Fornecedores sugerem cartão de consumo de 15 mil

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A Associação da União dos Fornecedores defende mais uma ronda de cartão de consumo de 15 mil patacas, assim como medidas de alívio, destinadas às PME, para pagar rendas e salários. Um académico da UM considera que uma parte do valor do cartão deve usado exclusivamente em negócios que pouco beneficiaram com outras rondas

 

Tendo em conta o lançamento de um novo pacote de medidas de apoio à economia, no valor global de 10 mil milhões de patacas, a Associação da União dos Fornecedores de Macau apresentou uma lista de sugestões ao Governo, onde se destaca uma nova ronda de cartão de consumo no valor de 15 mil patacas.

Exceptuando a medida de incentivo ao consumo, a associação apontou alguns caminhos para atenuar a pressão sobre as pequenas e médias empresas (PME). Num comunicado, citado pelo jornal Ou Mun, a instituição que representa os fornecedores do território sugeriu ao Executivo que isente de impostos os proprietários que reduzam rendas de PME e que sejam criados subsídios para ajudar a pagar despesas com rendas e salários.

Quanto a estes últimos apoios, foi sugerida a criação de um subsídio que suporte o pagamento de metade da renda e despesas com salários de PME durante um período de três meses.

No caso de um proprietário reduzir para metade a renda de uma loja, o Governo poderia devolver a contribuição predial urbana de 2021, bem como isentar a contribuição predial urbana e taxa de arrendamento de 2022, exemplificou a associação.

Foco onde interessa

O professor Lei Chun Kwok, da Faculdade de Gestão de Empresas da Universidade de Macau, entende que as medidas de apoio económico devem ser dirigidas ao grupos demográficos e sectores empresariais menos beneficiados nas rondas anteriores.

Em declarações ao jornal Ou Mun, o académico defendeu que deveria ser dada mais atenção a grupos sociais como reformados e donas de casa.

Lei Chun Kwok argumenta que, independentemente de se tratar de uma nova ronda de cartão do consumo ou cheque pecuniário, as redes de supermercados e grandes superfícies não devem continuar a ser os maiores beneficiários dos apoios públicos.

Como tal, indica que o Executivo deve dividir em duas partes o valor do cartão do consumo, com uma fracção a ser usada em todos os estabelecimentos comerciais e uma segunda parte com uso exclusivo nos sectores económicos, zonas e lojas mais afectadas pela pandemia. Quer pela natureza do negócio, quer pela área geográfica mais afectada com a demarcação das zonas vermelhas e amarelas durante o surto.

Quanto ao panorama geral económico, Lei Chun Kwok prevê o aumento da taxa de desemprego e que o Governo deve manter alguma sobriedade nas medidas de apoio a pensar na população que perdeu o emprego. O lançamento de apoios às empresas para impedir despedimentos é uma das sugestões do académico.

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