Estudo | Ponte HKZM “rouba” 42,7% de passageiros aos terminais marítimos João Luz - 19 Dez 2019 Um estudo encomendado pelo Governo revelou que desde a abertura da Ponte HKZM as pessoas que visitam Macau alteraram o seu padrão de viagem. Mais de 40 por cento admitiram deixar de usar os terminais marítimos. Por outro lado, a ponte trouxe mais passageiros ao Aeroporto de Macau [dropcap]A[/dropcap] curiosidade para circular na ponte que faz a maior travessia marítima, e para usar uma estrutura que custou muitos, mas mesmo muitos, milhões de patacas, foi a razão principal para fazer a travessia pela Ponte HKZM, de acordo com um estudo encomendado pela Direcção dos Serviços do Turismo (DST). Entre as respostas aos 3.070 inquéritos, recolhidos entre Abril e Setembro de 2019 no átrio de partida dos postos fronteiriços, 62,5 por cento apontou o custo e a dimensão da ponte como motivação para a travessia. O facto de a viagem ser mais barata dessa forma foi a justificação dada por 21,7 por cento dos utilizadores. A análise, intitulada “Impacto da abertura da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau na indústria turística”, demonstra a forma como a infra-estrutura alterou o padrão de deslocação dos visitantes a Macau, incluindo a diminuição do uso dos terminais marítimos. Nesse aspecto, os resultados mostram que 42,7 por cento dos visitantes de Macau indicaram que irão reduzir o uso dos terminais marítimos (Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa e Terminal Marítimo de Passageiros do Porto Exterior) devido à abertura da Ponte HKZM. O padrão de viagens terrestres e marítimas dos visitantes de Hong Kong, em específico, mudou significativamente, com 60,6 por cento a indicar que irão reduzir o uso dos terminais devido à abertura da ponte. Aeroporto concorrido O relatório também assinala que, embora a maioria dos visitantes use o mesmo posto fronteiriço para entrada e saída da RAEM, a abertura da ponte fez com que visitantes que entram utilizem mais o Aeroporto Internacional de Macau. Dessa forma, entre os que entraram em Macau pela Ponte HKZM, 23,7 por cento saíram pelo Aeroporto Internacional de Macau. O mesmo se verificou na direcção oposta, ou seja, entre os visitantes que viajam via aérea para Macau, 21,9 por cento dos visitantes usaram a ponte para sair da cidade. Por outro lado, mais de 70 por cento dos visitantes que entraram em Macau, disseram fazer “viagens Macau-Hong Kong”, e 60 por cento “itinerários multi-destinos”. Entre os inquiridos, o nível de satisfação quanto a esta forma para entrar e sair de Macau foi de perto de 90 por cento. Passe rápido A partir de amanhã, o pagamento das portagens na Ponte HKZM pode ser feito com o cartão Macau Pass. A novidade, dada pela Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego, tem como objectivo “concretizar e implementar as estratégias para o desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”. Em paralelo, a partir de 1 de Janeiro de 2020, serão ajustadas as “categorias dos veículos e tarifação da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau”, ou seja, na “1.ª categoria dos automóveis” o número de assentos passa de 7 lugares passa para 9 lugares. Estes veículos vão usufruir de tarifa gratuita nos dias de feriados e festividades do Estado.
Estudo | Ponte HKZM “rouba” 42,7% de passageiros aos terminais marítimos admin - 19 Dez 2019 Um estudo encomendado pelo Governo revelou que desde a abertura da Ponte HKZM as pessoas que visitam Macau alteraram o seu padrão de viagem. Mais de 40 por cento admitiram deixar de usar os terminais marítimos. Por outro lado, a ponte trouxe mais passageiros ao Aeroporto de Macau [dropcap]A[/dropcap] curiosidade para circular na ponte que faz a maior travessia marítima, e para usar uma estrutura que custou muitos, mas mesmo muitos, milhões de patacas, foi a razão principal para fazer a travessia pela Ponte HKZM, de acordo com um estudo encomendado pela Direcção dos Serviços do Turismo (DST). Entre as respostas aos 3.070 inquéritos, recolhidos entre Abril e Setembro de 2019 no átrio de partida dos postos fronteiriços, 62,5 por cento apontou o custo e a dimensão da ponte como motivação para a travessia. O facto de a viagem ser mais barata dessa forma foi a justificação dada por 21,7 por cento dos utilizadores. A análise, intitulada “Impacto da abertura da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau na indústria turística”, demonstra a forma como a infra-estrutura alterou o padrão de deslocação dos visitantes a Macau, incluindo a diminuição do uso dos terminais marítimos. Nesse aspecto, os resultados mostram que 42,7 por cento dos visitantes de Macau indicaram que irão reduzir o uso dos terminais marítimos (Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa e Terminal Marítimo de Passageiros do Porto Exterior) devido à abertura da Ponte HKZM. O padrão de viagens terrestres e marítimas dos visitantes de Hong Kong, em específico, mudou significativamente, com 60,6 por cento a indicar que irão reduzir o uso dos terminais devido à abertura da ponte. Aeroporto concorrido O relatório também assinala que, embora a maioria dos visitantes use o mesmo posto fronteiriço para entrada e saída da RAEM, a abertura da ponte fez com que visitantes que entram utilizem mais o Aeroporto Internacional de Macau. Dessa forma, entre os que entraram em Macau pela Ponte HKZM, 23,7 por cento saíram pelo Aeroporto Internacional de Macau. O mesmo se verificou na direcção oposta, ou seja, entre os visitantes que viajam via aérea para Macau, 21,9 por cento dos visitantes usaram a ponte para sair da cidade. Por outro lado, mais de 70 por cento dos visitantes que entraram em Macau, disseram fazer “viagens Macau-Hong Kong”, e 60 por cento “itinerários multi-destinos”. Entre os inquiridos, o nível de satisfação quanto a esta forma para entrar e sair de Macau foi de perto de 90 por cento. Passe rápido A partir de amanhã, o pagamento das portagens na Ponte HKZM pode ser feito com o cartão Macau Pass. A novidade, dada pela Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego, tem como objectivo “concretizar e implementar as estratégias para o desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”. Em paralelo, a partir de 1 de Janeiro de 2020, serão ajustadas as “categorias dos veículos e tarifação da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau”, ou seja, na “1.ª categoria dos automóveis” o número de assentos passa de 7 lugares passa para 9 lugares. Estes veículos vão usufruir de tarifa gratuita nos dias de feriados e festividades do Estado.
CEM | Electricidade garantida durante a visita presidencial Hoje Macau - 19 Dez 2019 [dropcap]A[/dropcap] Companhia de Electricidade de Macau (CEM) garantiu que o abastecimento de electricidade durante a visita do Presidente chinês Xi Jinping pelas celebrações do 20º aniversário da RAEM, decorrerá dentro da normalidade. As informações foram divulgadas, segundo o jornal On Mun, durante Comissão de Ligação CEM-Clientes realizada na passada terça-feira. Segundo a mesma publicação, Luella Wong, gestora da Divisão de Postos de Transformação e Ligação de Fornecimento da Direcção de Transporte e Distribuição da CEM revelou que a energética de Macau entrou já em contacto com a Companhia da Rede Eléctrica do Sul da China e que possui um plano especial de abastecimento para o período das celebrações, de forma a garantir que todas as actividades são realizadas com sucesso. Para os casos de emergência, a CEM já terá também preparado um plano de contingência que inclui fontes secundárias de energia.
CEM | Electricidade garantida durante a visita presidencial Hoje Macau - 19 Dez 2019 [dropcap]A[/dropcap] Companhia de Electricidade de Macau (CEM) garantiu que o abastecimento de electricidade durante a visita do Presidente chinês Xi Jinping pelas celebrações do 20º aniversário da RAEM, decorrerá dentro da normalidade. As informações foram divulgadas, segundo o jornal On Mun, durante Comissão de Ligação CEM-Clientes realizada na passada terça-feira. Segundo a mesma publicação, Luella Wong, gestora da Divisão de Postos de Transformação e Ligação de Fornecimento da Direcção de Transporte e Distribuição da CEM revelou que a energética de Macau entrou já em contacto com a Companhia da Rede Eléctrica do Sul da China e que possui um plano especial de abastecimento para o período das celebrações, de forma a garantir que todas as actividades são realizadas com sucesso. Para os casos de emergência, a CEM já terá também preparado um plano de contingência que inclui fontes secundárias de energia.
Jogo | Analistas estimam aumento de receitas após visita de Xi Jinping Pedro Arede - 19 Dez 2019 Apesar de Dezembro caminhar a passos largos para ser considerado o mês mais fraco de 2019, as correctoras acreditam que a procura acumulada por repressão, causada pelas restrições na concessão de vistos devido à visita do Presidente chinês, vai trazer um impulso positivo à indústria do jogo em Macau já a partir de Janeiro Com Lusa [dropcap]C[/dropcap]omo uma barragem que vai acumulando água, prestes a abrir as comportas. É desta forma que o fluxo da procura acumulada poderá contribuir para a recuperação das receitas brutas dos casinos de Macau, a partir do momento em que terminar a visita de três dias do Presidente Xi Jinping à região, por ocasião da celebração do 20º aniversário da RAEM. Isto porque, de acordo com a previsão das correctoras citadas pelo GGR Asia, as receitas da indústria do jogo em Macau deverão sentir efeitos positivos a partir do momento em que o Presidente chinês abandone Macau. Segundo os analistas da JP Morgan, DS Kim, Derek Choi e Jeremy An, essa “procura perdida” deverá ser “recuperada em Janeiro e Fevereiro com o aumento do fluxo provocado pela procura acumulada”. Recordemos que as receitas brutas dos casinos de Macau têm vindo a registar perdas relativamente ao ano passado e que, de acordo com os dados da Direção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), citados pela agência Lusa, em Novembro, os casinos de Macau fecharam o mês com receitas de 22,88 mil milhões de patacas, uma queda de 8,5 por cento face a igual período do ano passado. O pior registo do ano foi em Agosto, com uma queda de 8,6 por cento. Mas a tendência negativa deverá agravar-se ainda mais em Dezembro, com os analistas da Nomura, Sanford C. Bernstein e JP Morgan a preverem, segundo o GGR Asia, perdas para Dezembro situadas entre os 8 e os 16 por cento. Segundo a correctora Nomura, a mais optimista das três, “as receitas brutas de jogo deverão chegar às 24 mil milhões de patacas” (entre 8 e 10 por cento). Compasso de espera De acordo com os especialistas Vitaly Umansky, Eunice Lee and Kelsey Zhu da Sanford Bernstein, é inegável que a visita de Xi está a contribuir para o agravamento nas perdas das receitas de jogo, registadas durante os primeiros quinze dias de Dezembro. “As restrições (…) na emissão de vistos têm afectado a vinda jogadores, tanto do sector VIP, como do sector de massas, juntamente com os junkets, o que levou a um declínio significativo do número de visitantes e no nível das receitas brutas de jogo”, referem os analistas citados pelo GGR Asia. Contudo, citado pela agência Lusa, o fundador da Newpage Consulting, consultora especializada na regulação do jogo, defende que não são apenas as restrições das autoridades chinesas na emissão de vistos por razões de segurança, que estão a contribuir negativamente para os resultados de Dezembro em Macau. “Não penso que as restrições nos vistos por si só tenham um impacto material sobre a receita bruta do jogo”, afirmou David Green. “O que pode ter realmente impacto, contudo, é a maior apreensão pela crescente vigilância e policiamento activo”, seja pela preparação, enquanto o Presidente estiver em Macau, e mesmo no rescaldo da visita, acrescentou. Também o advogado português especialista na área do jogo, Pedro Cortés corrobora a ideia de David Green. “Concordo completamente. Já o mesmo tinha acontecido em 2014, quando [Xi Jinping] veio a Macau”, sublinhou o sócio português da Rato, Ling, Lei & Cortés – Advogados, segundo a agência Lusa. “Todas as medidas de segurança em vigor afastam, não só o mercado de massas, mas sobretudo os jogadores VIP”, acrescentou. Este facto e a inversão do peso do mercado VIP para o de massas, juntos, “terão influência”, precisou o especialista. Pedro Cortés explicou ainda que “o jogador VIP não gosta muito de ser identificado e, nestas circunstâncias, não porque esteja a cometer alguma ilegalidade, mas porque preza a sua privacidade e é por natureza discreto, é natural que evite deslocar-se a Macau”. Se em 2018 as receitas dos casinos de Macau cresceram 14 por cento, para 302,8 mil milhões de patacas, a receita bruta acumulada até Novembro de 2019 fixou-se nos 269,62 mil milhões de patacas, registando uma perda de 2,4 por cento em relação ao ano passado.
Jogo | Analistas estimam aumento de receitas após visita de Xi Jinping Pedro Arede - 19 Dez 2019 Apesar de Dezembro caminhar a passos largos para ser considerado o mês mais fraco de 2019, as correctoras acreditam que a procura acumulada por repressão, causada pelas restrições na concessão de vistos devido à visita do Presidente chinês, vai trazer um impulso positivo à indústria do jogo em Macau já a partir de Janeiro Com Lusa [dropcap]C[/dropcap]omo uma barragem que vai acumulando água, prestes a abrir as comportas. É desta forma que o fluxo da procura acumulada poderá contribuir para a recuperação das receitas brutas dos casinos de Macau, a partir do momento em que terminar a visita de três dias do Presidente Xi Jinping à região, por ocasião da celebração do 20º aniversário da RAEM. Isto porque, de acordo com a previsão das correctoras citadas pelo GGR Asia, as receitas da indústria do jogo em Macau deverão sentir efeitos positivos a partir do momento em que o Presidente chinês abandone Macau. Segundo os analistas da JP Morgan, DS Kim, Derek Choi e Jeremy An, essa “procura perdida” deverá ser “recuperada em Janeiro e Fevereiro com o aumento do fluxo provocado pela procura acumulada”. Recordemos que as receitas brutas dos casinos de Macau têm vindo a registar perdas relativamente ao ano passado e que, de acordo com os dados da Direção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), citados pela agência Lusa, em Novembro, os casinos de Macau fecharam o mês com receitas de 22,88 mil milhões de patacas, uma queda de 8,5 por cento face a igual período do ano passado. O pior registo do ano foi em Agosto, com uma queda de 8,6 por cento. Mas a tendência negativa deverá agravar-se ainda mais em Dezembro, com os analistas da Nomura, Sanford C. Bernstein e JP Morgan a preverem, segundo o GGR Asia, perdas para Dezembro situadas entre os 8 e os 16 por cento. Segundo a correctora Nomura, a mais optimista das três, “as receitas brutas de jogo deverão chegar às 24 mil milhões de patacas” (entre 8 e 10 por cento). Compasso de espera De acordo com os especialistas Vitaly Umansky, Eunice Lee and Kelsey Zhu da Sanford Bernstein, é inegável que a visita de Xi está a contribuir para o agravamento nas perdas das receitas de jogo, registadas durante os primeiros quinze dias de Dezembro. “As restrições (…) na emissão de vistos têm afectado a vinda jogadores, tanto do sector VIP, como do sector de massas, juntamente com os junkets, o que levou a um declínio significativo do número de visitantes e no nível das receitas brutas de jogo”, referem os analistas citados pelo GGR Asia. Contudo, citado pela agência Lusa, o fundador da Newpage Consulting, consultora especializada na regulação do jogo, defende que não são apenas as restrições das autoridades chinesas na emissão de vistos por razões de segurança, que estão a contribuir negativamente para os resultados de Dezembro em Macau. “Não penso que as restrições nos vistos por si só tenham um impacto material sobre a receita bruta do jogo”, afirmou David Green. “O que pode ter realmente impacto, contudo, é a maior apreensão pela crescente vigilância e policiamento activo”, seja pela preparação, enquanto o Presidente estiver em Macau, e mesmo no rescaldo da visita, acrescentou. Também o advogado português especialista na área do jogo, Pedro Cortés corrobora a ideia de David Green. “Concordo completamente. Já o mesmo tinha acontecido em 2014, quando [Xi Jinping] veio a Macau”, sublinhou o sócio português da Rato, Ling, Lei & Cortés – Advogados, segundo a agência Lusa. “Todas as medidas de segurança em vigor afastam, não só o mercado de massas, mas sobretudo os jogadores VIP”, acrescentou. Este facto e a inversão do peso do mercado VIP para o de massas, juntos, “terão influência”, precisou o especialista. Pedro Cortés explicou ainda que “o jogador VIP não gosta muito de ser identificado e, nestas circunstâncias, não porque esteja a cometer alguma ilegalidade, mas porque preza a sua privacidade e é por natureza discreto, é natural que evite deslocar-se a Macau”. Se em 2018 as receitas dos casinos de Macau cresceram 14 por cento, para 302,8 mil milhões de patacas, a receita bruta acumulada até Novembro de 2019 fixou-se nos 269,62 mil milhões de patacas, registando uma perda de 2,4 por cento em relação ao ano passado.
Costa Nunes | Falta de provas iliba suspeito de abusos sexuais Andreia Sofia Silva - 19 Dez 2019 Chegou ao fim o processo do alegado caso de abusos sexuais no jardim de infância D. José da Costa Nunes. A TDM Rádio Macau noticiou ontem que um juiz de instrução criminal decidiu ilibar o suspeito da prática do crime. Miguel de Senna Fernandes diz que as autoridades fizeram a melhor investigação possível, mas um dos pais disse que este resultado “era óbvio desde o início” [dropcap]U[/dropcap]m juiz de instrução criminal decidiu ilibar o antigo funcionário do jardim de infância D. José da Costa Nunes da prática do crime de abuso sexual por falta de provas. De acordo com a TDM Rádio Macau, o despacho de não pronúncia e o consequente arquivamento do caso foi decidido no final de Novembro. As autoridades já tinham dado o caso como encerrado, mas em Maio deste ano um grupo de pais de crianças envolvidos neste processo decidiram pedir a abertura da instrução por não concordarem com a decisão do Ministério Público (MP) e por considerarem que houve falhas na investigação. Ao HM, um dos pais ligados ao caso, e que não quis ser identificado, mostra-se descontente com este desfecho, sem estar, no entanto, surpreendido. “Era algo óbvio desde o início. Macau não está nem tem condições para lidar com este tipo de casos”, disse. “Não vale a pena remar contra as autoridades. Macau é assim, é triste mas é a realidade”, acrescentou. Além do despedimento do funcionário, este caso levou também ao afastamento da psicóloga da instituição e de uma educadora. Mais atento Miguel de Senna Fernandes, presidente da entidade que tutela o jardim de infância, a Associação Promotora da Instrução dos Macaenses (APIM), disse que não se pode apontar o dedo às autoridades. “As coisas como são, o sujeito está livre, não há nenhum processo contra ele e pode sair em liberdade. Não há nada de mal na justiça porque aplica-se um princípio, pois se não existem provas não se podem presumir que haja provas. Isto independentemente das razões ou das emoções que existam à volta deste processo.” O presidente da APIM garantiu estar mais atento face a este tipo de situações. “Acredito que a polícia fez o que era possível fazer e levou a cabo a melhor investigação possível. O caso teve um impacto enorme. Não comento se a investigação foi ou não bem feita, acredito que se fez o melhor possível”, concluiu.
Costa Nunes | Falta de provas iliba suspeito de abusos sexuais Andreia Sofia Silva - 19 Dez 2019 Chegou ao fim o processo do alegado caso de abusos sexuais no jardim de infância D. José da Costa Nunes. A TDM Rádio Macau noticiou ontem que um juiz de instrução criminal decidiu ilibar o suspeito da prática do crime. Miguel de Senna Fernandes diz que as autoridades fizeram a melhor investigação possível, mas um dos pais disse que este resultado “era óbvio desde o início” [dropcap]U[/dropcap]m juiz de instrução criminal decidiu ilibar o antigo funcionário do jardim de infância D. José da Costa Nunes da prática do crime de abuso sexual por falta de provas. De acordo com a TDM Rádio Macau, o despacho de não pronúncia e o consequente arquivamento do caso foi decidido no final de Novembro. As autoridades já tinham dado o caso como encerrado, mas em Maio deste ano um grupo de pais de crianças envolvidos neste processo decidiram pedir a abertura da instrução por não concordarem com a decisão do Ministério Público (MP) e por considerarem que houve falhas na investigação. Ao HM, um dos pais ligados ao caso, e que não quis ser identificado, mostra-se descontente com este desfecho, sem estar, no entanto, surpreendido. “Era algo óbvio desde o início. Macau não está nem tem condições para lidar com este tipo de casos”, disse. “Não vale a pena remar contra as autoridades. Macau é assim, é triste mas é a realidade”, acrescentou. Além do despedimento do funcionário, este caso levou também ao afastamento da psicóloga da instituição e de uma educadora. Mais atento Miguel de Senna Fernandes, presidente da entidade que tutela o jardim de infância, a Associação Promotora da Instrução dos Macaenses (APIM), disse que não se pode apontar o dedo às autoridades. “As coisas como são, o sujeito está livre, não há nenhum processo contra ele e pode sair em liberdade. Não há nada de mal na justiça porque aplica-se um princípio, pois se não existem provas não se podem presumir que haja provas. Isto independentemente das razões ou das emoções que existam à volta deste processo.” O presidente da APIM garantiu estar mais atento face a este tipo de situações. “Acredito que a polícia fez o que era possível fazer e levou a cabo a melhor investigação possível. O caso teve um impacto enorme. Não comento se a investigação foi ou não bem feita, acredito que se fez o melhor possível”, concluiu.
Repórteres de Hong Kong barrados gera silêncio entre imprensa chinesa Hoje Macau - 19 Dez 2019 [dropcap]O[/dropcap]s jornalistas chineses que estão em Macau para acompanhar a visita do Presidente da China preferiram não comentar os vários casos de repórteres de Hong Kong impedidos de entrar na cidade. “Isso é uma situação complicada”, disse uma editora do grupo, detido pelo Gabinete de Ligação do Governo Central chinês em Hong Kong, que publica o jornal pró-Pequim, Wen Wei Po. Betty Zuo Feng sublinhou ter entrado em Macau sem quaisquer problemas. Questionado sobre as razões de a imprensa pró-Pequim de Hong Kong não ter tido problemas na fronteira, um enviado do Ta Kung Pao, que faz parte do mesmo grupo, limitou-se a dizer: “só estou a fazer o meu trabalho”. Mais de 650 profissionais da comunicação social registaram-se para fazer a cobertura noticiosa da terceira visita do líder chinês a Macau. Betty Zuo, que trabalha há dois anos em Hong Kong, disse não achar estranha a diferença no clima político das duas regiões administrativas especiais chinesas. “Sítios diferentes têm condições diferentes”, sublinhou a jornalista natural do norte da China. O clima de tensão parece também ter alastrado aos jornalistas de língua chinesa que se encontram em Macau para fazer a cobertura noticiosa da visita de Xi Jinping. A Lusa tentou repetidamente falar com os enviados da televisão estatal chinesa CCTV (China Central Television), mas todos se escusaram a comentar a visita. Já os enviados do Ta Kung Pao disseram não estar autorizados a dar entrevistas. Só Betty Zuo Feng aceitou falar, e descreveu o 20.º aniversário da transição de administração como “muito importante e “uma ocasião muito feliz” para Macau. O jornalista do Ta Kung Pao relacionou o desenvolvimento económico de Macau, desde a transição em 1999, com a “estabilidade e eficiência” do regime político local. “Ao contrário de Portugal, onde é mais fácil mudar o Governo, não é?”, comentou.
Celebrações do aniversário da RAEM não podem ser ensombradas por Hong Kong, diz embaixador em Pequim Hoje Macau - 19 Dez 2019 O embaixador de Portugal na China disse ontem que o aniversário da transferência da administração de Macau “não merece” ficar na sombra da contestação em Hong Kong, salientando que o território tem uma “génese própria” [dropcap]”A[/dropcap]s celebrações em Macau não merecem ficar na sombra da contestação em Hong Kong, nem na sombra de qualquer outro evento”, disse à agência Lusa José Augusto Duarte. “Se vamos celebrar algo que efectivamente deve orgulhar as equipas negociais de Portugal e da China (…) para depois, na prática, estarmos a falar de Hong Kong, então nem sequer vale a pena”, defendeu. Augusto Duarte admitiu que “o contexto actual pode efectivamente levar a que alguns do lado da China tentem utilizar [o aniversário] para evocar que o princípio ‘Um País, Dois Sistemas’ continua vivo, independentemente dos problemas que existem em Hong Kong”. “Para nós portugueses não é o contexto que conta, é a estrutura que conta: podemos ver que os problemas que existem em Hong Kong são sérios e devem ser levados a sério, como toda a gente já percebeu”, realçou. Em entrevista à agência Lusa, o diplomata pediu que “não se confundam as coisas” e defendeu que só “numa visão muito superficial [Macau e Hong Kong] podem ser comparadas”, apesar da proximidade geográfica, passado comum enquanto possessões coloniais ou reunificação na China, mantendo um elevado grau de autonomia, a nível executivo, legislativo e judiciário. Diferenças especiais José Augusto Duarte apontou a antiguidade e reduzida população de Macau, em comparação com Hong Kong, e a dependência face ao jogo, ao contrário da antiga colónia britânica, que tem uma “economia própria, que cria prosperidade e problemas próprios”. E acrescentou: “Muitas das coisas que se estão a passar em Hong Kong têm a ver não apenas com o presente, mas também com o passado um bocado mais longínquo. A mesma coisa para Macau, só que de forma completamente diferente”. “Macau é resultado de uma relação que foi sendo montada ao longo do tempo, baseada no diálogo: não houve conflito e foi sempre negociada entre portugueses e os mandarins de Cantão [capital da província vizinha de Guangdong] e mais tarde directamente até com as próprias casas imperiais e as dinastias que se sucederam na cidade proibida, em Pequim”, disse. “Hong Kong não. É uma coisa que aparece repentinamente, no século XIX, em resultado de um conflito militar, ganho por Inglaterra”, explicou. Sobre a ausência de uma representação de alto nível portuguesa nas celebrações – Marcelo Rebelo de Sousa manifestou interesse em estar presente durante a visita de Estado que fez à China, em Maio passado – o embaixador esclareceu que não houve convite, mas disse compreender a posição de Pequim. “Não há ressentimento ou ofensa por não haver convite”, observou. “A tradição nestas celebrações é de ser sobretudo uma festa da reunificação do território chinês, uma festa interna chinesa, levada a cabo pelas autoridades de Macau e da República Popular da China, de forma conjunta”, disse.
Governo | Pereira Coutinho questiona nomeações Hoje Macau - 19 Dez 2019 [dropcap]O[/dropcap] deputado José Pereira Coutinho, ligado à Associação de Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM), questiona os critérios utilizados pelo Chefe do Executivo, Chui Sai On, para a nomeação dos membros da Comissão de Deliberação das Remunerações dos Trabalhadores da Função Pública. É este o conteúdo da interpelação escrita divulgada ontem pelo deputado. “Nos últimos 20 anos da RAEM tem havido uma sistemática nomeação de indivíduos, sem se perceber do mérito dessas nomeações e a capacidade para o exercício do cargo, mais parecendo o resultado nítido do tráfico de influências”, acusa José Pereira Coutinho. Ainda de acordo com o deputado este tráfico de influências tem sido o “prato do dia” dos últimos 20 anos para quem “pretenda um tacho” nos conselhos e comissões constituídas pelo Governo. Por isso, Coutinho pergunta ao Governo quando vai “moralizar” os processos de escolha para as comissões e quando coloca efectivamente em prática o sistema de rotatividade lançado em 2013, com o objectivo de “evitar a monopolização dos cargos” de nomeação política. Ainda em relação a estas comissões, José Pereira Coutinho pergunta quando é definida legislação que obrigue as mesmas a apresentar de forma clara as despesas realizadas, nomeadamente através de páginas electrónicas.
Governo | Pereira Coutinho questiona nomeações Hoje Macau - 19 Dez 2019 [dropcap]O[/dropcap] deputado José Pereira Coutinho, ligado à Associação de Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM), questiona os critérios utilizados pelo Chefe do Executivo, Chui Sai On, para a nomeação dos membros da Comissão de Deliberação das Remunerações dos Trabalhadores da Função Pública. É este o conteúdo da interpelação escrita divulgada ontem pelo deputado. “Nos últimos 20 anos da RAEM tem havido uma sistemática nomeação de indivíduos, sem se perceber do mérito dessas nomeações e a capacidade para o exercício do cargo, mais parecendo o resultado nítido do tráfico de influências”, acusa José Pereira Coutinho. Ainda de acordo com o deputado este tráfico de influências tem sido o “prato do dia” dos últimos 20 anos para quem “pretenda um tacho” nos conselhos e comissões constituídas pelo Governo. Por isso, Coutinho pergunta ao Governo quando vai “moralizar” os processos de escolha para as comissões e quando coloca efectivamente em prática o sistema de rotatividade lançado em 2013, com o objectivo de “evitar a monopolização dos cargos” de nomeação política. Ainda em relação a estas comissões, José Pereira Coutinho pergunta quando é definida legislação que obrigue as mesmas a apresentar de forma clara as despesas realizadas, nomeadamente através de páginas electrónicas.
Xi Jinping em Macau | Visita do Presidente chinês divide opiniões de amigos portugueses Hoje Macau - 19 Dez 2019 Diamantino e Miguel, dois amigos que se reencontraram em Macau 20 anos depois, não estão de acordo sobre a vinda do Presidente chinês: para o primeiro é um ditador, para o segundo, é ‘amigo’ de Portugal [dropcap]“É[/dropcap] uma pessoa que não me diz absolutamente nada, acho que é um ditador”, diz à Lusa Diamantino Carvalho, sobre a chegada do Presidente chinês, Xi Jinping, a Macau para as cerimónias de tomada de posse do novo Governo e celebração do 20.º aniversário da transferência de administração do território de Portugal para a China. Já Miguel Canuto é da opinião que Xi “está a fazer a China levantar a cabeça” e “investiu em Portugal, como nenhum país da União Europeia investiu”. Sentado numa mesa da esplanada do Caravela, restaurante ‘bastião’ da comunidade portuguesa local, a tomar uma bica, a poucos metros da escola Portuguesa de Macau e do Clube Militar, Diamantino Carvalho não vinha a Macau há quase 20 anos. Durante a gestão portuguesa, “vim para cá com uma determinada missão, quando ela terminou, regressei”, conta, explicando que agora regressou para visitar amigos. “Acho que lhes devia isso”, afirma o residente em Leiria, de 60 anos, agora reformado, que veio para Macau em 1998 para trabalhar na Polícia Judiciária. “Saí exactamente daqui no dia 21 de Dezembro de 1999”, precisa, acrescentando sorridente: “Ainda cá fiquei um dia sob administração chinesa”. Foi precisamente no tempo que trabalhou no território, na altura administrado por Portugal, que conheceu o amigo Miguel Canuto, português de 55 anos nascido em Timor-Leste, que veio trabalhar para Macau em 1996 para a direcção de Serviços de Justiça e que por cá ficou até aos dias de hoje. Talvez por isso, os dois, que frequentaram o Colégio Militar em Lisboa, nutram sentimentos antagónicos sobre a vinda de Xi a Macau. Duas vias Para o leiriense a vinda passa-lhe “completamente” ao lado, já para Miguel, ‘o cidadão do mundo português’, o sentimento de pertença a Macau e à China é mais evidente: “óbvio que vou comemorar, vou comemorar com amigos e também tenho família chinesa”. “Vi como foi a transição, o pós transição e o actual momento. A transição foi bem feita e a República Popular da China tratou muito bem Portugal, tratou-nos de igual para igual”, conta Miguel Canuto, admitindo que as coisas mudaram muito em Macau, durante o tempo em que Diamantino esteve ausente. “As coisas mudaram com a liberalização do jogo, a economia está melhor”, afirma, referindo como o único factor negativo o elevado preço das rendas, numa cidade com pouco mais de 30 quilómetros quadrados e mais de 650 mil habitantes. Momentos antes, Diamantino já tinha assumido que após 20 anos “as diferenças são abismais”. “Havia 11 casinos, agora já há quase quarenta”, sublinha o leiriense. A chegada do Presidente da China a Macau está a ser marcada por fortes medidas de segurança, algo que Miguel Canuto compreende e aceita quase de forma plena. “Um homem poderoso como é o senhor Presidente da China quando visita uma cidade, a segurança é igual como se fosse o senhor Putin, Presidente da Rússia, ou o senhor Trump, Presidente dos Estados Unidos. Homens poderosos requerem muito mais segurança, portanto é normal o que está a acontecer”, afirmou. Residente em Macau há mais de 23 anos, admite ainda que deseja ver com os próprios olhos “o senhor Presidente” da China, por quem nutre um grande respeito: “o Presidente da China é uma pessoa extremamente inteligente (…) preparou-se muito bem, não é apenas mais um Presidente da China, é o Presidente da China”, frisa, acentuado o artigo. No programa da visita de Xi Jinping divulgado pelas autoridades ao início da noite de terça-feira, indica-se que para além da reunião com o actual chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), Chui Sai On, o líder chinês recebe no dia seguinte os titulares dos principais cargos do Governo e individualidades de vários sectores da sociedade. Esta é a terceira visita do Presidente chinês a Macau, para a qual estão registados mais de 650 profissionais da comunicação social, marcada por medidas de segurança excepcionais.
Xi Jinping em Macau | Visita do Presidente chinês divide opiniões de amigos portugueses Hoje Macau - 19 Dez 2019 Diamantino e Miguel, dois amigos que se reencontraram em Macau 20 anos depois, não estão de acordo sobre a vinda do Presidente chinês: para o primeiro é um ditador, para o segundo, é ‘amigo’ de Portugal [dropcap]“É[/dropcap] uma pessoa que não me diz absolutamente nada, acho que é um ditador”, diz à Lusa Diamantino Carvalho, sobre a chegada do Presidente chinês, Xi Jinping, a Macau para as cerimónias de tomada de posse do novo Governo e celebração do 20.º aniversário da transferência de administração do território de Portugal para a China. Já Miguel Canuto é da opinião que Xi “está a fazer a China levantar a cabeça” e “investiu em Portugal, como nenhum país da União Europeia investiu”. Sentado numa mesa da esplanada do Caravela, restaurante ‘bastião’ da comunidade portuguesa local, a tomar uma bica, a poucos metros da escola Portuguesa de Macau e do Clube Militar, Diamantino Carvalho não vinha a Macau há quase 20 anos. Durante a gestão portuguesa, “vim para cá com uma determinada missão, quando ela terminou, regressei”, conta, explicando que agora regressou para visitar amigos. “Acho que lhes devia isso”, afirma o residente em Leiria, de 60 anos, agora reformado, que veio para Macau em 1998 para trabalhar na Polícia Judiciária. “Saí exactamente daqui no dia 21 de Dezembro de 1999”, precisa, acrescentando sorridente: “Ainda cá fiquei um dia sob administração chinesa”. Foi precisamente no tempo que trabalhou no território, na altura administrado por Portugal, que conheceu o amigo Miguel Canuto, português de 55 anos nascido em Timor-Leste, que veio trabalhar para Macau em 1996 para a direcção de Serviços de Justiça e que por cá ficou até aos dias de hoje. Talvez por isso, os dois, que frequentaram o Colégio Militar em Lisboa, nutram sentimentos antagónicos sobre a vinda de Xi a Macau. Duas vias Para o leiriense a vinda passa-lhe “completamente” ao lado, já para Miguel, ‘o cidadão do mundo português’, o sentimento de pertença a Macau e à China é mais evidente: “óbvio que vou comemorar, vou comemorar com amigos e também tenho família chinesa”. “Vi como foi a transição, o pós transição e o actual momento. A transição foi bem feita e a República Popular da China tratou muito bem Portugal, tratou-nos de igual para igual”, conta Miguel Canuto, admitindo que as coisas mudaram muito em Macau, durante o tempo em que Diamantino esteve ausente. “As coisas mudaram com a liberalização do jogo, a economia está melhor”, afirma, referindo como o único factor negativo o elevado preço das rendas, numa cidade com pouco mais de 30 quilómetros quadrados e mais de 650 mil habitantes. Momentos antes, Diamantino já tinha assumido que após 20 anos “as diferenças são abismais”. “Havia 11 casinos, agora já há quase quarenta”, sublinha o leiriense. A chegada do Presidente da China a Macau está a ser marcada por fortes medidas de segurança, algo que Miguel Canuto compreende e aceita quase de forma plena. “Um homem poderoso como é o senhor Presidente da China quando visita uma cidade, a segurança é igual como se fosse o senhor Putin, Presidente da Rússia, ou o senhor Trump, Presidente dos Estados Unidos. Homens poderosos requerem muito mais segurança, portanto é normal o que está a acontecer”, afirmou. Residente em Macau há mais de 23 anos, admite ainda que deseja ver com os próprios olhos “o senhor Presidente” da China, por quem nutre um grande respeito: “o Presidente da China é uma pessoa extremamente inteligente (…) preparou-se muito bem, não é apenas mais um Presidente da China, é o Presidente da China”, frisa, acentuado o artigo. No programa da visita de Xi Jinping divulgado pelas autoridades ao início da noite de terça-feira, indica-se que para além da reunião com o actual chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), Chui Sai On, o líder chinês recebe no dia seguinte os titulares dos principais cargos do Governo e individualidades de vários sectores da sociedade. Esta é a terceira visita do Presidente chinês a Macau, para a qual estão registados mais de 650 profissionais da comunicação social, marcada por medidas de segurança excepcionais.
Xi Jinping em Macau | Marcelo enaltece exemplo de convivência singular em carta enviada ao seu homólogo chinês Hoje Macau - 19 Dez 2019 [dropcap]O[/dropcap] Presidente da República português referiu-se ontem a Macau como “um exemplo de convivência singular entre culturas e experiências jurídicas diversas”, numa mensagem enviada ao seu homólogo chinês por ocasião do XX aniversário da transferência da administração do território. A propósito dos 20 anos da transferência, Marcelo Rebelo de Sousa dirigiu uma missiva ao Presidente chinês, Xi Jinping, na qual reafirma “o compromisso assumido pela República Portuguesa, através dos Presidentes Jorge Sampaio e Aníbal Cavaco Silva, da Assembleia da República e dos sucessivos Governos, quanto ao estatuto jurídico e ao desenvolvimento económico, social e cultural de Macau, bem como quanto à valorização da língua portuguesa”. Na mensagem, o chefe de Estado português reafirma “a relevância da relação de cinco séculos entre Portugal e a China, o caráter único e irrepetível da vivência de Macau, no passado, presente e futuro, e a certeza de que continuará a ser um exemplo de convivência singular entre culturas e experiências jurídicas diversas, com abertura económica e social a outros mundos, em particular o que fala o português”. Marcelo Rebelo de Sousa saudou a presença de Xi Jinping “na celebração do vigésimo aniversário da transmissão de poderes, bem como o empenho que significa de respeitar os direitos consagrados no estatuto acordado entre os dois Estados e de fomentar o desenvolvimento económico, social e cultural da Região Administrativa Especial de Macau”. “Macau continuará a ser mais um importante contributo para o alcance da parceria existente entre a República Portuguesa e a República Popular da China”, escreveu Marcelo Rebelo de Sousa, recordando a visita que Xi Jinping efetuou a Portugal no final de 2018 e a que ele próprio fez à China no início deste ano.
Xi Jinping em Macau | Marcelo enaltece exemplo de convivência singular em carta enviada ao seu homólogo chinês Hoje Macau - 19 Dez 2019 [dropcap]O[/dropcap] Presidente da República português referiu-se ontem a Macau como “um exemplo de convivência singular entre culturas e experiências jurídicas diversas”, numa mensagem enviada ao seu homólogo chinês por ocasião do XX aniversário da transferência da administração do território. A propósito dos 20 anos da transferência, Marcelo Rebelo de Sousa dirigiu uma missiva ao Presidente chinês, Xi Jinping, na qual reafirma “o compromisso assumido pela República Portuguesa, através dos Presidentes Jorge Sampaio e Aníbal Cavaco Silva, da Assembleia da República e dos sucessivos Governos, quanto ao estatuto jurídico e ao desenvolvimento económico, social e cultural de Macau, bem como quanto à valorização da língua portuguesa”. Na mensagem, o chefe de Estado português reafirma “a relevância da relação de cinco séculos entre Portugal e a China, o caráter único e irrepetível da vivência de Macau, no passado, presente e futuro, e a certeza de que continuará a ser um exemplo de convivência singular entre culturas e experiências jurídicas diversas, com abertura económica e social a outros mundos, em particular o que fala o português”. Marcelo Rebelo de Sousa saudou a presença de Xi Jinping “na celebração do vigésimo aniversário da transmissão de poderes, bem como o empenho que significa de respeitar os direitos consagrados no estatuto acordado entre os dois Estados e de fomentar o desenvolvimento económico, social e cultural da Região Administrativa Especial de Macau”. “Macau continuará a ser mais um importante contributo para o alcance da parceria existente entre a República Portuguesa e a República Popular da China”, escreveu Marcelo Rebelo de Sousa, recordando a visita que Xi Jinping efetuou a Portugal no final de 2018 e a que ele próprio fez à China no início deste ano.
20.º Aniversário | Xi Jinping aterrou e desejou “calorosos parabéns” a Macau João Santos Filipe - 19 Dez 201919 Dez 2019 À chegada ao território, Xi Jinping falou dos feitos alcançados nos últimos 20 anos, que diz orgulhar o Governo Central e os povos da China, e prometeu coordenar o esforço conjunto para traçar o futuro da RAEM [dropcap]F[/dropcap]altavam cerca de dois minutos para as 16h00 quando o avião da Air China que transportava o Presidente Xi Jinping aterrou ontem em Macau. Ao contrário do habitual, o céu estava limpo e à espera do líder da República Popular da China estavam o actual e o futuro Chefe do Executivo, Chui Sai On e Ho Iat Seng, respectivamente, os titulares dos altos cargos da RAEM e uma comitiva de 400 crianças, que seguravam bandeiras República Popular da China, da RAEM e bouquets de flores. Quando desceu do avião, já depois de ter sido recebido por Chui Sai On, que subiu à aeronave, como indica o protocolo, Xi Jinping, acompanhado pela esposa, Peng Liyuan, foi cumprimentando as crianças até chegar a um palanque, onde revelou a sua felicidade por voltar a visitar “a beleza” da região da Flor do Lótus. “Estou muito feliz por poder, mais uma vez, vir a esta beleza que é Macau, um lugar que não me é estranho. No ano 2000, seis meses depois da constituição da RAEM, vim a Macau. Depois, regresseis várias vezes e a última vez foi há cinco anos. Foi no 15.º aniversário da RAEM e nessa altura vim para as comemorações”, recordou sobre a sua ligação com o território. No entanto, a ocasião é de festa e Xi Jinping trouxe à RAEM os cumprimentos do Governo Central e de todos os povos da China, neste ano em que se festejam não só os 70 anos da implantação da República Popular da China, mas também do estabelecimento da RAEM. “Agora é o 20.º aniversário e mais uma vez estou aqui. Estou muito feliz. Este ano, em Outubro, celebrámos o 70.º aniversário da implantação da República Popular da China. Agora, celebramos os 20 anos da constituição da RAEM. Toda a China está a celebrar de forma calorosa”, vincou Xi. “Em nome do Governo Central e de todos os povos da China apresento os mais calorosos parabéns e desejo um bom futuro à RAEM”, acrescentou. Coragem para o futuro Logo durante as primeiras palavras, ainda na pista do aeroporto, o Presidente chinês elogiou o caminho traçado pela RAEM nos últimos 20 anos e indicou que é um exemplo “encorajador” para qualquer pessoa e um motivo de orgulho para o Governo Central. “O sucesso e progresso de Macau nos últimos 20 é encorajador para qualquer pessoa. O Governo Central e o povo da China sentem-se muito orgulhosos”, apontou. De seguida, defendeu que ao longo deste período o princípio “Um País, Dois Sistemas” foi integralmente cumprido. “Sempre cumprimos escrupulosamente o princípio ‘Um País, Dois Sistemas’”, garantiu. Por outro lado, e numa altura em que se antecipa que o Presidente chinês possa revelar a criação de um Bolsa de Valores na RAEM, Xi Jinping prometeu todo o apoio das autoridades centrais para a promoção do desenvolvimento da RAEM. “Com a experiência adquirida e devido às suas próprias características, podemos concluir que Macau precisa de uma planta para se desenvolver. Temos de desenvolver essa planta em conjunto e estou disposto, em comunicação com os diversos sectores, para promover esse intercâmbio”, prometeu. Segurança máxima A visita de Xi Jinping está a ser marcada por um nível de segurança pouco visto na RAEM, mesmo quando comparado com ocasiões anteriores. O tráfego aéreo foi uma das áreas afectadas e muitos dos voos que deviam ter chegado ao Aeroporto Internacional de Macau entre as 15h00 e as 17h00 foram antecipados ou atrasados. Durante esse horário ainda houve cerca de dois ou três aviões a descolarem, mas o espaço aéreo acabou por ficar mesmo reservado para a chegada do avião que transportava Xi Jinping. O acesso ao aeroporto foi igualmente altamente restringido, com vários controlos de segurança, e os jornalistas tiveram de chegar ao local com três horas de antecedência face à hora de aterragem, que nunca foi revelada de forma oficial. Apenas foi dito que ocorreria entre o intervalo horário das 15h00 e as 17h00. Já em terra, Xi Jinping tinha à sua espera um Mercedes S650 blindado, e numa altura de celebração nem a matrícula da viatura foi deixada ao acaso: AA-20-19, numa aparente alusão às celebrações dos próximos dias. O “20” remete para o 20.º aniversário e o “19” para o ano de 2019. Encontro com Chui Sai On A agenda de Xi Jinping está envolvida em grande secretismo, mesmo para os órgãos de comunicação que são essencialmente informados sobre os eventos em que podem fazer a cobertura. Contudo, durante o dia de ontem, o Governo da RAEM já havia revelado um encontro entre os Presidente chinês e o actual Chefe do Executivo, Chui Sai On. A hora do encontro não foi tornada pública. Em relação à agenda para o dia de hoje, as eventuais visitas ou encontros da parte da manhã não foram divulgados. Porém, há um encontro com os sectores da sociedade, que deverá acontecer por volta das 17h00, um jantar oferecido pelo Governo da RAEM à comitiva do Presidente Xi Jinping e para a noite está marcado um Sarau Cultural, que será transmitido em sinal aberto. Finalmente, a 20 de Dezembro está agendada a tomada de posse do 5.º Governo da RAEM, liderado por Ho Iat Seng, seguindo-se a partida do Presidente Xi, que está marcada para a tarde desse dia. 400 alunos à espera Quando aterrou em Macau, o Presidente da China tinha à sua espera um grupo com cerca de 400 estudantes locais, que seguravam bandeiras da China, de Macau e bouquets de flores. Entre estes, um aluno e uma aluna da Escola para Filhos e Irmãos dos Operários de Macau que deram as boas-vindas ao Presidente e à esposa com a entrega de ramos de flores. Os alunos chegaram ao local, acompanhados pelos professores, também com cerca de três horas de antecedência. Aos jornalistas, uma aluna da escola Kao Yip, com 18 anos, chamada Elizabeth admitiu antes da cerimónia sentir-se nervosa por não saber bem o que estava a fazer no aeroporto, mas instruída pela sua docente deu como terminada a conversa. Antes do fim da entrevista, ainda admitiu sentir-se feliz, face à possibilidade de poder ver o Presidente Xi Jinping. Mercedes custa entre 3 e 11 milhões Quando aterrou em Macau, Xi Jinping tinha à espera um Mercedes-Maybach S650 blindado. Este é um carro com um motor V12, 5.980 de cilindrada e 630 cavalos de potência. De acordo com os dados oficiais, caso não venha limitado electronicamente, este modelo é capaz de atingir os 350 km/h. Não é por isso de admirar que o Mercedes-Maybach S650 tenha um custo na versão mais barata de cerca de 3,5 milhões de dólares de Hong Kong, segundo o portal oficial do construtor alemão. Contudo, quando o modelo é vendido com todos os extras, mas sem as protecções necessárias como a cobertura anti-bala, o preço sobe para os 11,9 milhões de dólares de Hong Kong. Uma comitiva de topo Na deslocação a Macau, Xi Jinping está acompanhado por algumas das principais figuras do Governo Central. Além do Presidente, estão ainda presentes outros três dos 25 membros do Comité Permanente do Politburo do Partido Comunista, nomeadamente Ding Xuexiang, que é também secretário do Comité Central e chefe do departamento central, Wan Chen, vice-presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional e Zhang Youxia, vice-presidente da Comissão Militar Central da República Popular da China. Apesar de não ser o mais poderoso da comitiva, uma das figuras mais mediáticas é Wang Yi, Conselheiro de Estado e ministro dos Negócios Estrangeiros, que surge frequentemente em conferências de imprensa sobre assuntos da agenda internacional a revelar as posições da China. Fazem ainda parte das pessoas que acompanham o Presidente, Ma Biao, vice-presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, Jiang Jinquan, subdirector do Gabinete de Estudo de Política Central, Zhang Xiaoming, director do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado e Fu Ziying, Director do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central.
20.º Aniversário | Xi Jinping aterrou e desejou “calorosos parabéns” a Macau João Santos Filipe - 19 Dez 2019 À chegada ao território, Xi Jinping falou dos feitos alcançados nos últimos 20 anos, que diz orgulhar o Governo Central e os povos da China, e prometeu coordenar o esforço conjunto para traçar o futuro da RAEM [dropcap]F[/dropcap]altavam cerca de dois minutos para as 16h00 quando o avião da Air China que transportava o Presidente Xi Jinping aterrou ontem em Macau. Ao contrário do habitual, o céu estava limpo e à espera do líder da República Popular da China estavam o actual e o futuro Chefe do Executivo, Chui Sai On e Ho Iat Seng, respectivamente, os titulares dos altos cargos da RAEM e uma comitiva de 400 crianças, que seguravam bandeiras República Popular da China, da RAEM e bouquets de flores. Quando desceu do avião, já depois de ter sido recebido por Chui Sai On, que subiu à aeronave, como indica o protocolo, Xi Jinping, acompanhado pela esposa, Peng Liyuan, foi cumprimentando as crianças até chegar a um palanque, onde revelou a sua felicidade por voltar a visitar “a beleza” da região da Flor do Lótus. “Estou muito feliz por poder, mais uma vez, vir a esta beleza que é Macau, um lugar que não me é estranho. No ano 2000, seis meses depois da constituição da RAEM, vim a Macau. Depois, regresseis várias vezes e a última vez foi há cinco anos. Foi no 15.º aniversário da RAEM e nessa altura vim para as comemorações”, recordou sobre a sua ligação com o território. No entanto, a ocasião é de festa e Xi Jinping trouxe à RAEM os cumprimentos do Governo Central e de todos os povos da China, neste ano em que se festejam não só os 70 anos da implantação da República Popular da China, mas também do estabelecimento da RAEM. “Agora é o 20.º aniversário e mais uma vez estou aqui. Estou muito feliz. Este ano, em Outubro, celebrámos o 70.º aniversário da implantação da República Popular da China. Agora, celebramos os 20 anos da constituição da RAEM. Toda a China está a celebrar de forma calorosa”, vincou Xi. “Em nome do Governo Central e de todos os povos da China apresento os mais calorosos parabéns e desejo um bom futuro à RAEM”, acrescentou. Coragem para o futuro Logo durante as primeiras palavras, ainda na pista do aeroporto, o Presidente chinês elogiou o caminho traçado pela RAEM nos últimos 20 anos e indicou que é um exemplo “encorajador” para qualquer pessoa e um motivo de orgulho para o Governo Central. “O sucesso e progresso de Macau nos últimos 20 é encorajador para qualquer pessoa. O Governo Central e o povo da China sentem-se muito orgulhosos”, apontou. De seguida, defendeu que ao longo deste período o princípio “Um País, Dois Sistemas” foi integralmente cumprido. “Sempre cumprimos escrupulosamente o princípio ‘Um País, Dois Sistemas’”, garantiu. Por outro lado, e numa altura em que se antecipa que o Presidente chinês possa revelar a criação de um Bolsa de Valores na RAEM, Xi Jinping prometeu todo o apoio das autoridades centrais para a promoção do desenvolvimento da RAEM. “Com a experiência adquirida e devido às suas próprias características, podemos concluir que Macau precisa de uma planta para se desenvolver. Temos de desenvolver essa planta em conjunto e estou disposto, em comunicação com os diversos sectores, para promover esse intercâmbio”, prometeu. Segurança máxima A visita de Xi Jinping está a ser marcada por um nível de segurança pouco visto na RAEM, mesmo quando comparado com ocasiões anteriores. O tráfego aéreo foi uma das áreas afectadas e muitos dos voos que deviam ter chegado ao Aeroporto Internacional de Macau entre as 15h00 e as 17h00 foram antecipados ou atrasados. Durante esse horário ainda houve cerca de dois ou três aviões a descolarem, mas o espaço aéreo acabou por ficar mesmo reservado para a chegada do avião que transportava Xi Jinping. O acesso ao aeroporto foi igualmente altamente restringido, com vários controlos de segurança, e os jornalistas tiveram de chegar ao local com três horas de antecedência face à hora de aterragem, que nunca foi revelada de forma oficial. Apenas foi dito que ocorreria entre o intervalo horário das 15h00 e as 17h00. Já em terra, Xi Jinping tinha à sua espera um Mercedes S650 blindado, e numa altura de celebração nem a matrícula da viatura foi deixada ao acaso: AA-20-19, numa aparente alusão às celebrações dos próximos dias. O “20” remete para o 20.º aniversário e o “19” para o ano de 2019. Encontro com Chui Sai On A agenda de Xi Jinping está envolvida em grande secretismo, mesmo para os órgãos de comunicação que são essencialmente informados sobre os eventos em que podem fazer a cobertura. Contudo, durante o dia de ontem, o Governo da RAEM já havia revelado um encontro entre os Presidente chinês e o actual Chefe do Executivo, Chui Sai On. A hora do encontro não foi tornada pública. Em relação à agenda para o dia de hoje, as eventuais visitas ou encontros da parte da manhã não foram divulgados. Porém, há um encontro com os sectores da sociedade, que deverá acontecer por volta das 17h00, um jantar oferecido pelo Governo da RAEM à comitiva do Presidente Xi Jinping e para a noite está marcado um Sarau Cultural, que será transmitido em sinal aberto. Finalmente, a 20 de Dezembro está agendada a tomada de posse do 5.º Governo da RAEM, liderado por Ho Iat Seng, seguindo-se a partida do Presidente Xi, que está marcada para a tarde desse dia. 400 alunos à espera Quando aterrou em Macau, o Presidente da China tinha à sua espera um grupo com cerca de 400 estudantes locais, que seguravam bandeiras da China, de Macau e bouquets de flores. Entre estes, um aluno e uma aluna da Escola para Filhos e Irmãos dos Operários de Macau que deram as boas-vindas ao Presidente e à esposa com a entrega de ramos de flores. Os alunos chegaram ao local, acompanhados pelos professores, também com cerca de três horas de antecedência. Aos jornalistas, uma aluna da escola Kao Yip, com 18 anos, chamada Elizabeth admitiu antes da cerimónia sentir-se nervosa por não saber bem o que estava a fazer no aeroporto, mas instruída pela sua docente deu como terminada a conversa. Antes do fim da entrevista, ainda admitiu sentir-se feliz, face à possibilidade de poder ver o Presidente Xi Jinping. Mercedes custa entre 3 e 11 milhões Quando aterrou em Macau, Xi Jinping tinha à espera um Mercedes-Maybach S650 blindado. Este é um carro com um motor V12, 5.980 de cilindrada e 630 cavalos de potência. De acordo com os dados oficiais, caso não venha limitado electronicamente, este modelo é capaz de atingir os 350 km/h. Não é por isso de admirar que o Mercedes-Maybach S650 tenha um custo na versão mais barata de cerca de 3,5 milhões de dólares de Hong Kong, segundo o portal oficial do construtor alemão. Contudo, quando o modelo é vendido com todos os extras, mas sem as protecções necessárias como a cobertura anti-bala, o preço sobe para os 11,9 milhões de dólares de Hong Kong. Uma comitiva de topo Na deslocação a Macau, Xi Jinping está acompanhado por algumas das principais figuras do Governo Central. Além do Presidente, estão ainda presentes outros três dos 25 membros do Comité Permanente do Politburo do Partido Comunista, nomeadamente Ding Xuexiang, que é também secretário do Comité Central e chefe do departamento central, Wan Chen, vice-presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional e Zhang Youxia, vice-presidente da Comissão Militar Central da República Popular da China. Apesar de não ser o mais poderoso da comitiva, uma das figuras mais mediáticas é Wang Yi, Conselheiro de Estado e ministro dos Negócios Estrangeiros, que surge frequentemente em conferências de imprensa sobre assuntos da agenda internacional a revelar as posições da China. Fazem ainda parte das pessoas que acompanham o Presidente, Ma Biao, vice-presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, Jiang Jinquan, subdirector do Gabinete de Estudo de Política Central, Zhang Xiaoming, director do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado e Fu Ziying, Director do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central.
Macau 20 anos | Xi Jinping elogia “implementação séria” do princípio ‘Um País, Dois Sistemas’ Hoje Macau - 18 Dez 201918 Dez 2019 [dropcap]O[/dropcap] Presidente da China elogiou hoje a “implementação séria” em Macau do princípio ‘um país, dois sistemas’, ao chegar à cidade para presidir às cerimónias do 20.º aniversário da região administrativa especial chinesa. Após aterrar no aeroporto de Macau às 16:00 (08:00 em Lisboa), Xi Jinping destacou “os sucessos e progresso” de Macau desde que a China reassumiu o exercício da soberania em 20 de dezembro de 1999, após mais de 400 anos de administração portuguesa no território. “Tanto o Governo Central, como os chineses do continente estão também orgulhosos da experiência e implementação séria em Macau da política ‘um país, dois sistemas’”, disse o líder chinês num breve discurso. A visita de Xi Jinping a Macau está a ser marcada por medidas excecionais de segurança, numa altura em que a vizinha Hong Kong, região administrativa especial também regida pelo princípio ‘um país, dois sistemas’, continua a ser, há seis meses, palco de protestos anti-governamentais. “Vale a pena sublinhar que o modelo para o futuro desenvolvimento de Macau tem de ser construído de forma conjunta”, defendeu o líder chinês. Xi Jinping prometeu falar com “pessoas de todas as esferas da sociedade” durante a visita a Macau, para conhecer melhor os problemas da cidade. A China reassumiu o exercício da soberania sobre Macau em 20 de dezembro de 1999, após mais de 400 anos de administração portuguesa no território. Com base no princípio “um país, dois sistemas”, a RAEM mantém o sistema capitalista e os direitos, deveres e liberdades dos seus cidadãos até 2049, gozando de elevada autonomia em todas as áreas, à exceção da defesa e da diplomacia. Com uma economia assente no negócio do jogo, nos últimos dez anos, o investimento na Educação e na Saúde em Macau mais do que duplicou, enquanto na Segurança Social triplicou. A reduzida taxa de desemprego, a estabilidade das finanças públicas e a diversificação da economia são outras das áreas sublinhadas pelas autoridades de Macau. A evolução no PIB (Produto Interno Bruto) e no PIB per capita cresceu, respetivamente, 63,3% e 33,1% nos últimos dez anos. O Presidente da República Popular da China chegou hoje a Macau para presidir às cerimónias do 20.º aniversário da região administrativa especial chinesa e dar posse ao novo Governo. Mais de 650 profissionais da comunicação social estão registados para fazer a cobertura da visita de Xi Jinping a Macau. As ligações marítimas de e para Hong Kong foram reduzidas e aumentaram os controlos aos passageiros. E desde terça-feira que as autoridades chinesas estão a proceder a controlos de segurança às viaturas que circulam na ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, numa ilha artificial. Estas inspeções já resultaram em várias detenções e recusas de entrada no território, incluindo a jornalistas acreditados para a cobertura das cerimónias destes dias, segundo relatos dos próprios meios de comunicação social com quem trabalham. O Presidente chinês chegou hoje a uma cidade onde foram adoptadas medidas de segurança excecionais nos últimos dias, mas com poucos sinais de estar em festa: o que sobra em decorações natalícias falta em bandeiras, tarjas e outros adereços que sinalizem o 20.º aniversário de Macau e a visita do Presidente chinês, a terceira numa década, com a população aparentemente alheada das comemorações.
Macau 20 anos | Xi Jinping elogia “implementação séria” do princípio 'Um País, Dois Sistemas' Hoje Macau - 18 Dez 2019 [dropcap]O[/dropcap] Presidente da China elogiou hoje a “implementação séria” em Macau do princípio ‘um país, dois sistemas’, ao chegar à cidade para presidir às cerimónias do 20.º aniversário da região administrativa especial chinesa. Após aterrar no aeroporto de Macau às 16:00 (08:00 em Lisboa), Xi Jinping destacou “os sucessos e progresso” de Macau desde que a China reassumiu o exercício da soberania em 20 de dezembro de 1999, após mais de 400 anos de administração portuguesa no território. “Tanto o Governo Central, como os chineses do continente estão também orgulhosos da experiência e implementação séria em Macau da política ‘um país, dois sistemas’”, disse o líder chinês num breve discurso. A visita de Xi Jinping a Macau está a ser marcada por medidas excecionais de segurança, numa altura em que a vizinha Hong Kong, região administrativa especial também regida pelo princípio ‘um país, dois sistemas’, continua a ser, há seis meses, palco de protestos anti-governamentais. “Vale a pena sublinhar que o modelo para o futuro desenvolvimento de Macau tem de ser construído de forma conjunta”, defendeu o líder chinês. Xi Jinping prometeu falar com “pessoas de todas as esferas da sociedade” durante a visita a Macau, para conhecer melhor os problemas da cidade. A China reassumiu o exercício da soberania sobre Macau em 20 de dezembro de 1999, após mais de 400 anos de administração portuguesa no território. Com base no princípio “um país, dois sistemas”, a RAEM mantém o sistema capitalista e os direitos, deveres e liberdades dos seus cidadãos até 2049, gozando de elevada autonomia em todas as áreas, à exceção da defesa e da diplomacia. Com uma economia assente no negócio do jogo, nos últimos dez anos, o investimento na Educação e na Saúde em Macau mais do que duplicou, enquanto na Segurança Social triplicou. A reduzida taxa de desemprego, a estabilidade das finanças públicas e a diversificação da economia são outras das áreas sublinhadas pelas autoridades de Macau. A evolução no PIB (Produto Interno Bruto) e no PIB per capita cresceu, respetivamente, 63,3% e 33,1% nos últimos dez anos. O Presidente da República Popular da China chegou hoje a Macau para presidir às cerimónias do 20.º aniversário da região administrativa especial chinesa e dar posse ao novo Governo. Mais de 650 profissionais da comunicação social estão registados para fazer a cobertura da visita de Xi Jinping a Macau. As ligações marítimas de e para Hong Kong foram reduzidas e aumentaram os controlos aos passageiros. E desde terça-feira que as autoridades chinesas estão a proceder a controlos de segurança às viaturas que circulam na ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, numa ilha artificial. Estas inspeções já resultaram em várias detenções e recusas de entrada no território, incluindo a jornalistas acreditados para a cobertura das cerimónias destes dias, segundo relatos dos próprios meios de comunicação social com quem trabalham. O Presidente chinês chegou hoje a uma cidade onde foram adoptadas medidas de segurança excecionais nos últimos dias, mas com poucos sinais de estar em festa: o que sobra em decorações natalícias falta em bandeiras, tarjas e outros adereços que sinalizem o 20.º aniversário de Macau e a visita do Presidente chinês, a terceira numa década, com a população aparentemente alheada das comemorações.
Restauração | Macau já tem 20 restaurantes com estrelas Michelin Hoje Macau - 18 Dez 2019 [dropcap]M[/dropcap]acau tem desde ontem duas dezenas de restaurantes com estrelas Michelin, incluindo três estabelecimentos que mantiveram a classificação máxima, de acordo com a edição de 2020 do Guia para Macau e Hong Kong. Ao todo, a 12.ª edição do Guia divulgado ontem contempla 90 restaurantes, com a ex-colónia britânica a ascender aos 70 premiados. “As selecções deste ano são testemunho da posição inabalável de Hong Kong e Macau como cidades de referência no mundo gastronómico, onde a tradição e a modernidade podem coexistir numa mistura dinâmica e deliciosa de autenticidade e inovação”, afirmou o director global do Guia Michelin, Gwendal Poullennec. Nesta nova selecção para Macau, os restaurantes Robuchon au Dôme e The Eight, ambos no hotel-casino Grand Lisboa, e o restaurante Jade Dragon, no City of Dreams, mantiveram as classificações de 2019, com três estrelas cada um. Já entre os sete restaurantes galardoados com duas estrelas, há duas novidades: Sichuan Moon, no Wynn Palace, que se estreia no Guia, e o restaurante cantonês Wing Lei, localizado no Wynn Macau, que foi promovido este ano. O território apresenta ainda, nesta edição, 10 restaurantes com uma estrela Michelin: The Kitchen, The Golden Peacock, King, Shinji by Kanesaka, Pearl Dragon, 8 1/2 Otto e Mezzo-Bombana, Lai Heen, Zi Yat Heen e Tim’s Kitchen. Na distinção “Bib Gourmand”, conferida aos restaurantes que oferecem menus de três pratos por menos de 400 patacas, mantêm-se um restaurante de comida portuguesa, O Castiço, entre os sete indicados em Macau.
Restauração | Macau já tem 20 restaurantes com estrelas Michelin Hoje Macau - 18 Dez 2019 [dropcap]M[/dropcap]acau tem desde ontem duas dezenas de restaurantes com estrelas Michelin, incluindo três estabelecimentos que mantiveram a classificação máxima, de acordo com a edição de 2020 do Guia para Macau e Hong Kong. Ao todo, a 12.ª edição do Guia divulgado ontem contempla 90 restaurantes, com a ex-colónia britânica a ascender aos 70 premiados. “As selecções deste ano são testemunho da posição inabalável de Hong Kong e Macau como cidades de referência no mundo gastronómico, onde a tradição e a modernidade podem coexistir numa mistura dinâmica e deliciosa de autenticidade e inovação”, afirmou o director global do Guia Michelin, Gwendal Poullennec. Nesta nova selecção para Macau, os restaurantes Robuchon au Dôme e The Eight, ambos no hotel-casino Grand Lisboa, e o restaurante Jade Dragon, no City of Dreams, mantiveram as classificações de 2019, com três estrelas cada um. Já entre os sete restaurantes galardoados com duas estrelas, há duas novidades: Sichuan Moon, no Wynn Palace, que se estreia no Guia, e o restaurante cantonês Wing Lei, localizado no Wynn Macau, que foi promovido este ano. O território apresenta ainda, nesta edição, 10 restaurantes com uma estrela Michelin: The Kitchen, The Golden Peacock, King, Shinji by Kanesaka, Pearl Dragon, 8 1/2 Otto e Mezzo-Bombana, Lai Heen, Zi Yat Heen e Tim’s Kitchen. Na distinção “Bib Gourmand”, conferida aos restaurantes que oferecem menus de três pratos por menos de 400 patacas, mantêm-se um restaurante de comida portuguesa, O Castiço, entre os sete indicados em Macau.
Hong Kong vive ano “mais sombrio e complexo” desde transferência de soberania, diz Xi Jinping Hoje Macau - 18 Dez 2019 [dropcap]O[/dropcap] Presidente chinês reiterou ontem o seu apoio à Chefe do Executivo de Hong Kong, apesar de assumir que a região semiautónoma enfrenta o ano “mais sombrio e complexo” desde a transferência da soberania para a China. Xi Jinping elogiou Carrie Lam por respeitar a fórmula “Um País, Dois Sistemas” e pela sua “coragem e compromisso” durante um “período excepcional” para Hong Kong. Lam reuniu em Pequim com Xi Jinping e o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, na sua primeira visita à capital chinesa desde que os candidatos pró-democracia venceram as eleições para os conselhos distritais em Hong Kong, no mês passado, reflectindo o descontentamento popular com a sua governação e o amplo apoio aos protestos que há seis meses abalam o território. Hong Kong foi “assombrada pela agitação social”, disse Lam, após os encontros, em conferência de imprensa, acrescentando que os líderes chineses consideraram que a situação actual “não tem precedentes”. “Dada a gravidade da situação e as dificuldades que enfrentamos, posso dizer que os líderes apreciam plenamente os esforços necessários”, disse. “Mas sabemos que o nosso trabalho para impedir a violência não terminou. Ainda não estamos fora da crise”, assumiu. Fúrias e rejeições A região é desde Junho palco de manifestações, iniciadas por um projecto de lei que permitiria extraditar criminosos para países sem acordos prévios, como é o caso da China continental, e, entretanto, retirado, mas que se transformou num movimento que exige reformas democráticas e se opõe à crescente interferência de Pequim no território. Os protestos têm assumido contornos cada vez mais violentos, com actos de vandalismo e confrontos com as forças de segurança. Na noite de domingo, manifestantes atiraram tijolos contra a polícia, que respondeu com disparos de gás lacrimogéneo. Segundo as autoridades, os manifestantes incendiaram barricadas, bloquearam estradas e partiram semáforos com martelos. A violência e os confrontos em vários centros comerciais da região, no domingo, onde a polícia usou ainda gás pimenta e fez várias detenções, terminaram uma pausa de duas semanas nos confrontos entre polícia e manifestantes. Os manifestantes acusam a polícia de brutalidade policial e exigem um inquérito independente à sua atuação. Lam voltou ontem a rejeitar aquela exigência fundamental do movimento. Um conselho de supervisão sob a actuação da polícia que está a investigar a actuação das forças de segurança deve ter “espaço e tempo” para concluir o seu relatório no início do próximo ano, defendeu. Um grupo de especialistas internacionais abandonou o conselho, na semana passada, devido às preocupações de que o órgão carece de capacidade e independência. O conselho não tem poderes para solicitar documentos ou convocar testemunhas.
Disponível para amar Tânia dos Santos - 18 Dez 2019 [dropcap]O[/dropcap] amor, numa perspectiva mais madura e complexa, depende de pessoas disponíveis para amar. Há quem esteja mais ou menos disponível para mergulhar nesta confusão. O amor como lugar de encontro de fragilidades – confuso e de difícil gestão. Aprender a vincular desta forma será, certamente, um processo individual, mas as estruturas culturais parecem não ajudar a oferecer uma visão realista da complexidade deste processo. Como em tudo, na verdade. Há a tendência de julgar que o amor simplesmente ‘acontece’ como uma seta de cupido que nos ataca sem aviso; ou que o amor é para sempre e incondicional, independentemente de quem somos, de como estamos e de como interagimos. O amor está cheio de mitos que dificultam a consciência do seu potencial disruptivo. O mito do amor como acontecimento mágico tende a gerar muita desilusão. Isto porque existem confusões conceptuais das quais o amor, a paixão, o sexo e o tesão fazem parte. Não que seja necessário definir cada um destes domínios ao milímetro, mas é importante perceber que as sensações que o corpo e a mente sentem vêm de muitos lugares e estão em constante sobreposição. Perceber o amor como um acto de partilha e de ligação é quase um trabalho a tempo inteiro. Este não aparece (somente) como uma reacção fisiológica às circunstâncias à nossa volta. Necessita de trabalho amoroso – e reflexividade – que nem todos têm disponibilidade para fazê-lo. O mito do amor incondicional é daqueles também bem persistentes. Quando assentamos com um parceiro romântico esperamos que o amor seja uma ligação duradoura e incontestável. Tenta-se usar essa relação como uma rede de segurança caso tenhamos uma queda. Uma queda de qualquer tipo, emocional ou física – porque sabe-se o quanto precisamos dos outros para a nossa sobrevivência. A fantasia é de que as pessoas nos podem amar sem condições ou exigências. Simplesmente. O mais próximo que se está do amor incondicional acontece quando somos bebés ou crianças. Aí por muito (ou pouco) que façamos, os nossos pais amam-nos sem qualquer expectativa. Mesmo que o bebé suje tudo, não interaja muito, não fale ou satisfaça expectativas mais sofisticadas, o bebé simplesmente existe para ser cuidado e amado. Aliás, até mesmo nessas condições, o amor incondicional não é garantido, como se sabe na quantidade de traumas de infância que perseguem muitos até à idade adulta. É desse lugar que depois se procura outro tipo de vinculação. O outro, com os seus medos e desejos, nunca nos pode garantir disponibilidade total às necessidades (e vice-versa). O amor incondicional precisa de ser redefinido para permitir que existam momentos fortes de desencontro que podem não o pôr em causa. Mas para fazê-lo é preciso disponibilidade para lidar com muita confusão, e muita frustração também. É difícil explicar o que a disponibilidade para amar pode querer dizer para além de que é a condição necessária para encontrar amor nos outros e conseguir mantê-lo ao longo do tempo. Mesmo que o amor se transforme em outras formas de expressão. A disponibilidade a que me refiro não se limita a uma decisão instrumental de que ‘agora estou pronta/o para uma relação’. Trata-se da disponibilidade de cuidar e permitir ser cuidado, e poder estar disponível para mexer com o que aflige e satisfaz. O amor é construído no espaço do desencontro entre humanos, através de pontes e formas de comunicação ao longo do tempo. Um trabalho emocional, por vezes, muito intenso. Daí que a disponibilidade seja muito importante, para garantir que não nos perdemos na intensidade de que o amor nem sempre é aquilo que esperamos.