Andreia Sofia Silva EventosCinemateca Paixão | Três filmes distintos para ver em Janeiro “Tori e Lokita”, o filme de animação “Chun Tae-Il: A flame that lives on” e a nova versão de “Outsiders: The Complete Novel’s” são as apostas da Cinemateca Paixão para dar as boas-vindas ao ano de 2023. As exibições arrancam já este domingo São três histórias muito diferentes, mas que prometem captar a atenção do cinéfilo mais apaixonado e atento. A Cinemateca Paixão apresenta três novos filmes já a partir de domingo para que o público possa dar as boas-vindas ao Ano Novo com cinema. Um dos filmes é “Tori e Lokita”, com exibições este domingo, quarta-feira e sexta-feira, um trabalho de Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne. “Tori e Lokita” conta a história de dois refugiados, o rapaz Tori e a adolescente Lokita, que fazem uma grande viagem, completamente sozinhos, de África até à Europa de todos os sonhos, nomeadamente para a Bélgica. Numa fase em que têm de lutar pela sobrevivência e combatendo todos os riscos que correm na viagem, começa a desenvolver-se entre os dois uma grande amizade que, na Bélgica, os vai ajudar a ultrapassar as dificuldades de quem é refugiado num novo país. Este filme foi premiado nos festivais San Sebastian e no 75.º Festival de Cannes, este ano. A Cinemateca Paixão também aposta no cinema de animação com “Chun Tae-il: a Flame that Lives On”, uma película sul-coreana de Jun-Pyo Hong, de 2021. O filme recorre à animação para abordar uma questão complexa, os direitos laborais, e a história verídica de Chun Tae-il, um trabalhador têxtil que, nos anos 70, se tornou um activista e um símbolo da luta pelos direitos dos trabalhadores na Coreia do Sul. Esta é uma versão alternativa e diferente do filme realizado em 1995. Esta película pode ser visto na quinta-feira, sábado e na semana seguinte, no dia 12. Recordações de Hollywood Estávamos no ano de 1983 quando saiu o filme de Francis Ford Coppola que já trazia um muito jovem actor Tom Cruise e outros nomes hoje bem conhecidos do grande público, como Patrick Swayze, Rob Lowe ou Matt Dillon. Com o nome “Os Marginais” (The Outsider’s: The Complete Novel), o filme marcou os anos 80 e foi serviu de pontapé de saída para muitas carreiras no cinema. Agora, o público da Cinemateca Paixão terá a oportunidade de ver uma cópia restaurada em 4K com muitas novidades. O argumento é uma adaptação da história de S. E. Hinton e conta a epopeia de três órfãos que tentam sobreviver num meio que lhes é alheio, rodeados de mexicanos uns com dinheiro, outros pobres. Estes jovens vivem no meio rural de Oklahoma, Estados Unidos, vendo-se envolvidos numa série de peripécias e sempre com a polícia à perna. Em 2017, Francis Ford Coppola criou uma nova versão deste filme, com novas cenas, mas esta é uma oportunidade para rever uma grande história numa versão restaurada. As exibições na Cinemateca Paixão estão marcadas para as próximas terça e quinta-feira, incluindo uma sessão no sábado.
João Luz EventosTaipa | Passadiço da antiga Fábrica de Panchões Iec Long aberto ao público Está aberto ao público o passadiço da antiga Fábrica de Panchões Iec Long, no coração da Taipa velha, depois de um intenso plano de revitalização. O espaço expositivo convida a um passeio nostálgico pela história da indústria do fogo de artifício. Para já, está disponível a exposição “O Eco de Panchões: Exposição da História da Indústria dos Panchões de Macau” O Passadiço da Antiga Fábrica de Panchões Iec Long foi inaugurado discretamente dois dias antes do Natal, mas está aberto ao público elevando o leque de oferta de espaços culturais relaxantes na Taipa velha. O Instituto Cultural (IC) descreve o local como “um dos projectos importantes do programa de Inverno ‘Uma Base Cultural’”. O local que está em ruínas há décadas foi alvo de um plano de revitalização orientado sob o princípio de preservar os principais elementos incluindo as antigas estruturas, a organização geral do espaço e o próprio ambiente ecológico. O passadiço, que está aberto ao público, é constituído por um percurso turístico com cerca de 400 metros, “concebido para dar continuidade às memórias históricas e incluir os elementos do ambiente original da fábrica”. Ao longo do passeio, é servida aos visitantes informação que permite ficar a conhecer a sala de fabrico de pavios, os canais de água, os tanques, a sala de entalhe de panchões e o armazém de materiais. O IC disponibiliza também um sistema de visitas guiadas para dar a conhecer com maior profundidade todos os detalhes sobre a arte de produzir panchões e os processos de fabrico usados na época, aliando em harmonia o património cultural do parque e dos edifícios históricos com as frondosas árvores que dominam o local. O passadiço está aberto todos os dias entre 06h e as 19h. Ligação entre bairros Em comunicado, o IC indica que o restauro parcial da estruturas da fábrica e a sua integração nas imediações teve como objectivo “atender às necessidades sociais em relação ao espaço de actividades de lazer e interligar os ricos recursos culturais e turísticos em torno dos antigos bairros da Taipa”. Nesse contexto, a construção do passadiço é visto pelas autoridades como um “marco cultural distintivo das Ilhas” e mais um ponto de atração para desenvolver o turismo cultural. O espaço acolheu em simultâneo a mostra “O Eco de Panchões: Exposição da História da Indústria dos Panchões de Macau”, um somatório de recordações em vários formatos que junta objectos físicos, fotografias históricas, visitas guiadas multimédia, com contam o passado da indústria de panchões de Macau. Está também aberta ao público a loja de lembranças, que tem “à venda uma variedade de produtos criativos delicados, baseados nos elementos da Fábrica de Panchões Iec Long”. Ambos os estabelecimentos estão abertos todos os dias das 10h às 19h, sendo bem-vinda a visita do público. O Governo pretende no futuro atrair cafetarias e projectos de actuações para o parque. Apanhar as canas A indústria de panchões de Macau começou a desenvolver-se a ritmo acelerado a partir da década de 1920, com várias fábricas de panchões estabelecidas na Taipa, tornando-se uma indústria líder e com posição relevante no desenvolvimento industrial de Macau na altura. Tendo em conta que os panchões se tornaram um importante produto com peso na economia local e expressão nas exportações da região, um número considerável de residentes da Taipa envolveu-se na produção de panchões durante o seu apogeu, dos anos 50 até 70. A referida indústria esteve estreitamente relacionada com a vida da população e as comunidades da Taipa, desempenhando um papel essencial na história do desenvolvimento económico de Macau. A antiga Fábrica de Panchões Iec Long, com uma história de quase 100 anos, é a única ruína que se conservou até ao presente da indústria de panchões em Macau, encontrando-se num bom estado de preservação, e reflecte a prosperidade dessa indústria tradicional de Macau do século XX, sendo um testemunho do desenvolvimento da indústria moderna de Macau.
Hoje Macau EventosPaula Rego em Istambul | Exposição evoca histórias contra violência e opressão Uma exposição com obras da pintora Paula Rego que percorrem a sua produção desde 1960, em peças que confrontam a opressão, como “Salazar a Vomitar a Pátria”, estarão reunidas até Abril no Museu de Pera, em Istambul, na Turquia. “A história das histórias” dá título a esta exposição, comissariada pelo curador Alistair Hicks, que estará patente naquele museu situado no bairro histórico de Pera, actualmente integrado no distrito de Beyoğlu, em Istambul. Paula Rego, que morreu no passado mês de Junho aos 87 anos, é descrita como uma artista que “revolucionou as formas como as mulheres são representadas e que não cede nas suas verdades”, segundo o texto colocado na página do museu na Internet sobre a exposição, inaugurada a 23 de Dezembro. Entre outras obras, estão expostas “Carmen Miranda” (1985), “Macaco Vermelho Bate na Mulher” (1981). No conjunto, os quadros selecionados percorrem o trabalho da artista portuguesa que se afirmou na cena londrina nas décadas de 1980 e 1990. “A História das Histórias” pretende “mostrar como Paula Rego confronta autenticamente a opressão, a autoridade e a violência institucional sem ter medo de revelar a sua própria natureza pessoal e o contexto sociopolítico”, acrescenta o museu. Na sua obra, Paula Rego, que se radicou em Londres nos anos 1970, abordou temas políticos, como o abuso de poder, e sociais, como o aborto, entre outros do universo feminino. A exposição no Museu de Pera “visa demonstrar como ela lutou contra a depressão, o fascismo, o colonialismo e o movimento antiaborto, ao mesmo tempo em que liberou as suas histórias da repressão masculina”, acrescenta. Prémios e identidade Nascida em Lisboa, a 26 de Janeiro de 1935, numa família de tradição republicana e liberal, Paula Rego começou a desenhar ainda criança, um talento que lhe foi reconhecido pelos professores da St. Julian’s School, em Carcavelos. Partiu para a capital britânica com 17 anos, para estudar na Slade School of Fine Art. Foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, para fazer pesquisa sobre contos infantis, em 1975, e, em Londres, conheceu o futuro marido, o artista inglês Victor Willing, cuja obra Paula Rego exibiu por várias vezes na Casa das Histórias. Em 2010, foi ordenada Dama Oficial da Ordem do Império Britânico pela rainha Isabel e recebeu, em Lisboa, o Prémio Personalidade Portuguesa do Ano atribuído pela Associação da Imprensa Estrangeira em Portugal. Paula Rego recebeu, em 1995, as insígnias de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, em 2004, a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada e, em 2011, o doutoramento ‘honoris causa’ pela Universidade de Lisboa, título que possui de várias universidades no Reino Unido, como as de Oxford e Roehampton. Em 2019, foi distinguida com a Medalha de Mérito Cultural pelo Ministério da Cultura.
Hoje Macau EventosVenezuela | Jorge Rangel participa em Encontro sobre Agustina Bessa-Luís O presidente do Instituto Internacional de Macau representa a RAEM no III Encontro Virtual de Escritores Lusófonos. Fala no evento online esta sexta-feira. A terceira edição do encontro homenageia Agustina Bessa-Luís Jorge Rangel, presidente do Instituto Internacional de Macau (IIM) irá representar o território, esta sexta-feira, no III Encontro Virtual de Escritores Lusófonos. Macaense, ex-secretário adjunto da última Administração portuguesa de Macau, Jorge Rangel conta com uma extensa bibliografia dedicada a Macau, mantendo desde há muitos anos, no jornal “Tribuna de Macau”, uma coluna semanal intitulada “Falar de nós”, que tem Macau sempre no centro das suas reflexões. O III Encontro Virtual de Escritores Lusófonos na Venezuela arrancou na segunda-feira e presta homenagem a Agustina Bessa-Luís Luís, uma das maiores escritoras portuguesas contemporâneas, que faleceu em Junho passado. Descrito pelos organizadores como um evento “que marca a agenda cultural do fim do ano de 2022”, o encontro decorre termina esta sexta-feira, celebrando o centenário do nascimento da escritora portuguesa. O evento transforma-se, assim, numa “oportunidade ímpar para se conhecer a produção literária, em língua portuguesa, de outros quatro autores” convidados do Brasil, Macau, Moçambique e Portugal. Num comunicado divulgado em Caracas, capital venezuelana, os organizadores explicam que o encontro é possível “graças aos esforços da Embaixada de Portugal em Caracas, do Camões, Instituto da Cooperação e da Língua e da Coordenação de Ensino Português”, com o apoio do Instituto Português de Cultura, da Feira Literária Internacional de Poços de Caldas no Brasil e do jornal Correio da Venezuela. Lusofonia presente No início da primeira sessão, o embaixador de Portugal na Venezuela, João Pedro Fins do Lago, destacou a existência local de uma grande comunidade portuguesa, sublinhando que o ensino do português está em expansão, onde além dos clubes luso-venezuelanos “que desempenham um papel insubstituível e de crucial importância, há mais de 30 escolas a ensinar a nossa Língua a 9.500 alunos, dos quais 8.900 no ensino oficial”. Por outro lado, o coordenador do Ensino de Português na Venezuela, Rainer Sousa, sublinhou a oportunidade para continuar a divulgar o português e fazer despertar o interesse de mais venezuelanos pela Língua portuguesa, especialmente entre os jovens. A escritora Fátima Marinho, professora da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e especialista na obra da falecida autora, apresentou as obras de Agustina Bessa-Luís, que é mais conhecida dentro e fora de Portugal com “A Sibila” (1954), “um clássico da literatura portuguesa” em que a escritora apresenta personagens extraídos de um mundo profundamente português, da vida rural do norte de Portugal, de onde era oriunda. Segundo Rainer Sousa, a homenageada “é autora de mais de uma centena de livros que ainda são pouco conhecidos no mundo hispânico, onde pelo menos uma dezena foi traduzida para o espanhol”. No segundo dia do Encontro, na terça-feira 27, participou Afonso Reis Cabral, “um jovem autor português que, com apenas 33 anos de idade, conquista leitores e críticos” e que “aos 13 anos procurava histórias para contar e aos 15 publicou o seu primeiro livro de poemas intitulado “Condensação”. É autor de dois romances, “O Meu Irmão”, que mereceu o Prémio LeYa, em 2014, e “Pão de Açúcar”, este último, reconhecido com o Prémio José Saramago, em 2019. Em 2017, foi galardoado com o Prémio Europa David Mourão-Ferreira, na categoria de Promessa, e em 2018 ganhou o Prémio Novos, na categoria de Literatura. Reis Cabral é editor independente, explica o comunicado. Hoje, a poetisa e escritora de ficção brasileira Kátia Bandeira de Mello-Gerlach participará no encontro. Nascida no Rio de Janeiro e radicada em Miami, organizou várias antologias de poemas e é autora vários romances. Em 2018, recebeu o prémio “Escritor sem Fronteiras”, no Festival Literário de Poços de Caldas, no Brasil. Em 2020, foi escritora convidada para o IX Encontro de Língua Portuguesa, organizado pela universidade UMass Boston e pelo Instituto Camões. Para amanhã está prevista a participação de Carlos Paradona Rufino Roque (59 anos), de Moçambique, autor de “Tchanaze, Donzela de Sena” (2019) e “N’tsai Tchassassa, a Virgem de Missangas” (2022). Carlos Paradona começou a publicação de poemas na década de 1980, uma actividade que acompanhou com a produção de contos e de ensaios. Em 1992, apresentou o livro de poemas “A gestação do Luar”. É membro da Associação de Escritores Moçambicanos desde 2002, tornando-se seu Secretário-Geral em 2018.
Hoje Macau EventosAntónio Mega Ferreira morreu esta segunda-feira aos 73 anos Escritor, gestor cultural, na qualidade de presidente do conselho de administração do Centro Cultural de Belém (CCB), António Mega Ferreira morreu esta segunda-feira, em Lisboa, vítima de cancro. Licenciado em Direito, Mega Ferreira foi ainda jornalista, escritor, liderou a representação de Portugal como país convidado da Feira do Livro de Frankfurt, em 1997, presidiu a candidatura de Lisboa à Expo98, de que foi comissário, foi administrador da Parque Expo, presidente do Centro Cultural de Belém e diretor executivo da Associação Música, Educação e Cultura, que gere a Orquestra Metropolitana de Lisboa e as suas três escolas. António Mega Ferreira nasceu em Lisboa, em 25 de março de 1949. A morte do pai, em 1969, levou-o ao mercado de trabalho, primeiro como tradutor de imprensa estrangeira, no antigo Secretariado Nacional de Informação do Estado Novo, depois com a opção pelo jornalismo, que ganhou forma com a partida para Manchester, em 1972, onde se formou. Letras e jornais No regresso a Lisboa, antes de 1974, entrou na delegação do Comércio do Funchal, jornal oposicionista dirigido por Vicente Jorge Silva (1945-2020). Viveu a revolução, trabalhou nos gabinetes dos republicanos Raul Rego (1913-2002), ex-director do antigo jornal República, e do historiador e ensaísta Vitorino Magalhães Godinho (1918-2011), quando foram ministros de governos provisórios, e foi um dos nomes iniciais da redação do vespertino Jornal Novo, fundado em Abril de 1975. No percurso de Mega Ferreira, pouco depois, seguiu-se o semanário Expresso, onde permaneceu até 1978, quando entrou para a Agência Noticiosa Portuguesa (ANOP), antecessora da agência Lusa, e daqui partiu para a redação da RTP/Informação 2 e para o semanário O Jornal, já no início da década de 1980, onde também assumiu a chefia de redação do Jornal de Letras, Artes e Ideias (JL). Foi nestes anos que se estreou como escritor. Primeiro com um livro sobre a pintura de Graça Morais, publicado pela Imprensa Nacional Casa da Moeda, depois com a sua primeira obra de ficção, “O Heliventilador de Resende”, surgida em 1985, na antiga Difel. Em 1996, deixou o jornalismo para passar a dirigir o Círculo de Leitores e as suas edições, grupo para o qual já criara e dirigira a revista Ler. Não abandonou, porém, a escrita para os jornais, onde se manteve como cronista. O trabalho com a Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses começou a ganhar forma em 1988, a convite do escritor e gestor Vasco Graça Moura, que a presidia. Um encontro que, pouco depois, daria origem à candidatura de Lisboa à realização da Exposição Internacional de 1998, sob o tema dos Oceanos. O projecto ocupá-lo-ia nos anos seguintes, como presidente da comissão de promoção da candidatura, mesmo com a direção da representação portuguesa na Feira de Frankfurt, e mesmo com o cancro, que venceria pela primeira vez pouco antes da inauguração da Expo, ocorrida em 22 de Maio de 1998.
Hoje Macau EventosCCCM | Inaugurada nova biblioteca Fundação Jorge Álvares As novas instalações da Biblioteca Fundação Jorge Álvares do Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM) foram inauguradas na passada segunda-feira. No acervo, existem mais de 27 mil registos bibliográficos em catálogo, que incluem 40.000 ‘slides’ e 5.000 fotografias e ainda uma colecção com 7 mil microfilmes, que guardam mais de 50 mil documentos A ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Governo de Portugal, Elvira Fortunato, elogiou a inauguração das novas instalações da Biblioteca Fundação Jorge Álvares do Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM). Em declarações à Agência Lusa, destacou o contributo para a preservação da história de Macau e das relações de Portugal com o território. “Tem uma importância extremamente elevada. Aliás, tem a história de tudo aquilo que aconteceu em Macau e das relações de Portugal com Macau, que é de extrema importância preservar exactamente e dessa forma garantir que investigadores, historiadores nestas áreas tenham acesso aqui nesta biblioteca a um acervo extremamente grande”, afirmou Elvira Fortunato. Segundo a Lusa, a biblioteca do CCCM é a mais completa e actualizada biblioteca sobre a China em todo o mundo lusófono, especializada na investigação e ensino, acerca da China/Macau, da Ásia Oriental e das relações entre a Europa e a Ásia. A sua dimensão internacional e multidisciplinar, funciona em rede com outras bibliotecas e arquivos, nacionais e estrangeiros, de forma a melhor cumprir a sua missão de apoio à investigação e ensino, à informação e à divulgação de conhecimento. As suas características tornam-na “extremamente útil não só para preservar a história, mas acima de tudo, possibilitar que mais investigação e mais historiadores, e a sociedade no fundo, tire partido de toda esta riqueza que existe aqui em Portugal”, conclui Elvira Fortunato. A biblioteca dispõe de cerca de 27.000 registos bibliográficos em catálogo, que incluem uma colecção de audiovisuais, que designadamente o fundo de cerca de 40.000 ‘slides’ e 5.000 fotografias, entre outros suportes físicos, de que ressalta a colecção de cerca de 7 mil microfilmes, com mais de 50.000 documentos. Bons exemplos A inauguração das novas instalações da Biblioteca Fundação Jorge Álvares do Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM) aconteceu em Lisboa, na passada segunda-feira. Na ocasião, a ministra do Governo português deixou ainda o desejo de que os doutorados bolseiros possam conduzir as investigações fora do ambiente académico, e considerou o Instituto Científico e Cultural de Macau um excelente exemplo dos novos ambientes de investigação. “Nós queremos proporcionar uma maior integração dos doutorados em ambientes não académicos, portanto, a universidade e os centros de investigação funcionam também como uma plataforma para formar pessoas altamente qualificadas e queremos, ao existirem bolsas de doutoramento em ambiente não académico, como por exemplo aqui no Instituto Científico e Cultural de Macau, ao fazerem doutoramentos nestes ambientes, se proporcione também a sua possibilidade de ficarem aqui integrados como investigadores”, explicou.
Andreia Sofia Silva EventosCinemateca Paixão | “Triângulo da Tristeza” em exibição no fim-de-semana Vencedor de uma Palma de Ouro no Festival de Cannes, a comédia “Triângulo da Tristeza” será exibida este fim-de-semana, entre sexta-feira e domingo, na Cinemateca Paixão. Destaque ainda para a exibição de BROS e a última oportunidade para ver o filme biográfico de Elvis Presley O fim-de-semana do Natal celebra-se na Cinemateca Paixão com uma comédia premiada no festival de cinema de Cannes com uma Palma de Ouro. “Triângulo da Tristeza” é a novidade para sexta-feira, sábado e domingo, sendo esta uma sátira sobre as diferentes classes sociais e as questões da beleza e da ostentação. O filme conta as histórias dos modelos Carl e Yaya, um casal que está habituado a movimentar-se nos meandros do mundo da moda. Quando este é convidado para fazer um cruzeiro de luxo, com passageiros milionários e um punhado de personagens excêntricos, como um oligarca russo, um traficante de armas inglês e um capitão com propensão para o álcool e amante dos escritos de Karl Marx, a trama adensa-se. Quando, em pleno alto mar, se dá uma tempestade durante o Jantar do Comandante, os passageiros começam a ficar enjoados e é então que o cenário de luxo se altera um pouco, pois o cruzeiro encalha numa ilha deserta com alguns dos milionários e uma das empregadas de limpeza. É então que a hierarquia se altera, pois nenhum dos passageiros consegue sobreviver na ilha, uma vez que apenas a empregada sabe pescar. Esta produção da Suécia, Dinamarca, França e Alemanha conta com realização e argumento de Ruben Östlund. Outras músicas Os fãs de Elvis Presley, ou apenas os curiosos da vida deste famoso músico norte-americano, terão oportunidade de aproveitar os últimos dias de exibição do filme biográfico “Elvis”, amanhã, na sexta-feira e no sábado. Nele se conta a sua imersão no mundo da música nos anos 60 bem como a sua complicada vida pessoal, onde se inclui o casamento com Priscilla Presley. O cartaz da Cinemateca Paixão deste fim-de-semana inclui também a película “BROS – Uma História de Amor”, uma comédia para maiores de 16 anos do realizador Nicholas Stoller. Esta é uma comédia romântica de Hollywood sobre dois homossexuais em busca do amor verdadeiro. Para quem quiser acabar o ano numa sala de cinema, a Cinemateca Paixão exibe, no dia 31, o filme japonês “A Hundred Flowers”, de Genki Kawamura, que conta a história de Yuriko Kasai, uma mãe solteira que cria o seu filho, Izumi Kasai, sem ajudas. Quando este se torna adulto vê-se obrigado a lidar com a doença da mãe, Alzheimer, o que faz com que esta comece a perder a memória e a capacidade de recordar as vivências com o seu próprio filho. Nesse processo doloroso, Izumi depara-se com um caso do passado que tem de enfrentar. Também no dia 31, será exibido outro filme japonês, “The Wandering Moon”. Esta quinta-feira será ainda a última oportunidade para ver “The Passengers of the Night”, um filme que conta com a actriz Charlotte Gainsbourg no elenco.
Andreia Sofia Silva EventosCCCM inaugura hoje biblioteca e exposição de fotografia É hoje inaugurada a nova biblioteca do Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM), em Lisboa, depois de um longo período de obras e reestruturação dos serviços. O evento de abertura contará com a presença de Elvira Fortunato, ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, além de incluir a inauguração da exposição de fotografia “À Procura de Macau”, da autoria de Jorge Veiga Alves, às 18h (hora de Lisboa). O projecto de uma nova biblioteca foi, desde o início do mandato, um projecto primordial de Carmen Amado Mendes à frente da presidência do CCCM. Até à data, a biblioteca localizava-se num edifício externo ao Centro, sujeito ao pagamento de renda. Numa entrevista ao HM, concedida em Fevereiro, a académica dava conta da vontade de mudar esta situação e reduzir despesas. “Temos ainda a questão das instalações provisórias, pois durante todos estes anos de vida do CCCM temos pago renda pelo espaço onde tínhamos a biblioteca e o arquivo, e isso não fazia qualquer sentido. Finalmente conseguimos concluir as obras no nosso edifício onde fica o museu, o que nos permitiu mudar a biblioteca, e deixar de pagar renda. Com isso promovemos o uso de salas de aula para as formações que disponibilizamos e gabinetes para investigadores. Estou contente por estarmos já numa fase final.” Recordar Macau Quanto à exposição de fotografia, trata-se de mais uma oportunidade para ver o trabalho de Jorge Veiga Alves, ex-residente em Macau e que há muito se dedica à fotografia nos tempos livres, nomeadamente sobre a Macau antiga, as suas gentes e culturas locais do período anterior à transição. Apresentam-se, assim, 30 fotografias tiradas entre os anos de 1986 e 1994, no formato analógico, e que foram digitalizadas e incluídas no projecto pessoal do fotógrafo também intitulado “À Procura de Macau”. Esta mostra pode ser vista até final de Janeiro. De frisar que desde Janeiro que as imagens e vídeos do espólio pessoal de Jorge Veiga Alves estão à guarda do CCCM e disponíveis para consulta na biblioteca digital da entidade. O fotógrafo confessou ao HM, em Janeiro, que grande parte do seu espólio serve de exercício de memória de uma Macau que já não existe. “Tenho fotografias do que todos os portugueses fotografavam, como as danças do leão e do dragão. Às vezes andava na rua com a minha máquina fotográfica, nas horas vagas, e também fotografei outros temas e situações da realidade de Macau. Comecei a perceber que, independentemente da qualidade fotográfica, algumas imagens remetem para locais que já não existem ou que mudaram muito.”
Andreia Sofia Silva EventosIC | Almeida Ribeiro transformada em zona pedonal no Natal e Ano Novo O Instituto Cultural apresentou, na sexta-feira, o programa “Uma Base de Inverno”, composto por uma série de actividades de celebração das festividades do Natal e Ano Novo. Uma das novidades passa pela transformação da avenida Almeida Ribeiro numa zona pedonal nos fins-de-semana do Natal e Ano Novo Já é conhecido o cartaz das iniciativas culturais de celebração do Natal e Ano Novo. O programa, intitulado “Uma Base Cultural”, foi apresentado na última sexta-feira pelo Instituto Cultural (IC) e visa criar iniciativas em vários pontos da cidade, em conjugação com o seu património. Uma das iniciativas visa transformar a avenida Almeida Ribeiro numa zona pedonal durante os fins-de-semana do Natal e Ano Novo, sendo este um projecto piloto que pretende impulsionar a economia desta zona antiga de Macau e aumentar os elementos culturais e artísticos neste local icónico da cidade. Será criada uma zona pedonal com 450 metros de comprimento e com três secções principais, situada entre a Rua do Guimarães e a Rua Central. Não será permitida a circulação de veículos entre as 8h de sábado, 24, até às 12h do dia de Natal. No fim-de-semana seguinte, o trânsito estará interdito no mesmo horário, apenas entre os dias 31 de Dezembro e 1 de Janeiro. Destaque ainda para a inauguração, esta sexta-feira, do passadiço da antiga fábrica de panchões Iec Long, na zona da Taipa Velha, que pretende ser um “novo pólo das ilhas”. A antiga fábrica de panchões foi alvo de um projecto de reestruturação levado a cabo pelo IC e pode agora ser visitada, podendo o público descobrir mais sobre “um dos legados do património industrial mais bem conservado do sul da China e o maior sítio da indústria de panchões existente em Macau”. Este passadiço tem cerca de 400 metros e mostra o interior da antiga fábrica, mostrando todo o processo de produção de panchões. Além do percurso cultural, é também inaugurada a mostra “O Eco de Panchões – Exposição da História da Indústria dos Panchões de Macau”. Ruínas virtuais O cartaz apresentado pelo IC traz ainda uma exposição de realidade virtual nas Ruínas de São Paulo, sendo possível ver a fachada da igreja com 400 anos de história em realidade virtual. A primeira fase da mostra decorre entre 30 de Dezembro e 31 de Janeiro no Largo das Ruínas do Colégio de S. Paulo (atrás das Ruínas de São Paulo), com entrada livre. A exposição será realizada a cada meia hora durante o horário de abertura desta atracção turística, havendo oito vagas disponíveis por cada sessão. Na noite de Natal, entre 24 e 25 de Dezembro, e de Ano Novo, de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro, decorre, também nas Ruínas de São Paulo, o programa musical “Melodias Inesquecíveis nas Ruínas de S. Paulo”. Os espectáculos acontecem entre as 18h e 19h com a Orquestra Chinesa de Macau, onde serão apresentadas “várias peças clássicas numa combinação encantadora de música e da atmosfera do património mundial, que permite ao público uma experiência musical inesquecível”. Canções para todos A música marcará ainda presença nas noites de Natal e passagem de ano. Os Concertos de Natal e de Passagem de Ano são organizados pelo IC e Direcção dos Serviços de Turismo, em conjunto com uma série de patrocinadores, nomeadamente as operadoras Galaxy, Melco, MGM, SJM e Wynn, sendo transmitidos pela TDM. Os eventos acontecem nas noites dos dias 24, 25, 31 de Dezembro e na noite do dia 1 de Janeiro na Praça do Lago Sai Van. Na véspera de Natal decorre um espectáculo com vários grupos de dança infantil tal como “Now’z Kid Dance Team”, “Ding Ding” e “TDSM Kid Dance”, incluindo o grupo “The Cotton Kids” e a “pequena cantora” Cátia Pinto, que “com uma bela voz infantil, vai transmitir amor junto da cantora Viviana Lo”. Wilfred Lau, cantor de Hong Kong, vai interpretar vários temas clássicos em dueto com Rico Long, cantor de Macau. Nesta noite actua também Penny Tai, uma cantora malaia que sobe ao palco com o coro da escola Choi Nong Chi Tai. Na noite do dia de Natal decorrem as actuações de Pun Kuan Pou, o grupo “Zeal Dance Studio”, Elisa Chan e o grupo MFM. O espectáculo encerra com Kenji Wu que vai actuar com Daniel Leong, violoncelista de Macau. A última noite do ano encerra-se com o espectáculo de Alex To e bandas e músicos de Macau e Hong Kong, como Vivian Chan, Kane Ao Ieong, Germano Guilherme, #FFFF99, Ocean Walker, MSD Studio e Macau Baby, entre outros. No primeiro dia do ano de 2023 a Orquestra de Macau protagoniza um concerto com elementos de ópera.
Hoje Macau EventosCCCM | Patuá e teatro em destaque no evento “Macau em Lisboa” O Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM) promove este domingo um evento especial intitulado “Macau em Lisboa”, onde o patuá e o teatro feito em patuá estarão em destaque. A ideia é promover “uma tarde macaense onde a graça, o chiste próprio do patuá, bem-humorado e satírico, a música e a declamação poética” serão os protagonistas. Desta forma, pretende-se, com “Macau em Lisboa”, dar “a conhecer aspectos específicos da cultura macaense expressos através dos documentários “Natal e Ano Novo”, realizado pela Casa de Portugal em Macau e projectos dos Doci Papiaçam di Macau, nomeadamente a curta-metragem “Macau Sã Assi”, “Lorcha Di Amor”, peça de teatro e “Macau Champurrado”. Entre as 14h30 e as 19h haverá a apresentação do espectáculo com músicas de Natal protagonizado por Carlos Piteira e Jaime Mota e ainda uma conversa com as académicas Maria Antónia Espadinha e Ana Cristina Alves. Haverá ainda récitas em patuá.
Hoje Macau EventosTap Seac | Feira de Natal arranca este sábado Começa já este sábado a Feira de Natal promovida pelo Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), a qual irá decorrer nos 16 dias seguintes. O tema desta edição do evento é “Floresta Mágica” e a ideia é criar “um ambiente festivo, com um presépio de Natal, decorações luminosas e uma casa de Natal de madeira”. Haverá ainda tendas com a venda de presentes de Natal e petiscos, jogos e espectáculos itinerantes. A feira será dividida em zona de venda e zona de jogos. Na zona de venda, haverá 20 tendas de venda de presentes de Natal e oito tendas de petiscos. Serão convidadas empresas culturais e criativas locais e instituições de solidariedade social para participarem na exploração das tendas de venda de presentes de Natal, enquanto as tendas de petiscos serão exploradas por empresas de restauração com características, que irão vender vários tipos de alimentos típicos. A zona de jogos irá contar com actividades de diversão, tais como o comboio de Natal e o carrossel. Durante o evento, haverá ainda espectáculos itinerantes, tais como torção de balões do Pai Natal, palhaços malabaristas e magia, para que toda a família possa desfrutar de momentos de alegria em conjunto. Na feira, também serão colocadas quatro caixas de angariação referentes à actividade “Oferta de Alegria e Amor às Crianças no Natal”, uma actividade anual organizada pelo IAM, que permitirá aos visitantes da feira oferecer amor e carinho às crianças necessitadas. O último dia da feira será a 1 de Janeiro, estando aberta entre os dias 24, 25 e 31 de Dezembro entre as 14h e 24h. Nos restantes dias a feira acontece entre as 14h e as 23h, enquanto as instalações de diversão funcionam das 15h às 22h.
Hoje Macau EventosMuseu de Arte de Macau inaugura hoje nova exposição Chama-se “Começo Auspicioso: Tradições do Festival da Primavera na Cidade Proibida” e é a nova exposição patente no Museu de Arte de Macau (MAM) até ao dia 5 de Março do ano que vem. Haverá visitas para grupos na próxima terça-feira, 20, e no último dia da exposição. Nas palavras de Un Sio San, directora do MAM, esta é uma mostra “cheia de alegrias primaveris”, sendo uma “exposição temática de relíquias culturais do Museu do Palácio que está mais estreitamente associada ao quotidiano da vida das pessoas ao longo dos anos”. “Através de uma apresentação abrangente das cerimónias de Ano Novo da dinastia Qing, a exposição oferece aos visitantes uma festa cultural chinesa auspiciosa, festiva e colorida”, adiantou. A mostra inclui um total de 120 peças ou conjuntos de “preciosas relíquias culturais, incluindo caligrafia e pinturas, livros antigos, selos reais, mantos, ornamentos, objectos de ritos, instrumentos musicais e artesanato, apresentando na íntegra a paisagem cultural das celebrações do Ano Novo Lunar na corte Qing”. Desta forma, os visitantes podem ver as indispensáveis decorações do Festival da Primavera, tais como o trabalho caligráfico imperial Doufang com personagem carácter “bênção” (fu) do Imperador Qianlong, monósticos (chuntiao), deuses da porta, bem como a moeda de ouro como amuleto, bolsa e frasco de rapé oferecidos pelo imperador como prendas de Ano Novo. Além disso, podem também ser apreciados os requintados artigos de mesa usados para comer jiaozi (uma espécie de ravióli) e beber Chá das Três Purezas (Sanqing Cha) durante o Festival da Primavera no palácio imperial. Rituais e antepassados Esta exposição pretende também mostrar os rituais de veneração aos antepassados na corte Qing, uma vez que este acto e a realização de um banquete familiar no período do Ano Novo Chinês “reflecte o respeito e o cumprimento dos actos de piedade filial e amor fraternal por parte da realeza”. Encontramos aqui “diferentes rituais”, onde se inclui a escrita da primeira caligrafia de “bênção” (Fu), do Ano Novo ou “acolher banquetes de chá para honrar cortesãos talentosos”, personificando “a visão do imperador governante da sua família e do país”. A directora do MAM destaca que “a celebração do Ano Novo é mais bem representada pela realeza”, com os “ritos rigorosos, grande pompa, trajes deslumbrantes, presentes generosos”. “Tudo isto serve para fortalecer os laços familiares, manter a harmonia nas relações imperador-cortesãos, consolidar o Estado e melhorar as relações diplomáticas com outros países. Há significados auspiciosos, intenções políticas, acumulação histórica e conotação cultural em tudo”, concluiu numa nota sobre a exposição.
Andreia Sofia Silva EventosUSJ | “Boundless”, pavilhão em bambu, pode ser visitado até final de Janeiro Aberto ao público na quarta-feira, o pavilhão feito em bambu pelos alunos do terceiro ano do curso de arquitectura da Universidade de São José para albergar vários eventos pode ser visitado até final de Janeiro. “Boundless” pretende criar uma noção de espaço dinâmica em conexão com outros locais, apelando a uma maior sustentabilidade Chama-se “Boundless” e é o novo projecto de pavilhão feito em bambu pelos alunos do terceiro ano do curso de arquitectura da Universidade de São José (USJ). Como a remeter para um espaço sem limitações, este pavilhão apresenta-se como uma estrutura que “que propõe uma experiência espacial dinâmica que se articula com a zona do pátio central [do campus da USJ, na Ilha Verde], com a galeria e uma zona mais ampla intitulada de ‘Community Hall’.” Esta “efémera estrutura de arquitectura”, complementada com técnicas de artesanato e design digital, pode ser visitada até final de Janeiro e irá comportar, no seu interior, vários eventos. Essencialmente, “Boundless” traz um “programa único e um conceito inclusivo”, incitando “à curiosidade e convidando os transeuntes a entrarem na estrutura e a descobrir ‘um mundo interior’”, que não é mais do que um “laboratório temporário para o design sustentável”. O projecto foi coordenado pelo arquitecto Nuno Soares, director do Departamento de Arquitectura e Design da USJ. A equipa é composta por 13 alunos, contando ainda com o apoio técnico de Filipe Afonso, Filipa Simões e João Brochado. Ser sustentável O projecto “Boundless” pretende chamar a atenção para a importância de uma arquitectura mais sustentável, com base nos Objectivos das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável do planeta. Desta forma, os “estudantes desenvolveram um processo de design, que foi do conceito ao design, construção e disseminação”, criando “uma oportunidade espacial com um impacto positivo com zero desperdício”. No pavilhão podem ser vistas duas exposições permanentes. Uma delas intitula-se “A Exposição do Pavilhão ‘Boundless’”, onde todo o processo de construção do projecto está documentado e explicado, enquanto a outra mostra é “Manifesto para Criar uma Macau Sustentável” [Manifesto to Design a Sustainable Macau”, estando patente na zona da galeria. No caso desta segunda exposição, o conteúdo foi preparado por alunos do primeiro ano do curso de arquitectura, sendo apresentadas propostas de mudança no espaço urbano de Macau em prol de uma maior sustentabilidade, ao mesmo tempo que se contribui para atingir os objectivos das Nações Unidas nesta matéria. O pavilhão está ainda aberto para actividades da USJ e da própria comunidade, sendo este um convite para “uma colaboração multidisciplinar, onde se podem organizar exposições, leituras, workshops e outro tipo de eventos”.
Hoje Macau EventosCinema | Realizador japonês Hayao Miyazaki terá novo filme em 2023 O realizador japonês Hayao Miyazaki vai estrear em 2023 uma nova longa-metragem de animação, ao fim de uma década, anunciaram esta terça-feira os estúdios Ghibli e a distribuidora Toho. O filme intitula-se “Kimitachi wa do ikiru ka” (“Como é que vives”, em tradução livre) e chegará aos cinemas japoneses a 14 de Julho de 2023. A longa-metragem inspira-se numa obra com o mesmo título, publicada em 1937 pelo autor de literatura para a infância Genzaburo Yoshino. Segundo a revista Variety, a narrativa é sobre um adolescente de 15 anos, numa viagem de amadurecimento espiritual, de descoberta da pobreza e do sentido da vida, com a ajuda do diário de um tio. Sem revelar mais detalhes sobre a produção, os estúdios Ghibli publicaram um detalhe de uma ilustração do que aparenta ser um pássaro, assinada por Miyazaki. Este será o primeiro filme de Hayao Miyazaki em dez anos, depois de ter estreado “As asas do vento” (2013). Na altura, o cineasta anunciou que iria reformar-se, mas acabou por se dedicar a mais uma longa-metragem de animação. Considerado um dos mais importantes criadores do cinema de animação, dentro e fora do Japão, Hayao Miyazaki está a poucos dias de celebrar 82 anos. Entre os seus filmes, distintivos pelo cruzamento entre fantasia e realidade, fortemente marcados pela espiritualidade, pela natureza e pela infância, estão “O meu vizinho Totoro” (1988), “A princesa Mononoke” (1997), “A viagem de Chihiro” (2001) – que lhe valeu um Óscar e um Urso de Ouro em Berlim -, “O Castelo Andante” (2004) e “Ponyo à beira-mar” (2008). É ainda autor de séries de televisão – como “Conan, o rapaz do futuro” – e manga (banda desenhada japonesa), como a série “Nausicaa”. Hayao Miyazaki foi ainda um dos fundadores, juntamente com Isao Takahata, dos estúdios Ghibli, de onde saíram todas aquelas produções.
Hoje Macau EventosPrémio A-Má | Seleccionados vencedores da segunda edição “Enigma da Primeira Lua”, de Edvirges Aparecida Salgado, é o trabalho vencedor da segunda edição dos prémios A-Má, promovidos pela Fundação Casa de Macau em Lisboa. Em segundo lugar ficaram dois trabalhos, “Macau Sempre”, de João Oliveira Botas, e “Tomásia”, de Shee Va. O júri decidiu ainda atribuir menções honrosas a cinco trabalhos apresentados a concurso, que serão anunciados posteriormente. A cerimónia de entrega dos prémios acontece amanhã, às 17h, na sede da fundação, na zona do Príncipe Real.
Andreia Sofia Silva EventosCasa Garden | Instalação sobre nuvens inaugurada amanhã Chama-se “4 Steps Into the Clouds II” e é a nova instalação promovida pela 10 Marias – Associação Cultural na Casa Garden. Da autoria de Mónica Coteriano, co-fundadora da associação, esta é uma instalação que explora o imaginário de todas as idades associado às nuvens Amanhã, a partir das 18h30, a Casa Garden acolhe uma instalação sobre o universo imaginário das nuvens, promovida pela 10 Marias – Associação Cultural e da autoria de Mónica Coteriano, artista e co-fundadora da entidade. O público poderá explorar este imaginário e fazer uma espécie de passeio pelas nuvens até ao dia 25 de Janeiro. Segundo uma nota de imprensa, “as nuvens são construídas para ocupar todo o espaço da galeria, proporcionando aos visitantes um passeio paradisíaco. Eles podem sentar-se, descansar, meditar ou simplesmente caminhar pelas nuvens. Dentro de algumas nuvens haverá aparelhos de som para que o público ouça uma voz que sussurra histórias em inglês, chinês e português”. Depois de uma primeira exposição realizada na galeria da Creative Macau, entre Novembro de 2019 e Janeiro de 2020, chega agora a vez de voltar a apresentar este mundo tão específico com colaborações de artistas como Elis Mei, Nina Lee, Vera Paz, Luísa João Chambica, Kate Samozwaniec, Ines Trokovic, Steven Turner e de Alice Côrte-Real, que acrescenta a perspectiva de uma adolescente sobre as nuvens a este trabalho. Sonhos de todas as idades Ao HM, Mónica Coteriano adiantou que esta instalação nasce da idade de um sonho de criança que é desenvolvido na idade adulta, o de andar nas nuvens e poder senti-las. Na instalação cada nuvem conta uma história, sendo os textos escritos pela própria Mónica Coteriano que são depois incorporados com as intervenções dos artistas convidados. “Inicialmente seriam só textos meus, mas depois pensei que seria interessante ter outras vozes e lancei o desafio a três pessoas que respeito imenso e que são artistas, como é o caso da Kate Samozwaniec [fotógrafa de Macau a residir na Polónia], Vera Paz [actriz e encenadora] e Steve Turner [escritor]. A Alice Côrte-Real escreve muito bem e tem um imaginário adolescente fantástico, e, assim, achei interessante juntar as três fases, a infantil, a adolescente e a fase adulta.” Mónica Coteriano conta ainda que “há uma junção, em que as nuvens estão todas instaladas de forma estratégica para que o visitante tenha mesmo de se aproximar da nuvem para a poder ouvir”. “Fiz um investimento no chão para ter a sensação de uma área almofadada, criei uma estrutura de espuma, em que as pessoas sepodem sentar e deitar junto à nuvem e ouvir o texto. É um passeio pelas nuvens e faz-se uma escolha, pois o público deve identificar-se mais com umas do que com outras”, acrescenta Mónica, que diz querer “proporcionar uma experiência com base no meu imaginário, em que as pessoas fazem parte da própria instalação”.
Hoje Macau EventosCasa Garden | Nova exposição de Eric Fok inaugurada esta sexta-feira Chama-se “Hotel Oriental” e é a nova exposição do artista de Macau Eric Fok que abre portas esta sexta-feira na Casa Garden, delegação da Fundação Oriente no território. Esta é uma mostra que visa mostrar o trabalho do artista vencedor do Prémio para as Artes Plásticas da Fundação Abre portas esta sexta-feira, às 18h30, na Casa Garden, a nova exposição individual de Eric Fok, um dos mais conceituados artistas de Macau da nova geração. “Hotel Oriental” visa dar a conhecer o trabalho de Eric que venceu uma das edições do Prémio para as Artes Plásticas da Fundação Oriente e que revela “a visão do artista sobre a história, a cidade, o ambiente, as pessoas e o mundo em geral”. Vencedor da segunda edição do prémio, Eric Fok está neste momento a fazer um doutoramento em Taiwan. Nas suas obras, Eric usa uma caneta técnica para desenhar no papel finos detalhes. As suas obras assemelham-se a mapas de estilo antigo que incorporam elementos contemporâneos. Partem da história dos Descobrimentos e incorporam as mudanças nas cidades causadas pelo desenvolvimento urbano bem como elementos dos fenómenos pós-coloniais. De acordo com o artista, “a exposição pretende apresentar obras que constituem mapas representativos de diferentes épocas e que focam aspectos como a exploração humana, a divisão de terras, os registos do avanço da civilização e da fome de poder e, ainda, o projecto para a construção de um mundo ideal.” Viagens e imaginário Eric Fok faz ainda referência, nesta mostra, à literatura de viagens e a mapas de viajantes do Ocidente, aventureiros e missionários. O Oriente histórico é re-imaginado com base nas suas experiências, reinterpretando a origem das colónias na época dos Descobrimentos, examinando questões urbanas como o desenvolvimento e a migração populacional. Os trabalhos do artista de Macau foram seleccionados para a “Exposição de Ilustração – Feira do Livro Infantil de Bolonha” (2013), tendo Eric recebido também o Prémio Soberano de Arte Asiática (2019). Foi ainda seleccionado para a “Bienal Internacional de Arte de Macau (2021). Eric Fok realizou exposições individuais e feiras de arte nos EUA, Itália, Reino Unido, Portugal, Espanha, Japão, Coreia, Singapura, China continental, Hong Kong, Macau e Taiwan. As suas obras fazem parte da colecção da Fundação Oriente, da Universidade de Hong Kong, do Museu de Arte de Macau, do Macau Galaxy, do MGM Macau Cotai e de coleccionadores de Itália, Las Vegas (EUA), Reino Unido, China, Taiwan, Singapura, Hong Kong e Macau.
Hoje Macau EventosObras de António Júlio Duarte reunidas em livro Um livro que reúne uma retrospectiva do trabalho fotográfico de António Júlio Duarte, nas suas deambulações pelos espaços urbanos, com imagens inéditas, vai ser lançado na sexta-feira, em Lisboa, pela Imprensa Nacional. “Ph.10 António Júlio Duarte” dá título ao novo livro da Série Ph. dedicada à fotografia portuguesa contemporânea, que já contemplou artistas visuais como Helena Almeida, Jorge Molder, Paulo Nozolino, Fernando Lemos, José M. Rodrigues, Ernesto de Sousa, Jorge Guerra, Daniel Blaufuks e Alfredo Cunha. A obra, que reúne imagens inéditas e tem texto de Sofia Silva, é uma edição da Imprensa Nacional. De Hong Kong aos Estados Unidos da América, de Portugal ao Japão, da Guiné-Bissau à Rússia, de Cabo Verde a Itália, são alguns exemplos dos percursos urbanos do fotógrafo nascido em Lisboa, em 1965. O livro tem uma estrutura marcadamente cronológica, onde o fotógrafo revisita alguns conceitos e formas identitárias do seu trabalho, descrito por Sofia Silva, num ensaio publicado na obra intitulada “O Teatro desperto da imaginação”, como, não um jogo de geometrias entre o quadrado e o circular, mas “uma fotografia de contacto, um combate, que se traduz em composições cruas e rigorosas”. Passagem por Macau António Júlio Duarte estudou fotografia no AR.CO, em Lisboa, e também no Royal College of Art, em Londres, e foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação Oriente. Expõe com regularidade desde a década de 1990, tem publicado ao longo dos anos diversos livros de fotografia, e o seu trabalho está representado em coleções de referência nacionais e internacionais. Macau fez também parte do seu trabalho, onde esteve nos anos 90 para fotografar um território cuja administração estava à beira da transição de Portugal para a China, e depois para retratar a campanha eleitoral de Chui Sai On para o cargo de Chefe do Executivo, em 2009. Iniciada em 2017, a Série Ph. é uma coleção de monografias bilingues – em português e inglês – dedicada à fotografia portuguesa contemporânea, que tem por objectivo dar a conhecer a obra de diversos autores, com textos de especialistas.
Hoje Macau EventosMuseu de História de Hong Kong prepara exposição sobre lusodescendentes O Museu de História de Hong Kong está a preparar uma exposição sobre a centenária presença dos lusodescendentes na região chinesa, cuja inauguração está prevista para meados de 2023, disse hoje o coordenador do projeto. A comunidade será a primeira a merecer destaque entre várias exposições temáticas rotativas que o museu está a preparar, desde 2017, no âmbito de uma renovação que originalmente estava prevista abrir ao público ainda este ano. “O lançamento da exposição foi adiado por causa da covid-19”, afirmou à Lusa, em Hong Kong, o investigador Francisco da Roza. “Estamos a trabalhar para um lançamento previsto, de forma provisória, para meados do próximo ano”, acrescentou. Num folheto sobre uma campanha de recolha de artefactos, documentos e fotografias para a exposição, o museu diz querer “trazer para a ribalta a excecional história da comunidade portuguesa em Hong Kong”. O museu destaca ainda “a pitoresca diversidade” dos lusodescendentes, incluindo as tradições religiosas católicas, a gastronomia de fusão e o patuá, uma língua crioula de base portuguesa, em risco de extinção. Os macaenses e membros da então numerosa comunidade portuguesa em Xangai, no leste da China, começaram a chegar logo depois da fundação da colónia britânica, em 1841, sublinha o museu. José Maria d’Almada e Castro foi um dos primeiros não chineses a mudar-se para a cidade, logo no ano seguinte. Durante os primeiros anos do território, a comunidade eurasiática “aproveitou o talento para as línguas e o estatuto único de ‘nem chinês nem ocidental’ para servir de ponte entre os mercadores e funcionários do governo britânico e os chineses”, indica. Os lusodescendentes “prosperaram em várias indústrias”, lembra o museu, como a impressão, a farmacêutica e a advocacia. Ainda hoje a presença da comunidade na justiça é visível através de Roberto Alexandre Vieira Ribeiro, um dos três juízes permanentes do Tribunal Superior de Hong Kong. A comunidade deu também “o seu contributo ao desenvolvimento urbano de Hong Kong”. O empresário Francisco Soares foi o principal promotor, na década de 1920, do desenvolvimento da zona de Ho Man Tin, onde ainda existe a Avenida Soares. O declínio da comunidade começou em 1967, quando a então colónia britânica sentia, inclusive através de atentados bombistas, o impacto da Revolução Cultural na China. A imigração dos lusodescendentes continuou depois da crise mundial do petróleo em 1973. Para recolher artefactos, documentos e fotografias para a exposição, Francisco da Roza foi à Califórnia, nos Estados Unidos, e a Toronto e a Vancouver, no Canadá, entre a diáspora da comunidade eurasiática. A pandemia impediu, no entanto, o coordenador do projeto de ir à Biblioteca Nacional da Austrália, em Melbourne, para investigar os documentos pessoais do jornalista, escritor e historiador lusodescendente José Maria Braga (1898-1988), que viveu em Macau e Hong Kong. Entre as instituições da comunidade que ainda sobrevivem na região administrativa especial chinesa, contam-se o Clube de Recreio e o Clube Lusitano.
Hoje Macau EventosCotai | Novo evento gastronómico esta sexta-feira É já esta sexta-feira que tem lugar um novo evento gastronómico em Macau, o “Crunch and Munch Fair Macao – Fiesta for Five”, que se realiza no Cotai Strip Park até ao dia 26 de Dezembro. Segundo uma nota de imprensa, esta iniciativa contará com a representação de estabelecimentos de restauração e bebidas locais, além de serem convidados operadores de restauração das quatro Cidades Criativas de Gastronomia do Interior da China, nomeadamente Chengdu, Shunde, Yangzhou e Huai’an. A ideia é que possam ser apresentadas em Macau “várias especialidades gastronómicas dos cinco locais a fim de aprofundar a integração dos elementos ‘turismo+gastronomia’, aumentando a atracção de Macau enquanto cidade turística”. Pretende-se também “alargar as fontes de visitantes”. A organização do evento está a cargo da Direcção dos Serviços de Turismo (DST) em parceria com a Associação Industrial e Comercial da Zona de Aterros do Porto Exterior (ZAPE) e seis grandes empresas de turismo e lazer do território. As autoridades classificam este como sendo “o primeiro grande evento culinário realizado ao ar livre na zona do Cotai”, reunindo áreas como o turismo, a gastronomia, compras, a promoção da cultura sino-lusófona ou as indústrias culturais e criativas, entre outras. Haverá um total de 106 stands divididos em várias zonas temáticas. O evento apresenta ainda espectáculos recreativos e musicais.
Hoje Macau EventosFestival Internacional de Curtas | “Fantasma Neon” premiado como melhor filme Terminou na sexta-feira mais uma edição do Festival Internacional de Curtas-metragens de Macau, promovido pela Creative Macau, que distinguiu o filme do brasileiro Leonardo Martinelli. Jose Pozo, de Espanha, foi considerado o melhor realizador. “Sea” do residente Jonhson Chon Sin Chan ganhou na categoria de melhor design de som “Fantasma Neon”, do realizador brasileiro Leonardo Martinelli, conquistou na sexta-feira o prémio de melhor filme do 13.º Festival Internacional de Curtas-Metragens de Macau. O prémio de melhor realizador distinguiu Jose Pozo, de Espanha, com o filme “Plastic Killer”, enquanto a melhor edição foi para o espanhol Valentin Lopez, com “El Productor”, e a melhor cinematografia para Yorgos Giannelis. A curta “Sea”, de Jonhson Chon Sin Chan, residente de Macau, arrecadou o prémio de melhor design de som e o de melhor música original foi para Juan Pablo e Villa Dan Zlonik, por “Hambre”, de Carlos Meléndez, do México. “Maldita. A love song to Sarajevo”, de Amaia Remire e Raul de la Fuente Calle (Espanha/Bósnia-Herzegovia), venceu a categoria de melhor documentário, enquanto “The Rat”, de Zhantemir Baimukhamedov, do Cazaquistão, foi distinguido com o prémio melhor ficção. O prémio de melhor filme local foi atribuído à obra de ficção “For-get”, de Jenny Wang, enquanto “Keep on rolling”, de Tainqi Zhao, conquistou o prémio “Identidade Cultural de Macau”. A ficção “Last day off”, de Mark Aguillon, de Macau, foi o melhor filme na categoria de escolha do público, indicou a organização. Animação russa distinguida A melhor curta de animação foi “The Encounter”, de Aleksandra Krivolutskaia, da Rússia, enquanto “Les larmes de la Seine”, realizado por Yannis Belaid, Eliott Benard, Nikolas Mayeur, Etienne Moulin, Hadrien Pinot, Lisa Vicente, Philippine Singer, Alice Letailleur, arrecadou o prémio melhor filme estudante. Na competição “Volume”, os prémios de melhor vídeo do festival foi para “Can you hear me”, de Johnson Chon Sin Chan, com a banda FIDA e o de melhor canção foi “Remember me”, filmado por Bryan Chio, Macau, com Garcy Lam, cantora do território. Já “NPC” de Bruce Pun, de Macau, com a banda Experience, venceu na categoria de “Melhores efeitos visuais”. Dos mais de quatro mil filmes e vídeos submetidos a concurso, de 123 países, foram escolhidos 111 para serem exibidos no Teatro Capitol, entre 1 de Dezembro e a passada quinta-feira, incluindo quatro filmes de Portugal. “Carpinteiro de Papel”, realizado por Daniel Araújo Medina e Renata de Carvalho Pinto Bueno, competiu na categoria de documentários, enquanto “A Boneca de Kafka”, de Bruno Simões, “Polvo”, de Catarina Sobral, e “A Criação” de José-Manuel Xavier integraram a lista das curtas-metragens de animação. O Festival Internacional de Curtas-Metragens de Macau, que assinala 13 anos de vida, apresenta produções independentes de reduzido orçamento. Lançado em 2010, pela Creative Macau e pelo Instituto de Estudos Europeus de Macau, como um pequeno concurso audiovisual, a iniciativa expandiu-se pelos cinco continentes e, em 2015, evoluiu para um festival de curtas-metragens, mantendo o objectivo de motivar a participação de produções fílmicas e vídeos musicais locais e internacionais, a competir em Macau.
Andreia Sofia Silva EventosRota das Letras | Última edição da Zine Photo lançada no domingo É já este domingo que o festival literário Rota das Letras acolhe, no café Art Garden, às 19h, o lançamento da 12.ª e última edição da Zine Photo, um projecto de revista periódica de fotografia da autoria de João Miguel Barros. Ao HM, o advogado e fotógrafo fala de um ciclo que se fecha e de uma publicação que “atingiu uma certa maturidade”. “Fecha-se um ciclo para que se abram outros ciclos, porque eu não suporto a vida sem projectos no horizonte. O fim da Zine Photo, no final deste ano, decorre também, como é natural, do projecto maior que é começar a dar vida à Ochre Space a partir da Primavera do ano que vem.” A Ochre Space é uma galeria que João Miguel Barros pretende abrir em Lisboa, sendo também um espaço que albergará exposições e lançamentos de livros, entre diversos projectos sempre em torno da fotografia. A 12.ª edição da Zine Photo tem como tema “Ghost” [Fantasma], existindo “como que um regresso às origens, ou seja, ao Gana, o lugar que inspirou os primeiros números deste projecto”, adiantou o autor. Venha o livro Mesmo que a Zine Photo chegue ao fim, João Miguel Barros pretende embrenhar-se em mais projectos editoriais, existindo a ideia de editar um livro, no próximo ano, como resultado da edição desta revista. “Gostava ainda de lançar um projecto editorial de fôlego, com a minha curadoria, com a publicação de portfólios de fotógrafos internacionais”, disse João Miguel Barros, que espera poder conciliar esta actividade com a sua profissão de advogado. O penúltimo número da Zine Photo foi editado em Outubro e fez uma homenagem ao Pipeta Saratoga, um pequeno avião de apenas seis lugares propriedade de um amigo de João Miguel Barros.
Hoje Macau EventosTurismo | Festival “Iluminar Macau 2022” arranca hoje à noite Todas as noites, entre as 19h e as 22h, a luz do “Iluminar Macau 2022” irá brilhar em 28 locais espalhados pela Península de Macau, Taipa e Coloane. O evento organizado pelos Serviços de Turismo começa hoje à noite e culmina a 1 de Janeiro, com espaços públicos a serem tomados por instalações de luz, jogos interactivos, espectáculos de vídeo mapping e decorações luminosas Depois de ter sido adiado uma semana, começa esta noite o evento “Iluminar Macau 2022”, organizado pela Direcção dos Serviços de Turismo (DST), com o tema “Inverno Deslumbrante” a dar o mote às festividades. Todas as noites, entre as 19h e as 22h, o evento que substituiu o Festival da Luz irá apresentar espectáculos e actividades em oito zonas da Península de Macau, Taipa e Coloane, com exibições coloridas e jogos online. A DST indica que o “o evento une artes em espaços públicos e tecnologias inovadoras, que oferecerão ao público instalações de luz, jogos interactivos, espectáculos de vídeo mapping e decorações luminosas com diferentes temáticas, criando uma experiência imersiva de iluminação nocturna”. O festival espalha-se por 28 locais, entre a zona norte e centro da península de Macau, o Lago Nam Van, NAPE, Taipa, Cotai e Coloane. O Iluminar Macau deste ano conta com a participação das seis concessionárias de jogo, que foram convidadas, pela primeira vez, para colaborarem, em mais uma expansão da área de realização do evento, instalando equipamentos de iluminação, espectáculos de iluminação, entre outros, nas instalações e nas fachadas dos seus edifícios em Macau e no Cotai, também a partir desta noite. Vestir com luz Um dos destaques do Iluminar Macau 2022 é a apresentação de quatro espectáculos de vídeo mapping a 3D, a cargo duma equipa local, de um grupo de actuação de Xangai e outro de Portugal, e ainda da Direcção dos Serviços de Assuntos de Subsistência da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin. Importa referir que o último espectáculo de vídeo mapping a 3D de cada noite começa às 21h50. Outra novidade na edição deste ano, é o lançamento de um jogo online de Realidade Aumentada, que requer a ligação através da conta oficial da DST no WeChat. Os jogadores podem acumular pontos e concorrer em sorteios online, habilitando-se a ofertas ou descontos em lojas que aderiram ao programa. A DST indica que o objectivo da iniciativa é “encorajar os residentes e visitantes a consumirem nos bairros comunitários e assim beneficiar os comerciantes. Por outro lado, os Serviços de Turismo acrescentam que durante o Iluminar Macau 2022, serão realizadas várias actividades comunitárias, multiplicando o efeito de “turismo + eventos”, de modo a dinamizar a economia dos bairros comunitários.
Andreia Sofia Silva EventosRota das Letras | “Macau, A Minha História” apresentado este domingo no Art Garden Chama-se “Macau, A Minha História” e é um livro que mistura fotografia e histórias sobre as várias perspectivas que o território apresenta aos seus autores. João Rato, fotógrafo amador, é um dos editores de uma obra que conta com 13 autores e 12 histórias. O lançamento, incluído no cartaz do festival literário Rota das Letras, faz-se este domingo no Art Garden “Macau, A Minha História” não é apenas um livro de fotografia, tem também histórias das diversas visões e percepções que o território pode proporcionar a quem cá vive. O lançamento acontece este domingo, às 17h, no café Art Garden, e está inserido no programa da 11.ª edição do festival literário Rota das Letras. “Macau, A Minha História” é editado em chinês e português e conta com quatro editores: João Rato, fotógrafo amador e co-fundador da associação Halftone, ligada à fotografia; José Manuel Simões, coordenador do curso de comunicação na USJ, Paris Pei e Guan Jian Sheng. A USJ é responsável pela edição do livro. A ideia para editar este livro surgiu em finais de 2020, de uma conversa entre João Rato e Pei Ding An, seu colega de trabalho. À medida que o tempo passava, mais editores e colaboradores foram-se juntando ao projecto. “O livro tem uma componente visual adicional ao texto, e isso dá uma maior profundidade e riqueza à obra. Não é apenas um livro de fotografia, permitindo essas duas leituras”, contou João Rato ao HM. “Macau, A Minha História” acaba por reflectir “a diversidade de Macau e a ideia de que o território é um ponto de encontro de culturas”. “Pode parecer algo muito visto e falado, mas a verdade é que a síntese de Macau é isso mesmo. É um ponto de passagem desde há centenas de anos. Temos Macau e as histórias, que podem incluir a geografia, arquitectura, fantasia, um pouco de romance, poesia ou literatura. O livro trata percepções, sensações e opiniões que cada um dos autores tem sobre Macau. Nós, como editores, não criamos nenhuma restrição em termos temáticos.” Da diversidade As histórias começam a contar-se com “A História escolheu Macau e Macau também fez História”, um texto escrito por Guan Jian Sheng, acompanhado das imagens de Cecília Vong. Segue-se “Macau, nascida e criada”, de Marjolene Estrada, que faz a fotografia e o texto. “Ela faz o retrato de uma Macau contemporânea, de quem acabou de sair da universidade e que está cheio de dúvidas sobre o futuro. O trabalho dela versa sobre o período da sua adolescência, os concertos ao ar livre, o mundo da moda”, descreve João Rato. Ou Tian Xing escreve e fotografa sobre a “Arquitectura de Macau em Luz e Sombra”, seguindo-se depois João Monteiro com “Um passeio fotográfico pelo Património de Macau”. Há, nestas páginas, muitas histórias que se vão contando, e outras que já terminaram, mas das quais ainda existem rastos nas ruas. Há, portanto, imagens de “pequenas alfaiatarias, lojas que vendem côco, algumas que já desapareceram devido ao crescimento desenfreado da cidade”. João Rato, por sua vez, escreveu “Macau em profundidade”, que mais não é do que uma “deambulação”, algo que lhe interessa fazer também na fotografia. “Os textos, neste livro, têm a ver com as marcas indeléveis e com aquilo que Macau, na sua intensidade, permite vivenciar a quem se deixa levar e a queira descobrir.” O co-editor da obra não tem dúvidas de que “a passagem do tempo vai conferir ao livro uma importância maior, porque é o registo da mudança pela qual o mundo e Macau estão a passar”.