Concerto | Palestra sobre música do século XIX hoje na FRC

Hoje, a partir das 18h30, os amantes de música clássica vão poder apreciar composições que marcaram o século XIX num concerto que é, ao mesmo tempo, uma palestra dirigida pelo musicólogo Sio Pan Leong. O evento será oportunidade para admirar as sonoridades de Schubert, Tosti, Debussy, Chopin, Brahms e Hasselman

 

“Melodias Nocturnas: A Noite Artística na Música do Século XIX” é o nome da palestra que é, ao mesmo tempo, um espectáculo musical que decorre hoje, a partir das 18h30, na Fundação Rui Cunha (FRC). O evento será conduzido pelo musicólogo Sio Pan Leong, contando ainda com a presença das pianistas Vicky Hei Man Tong e Christy Pui Man Tong, a soprano Hapi Hoi Sam Chan e a harpista Jessica Iok Man Chong.

Nesta sessão, co-organizada pela Associação de Performance Musical de Macau (APMM) e a Associação Musicológica de Macau, o público poderá “mergulhar na paisagem nocturna da música artística do século XIX”, aponta um comunicado da FRC, que cita a APMM. A organização do evento descreve a época em destaque como uma altura em que a “escuridão da noite serviu de tela para interagir com o misterioso e o irracional”, explorando “o sublime e o transcendental, os sonhos e os anseios, bem como os aspectos desconhecidos e sombrios da psique humana”.

Como tal, é proposto ao público uma “viagem fascinante por peças criadas para piano, voz e harpa”, de compositores bem conhecidos em todo o mundo como Schubert, Tosti, Debussy, Chopin, Brahms e Hasselman, sendo apresentadas diversas interpretações do tema “Noite”. Adicionalmente, a componente teórica do recital acompanhará o público na exploração e elucidação deste conceito, desvendando os mistérios e a essência poética da “Noite” na música, na arte e na literatura do século XIX.

Um certo fascínio

A sessão de hoje na FRC explora quatro segmentos relacionados com o universo nocturno, nomeadamente “Ode à Noite”, que explora a glorificação deste conceito no Romantismo; “Despertar”, que representa a transição do reino etéreo dos sonhos para a dura realidade do dia; “Nocturno”, que desvenda os aspectos enigmáticos e sombrios da noite através de composições instrumentais; e “Rouxinol” que descreve uma serenata ao público com os sons encantadores da natureza à noite.

A FRC explica que “independentemente do nível de conhecimento musical de cada um, esta palestra-recital promete evocar o extraordinário fascínio e profundidade emocional da ‘Noite’ associada aos temas clássicos”. Um dos exemplos mais conhecidos da música clássica melancólica é o de Frédéric Chopin, que compôs 21 nocturnos para piano entre os anos de 1827 e 1846, ocupando, ainda hoje, uma grande importância no repertório de muitos pianistas, com inúmeras interpretações.
Também os nocturnos de Claude Debussy ficaram para a história, tratando-se de uma composição em três movimentos para orquestra escrita entre 1892 e 1899, baseada na poesia.

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