Hoje Macau China / ÁsiaEmbaixada das Honduras inaugurada em Pequim Pouco depois do rompimento das relações com Taiwan, as Honduras inauguraram uma embaixada no país. A China saúda a iniciativa dizendo tratar-se de uma decisão correcta e que “está de acordo com os interesses de ambos os países” Honduras inaugurou ontem uma embaixada em Pequim, três meses depois de o país centro-americano ter estabelecido relações diplomáticas com a China, em detrimento de Taiwan. O ministro dos Negócios Estrangeiros hondurenho, Eduardo Enrique Reina, e o seu homólogo chinês, Qin Gang, oficializaram a inauguração ao descerrar uma placa, na presença da Presidente de Honduras, Xiomara Castro. Reina disse tratar-se de um evento “histórico” e destacou “as importantes reuniões de mais alto nível” que Castro realizou desde o início da sua visita oficial à China, na quinta-feira, avançou o governo das Honduras na rede social Twitter. O cientista Salvador Moncada, que estava radicado em Londres, será o primeiro embaixador das Honduras na China, confirmou ontem o ministro hondurenho. “Estabelecer relações com a República Popular da China foi uma decisão corajosa, trata-se também de reconhecer os seus esforços como país para criar melhores condições de vida para milhões de pessoas”, disse Reina. O diplomata hondurenho acrescentou que espera “avançar nas negociações para um acordo de livre comércio” e “participar nas iniciativas multilaterais da China, como Uma Faixa, Uma Rota, ou as recentes iniciativas globais” do país asiático. O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Qin Gang, indicou durante o evento que o rápido desenvolvimento das relações demonstrou que a decisão das Honduras de romper relações com Taiwan é correcta e que “está de acordo com os interesses de ambos os países”. Cinco estrelas A China inaugurou a 5 de Junho a sua embaixada nas Honduras, algo que aconteceu num hotel de Tegucigalpa porque Pequim ainda não decidiu onde irá instalar a sua representação diplomática. Após vários dias na ‘capital’ financeira da China, Xangai, a Presidente das Honduras, Xiomara Castro, chegou no domingo à noite a Pequim, onde foi recebida pelo representante especial do governo chinês para assuntos latino-americanos, Qiu Xiaoqi. De acordo com o jornal oficial chinês Global Times, os dois países deverão organizar um fórum dedicado ao investimento e comércio durante a visita de Castro à capital chinesa. A Presidente hondurenha deverá também encontrar-se com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, reunião durante a qual se prevê a assinatura de acordos e memorandos em diversas áreas. As Honduras e a China anunciaram o estabelecimento de relações diplomáticas a 26 de Março, horas depois de o país centro-americano oficializar o rompimento das relações que mantinha com Taiwan desde 1941. A decisão reduziu para 13 o número de países com os quais Taipé mantém relações diplomáticas oficiais, e tornou as Honduras o nono país – e o quinto latino-americano – que desde 2016 cortou os laços com a ilha para estabelecer relações com Pequim.
Hoje Macau EventosMedia | Exposição de alunos da USJ no Albergue É hoje inaugurada, às 19h, no Albergue da Santa Casa da Misericórdia, no bairro de São Lázaro, a exposição “Better Together”, com trabalhos dos alunos do mestrado de Comunicação e Media da Universidade de São José (USJ). O evento inclui também a realização de uma aula aberta. As disciplinas do mestrado incluem “Produção de Media Audiovisual”, “Marketing e Comunicação Corporativa”, “Criatividade Sistemática e Empreendedorismo”, “Media, Sociedade e Cultura”, “Infografia e Design de Multimídia, Relações Públicas e Gestão de Eventos”, bem como “Ética e Cidadania Global e Cultura Visual”. Os alunos de mestrado compartilharão os resultados da sua aprendizagem com os trabalhos mais importantes do seu portfólio. A USJ tem como lema “Tradição, Inovação e Visão”, e o seu programa de mestrado em Comunicação e Media inclui tópicos técnicos e práticos, da produção audiovisual à tecnologia de publicação digital on-line, e envolve todas as plataformas modernas, de meios impressos e redes sociais. O curso também aborda temas sobre como lidar com os media, e a cultura e as inter-relações entre diferentes instituições sociais.
Hoje Macau Manchete SociedadeLíngua portuguesa | Persiste desafio de filhos aprenderem o idioma dos pais Por todo o mundo onde existem comunidades portuguesas persistem desafios para que os filhos de emigrantes aprendam a língua nativa dos pais. No caso de Macau, mesmo com a oferta lectiva existente e a presença de uma escola portuguesa, ensinar o português também não é tarefa fácil A manutenção o português como uma das línguas mais faladas do mundo exige que os filhos dos emigrantes aprendam o idioma, uma batalha nem sempre fácil para os pais, num contexto de grande pressão das línguas de acolhimento. Ricardo, em Macau, admite o falhanço de ensinar português ao filho mais novo. “Não consegui que os meus descendentes aprendessem português. Isto é como um ponto final no português na minha família”, desabafa Ricardo Xavier, 45, que nasceu em Macau e hoje usa o português apenas por obrigação no trabalho, no Instituto para os Assuntos Municipais (IAM). O filho mais novo nasceu em 2010, pós-transição, em que “a língua portuguesa era vista com alguma insegurança, dúvidas e interrogações para o futuro”, salienta Xavier, licenciado em Administração Pública, que lamenta hoje os erros cometidos. E, “por isso decidimo-nos pela educação em chinês do meu filho”, que “só teve contacto com o português na escola”, mas “tinha pouco interesse na aprendizagem do português quando tentava ensinar-lhe. Até arranjei um professor para dar explicações, mas desistiu por falta de interesse”. Susana Diniz é fundadora um centro de explicações em Macau e é mãe de Suri, com oito anos, que está “mais familiarizada com o inglês e o português aparece sempre em segundo plano como forma de comunicação”. Apesar disso, “não é de todo uma preocupação para nós esta preferência dela, visto que sabemos que está ambientada com ambas as línguas. Por outro lado, pensamos que na escola em que está, o intercâmbio cultural é maior do que se estivesse na escola portuguesa” de Macau, salienta. O caso francês Se em Macau a batalha é difícil, o mesmo se passa noutros locais, como é o caso da França, um país que, segundo as autoridades portuguesas, tem cerca de 14 mil alunos a aprenderem a língua no ensino obrigatório e há 102 professores colocados pelas autoridades portuguesas em diferentes pontos. “Há casos onde não há continuidade e somos contactados pelos pais e sabemos que há muitos alunos que se perdem depois da primária e podemos fazer essa correlação, porque não os temos no ensino básico. Há muitas recusas porque os directores têm de distribuir as horas pelas línguas que têm mais inscrições e quando não há alunos, fecha-se”, explicou Annabella Simões, professora de português no liceu Montaigne, em Paris, e vice-presidente da Associação para o Desenvolvimento dos Estudos Portugueses (ADEPBA) que este ano celebra 50 anos. Segundo a professora, há um certo desinteresse da comunidade em relação ao português, não sendo muitas vezes possível constituir turmas devido à falta de inscrições de alunos, por outro lado, a língua portuguesa desperta cada vez mais interesse: “temos cada vez mais procura de pais que nem têm origens portuguesas. Claro que no início da emigração portuguesa, havia mais alunos cujos pais eram portugueses, mas hoje há muitos mais alunos cujos pais são franceses ou têm outras origens”. Aulas ao sábado Em França, encontrar aulas depende acima de tudo do local de onde os pais moram. Sandra Canivet da Costa, lusodescendente que vive em Bourges, contou que os filhos, “que hoje têm 14 e 16 anos, andavam na escola primária e não conseguiram aceder a estas aulas. Recebi o questionário, disse que queria esta opção, mas nunca deu em nada, disseram-me que não havia professor”. Na Escócia, o cenário não é diferente de França e o inglês, como língua franca, constitui uma dificuldade adicional para que os mais novos gostem de português. Para Sandra Nabais, a rotina não acaba à sexta-feira porque todos os sábados faz 50 quilómetros entre Kirkaldy e Edimburgo para o filho de 11 anos poder frequentar as aulas de língua portuguesa. “O João tinha cinco anos quando chegou à Escócia e durante os primeiros tempos chegavam as conversas que tinham em casa, mas com o início da escolaridade “começou a ser complicado”, recorda a mãe. “Em dez palavras cinco eram em português, cinco eram em inglês”.
Hoje Macau Política10 de Junho | Secretário de Estado aponta momento para retoma de diálogo O secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros André Moz Caldas, que representou o Governo português em Macau nas comemorações do 10 de Junho, indicou que chegou o momento de reatar e aprofundar o diálogo entre Portugal e a RAEM. “Este é o momento, após uma pandemia que a todos afectou duramente, para retomar o diálogo a todos os níveis, que a recente visita de vossa excelência [Chefe do Executivo] a Portugal e a minha a Macau são exemplo, repondo a normalidade e trabalhando em conjunto para uma rápida e sustentável recuperação socioeconómica”, afirmou o representante português, referindo-se a Ho Iat Seng. André Moz Caldas realçou as relações próximas e históricas entre Portugal e China, “baseadas no respeito mútuo, no reconhecimento das diferenças e na vontade de cooperar para construir consensos e parcerias mutuamente benéficas”. No discurso proferido na Escola Portuguesa de Macau, durante a recepção à comunidade no dia 10 de Junho, o representante do Governo de António Costa sublinhou a disponibilidade de Portugal para colaborar com Macau na construção da plataforma de ligação aos países de língua portuguesa, “num quadro de bom entendimento e respeito mútuo”. Neste quadro, André Moz Caldas destacou o papel principal que a Escola Portuguesa de Macau desempenha. “Apraz-me registar que as autoridades de Macau reconhecem o valioso contributo que prestou nos últimos 25 anos, estando disponíveis para apoiar a resolução dos seus principais problemas de infra-estruturas que são consequência da elevada procura. Paralelamente, devemos continuar a trabalhar para manter o projecto pedagógico da escola”, apontou o secretário de Estado, citado pelo Canal Macau da TDM. Cumprir o destino Além da participação nas celebrações do 10 de Junho, André Moz Caldas reuniu com Ho Iat Seng. “Falámos, fundamentalmente, dos temas da língua e da cultura portuguesa. Muito em particular nas dimensões relativas ao ensino, ao funcionamento das instituições que continuam a colaborar na presença da cultura e língua portuguesa na RAEM, revelou o secretário de Estado. O representante do Governo português referiu ainda que Portugal, enquanto estado-membro fundador da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, valoriza a posição de Macau como plataforma de ligação aos países de língua portuguesa. “Acreditamos que esta decisão constitui um reconhecimento do valor da identidade e das características específicas de Macau e uma plataforma de afirmação da importância deste território na cultura, turismo, ciência e na própria economia da Grande Baía e da Ásia”, declarou.
Hoje Macau PolíticaFórum Macau | Colóquio realça papel das PME O Centro de Formação do Fórum Macau organizou o “Colóquio sobre Empreendedorismo e Liderança de Pequenas e Médias Empresas (PME) para os Países de Língua Portuguesa (PLP)”, em parceria com a Universidade da Cidade de Macau. No evento, que se realizou na sexta-feira no Centro de Convenções e Entretenimento da Torre de Macau, o secretário-geral do Secretariado Permanente do Fórum de Macau, Ji Xianzheng, sublinhou que “as PME são uma força fundamental para a promoção do empreendedorismo e da inovação, expansão do emprego e a melhoria do bem-estar das populações”. O responsável apontou que o evento teve como objectivo apresentar a experiência da China na economia digital, na inovação, empreendedorismo e na construção de cidades inteligentes. Este foi o primeiro colóquio presencial organizado pelo Centro de Formação do Fórum de Macau no período pós-pandémico, e decorreu entre 29 de Maio e 10 de Junho. O evento “contou com a participação de 14 formandos, designadamente funcionários públicos, técnicos e empresários” oriundos de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
Hoje Macau Manchete PolíticaAviação | Governo quer liberalizar com vista à internacionalização Macau quer liberalizar gradualmente o mercado da aviação civil, com vista à internacionalização do transporte aéreo do território, disse o presidente da Autoridade de Aviação Civil (AACM), na apresentação da nova lei para o sector O Conselho Executivo (CE) concluiu a discussão do novo regime jurídico para a aviação civil, que segue agora para apreciação da Assembleia Legislativa. “A proposta de lei adequa-se à nova política do Governo da RAEM. Vamos tentar liberalizar pouco a pouco o serviço e, por sua vez, reforçar a internacionalização do serviço aéreo de Macau”, disse, em conferência de imprensa, o presidente da AACM, Pun Wa Kin. Em Outubro de 2020, a concessão da Air Macau, que se encontra em regime de exclusividade há quase 28 anos, foi estendida até Novembro de 2023. Na altura, o Governo prometeu abrir o mercado de transporte aéreo de Macau após o final da concessão. Através do Aeroporto Internacional de Macau é possível voar apenas para o continente asiático, sendo que a maioria dos destinos encontra-se na China. “Com vista a implementar gradualmente a política de abertura do mercado de aviação civil, o Governo da RAEM pretende autorizar, através da emissão de licenças, a criação de mais companhias aéreas com base na RAEM”, explicou durante o encontro com os jornalistas o porta-voz do Conselho Executivo, André Cheong Weng Chon. As empresas que pretendam exercer a actividade de transporte aéreo comercial de passageiros “têm de obter uma licença de actividade, devendo ser sociedades anónimas legalmente constituídas na RAEM”, notou André Cheong. Além disso, continuou o responsável, essas empresas devem ter em Macau “o seu principal local de negócios” e têm de demonstrar “ter idoneidade, capacidade técnica e solidez financeira, para garantir que possam cumprir as suas obrigações legais e as resultantes da licença”. Quadros qualificados Além deste novo diploma, que o Governo quer ver aprovado ainda este ano, antes do término da licença da Air Macau, o CE concluiu ainda a discussão do projecto de regulamento administrativo para a captação de quadros qualificados, que vai estabelecer os procedimentos de candidatura e de apreciação e aprovação dos programas de captação de talentos. Um outro regulamento ligado a este regime, que vai ajustar a organização e funcionamento da Comissão de Desenvolvimento de Quadros Qualificados, também recebeu luz verde do órgão. O Conselho Executivo concluiu ainda a discussão dos regimes jurídicos da Universidade Politécnica de Macau e do Instituto de Formação Turística de Macau.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Revisto em alta crescimento económico no primeiro trimestre O ano começou bem para o país do sol nascente com os índices económicos, assentes no consumo interno, a superarem as melhores expectativas nos primeiros três meses de 2023 O Japão reviu ontem em alta a estimativa para o crescimento da economia no primeiro trimestre do ano, para 0,7 por cento, em relação aos três meses anteriores, segundo dados preliminares divulgados ontem pelo Governo nipónico. A estimativa é superior ao valor preliminar de 0,4 por cento divulgado a 17 de Maio pelo Governo japonês e deve–se a um aumento superior ao inicialmente calculado no investimento de capital das empresas. De acordo com dados oficiais, os investimentos feitos pelas empresas japonesas entre Janeiro e Março subiram 1,4 por cento em comparação com o último trimestre de 2022, uma revisão em alta do valor de 0,9 por cento publicado em Maio. Esta variação compensou uma revisão em baixa, de um décimo, para 0,5 por cento, da recuperação do consumo nos primeiros três meses do ano. O consumo é o principal motor económico do país, representando cerca de 60 por cento da economia nipónica. Em comparação com o mesmo trimestre de 2022, o Produto Interno Bruto (PIB) japonês terá crescido 1,9 por cento, mais seis décimos percentuais do que o inicialmente estimado. O PIB do Japão tinha crescido 1 por cento durante o ano passado devido a uma diminuição do consumo. O governo japonês também baixou a estimativa para o investimento público feito durante os primeiros três meses de 2023, que, segundo os dados revistos de ontem, aumentou 1,5 por cento em relação ao trimestre anterior, ante os 2,4 por cento indicados no relatório preliminar. No final de Abril, o novo governador do Banco do Japão (BoJ) disse que a instituição vai manter a ampla estratégia de flexibilização monetária, que inclui taxas ultra baixas, porque a inflação ainda não é suficientemente forte para considerar a retirada destas medidas. Défice recorde Questionado se o BoJ está a considerar alterar o plano para controlar a curva de rendimento das obrigações do Estado, Kazuo Ueda disse que isto dependeria da evolução da economia, da inflação e de outros factores. Contudo, tanto o governador cessante, Haruhiko Kuroda, como Ueda insistiram na necessidade de manter as actuais medidas de flexibilização, dada a situação da economia japonesa, e apesar da aceleração da inflação nos últimos meses devido principalmente à subida global dos preços da energia e das matérias-primas. O Japão registou um défice comercial recorde de 21,7 biliões de ienes (147,2 mil milhões de euros) no ano fiscal de 2022, que terminou a 31 de Março deste ano. As importações japonesas cresceram 32,2 por cento, para 121 biliões de ienes (818,4 mil milhões de euros), um crescimento de 32,2 por cento, duas vez mais rápido do que as exportações, que aumentaram 15,5 por cento para 99,2 biliões de ienes (671,4 mil milhões de euros). Excedentes a subir A balança de pagamentos do Japão registou um excedente de 1,89 biliões de ienes (12,7 mil milhões de euros) em Abril, mais 76,3 por cento do que em igual mês do ano passado, avançou ontem o Governo. Ainda assim, o excedente foi 16,8 por cento inferior ao obtido em Março, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério das Finanças japonês. A balança de pagamentos do Japão permaneceu no positivo em Abril devido à balança de rendimentos, referente aos investimentos no estrangeiro, que registou um excedente de 3,1 biliões de ienes (20,5 mil milhões de euros), mais 3,1 por cento do que em igual mês de 2022. A balança de pagamentos reflecte os pagamentos e receitas do comércio exterior de bens, serviços, rendimentos e transferências, sendo considerado um dos mais amplos indicadores comerciais de um país.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Pequim manifesta “grande preocupação” com impacto humanitário da destruição de barragem A China manifestou na quarta-feira “grande preocupação” perante a destruição da barragem de Kakhovka (sul da Ucrânia) e o consequente impacto humanitário, económico e ecológico, num momento em que Kiev e Moscovo trocam acusações sobre a responsabilidade pelo sucedido. Numa conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, afirmou que “todas as partes no conflito” devem “respeitar o direito humanitário” e “fazer tudo o que estiver ao seu alcance para proteger os civis e salvaguardar as instalações civis” no contexto do conflito em curso no território ucraniano, desencadeado pela ofensiva militar russa iniciada em Fevereiro de 2022. “A posição da China sobre a crise na Ucrânia é consistente e clara. Nas circunstâncias actuais, esperamos que todas as partes se comprometam com uma solução política para a crise e trabalhem em conjunto para aliviar a situação”, referiu o porta-voz, de acordo com uma transcrição disponibilizada no site do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. A barragem de Kakhovka situa-se na região de Kherson, anexada pela Rússia, mas as forças ucranianas controlam a parte situada na margem direita do rio Dniepre e as tropas russas a margem esquerda. Mais de 2.700 pessoas foram retiradas de zonas inundadas na sequência da destruição, na terça-feira, da barragem de Kakhovka, anunciaram as autoridades ucranianas e russas na quarta-feira. A generalidade da comunidade internacional culpou a Rússia, mas o secretário-geral da ONU, António Guterres, mostrou-se prudente numa reação divulgada na terça-feira, por falta de informações independentes. Considerou, porém, tratar-se de uma “monumental catástrofe humana, económica e ecológica”, e mais uma “consequência devastadora da invasão russa” da Ucrânia.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim quer que Portugal adopte políticas “racionais” e “autónomas” sobre 5G A China disse ontem esperar que Portugal adopte políticas “racionais” e “autónomas”, após um órgão consultivo do Governo português ter deliberado a exclusão de facto de empresas chinesas do desenvolvimento das redes de quinta geração (5G). “Esperamos que o lado português faça escolhas políticas racionais de forma autónoma e adira à criação de um ambiente de negócios aberto, justo e não discriminatório”, afirmou o ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, numa nota enviada à agência Lusa, em Pequim. A diplomacia chinesa considerou que “construir muros e barreiras” e “quebrar laços” só “prejudica os mais vulneráveis”. “A cooperação com benefícios mútuos é o único caminho certo”, realçou. No mês passado, a Comissão de Avaliação de Segurança, no âmbito do Conselho Superior de Segurança do Ciberespaço de Portugal, divulgou uma deliberação sobre o “alto risco” para a segurança das redes e de serviços 5G do uso de equipamentos de fornecedores que, entre outros critérios, sejam de fora da União Europeia, NATO ou OCDE e cujo “ordenamento jurídico do país em que estão domiciliados permita que o Governo exerça controlo, interferência ou pressão sobre as suas actividades a operar em países terceiros”. A deliberação não refere nomes de empresas ou de países, mas surge após anos de pressão exercida por Washington sobre os países aliados para que excluam o grupo tecnológico chinês Huawei das infraestruturas de telecomunicações. Os Estados Unidos apontam para a Lei Nacional de Inteligência da China, que estipula que “todas as organizações e cidadãos devem apoiar, ajudar e cooperar com o Estado em matéria de Inteligência Nacional”. A empresa negou categoricamente aquelas acusações e lembrou que a lei chinesa não exige que a Huawei instale mecanismos ocultos nas redes ou equipamentos que permitam o acesso não autorizado a dados e informações. Outros países, incluindo Reino Unido, Austrália ou Suécia, baniram já a Huawei de participar no desenvolvimento das suas redes de 5G. Conselhos vários No comunicado enviado à Lusa, o Governo chinês diz que se opõe à “politização” de questões tecnológicas, ao “abuso do poder do Estado” e à “violação das regras do comércio internacional” e dos “princípios da economia de mercado”. “A China é contra a formulação de políticas e regulamentos discriminatórios e exclusivos e opõe-se à supressão e imposição de restrições a empresas estrangeiras”, lê-se na mesma nota. “Esperamos que o lado português proteja os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas e adopte medidas práticas para atrair investimento estrangeiro e expandir as oportunidades de cooperação”, acrescentou. As redes de quinta geração, a Internet do futuro, estão na base de vários avanços tecnológicos, incluindo a condução autónoma ou fábricas inteligentes.
Hoje Macau China / ÁsiaBancos chineses reduzem remuneração dos depósitos a prazo A medida visa promover a recuperação económica após o fim da estratégia ‘zero covid’ levada a cabo nos últimos anos Os principais bancos estatais da China reduziram ontem as taxas dos depósitos a prazo, visando estimular o crescimento da segunda maior economia mundial, face à recuperação débil registada após o fim da estratégia ‘zero covid’. Vários indicadores económicos, incluindo o comércio externo, consumo ou actividade da indústria transformadora sugerem um desaceleramento na recuperação da economia da China, após Pequim ter abolido, em Dezembro, as medidas de prevenção contra a covid-19, que no ano passado empurraram o país para um ciclo de bloqueios e estagnação. Para desencorajar a poupança, de modo a promover a actividade e apoiar a economia, os principais bancos do país reduziram as taxas para a remuneração dos depósitos. O Banco Industrial e Comercial da China, o Banco de Construção da China, o Banco da China e o Banco Agrícola da China reduziram em cerca de 15 pontos base a taxa de remuneração para depósitos a prazo. A medida, que responde a um pedido do Governo chinês, entrou ontem em vigor. “É provável que os bancos menores sigam o exemplo”, afirmou Ting Lu, analista do banco de investimento japonês Nomura Bank. Os principais bancos chineses já tinham reduzido em Setembro, pela primeira vez desde 2015, a taxa de juros dos depósitos. Das quedas Segundo dados divulgados na quarta-feira pelas alfândegas da China, as exportações do país registaram em Maio uma queda homóloga de 7,5 por cento, enquanto as importações caíram 4,5 por cento. A recuperação do consumo em Maio ficou também aquém do esperado, sinalizando falta de confiança dos consumidores, perante as fracas perspectivas económicas e possíveis perdas de empregos. Segundo dados divulgados pelo Gabinete Nacional de Estatística (GNE) da China, a taxa oficial de desemprego jovem (entre os 16 e 24 anos) ascendeu a 20,4 por cento em Abril, um novo máximo histórico e muito acima do valor de 13 por cento registado em 2019, antes da pandemia. Também a actividade da indústria transformadora da China voltou a contrair no mês passado, de acordo com dados oficiais divulgados na semana passada. Cortes nas taxas fixadas pelo Banco Popular da China são esperados devido à “rápida deterioração” de vários indicadores económicos, disse Ting Lu. O crescimento económico nos primeiros três meses do ano acelerou para 4,5 por cento, em comparação com igual período de 2022, mas os analistas dizem que o pico da recuperação provavelmente já passou. O ritmo de crescimento ficou também aquém da meta estabelecida pelo Partido Comunista para este ano: “cerca de 5 por cento”.
Hoje Macau EventosFRC | Juiz Vasco Fong apresenta livro na área do Direito O juiz Vasco Fong, do Tribunal de Segunda Instância, apresenta na próxima quarta-feira o livro “Comentário ao Crime de Fuga à Responsabilidade (P.P.Art.89º da Lei do Trânsito de Macau)”, da autoria de Pedro Sá Machado, em colaboração com David Sá Machado, e que será apresentado a partir das 18h30 na Fundação Rui Cunha (FRC). O livro, bilingue, nasce a partir do programa curricular ministrado, por Pedro Sá Machado, na disciplina de Direito Criminal e Processo Criminal I do curso de mestrado em Língua Portuguesa na Faculdade de Direito da Universidade de Macau, o qual passou pela anotação e comentário de decisões de jurisprudência da RAEM suficientemente controversas para uma discussão científica em sala de aula. Ora, um dos acórdãos objecto de debate foi precisamente o que agora dá à estampa. Na perspectiva do autor, o problema principal do crime de fuga à responsabilidade não está na forma como o juiz decide, mas sim na opção político-criminal do legislador, razão pela qual pretende esta obra oferecer um pouco de dogmática à interpretação do artigo em causa, contribuindo, singelamente, para uma discussão pública do seu conteúdo e, quem sabe, a alteração legislativa desta norma penal. Esta obra é uma edição CRED-DM – Centro de Reflexão, Estudo e Difusão do Direito de Macau, ligado à FRC. Pedro Sá Machado é professor convidado da Faculdade de Direito de Macau, Investigador Colaborador no Instituto Jurídico da Faculdade de Direito de Coimbra, doutor e mestre em Ciências Jurídico- Criminais pela Faculdade de Direito de Coimbra e ainda especialista em Direito Penal Económico Europeu da Faculdade de Direito de Coimbra.
Hoje Macau Eventos10 de Junho | Centenas de actividades promovidas em todo o mundo Sábado é feriado em Portugal, comemorando-se o Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas. Em Macau, organizam-se uma série de actividades, incluindo a tradicional cerimónia do hastear da bandeira portuguesa e romagem à Gruta de Camões. Noutros locais do mundo, celebra-se a portugalidade com a presença de governantes para todos os gostos Centenas de actividades previstas em todo o mundo, com duas dezenas de membros do Governo em contacto directo com as comunidades lusófonas, assinalam este ano o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. O programa, anunciado na quarta-feira, inclui iniciativas na Europa, América, Ásia, Oceânia e em África. Em Macau, estará o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, André Moz Caldas. No sábado, tem lugar a habitual recepção do 10 de Junho, com a cerimónia do hastear da bandeira no Consulado-geral de Portugal em Macau e Hong Kong e a romagem à Gruta de Camões. No Albergue SCM decorre um seminário profissional sobre a calçada portuguesa com o mestre calceteiro Fernando Simões. Ao longo deste mês, haverá ainda diversas actividades inseridas no programa “Junho, Mês de Portugal na RAEM”. Em Portugal, o 10 de Junho celebra-se em Peso da Régua, onde o Presidente da República, o primeiro-ministro e o ministro dos Negócios Estrangeiros estarão no sábado. As celebrações deste dia arrancaram oficialmente na segunda-feira, com a visita de Estado do Presidente da República (PR) à África do Sul, onde se estima que residam mais de 300 mil portugueses e lusodescendentes. O primeiro-ministro, António Costa, o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, e a ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, assinalam igualmente o Dia de Portugal na África do Sul. Já o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafôfo, celebra o 10 de Junho com a comunidade portuguesa na Namíbia. Também em África, estarão mais quatro governantes: os ministros da Cultura, Pedro Adão e Silva, e do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, e as ministras da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e da Agricultura e Alimentação, Maria do Céu Antunes, que se juntam aos portugueses e lusodescendentes em Moçambique, Cabo Verde, Angola e São Tomé e Príncipe, respectivamente. Na Oceânia, mais concretamente na Austrália, estará o secretário de Estado da Segurança Social, Gabriel Bastos. No continente americano marcarão presença sete membros do Governo. Cultura para todos A informação divulgada indica que a ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, vai assinalar o Dia de Portugal junto dos portugueses e lusodescendentes residentes no Canadá, enquanto nos Estados Unidos da América, junto das comunidades portuguesas de São Francisco e Newark, estarão, respectivamente, o secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Tiago Antunes, e a secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes. Pela América Latina passarão o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, a celebrar junto da comunidade portuguesa na Venezuela, e a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, que assinala o 10 de Junho na Argentina. Já o secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, António Mendonça Mendes, e o secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, estarão, respectivamente, no Brasil e na Colômbia. Na Europa, em Espanha, vai estar o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva. Em França, estará a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, na Bélgica vai estar o secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa, Mário Campolargo, no Luxemburgo o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Santos Félix, e na Suíça o secretário de Estado da Educação, António Leite. Cumprindo a tradição, a rede diplomática e consular portuguesa vai assinalar o Dia de Portugal com centenas de actividades distintas, combinando iniciativas próprias com as do movimento associativo local, “um esforço empreendido pelas associações lusófonas locais que conta, em inúmeros casos, com o apoio das embaixadas e consulados”, sublinha do MNE. Concertos, exposições, peças de teatro, evidenciando o trabalho de artistas portugueses, cinema ou documentários, seminários, feiras tradicionais e momentos de leitura são algumas das iniciativas agendadas para assinalar a data.
Hoje Macau SociedadeFormação subsidiada | Inscrições abrem segunda-feira Durante a próxima semana, entre segunda e sexta-feira, vão estar abertas as inscrições para a próxima ronda de cursos de formação subsidiada, anunciou ontem a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL). Recorde-se que este programa tem como objectivo “ajudar os residentes afectados pela epidemia a aumentar as suas competências profissionais, a integrar no mercado de trabalho e, ainda, a obter apoio económico”. Como vem sendo habitual, as formações dividem-se em duas categorias: o plano orientado para o aumento das competências técnicas para trabalhadores no activo e profissionais liberais, e o plano orientado para a empregabilidade” destinado a desempregados e graduados do ensino superior. No caso do primeiro plano de cursos, após a sua conclusão e participação nas respectivas provas, “os formandos, ou ainda o empregador, podem receber subsídios de formação até ao valor de 5 000 patacas”. O segundo plano é destinado a residentes desempregados por cessação da relação de trabalho desde 1 de Janeiro de 2019, ou que tenham concluído o curso do ensino depois do início de 2019, e que não sejam trabalhadores por conta de outrem. No fim do curso, estes formandos podem receber um subsídio de 6.656 patacas.
Hoje Macau PolíticaCheok Ka | Governo recebe petição de moradores Uma disputa judicial sobre títulos de propriedade de terrenos na povoação de Cheok Ka, na Taipa, levou ontem um grupo de moradores a entregar uma petição na sede do Governo, dirigida ao Chefe do Executivo. Em causa está o facto de o Tribunal de Última Instância (TUI) ter decidido a favor do proprietário dos terrenos, sendo que a petição pede que o Chefe do Executivo interceda nesta matéria a favor do pagamento de uma compensação aos moradores que eventualmente terão de deixar as suas casas. Hong Iok Heong, porta-voz do grupo, disse, segundo o canal chinês da Rádio Macau, que há oito famílias que vivem na povoação há cerca de 70 anos, não se tendo registado qualquer contacto com o promotor que ganhou a acção em tribunal. Estas famílias esperam poder ser compensadas caso tenham de sair do local.
Hoje Macau SociedadeHabitação | Índice global cresce 0,9 por cento O Índice de Preços à Habitação (IPH) cresceu ligeiramente 0,9 por cento entre os meses de Fevereiro e Abril deste ano face ao primeiro trimestre do ano, tendo sido de 251,2 pontos. Concretamente, o IPH na península foi de 249,9 pontos, mais 0,8 por cento, enquanto nas ilhas de Taipa e Coloane foi de 256,6, mais 1,1 por cento. O IPH de habitações já construídas, de 269,6 pontos, cresceu 0,9 por cento face ao período anterior, destacando-se que o índice da península de Macau (259,9) e o índice da Taipa e Coloane (308,2) que subiram 0,8 e 1,2 por cento, respectivamente. Em termos do ano de construção dos edifícios, o índice de preços de habitações construídas pertencentes ao escalão dos 11 aos 20 anos de construção e o índice do escalão inferior ou igual a 5 anos cresceram 1,8 e 1,1 por cento, respectivamente.
Hoje Macau PolíticaQingdao | Governo organiza seminário para promover Macau Arrancou ontem a operação de charme “Semana de Macau em Qingdao‧Shandong”, que terá lugar na cidade de Qingdao até segunda-feira, indicou ontem a Direcção dos Serviços de Turismo (DST). Entre o cartaz de actividades, destaque para “uma promoção de rua, um seminário de promoção do turismo de Macau, um seminário de promoção do comércio e do investimento de Macau e actividades temáticas de promoção gastronómica”. Ontem foi realizado um seminário de promoção do turismo, para apresentar os novos recursos turísticos e o actual ambiente da indústria em Macau, divulgar os elementos diversificados de “turismo +”, para que os operadores turísticos dos dois lados possam estabelecer contactos e explorar em conjunto as fontes de visitantes. Participaram no seminário, a directora da DST, Helena de Senna Fernandes, a vice-inspectora do Departamento de Cultura e Turismo de Qingdao, Xu Hongwei, e cerca de 104 operadores turísticos de Qingdao e Macau. Helena de Senna Fernandes referiu que, nos últimos anos, “Qingdao e Macau têm mantido uma interacção estreita, trocando e promovendo entre si trabalhos nas áreas de “turismo + desporto” e “turismo + cultura”, com o objectivo de lançar novos produtos e serviços turísticos para incrementar o fluxo de visitantes entre Qingdao e Macau.
Hoje Macau PolíticaZona de Cooperação | Mais de 700 pedidos para bolsas de emprego A comissão da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau na ilha de Hengqin já recebeu mais de 700 pedidos de inscrição para uma bolsa de emprego na região da parte dos residentes de Macau. Segundo a TDM Rádio Macau, tal significa um aumento de 54,3 por cento face a igual período do ano passado. A Zona de Cooperação tem hoje 6700 residentes, sendo que 199 são estudantes. O Hospital de Hengqin faz anualmente o diagnóstico de doenças para 6800, um aumento de 87 por cento face a 2022. Fu Yongee, subdirector da Comissão de Gestão da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, anunciou ainda em conferência de imprensa que há 5600 empresas de Macau na Zona, um aumento de 22,3 por cento em relação há dois anos, sendo que as empresas na área da pesquisa científica e dos serviços técnicos representam 18,84 por cento deste novo total. As empresas oriundas de Macau contam com um capital social de 140 mil milhões de patacas. As receitas reais são de 14,1 mil milhões, mais 21 por cento em termos anuais.
Hoje Macau Manchete PolíticaUMDD | Wong Sio Chak diz que fim de associação é acto de liberdade O secretário para a Segurança defendeu ontem que a constituição e o encerramento de associações são liberdades garantidas no território, ao comentar a extinção de um grupo pró-democracia por receio da nova lei de segurança do Estado “Todos sabemos que temos a liberdade de associação e o seu encerramento também é uma liberdade. [Alguém ou algum grupo] tem liberdade de constituir uma associação e também tem a liberdade de encerrar a associação”, disse ontem, em conferência de imprensa, o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak. A União de Macau para o Desenvolvimento da Democracia (UMDD), que organizou durante mais de 30 anos uma vigília em memória de Tiananmen, fechou as portas há cerca de quatro meses por receio da nova lei de segurança do Estado, disse no final de Maio à Lusa um dos cofundadores. “Tendo em conta a revisão da lei de segurança nacional e a imprevisibilidade do futuro, a União de Macau para o Desenvolvimento da Democracia tomou a decisão”, justificou Au Kam San. A Assembleia Legislativa de Macau deu luz verde, também em Maio, às alterações à lei de segurança do Estado que prevê, entre outras disposições, punir qualquer pessoa no estrangeiro que cometa crimes contra o território. “Fiquei preocupado que, depois da revisão da lei, se uma pessoa dissesse algo, outros membros [da associação] pudessem ser afectados”, acrescentou Au Kam San. Além de dizer desconhecer a situação, Wong Sio Chak notou ontem, durante o encontro com os jornalistas, que “é inconveniente” comentar as razões que levaram ao encerramento da UMDD. Macau “garante a liberdade de associação”, concluiu. Não volta a ser Nas últimas três décadas, foi pelas mãos desta união que o dia 4 de Junho de 1989 foi recordado em Macau, com a organização anual de uma exposição fotográfica e de uma vigília. Mas “houve mudanças no ambiente político”, ressalvou Au Ka San, dizendo que, “por isso, as actividades que marcam o 4 de Junho não podem ser celebradas”. À Lusa, o Corpo da Polícia de Segurança Pública, que por lei tem de ser notificado da organização de reuniões ou manifestações, confirmou que, até às 18h25 de 4 de Junho deste ano, não tinha recebido nenhuma notificação sobre qualquer intenção de organizar uma vigília. Em 2022, Au Kam San não endereçou às autoridades, pela primeira vez, um pedido para assinalar publicamente os acontecimentos de Tiananmen, optando por marcar o evento de forma privada e nas redes sociais. Em 2020, as autoridades proibiram, em Macau e Hong Kong, pela primeira vez em 30 anos, a realização da vigília em espaço público, numa decisão justificada com as medidas de prevenção da pandemia da covid-19. No ano seguinte, a PSP citou pela primeira vez razões políticas para interditar a comemoração, alegando risco de violações do Código Penal, nomeadamente dos artigos sobre a “ofensa a pessoa colectiva que exerça autoridade pública” e o “incitamento à alteração violenta do sistema estabelecido”. Durante a conferência de imprensa de ontem, Wong Sio Chak foi também questionado sobre o número de agentes destacados na noite de 4 de Junho para o Largo do Senado, onde se realizava habitualmente a vigília, mas o dirigente sublinhou que estes dados não podem ser divulgados.
Hoje Macau China / ÁsiaPresidente chinês pede “milagres” contra desertificação no norte do país O Presidente chinês, Xi Jinping, pediu hoje “novos milagres” na luta contra a desertificação, durante uma visita à região da Mongólia Interior, onde tiveram origem várias das tempestades de areia que atingiram o norte da China, nos últimos anos. Citado pela agência noticiosa oficial Xinhua, o Presidente da China exortou a que se trabalhe com “coragem, determinação e perseverança”, no sentido de “consolidar a barreira verde que se estende ao longo de milhares de quilómetros” no norte do país. Xi Jinping, que fez estas declarações na localidade de Bayannur, na fronteira com a Mongólia, destacou que o pasto nos prados da região tem sido “excessivo” e que “algo deve ser feito para reabilitar as pastagens”. O líder chinês também lembrou que a “China é um dos países onde o fenómeno da desertificação é mais grave” e que os “problemas de desertificação se registam em áreas economicamente subdesenvolvidas”. “As catástrofes do sistema ecológico causadas pela desertificação, os perigos das tempestades de areia e da erosão dos solos limitaram o desenvolvimento económico e social do norte da China”, disse Xi, acrescentando, no entanto, que o controlo da desertificação no país “mostra uma tendência positiva”. Xi culpou as “condições anormais geradas por alterações climáticas” pelas tempestades de areia que atingiram a China com “mais frequência” nos últimos dois anos. Em abril passado, tempestades de areia originárias de partes do deserto de Gobi, situado no norte da China e no sul da Mongólia, varreram o norte do país, afetando mais de 400 milhões de pessoas e uma área com 2,29 milhões de quilómetros quadrados. Citado pela imprensa local, o meteorologista Zhang Mingying explicou que a intensidade desses eventos se deve à falta de chuva e ausência de cobertura de neve no norte da China durante o inverno e início da primavera, o que facilita que o vento arraste a areia acumulada e o pó em suspensão.
Hoje Macau EventosAssociação Somos! apoia escola de Moçambique com evento solidário Apoios para a escola primária Matchik-Tchik, em Maputo, e garantir materiais básicos para os alunos é o objectivo do evento “Moçambique: um conto solidário”, que tem data marcada para 30 de Junho, anunciou ontem a associação local Somos!. O evento descrito como um “Sunset Solidário” irá decorrer, das 18h30 às 02h, no restaurante Rio Grill and Seafood, na Doca dos Pescadores. “Garantir que todos os alunos da Escola Primária Matchik – Tchik da Cidade de Maputo têm acesso a uma secretária – e deixam de escrever e ler sentados no chão -, que podem aprender sob um tecto que realmente os abriga e protege das intempéries, e que usam instalações sanitárias condignas”, é o objectivo de um ‘Sunset Solidário’ em Macau, indicou a Somos! Associação de Comunicação em Língua Portuguesa, em comunicado. A ajuda “será canalizada ainda para a construção de uma minibiblioteca, que fortalecerá o projecto pedagógico da escola e valorizará o gosto dos alunos pela leitura. Um espaço que será igualmente aberto a todas as crianças do bairro de Polana Caniço, onde se situa o estabelecimento de ensino, permitindo-lhes conhecerem outras realidades e idealizarem um futuro”, acrescentou a entidade sem fins lucrativos. Rio que chega à foz A associação acrescenta que esta campanha solidária “é o culminar de uma outra iniciativa da Somos — ACLP que consistiu na edição do livro de contos ‘Era Uma Vez… O Meu Mar’, com textos e ilustrações feitos por alunos de diferentes escolas primárias dos Países de Língua Portuguesa e de Macau, tendo Moçambique sido representado precisamente pela Escola Primária Matchik – Tchik da Cidade de Maputo. Como a verba angariada com a venda dos livros foi “insuficiente para toda a ajuda de que a escola necessita, a associação decidiu organizar Em 2022, no início do ano lectivo, em Janeiro, um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) alertava que as crianças do ensino primário em Moçambique “estão ausentes da escola 39 por cento do tempo”, em média, e “apenas 48 por cento dos alunos do ensino primário estão no ano certo de acordo com a sua idade”.
Hoje Macau China / ÁsiaTimor-Leste | PD confirma aliança com CNRT para formar novo Executivo Sem surpresas o CNRT, de Xanana Gusmão prepara-se para assumir as rédeas do país em conjunto com o terceiro partido mais votado, o Partido Democrático de Mariano Assanami Sabino O Partido Democrático (PD) de Mariano Assanami Sabino, a terceira força política mais votada nas legislativas de Maio, confirmou ontem a aliança com o vencedor, o Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), para a formação do 9.º Governo de Timor-Leste. “O PD cumpre sempre o seu papel e está pronto para cumprir as suas funções”, disse o presidente do partido, Mariano Assanami Sabino, depois de uma reunião com o Presidente timorense José Ramos-Horta. “O importante é, no futuro, todas as forças políticas, a sociedade civil, trabalharem pelo bem do país. Agora terminou o período eleitoral, e cada um tem que assumir as suas funções, o seu papel”, disse. Sabino disse aos jornalistas que a reunião foi apenas preliminar e que ainda há que esperar a tomada de posse dos novos deputados. “O Presidente convidou o PD para um encontro, para falarmos do calendário para avançarmos. Confirmamos que o PD e o CNRT vão juntos no próximo Governo”, disse Sabino. “O PD está sempre preparado e pronto. O calendário depende do Presidente da República”, afirmou, explicando que o partido vai realizar a sua Conferência Nacional a 10 de Junho, aniversário do partido. O secretário-geral do PD, António da Conceição, disse que ainda não houve conversações com o CNRT sobre a divisão de pastas. “O PD tem optado sempre por um princípio de partilha de responsabilidades e durante a nossa conversa com o senhor Presidente, [Ramos-Horta] pediu que nos responsabilizássemos juntos por esta governação, um Governo de grande responsabilidade ao longo dos próximos cinco anos”, afirmou. “Ainda não falámos de pastas. Tivemos dois encontros com o CNRT, para aceitação de que vamos juntos, mas ainda não houve diálogo sobre pastas ou sobre o programa do Governo, que vamos fazer em conjunto”, explicou Conceição. Uma fonte do PD confirmou à Lusa que a próxima reunião do CNRT e do PD está prevista para 09 de Junho. Encontro presidencial José Ramos-Horta encontrou-se com os representantes do PD, após uma reunião com o presidente do CNRT, partido vencedor das legislativas timorense, Xanana Gusmão. “Depois das primeiras sessões do novo parlamento, haverá então a reunião formal com o primeiro-ministro indigitado e, depois disso, a tomada de posse do Governo. Hoje estou aqui apenas como presidente do partido mais votado”, considerou Xanana Gusmão. O líder do CNRT escusou-se a fazer qualquer comentário sobre a composição do futuro Governo, sobre se incluirá apenas elementos do seu partido e do PD ou sobre as prioridades do programa, remetendo essas declarações para depois da indigitação como novo primeiro-ministro.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA | Antony Blinken vai reagendar viagem a Pequim O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, deve reagendar uma visita à China nas próximas semanas, após a viagem prevista para Fevereiro ter sido cancelada, adiantou na terça-feira uma autoridade dos Estados Unidos. De acordo com esta fonte, que falou com a agência France-Presse (AFP) sob a condição de anonimato, ainda não há data marcada para a viagem. As duas potências tentam novamente aliviar as tensões reavivadas pela presença, em Fevereiro, sobre solo norte-americano, daquilo que os Estados Unidos consideraram ser um ‘balão espião’ chinês, que acabou derrubado por Washington. Este incidente levou ao cancelamento de uma visita do chefe da diplomacia norte-americana à China. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, referiu que as discussões recentes em Pequim, durante uma visita de várias autoridades norte-americanas, foram “muito úteis” e levantaram “possíveis visitas futuras”. “Acho que vão ver-nos a discutir futuras visitas lá num futuro muito próximo”, sublinhou Kirby aos jornalistas. O porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, realçou também que o subsecretário de Estado dos EUA para o Leste Asiático, Daniel Kritenbrink, e Sarah Beran, assessora do Presidente Joe Biden para assuntos da China e Taiwan, tiveram “discussões francas e produtivas” durante a recente viagem à China. Sobre Blinken, Patel garantiu que esta será reagendada “assim que as condições permitam”. “A nossa opinião é que não há nada melhor do que reuniões ou compromissos cara a cara, seja em Washington ou em Pequim, para levar as negociações avante”, destacou Patel.
Hoje Macau China / ÁsiaHK | Pedida proibição da transmissão de hino dos protestos de 2019 O Governo de Hong Kong disse ontem ter pedido ao Tribunal Superior local uma providência cautelar para proibir a transmissão de “Glory to Hong Kong”, canção ligada às manifestações antigovernamentais de 2019, por alegadas “intenções sediciosas”. O objectivo é “impedir que a canção seja transmitida ou executada com a intenção de incitar outros à secessão ou para fins sediciosos”, indicou, em comunicado, o Departamento de Justiça, que apresentou o pedido na segunda-feira. O Governo da região semiautónoma chinesa também pretende “impedir que a canção seja transmitida ou executada como hino nacional de Hong Kong com a intenção de insultar o hino oficial”, bem como “salvaguardar a segurança nacional e preservar a dignidade do hino” da China. “Glory to Hong Kong” (Glória a Hong Kong) é uma canção de protesto composta e escrita por um músico sob o pseudónimo “Thomas dgx yhl”, embora os internautas do fórum LIHKG, particularmente activos durante os protestos de 2019, também tenham contribuído. Para alguns habitantes de Hong Kong, a canção foi uma forma de protesto em relação a uma maior integração na China. A canção foi amplamente divulgada em 2019 e a letra contém ‘slogans’ considerados pelas autoridades como “constituindo secessão”, afirmou o Governo. As autoridades locais consideraram ainda ser “altamente provável que a canção continue a ser amplamente divulgada”, o que “viola a Lei de Segurança Nacional de Hong Kong”, que abrange actos de secessão, subversão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras com penas que podem ir até à prisão perpétua.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio externo da China contrai em Maio As exportações da China registaram em Maio uma queda homóloga de 7,5 por cento, enquanto as importações caíram 4,5 por cento, ilustrando a débil recuperação da segunda maior economia do mundo após o fim da estratégia ‘zero covid’. As exportações caíram para 283,5 mil milhões de dólares, revertendo o crescimento de 8,5 por cento registado em Abril, face à queda na procura global por bens de consumo, depois de os bancos centrais dos Estados Unidos, Europa e países asiáticos terem subido as taxas de juro, visando travar a inflação galopante. As importações voltaram a cair para 217,7 mil milhões de dólares, após registarem uma contração de 7,9 por cento no mês anterior. A contração no comércio externo indica um desaceleramento na recuperação da economia da China, após Pequim ter abolido, em Dezembro, as medidas de prevenção contra a covid-19, que no ano passado empurraram o país para um ciclo de bloqueios que paralisaram a actividade económica. A recuperação do consumo ficou também aquém do esperado, sinalizando falta de confiança dos consumidores, perante as fracas perspectivas económicas e possíveis perdas de empregos. Da estagnação Segundo dados divulgados pelo Gabinete Nacional de Estatística (GNE) da China, a taxa oficial de desemprego jovem ascendeu a 20,4 por cento em Abril, um novo máximo histórico e muito acima do valor de 13 por cento registado em 2019, antes da pandemia. Também a actividade da indústria transformadora da China voltou a contrair em Maio, de acordo com dados oficiais divulgados na semana passada. O crescimento económico nos primeiros três meses do ano acelerou para 4,5 por cento, em comparação com igual período de 2022, mas os analistas dizem que o pico da recuperação provavelmente já passou. O ritmo de crescimento ficou também aquém da meta estabelecida pelo Partido Comunista para este ano: “cerca de 5 por cento”. O excedente comercial global da China em Maio diminuiu 16,1 por cento, em relação ao ano anterior, para 65,8 mil milhões de dólares, de acordo com a Administração Geral das Alfândegas. No acumulado do ano, as importações caíram 6,7 por cento, em relação ao mesmo período de 2022, para pouco mais de 1 bilião de dólares. O crescimento das exportações, entre Janeiro e Maio, fixou-se em 0,3 por cento, ascendendo a 1,4 biliões de dólares.