José Simões Morais h | Artes, Letras e IdeiasA Coreia na Guerra do Japão à China [dropcap style=’circle’]D[/dropcap]e todos os consulados de Portugal na China, o de Shanghai é indubitavelmente o que tem mais elevado grau de importância, e quer porque revista os seus titulares de carácter e funções de juízes, quer pela numerosa comunidade que está sob a sua jurisdição e pelos magnos interesses que naquele tribunal se debatem e ventilam, exige que só seja confiado a um cônsul de carreira, ou a um homem suficientemente habilitado e que dê todas as garantias do bom desempenho de tão transcendente missão”, segundo O Independente de 1 de Agosto de 1891. De 1891 a 1893 os capitalistas europeus e sobretudo os de Londres retiraram uma imensa quantia de dinheiro do giro comercial da China por eles empregado em Hong Kong, pois estava em curso a desvalorização do preço da prata. Regressado a Shanghai vindo da Metrópole, o cônsul geral de Portugal e Sénior cônsul, Joaquim Maria Travassos Valdez, de 1893 a 1895 como Doyen (decano do corpo consular) geriu as questões de Shanghai, “muitas, importantes como, a proibição da importação de máquinas, a de medidas preventivas por ocasião da peste bubónica, a do jubileu de Shanghae, a da dragagem de Vonsung, a da supressão da loteria e outros jogos, a queima e destruição de pagodes, e finalmente a da neutralidade de Shanghae por ocasião da guerra entre a China e o Japão.” No início o Daily Press de Shanghae mostrara-se contra o Sr. Valdez para decano do corpo consular, mas escolhido pelos seus colegas, o facto desmentia as asserções desse jornal. Como Doyen da Concessão Internacional, o Sr. Valdez presidia ao Shanghai Municipal Council, eleito pela elite económica dos proprietários estrangeiros e nesse cargo conviveu com três tao-taes e com esses governadores da cidade chinesa manteve cordiais relações de amizade. Quando rebenta a guerra entre a China e o Japão, o tao-tae de Shanghae procura amiudadas vezes o Sr. Valdez para ouvir a sua autorizada opinião sobre várias questões, algumas delas estranhas ao seu cargo, mostrando não só confiança no Sr. Valdez, como lhe reconhece competência. Informações do jornal O Provir de Hong Kong. Parecer do Doyen Camilo Pessanha ainda viaja para Macau quando a 28 de Março de 1894 em Shanghai ocorre o assassinato de um refugiado político da Coreia, Kim Ok Kiun, a residir no Japão, morto por Hung, também coreano. “Como a Coreia não é uma potência que tivesse tratado com a China, pois considerada como um seu Estado tributário, é difícil decidir qual deve ser a lei, e qual o juiz para julgar o caso” e aqui entra o Sr. Travassos Valdez, cônsul geral de Portugal e Sénior cônsul, na sua qualidade de Doyen do corpo consular em Shanghae. “Mostra que os cônsules e o conselho municipal reunidos possuem os poderes legislativo, executivo e judicial – tudo quanto constitui uma verdadeira soberania. Prova que o pagamento de um pequeno foro ao imperador da China, (que, pela lei chinesa, é proprietário de todo o terreno no Império e só o afora aos seus súbditos) não afecta a questão de soberania dentro dos Estabelecimentos, do mesmo modo como o pagamento de um tributo, feito por um Estado tributário, não diminui os seus direitos de soberania dentro das suas fronteiras. Demonstra ser a autoridade do magistrado chinês pelos regulamentos do tribunal misto quem tem a menor alçada e é limitada pela presença de um assessor estrangeiro. Conclui que o caso deve ser julgado por um membro do corpo consular, e conforme as leis de seu país. A oposição que houve no corpo consular impediu a adopção dessa conclusão e Hung foi entregue às autoridades chinesas e libertado na Coreia. Para o Sr. Valdez um ultraje às bandeiras estrangeiras que defendiam os Estabelecimentos, como uma violação dos sagrados direitos de asilo, e com um perigoso precedente que poderia conduzir a crimes sem fim. Guerra da Coreia Quatro meses em Macau e Camilo Pessanha toma conhecimento ter o Japão, incitado pelos britânicos e com ajuda americana, a 1 de Agosto de 1894 invadido a Coreia, país ainda tributário da China e por isso sobre sua protecção. “Tudo começa na Primavera de 1894 com uma revolta de camponeses, tendo os senhores feudais coreanos pedido ajuda ao Governo Qing para enviar tropas. Quando em Junho chegam as 1500 tropas chinesas a Asan, está já a revolta controlada, encontrando-se quase toda a força naval e dez mil soldados da infantaria japonesa em Seul e ao redor de Inchun. A China propõe ao Japão deixarem ambos os países de ter tropas na Península da Coreia. O Japão recusa, dizendo ser para ajudar a Coreia nas suas internas reformas”, segundo Bai Shouyi, em Outline History of China. E nesse livro em tradução livre continuamos, “Nos finais de Julho, os vasos de guerra chineses encontram-se em Asan, quando de repente uma frota japonesa os ataca, causando a morte a mais de 700 soldados, levando a armada chinesa a retirar para Pyongyang, onde a 15 de Setembro ocorre a batalha, que as tropas chinesas ajudadas pelos coreanos conseguem repelir. Dois dias depois da Batalha de Pyongyang, a armada chinesa Beiyang comandada pelo Almirante Ding Ruchang, inexperiente em batalhas navais, encontra-se no Mar Amarelo quando é cercada pela japonesa. A batalha dura cinco horas e os chineses perdem cinco navios. Em finais de Outubro, as tropas japonesas invadem o Nordeste da China, capturando a Península de Liaodong e no Rio Yalu, Jiulian e Andong (hoje Dandong, Liaoning). Em meados de Janeiro de 1895, os japoneses vão à Província de Shandong e assaltam o porto Weihaiwei, onde o que restara da frota Beiyang é completamente destruída em Fevereiro. Passam as tropas japonesas à península coreana e rapidamente ocupam muito território, levando o Governo Qing a pedir a paz. A astuciosa inteligência comercial estimula atritos que sabe levarem à guerra e assim mais uma vez resulta. A Inglaterra apoia o Japão e não a Rússia, sua oponente em Xinjiang, no Oeste da China, onde os britânicos para Norte e os russos para Sul tentam expandir os seus impérios, levando entre ambos à assinatura de um tratado em 1895. A Guerra da Coreia (1894-95) dá ao Japão asas no sonho de construir um império na Ásia. Guerra que marca um novo estado de agressão estrangeira à China, a ter de permitir aos poderes ocidentais investir aí em fábricas a satisfazer as suas necessidades urgentes para exportar capital. O status da China como semi-colónia fica confirmadíssimo, segundo Bai Shouyi. Ainda em 1893 começara um movimento reformista de chineses ricos ligados aos Qing a investirem largas somas de dinheiro na modernização tecnológica das suas fábricas. A maioria dos negócios desses milionários acaba em bancarrota devido à competição dos comerciantes estrangeiros, já na Era do capitalismo industrial. Controlam os transportes, as matérias-primas e a produção, e sem rivais no comércio entram por todos os países. O mercado tem que ser livre, nem que seja pela força. Ou ocorre como com a planta do chá. A Rainha Vitória impera no mundo, cujo jubileu de diamante será em 1897.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Pelo menos sete mortos após sismo de magnitude 6,7 Um novo balanço das autoridades nipónicas aponta para a morte de pelo menos sete pessoas na sequência do terramoto de magnitude 6,7 que atingiu ontem a ilha de Hokkaido, no Japão. Na sequência do sismo, a central nuclear de Tomari, recorreu a geradores de emergência para arrefecer combustível [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]número foi avançado pelo porta-voz do Governo japonês, Yoshihide Suga, que falou em dezenas de pessoas desaparecidas e que poderão estar soterradas, sem adiantar mais detalhes, sublinhando apenas que cerca de 21 mil operacionais estão envolvidos nas operações de resgate. Segundo a televisão pública NHK, pelo menos 200 pessoas sofreram ferimentos, os transportes públicos estão paralisados e as escolas encerradas em Hokkaido. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, disse que 25 mil soldados e outros funcionários vão ser enviados para a região de forma a ajudarem nas operações de resgate. O terramoto ocorreu a 62 quilómetros a sudeste da capital regional, Sapporo, a 40 quilómetros de profundidade, apenas dois dias depois de um tufão ter devastado a região oeste de Osaka. Uma réplica de magnitude 5,3 foi registada alguns momentos depois em Hokkaido. Várias pessoas foram dadas como desaparecidas na cidade próxima de Atsuma, onde um enorme deslizamento de terra envolveu as casas numa avalanche de terra, pedras e madeira. Questão nuclear O órgão regulador nuclear do Japão disse que a central nuclear de Tomari, em Hokkaido, recorreu a geradores de emergência para arrefecer o combustível, noticiou a televisão pública NHK. O operador da central, a Hokkaido Electric Power Company, adiantou que todos os três canais de fontes de energia externas foram cortados cerca de 20 minutos após o terramoto. Os três reactores da central estão todos desligados, com um total de 1.527 conjuntos de combustível armazenados, devido ao corte de energia que afecta Hokkaido. Após o sismo, seis geradores movidos a diesel foram ligados automaticamente para resfriar o combustível nuclear. Não foram relatadas alterações nos níveis de água ou na temperatura da piscina de armazenamento. A Autoridade de Regulamentação Nuclear e a Hokkaido Electric dizem que não é possível prever quando as fontes de energia externas serão restauradas, segundo a NHK. Os geradores de emergência poderão manter a fábrica da Tomari a funcionar durante pelo menos sete dias, através do fornecimento de combustível diesel armazenado nas suas instalações. Ambas as entidades acrescentaram que o terramoto não parece causar nenhuma irregularidade nas principais instalações da central e que os postos de monitorização de radiação não registaram alterações.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Tufão causa pelo menos 11 mortos e centenas de feridos [dropcap style=’circle’]P[/dropcap]elo menos 11 pessoas morreram e centenas ficaram feridas no Japão, na sequência do tufão Jebi, considerado o mais violento a atingir directamente o arquipélago em 25 anos, informou a televisão pública NHK. “Este tufão causou sérios danos, especialmente na região de Osaka”, disse ontem o primeiro-ministro nipónico, Shinzo Abe, que prometeu “o máximo de esforços para resolver a situação e reabilitar as infra-estruturas”. A passagem do ciclone trouxe chuvas torrenciais e ventos fortes, com rajadas que atingiram nalguns locais os 220 quilómetros/hora. O Jebi, o vigésimo primeiro tufão desta temporada no Pacífico, foi catalogado como “muito forte” pela Agência Meteorológica do Japão, o primeiro com esta intensidade a chegar ao arquipélago desde 1993. O Japão foi atingido por vários tufões e chuvas torrenciais este Verão. Uma grande parte do oeste do Japão foi atingida no início de Julho por fortes inundações e deslizamentos de terra que resultaram na morte de mais de 200 pessoas e milhares de desalojados, naquele que foi considerado o mais grave desastre meteorológico no país desde 1982.
Hoje Macau China / ÁsiaTufão no Japão causa pelo menos 11 mortos e centenas de feridos [dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]elo menos 11 pessoas morreram e centenas ficaram feridas no Japão, na sequência do tufão Jebi, considerado o mais violento a atingir diretamente o arquipélago em 25 anos, informou a televisão pública NHK. “Este tufão causou sérios danos, especialmente na região de Osaka”, disse hoje o primeiro-ministro nipónico, Shinzo Abe, que prometeu “o máximo de esforços para resolver a situação e reabilitar as infraestruturas”. A passagem do ciclone trouxe chuvas torrenciais e ventos fortes, com rajadas que atingiram nalguns locais os 220 quilómetros/hora. O Jebi, o vigésimo primeiro tufão desta temporada no Pacífico, foi catalogado como “muito forte” pela Agência Meteorológica do Japão, o primeiro com esta intensidade a chegar ao arquipélago desde 1993. O Japão foi atingido por vários tufões e chuvas torrenciais este verão. Uma grande parte do oeste do Japão foi atingida no início de julho por fortes inundações e deslizamentos de terra que resultaram na morte de mais de 200 pessoas e milhares de desalojados, naquele que foi considerado o mais grave desastre meteorológico no país desde 1982.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Mais de 600 voos cancelados com chegada de tufão [dropcap style=’circle’]M[/dropcap]ais de 600 voos foram cancelados no Japão devido aos ventos fortes e chuvas intensas com a aproximação do tufão Jebi, que a Agência Meteorológica daquele país prevê para as regiões oeste e leste do território. Além das companhias aéreas, que cancelaram mais de 600 voos ontem, os serviços de comboio locais e as linhas de alta velocidade, como a rota Osaka-Hiroshima, foram suspensos. Algumas empresas recomendaram que os funcionários trabalhem em casa, as escolas encerraram e a actividade comercial foi interrompida, como o parque temático Universal Studios Japan em Osaka, relatou a agência de notícias japonesa Kyodo. A pressão atmosférica detectada e as rajadas de vento até 216 quilómetros por hora, provocadas pelo tufão, levaram a agência a descrevê-lo como o mais poderoso que chega ao arquipélago nesta temporada e o mais forte em 25 anos, se mantiver a mesma intensidade quando chegar a terra. O Jebi, o vigésimo primeiro tufão desta temporada no Pacífico, catalogado como “muito forte” pela Agência Meteorológica do Japão, deve atingir a ilha de Shikoku (oeste) ou a península de Kii por volta das 12:00. O Japão foi atingido por vários tufões e chuvas torrenciais este verão. Uma grande parte do oeste do Japão foi atingida no início de Julho por fortes inundações e deslizamentos de terra que resultaram na morte de mais de 200 pessoas e milhares de desalojados, naquele que foi considerado o mais grave desastre meteorológico no país desde 1982.
Sofia Margarida Mota Entrevista EventosPamela Chan, directora da Taipa Village Culture Association : “Um lugar romântico” A Taipa Village Culture Association é uma entidade dedicada à promoção da Taipa Velha como destino a conhecer, não só para turistas como para residentes. Nos próximos dias 22 e 23 de Setembro, a associação promove um festival dedicado ao Japão onde não vai faltar música, artesanato e costumes nipónicos [dropcap]A[/dropcap]A Taipa Village Cultural Association está a organizar um festival dedicado à cultura japonesa. Porquê? Tanto eu como o meu sócio somos fãs da cultura japonesa. Foi essa a principal razão que nos levou a organizar este evento. Trata-se de uma cultura muito rica. Não é a primeira vez que existe uma iniciativa do género. Em 2005, Macau chegou a ter um festival idêntico mas centrado essencialmente na música. Achámos que deveríamos trazer o Japão de volta. Este evento pretende oferecer mais do a música japonesa. Queremos integrar outros elementos que caracterizam aquele país. A Taipa está cheia, por exemplo, de ofertas gastronómicas relacionadas com a cozinha macaense e portuguesa, até porque Macau está muito ligado a estas duas culturas. Nós concordamos, mas achamos que é bom promover outras culturas também. O objectivo é ter lugar para uma verdadeira diversidade cultural e trazer novos elementos à vila da Taipa. Por outro lado, a cultura Japonesa também é muito popular por cá, tanto em Macau, como na região vizinha de Hong Kong e mesmo junto das pessoas do continente. Para este evento queremos trazer elementos ligados à música, à gastronomia, e mesmo à moda e ao artesanato. Também pensamos que está na altura de promover mais laços culturais entre o território e o Japão. Através da interacção com referências culturais japoneses podemos tentar a sua inserção dentro das culturas macaenses e portuguesas. O que mais gosta na cultura japonesa? Da comida, até porque há muitos restaurantes japoneses em Macau, o que facilita este contacto gastronómico. Que actividades destaca no cartaz do festival? Vai haver muita música e muita gastronomia, mas também workshops relacionados com artesano. Vamos ter artes marciais, costumes ligados aos rituais religiosos, vamos ter quimonos e ensinar as técnicas para os vestir. Vamos ensinar ainda várias técnicas tradicionais de produção de objectos decorativos e acessórios de moda. Vai haver também um workshop de caligrafia para o qual convidámos professores para ensinar a arte de escrever em japonês. FOTO: Sofia Mota Esta é uma forma de diversificar a oferta turística do território? Tentamos promover sempre a arte e a cultura. Este ano, por exemplo, é o ano da gastronomia e nós queremos não só promover eventos ligados a este tema dentro da nossa programação, mas tentamos ainda fazer actividades culturais paralelas que possam trazer mais pessoas à vila da Taipa. Fazemos eventos especiais tanto para os locais como para os turistas. Ao ter um conjunto de eventos a decorrer aqui na Taipa conseguimos atrair as pessoas cá, mas também conseguimos promover estadias de mais tempo aqui na Taipa. Não queremos que as pessoas venham à vila só para jantar e fazer compras. Queremos que elas possam ter mais opções e que fiquem por mais tempo. Temos, por exemplo, actividades de pintura facial e outro tipo de eventos mais orientados para a família e mesmo para as crianças. Com eles, além dos turistas também queremos proporcionar mais lazer à população local. Temos rotas gastronómicas que passam por vários restaurantes para dar a provar uma variedade maior de produtos. Como associação, o nosso foco está mais direcionado para actividades artísticas e culturais. Neste momento, estamos também com projectos em que queremos envolver os estudantes do ensino secundário. Porquê esta aposta nos mais novos? O objectivo é ensinar às futuras gerações mais sobre a história da Taipa e de Macau. Já estamos a trabalhar com uma escola sino-portuguesa para estudar melhor o mercado e ver se funciona, mas acreditamos que sim, que funciona. A ideia é ajudar os estudantes a conhecer e, ao mesmo tempo, inspirar para o conhecimento da Taipa através de actividades que promovam o divertimento, como concursos, etc. A ideia é também convidar a comunidade a disfrutar da nossa terra. A próxima geração é muito importante. Tentamos educar as nossas crianças acerca da particularidade de Macau com a sua mistura entre a cultura portuguesa e a chinesa. Isto é uma coisa que temos que transmitir e reforçar. Para si, o que tem a vila da Taipa de especial? É uma vila muito única e cheia de história. Está perto de tudo e temos bons acessos. É muito diversificada e tudo de uma forma muito concentrada. É também um bom lugar para todos, para famílias, para crianças, para jovens e para casais, porque é um lugar romântico.
Hoje Macau EventosFogo de Artifício | Equipas do Japão e da Bélgica concorrem no sábado [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]26º Festival Internacional de Fogo de Artifício arrancou no passado dia 1 e continua no próximo sábado, dia 8, com a participação das equipas do Japão e da Bélgica. Para o dia 15 de Setembro está agendada a actuação da equipa portuguesa e francesa, sendo que as equipas da Alemanha e Áustria actuam no sábado seguinte, dia 24 e as equipas da China e Itália competem no dia 1 de Outubro. No largo da Torre de Macau decorrem duas actuações por noite, marcadas às 21h e 21h40, cada um com 18 minutos de duração. De acordo com um comunicado oficial, “as cinco noites de espectáculo de fogo-de-artifício decorrem sob os temas ‘Harmonia das Cores Mágicas’, ‘A Fantasia do Fogo-de-Artifício’, ‘Sonoridades do Céu’, ‘Uma Noite Cintilante de Luar de Outono’ e ‘Celebração do Dia Nacional com Fogo-de-Artifício’”. Este ano, as dez equipas que participam no festival “possuem uma rica experiência na realização de grandes exibições pirotécnicas multimédia, algumas produziram espectáculos pirotécnicos para grandes celebrações nacionais de diferentes países, e foram premiadas em vários concursos internacionais de fogo-de-artifício, prometendo espectáculos memoráveis para os residentes e visitantes”. De Portugal chega o Grupo Luso Pirotecnia, que venceu concursos de fogo-de-artifício no Canadá, República Checa, Estados Unidos, França e Alemanha, e que produziu o espectáculo pirotécnico do Campeonato do Mundo da FIFA de Sub-20 de 2011, em Bogotá, na Colômbia. À margem do festival, decorre, em parceria com a União Geral das Associações dos Moradores de Macau, o arraial do fogo de artifício, “com gastronomia, espectáculos e jogos, enriquecendo a atmosfera das noites de exibições pirotécnicas”. O arraial está aberto ao público desde o dia 1 de Setembro.
Andreia Sofia Silva SociedadeSem novidades no Japão, Lawrence Ho concretiza no Chipre [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]concessionária de jogo Melco Crown divulgou ontem os resultados financeiros relativos aos primeiros seis meses deste ano. De acordo com um comunicado, a Melco Crown “teve resultados financeiros e operativos na primeira metade do ano, apesar dos desafios do mercado de jogo de Macau”. Na prática, os lucros triplicaram em relação ao igual período de 2017. Se nos primeiros seis meses do ano passado os lucros foram de 355,4 milhões de dólares de Hong Kong, esse valor cifrou-se nos 1,1 mil milhões de dólares de Hong Kong, ou seja, um aumento de 200 por cento. As receitas liquidas da operadora foram 19,8 mil milhões de dólares de Hong Kong. Apesar do Japão se manter “o foco principal do grupo a longo prazo”, e da abertura de um escritório em Osaka no primeiro semestre deste ano, a verdade é que a Melco Crown tem vindo a concretizar mais projectos na Europa, nomeadamente no Chipre. “No Chipre, enquanto o City of Dreams Mediterranean está em desenvolvimento, todas as atenções estão voltadas para outro projecto de grande escala que é a pré-abertura dos casinos Cyprus, em Junho. No horizonte estão também três casinos satélite que deverão arrancar as suas operações em Nicósia, Larnaca e Paphos este ano, enquanto que o casino satélite em Famagousta deverá arrancar as operações na primavera de 2019”, aponta o comunicado ontem divulgado. Lawrence Ho, CEO da Melco Crown, prevê a conclusão do primeiro resort integrado do Chipre, o City of Dreams Mediterranean, em 2021. Em relação ao Japão, é, para já, “um mercado com um enorme potencial dentro dos grandes destinos de jogo da Ásia, ficando em segundo lugar apenas em relação a Macau”. No que diz respeito ao sector do jogo, Lawrence Ho revela-se optimista. “A nossa estratégia de crescimento de longo prazo passa pelo mercado de massas, o qual acreditamos que nos irá levar a um crescimento sustentável e a mais lucros para a nossa indústria. Vamos continuar a investir tanto no segmento VIP como no mercado de massas e a diversificar o nosso portfólio para atrair mais turistas para a nossa área de entretenimento e lazer.”
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Mais de 10 feridos e 60 voos cancelados na passagem do tufão Cimaron [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]passagem do tufão Cimaron provocou mais de 10 feridos e levou ao cancelamento de 60 voos no oeste do Japão, a mesma zona afectada por chuvas torrenciais, em Julho, que causaram na altura 220 mortes. O tufão atravessou o oeste do arquipélago japonês e atingiu o Mar do Japão, tendo a sua intensidade sido reduzida, tornando-se num ciclone extratropical, segundo a Agência Meteorológica do Japão. A passagem do tufão por Osaka, Aichi e Shikoku causou fortes chuvas, inundações e ventos, além do risco de deslizamentos, o que levou as autoridades japonesas a manterem o nível de alerta nessas áreas. Treze pessoas ficaram feridas em vários incidentes relacionados com a passagem do tufão, incluindo um acidente de trânsito numa ponte na província de Hyogo. A passagem da tempestade em algumas das áreas onde ocorreram mais vítimas, devido às fortes inundações, em Julho, levou as autoridades japonesas a exercer extrema cautela. Em declarações obtidas pela agência de notícias japonesa Kyodo, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, afirmou que as fortes chuvas devem continuar, mesmo após a passagem do tufão, e pediu às autoridades locais para “reforçarem a vigilância particularmente face a possíveis inundações e deslizamentos de terra”. O tufão Cimaron é o segundo a afectar o arquipélago japonês na semana passada depois de passar pelo sudoeste do território de Soulik.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Fins científicos justificam a captura 177 baleias [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Japão capturou 177 baleias durante sua temporada de pesca de cetáceos que tem lugar na costa norte do arquipélago no Verão, uma acção que os nipónicos explicam ter uma finalidade científica, informou ontem a Agência Nacional de Pesca. O Japão sustenta que o objectivo da captura das baleias passa por contribuir para a gestão e conservação dos recursos marítimos, analisando o conteúdo dos seus estômagos, cujos resultados são depois enviados à Comissão Internacional da Baleia. A actividade baleeira japonesa tem sido alvo de críticas por parte da comunidade internacional e organizações de animais, que a classificam de pesca comercial encapotada, uma vez que a carne dos espécimes estudados é posteriormente vendida. O país nipónico afirma que a análise também é usada com o objectivo de calcular uma quota adequada para a captura de baleias, de acordo com o comunicado divulgado pela entidade pesqueira japonesa.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Robôs nas salas de aula para ensinar inglês [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Governo do Japão vai introduzir robôs com inteligência artificial capazes de falar inglês nas salas de aula para ajudar as crianças a melhorar suas competências orais, noticiou ontem a emissora pública nipónica NHK. O Ministério da Educação do Japão pretende lançar um teste piloto para testar a eficácia da iniciativa em Abril de 2019 em 500 escolas, com o objectivo de alargar o projecto a todo o país no espaço de dois anos. Os alunos vão receber ainda aplicações de estudo e sessões de conversação online com falantes nativos de inglês, uma alternativa à falta de fundos que impede o recrutamento de professores para leccionarem aquela disciplina. A aprendizagem do inglês é um dos assuntos que preocupam as autoridades daquele país asiático, que querem ver melhorias no ensino antes do aumento no número de turistas esperados durante os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020. Os dados mais recentes do Índice de Proficiência em Inglês são de 2017 e atribuem ao Japão a 37ª posição numa lista que incluiu um total de 80 países. O último ‘ranking’ criado a partir do TOEFL (Teste de Inglês como Língua Estrangeira) publicado no mesmo ano revela que o Japão é um dos países asiáticos com as piores notas, apenas acima do Laos, e onde a pontuação baixa alcançada na prova oral se destaca como uma das piores do mundo ao lado de Burkina Faso ou do Congo.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Autoridades investigam Apple por pressão ilegal sobre a Yahoo [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Comissão de Comércio Justo e o Ministério da Indústria japoneses estão a investigar a Apple por supostamente ter pressionado a Yahoo Japão a abandonar uma plataforma de jogos que concorre com a App Store, noticiou ontem o jornal Nikkei. A Yahoo informou os reguladores japoneses pela primeira vez no final de 2017 sobre os problemas relacionados com a plataforma online Game Plus, um serviço exclusivo daquele país lançado em Julho do ano passado e que permite aos utilizadores jogar sem baixar aplicações. Cinquenta empresas inicialmente aderiram ao projecto que a Yahoo pretendia expandir para outras áreas graças à sua rede de mais de 60 milhões de utilizadores activos por mês, a partir dos quais recolheria uma série de dados para ajudar as editoras na comercialização. A empresa, no entanto, cortou abruptamente o orçamento para a Game Plus no Outono e quase abandonou as acções de promoção do serviço. De acordo com o jornal Nikkei, a Yahoo disse a vários parceiros de negócios que foi forçada a abandonar a plataforma devido a pressões da Apple, da qual depende para obter parte de seus lucros com vendas feitas através da App Store. A empresa de tecnologia norte-americana teria visto na plataforma da Yahoo uma ameaça para a rede de fornecedores e anunciantes que tem na sua loja de aplicações. A Comissão Japonesa de Comércio Justo tem reunido informações sobre as alegações, que acredita serem uma interferência da Apple nos negócios da Yahoo que violariam a lei antimonopólio daquele país asiático, indicou o jornal Nikkei. Não é a primeira vez que a Apple é alvo de acusações similares. Em Julho, a Comissão do Comércio Justo revelou que a Apple tinha forçado fornecedores de serviços móveis no Japão a vender os seus iPhone a baixo preço e a cobrar taxas mensais mais caras, limitando as opções dos consumidores e a concorrência.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Reafirmado compromisso pacifista no aniversário da rendição O Japão comemorou ontem o 73.º aniversário da sua rendição na II Guerra Mundial, um evento que terminou com o conflito, numa cerimónia em que o primeiro-ministro e o imperador reafirmaram o compromisso pacifista [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Japão “iniciou um caminho de respeito pela paz depois da guerra e ajudou a construir um mundo melhor”, disse o primeiro-ministro, Shinzo Abe, num evento realizado no Estádio Nippon Budokan, em Tóquio, perante cerca de seis mil pessoas. Abe sublinhou que “para não se repetir a tragédia da guerra” o seu país deveria “olhar modestamente a História” para manter o seu compromisso pacifista. “Vamos tentar resolver os problemas que geram conflitos e faremos o possível para garantir um mundo em que as pessoas possam viver em paz”, defendeu, acrescentando que este compromisso será seguido pelas novas gerações. O primeiro-ministro japonês, mais uma vez, evitou mencionar no seu discurso as agressões do Exército Imperial Japonês aos países vizinhos desde o início do século XX, uma atitude criticada pela China e Coreia do Sul, aqueles que mais sofreram com o imperialismo japonês. Sinais de arrependimento foram uma constante no evento desde 1994, mas Shinzo Abe tem evitado incluir tal menção nos seus discursos desde que chegou ao poder em Dezembro de 2012. Última missão O imperador Akihito, naquela que foi a sua última participação no evento antes da abdicação prevista para o final de Abril de 2019, enviou os pêsames a “todo o povo japonês por todos aqueles que perderam as suas vidas”. “Revendo o passado com profunda reflexão, desejo com afinco que não se repita a guerra”, afirmou Akihito. “Nestes 73 anos após o fim da guerra, o nosso país tem desfrutado de paz e prosperidade graças aos esforços constantes do povo japonês. Porém, lembrando aqueles momentos difíceis, eu não posso evitar sentir-me emocionado”, disse o imperador, de 84 anos. Os participantes da cerimónia, entre eles cerca de cinco mil familiares dos mortos durante a guerra, realizaram um minuto de silêncio pelos 2,3 milhões de soldados e 800 mil civis que perderam a vida, uma contabilidade que inclui as vítimas de Hiroshima e Nagasaki.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Nove mortos em acidente de helicóptero [dropcap style=’circle’]N[/dropcap]ove pessoas morreram no Japão na sequência da queda de um helicóptero durante um exercício de resgate numa zona montanhosa do país, anunciaram no fim-de-semana as autoridades japonesas. De acordo com agência Associated Press (AP), o helicóptero despenhou-se na sexta-feira, numa região montanhosa da província de Gunma, uma hora depois de descolar. As autoridades confirmaram a morte de todos os tripulantes, a maioria pertencentes a uma unidade de emergências. Os ‘media’ japoneses citam testemunhas que avistaram o helicóptero a voar “extremamente baixo” e sob más condições mete
Hoje Macau China / ÁsiaJapão envia inquérito a universidades após escândalo na admissão de mulheres [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]governo japonês lançou um inquérito a todas as universidades de medicina do país, depois de uma faculdade ter admitido que manipulou, durante anos, os exames de acesso ao curso para admitir menos mulheres. O Ministério da Educação pediu às 81 instituições públicas e privadas do país para verificarem os procedimentos de admissão, bem como a proporção de mulheres e homens entre os candidatos aprovados. “Se as respostas não forem aceitáveis, faremos novas perguntas e visitaremos as instituições”, garantiu um porta-voz do ministério, acrescentando que os resultados ao inquérito serão publicados já no próximo mês. Uma universidade privada de medicina, em Tóquio, admitiu esta semana ter manipulado, durante vários anos, os resultados dos exames de acesso à instituição com o objectivo de admitir menos mulheres. O objectivo passava por garantir que as mulheres não representassem mais de 30 por cento do número total de estudantes na competição. “Este caso é extremamente lamentável”, afirmou o ministro da Educação, Yoshimasa Hayashi, apelando às instituições para cooperarem plenamente nas respostas ao inquérito. A ministra da Justiça, Yoko Kamikawa, sublinhou que as “mulheres não devem ser injustamente discriminadas no Japão, seja em que situação for”. No Japão, aproximadamente metade das mulheres deixa definitivamente os seus empregos depois de se tornarem mães, devido a factores socioculturais e dificuldades em conciliar a vida familiar e profissional. O Governo de Shinzo Abe lançou a estratégia “Womenomics” para promover uma maior participação feminina no trabalho, mas o país continua a registar uma diferença salarial significativa entre homens e mulheres, bem como uma diminuta presença do género feminino nas grandes empresas e na classe política.
José Simões Morais h | Artes, Letras e IdeiasPortos da China e Japão abertos ao comércio [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]China, desde que perdera por via militar a I Guerra do Ópio, percebera ter sido tecnicamente suplantada pois ficara fora da intelectual inteligência do renascimento ocidental, sussurrada aos ouvidos do Imperador Kang Xi (1662-1722) quando ainda criança. Sinergia entre Ocidente e Oriente trazida pelos jesuítas para dentro do Palácio Imperial, onde entraram através da Matemática, Astronomia e relógios, e por oferendas como âmbar cinzento, brinquedos, rapé e quadros pintados em perspectiva. Por ordem do segundo Imperador Qing, em 1708 começaram a ser cartografadas todas as regiões do Império, colaborando os jesuítas nesse trabalho. Compilado em 1718, foi guardado num dos pavilhões imperiais e aí ficou; já os missionários, com o valioso e estratégico mapa da China, enviaram-no aos Superiores na Europa. A manchu Dinastia Qing (1644-1911), a última das imperiais dinastias chinesas, a partir do quarto Imperador Qian Long (Gao Zong, 1735-1795) começou a entrar em decadência. Em 1781, a Companhia Inglesa das Índias Orientais sem nada para trocar de interesse com os chineses, começou a enviar ópio para a China. Com o sexto Imperador Dao Guang (Xuan Zong, 1821-1850) ocorreu a I Guerra do Ópio (1839-42), devido à recusa do governo imperial em aceitar essa droga, “levando as costas marítimas chinesas a serem fustigadas pelos canhões dos 38 navios de guerra, com 4 mil tropas britânicas que terminou com a assinatura do Tratado de Nanjing a bordo da nau inglesa Cornwallis a 29 de Agosto de 1842 (24.º dia da 7.ª lua do 22.º ano do Imperador Tao-kuang). Sir Henry Pottinger, por parte da Grã-Bretanha e o comissário imperial Ki-ing I-li-pu (Qiying) e Neu-kien, por parte da China, sendo as ratificações trocadas em Hong Kong a 26 de Junho do ano seguinte”, segundo Marques Pereira e nesse tratado “o Imperador da China ficou obrigado a pagar a soma de 21 milhões de patacas, a título de indemnizações da I Guerra do Ópio e outras, no prazo de três anos e quatro meses, contados desta data da assinatura, e outrossim a abrir inteiramente ao comércio estrangeiro os portos de Cantão, Amoy, Fuchau, Ningpo e Shanghai, admitindo neles cônsules e adoptando razoáveis tarifas de direitos. Foi pelo mesmo tratado confirmada a cessão da ilha de Hong Kong à Rainha Victoria e a seus herdeiros e sucessores, e aceitação da ocupação das ilhas de Chu-san e Ku-lang-su até à completa abertura dos portos mencionados e integral pagamento das indemnizações.” Tamanha humilhação marcou a viragem da China Imperial para um semi-feudal e colonizado país. Após o Tratado de Nanjing, os britânicos controlavam o comércio marítimo da China e as outras potências Ocidentais, como a França, a Alemanha, a Rússia e os EUA, assistindo à fraqueza dos governantes chineses decidiram fazer pressão para obterem também privilégios, concessões e território. Os Estados Unidos em 1844 assinaram em Macau o Tratado de Wangxia, que concedeu os direitos dados aos ingleses e reduzia as taxas sobre os barcos americanos, podendo estes navegar nas águas interiores da China. Crimes cometidos por cidadãos americanos na China seriam apenas julgados por tribunais americanos, mesmo os relacionados com a morte de chineses por americanos. Aceitação da civilização ocidental O Japão (Nippon para os japoneses) mantivera-se fora do mundo desde 1639 devido aos Éditos de Isolamento que o Shogunato Tokugawa (1603-1867) sucessivamente foi proclamando, até que a 11 ou 12 de Fevereiro de 1854, o comodoro americano Mathew C. Perry regressou ao Japão com uma esquadra de sete navios para saber a resposta à carta do presidente Norte Americano Millard Fillmore (1850-1853), por ele aí deixada um ano antes, quando em 8 de Julho de 1853 na Baía de Yedo (Tóquio) aportara na primeira vez. Recebido a 14 de Fevereiro, exigia a abertura dos portos japoneses ao comércio americano. O shogun adiando a resposta, pois a corte imperial em Quioto era defensora da guerra para não deixar entrar as potências estrangeiras, logo recebeu a ameaça: . Tal levou em Março de 1854 o Presidente do Conselho dos Veteranos, Abe Masahiro a assinar o acordo com os americanos, onde o Japão abria portos ao comércio. As reformas no Japão iniciaram-se com aquisições de armamento e navios de guerra, dando-se em 1855 a abertura com instrutores estrangeiros das escolas Naval e Militar. Em 1858, o governo shogunal assinava novos tratados, agora com a Holanda, Rússia, Inglaterra e França, e ao ser obrigado a abrir mais portos aos estrangeiros perdeu força interna para os partidários do imperador, começando o declínio do regime de shogunato, que vigorará até 1867. Os estrangeiros, comerciantes e diplomatas, estabelecem-se no Japão e muitos jovens japoneses vão para a Europa e EUA estudar. Era aprender com o Ocidente, compreender os seus modelos para conseguir o melhor e negociar em pé de igualdade. Desde 1603 a família Tokugawas detinha o poder e quando o shogun Iemochi morreu sucedeu-lhe Yoshinobu a 29 de Agosto de 1866. A 25 de Janeiro de 1867, “Os jornais e as cartas são unânimes em afirmar grandes reformas sociais no Japão, devidas sem dúvida às ideias progressistas do novo taicun (taiko, Grande Príncipe). Os nobres do império principiavam a usar trajes europeus e a empregarem carruagens em seu serviço. Todos os vapores que actualmente partem dos portos abertos ao comércio, conduzem japoneses para a Europa, que vão visitar a exposição de Paris, e muitos jovens enviados pelos seus parentes aos colégios de educação. Uma escola se ia abrir em Yokohama, dirigida por ingleses, para os filhos do país, à imitação da escola para o mesmo fim criada pelos franceses e estabelecida no distrito de Yokohama, conhecido pelo nome de Benten. O governo (japonês) adoptou um figurino francês para fardar e equipar o seu exército, tendo engajado alguns instrutores franceses. O Dr. Maggowan, chegado àquele país, apresentou uma proposta para estabelecer um telégrafo eléctrico entre a capital do império e os portos abertos, excelentemente acolhida, com os trabalhos a começar para se fixar o fio eléctrico entre Yeddo e Yokohama e crendo ficar concluído ainda este ano. Afirma-se que já o novo Taicun dirigira aos ministros estrangeiros residentes, o convite para o irem visitar ao seu palácio em Osaka e supõem todos que nesta ocasião se tratará da grande questão pendente, a abertura do porto de Hiogo”, segundo Boletim do Governo de Macau e Timor, 1867. Levadas a sério as ameaças americanas, com espelho na humilhação que a China passava, em 1868 o Japão colocou no poder com 15 anos de idade o Imperador Meiji e em galopante transformação radical se modernizou pela matriz ocidental de competição e guerra, até atingir um Império na Ásia
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte | ONU e Japão insistem na desnuclearização total [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]ONU e o Japão insistiram ontem na necessidade de a Coreia do Norte cumprir plenamente os compromissos assumidos para uma total desnuclearização do país, processo esse que deve ser “verificável e irreversível”. Esta posição foi assumida pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, e pelo primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, em breves declarações aos jornalistas após um encontro em Tóquio focado em vários temas da actualidade internacional. Guterres está a realizar uma visita oficial ao Japão e participa hoje na cerimónia que assinala o 73.º aniversário do ataque nuclear pelos Estados Unidos à cidade nipónica de Nagasaki. Três dias antes, a 6 de Agosto de 1945, as forças norte-americanas já tinham largado uma bomba de urânio (a primeira bomba nuclear alguma vez utilizada em contexto de guerra) sobre outra cidade japonesa, Hiroshima. Após o encontro com o primeiro-ministro japonês, Guterres declarou que a ONU está “totalmente comprometida” na desnuclearização da Coreia do Norte, frisando ainda que, enquanto secretário-geral da Nações Unidas, está igualmente empenhado na aplicação de “todas as resoluções relevantes do Conselho de Segurança” que envolvam Pyongyang. “É um objetivo que todos partilhamos, ver uma total desnuclearização que seja verificável e irreversível, de forma a certificarmo-nos que a Coreia do Norte pode ser um membro normal da comunidade internacional nesta região”, prosseguiu Guterres. “Nunca mais Nagasaki, nunca mais Hiroshima (…) é também a mensagem das Nações Unidas”, afirmou Guterres, fazendo ainda outra menção histórica, mas desta vez relacionada com Portugal. O ex-primeiro-ministro português recordou que foi em Nagasaki que os primeiros portugueses chegaram ao Japão no século XVI.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Dezenas de voos cancelados em Tóquio devido a tufão [dropcap style=’circle’]M[/dropcap]ais de 100 voos foram ontem cancelados em dois dos principais aeroportos de Tóquio, devido à aproximação de um tufão da capital japonesa e com a chuva a começar a fustigar a cidade. Segundo os meios de comunicação social locais, mais de 130 voos foram cancelados nos dois principais aeroportos de Tóquio. O tufão Shanshan poderá atingir os 125 quilómetros por hora e com rajadas de vento até aos 180 quilómetros por hora. O impacto da tempestade foi sentido em Tóquio e áreas vizinhas durante a noite de ontem, antes de subir a costa do Pacífico para o nordeste do Japão.
Hoje Macau China / ÁsiaDesporto | Japão pondera alterar o fuso horário para os Jogos Olímpicos [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]possibilidade de alterar o fuso horário durante os Jogos Olímpicos surge numa altura em que uma onda de calor, que matou 120 pessoas este ano, está a preocupar as autoridades. O Governo japonês ainda não decidiu se esta será ou não a melhor medida a adoptar, mas um primeiro teste pode ser feito já no próximo ano. “Planeámos medidas amplas, como começar as provas mais cedo, ter mais vegetação e pavimentos que inibem o calor”, anunciou o secretário-chefe do gabinete, Yoshihide Suga. Segundo a informação avançada pela BBC, as autoridades olímpicas pediram ao primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, para que alguns eventos sejam programados nas primeiras horas da manhã. Outra das medidas inovadoras para estas olimpíadas japonesas é, como não poderia deixar de ser, tecnológica. Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio 2020 vão utilizar um inovador sistema de reconhecimento facial com tecnologia artificial para garantir a segurança dos atletas, anunciaram ontem os organizadores. Segundo a NEC, a empresa responsável pelo desenvolvimento do sistema “o principal objectivo é fortalecer as medidas de segurança. O sistema de reconhecimento facial, que será utilizada por atletas e pessoas acreditadas, consiste na confirmação da identidade através de uma foto pré-gravada e armazenada num ‘chip’ colocado na acreditação. O vice-presidente da NEC, Masaaki Suganuma, explicou que serão necessários 0,3 segundos para o reconhecimento e garantiu que o sistema permitirá realizar controlos 2,5 vezes mais rápidos do que os procedimentos baseados na leitura de códigos de barras. Segundo a empresa, o sistema, que “evitará qualquer entrada fraudulenta”, será também importante para uma entrada rápida nos recintos, tendo também em conta as elevadas temperaturas nos meses de julho, agosto e setembro. Quem vê caras A tecnologia de reconhecimento facial desenvolvida pela NEC foi testada nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio2016, nas instalações utilizadas pelos meios de comunicação japoneses. Outra das prioridades é aproveitar o cariz mundial do evento para reforçar a posição do Japão globalmente. Assim sendo, as cerimónias dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 combinarão as diversas facetas do espírito do Japão, anunciou Mansai Nomura, prestigioso actor do teatro tradicional japonês, escolhido para dirigir a abertura e o encerramento do evento. A designação de Mansai Nomura como director artístico sugere que as artes tradicionais devem ocupar um espaço importante nos eventos. “Darei o melhor de mim para que as cerimónias dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos sejam simples, mas que exprimam a riqueza do espírito do Japão”, afirmou Nomura. “Quero mostrar todas as cores de nossa paleta”, completou. A equipa de direcção artística de Nomura inclui Hiroshi Sasaki, o homem que fez aparecer no estádio do Maracanã no encerramento dos Jogos Rio-2016 o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, disfarçado da personagem icónica dos jogos de vídeo Mario, no momento da passagem da chama olímpica à cidade de Tóquio. Sasaki negou a repetição do ‘Abe Mario’, por considerar que perderia o factor surpresa, mas prometeu “algo mais espectacular”. Os Jogos Olímpicos Tóquio2020 decorrem entre 24 de Julho e 9 de Agosto, enquanto os Paralímpicos vão ser disputados entre 25 de Agosto e 6 de Setembro.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Universidade manipulou exames para admitir menos mulheres Uma universidade privada de medicina em Tóquio manipulou, supostamente durante vários anos, os resultados dos exames de acesso à instituição com o objectivo de admitir menos mulheres [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] caso está a ser investigado por um escritório jurídico contratado pela própria universidade, que aguarda nas próximas semanas por conclusões que esclareçam melhor a situação, disse ontem um porta-voz daquele estabelecimento do ensino superior à agência de notícias Efe. O caso foi tornado público no momento em que o Ministério Público de Tóquio investiga a mesma universidade pela suposta pressão exercida por um alto funcionário do Ministério da Educação, Ciência e Tecnologia para que esta admitisse o seu filho, sob a ameaça de retirar a ajuda pública. A Universidade de Medicina de Tóquio começou a manipular os resultados obtidos pelos candidatos para estudar medicina em 2011, depois de ter registado um aumento no número de alunas no ano anterior. Naquele ano, 40 por cento dos novos alunos da universidade privada eram mulheres, o dobro do registado em 2009. Mais adequados Desde então, o conselho de administração da universidade aplicou critérios mais restritivos na avaliação de mulheres nos exames de admissão de forma a manter a percentagem de estudantes do sexo feminino em cerca de 30 por cento do total de novos alunos, segundo o jornal Yomiuri, que cita fontes ligadas ao processo, mas sem as identificar. Na base da manipulação estaria a ideia de que os homens são mais adequados à profissão médica, porque as mulheres japonesas frequentemente param de trabalhar depois de se casarem e de terem filhos, segundo o jornal japonês. No Japão, aproximadamente metade das mulheres deixa definitivamente os seus empregos depois de se tornarem mães, devido a factores socioculturais e dificuldades em conciliar vida a familiar e profissional neste país asiático. O Governo lançou a estratégia “Womenomics” para promover uma maior participação feminina no trabalho, mas o país continua a registar uma diferença salarial entre homens e mulheres, bem como uma diminuta presença do género feminino nas grandes empresas e na classe política.
Hoje Macau SociedadeOperadoras do Jogo de Macau piscam o olho a concessões no Japão Operadoras de jogo em Macau pretendem garantir uma licença no Japão, depois do parlamento nipónico ter aprovado a lei que permite a abertura de três casinos a partir de meados de 2020 [dropcap style≠‘circle’]“A[/dropcap]creditamos que a Las Vegas Sands, MGM (…) e a Melco Resorts estão entre os operadores de casinos com maior probabilidade de obter uma licença no Japão”, disse Margaret Huang, especialista no jogo na Ásia, à agência Lusa. Para a analista da Bloomberg, o grupo Las Vegas Sands provou o seu modelo de negócio em Las Vegas, Macau e Singapura, sendo que este último teve grande influência na decisão do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, em fazer um esforço para que a lei fosse aprovada. “A Las Vegas Sands está muito interessada em investir nas cidades de Tóquio, Yokohama e Osaka, se lhe for dada essa oportunidade”, disse à Lusa, o grupo, poucos dias depois da lei que permite a abertura de três casinos ter sido aprovada, no dia 20 de Julho. Em resposta a agência Lusa, a Galaxy Entertainment demonstrou interesse em conseguir uma das três vagas existentes. “Estamos ansiosos para continuar o diálogo com o Governo”, respondeu o grupo, através do seu gabinete no Japão. “Vamos trabalhar em estreita colaboração com o Governo, empresas e fornecedores locais japoneses e com os nossos parceiros internacionais para criar um destino de entretenimento de classe mundial” acrescentou o grupo, que acredita que esta lei vai ajudar “o objectivo do Governo japonês em atrair 60 milhões de visitantes até 2030”. No dia 20 Julho, dia em que a lei foi aprovada pelo parlamento nipónico, o presidente executivo da MGM reagiu demonstrando a sua satisfação e confiança em conseguir uma licença para a construção de um ‘resort’ integrado. A aprovação da lei “permite-nos avançar com uma colaboração com os parceiros comerciais japoneses para definir uma visão para um ‘resort’ integrado, de classe mundial (…) a MGM orgulha-se de ter fornecido pesquisa académica e análise económica e de ter feito várias sessões de estudo com especialistas de todo o mundo”, disse Jim Murren, declarando ainda ter, há quatro anos, uma equipa de desenvolvimento a tempo integral no Japão. Melco na linha da frente Margaret Huang considera que a Melco Resorts parte na linha da frente nesta luta acérrima pelo mercado japonês, “por ser a única marca focada na Ásia e dado ao compromisso que tem demonstrado no país [Japão]”. Pelo menos desde há um ano que a Melco Resorts tem manifestado interesse em investir no Japão e o seu presidente executivo, Lawrence Ho, filho do magnata Stanley Ho, não se tem coagido de o afirmar publicamente. “O Japão continua a ser a prioridade central”, disse Lawrence Ho durante a apresentação dos resultados do grupo, na terça-feira. “Só para meter as coisas em escala: Nós quase que conseguimos meter 73 ‘Macaus’ dentro da cidade de Tóquio”, afirmou o director executivo da Melco International, referindo-se às potencialidades turísticas, pouco aproveitadas no Japão, durante o discurso inaugural na edição deste ano da feira Global Gaming Expo Asia (G2E Asia), em Maio. De acordo com o director executivo da Melco International, o número de turistas chineses no Japão vai quase duplicar até 2025. “Mesmo a tempo de nós conseguirmos abrir o nosso primeiro resort integrado, no Japão”, destacou na mesma ocasião. Sem impacto em Macau Apesar do grande potencial turístico que o Japão tem a analista da Bloomberg não prevê, pelo menos a curto prazo, repercussões negativas na indústria turística e do jogo em Macau. “Não esperamos que nenhum casino no Japão abra até 2025, por isso não há repercussões de curto prazo para os operadores em Macau. Mesmo quando estes casinos abrirem vão ter de competir com o mercado de Macau plenamente desenvolvido e maduro”, explicou Margaret Huang. De acordo com a analista, os ‘resorts’ integrados nipónicos vão ser mais destinados ao jogo de massas. Ainda assim, considerou, “qualquer um dos operadores de jogos de Macau, se conseguir uma oportunidade no Japão e assim diversificar mais as suas receitas” vão procurar agarrá-la.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Temperaturas recorde com onda de calor mortal [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] temperatura numa cidade a norte de Tóquio atingiu ontem os 41,1 graus Celsius, a mais alta registada no Japão, quando uma onda de calor mortal tomou conta de parte do país e da vizinha Coreia do Sul. O recorde foi atingido na cidade de Kumagaya, na província de Saitama, que fica a cerca de 65 quilómetros a noroeste de Tóquio, informou a Agência Meteorológica do Japão. Um sistema persistente de alta pressão levou temperaturas recordes para a região já há uma semana, matando mais de 40 pessoas no Japão e 10 na Coreia do Sul. Milhares de pessoas no Japão foram levadas para hospitais com sintomas de insolação. A agência de notícias Kyodo registou mais de 40 mortes no país. Muitas das vítimas são pessoas idosas que não usam ar condicionado. Na Coreia do Sul, 10 pessoas morreram de insolação e outras causas relacionadas com o calor neste Verão. Sete deles morreram na semana passada, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia. Cerca de 1040 pessoas adoeceram devido ao calor, entre 20 de Maio e 21 de Julho, um aumento de 61 por cento em relação ao mesmo período do ano passado. A temperatura mais elevada da manhã de ontem na Coreia do Sul foi registada na cidade de Gangneung, onde os termómetros chegaram aos 31 graus Celsius às 6h45. Já em Seul a temperatura mais baixa foi de 29,2 graus, a maior registada na capital do país, segundo a agência meteorológica da Coreia do Sul. O mercúrio atingiu 39,9 graus Celsius na cidade de Hayang, no sudeste do país, a mais alta temperatura registada no país este ano. As autoridades japonesas aconselharam a população a permanecer em casa e usar o ar condicionado.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Aprovada lei que permite abertura de casinos a partir de 2020 [dropcap style=’circle’] O [/dropcap] parlamento do Japão aprovou na sexta-feira uma lei que permite a abertura de três casinos a partir de meados de 2020, com o objectivo de impulsionar o turismo. A lei, que define os termos e condições concretas para o estabelecimento de casinos, foi recebida com fortes críticas por parte da oposição, que teme o flagelo da dependência do jogo. Um estudo de 2017 do ministério da saúde revelou que cerca de 3,2 milhões de pessoas, cerca de 3,6 por cento da população adulta, eram consideradas viciadas no jogo, muito mais do que se verificava em outros países – 1,2 por cento na França, 0,4 por cento na Itália e 0,2 por cento na Alemanha. No final de 2016, uma primeira proposta tinha sido aprovada após anos de debate. Desta vez, um novo passo foi dado com a votação do Senado, um mês após a ‘luz verde’ dada pela Câmara dos Representantes do Japão (câmara baixa nipónica), autorizando a construção de três ‘resorts’ integrados que podem incluir, além de casinos, centros de conferência, hotéis, restaurantes, teatros e outros locais de entretenimento. “Não se trata apenas de casinos”, disse o porta-voz do governo Yoshihide Suga, durante uma conferência de imprensa realizada antes da votação. “Estes espaços terão como objectivo aumentar o número de turistas em todo o Japão”, contribuindo para que se torne “uma grande nação de turismo” e, assim, apoiar aquela que é a terceira maior economia do mundo, sublinhou. Opinião impopular Os operadores de casinos têm mostrado grande interesse em se instalarem no Japão, muito por causa do crescente fluxo de turistas chineses e do entusiasmo de muitos segmentos da população pelo jogo. Economistas projectam um mercado anual de 2.000 a 3.700 bilhões de ienes (entre 15,3 e 28 mil milhões de euros), uma receita extra para os governos estaduais e locais, uma vez que a tributação é fixada em 30 por cento, a dividir também com o governo central. Entre a população, no entanto, poucos são a favor da lei. De acordo com uma pesquisa recente da agência de notícias Jiji, 62 por cento dos entrevistados manifestaram-se contra e apenas 22 por cento apoiam a lei. Para responder às preocupações sobre o risco do vício em jogos de azar, a lei prevê uma taxa de entrada de 6.000 ienes (46 euros) para residentes do arquipélago e limita para dez o número de visitas por mês. Operadores de jogo como a MGM Resorts International, Wynn Resorts e Las Vegas Sands Corporation já manifestaram interesse em instalar casinos no Japão.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Aprovada lei anti-tabágica para vigorar antes de Jogos Olímpicos [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] parlamento japonês aprovou ontem uma emenda à lei anti-tabágica que vai proibir pela primeira vez que se fume em bares, restaurantes e instalações públicas e que entrará plenamente em vigor em Abril de 2020, antes dos Jogos Olímpicos de Verão em Tóquio. A proibição, que será colocada em prática por etapas, procura ampliar as áreas livres de fumo num dos países mais permissivos nas políticas antitabágicas segundo a Organização Mundial de Saúde. Actualmente, é permitido fumar em bares e restaurantes, sem separação para não-fumadores, embora seja proibido fazê-lo na rua, excepto em alguns locais autorizados. A emenda aprovada, no entanto, está longe da proposta original do Ministério da Saúde e isenta mais da metade dos restaurantes e hotéis. A legislação nacional é mais permissiva do que aquela aprovada por Tóquio no final de Junho. As regulamentações na capital proíbem o fumo em todos os bares e restaurantes que possuem funcionários, independentemente de seu tamanho, o que afecta 84 por cento das instalações em Tóquio. A nova lei nacional proíbe que se fume em hospitais, escolas e espaços governamentais, excepto em áreas designadas ao ar livre, introduzindo pela primeira vez multas até 300.000 ienes (2.280 euros) para infractores. A lei, inicialmente mais rigorosa, teve a resistência do Partido Liberal Democrático, do primeiro-ministro Shinzo Abe, da indústria do tabaco e hoteleira.