Japão | Nova PM quer “elevar aliança” com EUA

A nova primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, afirmou sábado que o seu país vai “elevar a aliança” com os Estados Unidos da América, depois de uma conversa telefónica “boa e franca” com o seu homólogo Donald Trump.

“Com ele, estou determinada a elevar a aliança Japão-EUA a patamares ainda mais elevados”, escreveu numa mensagem publicada na rede social X, na véspera de Trump começar um périplo pela Ásia. A primeira-ministra japonesa descreveu o Presidente norte-americano como “uma pessoa muito animada e divertida”.

Durante esta primeira conversa telefónica com Trump, dois dias antes da sua visita ao Japão na segunda-feira, Sanae Takaichi disse que “uma das principais prioridades” da sua administração era o reforço dos laços entre os dois países “diplomaticamente e em termos de segurança”.

Donald Trump quer que Tóquio, assim como outros aliados, aumente as suas despesas militares e Sanae Takaichi anunciou na sexta-feira, no seu primeiro discurso político, que o Japão iria aumentar o seu orçamento de defesa para 2 por cento do produto interno bruto (PIB) no próximo ano fiscal, dois anos antes das anteriores previsões.

Presidente do Partido Liberal Democrático, a conservadora Sanae Takaichi é a primeira mulher a ocupar as funções de chefe do governo do Japão, para as quais foi nomeada na terça-feira.

27 Out 2025

Japão | Sanae Takaichi eleita primeira mulher a liderar o Governo

A nova líder do Japão é conhecida pelas suas posições conservadoras. Chega ao poder graças a uma aliança com o partido reformista de direita, Ishin, mas não detém maioria absoluta no parlamento nipónico

A nacionalista Sanae Takaichi foi ontem nomeada primeira-ministra do Japão, tornando-se a primeira mulher a ocupar este cargo, graças a uma coligação parlamentar formada na véspera, após negociações de última hora. A Câmara Baixa do Parlamento japonês nomeou Takaichi, de 64 anos, logo na primeira votação e a sua nomeação será oficializada quando se encontrar com o imperador Naruhito.

A quinta líder do arquipélago no mesmo número de anos enfrenta uma situação política delicada no país, mas também uma agenda internacional densa, que tem como primeiro ponto mais alto a visita ao Japão do Presidente norte-americano, Donald Trump, já na próxima semana.

Sanae Takaichi conquistou, em 04 de Outubro, a presidência do Partido Liberal Democrático (PLD), a formação conservadora de direita no poder, quase ininterruptamente desde 1955, mas que nos últimos meses perdeu a maioria nas duas câmaras do Parlamento nipónico devido, nomeadamente, a escândalos financeiros.

O aliado tradicional do PLD, o partido centrista Komeito, abandonou a coligação em vigor desde 1999, incomodado com os escândalos e as opiniões conservadoras de Sanae Takaichi. Para garantir a eleição para a chefia do Governo e suceder ao primeiro-ministro cessante, Shigeru Ishiba, Takaichi formou na segunda-feira uma aliança com o Partido Japonês para a Inovação (Ishin), uma formação reformista de centro-direita.

“À escandinava”

A nova líder do Governo do Japão, admiradora da ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, apelidada de “Dama de Ferro”, prometeu um Executivo com um número de mulheres “à escandinava”, em contraste com apenas duas na equipa do antecessor.

Uma delas deverá ser Satsuki Katayama, ex-ministra da Revitalização Regional, que ocupará o cargo de ministra das Finanças, de acordo com a imprensa japonesa. O Japão está classificado em 118.º lugar entre 148 no relatório de 2025 do Fórum Económico Mundial sobre a disparidade entre os sexos e a câmara baixa do Parlamento nipónico é exemplo disso mesmo, contando com apenas 15 por cento de mulheres.

Takaichi quer trazer para agenda das políticas publicas uma nova sensibilidade para as dificuldades relacionadas com a saúde das mulheres e não hesita em falar abertamente sobre os seus sintomas relacionados com a menopausa.

No entanto, as suas posições políticas sobre a igualdade de género colocam-na à direita de um PLD já conservador. Por exemplo, a nova chefe do Executivo opõe-se à revisão de uma lei que obriga os casais a usarem o mesmo apelido e apoia uma sucessão imperial reservada aos homens.

Takaichi também enfrentará a luta contra o declínio demográfico do Japão e a recuperação da quarta maior economia mundial. Além disso, a coligação com o Ishin representa 231 assentos no Parlamento, abaixo dos 233 necessários para a maioria absoluta, pelo que terá que negociar com outros partidos para governar.

Sanae Takaichi já se manifestou a favor do aumento da despesa pública para reanimar a economia, seguindo o exemplo de seu mentor, o ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, e sua vitória impulsionou a Bolsa de Tóquio a atingir níveis recordes, sobretudo devido à reputação “pomba fiscal”, com a empresas a apostarem num novo ciclo de redução dos impostos.

No plano externo, Takaichi também moderou o discurso sobre a China e, na semana passada, absteve-se prudentemente de visitar o santuário Yasukuni, símbolo do passado militarista japonês, agressivo contra os vizinhos do Japão.

A nível interno, finalmente, a primeira mulher líder do PLD e por inerência primeira chefe de Governo nipónico tem como principal desafio recuperar a popularidade do seu partido depois de uma série de reveses eleitorais que viram a ascensão do Sanseito, um pequeno partido populista que qualifica a imigração como uma “invasão silenciosa”.

22 Out 2025

Japão | PLD preparado para assinar acordo de coligação

O Partido Liberal Democrático (PLD, direita), no poder no Japão, estava ontem em vias de assinar um acordo de coligação, abrindo caminho para que Sanae Takaichi se torne a primeira mulher a governar o país.

“Hoje (ontem), vamos assinar um acordo para lançar uma coligação governamental. Às 18:00 (hora de Tóquio, 09:00 TMG) vamos formalizá-lo”, indicou Hirofumi Yoshimura, co-líder do Partido da Inovação do Japão (JIP), formação reformista da oposição de centro-direita. Este partido da oposição associa-se ao poderoso Partido Liberal Democrático (PLD, direita conservadora), no poder, em turbulência desde a implosão da tradicional coligação com o pequeno aliado centrista, Komeito.

Sanae Takaichi, 64 anos e com posições ultraconservadoras, parecia estar no bom caminho para substituir o primeiro-ministro cessante Shigeru Ishiba, quando assumiu a liderança do PLD a 04 de Outubro, após uma votação interna. Mas a retirada do Komeito da coligação governamental, após 26 anos de apoio, mergulhou o Japão numa crise política, e o PLD intensificou as discussões com vista a formar uma aliança alternativa.

Os principais meios de comunicação japoneses davam ontem como certo o acordo de coligação entre o PLD e o JIP para permitir que Takaichi, a primeira mulher à frente do partido governante, conquiste a vitória na votação parlamentar desta terça-feira, que a deverá eleger como sucessora de Shigeru Ishiba à frente do Executivo.

O acordo agendado para ontem à tarde põe fim a mais de uma semana de profunda incerteza política no Japão, após a saída do partido budista Komeito da coligação que mantinha com o PLD há mais de 26 anos. A votação parlamentar para a nomeação da nova liderança do Governo nipónico será realizada alguns dias antes da visita prevista do Presidente norte-americano, Donald Trump, ao país no final do mês.

21 Out 2025

Partido Liberal do Japão perto de garantir novo acordo de coligação

O Partido Liberal Democrático (PLD), no poder no Japão, está perto de formar uma coligação governamental, que deixaria a líder Sanae Takaichi a apenas dois deputados de garantir a eleição como primeira-ministra.

Os principais meios de comunicação japoneses avançaram ontem que o acordo com o Partido da Inovação do Japão (Ishin) poderá ser fechado já na segunda-feira, um dia antes do parlamento se reunir para escolher o sucessor de Shigeru Ishiba. O primeiro-ministro cessante demitiu-se em Setembro da liderança do Governo e do PLD, que, em primárias realizadas no início de Outubro, escolheu a conservadora e nacionalista Takaichi como candidata a ser a primeira mulher a liderar o Japão.

De acordo com a agência de notícias japonesa Kyodo, o PLD e o Ishin terão concordado em formar uma coligação sem que o partido da oposição garanta lugares no novo Governo. Em troca, o PLD comprometer-se-ia a cumprir uma série de propostas, incluindo a redução do número de deputados, a eliminação do imposto sobre o consumo alimentar e a eliminação de donativos políticos de empresas e organizações. Hoje, é esperada uma reunião final com o PLD.

Liderança frágil

O jornal referiu que o partido da oposição está relutante em ocupar cargos no possível Governo de Takaichi e prefere primeiro garantir que a nova líder do PLD cumpre os termos do acordo. Se for eleita, a conservadora irá liderar um dos governos mais fracos da história política do Japão, com uma clara minoria em ambas as câmaras do parlamento, o que a obrigaria a cooperar com a oposição para aprovar qualquer lei.

O apoio de Ishin é fundamental para Takaichi, especialmente depois de o partido budista Komeito, ao qual o PLD esteve aliado durante 26 anos, ter abandonado a coligação no poder. O centrista Komeito retirou-se da aliança devido a notícias publicadas sobre alegados fundos secretos do PLD, tendo também criticado Sanae Takaichi devido a supostas mudanças de postura da líder face às visitas a Yasukuni.

Temores diplomáticos

Takaichi, conhecida pela postura de linha dura em relação à China, visitou inúmeras vezes no passado, principalmente quando era ministra, o santuário xintoísta, considerado um símbolo do passado militarista do país. Mas, na sexta-feira, no primeiro dia do festival de Outono de Yasukuni, 64 anos, esteve ausente e enviou apenas uma oferenda, por, segundo os meios de comunicação japoneses, temer que uma visita pudesse incomodar os países vizinhos.

As visitas anteriores de altos funcionários japoneses ao santuário irritaram Pequim e Seul. A China e a península coreana foram palco de atrocidades cometidas pelos militares japoneses na primeira metade do século XX. Nenhum primeiro-ministro japonês em funções visitou o santuário em Tóquio desde 2013, quando a visita de Shinzo Abe provocou fúria entre os países vizinhos e reprimendas dos Estados Unidos.

O santuário presta homenagem aos cerca de 2,5 milhões de soldados japoneses mortos em combate, mas também a oficiais e políticos japoneses condenados por crimes de guerra por um tribunal internacional após a Segunda Guerra Mundial. O PLD tem governado o Japão quase em permanência desde 1955, apesar das frequentes mudanças de liderança.

19 Out 2025

Japão | Softbank compra negócio da ABB por 4.610 ME

A revolução tecnológica conhece mais um capítulo com a passagem da multinacional suíça para mãos nipónicas

 

O grupo japonês Softbank anunciou ontem ter chegado a acordo com a multinacional suíça de tecnologia ABB para adquirir o seu negócio de robótica por 5.375 milhões de dólares, informou em comunicado.

A aquisição conta com a aprovação do Conselho de Administração do conglomerado japonês e está pendente de aprovações regulatórias na União Europeia, China e Estados Unidos, com previsão de conclusão no segundo semestre de 2026. A Softbank espera que a aquisição da ABB “fortaleça significativamente” o seu negócio de robótica ligado à inteligência artificial (IA), um campo no qual tem investido.

“Após a aquisição, a plataforma robótica, a experiência e a presença local existente serão complementadas com as bases tecnológicas dos investimentos existentes do grupo Softbank relacionados com a robótica (…) para acelerar a inovação em robótica de IA e impulsionar o progresso e o crescimento rumo à realização da super-inteligência artificial (SIA)», afirmou a Softbank.

Esses investimentos referem-se à SoftBank Robotics, Berkshire Grey, AutoStore Holdings2, Agile Robots e Skild AI. O acordo significa que a ABB abandonou o seu plano original de abrir o capital separadamente do seu negócio de automação industrial, que concorre com outras empresas como as japonesas Fanuc, Yaskawa e a alemã Kuka no fabrico de robôs industriais.

Revolução à vista

De acordo com os detalhes revelados pela Softbank, a ABB seguirá em frente com a cisão do seu negócio de robótica numa ‘holding’ recém-criada para que o grupo japonês, através de uma subsidiária, adquira a totalidade das ações da nova empresa.

“A próxima fronteira da Softbank é a IA física, juntamente com a ABB Robotics, reuniremos tecnologia e talento de primeira linha sob a nossa visão comum de fundir a super-inteligência artificial e a robótica, impulsionando uma evolução revolucionária”, afirmou o presidente executivo da Softbank, Masayoshi Son, em comunicado.

O presidente executivo da ABB, Morten Wierod, disse, por sua vez, que a operação “permitirá ao negócio fortalecer e expandir a sua posição como líder tecnológico no sector”.

10 Out 2025

Japão | Ex-ministra deve tornar-se a primeira mulher a liderar o país

Sanae Takaichi, uma nacionalista de direita, foi eleita sábado líder do Partido Liberal Democrático (PLD) e deverá tornar-se em breve a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra do Japão.

O PLD – partido que lidera o Governo – pode ter perdido a maioria absoluta em ambas as câmaras do Parlamento neste ano, mas a oposição parece demasiado fragmentada para impedir Takaichi de ser eleita primeira-ministra nos próximos dias, na semana de 13 de Outubro, segundo os meios de comunicação locais.

Sanae Takaichi, de 64 anos, vai suceder a Shigeru Ishiba, que foi eleito chefe do Governo em outubro de 2024 e se demitiu no mês passado. No segundo escrutínio, que aconteceu sábado e no qual votaram apenas os representantes eleitos e os membros do PLD, Sanae Takaichi superou o ministro da Agricultura, Shinjiro Koizumi, de 44 anos.

Takaichi terá de garantir que o PLD – um partido nacionalista de direita no poder quase ininterruptamente desde 1955, mas agora cada vez mais rejeitado pelos eleitores -, recupere parte da sua antiga glória. “Com todos vós, inaugurámos uma nova era para o PLD”, disse a nova líder aos seus pares alguns minutos após a sua eleição.

6 Out 2025

Japão | Número de pessoas com 100 anos ou mais chega quase aos 100 mil

O número de centenários no Japão atingiu um novo recorde, ultrapassando pela primeira vez os 99.000 indivíduos, informou o governo nipónico, dias antes do feriado do Dia do Respeito aos Idosos, comemorado hoje.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do país asiático, os números actualizados apontam para um recorde de 99.763 pessoas com 100 anos ou mais no arquipélago, um aumento de 4.644 indivíduos em relação ao ano anterior, sendo que este número que não parou de crescer nos últimos 55 anos. As mulheres representam 88 por cento do total, com 87.784 pessoas, enquanto o número de homens centenários é de 11.979.

A pessoa mais velha do Japão é Shigeko Kagawa, uma mulher com 114 anos da cidade de Yamatokoriyama, na prefeitura de Nara (oeste), e a sexta pessoa mais velha do mundo, de acordo com o Gerontology Research Group, uma organização que mantém um registo dos centenários a nível global.

O homem mais velho do país asiático é Kiyotaka Mizuno, com 111 anos, residente na cidade de Iwata, em Shizuoka (centro).

O Japão atingiu uma média de 80,58 centenários por cada 100.000 habitantes. Por prefeituras, a de Shimane, no oeste do país, lidera a lista de concentração, com uma média de 168,69 centenários por cada 100.000 residentes.

Quando estes dados começaram a ser recolhidos em 1963, havia 153 centenários no Japão. Em 1981, esse número ultrapassou os mil e, em 1998, os 10.000, um aumento da longevidade que os especialistas atribuem principalmente ao desenvolvimento de tecnologias e tratamentos médicos.

De acordo com o Ministério da Saúde do país, a esperança de vida dos japoneses é de 87,13 anos para as mulheres e 81,09 anos para os homens.

15 Set 2025

Sanções | Deputado japonês proibido de entrar em Macau

O Ministério dos Negócios Estrangeiros Governo Central decretou que o deputado japonês Seki Hei está impedido de entrar em Macau, devido à aplicação de uma sanção relacionada com comentários feitos sobre assuntos como as ilhas disputadas entre a China e o Japão, Taiwan, Xinjiang, Tibete, Hong Kong e eventos históricos. A decisão foi revelada ontem através do portal do MNE, e a proibição de entrada aplica-se igualmente ao Interior da China e a Hong Kong.

Seki Hei nasceu na China, mas naturalizou-se japonês. O MNE criticou também Seki por visitar “abertamente” o templo Yasukini, em Tóquio, que presta homenagem aos soldados japoneses caídos nas guerras em que o Japão participou, incluindo os soldados que participaram na invasão da China e na Segunda Guerra Mundial. O património de Seki nos territórios chineses vai ficar congelado, e empresas e cidadãos chineses ficam proibidos de estabelecer contacto com o político.

8 Set 2025

Japão | PM s Shigeru Ishiba anuncia demissão por derrota nas eleições de julho

O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, decidiu demitir-se na sequência de crescentes apelos do seu partido para que assuma a responsabilidade pela grande derrota nas eleições legislativas de Julho, avançou ontem a imprensa local.

A televisão NHK adiantou que Ishiba quer evitar divisões dentro do partido, enquanto o jornal Asahi Shimbun afirmou que o primeiro-ministro já não conseguia resistir aos crescentes pedidos de demissão. Ishiba, que assumiu o cargo em Outubro, resistia às exigências dos seus opositores, maioritariamente de direita e do seu próprio partido, há mais de um mês.

A decisão do primeiro-ministro japonês acontece um dia antes de o seu Partido Liberal Democrata decidir se realiza uma eleição antecipada para a liderança caso seja aprovada uma moção de censura contra Ishiba.

Em Julho, a coligação governamental de Ishiba falhou o objectivo de conseguir a maioria da câmara alta do parlamento, tendo o Partido Liberal Democrata e o parceiro Komeito conseguido apenas 46 dos 50 lugares que tinham como meta, para se juntar aos 75 lugares que já tinham.

Estas eleições eram tidas como um teste para o primeiro-ministro, que governava em minoria depois de ter perdido o controlo da câmara baixa do parlamento, a Câmara dos Representantes, nas eleições gerais antecipadas de Outubro de 2024.

O descontentamento público com o aumento do custo de vida, que os aumentos salariais não conseguiram resolver, esteve no centro da campanha, com Ishiba a prometer distribuir 20 mil ienes (cerca de 120 euros) a cada residente.

8 Set 2025

Japão e Coreia do Sul querem enfrentar juntos mudanças comerciais e de segurança

Os líderes do Japão e da Coreia do Sul concordaram ontem em estreitar a cooperação para enfrentar as rápidas mudanças em curso em matéria comercial e de segurança, que preocupam os dois países asiáticos.

O objectivo foi definido em Tóquio durante uma cimeira entre o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, e o Presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, que efectua a primeira viagem ao estrangeiro desde que assumiu funções em Junho.

Ishiba e Lee prometeram ampliar a colaboração em diversas áreas, enquanto se esforçam para minimizar os atritos causados pelas disputas históricas, sobretudo pela ocupação japonesa da Coreia entre 1910 e 1945.

“Dado que a ordem internacional em matéria de comércio e segurança é volátil, acredito que a República da Coreia [nome oficial da Coreia do Sul] e o Japão, que partilham posições semelhantes em termos de valores, ordem e ideologia, devem fortalecer a cooperação mais do que nunca”, declarou Lee.

Ishiba disse ser necessário haver coerência política, mesmo quando persistem “questões difíceis” entre os dois países.

Defendeu também a importância de estreitar a cooperação com os Estados Unidos, o aliado comum numa região onde a China procura hegemonia. “A paz e a estabilidade não chegarão a menos que façamos esforços activos, e isso é ainda mais importante numa época tão turbulenta”, afirmou Ishiba, segundo a agência de notícias espanhola EFE.

Ambos reafirmaram o compromisso assumido por administrações anteriores de alcançar a desnuclearização completa da Coreia do Norte. Defenderam igualmente a necessidade de cooperar para enfrentar as incertezas comerciais, numa referência velada à actual política tarifária agressiva de Washington.

Agenda preenchida

As conversações entre Ishiba e Lee duraram cerca de duas horas, e começaram com um encontro restrito no Kantei, a sede do governo japonês, seguido por uma reunião alargada e uma conferência de imprensa conjunta.

Ishiba congratulou-se com a decisão de Ishiba de visitar o Japão antes de viajar para os Estados Unidos, onde se reunirá com o Presidente Donald Trump, em Washington, no domingo.

“É extremamente encorajador que a sua primeira visita ao Japão desde que assumiu o cargo ocorra num ambiente estratégico tão complexo”, declarou.

Os dois líderes concordaram em desenvolver as relações bilaterais à luz dos princípios da normalização das relações diplomáticas entre o Japão e a Coreia do Sul em 1965, e criar um órgão conjunto para lidar com questões comuns.

Entre eles, referiram a revitalização regional, a diminuição da natalidade, o envelhecimento e o declínio da população, a agricultura, a prevenção de desastres e a promoção de novas energias alternativas, como o hidrogénio e o amoníaco, e tecnologias como a inteligência artificial.

Concordaram também em alargar um programa de vistos que permite trabalhar durante estadas temporárias para financiar a viagem, de forma a intensificar o intercâmbio de pessoas entre os países.

Ishiba e Lee planeiam publicar por escrito os resultados da cimeira, a primeira declaração conjunta deste tipo entre um primeiro-ministro japonês e um presidente sul-coreano em 17 anos. O encontro de ontem foi o segundo entre Ishiba e Lee, que se reuniram em Junho no Canadá, à margem da cimeira do G7, para a qual a Coreia do Sul foi convidada.

Lee vai reunir-se com Trump numa altura em que persistem as dúvidas sobre o novo pacto tarifário bilateral, sobre o qual ambos os governos divulgaram mensagens contraditórias, e o rumo da estratégia em relação à Coreia do Norte.

25 Ago 2025

Japão regista novo défice comercial em Julho pelo terceiro mês consecutivo

O Japão registou em julho um défice comercial de 17,5 mil milhões de ienes (683 milhões de euros), pelo terceiro mês consecutivo, motivada pela desaceleração do comércio com os Estados Unidos, após as tarifas impostas pela administração Trump.

O Japão registou em Julho um excedente comercial com os Estados Unidos de 585,110 biliões de ienes, 23,9 por cento abaixo do registo no mês homólogo anterior, enquanto as exportações nipónicas para a primeira economia mundial ficaram em 1,7 triliões de ienes (no mês em análise, 10,1 por cento menos do que no ano anterior.

Durante o mês de Julho, o Japão esteve sujeito à tarifa base de 10 por cento imposta pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, em Abril, enquanto os exportadores de automóveis japoneses enfrentaram uma tarifa separada de 25 por cento.

Acordo na mesa

No passado dia 23 de Julho, o Japão e os Estados Unidos chegaram a um acordo comercial, resultado de meses de negociações, pelo qual o país asiático deverá pagar tarifas de 15 por cento e investir 550 mil milhões de dólares na primeira economia mundial.

As chamadas denominadas pela Casa Branca “tarifas recíprocas”, com as quais Trump vinha a ameaçar diferentes nações, foram fixadas para o Japão em 15 por cento, abaixo dos 25 por cento anunciados anteriormente, tendo igualmente sido a taxa mais baixa imposta a países que têm um superávit comercial com os Estados Unidos.

As tarifas impostas por Washington ao sector automóvel também ficaram em 15 por cento, 10 pontos abaixo do que havia sido estabelecido meses antes e sem limite no número de veículos importados. A nível global, as exportações japonesas diminuíram em julho 2,6 por cento em relação a Julho de 2024, para 9,35 biliões de ienes, enquanto as importações diminuíram 7,5 por cento, para 9,47 biliões de ienes.

Por partes

Por países, o Japão registou em Julho com a China, o seu maior parceiro comercial, um défice de 609.156 milhões de ienes, o que representa uma redução de 4,8 por cento em relação ao mês homólogo anterior. Com a União Europeia, terceiro parceiro comercial, o Japão registou um saldo negativo no valor de 277,959 milhões de ienes, 57,1 por cento a mais do que no mesmo mês de 2024.

Com o Brasil, o país asiático reduziu o défice em 28,3 por cento em relação ao ano anterior, para 48.092 milhões de ienes, enquanto, no caso do saldo negativo com o Chile, diminuiu 8,8 por cento, para 85.350 milhões de ienes. O Japão, por outro lado, alcançou um superávit comercial com o México no valor de 40.739 milhões de ienes, embora o valor seja 58,2 por cento inferior ao de Julho do ano anterior.

20 Ago 2025

Economia | Banco do Japão melhora previsão de crescimento para 2025

O Banco do Japão melhorou ontem as previsões económicas para o ano fiscal de 2025, estimando um crescimento de 0,6 por cento, mais uma décima face à projecção anterior, e manteve a taxa de juro de referência em 0,5 por cento

 

O Banco do Japão (BoJ) antecipa uma desaceleração da economia enquanto se assimila o impacto real da guerra comercial lançada pelos Estados Unidos, mas prevê que o PIB retome uma trajectória de crescimento moderado à medida que a situação estabiliza.

O banco central japonês reviu também em alta, em cinco décimas, para 2,7 por cento, a previsão de subida dos preços no ano fiscal de 2025, que termina em Março de 2026, em linha com o encarecimento registado nos últimos meses, sobretudo dos alimentos, com o arroz como principal exemplo.

A instituição salientou ter tido em conta riscos ainda presentes ao rever as projecções incluídas no relatório trimestral de previsões económicas, divulgado no final da reunião de dois dias sobre política monetária. “Continua a ser muito incerto como evoluirão o comércio e outras políticas em cada jurisdição e como reagirão a actividade económica e os preços”, referiu o BoJ, que considera necessário acompanhar o impacto destes factores nos mercados financeiros e cambiais.

Neste cenário, o banco central manteve inalterada a previsão de crescimento do PIB para 2026 e 2027, em 0,7 e 1 por cento, respectivamente, mas reviu em alta, em uma décima, a estimativa de inflação para esses anos, para 1,8 e 2 por cento.

Preços e salários

O BoJ acompanha de perto a evolução dos preços, que subiram 3,7 por cento em Maio, o sétimo mês consecutivo acima dos 3 por cento, e vê como positiva a tendência generalizada das empresas para aumentar salários, embora estes ainda não acompanhem o ritmo da inflação.

A instituição teme, contudo, que estes esforços sejam comprometidos pela incerteza tarifária e pela possibilidade de o sector empresarial optar por reduzir despesas, numa referência indirecta a políticas proteccionistas como as adoptadas pelos Estados Unidos.

1 Ago 2025

Japão | Alerta de tsunami não impacta residentes de Macau

Ontem foi emitido um alerta de tsunami no Japão, devido ao terramoto na península russa de Kamchatka. Um representante de agências de viagens afirmou que 10 excursionistas de Macau estavam em Hokkaido, onde algumas zonas tiveram aviso de evacuação. Os residentes estão em segurança e não houve pedidos de ajuda

 

A ocorrência de um terramoto ontem na zona de Kamchatka, na Rússia, provocou uma onda de alertas de tsunami e medidas de evacuação em várias regiões junto ao Oceano Pacífico, sendo que o Japão não é excepção.

Segundo informações disponibilizadas por Paul Wong, presidente da Associação da Indústria Turística de Macau, dez residentes de Macau que estão a fazer uma excursão na região japonesa de Hokkaido encontram-se em segurança. Nas declarações proferidas ao canal chinês da Rádio Macau, Paul Wong acrescentou que este grupo de dez pessoas deverá regressar a Macau em breve.

Além disso, o responsável confirmou que as agências de viagens do território têm feito contactos no sentido de perceber quantos residentes de Macau estão a viajar no Japão a título individual, sendo que nenhum deles fez pedidos de ajuda ou de apoio. Paul Wong disse ainda que em Agosto haverá dezenas de excursionistas de Macau em Hokkaido e que, para já, não houve cancelamentos das viagens.

Cerca de dois milhões de pessoas no Japão receberam ontem ordens para abandonar as suas casas ou zonas costeiras devido ao risco de tsunami. O terramoto, ocorrido na península russa de Kamchatka, teve magnitude de 8,8, sendo que em Hokkaido, a maior ilha do arquipélago japonês e a mais próxima de Kamchatka, as autoridades locais emitiram ordem de retirada de nível máximo (5 em 5) para 10.463 cidadãos da cidade costeira de Urakawa.

Além disso, mais de 1,9 milhões de pessoas em 21 prefeituras ao longo da costa do Pacífico do Japão receberam avisos de retirada de nível 4, que apelam para a “retirada de zonas perigosas” – tais como as que se encontram perto do mar e da foz dos rios – “o mais rapidamente possível antes que a situação se agrave”.

SMG emitiram ordem

Entretanto, os Serviços Meteorológicos e Geofísicos emitiram ontem uma nota a dizer que Macau não irá sofrer impactos com a ocorrência deste terramoto. Apenas foi feita uma previsão de que “uma pequena onda de tsunami” poderia atingir a costa de Macau entre as 18h e 19h, “podendo causar uma flutuação do nível da água igual ou inferior a 0,1 metros”, sem “risco significativo” para o território.

As ordens de evacuação das autoridades japonesas baseiam-se nos avisos emitidos pela Agência Meteorológica do Japão (JMA), que estão em vigor desde o início da manhã de ontem para praticamente toda a costa do Pacífico do arquipélago, e que estimam a ocorrência de tsunamis de até três metros de altura.

Até à tarde de ontem (hora de Macau) tinham sido registados tsunamis de até 1,3 metros de altura na localidade de Kuji, na prefeitura de Iwate, e de 80 centímetros na península de Nemuro, em Hokkaido, ambos no norte do país. Foi igualmente observado um tsunami de 30 centímetros no porto de Yokohama, a sul de Tóquio.

31 Jul 2025

Japão | PM permanece no cargo apesar de “duro golpe” eleitoral

O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, disse ontem que vai manter-se no poder, depois de o partido que preside perder a maioria na câmara alta do Parlamento, nas eleições de domingo, num novo revés político.

“Continuamos a ser o partido com a maior representação. Apesar do duro golpe e as muitas dificuldades, muitas pessoas apoiaram-nos fortemente”, disse Ishiba numa conferência de imprensa, afirmando que a decisão de permanecer no cargo se deve à situação política global e às “condições difíceis” que o país atravessa.

Neste sentido, o dirigente destacou a imposição de tarifas aduaneiras ao Japão por parte dos Estados Unidos, a inflação e o receio de que um forte terramoto ou uma catástrofe natural possam atingir o país em algum momento.

O Partido Liberal Democrático (PLD) de Ishiba e o parceiro de coligação, Komeito, que precisavam de conquistar 50 lugares, além dos 75 que já possuem para manter a maioria, conseguiram 47.

Faltaram três lugares para a maioria e houve um recuo de 19 lugares em relação ao que tinham antes das eleições.

A derrota é mais um golpe para a coligação de Ishiba, tornando-a minoritária em ambas as câmaras, após a derrota em Outubro nas eleições para a câmara baixa, e agravando a instabilidade política do Japão. Foi a primeira vez que a coligação liderada pelo PLD perdeu a maioria em ambas as câmaras do parlamento desde a formação do partido em 1955.

Sobe e desce

Questionado sobre a possibilidade de alargar a coligação a outros partidos da oposição, Ishiba disse não ter qualquer intenção de o fazer nesta altura e afirmou que o PLD “deve ser responsável e desenvolver políticas”.

O responsável também excluiu a possibilidade de uma remodelação do Governo. “Vamos consultar seriamente os outros partidos e falar de responsabilidade e continuar com as políticas em matéria de tarifas e catástrofes”, acrescentou.

Entre os partidos da oposição, o Partido Democrático Constitucional do Japão (CDP), liberal de esquerda, ficou em segundo lugar, com 22 lugares, enquanto o reformista Partido Democrático Popular (PDP) ficou em terceiro, com 17.

A surpresa foi o partido nacionalista japonês de extrema-direita Sanseito, que, sob o lema “Japão primeiro”, emergiu como um dos grandes vencedores das eleições de domingo, conquistando 14 lugares e tornando-se o terceiro maior partido da oposição.

22 Jul 2025

Espionagem | Pequim diz que julgamento de japonês foi de acordo com a lei

O Governo chinês defendeu ontem a condenação de um cidadão japonês a três anos e meio de prisão por alegado envolvimento em actividades de espionagem, assegurando que o processo foi conduzido “de acordo com a lei”.

“As autoridades judiciais da China tratam os casos com estrito respeito pela legislação, garantindo os direitos e interesses legítimos das partes envolvidas. Em conformidade com as convenções internacionais e com o acordo consular entre a China e o Japão, facilitámos o trabalho consular da parte japonesa”, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Lin Jian, em conferência de imprensa.

O porta-voz sublinhou ainda que a China “sempre apoiou a cooperação económica e comercial com o Japão” e assegurou ter proporcionado “um ambiente favorável ao trabalho legal das empresas e cidadãos japoneses no país”.

“Damos as boas-vindas às empresas estrangeiras que queiram desenvolver cooperação económica e comercial na China. Desde que os cidadãos estrangeiros cumpram a lei e ajam conforme a legislação, não há motivo para preocupações”, acrescentou.

As autoridades chinesas ainda não tinham confirmado oficialmente a condenação, noticiada ontem pelo embaixador do Japão em Pequim, Kenji Kanasugi, após o julgamento.

“O cidadão japonês foi condenado a três anos e meio de prisão por suspeita de espionagem. Consideramos esta sentença extremamente lamentável”, declarou o diplomata, citado pela imprensa japonesa.

Segundo a televisão pública NHK, Kanasugi garantiu que o Governo nipónico continuará a pressionar por várias vias para que o cidadão seja libertado “o mais rapidamente possível” e prestará “todo o apoio necessário”.

O caso remonta a Março de 2023, quando o homem, funcionário da farmacêutica japonesa Astellas Pharma, foi detido pelas autoridades chinesas quando se preparava para regressar ao Japão. O suspeito foi acusado de violar leis de contraespionagem, mas poucos detalhes foram tornados públicos.

17 Jul 2025

Entretenimento | Actrizes e actores do Japão vão animar o Cotai em Setembro

A actriz e cantora Sora Aoi foi escolhida como a embaixatriz da Expo do Entretenimento PinkD! – Macau, que traz ao Lisboeta alguns dos nomes mais conhecidos da indústria para adultos do Japão. O evento, que vai decorrer entre 26 e 28 de Setembro, no espaço H853 no hotel Lisboeta, traz a Macau cerca e 40 actrizes e actores, e pretende mostrar na Grande Baía as tendências mais recentes da indústria para adultos.
Ao longo dos três dias, os admiradores e curiosos vão poder participar em actividades como encontros um-a-um com as suas actrizes favoritas, visitar cenários utilizados em gravações de filmes e assistir a danças e outras demonstrações ao vivo. Além disso, haverá leilões e venda de produtos especiais lançados apenas para o evento.
Este ano o grande destaque dos organizadores é Sora Aoi, de 44 anos, actriz que no início dos anos 2000 era um dos nomes mais populares na indústria para adultos no Japão e com uma grande legião de fãs no Interior, capaz de até ultrapassar as tensões nacionalistas. A grande aceitação da actriz entre o público do Interior ficou demonstrada em Maio de 2012, durante um momento maior tensão entre a China e o Japão devido à chegada de actividades de Hong Kong às ilhas Diaoyu/Senkuku. Com a tensão em alta entre os dois países, e a internet inflamada com discursos nacionalistas, os internautas chineses não deixaram de tornar célebre a frase: “As ilhas Diaoyu pertencem à China, mas a Sora Aoi pertence ao mundo”.
A grande popularidade da actriz ficou também demonstrada pelo facto de em 2014 Aoi ter mais de 15 milhões de seguidores da rede social Weibo, apesar deste tipo de filmes serem proibidos.
A carreira activa de Aoi na indústria para adultos teve menos de 10 anos, mas trouxe-lhe o reconhecimento necessário para ao mesmo tempo conseguir papéis em séries de televisão no Japão e na Coreia do Sul e para se lançar no mundo da música. Aoi gravou o último filme para adultos em 2011, e deixou de licenciar produtos par adultos com a sua fisionomia em 2019, altura em que foi mãe pela primeira vez e decidiu dedicar-se à vida familiar.

Companhia de luxo
Outro dos nomes conhecidos do público masculino que vai estar presente no Cotai, é a modelo e actriz Shouko Takahashi, de 32 anos. Numa primeira fase, Takahashi começou por cimentar a carreira como capa em várias revistas orientadas para um público masculino, mas em que não aparecia totalmente nua, antes em bikini ou apenas com poses mais sensuais.
Em 2016, a roupa saiu das fotografias e nesse mesmo ano aconteceu a estreia no cinema pornográfico, depois de não ter conseguido o sucesso desejado como guitarrista na banda Camouflage. Apesar dos diferentes caminhos, em 2018 Shouko foi distinguida com quatro prémios Fanza Adult Awards, incluindo o de melhor actriz.
Habituada a constar na lista de nomeadas para os prémios Fanza Adult Awards está também Ayaka Yamagishi, outra das presenças confirmadas no Cotai. Igualmente com 32 anos, à imagem de Shouko Takahashi, Ayaka Yamagishi vai estar no Hotel Lisboeta quando atravessa uma segunda fase na carreira.
Inicialmente conhecida como Aika Yamagishi, a actriz estreou-se nesta área em 2017, depois de ter trabalhado durante alguns meses como apresentadora para um canal de televisão local na região de Tokai, na Prefeitura de Aichi. Com os 30 anos, chegou a vontade de mudança. O nome artístico passou assim de Aika para Ayaka, com a actriz a justificar que procurava fazer um novo tipo de trabalhos, com uma nova imagem, ainda que dentro da mesma indústria.

Companhia masculina
Outro dos grandes nomes que vai participar no evento é Mana Sakura, que também tem 32 anos. Natural da prefeitura de Chiba, Mana terminou os estudos em Engenharia Civil antes de decidir que pretendia ser actriz pornográfica. É a imagens de marca da agência SOD Create, com quem tem um contrato exclusivo de 2012. Além disso, é considerada pela agência como uma grande mais-valia por ser capaz de cativar uma grande audiência feminina.
Em contraste com as grandes actrizes, os nomes dos actores masculinos são menos conhecidos. Entre estes encontram-se Chitose Komei, Taichi Lin e Kazuo Kaden.
Os bilhetes para o evento encontram-se à venda desde o mês passado, e o evento só aceita a entrada a pessoas com mais de 18 anos. Os interessados precisam de fazer-se acompanhar pelo documento de identificação com fotografia. A entrada tem um custo de 280 patacas. O bilhete com encontros personalizados com as actrizes custa 480 patacas.

15 Jul 2025

Andy Wu prevê recuperação de viagens para o Japão após profecia

O presidente da Associação de Indústria Turística de Macau, Andy Wu, prevê o regresso em força da procura por viagens para o Japão, depois de uma profecia que previa um terramoto no país no passado 5 de Julho, que não aconteceu.

A profecia de 5 de Julho partiu de um livro de banda desenhada japonesa, da autora Ryo Tatsuki, e contribuiu para que vários asiáticos evitassem viajar para o país nipónico. A profecia tornou-se famosa na Ásia, dado que Ryo Tatsuki tinha previsto, num dos seus trabalhos anteriores, de 1999, uma grande catástrofe no Japão em 2011. Esse ano coincidiu com o terramoto de Tohoku, que vitimou 19.759 pessoas, e deu origem ao maremoto que levou ao desastre nuclear da Central de Fukushima Daiichi. A profecia levou inclusive as autoridades do turismo japonesas a reagirem, para assegurarem a segurança de viajar no país.

Todavia, o impacto não se limitou ao Japão, e o dirigente da associação revelou que também a procura pela Coreia do Sul sofreu uma redução. Face à menor procura, o mercado interno adaptou-se ao oferecer mais viagens para o Interior, como forma de manter receitas.

Esperar mais um pouco

Em declarações ao jornal Ou Mun, Andy Wu explicou que o impacto da profecia vai durar até ao final do mês, porque uma das interpretações aponta para que o risco de haver uma catástrofe se prolonga até 31 de Julho.

Porém, após esse período, o dirigente da associação de turismo espera um crescimento da procura na ordem dos 30 por cento.

Apesar do optimismo, Wu explicou igualmente que o mercado do Japão não vai ser o principal destino de férias dos residentes, dado que actualmente as pessoas preferem viajar para o Interior da China.

Andy Wu explicou que os destinos que se estão a tornar mais populares são Xinjiang, Yunnan e Guizhou. Ao mesmo tempo, o responsável, indicou que lugares tradicionalmente populares, como a Mongólia do Interior e Guilin, continuam muito populares.

7 Jul 2025

Japão | Retiradas 50 pessoas de ilhas após 1.500 sismos 15 dias

As autoridades do Japão retiraram quase 50 residentes de um arquipélago no sudoeste do país, uma região que foi afetcada por mais de 1.500 sismos no espaço de cerca de duas semanas.

Um total de 46 residentes das ilhas de Akuseki e Kodakara, no arquipélago de Tokara, apanharam um ‘ferry’ para Kagoshima no domingo, informaram as autoridades locais. Na quinta-feira, o Japão já tinha ordenado a evacuação de Akuseki, devido à vaga de sismos, alguns atingindo magnitudes de cerca de 5 na escala de Richter.

No domingo, dois sismos de magnitude 4,9 e 5,5 atingiram a ilha de Akuseki pouco depois das 14:00, avançou a Agência Meteorológica do Japão. A agência alertou que podem ocorrer sismos de magnitude 6 na área.

Apenas cerca de 20 pessoas permanecem em Akuseki e cerca de 40 em Kodakara, que decidiram não abandonar as suas casas porque, na maioria, têm animais. O número de sismos nestas ilhas ultrapassou os 1.500 desde 21 de Junho e, embora não tenha havido danos ou feridos significativos, os residentes confessaram ter medo e dificuldades em dormir.

O arquipélago de Tokara, entre as ilhas Yakushima e Amami-Oshima, fica ao longo da Fossa de Ryukyu, onde a placa do mar das Filipinas mergulha sob a placa Euro-Asiática.

Embora a área seja conhecida pela actividade sísmica, alguns especialistas observaram que a situação recente é invulgar, uma vez que os sismos na região geralmente diminuem após picos de cerca de dez dias.

7 Jul 2025

Japão pronto para todos os cenários em matéria de tarifas

O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, afirmou este domingo que o país está pronto a “manter-se firme” e está preparado para todos os cenários tarifários possíveis, que possam resultar das negociações comerciais com os Estados Unidos.

Em declarações no programa “Sunday News, The Prime” do canal japonês de televisão Fuji TV, o governante sublinhou a determinação de Tóquio na negociação da aplicação de direitos aduaneiros nulos – tarifa zero – no sector da indústria automóvel. Shigeru Ishiba recordou ainda que o Japão é o maior investidor directo estrangeiro nos Estados Unidos e o maior criador de emprego na maior economia do mundo.

O principal negociador comercial do Japão, Ryosei Akazawa, anunciou este sábado que manteve duas reuniões telefónicas com o secretário de Estado do Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, para discutir os direitos aduaneiros, numa altura em que se aproxima o prazo de 09 de Julho para imposição do aumento das taxas por Washington.

Akazawa e Lutnick falaram durante 45 minutos na quinta-feira e durante cerca de uma hora no sábado, reafirmaram as respectivas posições sobre os direitos aduaneiros dos Estados Unidos e “procederam a uma troca de pontos de vista aprofundada”, de acordo com um comunicado do secretariado do Governo japonês. As partes continuarão a coordenar-se, acrescenta no comunicado.

Cartas escritas

Os telefonemas decorreram numa altura em que uma taxa geral de 10 por cento sobre as vendas do Japão para os Estados Unidos deverá voltar a 24 por cento em 09 de Julho, caso o acordo tarifário não seja fechado.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na sexta-feira que assinou 12 cartas, que serão enviadas já esta segunda-feira, para informar os parceiros comerciais das novas taxas alfandegárias dos Estados Unidos sobre as respectivas exportações para os EUA, que começarão a ser aplicadas no próximo dia 01 de Agosto. Trump não especificou quais os países que receberão as cartas.

Para além das tarifas mais amplas, tal como acontece com outros países, o Japão também está sujeito a uma taxa de 25 por cento sobre a importação de automóveis e componentes automóvel pelos EUA e a uma tarifa de 50 por cento sobre o aço e o alumínio.

7 Jul 2025

História | Defendido monumento para lembrar guerra com Japão

Lin Guangzhi, director do Instituto para a Investigação Social e Cultural da Universidade de Ciências e Tecnologia de Macau, defendeu que deveria ser criado em Macau um monumento em memória dos mártires da guerra com o Japão, tendo em conta a passagem, em 2025, dos 80 anos do aniversário da vitória da Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e da Guerra Mundial Antifascista, nos anos da II Guerra Mundial.

A construção deste monumento iria servir para a “população relembrar ou conhecer as histórias de Macau durante a guerra”. Em declarações ao Jornal do Cidadão, Li Guangzhi lembrou que, apesar de o território não ter sido ocupado pelos japoneses, os compatriotas também participaram na resistência ao lado da pátria, demonstrando o espírito de amor à pátria e a Macau.

Além de defender a construção do monumento, o académico pede também o estabelecimento de um Centro de Investigação da História da Guerra Anti-japonesa de Macau, com vista a contar histórias positivas sobre estes anos de conflito e de combate aos japoneses, bem como os contributos que foram feitos.

30 Jun 2025

DSEDJ | Escolas “encorajadas” a ver cerimónias da guerra contra o Japão

O Governo quer fortalecer o patriotismo dos jovens através dos exemplos dos chineses de Macau que participaram no esforço de guerra contra a invasão japonesa. Os eventos para homenagear as vítimas arrancam em Agosto, e incluem intercâmbios, exposições temáticas e até uma cerimónia de homenagem às vítimas do massacre de Nanjing

 

As escolas do território vão ser “encorajadas” pela Direcção de Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) a organizar sessões para os alunos e professores assistirem em directo às cerimónias do “80.º aniversário da vitória do povo chinês na guerra contra o Japão e da vitória mundial contra o fascismo”. As comemorações estão agendadas para 3 de Setembro, em Pequim, e a DSEDJ quer organizar vários eventos em Macau, para promover o espírito nacionalista.

Numa conferência de imprensa conduzida pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultural, O Lam, o director da DSEDJ, Kong Chi Meng, explicou que é esperado que todas as escolas do território disponibilizem nos pavilhões desportivos meios para que os alunos assistam às cerimónias em directo de Pequim.

Além disso, antes de 3 de Setembro, a partir dos finais de Agosto, os professores e os alunos das escolas primárias e secundárias vão ser levados a participar em exposições temáticas para ficarem a conhecer “os eventos históricos relevantes” sobre a guerra. É ainda esperado que nestes dias o conteúdo das aulas verse sobre estes acontecimentos.

O responsável pela DSEDJ indicou igualmente que foram desenvolvidos materiais didácticos para ensinar aos alunos os eventos históricos, que visam a ligação entre os chineses de Macau e a sua contribuição para os esforços da guerra.

Tendo em conta as celebrações, a DSEDJ revelou também que os eventos anuais de intercâmbio realizados com o Interior vão sofrer alterações, para que os professores e os alunos tenham paragens obrigatórias em diferentes monumentos de celebração da vitória na guerra.

Massacre de Nanjing

Na apresentação dos vários eventos, O Lam destacou que o objectivo do Governo passa por “promover o grande espírito da Guerra de Resistência” e “inspirar o fervor patriótico”. Todas as actividades vão estar subordinadas ao tema: “Recordar a História, Acarinhar a Memória dos Mártires, Acarinhar a Paz e Criar o Futuro”.

Em termos das comemorações e eventos para assinalar os eventos históricos, a 13 de Dezembro vai também ser organizada uma homenagem às vítimas do massacre de Nanjing e a todos os chineses mortos durante a guerra. Os moldes da homenagem foram apresentados de forma genérica, mas espera-se que incluam intercâmbios entre escolas e acções de promoção sobre o passado.

O massacre de Nanjing aconteceu em 1937, tendo decorrido durante algumas semanas após a conquista pelos tropas japonesas daquela que era a capital da República da China. Após a conquista, as tropas japonesas massacraram a população, incluindo crianças, mulheres e não combatentes. No pós- Segunda Guerra Mundial, o Julgamento de Tóquio, que levou à justiça os responsáveis japoneses, foi estimado que o número de vítimas tinha variado entre 100 mil e 200 mil.

A invasão da China pelo Japão começou em 1931 com a ocupação da Manchuria, num primeiro momento. Em 1937, o Japão expandiu o escopo da guerra, procurando a ocupação total da China. O que começou como um conflito localizado na Ásia acabaria por integrar-se na 2.ª Guerra Mundial, a partir de Dezembro de 1941, com os ataques de Pearl Harbour. Ao longo de vários anos, as estimativas apontam para que no lado chinês entre 3,8 milhões e 10,6 milhões de pessoas tenham morrido. A paz foi alcançada a 2 de Dezembro, depois dos Estados Unidos terem atacado o Japão com a segunda bomba atómica, em Nagasaki.

27 Jun 2025

Japão | Empresas pedem à China que acelere licenças de exportação de terras raras

A Câmara de Comércio e Indústria do Japão na China pediu ontem às autoridades chinesas que reduzam as restrições à exportação de terras raras e acelerem a emissão de licenças, após meses de atrasos que afectaram a produção.

Durante uma conferência de imprensa realizada em Pequim, o presidente do grupo empresarial, Tetsuro Homma, afirmou que as restrições impostas pela China desde Abril sobre sete tipos de minerais estratégicos estão a afectar tanto a produção como as exportações das empresas japonesas sediadas no país.

Homma indicou que, após uma reunião com o Ministério do Comércio chinês, em 28 de Maio, algumas licenças começaram a ser aprovadas, embora em número ainda limitado. A Câmara alertou que os controlos “podem prejudicar as cadeias de abastecimento de bens de consumo” e apelou a que sejam aplicados apenas quando “realmente necessários por razões de segurança”.

A China detém mais de 70 por cento da produção mundial de terras raras, componentes essenciais no fabrico de produtos como telemóveis, computadores e veículos eléctricos. As restrições fazem parte de um conjunto de medidas adoptadas por Pequim desde 2023, no contexto das tensões comerciais com os Estados Unidos.

Pequim e Washington alcançaram recentemente um princípio de acordo para reduzir essas tensões, no qual a China se comprometeu a aliviar algumas barreiras não tarifárias, incluindo os controlos sobre materiais estratégicos.

19 Jun 2025

Tóquio | Porta-aviões chinês entrou em águas do Japão

O Ministério da Defesa do Japão revelou ontem que um porta-aviões chinês e restante frota entraram em águas da Zona Económica Exclusiva (ZEE) japonesa, no passado sábado, numa altura de tensões na relação entre os dois países.

De acordo com o ministério japonês da Defesa, o porta-aviões Liaoning, dois contratorpedeiros de mísseis guiados e um navio de reabastecimento rápido navegaram a cerca de 300 quilómetros do ponto mais oriental do Japão, a ilha Minamitori, no sábado.

De acordo com um comunicado, depois de o Liaoning e os navios que o acompanhavam terem deixado a ZEE japonesa, realizaram no domingo exercícios de descolagem e aterragem de caças e helicópteros.

O ministério da Defesa japonês disse que destacou um navio para a zona, de forma a acompanhar a situação. Esta foi a primeira vez que um porta-aviões chinês entrou nesta parte da ZEE do Japão no Oceano Pacífico, disse um porta-voz do ministério à agência de notícias France-Presse.

“Acreditamos que os militares chineses estão a tentar melhorar as suas capacidades operacionais e a sua capacidade de conduzir operações em áreas remotas”, acrescentou. A crescente presença militar da China e a utilização de meios navais e aéreos para reivindicar territórios disputados estão a preocupar os Estados Unidos e os seus aliados na região da Ásia-Pacífico.

O porta-voz do Governo, Yoshimasa Hayashi, afirmou ontem numa conferência de imprensa que o Governo japonês “transmitiu uma mensagem apropriada à parte chinesa”, sem especificar se tinha apresentado um protesto formal.

10 Jun 2025

Gaza | Japão promete ajuda humanitária

O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, prometeu ontem à Agência das Nações para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) que o Japão irá contribuir para a chegada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

“O Japão pretende trabalhar para garantir a manutenção de um ambiente sustentável no qual as actividades de assistência humanitária possam ser realizadas”, disse Ishiba ao director-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, durante uma reunião em Tóquio, segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês.

Lazzarini fez uma visita de cortesia de cerca de 20 minutos ao Presidente japonês, que expressou o seu respeito pela organização internacional e as suas condolências aos funcionários que morreram durante o conflito com Israel na Faixa de Gaza.

O director-geral da UNRWA expressou a sua gratidão pela assistência prestada pelo Japão até à data e explicou a atual situação humanitária na Faixa de Gaza, assim como as condições que enfrenta a UNRWA e os seus esforços para melhorar a sua gestão, após o congelamento temporário da ajuda de certos países, incluindo o Japão, devido às alegadas ligações de alguns dos seus funcionários com o grupo islamita Hamas.

Ishiba e Lazzarini confirmaram que continuarão a colaborar para prestar apoio aos refugiados palestinianos que enfrentam “uma grave crise”, acrescentou o ministério.

27 Mai 2025