Pneumonia de Wuhan | Primeira infectada em Macau está curada

A empresária de 52 anos estava internada desde 21 de Janeiro e viajou, durante a tarde de ontem, para Zhuhai. É o primeiro, dos 10 casos no território, a ultrapassar a doença

 
[dropcap]A[/dropcap] mulher que tinha sido confirmada como o primeiro caso do coronavírus de Wuhan no território recuperou e teve alta. Com 52 anos, empresária e natural da cidade na origem da epidemia, encontrava-se internada desde 21 de Janeiro, depois de ter entrado na RAEM, a 19 de Janeiro, e de ter ficado hospedada no Hotel Landmark. Na hora da saída, admitiu que foi uma sorte ter sido tratada em Macau.
“Queria ficar mais tempo [em Macau], mas não posso. […] A experiência em Macau foi uma sorte no meio do azar”, afirmou a mulher, que recusou ser identificada, em declarações ao Governo da RAEM. ““Ao longo do tratamento, senti-me no meio de uma família, pela forma como fui tratada em Macau. Estou muito grata”, acrescentou.
A mulher que teve alta ontem pelas 16h45, recordou ainda o choque de receber a notícia. “Quando soube que estava infectada tive medo e preparei-me para o pior. Informei a minha filha por SMS e ela disse-me para ficar calma e ser optimista. Só ela estava informada sobre a minha situação, porque de resto nem o meu marido avisei”, recordou.
Entre os factores que mais medo lhe causaram, a empresária apontou as notícias do Interior, que não eram muito claras a informar que as vítimas mortais eram principalmente grupos de risco, como idosos ou pessoas com doenças crónicas.
Já na RAEM, a mulher reconheceu que encontrou “um ambiente sempre calmo” e que os cuidados médicos foram “excepcionais”.

Com escolta policial

Após ter alta, a mulher foi deixada às 16h45 em Zhuhai, num percurso que foi feito com escolta policial. As autoridades desconhecem o que vai acontecer agora com a empresária de 52 anos, uma vez que nesta fase não há transportes para a cidade de origem. “Como não há transportes ela deve ficar por Zhuhai. Pode ficar nos hotéis destinados aos turistas de Wuhan, ou então escolher outro sítio onde possa ficar”, explicou Lam Chong, Chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença.
Na altura de sair, a mulher pediu para não ter de pagar a conta que lhe foi apresentada de 34 mil patacas. O processo está agora a ser analisado e a isenção até pode ser aceite. Na conferência de ontem, o director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, explicou que os não-residentes pagam o valor das despesas a dobrar, o que faz com que a despesa efectiva tenha sido de 17 mil patacas.
Lei deixou ainda garantias que a RAEM tem “vários meios” para forçar o pagamento da despesa a partir do Interior, mas não conseguiu nomear um único, nem se haverá lugar a recurso para os tribunais. Por sua vez, o representante do Corpo de Polícia de Segurança Pública apontou que em caso de não haver pagamento, a mulher pode ser impedida de entrar na RAEM, numa próxima visita.

Mala de 20 mil patacas

Horas depois de se ter sabido que a mulher tinha pedido para ser dispensada do pagamento de 34 mil patacas com as despesas médicas, o caso gerou polémica nas redes sociais, uma vez que nas fotos de despedida de Macau aparece com uma mala da marca de luxo Bvlgari. O modelo em causa é o “Bvlgari Serpenti Forever” e, segundo o portal de Hong Kong da marca, tem um preço de 22.900 dólares de Hong Kong, o que equivale a 23.591 patacas.

6 Fev 2020

Pneumonia de Wuhan | Primeira infectada em Macau está curada

A empresária de 52 anos estava internada desde 21 de Janeiro e viajou, durante a tarde de ontem, para Zhuhai. É o primeiro, dos 10 casos no território, a ultrapassar a doença

 

[dropcap]A[/dropcap] mulher que tinha sido confirmada como o primeiro caso do coronavírus de Wuhan no território recuperou e teve alta. Com 52 anos, empresária e natural da cidade na origem da epidemia, encontrava-se internada desde 21 de Janeiro, depois de ter entrado na RAEM, a 19 de Janeiro, e de ter ficado hospedada no Hotel Landmark. Na hora da saída, admitiu que foi uma sorte ter sido tratada em Macau.

“Queria ficar mais tempo [em Macau], mas não posso. […] A experiência em Macau foi uma sorte no meio do azar”, afirmou a mulher, que recusou ser identificada, em declarações ao Governo da RAEM. ““Ao longo do tratamento, senti-me no meio de uma família, pela forma como fui tratada em Macau. Estou muito grata”, acrescentou.

A mulher que teve alta ontem pelas 16h45, recordou ainda o choque de receber a notícia. “Quando soube que estava infectada tive medo e preparei-me para o pior. Informei a minha filha por SMS e ela disse-me para ficar calma e ser optimista. Só ela estava informada sobre a minha situação, porque de resto nem o meu marido avisei”, recordou.

Entre os factores que mais medo lhe causaram, a empresária apontou as notícias do Interior, que não eram muito claras a informar que as vítimas mortais eram principalmente grupos de risco, como idosos ou pessoas com doenças crónicas.

Já na RAEM, a mulher reconheceu que encontrou “um ambiente sempre calmo” e que os cuidados médicos foram “excepcionais”.

Com escolta policial

Após ter alta, a mulher foi deixada às 16h45 em Zhuhai, num percurso que foi feito com escolta policial. As autoridades desconhecem o que vai acontecer agora com a empresária de 52 anos, uma vez que nesta fase não há transportes para a cidade de origem. “Como não há transportes ela deve ficar por Zhuhai. Pode ficar nos hotéis destinados aos turistas de Wuhan, ou então escolher outro sítio onde possa ficar”, explicou Lam Chong, Chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença.

Na altura de sair, a mulher pediu para não ter de pagar a conta que lhe foi apresentada de 34 mil patacas. O processo está agora a ser analisado e a isenção até pode ser aceite. Na conferência de ontem, o director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, explicou que os não-residentes pagam o valor das despesas a dobrar, o que faz com que a despesa efectiva tenha sido de 17 mil patacas.

Lei deixou ainda garantias que a RAEM tem “vários meios” para forçar o pagamento da despesa a partir do Interior, mas não conseguiu nomear um único, nem se haverá lugar a recurso para os tribunais. Por sua vez, o representante do Corpo de Polícia de Segurança Pública apontou que em caso de não haver pagamento, a mulher pode ser impedida de entrar na RAEM, numa próxima visita.

Mala de 20 mil patacas

Horas depois de se ter sabido que a mulher tinha pedido para ser dispensada do pagamento de 34 mil patacas com as despesas médicas, o caso gerou polémica nas redes sociais, uma vez que nas fotos de despedida de Macau aparece com uma mala da marca de luxo Bvlgari. O modelo em causa é o “Bvlgari Serpenti Forever” e, segundo o portal de Hong Kong da marca, tem um preço de 22.900 dólares de Hong Kong, o que equivale a 23.591 patacas.

6 Fev 2020

Epidemia | Registados mais dois casos e número de infectados sobe para dez

Uma trabalhadora da Galaxy e um condutor de shuttle bus da SJM foram confirmados como os novos casos de infectados com o coronavírus em Macau. A mulher de 29 anos é sobrinha de uma outra residente, que tinha sido confirmada como o oitavo caso

 
[dropcap]O[/dropcap] número de pessoas infectadas com a Pneumonia de Wuhan em Macau subiu para 10, com o anúncio de mais dois casos que envolvem locais. Tratam-se de duas pessoas que trabalharam para os casinos, nomeadamente Galaxy e SJM.
O nono caso confirmado envolve uma residente de 29 anos que vive no edifício Kong Fok On e trabalha como jardineira no Galaxy. É sobrinha de uma outra mulher infectada que foi considerada como o oitavo caso.
Devido ao contacto entre as duas mulheres, este poderia ser o primeiro caso de contaminação local, mas os Serviços de Saúde ainda não confirmam o cenário: “Como a mulher esteve no Interior mais do que uma vez ainda não podemos dizer que é um caso local, pode ter sido importado”, afirmou Leong Iek Hou, coordenador do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença.
O contacto entre a mulher de 29 anos e a tia, que é a oitava infectada em Macau, terá acontecido em duas ocasiões, a 23 e 24 de Janeiro. No primeiro dia a sobrinha esteve em casa da tia a fazer reparações e utilizou sempre máscara, ao contrário da familiar. A segunda ocasião tratou-se de um jantar de família, mas as duas não terão comido na mesma mesa nem estado à conversa mais do que cinco minutos
Antes dos encontros, a mulher de 29 anos esteve em Zhuhai, a 19 de Janeiro, onde assistiu a um concerto. Esta é uma das ocasiões em que o vírus também poderá ter sido contraído.
Apenas no dia 25, após mais um encontro familiar com 12 membros, é que a mulher começou a apresentar sintomas como febre, dores de costas e tosse. Porém, após dois dias em casa, foi trabalhar entre 28 de Janeiro e 1 de Fevereiro.
Finalmente, no domingo, como a tia tinha sido confirmada com o oitavo caso, a mulher foi ao hospital e fez o teste, que acabou por dar positivo.
O caso levou ainda ao isolamento de três colegas de trabalho, e 14 familiares. Além disso, 34 colegas de trabalhão estão a ser observados, caso apresentem sintomas.

Jantar em Zhuhai

O 10.º caso é um homem, de 59 anos, que conduz shutles bus para a SJM, nos percursos entre as Portas do Cerco e o casino Grande Lisboa, e entre o terminal Marítimo do Pac On e o Grande Lisboa.
Vive no edifício Pat tat Sun Chuen, na Avenida Venceslau Morais, e esteve no Interior no dia 25 de Janeiro, onde pagou um jantar de família à mãe. No entanto, quando regressou já apresentava sintomas como febre e tosse.
Entre 28 de Janeiro e 1 de Fevereiro o homem foi por duas vezes a clínicas privadas, mas como não se curava decidiu ir ao Hospital Kiang Wu. Também a esta instituição fez duas visitas, anteontem e ontem, até que foi confirmado como o 10.º caso, já depois de ser transferido para o Centro Hospitalar Conde São Januário. O facto de ter estado em Zhuhai a jantar faz com que o caso seja considerado importado.
O homem esteve em contacto próximo com a mulher e os dois filhos e ainda com nove pessoas com quem terá tido uma refeição mais longa. Além disso, 57 pessoas, que estavam na altura no hospital Kiang Wu vão ficar em observação e ser testadas.

4 Fev 2020

Epidemia | Registados mais dois casos e número de infectados sobe para dez

Uma trabalhadora da Galaxy e um condutor de shuttle bus da SJM foram confirmados como os novos casos de infectados com o coronavírus em Macau. A mulher de 29 anos é sobrinha de uma outra residente, que tinha sido confirmada como o oitavo caso

 

[dropcap]O[/dropcap] número de pessoas infectadas com a Pneumonia de Wuhan em Macau subiu para 10, com o anúncio de mais dois casos que envolvem locais. Tratam-se de duas pessoas que trabalharam para os casinos, nomeadamente Galaxy e SJM.

O nono caso confirmado envolve uma residente de 29 anos que vive no edifício Kong Fok On e trabalha como jardineira no Galaxy. É sobrinha de uma outra mulher infectada que foi considerada como o oitavo caso.

Devido ao contacto entre as duas mulheres, este poderia ser o primeiro caso de contaminação local, mas os Serviços de Saúde ainda não confirmam o cenário: “Como a mulher esteve no Interior mais do que uma vez ainda não podemos dizer que é um caso local, pode ter sido importado”, afirmou Leong Iek Hou, coordenador do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença.

O contacto entre a mulher de 29 anos e a tia, que é a oitava infectada em Macau, terá acontecido em duas ocasiões, a 23 e 24 de Janeiro. No primeiro dia a sobrinha esteve em casa da tia a fazer reparações e utilizou sempre máscara, ao contrário da familiar. A segunda ocasião tratou-se de um jantar de família, mas as duas não terão comido na mesma mesa nem estado à conversa mais do que cinco minutos

Antes dos encontros, a mulher de 29 anos esteve em Zhuhai, a 19 de Janeiro, onde assistiu a um concerto. Esta é uma das ocasiões em que o vírus também poderá ter sido contraído.

Apenas no dia 25, após mais um encontro familiar com 12 membros, é que a mulher começou a apresentar sintomas como febre, dores de costas e tosse. Porém, após dois dias em casa, foi trabalhar entre 28 de Janeiro e 1 de Fevereiro.

Finalmente, no domingo, como a tia tinha sido confirmada com o oitavo caso, a mulher foi ao hospital e fez o teste, que acabou por dar positivo.

O caso levou ainda ao isolamento de três colegas de trabalho, e 14 familiares. Além disso, 34 colegas de trabalhão estão a ser observados, caso apresentem sintomas.

Jantar em Zhuhai

O 10.º caso é um homem, de 59 anos, que conduz shutles bus para a SJM, nos percursos entre as Portas do Cerco e o casino Grande Lisboa, e entre o terminal Marítimo do Pac On e o Grande Lisboa.

Vive no edifício Pat tat Sun Chuen, na Avenida Venceslau Morais, e esteve no Interior no dia 25 de Janeiro, onde pagou um jantar de família à mãe. No entanto, quando regressou já apresentava sintomas como febre e tosse.

Entre 28 de Janeiro e 1 de Fevereiro o homem foi por duas vezes a clínicas privadas, mas como não se curava decidiu ir ao Hospital Kiang Wu. Também a esta instituição fez duas visitas, anteontem e ontem, até que foi confirmado como o 10.º caso, já depois de ser transferido para o Centro Hospitalar Conde São Januário. O facto de ter estado em Zhuhai a jantar faz com que o caso seja considerado importado.

O homem esteve em contacto próximo com a mulher e os dois filhos e ainda com nove pessoas com quem terá tido uma refeição mais longa. Além disso, 57 pessoas, que estavam na altura no hospital Kiang Wu vão ficar em observação e ser testadas.

4 Fev 2020

Homem que estava em observação foge do hospital

Foto divulgada pelo CPSP

[dropcap]U[/dropcap]m homem que estava em observação, depois de ter estado em Wuhan, fugiu do Hospitalar Conde São Januário e é procurado. O caso foi revelado hoje pelo Corpo de Segurança de Polícia Pública e o homem de 44 anos estava isolado, após ter apresentado sintomas como febre, nariz entupido, e dores na garganta. Todavia, as autoridades garantem que os exames deram negativo e apelam a que não se entre em pânico.

Foi devido ao sintomas apresentados, que podem indicar uma possível infecção com a Pneumonia de Wuhan, que o individuo tinha dado entrada no hospital. No entanto, quando estava em observação, aproveitou uma falta de atenção das autoridades e fugiu. O episódio aconteceu as 19h00 de ontem e a última vez que foi avistado foi na Estrada dos Parses, perto da imediações da unidade hospitalar.

Após a realização dos exames clínicos os resultados terão dado negativo. Porém, o homem que esteve em Wuhan entre 20 e 24 de Janeiro é procurado não só porque fugiu às autoridades mas também porque tinha entrado de forma ilegal em Macau.

31 Jan 2020

Lista de farmácias com máscaras para o Ano Novo Chinês

[dropcap]O[/dropcap] Governo criou um sistema alternativo de abastecimento de máscaras. Cada residente e TNR pode comprar 10 por cada 10 dias, com a apresentação do BIR e Blue Card. A lista de farmácias abertas durante os dias do Ano Novo Chinês é a seguinte:

 

1 – POPULAR (FONTE) – Largo do Senado n.º16-A, r/c e 1º Andar e Travessa da Misericórdia n.º3, r/c

Horário: 25/01-26/01 11:00~19:00

2 – NOVA CIDADE -Avenida de Artur Tamagnini Barbosa, Centro Comercial Jardim Nova Cidade, r/c, Loja IM1

Horário: 26/01-27/01 11:00~19:00

3 – FERNANDES – Rua Seis do Bairro Iao Hon, n.º 65, Edifício Kat Cheong, Bloco I, r/c

Horário: 26/01-27/01 11:00~19:00

4 – POPULAR (NAM SAN) – Estrada Governador Albano de Oliveira, Nam San, Bloco III n.ºs.300, 306, 308B e 308C, Lojas R, S, T e U, ambos r/c

Horário: 25/01-27/01 11:00~19:00

5 – POPULAR (BRILHANTISMO) – Rua Cidade de Coimbra n.º474,“J”e n.º478,“K”, Jardim Brilhantismo, ambos r/c com 1.ºandar

Horário: 25/01-27/01 10:00~18:00

6 – POPULAR (PORTAS DO CERCO) – Rua da Serenidade n.º120, Nam Fai (Bloco 1, Bloco 2),“X”, r/c com Sobreloja

Horário: 25/01 – 27/01 10:00~18:00

7 – WAN TUNG (PRIMEIRO SUCURSAL) – Istmo de Ferreira do Amaral n.º92, Choi Hong Un (Bloco I, II), r/c “I”e“PP”

Horário: 25/01-27/01 12:00-23:00

24 Jan 2020

Epidemia | Macau deteta segundo caso de infecção, homem é oriundo de Wuhan

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Macau anunciaram hoje que foi identificada uma segunda pessoa infectada com o novo tipo de coronavírus chinês de Wuhan, um vírus que já causou 17 mortes entre as mais de 550 pessoas infectadas.
Trata-se de um homem de 66 anos, oriundo de Wuhan, que entrou no território na quarta-feira, com o pessoal de vigilância sanitária dos Serviços de Saúde a detetar febre corporal no indivíduo.
O homem foi enviado imediatamente para o Serviço de Urgência Especial do Centro Hospitalar Conde de São Januário para efetuar exames, que deram positivo para o novo tipo de coronavírus.
As autoridades de Macau tinham anunciado na quarta-feira, também em conferência de imprensa, o primeiro caso de vírus detetado na China, que causa pneumonias virais.
O primeiro caso detetado foi de uma mulher de 52 anos, comerciante, oriunda também da cidade chinesa de Wuhan, onde foi detetado o coronavírus, que chegou a Macau no dia 19 e que foi submetida a dois testes que confirmaram a doença.
Actualmente em regime de isolamento, ambos os casos são considerados pacientes de alto risco. As autoridades sublinharam que não existe um surto na comunidade e frisaram que as visitas diárias nos hospitais vão ser reduzidas de dois períodos para apenas um.
Os espaços públicos estão a ser alvo de operações de limpeza, casos das paragens de autocarro e de táxis, e mercados municipais.
Durante as festividades do Ano Novo Lunar, período em que Macau regista um maior fluxo de visitantes, as autoridades vão realizar testes de medição de temperatura, uma medida promovida também nos serviços públicos, tendo sido determinado o uso de máscaras para trabalhadores em atendimento ao público, algo alargado também para os trabalhadores dos casinos.
As autoridades anunciaram ainda que após o período das férias do Ano Novo Lunar vão ser tomadas medidas de reforço de prevenção e controlo nas escolas do território.
A Comissão Nacional de Saúde da China alertou que o novo tipo de coronavírus, uma espécie de vírus que causa infeções respiratórias em seres humanos e animais, “pode sofrer mutações e espalhar-se mais facilmente”.
O vírus foi inicialmente detetado, no mês passado, em Wuhan, cidade do centro da China, um importante centro de transporte doméstico e internacional.
O surto surge numa altura em que milhões de chineses viajam, por ocasião do Ano Novo Lunar, a principal festa das famílias chinesas, equivalente ao natal nos países ocidentais. Segundo o Ministério dos Transportes chinês, o país deve registar um total de três mil milhões de viagens internas durante os próximos 40 dias.
Os casos alimentaram receios sobre uma potencial epidemia, semelhante à da pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong.
As autoridades anunciaram ainda que até sexta-feira serão disponibilizadas 20 milhões de máscaras aos residentes de Macau e uma série de medidas de reforço de prevenção e controlo para combater a transmissão deste novo coronavírus, junto dos casinos, nas fronteiras, nos espaços e serviços públicos, bem como durante a realização de grandes eventos, num momento em que Macau atrai milhares de pessoas durante o Ano Novo Lunar.
Fora da China continental, foram confirmados casos do novo coronavírus na Coreia do Sul, Japão, Tailândia, Estados Unidos, Taiwan, Hong Kong e Macau.

23 Jan 2020

Epidemia | Macau deteta segundo caso de infecção, homem é oriundo de Wuhan

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Macau anunciaram hoje que foi identificada uma segunda pessoa infectada com o novo tipo de coronavírus chinês de Wuhan, um vírus que já causou 17 mortes entre as mais de 550 pessoas infectadas.

Trata-se de um homem de 66 anos, oriundo de Wuhan, que entrou no território na quarta-feira, com o pessoal de vigilância sanitária dos Serviços de Saúde a detetar febre corporal no indivíduo.

O homem foi enviado imediatamente para o Serviço de Urgência Especial do Centro Hospitalar Conde de São Januário para efetuar exames, que deram positivo para o novo tipo de coronavírus.

As autoridades de Macau tinham anunciado na quarta-feira, também em conferência de imprensa, o primeiro caso de vírus detetado na China, que causa pneumonias virais.

O primeiro caso detetado foi de uma mulher de 52 anos, comerciante, oriunda também da cidade chinesa de Wuhan, onde foi detetado o coronavírus, que chegou a Macau no dia 19 e que foi submetida a dois testes que confirmaram a doença.

Actualmente em regime de isolamento, ambos os casos são considerados pacientes de alto risco. As autoridades sublinharam que não existe um surto na comunidade e frisaram que as visitas diárias nos hospitais vão ser reduzidas de dois períodos para apenas um.

Os espaços públicos estão a ser alvo de operações de limpeza, casos das paragens de autocarro e de táxis, e mercados municipais.

Durante as festividades do Ano Novo Lunar, período em que Macau regista um maior fluxo de visitantes, as autoridades vão realizar testes de medição de temperatura, uma medida promovida também nos serviços públicos, tendo sido determinado o uso de máscaras para trabalhadores em atendimento ao público, algo alargado também para os trabalhadores dos casinos.

As autoridades anunciaram ainda que após o período das férias do Ano Novo Lunar vão ser tomadas medidas de reforço de prevenção e controlo nas escolas do território.

A Comissão Nacional de Saúde da China alertou que o novo tipo de coronavírus, uma espécie de vírus que causa infeções respiratórias em seres humanos e animais, “pode sofrer mutações e espalhar-se mais facilmente”.

O vírus foi inicialmente detetado, no mês passado, em Wuhan, cidade do centro da China, um importante centro de transporte doméstico e internacional.

O surto surge numa altura em que milhões de chineses viajam, por ocasião do Ano Novo Lunar, a principal festa das famílias chinesas, equivalente ao natal nos países ocidentais. Segundo o Ministério dos Transportes chinês, o país deve registar um total de três mil milhões de viagens internas durante os próximos 40 dias.

Os casos alimentaram receios sobre uma potencial epidemia, semelhante à da pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong.

As autoridades anunciaram ainda que até sexta-feira serão disponibilizadas 20 milhões de máscaras aos residentes de Macau e uma série de medidas de reforço de prevenção e controlo para combater a transmissão deste novo coronavírus, junto dos casinos, nas fronteiras, nos espaços e serviços públicos, bem como durante a realização de grandes eventos, num momento em que Macau atrai milhares de pessoas durante o Ano Novo Lunar.

Fora da China continental, foram confirmados casos do novo coronavírus na Coreia do Sul, Japão, Tailândia, Estados Unidos, Taiwan, Hong Kong e Macau.

23 Jan 2020

Epidemia de Wuhan | Governo vai importar 20 milhões de máscaras só para residentes

[dropcap]A[/dropcap]pós o Governo ter confirmado o primeiro caso de Pneumonia de Wuhan houve uma corrida às farmácias e supermercados que fez com que numa questão de horas as máscaras ficassem esgotadas. Um pouco por toda a cidade começaram igualmente a surgir notícias de pessoas que já estavam a especular e, de acordo com o portal Macau Concealers, a polícia prendeu mesmo duas pessoas na Zona Norte.

Segundo a versão relatada ao HM por uma residente na zona de Seac Pai Van, apesar de ter corrido a oito farmácias e três supermercados não conseguiu encontrar uma única máscara. Frequentemente deparou-se com um aviso para o facto de os produtos estarem esgotados.

Também uma moradora da Taipa traçou um cenário semelhante. Nas três farmácias em que entrou, na Península, foi sempre informada que já não havia máscaras para venda. Face a este cenário desistiu da compra, depois de um amigo lhe ter prometido uma máscara.

De acordo com os dados revelados pelos SSM, ontem à tarde apenas um dos oito fornecedores de máscaras em Macau tinha produtos em stock, nomeadamente numa quantidade de 150 mil.

Quem dá mais?

Já no mercado negro, de acordo com o Macau Concealers, uma caixa estava a ser vendida por 85 patacas, quando normalmente seis caixas do mesmo produto custam 19 patacas.

Por este motivo, as autoridades prometeram importar ainda antes do Ano Novo Chinês vinte milhões de máscaras, que vão estar disponíveis só para residentes. Os produtos vão ser colocados em 53 das 249 farmácias do território e o objectivo é garantirem aos residentes o acesso às mesmas. Os preços são estipulados pelo Governo e cada residente apenas pode comprar 10 máscaras por cada 10 dias.

“Houve turistas e pessoas que compraram 50 caixas de máscaras de uma vez. Por isso encomendámos 20 milhões de máscaras que vão chegar ainda antes do Ano Novo Chinês e que só estão disponíveis para residentes”, revelou Lei Chin Ion.

O director dos Serviços de Saúde desvalorizou igualmente o facto de os trabalhadores não-residentes não poderem ter acesso às máscaras: “Não vai haver nenhuma limitação, os não-residentes vão poder comprar os outros produtos, que estão no mercado normal”, frisou.

Ainda sobre este aspecto, Lam Chong, Chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença, foi questionado sobre o perigo de vários trabalhadores não-residentes lidarem directamente com crianças e idosos poderem ficar afastados da compra de máscaras: “O nosso objectivo é garantir que os residentes têm o acesso às máscaras”, limitou-se a responder.

23 Jan 2020

Epidemia de Wuhan | Governo vai importar 20 milhões de máscaras só para residentes

[dropcap]A[/dropcap]pós o Governo ter confirmado o primeiro caso de Pneumonia de Wuhan houve uma corrida às farmácias e supermercados que fez com que numa questão de horas as máscaras ficassem esgotadas. Um pouco por toda a cidade começaram igualmente a surgir notícias de pessoas que já estavam a especular e, de acordo com o portal Macau Concealers, a polícia prendeu mesmo duas pessoas na Zona Norte.
Segundo a versão relatada ao HM por uma residente na zona de Seac Pai Van, apesar de ter corrido a oito farmácias e três supermercados não conseguiu encontrar uma única máscara. Frequentemente deparou-se com um aviso para o facto de os produtos estarem esgotados.
Também uma moradora da Taipa traçou um cenário semelhante. Nas três farmácias em que entrou, na Península, foi sempre informada que já não havia máscaras para venda. Face a este cenário desistiu da compra, depois de um amigo lhe ter prometido uma máscara.
De acordo com os dados revelados pelos SSM, ontem à tarde apenas um dos oito fornecedores de máscaras em Macau tinha produtos em stock, nomeadamente numa quantidade de 150 mil.

Quem dá mais?

Já no mercado negro, de acordo com o Macau Concealers, uma caixa estava a ser vendida por 85 patacas, quando normalmente seis caixas do mesmo produto custam 19 patacas.
Por este motivo, as autoridades prometeram importar ainda antes do Ano Novo Chinês vinte milhões de máscaras, que vão estar disponíveis só para residentes. Os produtos vão ser colocados em 53 das 249 farmácias do território e o objectivo é garantirem aos residentes o acesso às mesmas. Os preços são estipulados pelo Governo e cada residente apenas pode comprar 10 máscaras por cada 10 dias.
“Houve turistas e pessoas que compraram 50 caixas de máscaras de uma vez. Por isso encomendámos 20 milhões de máscaras que vão chegar ainda antes do Ano Novo Chinês e que só estão disponíveis para residentes”, revelou Lei Chin Ion.
O director dos Serviços de Saúde desvalorizou igualmente o facto de os trabalhadores não-residentes não poderem ter acesso às máscaras: “Não vai haver nenhuma limitação, os não-residentes vão poder comprar os outros produtos, que estão no mercado normal”, frisou.
Ainda sobre este aspecto, Lam Chong, Chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença, foi questionado sobre o perigo de vários trabalhadores não-residentes lidarem directamente com crianças e idosos poderem ficar afastados da compra de máscaras: “O nosso objectivo é garantir que os residentes têm o acesso às máscaras”, limitou-se a responder.

23 Jan 2020

Epidemia de Wuhan | Turista de 52 anos trouxe o primeiro caso para o território

Com a oficialização do primeiro caso da pneumonia de Wuhan no território seguiu-se uma corrida às máscaras. Segundo os SSM, entre os oito fornecedores apenas um tinha stock disponível. Ontem à noite havia ainda outros quatro casos suspeitos

 

[dropcap]U[/dropcap]ma turista de 52 anos que viajou para Macau no dia 19 de Janeiro, vinda de Wuhan, é o primeiro caso no território da epidemia que até ontem já tinha feito nove mortos, todos no Interior da China. A primeira ocorrência em Macau da nova doença foi anunciada ontem pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieng U, numa conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, que teve lugar na sede do Governo.

“Ontem à noite registámos o primeiro caso confirmado [de pneumonia de Wuhan]. É um caso importado por uma visitante de Wuhan, que foi diagnosticada com o coronavírus. Fizemos dois testes e o resultado foi positivo”, anunciou a secretária. “Quando a mulher chegou a Macau não tinha sintomas óbvios de febre, nem os manifestou no hospital. Os sintomas que apresentava eram uma dor de garganta e tosse, que já durava há uma semana”, acrescentou.

Em Macau, a mulher entrou pelas Portas do Cerco, por volta das 22h00 de domingo, tendo depois apanhado um autocarro shuttle da Galaxy, acabando no hotel e casino Landmark, onde ficou hospedada. Segundo a informação oficial, a doente apenas deixou o hotel e as mesas do casino para ir a restaurantes nas zonas adjacentes ao edifício.

Foi já na terça-feira à tarde, quando estava em Macau há quase dois dias, que a comerciante de Wuhan se sentiu mal e se deslocou ao Hospital Conde São Januária, com tosse e dores de garganta. Na instituição foi logo classificada pelo paciente de “alto risco”, revelou Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde, e os dois exames feitos pelo pessoal médico confirmaram a existência do coronavírus.

A mulher infectada viajou com outros dois amigos que se encontravam no mesmo hotel e que estão isolados no Hospital Conde São Januário. Este casal conviveu igualmente com uma outra mulher, que também foi isolada. Os três vão permanecer durante 14 dias em isolamento, que corresponde ao período de incubação da pneumonia de Wuhan.

Além destes três casos suspeitos, há um outro, assinalado desde terça-feira, que diz respeito a um homem com cerca de 60 anos. Em todas as outras situações identificadas na terça-feira a hipótese de contágio foi afastada.

Doença confirmada

Ainda sobre o caso da mulher, Lei Chin Ion apontou que não considera o risco de transmissão “muito alto”, uma vez que a doença foi detectada numa fase inicial, quando ainda nem havia febre.

“A declaração que o risco de transmissão não é muito alto tem por base o diagnóstico médico. O nível de transmissão tem em conta o nível da gravidade do paciente. Se apresentou sintomas graves, como tosse contínua, muitos vírus no corpo ou corrimento nasal então dizemos que existe um alto risco de contágio”, justificou o director dos SSM. “Mas neste paciente a situação não era assim tão grave, apresentou tosse, dor de garganta, mas não tinha febre, nem sintomas no sistema respiratório, por isso consideramos que o nível de transmissão não é assim tão elevado”, clarificou.

Medidas em curso

Após ter sido divulgado o primeiro caso em Macau, o Executivo apresentou igualmente um conjunto de medidas com o objectivo de prevenir mais casos e evitar um surto no território, tal como acontece no Interior.

No que diz respeito aos departamentos governamentais, Ao Ieng U anunciou que vai haver controlos de temperatura e que vai ser obrigatório a utilização de máscara para as pessoas na linha da frente. O mesmo acontece em todas as mesas de jogo da RAEM em que a utilização de máscara passou a ser obrigatória, apesar de na tarde de ontem nem todos os croupiers estarem a utilizá-las.

Também as escolas, que tiveram ontem uma reunião de emergência com a Direcção de Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), vão ter instruções para aplicarem, após as férias do Ano Novo Chinês.

O Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) vai igualmente conduzir operações de limpeza frequentes em paragens de autocarros, de táxis, assim como nos mercados municipais e casas-de-banho públicas. Já nas Portas do Cerco a limpeza por parte do IAM vai também ser diária.

Por sua vez, a Direcção de Serviços de Turismo vai medir a temperatura dos trabalhadores durante as grandes festividades de Ano Novo Chinês, mas afastou, por enquanto, a possibilidade de aconselhar as pessoas a evitarem multidões e grandes eventos. No entanto, a secretária pediu às pessoas que se sintam mal que não frequentem os espaços, ou que o façam usando máscara.

Camas de isolamento insuficientes

Os dois locais da RAEM prontos para isolar eventuais pacientes só têm capacidade para 180 pessoas. Os números foram avançados ontem por Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde de Macau. Face ao número de pessoas a viver em Macau registados no final do terceiro trimestre do ano passado, que era de cerca de 676.100, o número de camas disponíveis não chega nem para 1 por cento, ficando-se nos 0,03 por cento. Se for tido em conta o número de turistas que entra em Macau durante o período do Ano Novo Chinês, o número cai ainda mais.

23 Jan 2020

Epidemia de Wuhan | Turista de 52 anos trouxe o primeiro caso para o território

Com a oficialização do primeiro caso da pneumonia de Wuhan no território seguiu-se uma corrida às máscaras. Segundo os SSM, entre os oito fornecedores apenas um tinha stock disponível. Ontem à noite havia ainda outros quatro casos suspeitos

 
[dropcap]U[/dropcap]ma turista de 52 anos que viajou para Macau no dia 19 de Janeiro, vinda de Wuhan, é o primeiro caso no território da epidemia que até ontem já tinha feito nove mortos, todos no Interior da China. A primeira ocorrência em Macau da nova doença foi anunciada ontem pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieng U, numa conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, que teve lugar na sede do Governo.
“Ontem à noite registámos o primeiro caso confirmado [de pneumonia de Wuhan]. É um caso importado por uma visitante de Wuhan, que foi diagnosticada com o coronavírus. Fizemos dois testes e o resultado foi positivo”, anunciou a secretária. “Quando a mulher chegou a Macau não tinha sintomas óbvios de febre, nem os manifestou no hospital. Os sintomas que apresentava eram uma dor de garganta e tosse, que já durava há uma semana”, acrescentou.
Em Macau, a mulher entrou pelas Portas do Cerco, por volta das 22h00 de domingo, tendo depois apanhado um autocarro shuttle da Galaxy, acabando no hotel e casino Landmark, onde ficou hospedada. Segundo a informação oficial, a doente apenas deixou o hotel e as mesas do casino para ir a restaurantes nas zonas adjacentes ao edifício.
Foi já na terça-feira à tarde, quando estava em Macau há quase dois dias, que a comerciante de Wuhan se sentiu mal e se deslocou ao Hospital Conde São Januária, com tosse e dores de garganta. Na instituição foi logo classificada pelo paciente de “alto risco”, revelou Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde, e os dois exames feitos pelo pessoal médico confirmaram a existência do coronavírus.
A mulher infectada viajou com outros dois amigos que se encontravam no mesmo hotel e que estão isolados no Hospital Conde São Januário. Este casal conviveu igualmente com uma outra mulher, que também foi isolada. Os três vão permanecer durante 14 dias em isolamento, que corresponde ao período de incubação da pneumonia de Wuhan.
Além destes três casos suspeitos, há um outro, assinalado desde terça-feira, que diz respeito a um homem com cerca de 60 anos. Em todas as outras situações identificadas na terça-feira a hipótese de contágio foi afastada.

Doença confirmada

Ainda sobre o caso da mulher, Lei Chin Ion apontou que não considera o risco de transmissão “muito alto”, uma vez que a doença foi detectada numa fase inicial, quando ainda nem havia febre.
“A declaração que o risco de transmissão não é muito alto tem por base o diagnóstico médico. O nível de transmissão tem em conta o nível da gravidade do paciente. Se apresentou sintomas graves, como tosse contínua, muitos vírus no corpo ou corrimento nasal então dizemos que existe um alto risco de contágio”, justificou o director dos SSM. “Mas neste paciente a situação não era assim tão grave, apresentou tosse, dor de garganta, mas não tinha febre, nem sintomas no sistema respiratório, por isso consideramos que o nível de transmissão não é assim tão elevado”, clarificou.

Medidas em curso

Após ter sido divulgado o primeiro caso em Macau, o Executivo apresentou igualmente um conjunto de medidas com o objectivo de prevenir mais casos e evitar um surto no território, tal como acontece no Interior.
No que diz respeito aos departamentos governamentais, Ao Ieng U anunciou que vai haver controlos de temperatura e que vai ser obrigatório a utilização de máscara para as pessoas na linha da frente. O mesmo acontece em todas as mesas de jogo da RAEM em que a utilização de máscara passou a ser obrigatória, apesar de na tarde de ontem nem todos os croupiers estarem a utilizá-las.
Também as escolas, que tiveram ontem uma reunião de emergência com a Direcção de Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), vão ter instruções para aplicarem, após as férias do Ano Novo Chinês.
O Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) vai igualmente conduzir operações de limpeza frequentes em paragens de autocarros, de táxis, assim como nos mercados municipais e casas-de-banho públicas. Já nas Portas do Cerco a limpeza por parte do IAM vai também ser diária.
Por sua vez, a Direcção de Serviços de Turismo vai medir a temperatura dos trabalhadores durante as grandes festividades de Ano Novo Chinês, mas afastou, por enquanto, a possibilidade de aconselhar as pessoas a evitarem multidões e grandes eventos. No entanto, a secretária pediu às pessoas que se sintam mal que não frequentem os espaços, ou que o façam usando máscara.

Camas de isolamento insuficientes

Os dois locais da RAEM prontos para isolar eventuais pacientes só têm capacidade para 180 pessoas. Os números foram avançados ontem por Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde de Macau. Face ao número de pessoas a viver em Macau registados no final do terceiro trimestre do ano passado, que era de cerca de 676.100, o número de camas disponíveis não chega nem para 1 por cento, ficando-se nos 0,03 por cento. Se for tido em conta o número de turistas que entra em Macau durante o período do Ano Novo Chinês, o número cai ainda mais.

23 Jan 2020

Coreia do Norte fecha fronteiras para evitar propagação de vírus chinês – agência de viagens

[dropcap]A[/dropcap] Coreia do Norte vai encerrar temporariamente as fronteiras para se proteger do novo coronavírus detetado na China, informou ontem uma agência de viagens chinesa especializada em excursões ao país. Os chineses representam a esmagadora maioria dos turistas que chegam à Coreia do Norte, tendo o número de visitantes aumentado no ano passado devido à aproximação diplomática entre os dois países.

Pyongyang “fechará temporariamente as fronteiras a todos os turistas estrangeiros como medida de prevenção contra o coronavírus”, lê-se num comunicado da agência de viagens Young Pioneer Tours.

Vários países têm reforçado o controlo nos aeroportos devido ao vírus detetado no mês passado em Wuhan, cidade do centro da China, que provoca pneumonias virais e já causou nove mortos entre as mais de 440 pessoas infectadas.

Fora da China, foram já confirmados casos do novo coronavírus entre viajantes chineses na Coreia do Sul, Japão, Tailândia, Taiwan e Estados Unidos, todos oriundos de Wuhan.

Citada pela agência de notícias France-Presse (AFP), a agência norte-coreana de viagens Koryo Tours disse ter sido “informada de que a medida [encerramento das fronteiras] está a ser considerada”, mas ainda não confirmou a decisão.

Também hoje o jornal norte-coreano Rodong Sinmun não deu a conhecer nenhuma medida especial aplicada pelo regime face ao vírus chinês, mencionando apenas que este “se espalhou rapidamente” e que as autoridades chinesas tomaram “medidas equivalentes”.

Outros surtos já levaram Pyongyang a fechar as fronteiras: em outubro de 2014, o regime aplicou a mesma medida para se proteger do vírus Ébola, apesar de não ter sido detetado nenhum caso na Ásia.

Já durante o surto SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong, suspendera excursões ao estrangeiro.

22 Jan 2020

Governo confirma primeiro caso de Pneumonia de Wuhan em Macau

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Macau confirmaram esta manhã o primeiro caso de Pneumonia de Wuhan, que já matou nove pessoas no Interior da China. Trata-se de uma mulher natural de Wuhan com 52 anos, que entrou no território no domingo à noite, por volta das 23h, e que se deslocou ao hotel Landmark, onde terá ficado hospedada.

Durante a estadia a mulher terá igualmente frequentado restaurantes daquela zona.

Depois de se sentir doente, a mulher que viajava com dois amigos, deslocou-se ao hospital ontem, onde lhe foi diagnosticada a doença. Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde, afirmou que a doença foi detectada numa fase inicial, porque a mulher ainda não apresentava febre, o que faz com que o risco de contágio não seja tão elevado.

Além do caso confirmado, as autoridades têm os dois amigos da mulher em isolamento no Hospital Conde São Januário, onde vão permanecer durante 14 dias, o período de incubação. Caso não apresentam a doença após esse período vão ter alta.

Esta manhã foram confirmadas nove mortes pelas autoridades chinesas, assim como um total de 440 infecções.

22 Jan 2020

Wuhan | Governo acciona medidas especiais e cria Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus

Ao Ieong U apelou à população para que não se preocupe com a nova epidemia porque o Governo promete tomar as “medidas necessárias”. No entanto, admite que a pneumonia pode mesmo chegar a Macau. Os três infectados em Zhuhai encontram-se no outro lado da fronteira desde o dia 2 de Janeiro, depois de terem voado do epicentro da doença, que já vitimou quatro pessoas no Interior da China

 

[dropcap]E[/dropcap]m resposta à escalada do número de pessoas infectadas com a pneumonia de Wuhan, o Chefe do Executivo anunciou ontem a criação do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus para lidar com a situação. Além do centro, que é liderada por Ho Iat Seng e pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultural, Ao Ieong U, entram hoje em vigor novas medidas no Aeroporto Internacional de Macau, que passa a medir a temperatura de todas as pessoas vindos do Interior da China.

O centro foi criado ontem e apresentado por Ao Ieong U, em conferência de impensa, depois de se ter ficado a conhecer o caso de uma família infectada em Zhuhai. Segundo informações oficiais, os três infectados estiveram em Wuhan e regressaram a Zhuhai no passado dia 2 de Janeiro. Porém, apenas na segunda-feira à noite foi confirmado o caso.

Face a este cenário, a secretária admitiu a hipótese de haver infecções em Macau, mas apelou à população que não se preocupe porque o Governo vai desempenhar a suas funções: “Nos últimos dois dias foram confirmados mais casos no Interior. Também em Zhuhai há uma família infectada. Por isso, existe a probabilidade que a doença chegue a Macau e temos de ser cada vez mais cautelosos. Foi por isso que foi criado o Centro de Coordenação. É uma das medidas especiais para fazer face à doença”, começou por explicar Ao Ieong U. “A população não tem de ficar preocupada com este novo tipo de coronavírus porque o Governo vai tomar as medidas necessárias, assim como vai divulgar as informações de forma atempada”, prometeu.

A outra medida avançada passa pelo rastreio da febre a todos os turistas vindos do Interior da China através do Aeroporto Internacional de Macau, assim como o preenchimento de uma declaração sobre o lugar que ocuparam e outros dados, como a eventual estadia em Wuhan.

No caso das pessoas que vêm do epicentro da epidemia, o rastreio da febre é feito de duas formas, não só a partir da saída do aeroporto, onde há equipamentos para o efeito, mas também com equipas médicas a entrarem nos aviões para fazerem a medição pessoa a pessoa.

Confiança em Zhuhai

Apesar da fronteira das Portas do Cerco ser o principal posto de entrada em Macau, até ontem não estavam previstas medidas especiais do lado de cá, além do reforço do pessoal para o rastreio da febre, durante as celebrações do Ano Novo Chinês.

Actualmente já existe medição da temperatura das pessoas que entram, assim como para os veículos privados que atravessam a fronteira.

Ontem, estas medidas eram consideradas suficientes, o que Lam Chong, chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença, também justificou com a confiança de Macau nas autoridades de Zhuhai.
“Não estão previstas novas medidas para as Portas do Cerco, não só porque acreditamos nas autoridades de Zhuhai, como também porque temos medição de temperatura para os turistas e para os passageiros que entram nos veículos privados. Se houver alguma suspeita de infecção, o caso vai ser diagnosticado”, afirmou o responsável.

Lam Chong indicou também que o posto de Gongbei vai estar em cima dos turistas e que se houver suspeitas vai reter as pessoas: “No posto fronteiriço do lado de Zhuhai vai haver igualmente o rastreio de febre. Se houver casos identificados, o suspeito de infecção vai ser aconselhado a não sair do Interior para Macau”, explicou.

Férias e operações suspensas

Para fazer face a um eventual surto, os Serviços de Saúde vão suspender os procedimentos médicos agendados considerados não-urgentes e impedir que os trabalhadores vão de férias. As intervenções que serão suspensas ainda não estão decididas e só deverão ser anunciadas nos próximos dias.

“Os dirigentes dos Serviços de Saúde vão suspender as suas férias e as equipas têm de ter uma lista de trabalhadores para responder a esta doença. Os trabalhos não relacionados com esta epidemia, como cirurgias, vão igualmente ser suspensos”, anunciou Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde (SSM).

Ontem, ficou igualmente a saber-se que em Wuhan 15 dos infectados fazem parte das equipas médicas que lidaram com pacientes. Contudo, Lam Chong garantiu que o pessoal médico local está preparado para lidar com a situação. “Sempre tivemos em conta a possibilidade de haver transmissão entre humanos. Por isso adoptámos as medidas de protecção mais exigentes. Tivemos casos suspeitos de infecção e já organizamos uma sala própria para o diagnóstico. Todo o nosso pessoal já tinha vestido o uniforme de protecção para prestar o auxilio aos pacientes, assim como as máscaras de M5, para evitar o contágio entre humanos”, garantiu.

O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus vai estar activo 24 horas por dia e vai emitir as informações sobre o número de casos às 17h00 de cada dia.

Aviso contra rumores

Com a criação do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus o Governo passa a poder aplicar medidas especiais para controlar a situação. Durante a aplicação dessas medidas quem proferir rumores pode ser punido com uma pena de prisão que pode chegar a um ano. Por esse motivo, também a secretária deixou o alerta e pediu às pessoas que não acreditem nas redes sociais: “Os cidadãos não devem só ouvir e acreditar nas informações não confirmadas ou que circulem pelas redes sociais”, apelou. Ao Ieong U apontou ainda que Centro de Coordenação vai emitir todas as informações “necessárias”.

Ambulância, em caso de suspeita

Lam Chong apelou à população que no caso de suspeitar estar infectada pela pneumonia de Wuhan que chame uma ambulância para se deslocar ao hospital e que evite os transportes públicos. O responsável sublinhou ainda a necessidade dos eventuais infectados utilizarem máscaras. Por outro lado, o responsável não afastou a hipótese de ser a saliva a espalhar a doença, pelo que apelou às pessoas que pratiquem uma boa higiene pessoal e que usem máscara no dia-a-dia.

 

Autoridades admitem 6 mortes e 291 infectados

Governo Central apela a governantes que evitem SARS e não escondam casos

As autoridades chinesas confirmaram ontem a morte de mais duas pessoas, o que eleva o número de vítimas da pneumonia de Wuhan para seis, desde que a epidemia rebentou em Dezembro. Além disso, o número de casos confirmados subiu para 291, entre os quais 270 em Hubei, província que inclui Wuhan, e 21 em outras regiões como Pequim, Xangai e Cantão. Entre os locais com casos registados, encontram-se Zhuhai e Shenzhen. Além destes números, também Taiwan confirmou ontem à noite um caso, de uma mulher que chegou à Formosa vinda de Wuhan.

No entanto, um estudo apresentado ontem pela Universidade de Hong Kong, com base nos dados disponíveis do Governo Central, aponta para que cerca de 1.343 pessoas tenham sido infectadas, com o vírus a chegar a outras 20 cidades, além das mencionadas. Já na passada semana, um outro estudo, de um académico britânico, tinha avançado a possibilidade de o número de infectados ser superior a 1.700. O cálculo teve por base uma fórmula matemática sobre o contacto com que as pessoas infectadas poderiam ter estado, nomeadamente o caso que foi exportado para a Tailândia.

Pilar da vergonha

Ontem, o órgão superior de Pequim que garante a execução da lei da ordem pública, denominado Comissão para as Políticas Centrais e Assuntos Legais, publicou mesmo um texto nas redes sociais a apelar aos governantes locais para que não escondam potenciais casos, como aconteceu em 2003, com a epidemia da SARS, que vitimou mais de 700 pessoas.

“Qualquer pessoa que coloque a sua carreira política à frente dos interesses da população vai ser o pecador de um milénio para o partido e para a população”, é escrito, de acordo com South China Morning Post.

“Qualquer pessoa que atrase e esconda o relato de casos devido aos interesses próprios vai ser pregado ao pilar da vergonha para a eternidade”, é acrescentado.

Fora da China foram identificados quatro casos, importados, na Tailândia, Japão e Coreia do Sul. Na Austrália um homem foi igualmente colocado em quarentena na cidade Brisbane, por se suspeitar que está infectado, uma vez que esteve recentemente em Wuhan.

Esta realidade levou a que vários países tenham reforçado as medidas de controlo para os voos com origem em Wuhan e na China, como os Estados Unidos.

22 Jan 2020

Wuhan | Governo acciona medidas especiais e cria Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus

Ao Ieong U apelou à população para que não se preocupe com a nova epidemia porque o Governo promete tomar as “medidas necessárias”. No entanto, admite que a pneumonia pode mesmo chegar a Macau. Os três infectados em Zhuhai encontram-se no outro lado da fronteira desde o dia 2 de Janeiro, depois de terem voado do epicentro da doença, que já vitimou quatro pessoas no Interior da China

 
[dropcap]E[/dropcap]m resposta à escalada do número de pessoas infectadas com a pneumonia de Wuhan, o Chefe do Executivo anunciou ontem a criação do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus para lidar com a situação. Além do centro, que é liderada por Ho Iat Seng e pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultural, Ao Ieong U, entram hoje em vigor novas medidas no Aeroporto Internacional de Macau, que passa a medir a temperatura de todas as pessoas vindos do Interior da China.
O centro foi criado ontem e apresentado por Ao Ieong U, em conferência de impensa, depois de se ter ficado a conhecer o caso de uma família infectada em Zhuhai. Segundo informações oficiais, os três infectados estiveram em Wuhan e regressaram a Zhuhai no passado dia 2 de Janeiro. Porém, apenas na segunda-feira à noite foi confirmado o caso.
Face a este cenário, a secretária admitiu a hipótese de haver infecções em Macau, mas apelou à população que não se preocupe porque o Governo vai desempenhar a suas funções: “Nos últimos dois dias foram confirmados mais casos no Interior. Também em Zhuhai há uma família infectada. Por isso, existe a probabilidade que a doença chegue a Macau e temos de ser cada vez mais cautelosos. Foi por isso que foi criado o Centro de Coordenação. É uma das medidas especiais para fazer face à doença”, começou por explicar Ao Ieong U. “A população não tem de ficar preocupada com este novo tipo de coronavírus porque o Governo vai tomar as medidas necessárias, assim como vai divulgar as informações de forma atempada”, prometeu.
A outra medida avançada passa pelo rastreio da febre a todos os turistas vindos do Interior da China através do Aeroporto Internacional de Macau, assim como o preenchimento de uma declaração sobre o lugar que ocuparam e outros dados, como a eventual estadia em Wuhan.
No caso das pessoas que vêm do epicentro da epidemia, o rastreio da febre é feito de duas formas, não só a partir da saída do aeroporto, onde há equipamentos para o efeito, mas também com equipas médicas a entrarem nos aviões para fazerem a medição pessoa a pessoa.

Confiança em Zhuhai

Apesar da fronteira das Portas do Cerco ser o principal posto de entrada em Macau, até ontem não estavam previstas medidas especiais do lado de cá, além do reforço do pessoal para o rastreio da febre, durante as celebrações do Ano Novo Chinês.
Actualmente já existe medição da temperatura das pessoas que entram, assim como para os veículos privados que atravessam a fronteira.
Ontem, estas medidas eram consideradas suficientes, o que Lam Chong, chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença, também justificou com a confiança de Macau nas autoridades de Zhuhai.
“Não estão previstas novas medidas para as Portas do Cerco, não só porque acreditamos nas autoridades de Zhuhai, como também porque temos medição de temperatura para os turistas e para os passageiros que entram nos veículos privados. Se houver alguma suspeita de infecção, o caso vai ser diagnosticado”, afirmou o responsável.
Lam Chong indicou também que o posto de Gongbei vai estar em cima dos turistas e que se houver suspeitas vai reter as pessoas: “No posto fronteiriço do lado de Zhuhai vai haver igualmente o rastreio de febre. Se houver casos identificados, o suspeito de infecção vai ser aconselhado a não sair do Interior para Macau”, explicou.

Férias e operações suspensas

Para fazer face a um eventual surto, os Serviços de Saúde vão suspender os procedimentos médicos agendados considerados não-urgentes e impedir que os trabalhadores vão de férias. As intervenções que serão suspensas ainda não estão decididas e só deverão ser anunciadas nos próximos dias.
“Os dirigentes dos Serviços de Saúde vão suspender as suas férias e as equipas têm de ter uma lista de trabalhadores para responder a esta doença. Os trabalhos não relacionados com esta epidemia, como cirurgias, vão igualmente ser suspensos”, anunciou Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde (SSM).
Ontem, ficou igualmente a saber-se que em Wuhan 15 dos infectados fazem parte das equipas médicas que lidaram com pacientes. Contudo, Lam Chong garantiu que o pessoal médico local está preparado para lidar com a situação. “Sempre tivemos em conta a possibilidade de haver transmissão entre humanos. Por isso adoptámos as medidas de protecção mais exigentes. Tivemos casos suspeitos de infecção e já organizamos uma sala própria para o diagnóstico. Todo o nosso pessoal já tinha vestido o uniforme de protecção para prestar o auxilio aos pacientes, assim como as máscaras de M5, para evitar o contágio entre humanos”, garantiu.
O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus vai estar activo 24 horas por dia e vai emitir as informações sobre o número de casos às 17h00 de cada dia.

Aviso contra rumores

Com a criação do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus o Governo passa a poder aplicar medidas especiais para controlar a situação. Durante a aplicação dessas medidas quem proferir rumores pode ser punido com uma pena de prisão que pode chegar a um ano. Por esse motivo, também a secretária deixou o alerta e pediu às pessoas que não acreditem nas redes sociais: “Os cidadãos não devem só ouvir e acreditar nas informações não confirmadas ou que circulem pelas redes sociais”, apelou. Ao Ieong U apontou ainda que Centro de Coordenação vai emitir todas as informações “necessárias”.

Ambulância, em caso de suspeita

Lam Chong apelou à população que no caso de suspeitar estar infectada pela pneumonia de Wuhan que chame uma ambulância para se deslocar ao hospital e que evite os transportes públicos. O responsável sublinhou ainda a necessidade dos eventuais infectados utilizarem máscaras. Por outro lado, o responsável não afastou a hipótese de ser a saliva a espalhar a doença, pelo que apelou às pessoas que pratiquem uma boa higiene pessoal e que usem máscara no dia-a-dia.
 

Autoridades admitem 6 mortes e 291 infectados

Governo Central apela a governantes que evitem SARS e não escondam casos

As autoridades chinesas confirmaram ontem a morte de mais duas pessoas, o que eleva o número de vítimas da pneumonia de Wuhan para seis, desde que a epidemia rebentou em Dezembro. Além disso, o número de casos confirmados subiu para 291, entre os quais 270 em Hubei, província que inclui Wuhan, e 21 em outras regiões como Pequim, Xangai e Cantão. Entre os locais com casos registados, encontram-se Zhuhai e Shenzhen. Além destes números, também Taiwan confirmou ontem à noite um caso, de uma mulher que chegou à Formosa vinda de Wuhan.
No entanto, um estudo apresentado ontem pela Universidade de Hong Kong, com base nos dados disponíveis do Governo Central, aponta para que cerca de 1.343 pessoas tenham sido infectadas, com o vírus a chegar a outras 20 cidades, além das mencionadas. Já na passada semana, um outro estudo, de um académico britânico, tinha avançado a possibilidade de o número de infectados ser superior a 1.700. O cálculo teve por base uma fórmula matemática sobre o contacto com que as pessoas infectadas poderiam ter estado, nomeadamente o caso que foi exportado para a Tailândia.

Pilar da vergonha

Ontem, o órgão superior de Pequim que garante a execução da lei da ordem pública, denominado Comissão para as Políticas Centrais e Assuntos Legais, publicou mesmo um texto nas redes sociais a apelar aos governantes locais para que não escondam potenciais casos, como aconteceu em 2003, com a epidemia da SARS, que vitimou mais de 700 pessoas.
“Qualquer pessoa que coloque a sua carreira política à frente dos interesses da população vai ser o pecador de um milénio para o partido e para a população”, é escrito, de acordo com South China Morning Post.
“Qualquer pessoa que atrase e esconda o relato de casos devido aos interesses próprios vai ser pregado ao pilar da vergonha para a eternidade”, é acrescentado.
Fora da China foram identificados quatro casos, importados, na Tailândia, Japão e Coreia do Sul. Na Austrália um homem foi igualmente colocado em quarentena na cidade Brisbane, por se suspeitar que está infectado, uma vez que esteve recentemente em Wuhan.
Esta realidade levou a que vários países tenham reforçado as medidas de controlo para os voos com origem em Wuhan e na China, como os Estados Unidos.

22 Jan 2020

Pneumonia de Wuhan | Governo garante poderes para forçar quarentena

Leong Iek Hou, médica, pediu à população para não ficar nervosa uma vez que ainda não existem provas que a pneumonia de Wuhan se possa transmitir entre humanos

 

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades têm poderes para forçar qualquer turista a ser colocado de quarentena, mesmo que este se oponha. A garantia foi deixada por Leong Iek Hou, médica e coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças, na manhã de ontem em entrevista ao canal chinês da Rádio Macau.

Segundo a profissional dos Serviços de Saúde, o Governo já tem as leis necessárias para exigir que turistas, ou mesmo residentes, façam exames médicos caso se desconfie de infecções contagiosas. Leong Iek Hou explicou igualmente que as pessoas que apresentem sintomas de febre e tenham estado nos últimos 14 dias na cidade de Wuhan vão ser obrigadas a fazer todos os testes necessários de forma a garantir a segurança pública.

Os responsáveis do Governo estiveram no programa da manhã da TDM a responder às dúvidas dos ouvintes e explicar as diferenças entre a legislação da RAEM e da RAEHK. No caso de Hong Kong, o Executivo não tem ainda mecanismos para forçar os pacientes a serem colocados de quarentena, o que gerou preocupação entre os residentes de Macau.

No entanto, o coordenador do Centro de Controle de Doenças, Lam Chong, clarificou que a lei local permite que as medidas de quarentena e exames forçados sejam adoptadas no caso de se registarem “situações susceptíveis de pôr em risco ou causar prejuízos à saúde individual ou colectiva”.

Sobre as medidas de prevenção, Lam Chong desvalorizou a utilização de máscaras por considerar que a maior parte das que se encontra à venda não permitir evitar a contaminação. O profissional de saúde admitiu que máscaras do tipo N95 podem ser eficazes, mas que estas se destinam principalmente à utilização médica. Ainda em relação a medidas de prevenção, Lam Chong apontou que face às máscaras, a limpeza dos espaços e a lavagem das mãos podem ser mais eficazes.

Sem provas

Por sua vez, o jornal Exmoo cita a médica Leong Iek Hou a pedir à população para não ficar nervosa uma vez que não há provas que a pneumonia de Wuhan seja transmissível entre humanos.

A profissional de saúde afirmou também que as pessoas com boa saúde não precisam de utilizar máscaras, a não ser no caso de se deslocarem a zonas de “alto risco”.

Segundo os dados das autoridades do Interior citados pelo Centro de Controlo de Doença até domingo tinham sido registados 59 casos da pneumonia de Wuhan, entre os quais sete eram graves. A maioria dos pacientes tinham apresentado melhorias, apesar de se desconhecer a origem da doença.

Também ontem foi revelado pelo Grupo de Trabalho Interdepartamental para a Pneumonia de Origem Desconhecida que a mulher que se encontrava em quarentena com sintomas de gripe teve alta. De acordo com as informações, a mulher não apresentava febre há dois dias, apenas tosse.

Desde o início do ano foram registados oito casos de pessoas em Macau com sintomas de febre que tinham estado em Wuhan. Todas acabaram por ter alta, depois de se excluir a relação com a pneumonia.

Governo nega que máscaras estejam esgotadas

Os Serviços de Saúde emitiram ontem um comunicado a negar que as máscaras estejam esgotadas nas farmácias do território, depois de começar a circular um rumor nesse aspecto. De acordo com os números apresentados, a maioria das 294 farmácias tinha máscaras consideradas em número “suficiente” e apenas oito por cento tinham esgotado este produto, ou seja, cerca de 24 estabelecimentos. O Governo enfatizou também que as pessoas sem complicações de saúde não necessitam de utilizar máscara e que o cuidado principal é prestarem atenção à higiene pessoal.

9 Jan 2020

Pneumonia de Wuhan | Governo garante poderes para forçar quarentena

Leong Iek Hou, médica, pediu à população para não ficar nervosa uma vez que ainda não existem provas que a pneumonia de Wuhan se possa transmitir entre humanos

 
[dropcap]A[/dropcap]s autoridades têm poderes para forçar qualquer turista a ser colocado de quarentena, mesmo que este se oponha. A garantia foi deixada por Leong Iek Hou, médica e coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças, na manhã de ontem em entrevista ao canal chinês da Rádio Macau.
Segundo a profissional dos Serviços de Saúde, o Governo já tem as leis necessárias para exigir que turistas, ou mesmo residentes, façam exames médicos caso se desconfie de infecções contagiosas. Leong Iek Hou explicou igualmente que as pessoas que apresentem sintomas de febre e tenham estado nos últimos 14 dias na cidade de Wuhan vão ser obrigadas a fazer todos os testes necessários de forma a garantir a segurança pública.
Os responsáveis do Governo estiveram no programa da manhã da TDM a responder às dúvidas dos ouvintes e explicar as diferenças entre a legislação da RAEM e da RAEHK. No caso de Hong Kong, o Executivo não tem ainda mecanismos para forçar os pacientes a serem colocados de quarentena, o que gerou preocupação entre os residentes de Macau.
No entanto, o coordenador do Centro de Controle de Doenças, Lam Chong, clarificou que a lei local permite que as medidas de quarentena e exames forçados sejam adoptadas no caso de se registarem “situações susceptíveis de pôr em risco ou causar prejuízos à saúde individual ou colectiva”.
Sobre as medidas de prevenção, Lam Chong desvalorizou a utilização de máscaras por considerar que a maior parte das que se encontra à venda não permitir evitar a contaminação. O profissional de saúde admitiu que máscaras do tipo N95 podem ser eficazes, mas que estas se destinam principalmente à utilização médica. Ainda em relação a medidas de prevenção, Lam Chong apontou que face às máscaras, a limpeza dos espaços e a lavagem das mãos podem ser mais eficazes.

Sem provas

Por sua vez, o jornal Exmoo cita a médica Leong Iek Hou a pedir à população para não ficar nervosa uma vez que não há provas que a pneumonia de Wuhan seja transmissível entre humanos.
A profissional de saúde afirmou também que as pessoas com boa saúde não precisam de utilizar máscaras, a não ser no caso de se deslocarem a zonas de “alto risco”.
Segundo os dados das autoridades do Interior citados pelo Centro de Controlo de Doença até domingo tinham sido registados 59 casos da pneumonia de Wuhan, entre os quais sete eram graves. A maioria dos pacientes tinham apresentado melhorias, apesar de se desconhecer a origem da doença.
Também ontem foi revelado pelo Grupo de Trabalho Interdepartamental para a Pneumonia de Origem Desconhecida que a mulher que se encontrava em quarentena com sintomas de gripe teve alta. De acordo com as informações, a mulher não apresentava febre há dois dias, apenas tosse.
Desde o início do ano foram registados oito casos de pessoas em Macau com sintomas de febre que tinham estado em Wuhan. Todas acabaram por ter alta, depois de se excluir a relação com a pneumonia.

Governo nega que máscaras estejam esgotadas

Os Serviços de Saúde emitiram ontem um comunicado a negar que as máscaras estejam esgotadas nas farmácias do território, depois de começar a circular um rumor nesse aspecto. De acordo com os números apresentados, a maioria das 294 farmácias tinha máscaras consideradas em número “suficiente” e apenas oito por cento tinham esgotado este produto, ou seja, cerca de 24 estabelecimentos. O Governo enfatizou também que as pessoas sem complicações de saúde não necessitam de utilizar máscara e que o cuidado principal é prestarem atenção à higiene pessoal.

9 Jan 2020