Albergue SCM | Obras de seis artistas para ver até Fevereiro

A partir de hoje será possível visitar, na galeria do Albergue SCM, a exposição “Intercâmbio Intercultural da Área da Grande Baía – Exposição de Jovens Artistas Femininas U38”. A mostra, com curadoria de Carlos Marreiros e Angela Li Zhenxiang, revela os trabalhos de quatro artistas da China, Huang Yin, Lu Beimei, Mengyao Guo e Xie Lisi, e duas de Macau, nomeadamente Kit Lei Ka Ieong e Weng Io Wong

 

A Galeria A2 do Albergue da Santa Casa da Misericórdia de Macau (SCM) acolhe, a partir das 18h30 de hoje, uma nova exposição que revela alguma da arte feita no feminino. Trata-se da mostra “Greater Bay Area Intercultural Exchange – U38 Young Female Artists Exhibition” [Intercâmbio Intercultural da Área da Grande Baía – Exposição de Jovens Artistas Femininas U38″, com curadoria do arquitecto Carlos Marreiros e de Angela Li Zhengxiang, e que revela 20 trabalhos de quatro artistas da China, Huang Yin, Lu Beimei, Mengyao Guo e Xie Lisi, e duas de Macau, nomeadamente Kit Lei Ka Ieong e Weng Io Wong. Destaque para o facto de todas as artistas terem menos de 38 anos de idade.

A mostra, organizada pelo CAC – Círculo dos Amigos da Cultura de Macau, visa também celebrar o 24.º aniversário da transferência da administração portuguesa de Macau para a China, e pode ser vista até ao dia 26 de Fevereiro.

Um dos objectivos desta exposição é “promover o intercâmbio cultural” no contexto da Grande Baía, tendo o CAC colaborado novamente com a ART23, evento de Guangzhou, depois de uma primeira parceria feita em 2021, que levou à organização da exposição “U38 Macau – Jovens Artistas Femininas em Guangzhou”.

Revelam-se, assim, trabalhos de seis artistas com uma “criatividade única”, abrangendo “vários meios e estilos”, o que, segundo um comunicado da organização, irá proporcionar junto do público “uma experiência visual distinta e inesquecível”.

Segundo uma nota assinada pelos dois curadores, o trabalho de Mengyao Guo “reflecte a contemplação e a exploração da perspectiva feminina nas diversas áreas das artes plásticas, da comunicação e dos meios digitais”, enquanto Huang Yin “centra-se nas várias alienações provocadas pelas mudanças na sociedade de consumo de informação sob as ideologias existentes”.

Por sua vez, Weng Io Wong “examina a complexa relação entre o ser humano e a tecnologia nas eras digital e pós-colonial”, e Kit Lei Ka Ieng “apresenta a vitalidade do mundo virtual através de formas multimédia”.

No caso de Lu Beimei, o seu trabalho “reflecte continuamente o nosso verdadeiro eu através da representação do crescimento pessoal e da auto-consciência”, enquanto Xie Lisi “explora e analisa a realidade a partir de múltiplas dimensões através de métodos de observação como o olhar, o exame e a vigilância”.

Criatividade internacional

No mesmo texto, observa-se que esta mostra visa promover “um diálogo” cultural “a partir de uma perspectiva internacional”, tendo como foco a área da Grande Baía, que abrange as regiões de Macau e Hong Kong e ainda nove cidades do sul da China.

Os curadores descrevem que “as jovens artistas femininas da China Continental e de Macau têm sido sempre o ponto focal das nossas observações sobre a comunicação intercultural”. Os nomes escolhidos para esta mostra, em particular, “abordam a sua criatividade com uma perspectiva internacional e ilustram o espírito feminino da nova era a partir de diferentes ângulos femininos”.

Carlos Marreiros e Angela Li Zhengxiang descrevem também que, ao apresentar o trabalho de artistas femininas neste formato expositivo, é promovida, em Macau, “uma interacção de vários níveis e em vários campos, proporcionando ao público uma percepção diversificada da arte contemporânea”. Os curadores chamam ainda a atenção para a crescente importância da nova visão das mulheres artistas.

“À medida que as mulheres de hoje continuam a subir na escala profissional, elas trazem consigo um espírito feminino refrescante. Este é também o tema que a exposição procura explorar e discutir. Estas jovens artistas excepcionais, nascidas nas décadas de 1980 e 1990, interiorizaram os seus anos de interação internacional e exploração artística, apresentando nas suas obras temas contemporâneos a partir de uma perspectiva feminina.”

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