Epidemia | Aulas recomeçam até 20 de Abril

As aulas do ensino não superior começam, o mais tardar, até 20 de Abril. Mais cedo, poderão regressar os finalistas do ensino secundário. Caso a situação permaneça estável, o Governo irá anunciar a data exacta do regresso no final de Março

 

[dropcap]O[/dropcap] Governo prevê que as aulas do ensino não superior possam recomeçar até ao dia 20 de Abril em Macau, anunciou ontem Kong Chi Meng, subdirector dos Serviços de Educação e Juventude. Contudo, a data exacta do reinício das aulas, que inclui o ensino infantil mas não os infantários, só será anunciada no final de Março.

“Prevê-se a retomada das aulas, o mais tardar, até 20 de Abril. Se a situação epidémica continuar estável vamos anunciar o dia do reinício das aulas no final de Março e não descartamos a hipótese de haver um reajustamento”, explicou Kong Chi Meng.

O calendário para o início das aulas foi também detalhado ontem pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Leong U, que justificou o regresso com a situação estável de Macau e garantiu que até ao final de Abril o estado das zonas vizinhas de Zhuhai e Zhongshan, que não apresentam novos casos há 20 e 21 dias respectivamente, vai continuar a ser monitorizada de perto pelas autoridades de saúde e que o recomeço será feito de forma faseada.

“Vamos ponderar e ver se podemos reiniciar as aulas faseadamente. A DSEJ vai analisar e vai comunicando, por isso estamos a ver se existe essa possibilidade [de abrir os infantários]. Estamos a dar mais prioridade ao ensino complementar pois são alunos que têm exames nacionais, depois vamos pensar nos alunos do 7º ao 9º ano e depois é que vamos ponderar os infantários”, afirmou Ao Leong U à saída de uma reunião da comissão de acompanhamento para os assuntos da administração pública.

Precisamente para os alunos do ensino secundário complementar, a secretária avançou que o regresso às aulas poderá acontecer já no final do mês.

“Este ano também temos finalistas e eles querem ser acompanhados para poderem candidatar-se à universidade e pretendemos que, por volta de 30 de Março, esses finalistas possam ir para a escola para se prepararem para os exames nacionais. No entanto, estas não são aulas obrigatórias”, explicou Ao Leong U.

Já o subdirector dos Serviços de Educação e Juventude reiterou que as primeiras semanas de regresso às aulas vão servir para recuperar matéria já leccionada.

“Depois do regresso das aulas não serão ensinados novos conteúdos mas será feita uma revisão das matérias anteriores. Quanto aos exames chegámos a um consenso com as escolas e podemos ajustar os regulamentos em relação à transição e repetição do ano”, explicou Kong Chi Meng.

Ao Leong U explicou ainda que no regresso às aulas terão de ser cumpridas regras como, manter a distância de um metro entre assentos, utilizar máscara, a medição de temperatura corporal e a apresentação da declaração de saúde.

Quanto ao ensino superior, a secretária explicou que ainda não existe previsão de reinício, por se tratar de uma situação mais complexa, pelo facto de existirem “estudantes de Hubei e 18 mil estudantes no exterior”.

Pedidos de rigor

Os deputados da comissão de acompanhamento que estiveram ontem reunidos com a secretária Ao Leong U concordam com o calendário para o reinício das aulas proposto pelo Governo. Contudo, de acordo com Si Ka Lon, que preside a comissão, os deputados querem que o Governo aplique medidas mais rigorosas para os alunos mais novos, não descartando um regresso tardio.

“A comissão concorda com o reinício das aulas proposto pelo Governo. No entanto alguns deputados estão preocupados com os alunos da escolaridade mais baixa e com medidas de prevenção a implementar mais rigorosas. O regresso do ensino secundário complementar pode ser antecipado, mas quanto ao ensino primário pode-se esperar mais tempo”, explicou Si Ka Lon.

Outra das preocupações reveladas pelos deputados prende-se com o fornecimento de máscaras para crianças. Contudo, o Governo admitiu à comissão ter máscaras suficientes para distribuir tanto aos alunos, como às escolas, como admitiu mais tarde a própria secretária Ao Leong U.

“Os estudantes têm de levar as suas próprias máscaras mas, por exemplo, se a brincar, as sujarem (…) as escolas têm reservas para lhes dar. Quanto ao número de máscaras, achamos que temos em número suficiente para as próximas duas ou três rondas”, revelou Ao Leong U.

11 Mar 2020

Epidemia | Aulas recomeçam até 20 de Abril

As aulas do ensino não superior começam, o mais tardar, até 20 de Abril. Mais cedo, poderão regressar os finalistas do ensino secundário. Caso a situação permaneça estável, o Governo irá anunciar a data exacta do regresso no final de Março

 
[dropcap]O[/dropcap] Governo prevê que as aulas do ensino não superior possam recomeçar até ao dia 20 de Abril em Macau, anunciou ontem Kong Chi Meng, subdirector dos Serviços de Educação e Juventude. Contudo, a data exacta do reinício das aulas, que inclui o ensino infantil mas não os infantários, só será anunciada no final de Março.
“Prevê-se a retomada das aulas, o mais tardar, até 20 de Abril. Se a situação epidémica continuar estável vamos anunciar o dia do reinício das aulas no final de Março e não descartamos a hipótese de haver um reajustamento”, explicou Kong Chi Meng.
O calendário para o início das aulas foi também detalhado ontem pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Leong U, que justificou o regresso com a situação estável de Macau e garantiu que até ao final de Abril o estado das zonas vizinhas de Zhuhai e Zhongshan, que não apresentam novos casos há 20 e 21 dias respectivamente, vai continuar a ser monitorizada de perto pelas autoridades de saúde e que o recomeço será feito de forma faseada.
“Vamos ponderar e ver se podemos reiniciar as aulas faseadamente. A DSEJ vai analisar e vai comunicando, por isso estamos a ver se existe essa possibilidade [de abrir os infantários]. Estamos a dar mais prioridade ao ensino complementar pois são alunos que têm exames nacionais, depois vamos pensar nos alunos do 7º ao 9º ano e depois é que vamos ponderar os infantários”, afirmou Ao Leong U à saída de uma reunião da comissão de acompanhamento para os assuntos da administração pública.
Precisamente para os alunos do ensino secundário complementar, a secretária avançou que o regresso às aulas poderá acontecer já no final do mês.
“Este ano também temos finalistas e eles querem ser acompanhados para poderem candidatar-se à universidade e pretendemos que, por volta de 30 de Março, esses finalistas possam ir para a escola para se prepararem para os exames nacionais. No entanto, estas não são aulas obrigatórias”, explicou Ao Leong U.
Já o subdirector dos Serviços de Educação e Juventude reiterou que as primeiras semanas de regresso às aulas vão servir para recuperar matéria já leccionada.
“Depois do regresso das aulas não serão ensinados novos conteúdos mas será feita uma revisão das matérias anteriores. Quanto aos exames chegámos a um consenso com as escolas e podemos ajustar os regulamentos em relação à transição e repetição do ano”, explicou Kong Chi Meng.
Ao Leong U explicou ainda que no regresso às aulas terão de ser cumpridas regras como, manter a distância de um metro entre assentos, utilizar máscara, a medição de temperatura corporal e a apresentação da declaração de saúde.
Quanto ao ensino superior, a secretária explicou que ainda não existe previsão de reinício, por se tratar de uma situação mais complexa, pelo facto de existirem “estudantes de Hubei e 18 mil estudantes no exterior”.

Pedidos de rigor

Os deputados da comissão de acompanhamento que estiveram ontem reunidos com a secretária Ao Leong U concordam com o calendário para o reinício das aulas proposto pelo Governo. Contudo, de acordo com Si Ka Lon, que preside a comissão, os deputados querem que o Governo aplique medidas mais rigorosas para os alunos mais novos, não descartando um regresso tardio.
“A comissão concorda com o reinício das aulas proposto pelo Governo. No entanto alguns deputados estão preocupados com os alunos da escolaridade mais baixa e com medidas de prevenção a implementar mais rigorosas. O regresso do ensino secundário complementar pode ser antecipado, mas quanto ao ensino primário pode-se esperar mais tempo”, explicou Si Ka Lon.
Outra das preocupações reveladas pelos deputados prende-se com o fornecimento de máscaras para crianças. Contudo, o Governo admitiu à comissão ter máscaras suficientes para distribuir tanto aos alunos, como às escolas, como admitiu mais tarde a própria secretária Ao Leong U.
“Os estudantes têm de levar as suas próprias máscaras mas, por exemplo, se a brincar, as sujarem (…) as escolas têm reservas para lhes dar. Quanto ao número de máscaras, achamos que temos em número suficiente para as próximas duas ou três rondas”, revelou Ao Leong U.

11 Mar 2020

Xi Jinping faz “visita de inspecção” ao epicentro do surto do Covid-19

[dropcap]O[/dropcap] Presidente chinês, Xi Jinping, chegou hoje à cidade de Wuhan para uma “visita de inspeção”, na sua primeira deslocação ao epicentro do surto do Covid-19, informou a agência de notícias oficial Xinhua. O líder chinês vai reunir com moradores, médicos, doentes e políticos locais, detalhou a agência.

Situada no centro da China, a cidade de Wuhan foi colocada sob quarentena, em 23 de Janeiro, com entradas e saídas bloqueadas. A visita surge no dia em que a China regista o menor número de novos casos, 19, desde que a contagem começou a ser feita a nível nacional.

Xi Jinping chegou de avião à capital da província de Hubei, onde várias outras cidades foram submetidas a medidas semelhantes de isolamento. No total, Hubei soma 3.024 mortes e 67.760 casos confirmados de infecção pelo Covid-19.

O novo coronavírus surgiu em dezembro passado, em Wuhan, antes de se espalhar por todo o país e além-fronteiras. Mais de 110.000 pessoas foram infectadas em todo o mundo, entre as quais 4.000 morreram, a grande maioria na China.

A propagação da doença provocou forte descontentamento popular no país asiático, sobretudo depois de acusações públicas de que as autoridades silenciaram denunciantes e ocultaram informações cruciais, facilitando o alastramento do surto.

Depois de ter desaparecido da imprensa oficial durante o pico da crise, Xi Jinping voltou a ser destaque no noticiário da televisão estatal, como o líder da “guerra popular” contra o surto.

No final de janeiro passado, quando o país registava milhares de novos casos por dia, foi o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, a dar a cara no combate ao surto, tendo inclusive visitado Wuhan. As falhas iniciais foram, entretanto, atribuídas a funcionários municipais e provinciais, entretanto afastados.

A visita de Xi pode indicar que o Partido Comunista está confiante que o vírus foi contido, depois de o país ter estagnado ao longo de quase dois meses, com centenas de milhões de pessoas impedidas de regressarem ao trabalho.

10 Mar 2020

Xi Jinping faz "visita de inspecção" ao epicentro do surto do Covid-19

[dropcap]O[/dropcap] Presidente chinês, Xi Jinping, chegou hoje à cidade de Wuhan para uma “visita de inspeção”, na sua primeira deslocação ao epicentro do surto do Covid-19, informou a agência de notícias oficial Xinhua. O líder chinês vai reunir com moradores, médicos, doentes e políticos locais, detalhou a agência.
Situada no centro da China, a cidade de Wuhan foi colocada sob quarentena, em 23 de Janeiro, com entradas e saídas bloqueadas. A visita surge no dia em que a China regista o menor número de novos casos, 19, desde que a contagem começou a ser feita a nível nacional.
Xi Jinping chegou de avião à capital da província de Hubei, onde várias outras cidades foram submetidas a medidas semelhantes de isolamento. No total, Hubei soma 3.024 mortes e 67.760 casos confirmados de infecção pelo Covid-19.
O novo coronavírus surgiu em dezembro passado, em Wuhan, antes de se espalhar por todo o país e além-fronteiras. Mais de 110.000 pessoas foram infectadas em todo o mundo, entre as quais 4.000 morreram, a grande maioria na China.
A propagação da doença provocou forte descontentamento popular no país asiático, sobretudo depois de acusações públicas de que as autoridades silenciaram denunciantes e ocultaram informações cruciais, facilitando o alastramento do surto.
Depois de ter desaparecido da imprensa oficial durante o pico da crise, Xi Jinping voltou a ser destaque no noticiário da televisão estatal, como o líder da “guerra popular” contra o surto.
No final de janeiro passado, quando o país registava milhares de novos casos por dia, foi o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, a dar a cara no combate ao surto, tendo inclusive visitado Wuhan. As falhas iniciais foram, entretanto, atribuídas a funcionários municipais e provinciais, entretanto afastados.
A visita de Xi pode indicar que o Partido Comunista está confiante que o vírus foi contido, depois de o país ter estagnado ao longo de quase dois meses, com centenas de milhões de pessoas impedidas de regressarem ao trabalho.

10 Mar 2020

Covid-19 | Governo mantém plano de fornecimento de máscaras apesar de não existirem novos infectados

Apesar de Macau estar há 34 dias sem novos casos de infecção com o Covid-19, o Governo continua a exigir o uso de máscara tendo em conta a rápida propagação da epidemia fora da Ásia. Numa altura em que começam a faltar máscaras na Europa, as autoridades asseguram a continuação da importação e do fornecimento

 

[dropcap]P[/dropcap]restes a terminar a quinta ronda de fornecimento de máscaras à população, o Governo promete uma sexta ronda e exige a continuação do uso deste tipo de material, mesmo que o território esteja sem novos casos de infecção há 34 dias. A informação foi avançada ontem por Leong Iek Hou, coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença dos Serviços de Saúde de Macau (SSM), Leong Iek Hou, em conferência de imprensa.

“De acordo com o nosso plano vamos lançar a sexta ronda de máscaras, mas só vamos anunciar os detalhes no último dia da quinta ronda. Neste momento continuamos a comprar máscaras e todos os dias há novas máscaras a chegar”, frisou. Os novos detalhes da sexta ronda serão, assim, avançados esta quinta-feira, dia 12.

Questionada sobre o facto deste tipo de material começar a escassear na Europa, onde o número de novos casos de infecção não pára de aumentar, Leong Iek Hou afastou qualquer tipo de preocupação.

“É cada vez mais difícil adquirir máscaras e no exterior é proibido a exportação, mas vamos continuar a procurar fontes para adquirir máscaras”, disse a responsável, que deixou claro que a situação em Macau está controlada devido, precisamente, ao uso de protecção facial por parte das pessoas.

“Podemos acompanhar a evolução da epidemia a nível mundial e achamos que não estamos no momento oportuno para retirar as máscaras. Os cidadãos devem persistir com as medidas anunciadas. Há 34 dias que não há novos casos de infecção, mas isso deve-se à persistência de toda a população e às medidas tomadas”, acrescentou Leong Iek Hou.

Ao sabor do tempo

A coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença dos SSM não conseguiu dar uma previsão sobre se o fornecimento de máscaras deverá manter-se até ao final do ano ou se será cancelado antes.

“Esta doença é imprevisível e há diversas opiniões. No exterior a situação continua muito grave e, além disso, continuam a existir alterações e mudanças e ninguém consegue assegurar quando é que a epidemia vai terminar.”

Alvis Lo, médico infecciologista dos SSM, declarou que as autoridades estão agora focadas no controlo da doença vinda do exterior. “Estamos sempre a preparar-nos para o pior cenário e não sabemos o que vamos encontrar amanhã. Estamos a prevenir a importação de casos não apenas de Hubei mas a nível mundial. Estamos bem preparados e o sistema médico também está preparado.”

Além das máscaras fornecidas a quem vive no território, o Governo prepara-se para distribuir máscaras aos alunos que se encontram a frequentar cursos do ensino superior no exterior. Até às 17h00 do dia 12 de Março, estes podem inscrever-se online junto da Direcção dos Serviços do Ensino Superior (DSES). Chan Iok Wai, representante deste organismo público, adiantou que os Correios criaram um balcão especial para a distribuição de máscaras aos familiares destes estudantes junto ao Instituto Politécnico de Macau. Até ao dia de ontem, 1200 estudantes estavam inscritos.

Relativamente aos residentes de Macau que regressaram este sábado de Hubei num voo fretado estão em situação estável. Serão realizados testes pela segunda vez esta sexta-feira, sendo ainda feito um terceiro teste no 13º dia depois da viagem.

Tailândia | Voos cancelados

Inês Chan, representa da Direcção dos Serviços de Turismo, adiantou ontem na habitual conferência de imprensa diária sobre o novo coronavírus de que não há voos ou excursões para a Tailândia, tendo em conta que as autoridades do país decidiram impor quarentena a todos os turistas oriundos de Macau. “Só verificamos algumas informações nos media, neste momento não há excursões para a Tailândia e não vão haver nos próximos dias. Há alguns voos para Banguecoque, mas para outras cidades da Tailândia já foram cancelados todos os voos”, frisou.

Regressados de Itália em quarentena

Leong Iek Hou, coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença dos SSM, adiantou ontem que há, neste momento, quatro pessoas regressadas de Itália em regime de quarentena. No total, são 71 pessoas nesta situação, regressadas também de países onde o foco do vírus é elevado, como é o caso, além da Itália, da Coreia do Sul e Irão. Um total de 45 pessoas cumprem residência nas suas casas, enquanto que 24 se encontram na Pousada Marina Infante.

10 Mar 2020

Covid-19 | Governo mantém plano de fornecimento de máscaras apesar de não existirem novos infectados

Apesar de Macau estar há 34 dias sem novos casos de infecção com o Covid-19, o Governo continua a exigir o uso de máscara tendo em conta a rápida propagação da epidemia fora da Ásia. Numa altura em que começam a faltar máscaras na Europa, as autoridades asseguram a continuação da importação e do fornecimento

 
[dropcap]P[/dropcap]restes a terminar a quinta ronda de fornecimento de máscaras à população, o Governo promete uma sexta ronda e exige a continuação do uso deste tipo de material, mesmo que o território esteja sem novos casos de infecção há 34 dias. A informação foi avançada ontem por Leong Iek Hou, coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença dos Serviços de Saúde de Macau (SSM), Leong Iek Hou, em conferência de imprensa.
“De acordo com o nosso plano vamos lançar a sexta ronda de máscaras, mas só vamos anunciar os detalhes no último dia da quinta ronda. Neste momento continuamos a comprar máscaras e todos os dias há novas máscaras a chegar”, frisou. Os novos detalhes da sexta ronda serão, assim, avançados esta quinta-feira, dia 12.
Questionada sobre o facto deste tipo de material começar a escassear na Europa, onde o número de novos casos de infecção não pára de aumentar, Leong Iek Hou afastou qualquer tipo de preocupação.
“É cada vez mais difícil adquirir máscaras e no exterior é proibido a exportação, mas vamos continuar a procurar fontes para adquirir máscaras”, disse a responsável, que deixou claro que a situação em Macau está controlada devido, precisamente, ao uso de protecção facial por parte das pessoas.
“Podemos acompanhar a evolução da epidemia a nível mundial e achamos que não estamos no momento oportuno para retirar as máscaras. Os cidadãos devem persistir com as medidas anunciadas. Há 34 dias que não há novos casos de infecção, mas isso deve-se à persistência de toda a população e às medidas tomadas”, acrescentou Leong Iek Hou.

Ao sabor do tempo

A coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença dos SSM não conseguiu dar uma previsão sobre se o fornecimento de máscaras deverá manter-se até ao final do ano ou se será cancelado antes.
“Esta doença é imprevisível e há diversas opiniões. No exterior a situação continua muito grave e, além disso, continuam a existir alterações e mudanças e ninguém consegue assegurar quando é que a epidemia vai terminar.”
Alvis Lo, médico infecciologista dos SSM, declarou que as autoridades estão agora focadas no controlo da doença vinda do exterior. “Estamos sempre a preparar-nos para o pior cenário e não sabemos o que vamos encontrar amanhã. Estamos a prevenir a importação de casos não apenas de Hubei mas a nível mundial. Estamos bem preparados e o sistema médico também está preparado.”
Além das máscaras fornecidas a quem vive no território, o Governo prepara-se para distribuir máscaras aos alunos que se encontram a frequentar cursos do ensino superior no exterior. Até às 17h00 do dia 12 de Março, estes podem inscrever-se online junto da Direcção dos Serviços do Ensino Superior (DSES). Chan Iok Wai, representante deste organismo público, adiantou que os Correios criaram um balcão especial para a distribuição de máscaras aos familiares destes estudantes junto ao Instituto Politécnico de Macau. Até ao dia de ontem, 1200 estudantes estavam inscritos.
Relativamente aos residentes de Macau que regressaram este sábado de Hubei num voo fretado estão em situação estável. Serão realizados testes pela segunda vez esta sexta-feira, sendo ainda feito um terceiro teste no 13º dia depois da viagem.

Tailândia | Voos cancelados

Inês Chan, representa da Direcção dos Serviços de Turismo, adiantou ontem na habitual conferência de imprensa diária sobre o novo coronavírus de que não há voos ou excursões para a Tailândia, tendo em conta que as autoridades do país decidiram impor quarentena a todos os turistas oriundos de Macau. “Só verificamos algumas informações nos media, neste momento não há excursões para a Tailândia e não vão haver nos próximos dias. Há alguns voos para Banguecoque, mas para outras cidades da Tailândia já foram cancelados todos os voos”, frisou.

Regressados de Itália em quarentena

Leong Iek Hou, coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença dos SSM, adiantou ontem que há, neste momento, quatro pessoas regressadas de Itália em regime de quarentena. No total, são 71 pessoas nesta situação, regressadas também de países onde o foco do vírus é elevado, como é o caso, além da Itália, da Coreia do Sul e Irão. Um total de 45 pessoas cumprem residência nas suas casas, enquanto que 24 se encontram na Pousada Marina Infante.

10 Mar 2020

Segurança | Criminalidade violenta cresce 4,7% em 2019

Crimes de violação registaram um aumento de 43,3 por cento, o número de roubos 15,9 por cento e os sequestros 8 por cento. Apesar da subida, o Gabinete do secretário para a Segurança aponta que a situação de Macau é estável e não extravasa o ambiente do jogo, embora alerte “para os efeitos negativos” que a epidemia pode trazer para a manutenção da ordem social

 

[dropcap]E[/dropcap]m 2019, foram registados 673 casos de criminalidade violenta em Macau, uma subida de 4,7 por cento relativamente a 2018. Os dados, divulgados na passada sexta-feira pelo Gabinete do secretário para a Segurança, apontam ainda que na base do aumento está a subida dos crimes de violação, roubos e sequestro.

“Esta subida deve-se, principalmente, a um aumento dos crimes de “sequestro”, “roubo” e “violação”, já que os outros crimes violentos têm registado uma tendência de diminuição”, pode ler-se no relatório do gabinete tutelado por Wong Sio Chack.

De facto, o crime de violação foi o que registou maior subida, com um aumento de 43,3 por cento (mais 30 casos) em relação a 2018, tendo ocorrido, no total, 43 casos. Seguiram-se os casos de roubo que registaram um aumento de 11 casos, correspondendo a uma subida de 15,9 por cento relativamente a 2018, sendo que a maior parte ocorreu “junto dos hotéis ou em locais isolados”.

Quanto aos sequestros, registaram-se, no total, 353 casos, ou seja um aumento de 26 casos em relação a 2018, o que representa uma subida de 8 por cento. Segundo os dados do gabinete para a segurança “a maioria dos crimes de sequestro está relacionada com associações criminosas que se dedicam à usura” e à criminalidade ligada ao sector do jogo.

O tráfico de droga “registou um número semelhante de casos”, tendo sido contabilizados mais quatro incidências, uma subida de 3,5 por cento. Registaram-se ainda dois homicídios e ainda uma morte provocada por ofensa à integridade física.

Do lado dos crimes que registaram as maiores descidas estão os crimes sexuais contra menores (menos 54,2 por cento) e ofensas corporais graves (menos 42,9 por cento). Quanto a crimes como rapto e homicídio, o balanço aponta para a continuação de “uma conjuntura boa, de registo nulo ou com uma casuística muito baixa”. Também com tendência decrescente em 2019 estiveram os crimes informáticos, a registar uma descida de 29,9 por cento.

Ligados ao jogo

Apesar do aumento registado da criminalidade violenta, o gabinete liderado por Wong Sio Chak aponta que a “a situação geral da segurança de Macau manteve-se estável e com boas condições” e que a maioria dos crimes graves, sobretudo os de sequestro e usura, estão confinados ao ambiente do jogo e aos casinos.

Segundo o relatório, em 2019 a polícia instaurou 605 processos por crime de usura, dos quais, 602 estão relacionados com o jogo, o que representa uma subida de 8,7 por cento. Já dos 353 sequestros, 345 tiveram origem na prática do crime de usura, o que representa um aumento de 11,7 por cento. Já os casos de burla em casinos foram 456, ou seja mais 200 que em 2018, estando relacionados com “troca ilegal de moeda”.

Quanto ao futuro, o gabinete liderado por Wong Sio Chak aponta que as autoridades já tomaram as medidas necessárias para reforçar o combate aos crimes graves mas deixa, no entanto, um alerta relacionado com a crise provocada pelo Covid- 19.

“Os efeitos negativos decorrentes da epidemia acarretam inevitavelmente a possibilidade de aumento de factores instáveis, prejudiciais à manutenção da ordem social, pelo que as autoridades de segurança vão manter um nível de alerta elevado”, pode ler-se no balanço sobre a criminalidade em Macau.

9 Mar 2020

Segurança | Criminalidade violenta cresce 4,7% em 2019

Crimes de violação registaram um aumento de 43,3 por cento, o número de roubos 15,9 por cento e os sequestros 8 por cento. Apesar da subida, o Gabinete do secretário para a Segurança aponta que a situação de Macau é estável e não extravasa o ambiente do jogo, embora alerte “para os efeitos negativos” que a epidemia pode trazer para a manutenção da ordem social

 
[dropcap]E[/dropcap]m 2019, foram registados 673 casos de criminalidade violenta em Macau, uma subida de 4,7 por cento relativamente a 2018. Os dados, divulgados na passada sexta-feira pelo Gabinete do secretário para a Segurança, apontam ainda que na base do aumento está a subida dos crimes de violação, roubos e sequestro.
“Esta subida deve-se, principalmente, a um aumento dos crimes de “sequestro”, “roubo” e “violação”, já que os outros crimes violentos têm registado uma tendência de diminuição”, pode ler-se no relatório do gabinete tutelado por Wong Sio Chack.
De facto, o crime de violação foi o que registou maior subida, com um aumento de 43,3 por cento (mais 30 casos) em relação a 2018, tendo ocorrido, no total, 43 casos. Seguiram-se os casos de roubo que registaram um aumento de 11 casos, correspondendo a uma subida de 15,9 por cento relativamente a 2018, sendo que a maior parte ocorreu “junto dos hotéis ou em locais isolados”.
Quanto aos sequestros, registaram-se, no total, 353 casos, ou seja um aumento de 26 casos em relação a 2018, o que representa uma subida de 8 por cento. Segundo os dados do gabinete para a segurança “a maioria dos crimes de sequestro está relacionada com associações criminosas que se dedicam à usura” e à criminalidade ligada ao sector do jogo.
O tráfico de droga “registou um número semelhante de casos”, tendo sido contabilizados mais quatro incidências, uma subida de 3,5 por cento. Registaram-se ainda dois homicídios e ainda uma morte provocada por ofensa à integridade física.
Do lado dos crimes que registaram as maiores descidas estão os crimes sexuais contra menores (menos 54,2 por cento) e ofensas corporais graves (menos 42,9 por cento). Quanto a crimes como rapto e homicídio, o balanço aponta para a continuação de “uma conjuntura boa, de registo nulo ou com uma casuística muito baixa”. Também com tendência decrescente em 2019 estiveram os crimes informáticos, a registar uma descida de 29,9 por cento.

Ligados ao jogo

Apesar do aumento registado da criminalidade violenta, o gabinete liderado por Wong Sio Chak aponta que a “a situação geral da segurança de Macau manteve-se estável e com boas condições” e que a maioria dos crimes graves, sobretudo os de sequestro e usura, estão confinados ao ambiente do jogo e aos casinos.
Segundo o relatório, em 2019 a polícia instaurou 605 processos por crime de usura, dos quais, 602 estão relacionados com o jogo, o que representa uma subida de 8,7 por cento. Já dos 353 sequestros, 345 tiveram origem na prática do crime de usura, o que representa um aumento de 11,7 por cento. Já os casos de burla em casinos foram 456, ou seja mais 200 que em 2018, estando relacionados com “troca ilegal de moeda”.
Quanto ao futuro, o gabinete liderado por Wong Sio Chak aponta que as autoridades já tomaram as medidas necessárias para reforçar o combate aos crimes graves mas deixa, no entanto, um alerta relacionado com a crise provocada pelo Covid- 19.
“Os efeitos negativos decorrentes da epidemia acarretam inevitavelmente a possibilidade de aumento de factores instáveis, prejudiciais à manutenção da ordem social, pelo que as autoridades de segurança vão manter um nível de alerta elevado”, pode ler-se no balanço sobre a criminalidade em Macau.

9 Mar 2020

Diplomacia | Ho Iat Seng vai a Portugal quando epidemia acabar

O cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong avançou que o Chefe do Executivo da RAEM deve deslocar-se a Lisboa, quando a epidemia chegar ao fim. Em entrevista à Rádio Macau, recusou ainda ter aconselhado os portugueses a fugirem da RAEM devido ao Covid-19

 

[dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo deverá visitar Portugal quando a crise do Covid-19 chegar ao fim. A informação foi avançada pelo cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Paulo Cunha Alves, em entrevista à Rádio Macau.

“É, como disse, uma tradição, todos os Chefes do Executivo têm visitado Portugal e deve acontecer também com Ho Iat Seng logo que seja possível depois de ultrapassada a crise do Covid-19”, afirmou Paulo Cunha Alves.

Ainda em relação ao chefe do Governo local, o embaixador acredita denota que continua a haver uma atenção especial para a comunidade portuguesa. “Dos contactos que tenho mantido com o novo Chefe do Executivo, tenho notado uma preocupação especial com o bem-estar da comunidade portuguesa”, considerou.

Por este motivo, o cônsul-geral diz que a comunidade vai ser bem tratada, como tem acontecido desde a transição. “Acho que vamos continuar a ser bem tratados, integrados e considerados nesta comunidade geral que são os residentes e não residentes da RAEM”, apontou.

Palavras ditas

Ainda em relação ao Covid-19, Paulo Cunha Alves veio esclarecer as declarações prestadas anteriormente, quando sugeriu que os portugueses em Macau visitassem famílias e amigos, caso não estivesse a trabalhar.

“Membros da comunidade portuguesa que não estejam no activo, que não estejam neste momento a trabalhar ou não pertençam à massa activa da comunidade, talvez esta seja uma oportunidade para rever a família e amigos. Foi isso que eu disse”, defendeu-se.

“Em nosso entender, faz todo o sentido porque vamos considerar o caso de pessoas reformadas, o caso de pessoas que estavam dispensadas do serviço durante 15 dias ou um mês, porque não aproveitar para fazer uma viagem até Portugal e ver a família? Numa altura em que a Europa não estava ainda afectada por esta crise da Covid-19”, completou.

Paulo Cunha Alves vincou que a posição tinha sido coordenada com a Embaixada de Portugal em Pequim e que o conselho nunca foi uma indicação para que os portugueses fugissem do território.

Mês de Portugal avança

Face ao Covid-19 e às medidas de controlo da epidemia são vários os eventos que têm sido cancelados. Contudo, Paulo Cunha Alves considera que o já tradicional mês de Portugal na RAEM tem condições para ser realizado.

A iniciativa conta com diferentes expressões artísticas que envolvem nomes ligados a Portugal e deverá voltar a acontecer, apesar do cônsul-geral reconhecer que se verificam alguns atrasos.

“As coisas estão, devo dizer, um pouco atrasadas por razões óbvias. Não tem havido reuniões e tem havido alguns contratempos gerados pela Covid-19”, declarou. “Abrangem actividades ligadas ao cinema, exposições, concertos, teatro, algumas palestras também e quem sabe também alguns espectáculos de dança”, completou.

9 Mar 2020

Diplomacia | Ho Iat Seng vai a Portugal quando epidemia acabar

O cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong avançou que o Chefe do Executivo da RAEM deve deslocar-se a Lisboa, quando a epidemia chegar ao fim. Em entrevista à Rádio Macau, recusou ainda ter aconselhado os portugueses a fugirem da RAEM devido ao Covid-19

 
[dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo deverá visitar Portugal quando a crise do Covid-19 chegar ao fim. A informação foi avançada pelo cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Paulo Cunha Alves, em entrevista à Rádio Macau.
“É, como disse, uma tradição, todos os Chefes do Executivo têm visitado Portugal e deve acontecer também com Ho Iat Seng logo que seja possível depois de ultrapassada a crise do Covid-19”, afirmou Paulo Cunha Alves.
Ainda em relação ao chefe do Governo local, o embaixador acredita denota que continua a haver uma atenção especial para a comunidade portuguesa. “Dos contactos que tenho mantido com o novo Chefe do Executivo, tenho notado uma preocupação especial com o bem-estar da comunidade portuguesa”, considerou.
Por este motivo, o cônsul-geral diz que a comunidade vai ser bem tratada, como tem acontecido desde a transição. “Acho que vamos continuar a ser bem tratados, integrados e considerados nesta comunidade geral que são os residentes e não residentes da RAEM”, apontou.

Palavras ditas

Ainda em relação ao Covid-19, Paulo Cunha Alves veio esclarecer as declarações prestadas anteriormente, quando sugeriu que os portugueses em Macau visitassem famílias e amigos, caso não estivesse a trabalhar.
“Membros da comunidade portuguesa que não estejam no activo, que não estejam neste momento a trabalhar ou não pertençam à massa activa da comunidade, talvez esta seja uma oportunidade para rever a família e amigos. Foi isso que eu disse”, defendeu-se.
“Em nosso entender, faz todo o sentido porque vamos considerar o caso de pessoas reformadas, o caso de pessoas que estavam dispensadas do serviço durante 15 dias ou um mês, porque não aproveitar para fazer uma viagem até Portugal e ver a família? Numa altura em que a Europa não estava ainda afectada por esta crise da Covid-19”, completou.
Paulo Cunha Alves vincou que a posição tinha sido coordenada com a Embaixada de Portugal em Pequim e que o conselho nunca foi uma indicação para que os portugueses fugissem do território.

Mês de Portugal avança

Face ao Covid-19 e às medidas de controlo da epidemia são vários os eventos que têm sido cancelados. Contudo, Paulo Cunha Alves considera que o já tradicional mês de Portugal na RAEM tem condições para ser realizado.
A iniciativa conta com diferentes expressões artísticas que envolvem nomes ligados a Portugal e deverá voltar a acontecer, apesar do cônsul-geral reconhecer que se verificam alguns atrasos.
“As coisas estão, devo dizer, um pouco atrasadas por razões óbvias. Não tem havido reuniões e tem havido alguns contratempos gerados pela Covid-19”, declarou. “Abrangem actividades ligadas ao cinema, exposições, concertos, teatro, algumas palestras também e quem sabe também alguns espectáculos de dança”, completou.

9 Mar 2020

Covid-19 | Testes dos 57 residentes resgatados de Hubei com resultados negativos

No início esperava-se o regresso de 59 residentes, mas dois acabaram por ficar em terra. Um estudante apresentou uma temperatura considerada elevada e foi impedido de embarcar e outro residente desistiu por “motivos pessoais”

 

[dropcap]O[/dropcap]s resultados dos testes ao Covid-19 dos 57 residentes de Macau resgatados de Hubei foram negativos. Depois da operação de sábado, que o Governo considerou bem-sucedida, o anúncio foi efectuado ontem por Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde, na conferência de imprensa diária sobre o novo coronavírus.

“Os resultados dos 57 residentes foram negativos. É uma boa notícia, mas não significa que possamos ficar descansados. Todos vão ter de fazer mais dois testes a cada 48 horas”, afirmou o director dos Serviços de Saúde.

Entre os 57 residentes com idades dos 3 meses aos 77 anos, 17 são menores e 14 têm mesmo idades inferiores a 14 anos.

À chegada a Macau, foram registados casos de tosse em duas pessoas, que já tinham sido diagnosticadas nos hospitais do Interior da China com gripe sazonal. Também um bebé foi diagnosticado com inflamação na pele devido às fraldas disponíveis em Wuhan, e uma outra criança regressou com um abscesso dentário.

No sábado, quando o voo da Air Macau partiu para Wuhan, pelas 9h30, esperava-se que fossem resgatados 59 residentes. No entanto, um estudante de 16 anos, residente de Macau e Hong Kong, apresentou sintomas de febre, com uma temperatura de 37,5 graus, quando o máximo autorizado eram 37,3 graus, e foi impedido de viajar. Também outro residente não conseguiu viajar para o aeroporto por motivos pessoais, o que fez com que apenas 57 pessoas fossem retiradas.

Quanto aos alunos que ficaram em Wuhan, Lei Chin Ion disse ontem ter sido informado pelas entidades do Governo de Hubei que a temperatura baixou, sem que haja sintomas do Covid-19. Foi adiantado que o aumento de temperatura se poderá ter ficado a dever ao nervosismo de todos os procedimentos ou ao facto de o aluno estar a usar muito roupa.

Bem-sucedido

No regresso a Macau, o voo sofreu um atraso de cerca de uma hora e aterrou no Aeroporto Internacional da RAEM às 18h24. O atraso foi explicado com as dificuldades com que alguns residentes se depararam para chegar ao Aeroporto Internacional Wuhan Tianhe, devido ao nevoeiro que levou ao corte de estradas e ao caso do aluno que acabou por não embarcar.

Após a operação de resgate, decorreu uma conferência de imprensa sobre os procedimentos, e André Cheong, secretário para a Administração e Justiça, considerou que tudo correu “conforme o planeado” com todos os procedimentos a “correrem bem”.

Ficou ainda em cima da mesa a possibilidade de haver mais voos para os restantes residentes, uma vez que este se dirigiu essencialmente a idosos, crianças, pessoas com doenças crónicas e aos que se encontravam mais perto de Wuhan. Um futuro voo poderá ser organizado para resgatar as pessoas que ficaram em áreas mais remotas de Hubei.

Quanto aos custos da operação, o secretário para a Administração e Justiça admitiu que devido à complexidade e serviços envolvidos ainda há necessidade de fazer os cálculos. Os números serão divulgados posteriormente.

9 Mar 2020

Covid-19 | Testes dos 57 residentes resgatados de Hubei com resultados negativos

No início esperava-se o regresso de 59 residentes, mas dois acabaram por ficar em terra. Um estudante apresentou uma temperatura considerada elevada e foi impedido de embarcar e outro residente desistiu por “motivos pessoais”

 
[dropcap]O[/dropcap]s resultados dos testes ao Covid-19 dos 57 residentes de Macau resgatados de Hubei foram negativos. Depois da operação de sábado, que o Governo considerou bem-sucedida, o anúncio foi efectuado ontem por Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde, na conferência de imprensa diária sobre o novo coronavírus.
“Os resultados dos 57 residentes foram negativos. É uma boa notícia, mas não significa que possamos ficar descansados. Todos vão ter de fazer mais dois testes a cada 48 horas”, afirmou o director dos Serviços de Saúde.
Entre os 57 residentes com idades dos 3 meses aos 77 anos, 17 são menores e 14 têm mesmo idades inferiores a 14 anos.
À chegada a Macau, foram registados casos de tosse em duas pessoas, que já tinham sido diagnosticadas nos hospitais do Interior da China com gripe sazonal. Também um bebé foi diagnosticado com inflamação na pele devido às fraldas disponíveis em Wuhan, e uma outra criança regressou com um abscesso dentário.
No sábado, quando o voo da Air Macau partiu para Wuhan, pelas 9h30, esperava-se que fossem resgatados 59 residentes. No entanto, um estudante de 16 anos, residente de Macau e Hong Kong, apresentou sintomas de febre, com uma temperatura de 37,5 graus, quando o máximo autorizado eram 37,3 graus, e foi impedido de viajar. Também outro residente não conseguiu viajar para o aeroporto por motivos pessoais, o que fez com que apenas 57 pessoas fossem retiradas.
Quanto aos alunos que ficaram em Wuhan, Lei Chin Ion disse ontem ter sido informado pelas entidades do Governo de Hubei que a temperatura baixou, sem que haja sintomas do Covid-19. Foi adiantado que o aumento de temperatura se poderá ter ficado a dever ao nervosismo de todos os procedimentos ou ao facto de o aluno estar a usar muito roupa.

Bem-sucedido

No regresso a Macau, o voo sofreu um atraso de cerca de uma hora e aterrou no Aeroporto Internacional da RAEM às 18h24. O atraso foi explicado com as dificuldades com que alguns residentes se depararam para chegar ao Aeroporto Internacional Wuhan Tianhe, devido ao nevoeiro que levou ao corte de estradas e ao caso do aluno que acabou por não embarcar.
Após a operação de resgate, decorreu uma conferência de imprensa sobre os procedimentos, e André Cheong, secretário para a Administração e Justiça, considerou que tudo correu “conforme o planeado” com todos os procedimentos a “correrem bem”.
Ficou ainda em cima da mesa a possibilidade de haver mais voos para os restantes residentes, uma vez que este se dirigiu essencialmente a idosos, crianças, pessoas com doenças crónicas e aos que se encontravam mais perto de Wuhan. Um futuro voo poderá ser organizado para resgatar as pessoas que ficaram em áreas mais remotas de Hubei.
Quanto aos custos da operação, o secretário para a Administração e Justiça admitiu que devido à complexidade e serviços envolvidos ainda há necessidade de fazer os cálculos. Os números serão divulgados posteriormente.

9 Mar 2020

Covid-19 | Partiu avião para retirar residentes de Macau em Hubei

[dropcap]O[/dropcap] avião fretado pelo Governo de Macau para retirar 58 residentes na cidade chinesa de Wuhan, centro do surto do novo coronavírus, partiu hoje pelas 09:30 horas.
O airbus A321 da companhia Air Macau, deverá “aterrar às 11:07, no aeroporto de Tianhe”, na capital da província de Hubei, afirmou a diretora dos Serviços de Turismo, Helena Senna Fernandes, na conferência de imprensa que se seguiu à partida do aparelho.
O voo tem uma duração de 90 minutos e a bordo seguem seis profissionais dos Serviços de Saúde, dois funcionários dos Serviços de Turismo, e sete tripulantes. A responsável disse que já chegaram ao aeroporto de Wuhan 27 dos 58 residentes que deverão ser retirados.
Na sexta-feira, as autoridades de Macau indicaram que 59 residentes poderiam regressar ao território, mas um deles indicou já às autoridades de Macau que não consegue apanhar o voo, acrescentou Helena Senna Fernandes.
“Sabemos já que alguns residentes só vão conseguir chegar ao aeroporto de Tianhe pelas 14:00, devido ao forte nevoeiro na zona, mas vamos esperar por todos (…) penso que teremos tempo suficiente para não atrasar o voo” de regresso a Macau, salientou. Antes de embarcarem, os residentes precisam de responder a um inquérito de avaliação e de passar por várias avaliações médicas.
Se alguns passageiros exibirem sintomas, ao chegarem a Macau, serão levados diretamente do aeroporto para o hospital para realizarem exames e ficarem em isolamento. Caso não apresentem sintomas serão levados para o centro clínico de saúde pública no alto de Coloane para observação e isolamento, durante um período de 14 dias, lembrou o diretor dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, na mesma conferência de imprensa.
Já na segunda-feira, farão a primeira análise de ácido nucleico. Tripulantes, funcionários do Turismo e funcionários responsáveis pelo transporte de bagagem também ficaram sob quarentena de 14 dias. Os profissionais da área da Saúde ficará sujeito a vigilância médica, pelo mesmo período.
Há 32 dias sem novos casos de infeção, Macau registou dez doentes, tendo todos já recebido alta hospitalar. A epidemia de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.600 mortos e infectou mais de 100 mil pessoas em 92 países e territórios, incluindo 13 em Portugal. Das pessoas infectadas, mais de 55 mil recuperaram.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.

7 Mar 2020

Covid-19 | Partiu avião para retirar residentes de Macau em Hubei

[dropcap]O[/dropcap] avião fretado pelo Governo de Macau para retirar 58 residentes na cidade chinesa de Wuhan, centro do surto do novo coronavírus, partiu hoje pelas 09:30 horas.

O airbus A321 da companhia Air Macau, deverá “aterrar às 11:07, no aeroporto de Tianhe”, na capital da província de Hubei, afirmou a diretora dos Serviços de Turismo, Helena Senna Fernandes, na conferência de imprensa que se seguiu à partida do aparelho.

O voo tem uma duração de 90 minutos e a bordo seguem seis profissionais dos Serviços de Saúde, dois funcionários dos Serviços de Turismo, e sete tripulantes. A responsável disse que já chegaram ao aeroporto de Wuhan 27 dos 58 residentes que deverão ser retirados.

Na sexta-feira, as autoridades de Macau indicaram que 59 residentes poderiam regressar ao território, mas um deles indicou já às autoridades de Macau que não consegue apanhar o voo, acrescentou Helena Senna Fernandes.

“Sabemos já que alguns residentes só vão conseguir chegar ao aeroporto de Tianhe pelas 14:00, devido ao forte nevoeiro na zona, mas vamos esperar por todos (…) penso que teremos tempo suficiente para não atrasar o voo” de regresso a Macau, salientou. Antes de embarcarem, os residentes precisam de responder a um inquérito de avaliação e de passar por várias avaliações médicas.

Se alguns passageiros exibirem sintomas, ao chegarem a Macau, serão levados diretamente do aeroporto para o hospital para realizarem exames e ficarem em isolamento. Caso não apresentem sintomas serão levados para o centro clínico de saúde pública no alto de Coloane para observação e isolamento, durante um período de 14 dias, lembrou o diretor dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, na mesma conferência de imprensa.

Já na segunda-feira, farão a primeira análise de ácido nucleico. Tripulantes, funcionários do Turismo e funcionários responsáveis pelo transporte de bagagem também ficaram sob quarentena de 14 dias. Os profissionais da área da Saúde ficará sujeito a vigilância médica, pelo mesmo período.

Há 32 dias sem novos casos de infeção, Macau registou dez doentes, tendo todos já recebido alta hospitalar. A epidemia de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.600 mortos e infectou mais de 100 mil pessoas em 92 países e territórios, incluindo 13 em Portugal. Das pessoas infectadas, mais de 55 mil recuperaram.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.

7 Mar 2020

Covid-19 | Último infectado teve hoje alta

[dropcap]O[/dropcap] último paciente internado com Covid-19 em Macau recebeu hoje alta hospitalar, anunciou o director dos Serviços de Saúde. “Nem pacientes internados, nem mortos devido ao novo coronavírus”, declarou Lei Chin Ion, na conferência de imprensa diária do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus.

Macau está há 31 dias sem novos registos da doença Covid-19, tendo registado apenas dez casos. Após 34 dias de internamento, a paciente, de 64 anos, encontra-se agora em isolamento na convalescença no centro clínico de saúde pública do alto de Coloane, acrescentou o médico do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Lo Ick Long.

A residente foi hospitalizada em 1 de Fevereiro, tendo sido confirmada como o oitavo caso da doença em Macau, indicou o mesmo responsável. Lo acrescentou que, nas últimas 24 horas, o laboratório de saúde pública efetuou 132 análises, todas negativas.

A coordenadora do Centro de Prevenção e Controlo da Doença indicou que 65 pessoas provenientes de áreas de alta incidência epidémica entraram em Macau até às 09:00 de hoje. Destas 65, todas sob observação médica, 44 estão em casa e 21 na Pousada Marina Infante, estabelecimento hoteleiro na ilha da Taipa onde está instalado, desde 30 de Janeiro, um centro de isolamento, disse a médica Leong Ick Hou.

Também deste grupo sob observação médica, 58 são residentes de Macau, três são turistas/trabalhadores da Coreia do Sul, três são turistas da China e um é turista de Hong Kong, acrescentou.

O Corpo de Polícia de Segurança Pública indicou que foram registados na quinta-feira 66 mil entradas e saídas das fronteiras de Macau, o que representa um aumento de 7,5% em relação ao dia anterior.

“Verificámos também um aumento nas entradas e saídas dos residentes”, com cerca de 24 mil pessoas a entrar (mais 6,4% do que na quarta-feira) e cerca de 24 mil a sair (mais 8,8%), disse Lei Tak Fai, reiterando o apelo das autoridades à população para evitar sair do território.

A epidemia de Covid-19, detectado em Dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou 3.385 mortos e infectou mais de 98 mil pessoas em 87 países e territórios, incluindo nove em Portugal. Das pessoas infectadas, mais de 55 mil recuperaram.

Além de 3.042 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas, San Marino, Iraque, Suíça, Espanha, Reino Unido e Países Baixos.

6 Mar 2020

Covid-19 | Último infectado teve hoje alta

[dropcap]O[/dropcap] último paciente internado com Covid-19 em Macau recebeu hoje alta hospitalar, anunciou o director dos Serviços de Saúde. “Nem pacientes internados, nem mortos devido ao novo coronavírus”, declarou Lei Chin Ion, na conferência de imprensa diária do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus.
Macau está há 31 dias sem novos registos da doença Covid-19, tendo registado apenas dez casos. Após 34 dias de internamento, a paciente, de 64 anos, encontra-se agora em isolamento na convalescença no centro clínico de saúde pública do alto de Coloane, acrescentou o médico do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Lo Ick Long.
A residente foi hospitalizada em 1 de Fevereiro, tendo sido confirmada como o oitavo caso da doença em Macau, indicou o mesmo responsável. Lo acrescentou que, nas últimas 24 horas, o laboratório de saúde pública efetuou 132 análises, todas negativas.
A coordenadora do Centro de Prevenção e Controlo da Doença indicou que 65 pessoas provenientes de áreas de alta incidência epidémica entraram em Macau até às 09:00 de hoje. Destas 65, todas sob observação médica, 44 estão em casa e 21 na Pousada Marina Infante, estabelecimento hoteleiro na ilha da Taipa onde está instalado, desde 30 de Janeiro, um centro de isolamento, disse a médica Leong Ick Hou.
Também deste grupo sob observação médica, 58 são residentes de Macau, três são turistas/trabalhadores da Coreia do Sul, três são turistas da China e um é turista de Hong Kong, acrescentou.
O Corpo de Polícia de Segurança Pública indicou que foram registados na quinta-feira 66 mil entradas e saídas das fronteiras de Macau, o que representa um aumento de 7,5% em relação ao dia anterior.
“Verificámos também um aumento nas entradas e saídas dos residentes”, com cerca de 24 mil pessoas a entrar (mais 6,4% do que na quarta-feira) e cerca de 24 mil a sair (mais 8,8%), disse Lei Tak Fai, reiterando o apelo das autoridades à população para evitar sair do território.
A epidemia de Covid-19, detectado em Dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou 3.385 mortos e infectou mais de 98 mil pessoas em 87 países e territórios, incluindo nove em Portugal. Das pessoas infectadas, mais de 55 mil recuperaram.
Além de 3.042 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas, San Marino, Iraque, Suíça, Espanha, Reino Unido e Países Baixos.

6 Mar 2020

Regaste de residentes em Hubei esteve sempre nos planos, diz André Cheong

O secretário André Cheong afirma que o plano de ir a Wuhan resgatar os residentes de Macau ali retidos nunca saiu da agenda do Executivo. No entanto, sublinha que a operação dependia de vários factores, como a segurança

 

[dropcap]U[/dropcap]ma questão unânime e que esteve sempre nos planos do Governo. Foi desta forma que André Cheong, secretário para a Administração e Justiça, referiu os esforços para trazer os cidadãos de Macau que estão retidos na província de Hubei, o epicentro da epidemia do Covid-19.

O secretário negou que tivesse havido divisões no seio do Executivo sobre este aspecto: “Não foi difícil chegar a um consenso. Eles são residentes de Macau e o Governo tem a responsabilidade de quando eles estão numa situação difícil e querem regressar à RAEM fazer todos os esforços possíveis. Estamos a fazer isso”, afirmou André Cheong.

O membro do Governo recusou ainda a ideia de que tenha havido hesitações na medida, mas frisou que não era possível avançar sem tratar das questões de segurança dos envolvidos. “Desde o início que está nos nossos planos ir buscar estes residentes. Mas para executar esse plano não basta mandarmos um avião para lá. Sabemos qual é a situação de Hubei e especialmente de Wuhan. Por isso não é fácil executar o plano. Há muitos aspectos que precisam de ser bem preparados”, explicou.

Os cerca de 60 residentes de Macau em Wuhan vão chegar à RAEM no sábado. O resgate aconteceu depois de Hong Kong ter feito o mesmo. Porém, André Cheong recusa que o Governo local tenha ficado à espera da acção do Executivo de Hong Kong para actuar: “Não ficámos à espera de Hong Kong. Fizemos as coisas de acordo com as necessidades de Macau e as nossas possibilidades em Hubei”, indicou.

Sem sobressaltos

A semana que agora chega ao fim marcou o regresso à normalidade dos Serviços Públicos da RAEM, após duas semanas de “quarentena”, em que apenas funcionaram os serviços mais básicos.

Para André Cheong, o regresso à normalidade correu sem sobressaltos. “Durante as duas semanas estivemos a oferecer serviços básicos. No entanto, nesse tempo os serviços conseguiram despachar muitos pedidos de urgência”, informou. “A partir desta segunda-feira, a informação que temos é que tudo decorreu dentro da normalidade. Não houve um dia em que tenha havido uma grande concentração de pessoas nem grandes filas”, considerou.

Os funcionários públicos que vivem em Zhuhai regressaram também ao trabalho. O número de trabalhadores nestas condições é desconhecido, mas o secretário sublinhou que estão instruídos para não passarem várias vezes a fronteira e até evitarem-no, se possível.

6 Mar 2020

Apoio ao Consumo | Cartão electrónico de 3 mil patacas chega em Maio

Os residentes vão ficar isentos do pagamento da água e electricidade entre Março e Maio e as medidas também se aplicam às PME. Afastada está a hipótese de mais um cheque pecuniário

 

[dropcap]O[/dropcap]s residentes vão poder começar a utilizar o cartão de consumo no valor 3 mil patacas a partir de Maio. Os detalhes da medida que vai ter um custo de 2,2 mil milhões de patacas foram apresentados ontem, na conferência de imprensa diária, pelo secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong.

A política abrange todos os residentes permanentes e não-permanentes que precisam de registar os seus dados no portal da Autoridades Monetária de Macau (AMCM), até ao fim deste mês. Depois, em Abril, podem levantar o cartão junto dos serviços públicos ou bancos, que podem seleccionar quando fizeram o registo.

“O cartão de consumo tem como objectivo promover o consumo e a economia através do estímulo da procura interna e do empreendedorismo. Esperamos que com estas medidas as pessoas consumam mais nas Pequenas e Médias Empresas [PME]”, afirmou Lei.

O cartão funciona através dos terminais de pagamento da empresa Macau Pass e está limitado a um consumo máximo diário de 300 patacas. Ao mesmo tempo, as 3 mil patacas têm de ser gastas na totalidade até Julho, ou perdem validade.

Em relação à isenção do pagamento electricidade para as fracções residenciais, a medida reflecte-se nas primeiras facturas emitidas a partir de Março, abrange 220 mil residências, e não tem limites de consumo. No caso da conta da água, o Governo vai gastar 55 milhões de patacas e a primeira factura com a isenção diz respeito aos dois meses de Março e Abril. Depois, a factura de Maio e Junho terá um desconto de 50 por cento. O custo para o Governo da isenção do pagamento de electricidade cifra-se em cerca de 240 milhões de patacas.

Reservas de 570 mil milhões

Ontem, o Executivo anunciou que as PME também vão ser abrangidas por isenção do pagamento de águas e luz. A isenção da água, neste caso, vai ter um custo de 18 milhões de patacas para o Governo e o subsídio está limitado a 3 mil patacas por mês. Já a isenção da conta de electricidade também vai ter a duração de três meses, tem um custo de 240 milhões de patacas, e está limitada a 10 mil patacas por mês. Os casinos, hotéis com mais de três estrelas e serviços do Governo ficam excluídos deste apoio.

Afastada foi a hipótese de haver um segundo cheque pecuniário, embora a medida deva ser mantida para o próximo ano.

As acções ontem apresentadas vão ter um custo 2,75 mil milhões de patacas. Face a estes apoios, Lei Wai Nong diz que Macau vai ter um défice orçamental de 40 mil milhões de patacas durante o ano, que representa um valor de oito por cento da reserva financeira de 570 mil milhões.

6 Mar 2020

Apoio ao Consumo | Cartão electrónico de 3 mil patacas chega em Maio

Os residentes vão ficar isentos do pagamento da água e electricidade entre Março e Maio e as medidas também se aplicam às PME. Afastada está a hipótese de mais um cheque pecuniário

 
[dropcap]O[/dropcap]s residentes vão poder começar a utilizar o cartão de consumo no valor 3 mil patacas a partir de Maio. Os detalhes da medida que vai ter um custo de 2,2 mil milhões de patacas foram apresentados ontem, na conferência de imprensa diária, pelo secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong.
A política abrange todos os residentes permanentes e não-permanentes que precisam de registar os seus dados no portal da Autoridades Monetária de Macau (AMCM), até ao fim deste mês. Depois, em Abril, podem levantar o cartão junto dos serviços públicos ou bancos, que podem seleccionar quando fizeram o registo.
“O cartão de consumo tem como objectivo promover o consumo e a economia através do estímulo da procura interna e do empreendedorismo. Esperamos que com estas medidas as pessoas consumam mais nas Pequenas e Médias Empresas [PME]”, afirmou Lei.
O cartão funciona através dos terminais de pagamento da empresa Macau Pass e está limitado a um consumo máximo diário de 300 patacas. Ao mesmo tempo, as 3 mil patacas têm de ser gastas na totalidade até Julho, ou perdem validade.
Em relação à isenção do pagamento electricidade para as fracções residenciais, a medida reflecte-se nas primeiras facturas emitidas a partir de Março, abrange 220 mil residências, e não tem limites de consumo. No caso da conta da água, o Governo vai gastar 55 milhões de patacas e a primeira factura com a isenção diz respeito aos dois meses de Março e Abril. Depois, a factura de Maio e Junho terá um desconto de 50 por cento. O custo para o Governo da isenção do pagamento de electricidade cifra-se em cerca de 240 milhões de patacas.

Reservas de 570 mil milhões

Ontem, o Executivo anunciou que as PME também vão ser abrangidas por isenção do pagamento de águas e luz. A isenção da água, neste caso, vai ter um custo de 18 milhões de patacas para o Governo e o subsídio está limitado a 3 mil patacas por mês. Já a isenção da conta de electricidade também vai ter a duração de três meses, tem um custo de 240 milhões de patacas, e está limitada a 10 mil patacas por mês. Os casinos, hotéis com mais de três estrelas e serviços do Governo ficam excluídos deste apoio.
Afastada foi a hipótese de haver um segundo cheque pecuniário, embora a medida deva ser mantida para o próximo ano.
As acções ontem apresentadas vão ter um custo 2,75 mil milhões de patacas. Face a estes apoios, Lei Wai Nong diz que Macau vai ter um défice orçamental de 40 mil milhões de patacas durante o ano, que representa um valor de oito por cento da reserva financeira de 570 mil milhões.

6 Mar 2020

Filipinas | Cidadãos relatam dificuldades impostas com a proibição de voos para Macau e HK

A decisão do Governo das Filipinas de suspender voos para Macau e Hong Kong, devido à epidemia do Covid-19, causou enormes constrangimentos aos cidadãos do país, que se viram impossibilitados de viajar, sem ordenado e em risco de perder o emprego. O HM falou com três deles, um a trabalhar em Hong Kong, que assumem ser complicado regressar, mesmo que a suspensão de voar tenha sido cancelada, uma vez que é difícil comprar voos directos

 

[dropcap]R[/dropcap]oss Belle Santos constatou que nenhuma individualidade ou entidade estava a ajudar os seus co-cidadãos que trabalham em Macau, por oposição às acções de apoio a quem trabalha em Hong Kong, e decidiu agir. Com a ajuda de Jassy Santos, presidente da União Progressiva do Trabalho dos Trabalhadores Domésticos, Ross escreveu uma carta endereçada a Rodrigo Duterte, Presidente das Filipinas, enviada através do consulado-geral das Filipinas em Macau. A mesma carta foi endereçada também a Silvestre H.Bello, Secretário do Departamento do Trabalho e Emprego de Intramuros, em Manila.

Na missiva, pedia-se o cancelamento da suspensão repentina de voos para as duas regiões administrativas especiais da China, algo que foi efectivado no passado dia 19 de Fevereiro.

“Todos nós temos estado presos no nosso país depois de uma suspensão dos voos para Macau imposta a 2 de Fevereiro. Infelizmente, alguns de nós deixaram as suas famílias e patrões em Macau. Tendo em conta esta decisão, gostaríamos de requerer assistência junto do seu gabinete”, começa assim a carta a que o HM teve acesso. “Esperamos que, no nosso caso, a suspensão de voos seja encurtada e levantada o mais depressa possível”, lê-se ainda.

Para Ross Belle Santos, cujo marido ainda se encontra nas Filipinas sem conseguir viajar, esta carta foi o motor de arranque para alterar uma situação que deixou muitos co-cidadãos seus numa situação aflitiva.

“Fui para casa [nas Filipinas] no dia 31 de Janeiro e era suposto regressar [a Macau] a 2 de Fevereiro. De repente disseram-me, quando estava a fazer o check-in, que não podia embarcar. Não havia quaisquer directivas mas havia uma decisão do Governo de suspender os voos”, contou Ross Belle Santos ao HM.

Ross Belle, que trabalha na área dos cuidados de saúde, conseguiu entretanto voltar, mas espera ainda pelo marido e pelos filhos. “Tivemos de cancelar todos os nossos planos. Esta separação está a ser muito difícil e causa-me uma grande ansiedade. Além disso há a questão financeira, porque não temos dinheiro suficiente para nos sustentar. Tem sido difícil arranjar dinheiro para toda a família porque sabem que eu não tenho trabalho. Sentimos muitos constrangimentos.”

Ross Belle Santos diz ser uma “sortuda” por manter o seu emprego. Deveria ter regressado ontem ao trabalho, mas começou com sintomas de constipação e teve de adiar esse regresso. Para ela, a carta enviada às autoridades filipinas foi decisiva para alterar a situação de milhares de trabalhadores migrantes que se viram impedidos de voar para Macau, Hong Kong e Taiwan.

“Nos dias em que os voos estavam suspensos, todos os filipinos ficaram presos no país e havia uma petição para os trabalhadores em Hong Kong, mas ninguém deu apoio aos trabalhadores de Macau. Criámos um grupo [de apoio] mas foi difícil para mim, pois em Macau alguns líderes da comunidade filipina conhecem-me e podem compreender mal as minhas acções. Podem achar que estou contra eles, porque não estão a fazer a sua parte e eu estou a tentar fazer alguma coisa.”

Pesos insuficientes

Apesar de já conseguirem voar para os territórios onde trabalham, os filipinos que ainda se encontram no país continuam a não conseguir marcar voos e a passar por dificuldades económicas. “A suspensão de voos foi levantada, mas continuam a não estar disponíveis voos directos para Macau”, disse a mulher que recebeu 10 mil pesos [cerca de 1.600 patacas] como apoio cedido pelo Governo de Duterte para todos aqueles que não conseguiram viajar para Macau, Hong Kong e Taiwan.

A ajuda financeira está a ser operacionalizada pelo fundo da agência Overseas Workers Welfare Administration (OWWA), ligada ao Departamento do Trabalho e Emprego do Governo e que funciona não apenas como um sistema de segurança social, mas também como seguradora.

Contudo, esse dinheiro não chega para tudo, tendo em conta a ausência de salário, isto porque Ross Belle Santos está em regime de licença sem vencimento. “O dinheiro não é suficiente, porque gastámos quase esse montante [em transportes]. Essa assistência foi mesmo apenas para os transportes.”

Joe [nome fictício] estava ainda em Manila quando começou a conversar com o HM, mas, à hora do fecho desta edição, já se encontrava a viajar para a RAEM via Tailândia, uma vez que não conseguiu apanhar um voo directo.

Joe relata os constrangimentos no acesso a serviços públicos pelos quais passou ao ser cidadão do país e, ao mesmo tempo, um trabalhador estrangeiro. “Eles dão-nos 10 mil pesos como apoio financeiro, mas não é suficiente para suportar as necessidades da minha família. Para um mês obtive 3.000 pesos de uma outra seguradora e 10.000 da OWWA, no total foram 13.000 pesos de duas agências governamentais diferentes.

No entanto, a minha experiência [com os serviços públicos] foi má, porque paguei cerca de 200 pesos pelos documentos oficiais. Todas as minhas despesas relacionadas com este assunto chegaram aos 1000 pesos”, relata.

Medida não estudada

O que mais desagrada à comunidade filipina nesta situação é o facto de as autoridades do seu país terem tomado uma decisão sem avaliar as consequências. “O efeito da suspensão dos voos junto dos trabalhadores migrantes filipinos não foi estudado e há muitos trabalhadores e respectivas famílias que dependem do trabalho no estrangeiro”, disse ao HM Sheilla Grace Estrada, representante do Sindicato dos Trabalhadores Domésticos de Hong Kong.

Johan, natural da região de Visayas e trabalhadora em Hong Kong, ainda se encontra nas Filipinas num impasse. “A suspensão de voos foi cancelada, mas o nosso grande problema é que não podemos regressar para os nossos postos de trabalho, uma vez que as companhias aéreas onde adquirimos os bilhetes de avião não estão a operar os voos”, contou ao HM.

“Para nós é difícil continuarmos aqui sem um salário, precisamos de um ordenado mensal para alimentar as bocas de quem depende de nós, os nossos familiares. Todos os dias rezo e espero que os serviços das nossas companhias aéreas locais, como a Cebu Pacific Air ou Phillippines Airlines, possam voltar a operar os voos para que possamos voltar”, acrescentou Johan.

Johan diz que, para já, espera manter o seu trabalho, uma vez que a família para a qual trabalha estendeu o seu período de férias no Japão. “Deveríamos estar felizes por estar mais tempo com as nossas famílias, mas em vez disso estamos extremamente preocupados com a possibilidade de perdermos o nosso emprego. Há muitos patrões que não percebem a nossa situação e porque é que ainda não voltámos”, frisou.

Johan também refere que os 10 mil pesos atribuídos por Duterte não chegam para as despesas. “Não temos dinheiro para comprar outro bilhete de avião numa companhia aérea diferente, uma vez que a companhia área que escolhemos não voa para Macau e Hong Kong. O Governo deveria ter uma opção alternativa, uma opção para os trabalhadores que estão parados e que não ganham dinheiro por estarem presos [no país].”

Johan não tem dúvidas de que o Governo de Rodrigo Duterte “tomou uma decisão abrupta de impor a suspensão dos voos com efeito imediato sem pensar ou estudar sequer os efeitos nos trabalhadores migrantes”. Esta trabalhadora conta que os patrões decidiram ajudá-la e comprar-lhe o bilhete de avião, algo que lhe poderia custar mais 3 mil pesos, só ida, mais do dobro do que lhe custou um bilhete normal directo.

Estima-se que cerca de 300 trabalhadores filipinos de Macau estejam a tentar voltar ao território. A 19 de Fevereiro foi anunciado, pelo subsecretário do Departamento de Negócios Estrangeiros das Filipinas, Brigido Dulay, nas redes sociais, que os trabalhadores não residentes em Macau e Hong Kong teriam direito a regressar aos seus postos de trabalho.

“Hoje [ontem], a vontade do secretário dos Negócios Estrangeiros Sec Locsin tornou-se realidade. Os trabalhadores filipinos no estrangeiro que precisam de regressar ao trabalho em Hong Kong e Macau foram isentos da proibição de viajar pela IATF-EID [Inter-Agency Task Force on Emerging Infectious Diseases], e sujeitos a certas formalidades processuais”, escreveu Brigido Dulay no Twitter, citado pelo jornal Ponto Final.

6 Mar 2020

Filipinas | Cidadãos relatam dificuldades impostas com a proibição de voos para Macau e HK

A decisão do Governo das Filipinas de suspender voos para Macau e Hong Kong, devido à epidemia do Covid-19, causou enormes constrangimentos aos cidadãos do país, que se viram impossibilitados de viajar, sem ordenado e em risco de perder o emprego. O HM falou com três deles, um a trabalhar em Hong Kong, que assumem ser complicado regressar, mesmo que a suspensão de voar tenha sido cancelada, uma vez que é difícil comprar voos directos

 
[dropcap]R[/dropcap]oss Belle Santos constatou que nenhuma individualidade ou entidade estava a ajudar os seus co-cidadãos que trabalham em Macau, por oposição às acções de apoio a quem trabalha em Hong Kong, e decidiu agir. Com a ajuda de Jassy Santos, presidente da União Progressiva do Trabalho dos Trabalhadores Domésticos, Ross escreveu uma carta endereçada a Rodrigo Duterte, Presidente das Filipinas, enviada através do consulado-geral das Filipinas em Macau. A mesma carta foi endereçada também a Silvestre H.Bello, Secretário do Departamento do Trabalho e Emprego de Intramuros, em Manila.
Na missiva, pedia-se o cancelamento da suspensão repentina de voos para as duas regiões administrativas especiais da China, algo que foi efectivado no passado dia 19 de Fevereiro.
“Todos nós temos estado presos no nosso país depois de uma suspensão dos voos para Macau imposta a 2 de Fevereiro. Infelizmente, alguns de nós deixaram as suas famílias e patrões em Macau. Tendo em conta esta decisão, gostaríamos de requerer assistência junto do seu gabinete”, começa assim a carta a que o HM teve acesso. “Esperamos que, no nosso caso, a suspensão de voos seja encurtada e levantada o mais depressa possível”, lê-se ainda.
Para Ross Belle Santos, cujo marido ainda se encontra nas Filipinas sem conseguir viajar, esta carta foi o motor de arranque para alterar uma situação que deixou muitos co-cidadãos seus numa situação aflitiva.
“Fui para casa [nas Filipinas] no dia 31 de Janeiro e era suposto regressar [a Macau] a 2 de Fevereiro. De repente disseram-me, quando estava a fazer o check-in, que não podia embarcar. Não havia quaisquer directivas mas havia uma decisão do Governo de suspender os voos”, contou Ross Belle Santos ao HM.
Ross Belle, que trabalha na área dos cuidados de saúde, conseguiu entretanto voltar, mas espera ainda pelo marido e pelos filhos. “Tivemos de cancelar todos os nossos planos. Esta separação está a ser muito difícil e causa-me uma grande ansiedade. Além disso há a questão financeira, porque não temos dinheiro suficiente para nos sustentar. Tem sido difícil arranjar dinheiro para toda a família porque sabem que eu não tenho trabalho. Sentimos muitos constrangimentos.”
Ross Belle Santos diz ser uma “sortuda” por manter o seu emprego. Deveria ter regressado ontem ao trabalho, mas começou com sintomas de constipação e teve de adiar esse regresso. Para ela, a carta enviada às autoridades filipinas foi decisiva para alterar a situação de milhares de trabalhadores migrantes que se viram impedidos de voar para Macau, Hong Kong e Taiwan.
“Nos dias em que os voos estavam suspensos, todos os filipinos ficaram presos no país e havia uma petição para os trabalhadores em Hong Kong, mas ninguém deu apoio aos trabalhadores de Macau. Criámos um grupo [de apoio] mas foi difícil para mim, pois em Macau alguns líderes da comunidade filipina conhecem-me e podem compreender mal as minhas acções. Podem achar que estou contra eles, porque não estão a fazer a sua parte e eu estou a tentar fazer alguma coisa.”

Pesos insuficientes

Apesar de já conseguirem voar para os territórios onde trabalham, os filipinos que ainda se encontram no país continuam a não conseguir marcar voos e a passar por dificuldades económicas. “A suspensão de voos foi levantada, mas continuam a não estar disponíveis voos directos para Macau”, disse a mulher que recebeu 10 mil pesos [cerca de 1.600 patacas] como apoio cedido pelo Governo de Duterte para todos aqueles que não conseguiram viajar para Macau, Hong Kong e Taiwan.
A ajuda financeira está a ser operacionalizada pelo fundo da agência Overseas Workers Welfare Administration (OWWA), ligada ao Departamento do Trabalho e Emprego do Governo e que funciona não apenas como um sistema de segurança social, mas também como seguradora.
Contudo, esse dinheiro não chega para tudo, tendo em conta a ausência de salário, isto porque Ross Belle Santos está em regime de licença sem vencimento. “O dinheiro não é suficiente, porque gastámos quase esse montante [em transportes]. Essa assistência foi mesmo apenas para os transportes.”
Joe [nome fictício] estava ainda em Manila quando começou a conversar com o HM, mas, à hora do fecho desta edição, já se encontrava a viajar para a RAEM via Tailândia, uma vez que não conseguiu apanhar um voo directo.
Joe relata os constrangimentos no acesso a serviços públicos pelos quais passou ao ser cidadão do país e, ao mesmo tempo, um trabalhador estrangeiro. “Eles dão-nos 10 mil pesos como apoio financeiro, mas não é suficiente para suportar as necessidades da minha família. Para um mês obtive 3.000 pesos de uma outra seguradora e 10.000 da OWWA, no total foram 13.000 pesos de duas agências governamentais diferentes.
No entanto, a minha experiência [com os serviços públicos] foi má, porque paguei cerca de 200 pesos pelos documentos oficiais. Todas as minhas despesas relacionadas com este assunto chegaram aos 1000 pesos”, relata.

Medida não estudada

O que mais desagrada à comunidade filipina nesta situação é o facto de as autoridades do seu país terem tomado uma decisão sem avaliar as consequências. “O efeito da suspensão dos voos junto dos trabalhadores migrantes filipinos não foi estudado e há muitos trabalhadores e respectivas famílias que dependem do trabalho no estrangeiro”, disse ao HM Sheilla Grace Estrada, representante do Sindicato dos Trabalhadores Domésticos de Hong Kong.
Johan, natural da região de Visayas e trabalhadora em Hong Kong, ainda se encontra nas Filipinas num impasse. “A suspensão de voos foi cancelada, mas o nosso grande problema é que não podemos regressar para os nossos postos de trabalho, uma vez que as companhias aéreas onde adquirimos os bilhetes de avião não estão a operar os voos”, contou ao HM.
“Para nós é difícil continuarmos aqui sem um salário, precisamos de um ordenado mensal para alimentar as bocas de quem depende de nós, os nossos familiares. Todos os dias rezo e espero que os serviços das nossas companhias aéreas locais, como a Cebu Pacific Air ou Phillippines Airlines, possam voltar a operar os voos para que possamos voltar”, acrescentou Johan.
Johan diz que, para já, espera manter o seu trabalho, uma vez que a família para a qual trabalha estendeu o seu período de férias no Japão. “Deveríamos estar felizes por estar mais tempo com as nossas famílias, mas em vez disso estamos extremamente preocupados com a possibilidade de perdermos o nosso emprego. Há muitos patrões que não percebem a nossa situação e porque é que ainda não voltámos”, frisou.
Johan também refere que os 10 mil pesos atribuídos por Duterte não chegam para as despesas. “Não temos dinheiro para comprar outro bilhete de avião numa companhia aérea diferente, uma vez que a companhia área que escolhemos não voa para Macau e Hong Kong. O Governo deveria ter uma opção alternativa, uma opção para os trabalhadores que estão parados e que não ganham dinheiro por estarem presos [no país].”
Johan não tem dúvidas de que o Governo de Rodrigo Duterte “tomou uma decisão abrupta de impor a suspensão dos voos com efeito imediato sem pensar ou estudar sequer os efeitos nos trabalhadores migrantes”. Esta trabalhadora conta que os patrões decidiram ajudá-la e comprar-lhe o bilhete de avião, algo que lhe poderia custar mais 3 mil pesos, só ida, mais do dobro do que lhe custou um bilhete normal directo.
Estima-se que cerca de 300 trabalhadores filipinos de Macau estejam a tentar voltar ao território. A 19 de Fevereiro foi anunciado, pelo subsecretário do Departamento de Negócios Estrangeiros das Filipinas, Brigido Dulay, nas redes sociais, que os trabalhadores não residentes em Macau e Hong Kong teriam direito a regressar aos seus postos de trabalho.
“Hoje [ontem], a vontade do secretário dos Negócios Estrangeiros Sec Locsin tornou-se realidade. Os trabalhadores filipinos no estrangeiro que precisam de regressar ao trabalho em Hong Kong e Macau foram isentos da proibição de viajar pela IATF-EID [Inter-Agency Task Force on Emerging Infectious Diseases], e sujeitos a certas formalidades processuais”, escreveu Brigido Dulay no Twitter, citado pelo jornal Ponto Final.

6 Mar 2020

Viagens | Residentes com restrições de entrada em 25 países e regiões

Angola, Taiwan, Rússia são alguns dos países e regiões em que os residentes de Macau se deparam com restrições à entrada. A partir de ontem, as autoridades da Tailândia também obrigam os residentes a um período de quarentena, mas o Governo da RAEM ainda não foi notificado sobre esta medida

 

[dropcap]N[/dropcap]uma altura em que a epidemia do Covid-19 se expande cada vez mais, os residentes e passageiros em trânsito por Macau encontram restrições à entrada em 25 países e regiões. A lista apresentada foi compilada com dados da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA, no acrónimo em inglês) e ainda com base nas informações dos diferentes consulados em Macau e Hong Kong.

Em 17 dos países e regiões, os residentes ou pessoas que passem pela RAEM não entram. Entre estes estão Angola, Taiwan, Rússia, ou Mongólia. Mas, a lista é mais extensa e inclui ainda Vanuatu, Tonga, São Vicente e Granadinas, Seychelles, Arábia Saudita, Filipinas, Palau, Maurícia, Ilhas Marshall, Coreia do Norte, Iraque ou Ilhas Cook. Em alguns destes casos, as restrições à entrada não se limitam apenas aos residentes de Macau, por exemplo, a Coreia do Norte simplesmente não aceita turistas, independentemente das proveniências.

Em relação a Israel, a entrada de pessoas que tenham estado em Macau também está proibida. No entanto, caso seja provado que apenas estiveram em trânsito na RAEM conseguem entrar.

Além da proibição da entrada, há ainda outras jurisdições que aceitam a entrada, mas que obrigam a um período de quarentena de 14 dias. No fundo, é uma medida semelhante à que Macau adopta para os trabalhadores não-residentes, permite a entrada, mas antes têm de passar por uma quarentena.

A situação regista-se na Samoa, Micronésia e Quiribati. Em alguns destes países é exigido que a quarentena seja feita em regiões sem qualquer caso e ainda antes de viajar.

Declarações de saúde

Além das restrições, há outras regiões que passaram a exigir que quem seja residente de Macau ou passe pela RAEM fique submetido a medidas especiais.

Por exemplo, na Polónia as pessoas vindas da RAEM ou residentes têm de preencher uma declaração de saúde. Já no caso do Nepal, o visto de entrada que poderia ser feito à chegada foi cancelado. Os residentes de Macau passam agora a precisar de tratar das formalidades com antecedência, para poderem viajar. Esta medida repete-se no Irão, onde anteriormente também era possível obter um visto à entrada.

Ainda em relação à suspensão dos vistos de entrada à chegada para residentes de Macau, esta política foi igualmente seguida pelo Bangladesh. Mas, neste caso mesmo com visto, as pessoas que entrarem precisam de preencher uma declaração de saúde.

Já a Polinésia Francesa exige um atestado médico com cinco dias de antecedência que mostrem resultados negativos de infecção do coronavírus. Finalmente, o Egipto aceita entradas, mas as pessoas ficam num período de “observação”, onde precisam de declarar os locais que pretendem frequentar nos próximos 14 dias.

Cuidados antes de viajar

Em reposta às restrições impostas aos cidadãos de Macau, o Gabinete de Gestão de Crises de Turismo (GGCT), aconselha a que as pessoas consultem as informações dos consulados e de agências de viagens para não serem surpreendidos com restrições. “Devido ao constante desenvolvimento relativo aos procedimentos de imigração adoptados por diferentes países, o GGCT recomenda aos residentes de Macau que consultem os seus agentes de viagens e as Missões Consulares mais próximas do país para o qual planeiam viajar, a fim de obter as informações mais recentes”, foi respondido ao HM.

Além dessas vias, é ainda recomendado que as pessoas que tenham estado no Interior visitem o portal da “National Immigration Administration” da República Popular da China, que contém as informações mais actualizadas sobre restrições para quem esteve no outro lado da fronteira.

Por último, o GGCT informou o HM que ontem, ao final da tarde, ainda não tinha sido informado pelas autoridades tailandesas sobre as novas medidas restritivas que obrigam os residentes a um período de quarentena de 14 dias.

 

Correcção: A Tailândia foi inicialmente incluída na lista de países com restrições para residentes de Macau, devido a um declaração do Ministro da Saúde da Tailândia, Anutin Charnvirakul. Após o desmentido oficial do Governo da Tailândia, a informação foi corrigida e o país excluído do artigo.

 

 

 

5 Mar 2020

Viagens | Residentes com restrições de entrada em 25 países e regiões

Angola, Taiwan, Rússia são alguns dos países e regiões em que os residentes de Macau se deparam com restrições à entrada. A partir de ontem, as autoridades da Tailândia também obrigam os residentes a um período de quarentena, mas o Governo da RAEM ainda não foi notificado sobre esta medida

 
[dropcap]N[/dropcap]uma altura em que a epidemia do Covid-19 se expande cada vez mais, os residentes e passageiros em trânsito por Macau encontram restrições à entrada em 25 países e regiões. A lista apresentada foi compilada com dados da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA, no acrónimo em inglês) e ainda com base nas informações dos diferentes consulados em Macau e Hong Kong.
Em 17 dos países e regiões, os residentes ou pessoas que passem pela RAEM não entram. Entre estes estão Angola, Taiwan, Rússia, ou Mongólia. Mas, a lista é mais extensa e inclui ainda Vanuatu, Tonga, São Vicente e Granadinas, Seychelles, Arábia Saudita, Filipinas, Palau, Maurícia, Ilhas Marshall, Coreia do Norte, Iraque ou Ilhas Cook. Em alguns destes casos, as restrições à entrada não se limitam apenas aos residentes de Macau, por exemplo, a Coreia do Norte simplesmente não aceita turistas, independentemente das proveniências.
Em relação a Israel, a entrada de pessoas que tenham estado em Macau também está proibida. No entanto, caso seja provado que apenas estiveram em trânsito na RAEM conseguem entrar.
Além da proibição da entrada, há ainda outras jurisdições que aceitam a entrada, mas que obrigam a um período de quarentena de 14 dias. No fundo, é uma medida semelhante à que Macau adopta para os trabalhadores não-residentes, permite a entrada, mas antes têm de passar por uma quarentena.
A situação regista-se na Samoa, Micronésia e Quiribati. Em alguns destes países é exigido que a quarentena seja feita em regiões sem qualquer caso e ainda antes de viajar.

Declarações de saúde

Além das restrições, há outras regiões que passaram a exigir que quem seja residente de Macau ou passe pela RAEM fique submetido a medidas especiais.
Por exemplo, na Polónia as pessoas vindas da RAEM ou residentes têm de preencher uma declaração de saúde. Já no caso do Nepal, o visto de entrada que poderia ser feito à chegada foi cancelado. Os residentes de Macau passam agora a precisar de tratar das formalidades com antecedência, para poderem viajar. Esta medida repete-se no Irão, onde anteriormente também era possível obter um visto à entrada.
Ainda em relação à suspensão dos vistos de entrada à chegada para residentes de Macau, esta política foi igualmente seguida pelo Bangladesh. Mas, neste caso mesmo com visto, as pessoas que entrarem precisam de preencher uma declaração de saúde.
Já a Polinésia Francesa exige um atestado médico com cinco dias de antecedência que mostrem resultados negativos de infecção do coronavírus. Finalmente, o Egipto aceita entradas, mas as pessoas ficam num período de “observação”, onde precisam de declarar os locais que pretendem frequentar nos próximos 14 dias.

Cuidados antes de viajar

Em reposta às restrições impostas aos cidadãos de Macau, o Gabinete de Gestão de Crises de Turismo (GGCT), aconselha a que as pessoas consultem as informações dos consulados e de agências de viagens para não serem surpreendidos com restrições. “Devido ao constante desenvolvimento relativo aos procedimentos de imigração adoptados por diferentes países, o GGCT recomenda aos residentes de Macau que consultem os seus agentes de viagens e as Missões Consulares mais próximas do país para o qual planeiam viajar, a fim de obter as informações mais recentes”, foi respondido ao HM.
Além dessas vias, é ainda recomendado que as pessoas que tenham estado no Interior visitem o portal da “National Immigration Administration” da República Popular da China, que contém as informações mais actualizadas sobre restrições para quem esteve no outro lado da fronteira.
Por último, o GGCT informou o HM que ontem, ao final da tarde, ainda não tinha sido informado pelas autoridades tailandesas sobre as novas medidas restritivas que obrigam os residentes a um período de quarentena de 14 dias.
 
Correcção: A Tailândia foi inicialmente incluída na lista de países com restrições para residentes de Macau, devido a um declaração do Ministro da Saúde da Tailândia, Anutin Charnvirakul. Após o desmentido oficial do Governo da Tailândia, a informação foi corrigida e o país excluído do artigo.
 
 
 

5 Mar 2020

AL | Coutinho considera “lamentável” recusa de audição sobre autocarros

Confrontado com a recusa do pedido de audição do presidente da Assembleia Legislativa, Kou Hoi In, o deputado José Pereira Coutinho não aceita a argumentação apresentada e afirma que a decisão só vai contribuir para o despesismo e para a pouca transparência que existe em torno dos contratos e concessões dos transportes públicos. Já Sulu Sou considera a recusa aceitável

[dropcap]O[/dropcap] deputado José Pereira Coutinho condenou ontem a decisão do presidente da Assembleia Legislativa (AL), Kou Hoi In, de recusar o pedido de audição enviado no final de Novembro pelo próprio e por Sulu Sou, onde pediam que o Governo prestasse esclarecimentos sobre a renovação dos contratos com as concessionárias dos autocarros públicos, que foi estendida por 14 meses.

“Só tenho que lamentar e dizer que a assembleia dá sinais muito claros de andar a reboque do Governo. É um sinal preocupante porque está a ser feito tudo de maneira a não complicar a vida ao Executivo”, disse ao HM Pereira Coutinho. Por seu turno, o deputado Sulu Sou considera a recusa aceitável, pelo facto de a comissão de acompanhamento dos Assuntos de Terras e Concessões Públicas, designada para apreciar uma petição apresentada pela Associação Novo Macau, já ter completado o trabalho mais relevante sobre a matéria.

A notícia da recusa do pedido de audição foi avançada ontem pela TDM-Rádio Macau que cita um ofício com a data de terça-feira, onde Kou Hoi In alega já não se verificar “o pressuposto legal para a realização de uma audição pelas comissões da AL”, uma vez que a comissão já analisou a petição e que o respectivo relatório foi concluído em Janeiro.

Pereira Coutinho considera inválida a argumentação apresentada por Kou Hoi In e diz que o pedido foi feito ainda antes dos trabalhos da comissão.

“Não posso de maneira nenhuma aceitar a argumentação, quer legal, quer lógica, para rejeitar o pedido de audição. Relembro que o nosso pedido foi muito anterior à reunião realizada pela comissão e por isso não acho razoável que o presidente tenha decidido dessa forma. São processos distintos “, referiu o deputado.

Já Sulu Sou aceita a explicação dada por Kou Hoi In. “Dado que a razão do nosso pedido (…) se baseava na apreciação da petição da Novo Macau que, devido ao calendário e ao facto de a comissão já ter completado o trabalho relevante, já não existe. Acho que a decisão do presidente desta vez está correcta”, disse ao HM Sulu Sou.

Pensamento curto

A proposta conjunta de audição apresentada pelos deputados visava esclarecer o teor das negociações dos contratos com as concessionárias, prorrogados por um curto espaço de tempo. Na altura, Pereira Coutinho e Sulu Sou afirmaram que, com os contratos de 14 meses “as vítimas são os passageiros”, e que tanto cidadãos como deputados pediram a realização de um concurso público para a concessão do serviço de autocarros.

Garantindo que havia “muitas perguntas a fazer” sobre o exercício de uma actividade “que é tão importante para Macau”, Pereira Coutinho referiu ao HM que, subjacente à questão, estão os gastos públicos.

“O que está em questão é o valor elevado do erário público que está a ser pago às companhias. Não se sabe bem de que forma são fiscalizados os gastos deste dinheiro entregue de bandeja como forma de prestação de serviços e (…), tratando-se de actividades concessionadas, nunca deveria haver lugar à atribuição de subsídios adicionais”, vincou o deputado.

Devido às dúvidas existentes, de acordo com a TDM-Rádio Macau, a comissão, decidiu pedir mais explicações ao Governo para afastar “dúvidas” sobre o financiamento à Transmac e à TCM.

5 Mar 2020