programa é a prova “do testemunho do empenho inabalável da empresa [Sands China] em revitalizar a zona antiga de Macau e em impulsionar a diversificação económica da cidade, estando em linha com a estratégia de desenvolvimento do Governo da RAEM”. Do lado do IC procura-se “envidar esforços no sentido de melhorar as condições ambientais, optimizando as instalações de apoio nos bairros que necessitam de ser revitalizados, com o objectivo de criar um futuro diversificado e sustentável”, acrescentou. A nova Rua das Estalagens vai também contar com um espaço da empresa Future Bright Holdings, do deputado Chan Chak Mo. Trata-se da loja “Yeng Kee Snoopy Store”, e que motivou a concessão do prémio “Empresa Líder para a Revitalização da Comunidade” concedido pela Sands China à Future Bright Holdings. Tal aconteceu pelo facto de a Future Bright ter “introduzido vários elementos de negócio no bairro e criado um modelo para outros potenciais empresários”.
Hoje Macau EventosCCM | Orquestra de Macau toca com pianista japonês Decorre este sábado, a partir das 20h, mais um concerto de música clássica no grande auditório do Centro Cultural de Macau (CCM). Trata-se de do espectáculo de encerramento da temporada da Orquestra de Macau (OM), intitulado “Explorando Limites”, que conta com o jovem pianista japonês Nobuyuki Tsujii. Segundo uma nota do Instituto Cultural (IC), o concerto será dirigido pelo director musical e maestro principal da OM Lio Kuokman. Já Nobuyuki Tsujii é tido como um pianista de renome internacional. O concerto irá apresentar a obra “Concerto para Piano nº 3 em Ré Maior”, do russo Sergei Rachmaninoff, traçando-se, assim, “um ponto final perfeito para a presente temporada [da OM], com os tocantes timbres de piano”. O pianista japonês Nobuyuki Tsujii nasceu com deficiência visual, mas “possui um talento extraordinário na música”. Em 2009, aos 20 anos, venceu o prémio de ouro do Concurso Internacional de Piano Van Cliburn, considerado um dos concursos de piano mais difíceis do mundo, tornando-se o primeiro vencedor de nacionalidade japonesa na história desse prémio e o primeiro pianista com deficiência visual que alguma vez venceu em concursos internacionais de piano. Depois desse marco, o pianista publicou vários álbuns e cooperou com diversas orquestras sinfónicas de ponta do mundo. Além do solo de Nobuyuki Tsujii, com a composição de Rachmaninoff, a OM vai tocar “Suite Lago dos Cisnes”, de Pyotr Tchaikovsky, proporcionando “um final perfeito para a temporada de concertos com melodias líricas e românticas”. Os bilhetes para este espectáculo já estão à venda e custam 80 patacas, disponibilizando-se um desconto de 25 por cento para quem faça parte do grupo de amigos da OM.
Andreia Sofia Silva EventosCinemateca | Filme de Éric Rohmer exibido hoje Numa única exibição, incluída na secção “TGIF – Exibição de Sexta à Noite”, é apresentado hoje, a partir das 20h, na Cinemateca Paixão, o filme “Conto de Verão”, do conhecido realizador francês Éric Rohmer. Visualizado o filme, será altura de uma festa de degustação de vinho francês com uma sommelier Corria o ano de 1996 quando Éric Rohmer, realizador francês, rodou “Conto de Verão”, filme integrado numa série de quatro intitulada “Contos das Quatro Estações”. É uma película que gira em torno das ideias do ser e não-ser, o desejo ou a ausência dele. O terceiro filme desta série pode ser hoje visto na Cinemateca Paixão, na Travessa da Paixão, perto das Ruínas de São Paulo, incluído na secção “TGIF – Exibição de Sexta à Noite”. Esta é a história de Gaspard, que vai de férias para o litoral, encontrando-se com Lena, a sua namorada. Enquanto espera que ela chegue, conhece as amigas Margot e Soléne, sendo que cada uma delas representa algo que Gaspard aprecia: a amizade, dada por Margot, e Soléne, a promessa de paixão e sensualidade, que busca um compromisso sério com Gaspard. Segundo a sinopse do filme, Lena, a verdadeira namorada, representa o amor verdadeiro. Mas quando esta chega ao local combinado para as férias, o rapaz tem de escolher entre as três mulheres. Este é um dos quatro “Contos das Quatro Estações”, da autoria do famoso realizador francês Éric Rohmer. Nascido em Nancy a 4 de Abril de 1920, Rohmer foi, além de realizador de cinema, crítico de filmes, guionista e jornalista, sendo tido como uma das grandes personalidades da chamada “Nouvelle Vague” francesa. Editou também a prestigiada revista de cinema “Cahiers du Cinema”. Não lhe faltam prémios atribuídos nos mais reputados festivais de cinema internacionais, tendo feito a sua primeira curta-metragem em 1950, “Journal d’un scélérat”. Nove anos depois realizou a sua primeira longa-metragem, “Signo del León”. Segundo a biografia do realizador disponibilizada na plataforma de “streaming” Filmin, “o cinema de Eric Rohmer caracteriza-se pela sua simplicidade e agudeza intelectual, em climas de profunda empatia com os ambientes nos quais se desenvolve a acção e com os personagens que definem o sentido moral de cada uma das suas histórias”. Rohmer foi nomeado em 1970 para o Óscar de Melhor Filme não falado em Inglês, pela sua longa-metragem “Mi Noche con Maud”. No ano seguinte o filme foi candidato ao melhor guião original. A série “Contos das Quatro Estações” arrancou em 1990, focando-se “nas relações humanas, das quais o amor é o principal protagonista e o engano”. O realizador é ainda autor de filmes como “O Bom Casamento”, “Noites de Lua Cheia” e “A Mulher do Aviador”, entre outros. Vinho para rematar Visualizado o filme de Rohmer, é altura dos interessados provarem vinho francês numa sessão acompanhada por uma sommelier, à semelhança de outros eventos já organizados na Cinemateca Paixão. Para hoje será a vez de Lauryn, “apaixonada por vinhos”, apresentar um Domaine Gramenon l’Emouvante 2011, da região vinícola do Ródano, em França. Segundo a descrição feita pela organização do evento, Lauryn trabalhou como administradora de bar e fez um curso de WSET, na área dos vinhos e bebidas espirituosas. Além disso, trabalha como designer gráfica.
Andreia Sofia Silva EventosMacaenses | “Partido dos Comes e Bebes” comemorou 22 anos O “Partido dos Comes e Bebes” (PCB), grupo informal de confraternização da comunidade macaense em Portugal, celebrou no dia 20 deste mês o seu 22.º aniversário com um almoço que reuniu vários ex-residentes de Macau. Gina Badaroco, uma das dinamizadoras do grupo que nasceu na rede social Facebook, disse ao HM que o balanço do PCB é “muito positivo”. “Desde o início que o PCB tem mostrado grande capacidade de mobilização graças à adesão de uma rede cada vez mais alargada de amigos. Cada vez temos mais participantes nos nossos convívios”, acrescentou. O PCB foi inclusivamente alvo de estudo por parte da antropóloga Marisa Gaspar, que se tem dedicado a investigar o perfil e rumos da comunidade macaense. “O objectivo do PCB é promover a confraternização entre os macaenses residentes em Portugal e os amigos que têm Macau sempre no coração, preservando a gastronomia macaense, pois esse convívio faz-se sempre à volta de uma mesa.” Tudo começou em 2003 com a organização de festas temáticas, num espaço alugado, em que cada um levava um prato tipicamente macaense. Havia ainda músicas em patuá, sendo que o PCB tem inclusivamente um hino próprio, criado por Rigoberto Rosário, mais conhecido por Api. A última festa temática aconteceu em 2013, com o tema “A Noite Oriental”. Desde então o grupo reúne-se em restaurantes. Sem apoios ou contactos formais com entidades de Macau, o PCB vai continuar a promover o que é tipicamente macaense, comemorando também o Ano Novo Chinês ou o Festival do Bolo Lunar.
Andreia Sofia Silva EventosVenetian Theatre | Macaense German Ku estreia-se a solo Depois de ter vencido um popular concurso de talentos musicais em Hong Kong, German Ku, cantor macaense, prepara-se para o primeiro espectáculo em nome próprio. Nos dias 2 e 3 de Agosto, o artista sobe ao palco do Venetian Theatre para a série de concertos intitulada “German Ku – I’m Home” Tem 36 anos, nome português – Germano Guilherme – estudou na Escola Portuguesa de Macau (EPM) e é o mais recente talento local na área da música. German Ku viu as suas capacidades como intérprete e artista serem reconhecidas no concurso de talentos “Midlife, Sing & Shine 2”, promovido pelo canal TVB de Hong Kong, e desde então que se tem desdobrado em actuações. A próxima, é uma série de dois concertos na sua terra natal, Macau, intitulada “German Ku – I’m Home”, que acontece no Venetian Theatre nos dias 2 e 3 de Agosto. O artista que se aproxima dos géneros pop e de canto-pop actua, pela primeira vez, em nome próprio. Segundo a apresentação do concerto, os dois espectáculos prometem ser uma homenagem a Macau como terra natal. “Apesar dos desânimos e desafios do passado, a música sempre o fortaleceu e deu-lhe coragem. Neste concerto, German conduzirá o público através dos momentos significativos do seu percurso musical”, é referido. German Ku começou a percorrer os caminhos da música desde tenra idade. Em 2009 participou no concurso de talentos “Asian Million Star”, da ATV. Só depois surgiu a possibilidade de participar no popular concurso da estação televisiva TVB, de Hong Kong, o que constituiu para si um desafio. Este concurso teve a duração de nove meses e contou com a presença de mais de 100 participantes. O som do sucesso Na final do concurso da TVB, German Ku lançou todas as cartas, cantando dois temas que consagraram a vitória, nomeadamente “Heart Is Still Cold” e “Feeling Good”. Em 2020, o artista lançou o seu primeiro trabalho discográfico, “Fai”, tendo lançado previamente alguns EPs. Numa entrevista ao portal Macao News, o cantor falou do que representou, para a sua carreira, a vitória no concurso de Hong Kong. “O significado é enorme porque trata-se de uma competição a longo prazo. Não é como as competições habituais em que os que ficam em primeiro, segundo ou terceiro lugares são escolhidos com base numa única canção. Com as competições de longo prazo todos podem ver a tua melhoria e crescimento ao longo do tempo. Além disso, os membros do júri, formadores e os internautas dão-te constantemente bastantes sugestões, pelo que vais melhorando gradualmente.” Na mesma entrevista, o artista falou das grandes diferenças existentes entre Macau e Hong Kong no que diz respeito ao panorama musical. “Macau é, comparativamente, um lugar pequeno, então os artistas e cantores de Macau que estão ligados ao mundo da performance e das artes não têm muitas oportunidades. O espectro em Hong Kong é maior, então há mais caminhos que podem ser traçados. É também mais fácil ganhar reconhecimento das pessoas, mas, felizmente, o Governo de Macau está a trabalhar arduamente para promover a arte e cultura de Macau”, rematou.
Andreia Sofia Silva EventosLivro de Sérgio Barreiros Proença sobre urbanismo lançado em Lisboa A obra “Macau, Índia e Urbanismo de Timor – Continuidade e Ruptura na Implantação do Planeamento Urbano entre 1934 e 1974”, da autoria de Sérgio Barreiros Proença, foi ontem lançado em Lisboa no Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM). O projecto editorial, totalmente em inglês, é promovido pelo CURB – Centro de Arquitectura e Urbanismo, que fez também um lançamento em Macau, no mês de Maio. O livro nasce de um projecto académico de análise dos planos urbanísticos concebidos para os territórios de Macau, Índia portuguesa (Goa, Damão e Diu) e Timor no período do Estado Novo, mais concretamente entre 1934, quando passa a estar definido que municípios com mais de 2.500 habitantes devem ter planos urbanísticos, e 1974, quando cai o regime de Salazar. Carmen Amado Mendes, presidente do CCCM, afirmou tratar-se de “um livro da maior importância que junta aspectos e áreas geográficas que reflectem a presença portuguesa na Ásia”. Já Sérgio Proença referiu na apresentação que falar deste livro é fazer “uma espécie de viagem no tempo de várias maneiras”. Esquissos com história Alguns dos planos urbanísticos analisados no livro são o “Plano Director Cidade Vasco da Gama – Mormugão – Primeira Fase”, de 1959, que foi o primeiro a ser pensado para várias cidades no distrito de Goa entre os anos de 1959 e 1960, muito perto da altura em que Portugal perde os territórios da Índia portuguesa para a União Indiana. No caso de Macau, são analisados o plano de arruamentos de 1935, focado nas zonas entre o Porto Interior e o Leal Senado. Segue-se o “Estudo Prévio do Plano Director de Macau”, em 1971 e ainda o “Plano para a Nova Zona Central de Macau” em 1972. Por sua vez, em 1975, foi feito o plano basilar para a construção de uma “Frente Turística em Coloane”. Para este projecto académico foram analisados e tratados cerca de 150 planos urbanísticos. Sérgio Proença ficou encarregue de analisar os planos dos territórios portugueses a Oriente. Foram, assim, incluídos sete planos de Macau, nove da Índia portuguesa e dez planos de Timor. O autor destacou, na apresentação, que os planos foram sujeitos a “diferentes influências”, e que muitas das vezes estavam dependentes de uma “Administração forte com capacidade de execução”. Houve influências de Hong Kong, mas também europeias na elaboração dos planos para Macau, numa altura em que “a maior parte dos recursos eram dirigidos para África, não só em termos de investimento, mas para os conflitos que começavam a desenhar-se [Guerra Colonial]”. Ainda assim, “o urbanismo era usado como uma espécie de meio para marcar a presença portuguesa”, nomeadamente nos territórios portugueses na Índia. Em Macau, a partir dos anos 70, “a cidade já não era feita apenas pela gestão pública, mas também por agentes privados”. O autor lembrou que, nessa fase, muitos dos planos começaram a ser pensados a longo prazo, nomeadamente em termos de desenvolvimento.
Andreia Sofia Silva EventosHK | Festival da Sardinha quer replicar modelo dos arraiais lisboetas Hong Kong acolhe em Agosto um festival que tenta reproduzir o melhor que os arraias de Lisboa têm: sardinhas, bifanas e música tradicional portuguesa. Artistas como Cuca Roseta ou o Dj PHOEBE são alguns dos convidados para o evento que decorre entre 29 de Agosto e 1 de Setembro no AIA Vitality Park. A organização diz querer internacionalizar a cultura portuguesa Fado, sardinhas, bifanas e muita diversão. Estes são os ingredientes presentes em qualquer arraial lisboeta em Junho, por ocasião das festas em homenagem ao santo padroeiro da cidade, o Santo António, mas os mesmos ingredientes ficam prometidos para o Festival da Sardinha, que acontece em Hong Kong nos dias 29, 30 e 31 de Agosto, e ainda 1 de Setembro, no AIA Vitality Park. Nomes como a fadista Cuca Roseta ou o Dj PHOEBE prometem animar a festa que quer não só reproduzir os bailaricos de Lisboa como também internacionalizar a cultura portuguesa através de Hong Kong. O HM conversou com Cristina Salabarria, directora de marketing da empresa que organiza o evento, a Lemon Three, que disse que o Festival da Sardinha “visa promover a cultura portuguesa em cidades internacionais”. Além de Hong Kong, o evento marcará também presença em Xangai, Tóquio e Singapura. “Queremos divulgar a riqueza da cultura, culinária e ambiente dos tradicionais arraiais portugueses. Existe uma lacuna significativa no que diz respeito à exposição da cultura portuguesa, uma das mais antigas do mundo, na Ásia.” Para a responsável, este festival constitui “uma oportunidade única de preencher essa lacuna e permitir que um público internacional veja a excelência da herança cultural portuguesa”, acrescentou. O cartaz já é conhecido e apresenta, logo no dia 29 de Agosto, o concerto da fadista Cuca Roseta a partir das 19h, na secção “Fado Divas Live”, seguindo-se o Dj Lisboeta. No dia 30 é a vez de subir ao palco o Dj PHOEBE, de Lisboa, além de estarem agendados os concertos das bandas “Jazz Still Alive” e “Locos Latinos”. No dia 31 o DJ PHOEBE volta a passar música, sendo acompanhado previamente nos palcos pelo DJ Latino, os “Ricky Show Man”, com músicas dos anos 60 aos 80, e “Los 4 Hermanos”, com música latina. No dia 1 de Setembro o cartaz traz ainda o grupo de rock&roll “The London 5”. No primeiro dia os bilhetes custam 680 dólares de Hong Kong, sendo que o passe VIP, de 960 dólares de Hong Kong, inclui jantar com caldo verde, bacalhau grelhado, frango, pastéis de nata e vinho do porto, sem esquecer a habitual cerveja. Nos restantes dias os bilhetes custam apenas 80 patacas, sendo que para pessoas com mais de 65 anos é de 50 dólares de Hong Kong com oferta de uma bebida. Bilhetes comprados antecipadamente custam 70 dólares de Hong Kong. Fado e comes e bebes Para a responsável da organização, a escolha de Hong Kong para este evento deveu-se a vários “motivos estratégicos”, sendo um deles a possibilidade de “amplificar a exposição e visibilidade da cultura portuguesa”, tendo em conta que a cidade vizinha é “cosmopolita e com destaque global”. “Hong Kong é uma cidade extremamente multicultural, com uma afluência massiva de turistas que facilita a divulgação da cultura portuguesa e a sua propagação pelo mundo”, acrescentou. O convite a Cuca Roseta deveu-se ao facto de esta ser considerada pela organização como “a representante da nova geração de fadistas portugueses”, algo que está “totalmente alinhado com os objectivos do festival”. “Ela encarna perfeitamente a capacidade de renovar e reinventar as nossas tradições musicais, ao mesmo tempo que mantém o profundo respeito e ligação com as raízes da cultura portuguesa. Cuca Roseta é um nome de referência no panorama do fado contemporâneo. Com a sua voz ímpar e a sua interpretação envolvente, consegue cativar públicos de todas as idades e origens, levando a mensagem do fado a novos patamares de apreciação e reconhecimento internacional”, aponta Cristina Salabarria. O concerto da fadista é descrito como “um dos momentos altos do evento”, esperando-se que, com este espectáculo, “o público internacional tenha a oportunidade de se conectar emocionalmente com a alma do fado e compreender a sua relevância como elemento central da identidade cultural portuguesa”. O Festival da Sardinha tem apoio institucional do Turismo de Hong Kong, através da plataforma “Discover Hong Kong”, apresentando ainda uma zona dedicada às crianças. “Essa área lúdica permitirá que os mais novos também possam desfrutar e se envolver com a riqueza da cultura portuguesa de uma forma divertida e interactiva.” Fica ainda a promessa de o Festival da Sardinha incluir tours de degustação de vinhos portugueses, nomeadamente o “icónico vinho do Porto” e também “uma selecção representativa dos melhores vinhos de outras regiões de Portugal que estarão à disposição dos participantes, oferecendo-lhes a oportunidade de descobrir e apreciar esta faceta fundamental da herança gastronómica portuguesa”. Ainda na parte musical, Cristina Salabarria destaca as actuações do DJ PHOEBE, “reconhecido internacionalmente como um dos melhores talentos da cena musical lisboeta”. “A sua performance promete electrizar o ambiente do festival, trazendo ritmos contemporâneos que irão harmonizar-se com a celebração da cultura portuguesa”, destacou. A representante da organização considera que “a combinação única de actividades, música, gastronomia e bebidas irá proporcionar aos participantes uma experiência verdadeiramente inesquecível e representativa da exuberante cultura portuguesa”.
Hoje Macau EventosEspectáculos do MICAF incluem marionetas e ópera para jovens Arrancou oficialmente no domingo a primeira edição do Festival Internacional de Artes para Crianças de Macau, um novo festival de artes performativas destinado aos mais jovens, e que é promovido pelo Instituto Cultural (IC). Depois da actuação, na sexta-feira e sábado, dos portugueses “WeTumTum”, espera-se um calendário com espectáculos de marionetas e ópera cantonense para adolescentes, por exemplo. Este fim-de-semana, entre sexta-feira e domingo, decorre o espectáculo “Tic-Tac: O Herói do Tempo”, protagonizado pelo Teatro de Marionetas Multimédia da Argentina. Destaque também para “A Lanterna de Lótus Mágica”, agendado para o dia 3 de Agosto, levado a cabo por um grupo local de ópera cantonense. O público não deve esquecer também a apresentação de “Annie, O Musical” e também a peça de teatro para bebés “O Bosque dos Sonhos”, apresentado ao público entre os dias 7 e 11 de Agosto. Também este domingo foi inaugurada a exposição “Mundo Fantástico da Arte do Centre Pompidou”. Novo formato Na cerimónia de apresentação do festival, a presidente do IC, Leong Wai Man referiu que este evento “não só pretende alargar os horizontes culturais das crianças e jovens locais, criando momentos artísticos para pais e filhos, como também proporcionará aos turistas neste Verão um programa de actividades apelativas para toda a família e uma experiência de turismo cultural totalmente nova”. Tal vai permitir que “mais pessoas possam experienciar plenamente o apelo de Macau como ‘Cidade de Espectáculos’, onde as culturas chinesa e ocidental convergem, e partilhar o júbilo das comemorações do duplo aniversário de Macau este ano”, nomeadamente os 25 anos da transferência de administração portuguesa de Macau para a China e o aniversário da fundação da República Popular da China. O MICAF divide-se em nove secções, apresentando um total de 45 espectáculos e actividades em mais de 1.000 sessões, incluindo artes performativas de nível mundial, um musical da Broadway, uma exposição de arte, um festival de cinema, que decorre na Cinemateca Paixão, e instalações de grande escala ao ar livre. Não faltam também acampamentos de arte, campo de música, workshops e uma feira de artes, que decorrem no Centro Cultural de Macau e zonas envolventes. O programa de encerramento, o “Dia de Diversão MICAF – Artes em Festa” será apresentado nos dois fins-de-semana de 23 a 25 de Agosto e de 30 de Agosto a 1 de Setembro, incluindo espectáculos dedicados aos temas “diversão aquática” e “bolhas” e várias actuações, tais como dança urbana, palhaçadas e teatro de marionetas. Além disso, haverá projecções de filmes ao ar livre e demonstrações dos resultados da aprendizagem de alguns dos participantes nos workshops realizados.