Andreia Sofia Silva SociedadeEfeméride | SJM celebra 73.º aniversário do estabelecimento da RPC A Sociedade de Jogos de Macau (SJM) celebrou ontem, no hotel Grand Lisboa, o 73.º aniversário do estabelecimento da República Popular da China. No evento, Daisy Ho, administradora-delegada da empresa, destacou o facto de, na última década, o país “ter atingido grandes feitos que atraíram a atenção internacional, tendo erradicado a pobreza e, de forma bem-sucedida, construído uma sociedade moderadamente próspera em todos os aspectos. Com o arranque do 20º Congresso do Partido Comunista Chinês, a SJM junta as mãos à população chinesa no embarque da nova jornada em prol do grande rejuvenescimento da nação chinesa em todas as frentes”, disse, citada por um comunicado. A empresária afirmou ainda que o Presidente Xi Jinping “cuidou de Macau de forma sincera durante a pandemia ao providenciar apoio médico imediato e em termos de políticas a fim de nos ajudar a lidar com a crise de saúde pública”. Nas palavras de Daisy Ho, a SJM vai continuar a apoiar o princípio “um país, dois sistemas”, bem como o conceito de Macau governada por patriotas.
João Luz Manchete SociedadeShenzhen | Segundo incidente em central nuclear em menos de um mês Menos de um mês depois de registar um incidente operacional, a Comissão de Gestão de Emergência Nuclear da Província de Guangdong voltou a notificar as autoridades de Macau de mais um incidente. A activação do sistema de emergência levou à desactivação automática de uma unidade da Central Nuclear de Ling Ao em Shenzhen Na segunda-feira, o Gabinete da Comissão de Gestão de Emergência Nuclear da Província de Guangdong notificou os Serviços de Polícia Unitários de Macau de um incidente operacional verificado no sábado na Central Nuclear de Ling Ao em Shenzhen. Pela segunda vez, em menos de um mês, as autoridades do Interior alertam as congéneres da RAEM, ao abrigo do “Acordo de cooperação no âmbito da gestão de emergência de acidentes nucleares da Central Nuclear de Guangdong”, para um incidente na mesma unidade da Central Nuclear de Ling Ao. A última ocorrência deu-se a 17 de Setembro, quando foi detectada a activação inesperada de um dos motores diesel de emergência da linha A da unidade 4 da central nuclear que fica a cerca de 60 quilómetros de Hong Kong. O incidente de sábado, ocorreu na mesma unidade da instalação que pertence à parte operacional da Estação Nuclear da Baía de Daya. Os Serviços de Polícia Unitários de Macau emitiram um comunicado a referir que no sábado, 15 de Outubro, “devido à activação do sistema de protecção, a unidade 4 da Central Nuclear de Ling Ao foi automaticamente desactivada por motivos de segurança”. O pessoal operacional inspeccionou a unidade em questão e apurou que o mecanismo que controla o fluxo de água no sistema apresentava uma falha, resultando na activação do sistema de protecção. Sem problemas As autoridades do Interior da China indicaram ainda que os trabalhadores da central conseguiram reparar o defeito encontrado no sistema. Segundo a Escala Internacional de Acidentes Nucleares (INES) e os regulamentos de segurança nuclear, a ocorrência detectada no sábado foi classificada como um incidente operacional de nível 0 (a INES classifica os incidentes nucleares em níveis de 1 a 7), ou seja, não foi categorizado como um incidente, mas um desvio que tem de ser corrigido. O pessoal verificou que a razão para a interrupção foi uma falha de uma placa de controlo de fluxo no sistema principal de abastecimento de água do circuito secundário. As autoridades indicaram que após a conclusão dos trabalhos de reparação a unidade afectada, assim como toda a central nuclear, retomaram o seu funcionamento normal. Durante todo o processo, a unidade nuclear manteve-se sempre em condições de segurança. As autoridades de Guangdong garantiram que a ocorrência não afectou o funcionamento e a segurança da central, nem a saúde do pessoal operacional, da população e do ambiente adjacente à central.
Hoje Macau SociedadeBranqueamento | Transacções suspeitas caem 13,4 por cento O número de relatórios de transacções suspeitas caiu para 1.677, de acordo com as estatísticas do Gabinete de Informação Financeira. Da parte das operadoras de jogo, chegaram 866 participações de operações duvidosas Nos primeiros nove meses do ano, o número de transacções suspeitas sofreu uma redução de 13,4 por cento, de acordo com as estatísticas publicadas ontem pelo Gabinete de Informação Financeira (GIF). O valor apresentado é o mais baixo desde 2020. Entre Janeiro e Setembro deste ano, houve 1.677 relatórios de transacções suspeitas submetidos ao GIF por entidades locais, o que representa uma redução de 13,4 por cento, face aos 1.937 relatórios apresentados nos primeiros nove meses do ano passado. Entre os 1.677 relatórios enviados ao GIF, mais de metade partiram das operadoras de jogo, num total de 866. Este número representa uma proporção de 51,6 por cento. No ano passado, tinha havido um total de 1.025 relatórios das operadoras de jogo, no que tinha sido uma proporção de 52,9 por cento do total das queixas. Por parte das instituições financeiras e companhias de seguros, foram submetidos para avaliação 611 relatórios de transacções suspeitas, 36,5 por cento do total das queixas. A proporção das queixas nos primeiros nove meses de 2021 tinha sido de 34,3 por cento, o que correspondeu a 665 queixas. As restantes 200 queixas dos primeiros nove meses do ano, partiram de “outras instituições”, numa proporção de 11,9 por cento, uma redução face ao ano transacto, quando as “outras instituições” tinham submetido 247 relatórios, numa proporção de 12,8 por cento das 1.937 queixas totais. A descer O número de 1.677 relatórios de transacções suspeitas apresentado ontem pelo GIF é o mais reduzido desde 2020, o primeiro ano afectado pela pandemia da covid-19. Há dois anos, naquele que é o registo mais baixo desde 2018 para os primeiros meses do ano, foram registadas 1.663 transacções suspeitas. À semelhança do que se verifica agora, e como padrão normal, a maior parte das denúncias de transacções suspeitas partiu das operadoras de jogo, com uma proporção de 56,3 por cento das queixas, ou seja, 936 relatórios. Desde 2018, que o número de transacções suspeitas nos primeiros nove meses do ano fica abaixo das 3.000 transacções. Nesse ano, e só nos primeiros nove meses, houve 3.079 transacções suspeitas, com as operadoras do jogo a relatarem 1.687 transacções suspeitas, mais do que as registadas nos primeiros meses deste ano. Também nesse período, os bancos e as seguradoras reportaram 912 transacções suspeitas.
João Luz Manchete SociedadeHotelaria | Esperada ocupação de 80% para eventos de Novembro A indústria hoteleira encara o próximo mês com optimismo. Com o calendário de eventos marcado pelo Grande Prémio de Macau e o Festival de Gastronomia, o sector estima taxas de ocupação na ordem dos 80 por cento. O sentimento de confiança é reforçado pelo aguardado retorno das excursões do Interior O regresso de eventos anuais de grande envergadura, como o Grande Prémio de Macau e o Festival Gastronómico, deixam a indústria da hotelaria local com boas perspectivas de receitas para a segunda metade do próximo mês. O Grande Prémio de Macau realiza-se entre os dias 17 a 20 de Novembro, enquanto a 22.ª edição do Festival de Gastronomia de Macau acontece entre 18 de Novembro e 4 de Dezembro. Além da organização de eventos, o sector aguarda que se materialize a novidade anunciada por Ho Iat Seng no final de Setembro em relação às excursões organizadas e a emissão de vistos electrónicos para visitas a Macau, medidas previstas para Novembro. Se a pandemia não “estragar a festa”, estima-se que a taxa de ocupação hoteleira durante a realização dos eventos acima mencionados se situe entre 70 e 80 por cento, projectando resultados positivos para o último trimestre do ano. Em declarações ao jornal Ou Mun, o presidente da Associação dos Hoteleiros de Macau, Lou Chi Leong, realça precisamente a conjugação de factores do calendário de eventos e abertura fronteiriça a quatro províncias chinesas. O responsável prevê que o número de turistas que opta por Macau aumente gradualmente, estimulando a taxa de ocupação hoteleira. Porém, devido aos persistentes surtos de covid-19 nas cidades vizinhas, algumas regiões ainda não “arriscaram” aprovar a emissão electrónica de vistos, factor que Lou Chi Leong entende poder afectar o fluxo de visitantes. Oferta e procura Com tudo preparado para receber visitantes, os empresários do ramo não têm alternativa a não ser encarar o futuro próximo com optimismo cauteloso, depois de meses de paralisia durante o Verão. Longe dos tempos de afluência contínua de turistas, o presidente da Associação dos Hoteleiros de Macau revela que logo após a Semana Dourada, a taxa de ocupação hoteleira caiu a pique, “o que é um fenómeno normal”. Porém, o responsável confia na recuperação gradual do sector. Quanto à evolução do preço dos quartos, Lou Chi Leong diz que “é difícil prever”, mas se o fluxo de visitantes aumentar é natural que as taxas de ocupação hoteleiras acompanhem a tendência. Um dos desafios é conseguir com que os turistas alarguem o tempo da visita a Macau, objectivo só alcançável se a pandemia na região se mantiver estável. Para já, o empresário aponta que o preço dos quartos está muito baixo, acompanhando a fraca procura, mas durante os eventos de Novembro o valor deverá recuperar para números semelhantes aos praticados durante a Semana Dourada, com a inflação de algumas centenas de patacas, para mais de 1000 patacas, para quartos em hotéis de cinco estrelas no Cotai. Na semana passada, a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos revelou que durante o terceiro trimestre deste ano o índice de preços turísticos desceu empurrado pela descida significativa dos preços da secção alojamento (-22,83 por cento em relação ao período homólogo de 2021), secção onde está incluído o preço dos quartos de hotéis.
Hoje Macau SociedadeSeguros | Académico defende aposta no sector John Chu Chin Lam, presidente da Associação de Gestão de Activo de Macau, considera que o caminho da diversificação económica do território deve passar por uma maior aposta no sector dos seguros, no âmbito da Grande Baía. As declarações foram feitas durante um evento em que se discutiu a situação da economia local, relatado ontem pelo Jornal do Cidadão. Segundo Chu, os serviços financeiros, onde se integram os seguros, são uma das quatro apostas para a diversificação económica havendo espaço para crescer em Macau. Com as receitas de Setembro a não irem além dos 2,96 mil milhões de patacas, o académico justificou que a tendência mundial é para haver um reforço na área das finanças. Como exemplos, o presidente da associação apontou as cidades de Shenzhen, que está a construir um centro financeiro com alta tecnologia, e Hong Kong, onde os serviços financeiros representaram 23,4 por cento do Produto Interno Bruto, em 2020. No entanto, em Macau, e já durante a fase negra do jogo, a proporção dos serviços financeiros para o PIB não foi além de 14,5 por cento. Ainda em relação ao território, John Chu admitiu que o sector tem um longo caminho a percorrer para que se possa consolidar como uma das principais actividades financeiras. Contudo, indicou que a China tem uma população numerosa e que a entrada deste tipo de serviços na Grande Baía pode catapultar a indústria para uma proporção do PIB mais elevada, mesmo que as receitas do jogo recuperem para níveis do passado.
João Luz Manchete SociedadeDICJ | Afastados rumores de redução salarial após concurso público A incerteza quanto ao futuro depois de arrumado o assunto das novas concessões de jogo tem levado a alguma especulação, incluindo a ideia de que as operadoras podem cortar nos salários. O Governo afastou a hipótese, que categorizou como “rumores que circulam na internet” Com o processo de atribuição das concessões para a exploração de jogos de fortuna ou azar em casino a seguir a todo o vapor, a ambiguidade e a incerteza reinam na indústria mais relevante em termos económicos para o território. A questão dos salários e o peso dos elementos não-jogo impostos pelo Governo às candidatas às concessões tem levado a alguma especulação sobre o futuro da indústria. Nos últimos dias, foram partilhadas nas redes sociais publicações que davam conta de cortes nos ordenados depois de terminado o concurso público. A Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) emitiu um comunicado no domingo à noite a meter água na fervura. “Relativamente a informações que circulam na internet de que terminado o concurso para a atribuição das concessões para a exploração de jogos de fortuna ou azar em casino irá ocorrer a redução salarial dos trabalhadores, a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos reitera que essas informações são apenas rumores sem qualquer base factual.” O banco de investimento Credit Suisse emitiu um relatório na semana passada, baseado em informações recolhidas junto das candidatas à concessão, a indicar que o Governo de Macau estaria a “exigir muito mais investimentos em elementos não-jogo” do que o inicialmente esperado. A instituição financeira concluía que o aumento do investimento prometido iria resultar, inevitavelmente, no aperto da contabilidade de algumas operadoras de jogo e na redução das margens de lucro a longo prazo. Reverso da medalha Ao mesmo tempo que exige um plano detalhado do investimento anual que as operadoras estão dispostas a fazer em Macau, o Executivo de Ho Iat Seng não se compromete com o alívio das restrições fronteiriças e das medidas restritivas de combate à pandemia que mergulhou o sector numa crise sem precedentes. No passado fim-de-semana, o portal Inside Asian Gaming indicou ter recebido informação de que algumas concessionárias haviam colocado em cima da mesa a possibilidade de redução salarial, acompanhando a diminuição do período de concessão para 10 anos e a situação económica. O Governo não confirmou nem negou a informação, sublinhando a obrigação de respeitar a confidencialidade durante a negociação, não apaziguando a especulação. Além de negar a veracidade dos “rumores”, a DICJ salientou que “o Governo da RAEM tem sempre defendido os direitos e interesses legítimos dos trabalhadores das concessionárias de jogos bem como a estabilidade no emprego”.
Hoje Macau SociedadeZero covid | Turismo em coordenação com política nacional Andy Wu, presidente da Associação da Indústria Turística de Macau, disse, segundo o jornal Ou Mun, que o sector turístico de Macau irá coordenar-se com a manutenção da política nacional de zero casos covid. O responsável acredita que há ainda espaço de evolução para o sector face às estratégias adoptadas pelas autoridades do país e, mais especificamente, do Interior da China, uma vez que os turistas oriundos da RPC são em grande número. Andy Wu diz depositar esperanças no regresso da emissão de vistos online por parte do Interior da China, bem como na promoção de vários eventos turísticos pelas autoridades de Macau, considerando fundamental a atracção de um certo número de visitantes para o território. O dirigente associativo alerta também para a necessidade de se estudar medidas para que os visitantes pernoitem mais vezes em Macau, uma vez que o número de turistas não irá aumentar exponencialmente a curto prazo. Além disso, o turista já não visita Macau apenas pela gastronomia e para fazer compras, procurando saber mais sobre a história do território e de alguns produtos turísticos. Andy Wu entende que não é difícil Macau atingir a fasquia diária dos 30 a 40 mil visitantes para os grandes eventos, mas permanece, na sua opinião, o problema da exigência do teste com validade de 48 horas para passar a fronteira, sendo fundamental uma maior flexibilidade neste ponto.
João Luz Manchete SociedadeCovid-19 | Cerca de 40 mil pessoas fazem teste de ácido nucleico diário Devido às infecções de covid-19 nas imediações de Macau, não há condições para aliviar restrições, afirmou Leong Iek Hou, dos Serviços de Saúde. Ontem, pelo menos um posto de testagem ao ar-livre não abriu à tarde, apesar de o sinal n.º3 de tufão ter sido içado meia hora depois do horário de abertura Pelo menos um posto de testes de ácido nucleico ao ar-livre, situado no Jardim Camões, não abriu ontem à tarde, deixando uma fila de utentes sem informação e sem o teste que lhes permitia trabalhar ou atravessar a fronteira. As regras de funcionamento estipulam que quando for içado o sinal n.º 3 de tempestade os postos de teste de ácido nucleico ao ar livre ficam temporariamente encerrados ao público. O referido alerta meteorológico, surgiu ontem às 16h30. Porém, os utentes que esperavam no Jardim Camões com marcações a partir das 16h depararam-se com o posto vazio. Sem avisos das autoridades de saúde, nem informação no local do posto gerido pela Pureza Medical and Health Technology Limited, as cerca de 50 pessoas com marcação de teste de ácido nucleico acabaram por dispersar. O HM perguntou aos Serviços de Saúde (SSM) porque o posto não abriu enquanto ainda estava içado o sinal nº1, porque não foram informadas as pessoas com marcação para fazer o teste de ácido nucleico e se a empresa responsável, a Pureza Medical and Health Technology Limited, seria responsabilizada pela não abertura do posto. Até ao fecho desta edição, não recebemos resposta. A chefe da Divisão de Prevenção e Controlo de Doenças Transmissíveis dos SSM, Leong Iek Hou, mencionou o assunto ontem, precisamente afirmando que a maioria dos utentes está satisfeita com a conveniência dos postos ao ar livre. A médica reforçou a ideia de que como a situação pandémica nas cidades vizinhas é instável, não existem condições para aligeirar as medidas de controlo, nem para diminuir o número de postos de testagem. Leong Iek Hou admitiu ontem ao jornal Ou Mun que cerca de 190 mil pessoas estão incluídas nos grupos de risco obrigados a testes de ácido nucleico regularmente, com margens temporais entre testes diários a semanais. Deste universo, cerca de 40 mil fazem testes diários. Um passeio no parque Em relação às políticas de combate à pandemia, Leong Iek Hou sublinhou a necessidade de Macau seguir as linhas orientadoras da política nacional dinâmica de zero-covid. Tal política, não significa que não possam surgir casos, mas o objectivo é detectá-los o mais rapidamente possível para interromper potenciais cadeias de transmissão, indicou Leong. A testagem a grupos de risco e pessoas vindas de zonas de risco elevado são práticas para manter, assim como as quarentenas. Com o surgimento de surtos em cidades vizinhas, a responsável reiterou o apelo das autoridades para não-residentes do Interior da China não voltarem a Macau enquanto os surtos não estiverem controlados. A médica estima que desde o princípio de Setembro, até à passada quarta-feira, foram detectados cerca de 1000 trabalhadores não-residentes que moram em zonas afectadas. Deste universo, apenas 26 entraram em Macau, cumprindo quarentena. Leong Iek Hou entende que cada vez mais residentes fazem a leitura do código QR de local com o código de saúde, demonstrando cooperação na luta contra a pandemia, mas não forneceu dados que sustentem a conclusão.
João Santos Filipe SociedadePrograma de estágios do Alibaba falha meta de recrutamento Apesar do plano de formação e estágio na Alibaba em Hangzhou para jovens de Macau ter disponibilizado 14 vagas para residentes, apenas 13 jovens foram aceites. A informação foi divulgada ontem pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), que publicou a lista com os resultados do processo de contratação. Quando o programa foi anunciado pela DSAL, havia a esperança de que 14 residentes encontrassem uma oportunidade para estagiar numa das maiores empresas a nível mundial. No entanto, os resultados mostram que apenas 13 vagas foram preenchidas e que mesmo nesses casos teve de haver um ajuste das posições oferecidas. Segundo a informação reconhecida pela DSAL, o recrutamento para o estágio decorreu entre 15 e 23 de Setembro, com 34 residentes a mostrarem-se interessados no programa. Na primeira fase de apreciação, três foram excluídos, por não terem passado na selecção com base na análise dos documentos dos candidatos. Mais tarde, o número foi ainda reduzido para 19 candidatos, após entrevistas e uma triagem da Alibaba. Vagas alteradas Ontem, foi divulgada a lista final dos candidatos aceites com duas novidades: apenas 13 residentes foram contratados e as vagas existentes sofreram alterações, para acomodar as especificidades dos candidatos. “Devido a valorização de certos postos pelos jovens, Alibaba ajustou as vagas das diferentes linhas de serviço segundo as qualidades conjuntas dos candidatos, tendo seleccionado quatro estagiários para a linha de serviço do comércio electrónico ICBU, quatro para a linha de serviço do comércio electrónico Tmall Global e cinco para a linha dos serviços de computação em nuvem Alibaba Cloud”, foi justificado. Os jovens começam a estagiar a 6 de Novembro, dia em que se espera que cheguem a Hangzhou. O final do estágio está agendado para 30 de Dezembro, se não houver alterações no calendário, motivadas pela pandemia. Ao longo do período que estiverem no Interior, os 13 escolhidos vão receber quase 15 mil patacas. Entre este valor, o pagamento de 5 mil renminbis (5.609 patacas) é feito pela Alibaba, no final do estágio. Além disso, a DSAL assume o pagamento de 5 mil patacas a cada quatro semanas de estágio e ainda um pagamento de mais 4 mil patacas, para cobrir os custos de deslocação e o seguro de trabalho.
Hoje Macau SociedadeTufão | Possibilidade “baixa” de ser hoje içado sinal 8 Tendo em conta a passagem da tempestade tropical “Nesat” pelo território, as autoridades consideram “relativamente baixa” a possibilidade de ser içado hoje à noite o sinal 8 de tempestade. O sinal 1 foi içado ontem, sendo que o sinal 3 foi içado esta madrugada, devendo manter-se ao longo da manhã. Os SMG apontam ainda que a passagem do “Nesat” em simultâneo com uma monção de nordeste o vento deverá intensificar-se a partir da noite de hoje, sendo que a “nebulosidade vai aumentar”, ocorrendo “aguaceiros ocasionais”. A temperatura do ar vai descer progressivamente, atingido a mínima de 17 graus na quarta-feira. É “relativamente baixa” a possibilidade de ser içado o sinal de “Storm Surge”, relativo ao risco de inundações nas zonas baixas da cidade, mas “podem ainda ocorrer pequenas inundações na zona meridional do Porto Interior, devido aos fortes ventos e agitação marítima”.
Hoje Macau SociedadeCrime | Detido por suspeitas de violar dois jovens A Polícia Judiciária (PJ) deteve um homem de 31 anos, à entrada em Macau, por suspeitas de ter violado dois estudantes, no passado dia 22 de Agosto. Segundo a versão relatada pelo jornal Ou Mun, o caso foi denunciado a 24 de Agosto, quando um dos jovens se apresentou com o pai nas instalações da Polícia Judiciária. Segundo a queixa, o jovem foi atraído pelo homem de 31 anos para um hotel na zona central, onde foi violado, num acto que lhe deixou ferimentos. Face ao relato, a PJ recorreu à videovigilância e conseguiu confirmar que a vítima esteve à porta do hotel e que entrou em contacto com o homem suspeito. As autoridades indicaram ainda que com recurso à videovigilância, foi possível confirmar que no mesmo dia o violador atraiu um outro estudante para o mesmo hotel. Para aliciar os jovens, o homem de 31 anos fez-se passar por mulher nas redes sociais, abordando menores e seduzindo-os com conversas sobre sexo e a promessa de pagamentos em dinheiro. À PJ, a primeira vítima que apresentou queixa, recusou ter havido qualquer transacção sexual, no entanto, a segunda falou dessa hipótese, mas explicou não ter sido paga. Às autoridades, os dois jovens afirmaram desconhecer que o sujeito era um homem. O caso foi encaminhado ao Ministério Público pelos crimes de violação, recurso à prostituição de menor e ofensa simples à integridade física.
Hoje Macau SociedadeManifestação | Proprietários protestaram contra casa-de-banho Um grupo de proprietários de apartamentos no edifício La Cité fez um protesto contra a construção de uma casa-de-banho de madeira na Rua da Pérola Oriental. A casa-de-banho é utilizada por motoristas de autocarros de transporte público, quando param naquela estação, que funciona como terminal de várias carreiras. Segundo as fotografias partilhadas nas redes sociais, os proprietários afixaram uma faixa nas casas-de-banho, onde se podia ler: “os residentes da Rua da Pérola Oriental são contra a construção da casa-de-banho porque espalha o vírus (da covid-19) e prejudica a saúde dos moradores. Tem de ser removida imediatamente”.
João Santos Filipe Manchete SociedadeUrbanismo | Última Instância vai mudar-se para o edifício do antigo tribunal As obras que vão arrancar brevemente estão orçamentadas em 55,97 milhões de patacas, com os trabalhos a ficarem a cargo da Sociedade de Engenharia Soi Kun. A concepção do projecto foi feita pelo atelier do arquitecto Carlos Marreiros O Tribunal de Última Instância (TUI) vai mudar-se para o edifício do antigo tribunal situado na Avenida da Praia Grande e para o lugar onde ficavam as antigas instalações da Polícia Judiciária (PJ), na Rua Central. A notícia foi avançada na sexta-feira, no portal da Direcção dos Serviços de Obras Públicas. O TUI vai passar a ocupar dois lotes com uma área de 3.524 metros quadrados, com o edifício do antigo tribunal a ser mantido, tal como a fachada da construção que antes era utilizada pela PJ. “O edifício do antigo tribunal será mantido e uma parte espacial será reordenada conforme as novas funções e, simultaneamente, serão realizados os trabalhos de consolidação da estrutura e remodelação no interior”, foi revelado. “Só será apenas mantida a fachada da ala leste das antigas instalações da Polícia Judiciária ao longo da rua, cujas restantes partes serão demolidas e em seguida será construída um novo edifício que terá um piso em cave e três pisos de altura”, foi acrescentado. Anteriormente, o Governo de Chui Sai On chegou a apresentar planos para levar a Biblioteca Central para este edifício. Contudo, o projecto enfrentou alguma oposição local e com a subida de Ho Iat Seng ao poder a intenção foi abandonada. Em vez do antigo tribunal, a biblioteca vai ser construída no antigo Hotel Estoril. Obras para Mak De acordo com a informação apresentada, o projecto ficou a cargo da empresa MAA Marreiros Atelier de Arquitectura Limitada, do arquitecto Carlos Marreiros. A primeira fase da empreitada de construção do Tribunal de Última Instância, que implica a construção de fundações, cave e suportes de paredes exteriores do novo edifício, foi atribuída à Sociedade de Engenharia Soi Kun, Limitada, do ex-deputado Mak Soi Kun. O antigo legislador e mentor da lista ligada à comunidade de Jiangmen, que tem dois deputados na Assembleia Legislativa, vai receber 55,97 milhões de patacas para terminar os trabalhos dentro de 435 dias. Entre as sete propostas apresentadas a “consulta”, o prazo de execução das obras foi sempre o mesmo, mas a Soi Kun apresentou o preço mais baixo. As propostas que mais se aproximaram da Soi Kun partiram da Companhia de Construção e Engenharia Kin Sun (Macau), com 57,74 milhões de patacas, e Top Builders Internacional, com um preço de 58,40 milhões de patacas. No polo oposto, a proposta mais elevada foi da Companhia de Construção & Engenharia Shing Lung, com um preço de 79,98 milhões de patacas.
Hoje Macau SociedadeLicenças de Jogo | Venetian não comenta alegações da AAEC A Asian American Sociedade de Diversão S.A. (AAEC, na sigla em inglês) enviou na segunda-feira uma carta à Comissão Especializada do Sector dos Jogos de Fortuna ou Azar a alertar para a possibilidade de a Venetian Macau S.A. não cumprir os critérios do programa do concurso público para as concessões do jogo. Contactada pelo HM, a Venetian Macau respondeu “não ter comentários neste momento” sobre o assunto. De acordo com a missiva a que o HM teve acesso, a companhia do empresário de Taiwan Marshall Hao argumenta que a Venetian, concorrente ao concurso público, pode perder a “capacidade financeira adequada para operar”, caso a justiça dê razão à AAEC no caso judicial bilionário em que pede uma indemnização superior a 96 mil milhões de patacas. Como tal, a AAEC alega que a Venetian pode correr o risco de entrar em bancarrota, algo que colocaria em causa a capacidade para operar e cumprir a concessão, como também noticiou o Canal Macau da TDM no telejornal de quarta-feira à noite. A carta enviada à Comissão Especializada do Sector dos Jogos de Fortuna ou Azar tem como pano de fundo uma disputa que remonta a 2001, ao primeiro concurso público para atribuir concessões de jogo. Na altura, a Las Vegas Sands submeteu uma candidatura em conjunto com a AAEC. Porém, a meio do processo, a gigante norte-americana acabou por se aliar à Galaxy Entertainment, parceria que obteve a concessão. O litígio judicial continua em aberto no Tribunal de Segunda Instância.
João Santos Filipe Manchete SociedadeFitch considera que recuperação do sector do jogo ainda está longe O aumento pouco significativo do número de visitantes e o abrandamento da economia do Interior deixam a Fitch pouco optimista face às perspectivas de uma recuperação rápida da indústria do jogo de Macau Apesar do aumento do número de visitantes a entrar em Macau, a agência de notação financeira Fitch considera que a recuperação do sector do jogo “continua distante”. A posição foi justificada com a manutenção das principais restrições de circulação e o abrandamento da economia do Interior. “O número de turistas que visitam Macau está em recuperação, no seguimento do levantamento de várias restrições de circulação com o Interior, no entanto, os níveis continuam baixos”, pode ler-se no relatório mais recente da agência Fitch sobre a indústria do jogo. “O relaxamento das políticas rígidas de controlo do coronavírus podia resultar numa recuperação materialmente mais rápida dos visitantes e das receitas do jogo, mas a altura em que essas mudanças políticas vão ser implementadas é incerta”, é acrescentado. Apesar de algum optimismo que se seguiu à Semana Dourada, em especial no primeiro dia em que entraram em Macau 37 mil visitantes, a Fitch considera que não há grandes razões para este sentimento, porque não se devem esperar mudanças políticas significativas. “Qualquer levantamento significativo das restrições a curto prazo é improvável”, é sublinhado. Ao mesmo tempo, a agência de notação financeira aponta que a qualquer altura, em caso de novo surto, “as restrições podem tornar-se mais rígidas”. Problemas maiores As limitações no número de visitantes não são o único desafio encontrado, a Fitch considera que a recuperação também vai ser atrasada pela situação geral da economia no Interior. “O crescimento económico mais lento na China também pode afectar de forma negativa a recuperação da indústria do jogo, incluindo nos segmentos de massas premium e dos grandes apostadores”, é justificado. Recentemente, a agência fez uma revisão em baixa das previsões do crescimento da economia chinesa para o próximo ano. O crescimento esperado de 5,3 por cento para 2023 deu lugar a uma previsão menos optimista, que se situa nos 4,5 por cento. Em relação ao concurso público para as concessões de jogo, a Fitch acredita que as probabilidades das actuais concessionárias perderem a licença são “baixas, mas possíveis”. Segundo a agência, a favor das concessionárias, está o facto de cooperaram sempre com o Governo, ao investirem milhares de milhões de dólares americanos, serem dos maiores empregadores no território, e cooperarem para as políticas do Governo Central, como o projecto de integração da Grande Baía.
João Santos Filipe SociedadeEstudo | Políticas de ensino do português sem resultados positivos Os académicos Cai Zhaoliang e Xue Yan apontam que para desempenhar melhor as funções de plataforma entre o Interior e os Países de Língua Portuguesa o Governo devia apostar em levar a formação de bilingues para essas regiões Apesar da aposta no ensino da língua portuguesa no território, o resultado não é positivo. Esta é a conclusão de um estudo dos académicos Cai Zhaoliang, da Universidade de Ciência e Tecnologia de Sichuan, e Xue Yan, Universidade de Macau, publicado no mês passado com o título Desafios e Oportunidades para Macau como uma Plataforma da Língua e Cultural no Conceito da Iniciativa Uma Faixa Uma Rota. Segundo o documento, que consta na revista científica International Journal of Social Science and Education Research, apesar dos esforços governativos, a proporção da população que consegue falar português é cada vez menor. “O Governo de Macau lançou uma série de políticas a nível do ensino básico e superior para melhorar a proficiência dos estudantes de Macau no português, porém, o resultado não é positivo”, consideram os investigadores. Além da menor proporção da população que é capaz de dominar a língua, para esta conclusão contribuiu também o facto de o português ser uma língua muito pouco utilizada e exigida a nível profissional, à excepção dos trabalhos na função pública. “Os residentes que são capazes de falar português ocupam uma proporção muito pequena da população e apenas são necessários em alguns sectores do Governo”, é justificado. “Esta realidade limita o desenvolvimento da língua portuguesa em Macau”, é acrescentado. Papel a desempenhar Em relação à “Iniciativa Uma Faixa, Uma Rota”, os investigadores acreditam que Macau tem um papel a desempenhar, principalmente na promoção da língua portuguesa e de um maior conhecimento no Interior sobre os países de língua portuguesa. “Para as pessoas no Interior, os países de língua portuguesa ainda são muito pouco conhecidos, assim como para as pequenas e médias empresas chinesas. O Governo de Macau devia reconsiderar o seu papel como plataforma para promover um maior entendimento mútuo entre a China e os países lusófonos”, é apontado. Ao mesmo tempo, para contribuir para esta melhor compreensão, os investigadores apontam que a educação, e principalmente o ensino superior, pode ser um caminho seguido, mas que é necessário receber mais alunos do Interior e dos países de língua portuguesa. Segundo os dados apresentados, referentes a 2019, antes da pandemia, Cai e Xue notam que apenas 0,8 por cento de todos os estudantes do ensino superior em Macau eram provenientes de países de língua portuguesa. Esta é uma realidade que a RAEM devia mudar. “Como uma plataforma que faz a ligação entre a China e a Lusofonia, uma perspectiva de promover a língua portuguesa, o Governo de Macau devia assumir a responsabilidade de treinar quadros qualificados bilingues em chinês e português, não só no contexto de Macau, mas também ao adoptar medidas para se assumir como uma plataforma formadora nesta área no Interior e nos países de língua portuguesa”, é argumentado.
Hoje Macau SociedadePME | Lojas características com 8 milhões de acessos online O presidente da Associação Macau Live, José Rodrigues, revelou que no último mês os canais online de transmissão e promoção das “lojas com características próprias” registaram um tráfego de oito milhões de acessos. A iniciativa é desenvolvida no âmbito do programa da divulgação das lojas com características próprias, apoiado pela Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico e organizado pela Associação Industrial e Comercial. O objectivo da iniciativa é promover 30 lojas das zonas norte, central e das ilhas através das redes sociais e influencers. Ao jornal ou Mun, o macaense defendeu que as pequenas e médias empresas (PME) estão cada vez mais atentas às plataformas online de transmissão para dar a conhecer os seus negócios, mas que ainda não mostram vontade de participar activamente, o que contrasta com regiões vizinhas. No entanto, José Rodrigues espera que o Governo continue a incentivar o desenvolvimento destas plataformas e a divulgá-las para que as PME locais consigam obter mais clientes.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCrise | Empresária terá recorrido à prostituição para pagar dívidas Segundo o director do Instituto Internacional (Macau) de Investigação Académica, Kou Seng Man, a situação que afectou a empresária em questão resulta da diversificação económica forçada, sem que tenham sido lançadas bases preparatórias O académico e ex-candidato a deputado na Assembleia Legislativa Kou Seng Man afirma que há residentes a prostituírem-se para pagar dívidas contraídas ao longo dos três anos de pandemia. A revelação foi feita pelo director do Instituto Internacional (Macau) de Investigação Académica, na quarta-feira, e divulgada ontem pelo Jornal do Cidadão. Numa altura em que abordava as medidas de apoio financeiro do Governo e a falta de eficácia no apoio sustentado às Pequenas e Médias Empresas (PME), Kou Seng Man revelou o caso de uma empresária que lhe pediu ajuda, para pagar parte das dívidas relacionadas com o negócio. Segundo o relato do académico, a mulher é proprietária de uma PME que fornece serviços complementares ao sector do jogo. Como recentemente acreditava que Macau tinha entrado “no último quilómetro” da covid-19, e não queria fechar o negócio, a empresária recorreu a apoios do Governo. Em contrapartida, comprometeu-se a manter o negócio aberto durante um ano. No entanto, a campanha contra o jogo, a entrada em Macau de uma fracção do volume de turistas do passado e o surto mais recente fizeram disparar as perdas da empresa, que chegaram às 300 mil patacas por mês, entre o pagamento da renda, mão-de-obra e outras despesas. Com prejuízos acumulados superiores a um milhão de patacas, a mulher resolveu pedir ajuda a vários amigos e conhecidos. Sem conseguir os apoios necessários, a mulher admitiu a Kou Seng Man não ter encontrado outra solução que não fosse prostituir-se. Na explicação da mulher, citada por Kou, só com um trabalho nos dias que correm nunca ia conseguir ter dinheiro suficiente para fazer frente às obrigações. Além da situação contada, Kou Seng Man afirmou ainda que há mais casos de residentes a prostituírem para fazerem frente às despesas do quotidiano e que é uma tendência que se desenvolveu com o arrastar da crise económica. Começar pelo telhado Para o director do Instituto Internacional (Macau) de Investigação Académica, a história da empresária que se prostitui mostra que a diversificação da economia está a ser forçada, com as quebras no sector do jogo e sem que tenham sido criadas condições necessárias para o crescimento de outros sectores. Na perspectiva de Kou, o facto de o Governo promover o desenvolvimento e transformação da economia do território, sem que tenha formado mão-de-obra local ou promovido o desenvolvimento das empresas locais, faz com que os principais prejudicados sejam os residentes, que têm de fazer face a uma crise económica. Por outro lado, Kou Seng Man alertou para os efeitos contraproducentes de alguns apoios do Governo, e considerou que é necessário pensar melhor nas medidas para apoiar as Pequenas e Médias Empresas. O académico apelou também ao Governo para lançar medidas eficazes para a recuperação da economia.
Hoje Macau SociedadeImobiliário | Mercado cai para níveis sem precedentes O director distrital de vendas da agência imobiliária Anzac Realty, Ho Kai Meng, considera que o mercado imobiliário caiu para um nível sem precedentes, devido à crise pandémica. Segundo Ho Kai Meng, citado pelo jornal Exmoo, cada vez menos pessoas se mostram interessadas nos preços do mercado imobiliário ou em visitarem habitações à venda. No mesmo sentido, antes de comprarem uma habitação, os clientes levam agora mais tempo a tomar decisões. Ho Kai Meng exemplificou igualmente que no passado as publicidades pagas nas redes sociais levavam a que a agência fosse contactada por vários potenciais clientes. Nos dias que correm, o interesse gerado pelos anúncios é muito mais reduzido. Também as promoções perderam os efeitos do passado. O agente imobiliário informou que antes da crise uma fracção com desconto de cinco a oito por cento fazia com que houvesse um frenesim no mercado. A venda concretizava-se em menos de um dia, após o anúncio com o desconto. Contudo, também esta situação não passa de uma miragem em comparação com a realidade actual. Para Ho Kai Meng, a nova situação reflecte a falta de confiança da população, porque os bancos dão ofertas no empréstimo para compensar a parte da subida das taxas de juros. Segundo o director de vendas da Anzac Realty, a situação é preocupante uma vez que as agências imobiliárias empregam 5 mil pessoas, e o número de transacções reflecte uma crise maior do que aquela em Hong Kong, Zhuhai, Shenzhen e Cantão.
Hoje Macau SociedadeCrime | Quatro detidos por burla telefónica A Polícia Judiciária (PJ) deteve quatro pessoas suspeitas de burla telefónica, que terão lesado outras quatro vítimas em cerca de 200 mil patacas. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, um homem queixou-se às autoridades que uma mulher lhe terá ligado a fazer-se passar pela sua esposa alegando ter sido detida pela polícia do Interior da China. Como é usual nestes casos, o passo seguinte foi um pedido de ajuda para pagar uma caução de 100 mil patacas. Como a voz da esposa lhe soou semelhante, e como esta se encontrava de facto na China, o homem acedeu a pagar o dinheiro, não suspeitando do arranjo pouco habitual para o fazer. Sem ter de se dirigir a uma esquadra de polícia ou tribunal, a vítima acedeu a encontrar-se com o burlão no Largo de São Domingos para entregar a avultada quantia. Só no dia seguinte, quando o suspeito lhe pediu mais 50 mil patacas o residente apercebeu-se de que tinha sido burlado. A PJ recebeu queixas referentes a outros três casos de burlas semelhantes, em que as vítimas perderam um total de 100 mil patacas. As autoridades acabaram por identificar e deter na terça-feira o suspeito de receber o dinheiro no primeiro caso, assim como outros cúmplices na Praia Grande, Estrada do Repouso e Rua da Barca.
João Santos Filipe Manchete SociedadeSeac Pai Van | Encerramento de lojas preocupa moradores Um membro do Conselho Consultivo dos Serviços Comunitários das Ilhas avisou que cada vez fecham mais lojas em Seac Pai Van e que os moradores da zona estão a perder acesso a serviços para satisfazer as necessidades diárias O número crescente de lojas fechadas em Seac Pai Vai está a preocupar os residentes da zona, que cada vez têm mais dificuldades em comprar os bens para satisfazerem as necessidades quotidianas. O problema foi exposto por Vong Lai I, membro do Conselho Consultivo dos Serviços Comunitários das Ilhas, durante a reunião de terça-feira do organismo. Segundo o relato feito pelo jornal Cheng Pou, Vong considerou que o Governo tem de tomar medidas urgentes para lidar com o problema. Entre as propostas apresentada pela conselheira consta a isenção de pagamento das rendas, nos casos em que o Governo é arrendatário, ou o congelamento do valor da renda. No mesmo sentido, a conselheira apelou ao Governo para lançar mais concursos públicos e ocupar as lojas existentes, propriedade da RAEM, que estão a ficar desocupadas e adoptar exigências que permitam uma participação elevada em concursos. O discurso sobre o encerramento dos espaços comerciais em Seac Pai Van foi feito no espaço reservado para as intervenções antes da ordem do dia da reunião do Conselho Consultivo dos Serviços Comunitários das Ilhas. Para Vong a situação agravou-se bastante com o surto de covid-19 mais recente, que começou no dia 18 de Junho, altura em que houve confinamentos praticamente totais. Segundo um exemplo avançado no discurso, desde o surto duas lojas, uma de instalação e manutenção, e outra, um consultório veterinário, deixaram fecharam portas e deixaram o bairro. Estes desenvolvimentos fazem com que os moradores tenham de se deslocar para outras zonas da cidade para aceder a estes serviços. Consumo mais baixo No que diz respeito ao dono das lojas de ares-condicionados, este explicou à conselheira que o volume de negócios caiu bastante ao longo do ano, mesmo quando comparado com os dois anos anteriores, o que deixou a empresa sem condições de operar. Na óptica do empresário, o surto de Junho agravou a situação, porque as pessoas estão mais cautelosas, e apenas utilizam o cartão de consumo para bens essenciais. O proprietário contou também à conselheira ligada à União Geral das Associações de Moradores de Macau que os apoios distribuídos não são suficientes. Em outros negócios, que ainda estão a operar, Vong Lai I traça um cenário semelhante. Segundo a representante da associação dos moradores vários estabelecimentos de restauração e clínicas foram afectadas com o desemprego dos trabalhadores do jogo, que perderam poder de compra e deixaram de consumir. Nos estabelecimentos abertos, a solução passa por “apertar o cinto” em todos os aspectos possíveis do negócio, como, por exemplo, o fim das redes de Wifi, que antes estavam disponíveis para os clientes.
Hoje Macau SociedadeTaipa | Incêndio em supermercado suspeito de fogo posto Ontem de manhã, deflagrou um incêndio no supermercado Sam Miu, na Avenida Olímpica na Taipa. Segundo o jornal Ou Mun, por volta das 07h25, funcionários do supermercado detectaram fumo na sala onde estão instalados os sistemas de ar condicionado e ventilação. Porém, nada fizeram porque presumiram que o fumo seria proveniente de um restaurante vizinho. Por volta das 08h15, o fumo tornou-se mais denso o que levou à descoberta de caixotes de papelão em chamas. Recorrendo a extintores, os próprios funcionários do supermercado extinguiram o incêndio ainda antes da chegada dos bombeiros. No local foi descoberta uma ponta de cigarro, achado que fez com que o Corpo de Bombeiros notificasse a Polícia Judiciária. O gestor do supermercado afirmou que não se registaram perdas ou danos de maior nos equipamentos da superfície, mas que terá apelado às autoridades para encontrar e punir o responsável pelo incêndio. A polícia está a investigar a possibilidade de o caso ter resultado de fogo posto.
João Luz SociedadePsicoterapia | Um terço de pacientes de Centro das Mulheres tem ideias suicidas Mais de um terço dos novos pacientes que recorreram na primeira metade do ano ao Centro de Psicoterapia da Associação Geral das Mulheres afirmaram ter ideias suicidárias e de automutilação. Deste universo, composto por 99 indivíduos, 40 são menores e alguns têm entre 8 e 10 anos de idade. Os números foram avançados ontem por Lao Chan Fong, chefe do Centro de Psicoterapia da Associação Geral das Mulheres, em declarações citadas pelo jornal Ou Mun. O responsável acrescentou que no primeiro semestre deste ano a quase totalidade dos utentes do centro, mais de 90 por cento, demonstraram quadros clínicos de stress emocional e que cerca de 80 por cento enfrentavam dificuldades conjugais e afectivas. A vice-presidente da associação, a deputada Wong Kit Cheng, afirmou que o aumento do número de pessoas que procura ajuda no centro é demonstrativo do agravamento da situação da saúde mental no território, mas também da confiança que os residentes depositam nos serviços de psicologia prestados por entidades não governamentais. Wong Kit Cheng sugeriu que além de avaliar os subsídios destinados aos serviços não governamentais, o Governo deve formar mais pessoal na área de psicoterapia, elevar a consciência da população para a saúde mental, elaborar planos de prevenção da depressão, para que os profissionais consigam intervir a tempo em pacientes com ideias de suicídio ou automutilação. Todos aqueles que estejam emocionalmente angustiados ou considerem que se encontram numa situação de desespero devem ligar para ligar para a Linha Aberta “Esperança de vida da Caritas” através do telefone n.º 28525222 de forma a obter serviços de aconselhamento emocional.
João Luz SociedadeAMCM | Empréstimos hipotecários duplicaram em Agosto Durante o mês de Agosto, foram aprovados pelos bancos de Macau novos empréstimos hipotecários para habitação num total de 1,67 mil milhões de patacas, representando um crescimento de 116,9 por cento em relação ao mês anterior, indicou ontem a Autoridade Monetária de Macau (AMCM). Entre os novos empréstimos para habitação aprovados, 98 por cento diziam respeito a residentes locais, que contraíram empréstimos no total de 1,63 mil milhões de patacas, o que significou um aumento de 112,6 por cento. No componente não-residente, subiu para 33,2 milhões de patacas. Tendo em conta o período entre Junho a Agosto, o número médio mensal de novos empréstimos hipotecários para habitação atingiu 1,3 mil milhões de patacas, menos 1,9 por cento em comparação com o período entre Maio a Julho deste ano. Já os novos empréstimos hipotecários para habitação em que a garantia foi dada por edifícios em construção, cresceram 193,6 por cento, para 38,1 milhões em relação ao mês anterior. Em comparação com o período homólogo do ano anterior, estes empréstimos aprovados decresceram 87,5 por cento. Em relação aos novos empréstimos comerciais para actividades imobiliárias, o mês de Agosto foi sinónimo de crescimento de 47,5 por cento relativamente ao mês anterior para um total de 2,05 mil milhões de patacas. Destes, 99,4 por cento foram concedidos a residentes locais e cresceram 52,7 por cento para 2,03 mil milhões de patacas. Por outro lado, o componente não-residente diminuiu para 12,3 milhões de patacas. Entre Junho e Agosto deste ano, o número médio mensal dos novos empréstimos comerciais para actividades imobiliárias aprovados atingiu 5,4 mil milhões de patacas, o que representou uma descida de 3,6 por cento em comparação com o período entre Maio e Julho.