Hoje Macau EventosMorreu o jornalista, radialista e escritor João Paulo Guerra O jornalista João Paulo Guerra, 82 anos, morreu no domingo em Lisboa vítima de doença, disse à agência Lusa fonte próxima do também radialista e escritor. João Paulo Guerra morreu no hospital Curry Cabral, e estava doente há já algum tempo, disse a fonte, lembrando o último cargo que o jornalista exerceu – provedor do ouvinte do serviço público de rádio. Sempre conhecido por João Paulo Guerra, iniciou a carreira na rádio, mas foi também jornalista na imprensa, trabalhou para televisão e escreveu uma dezena de livros. De acordo com biografias publicadas pelas suas casas editoras, o jornalista iniciou-se profissionalmente na Rádio Renascença, passando depois para o serviço de noticiários do antigo Rádio Clube Português, onde deixou o nome associado a programas de informação e magazines, que se destacaram na viragem da década de 1960 para a seguinte, como PBX e Tempo Zip. João Paulo Guerra Baptista Coelho Vieira nasceu em Lisboa, em Abril de 1942, iniciando-se no jornalismo aos 20 anos, profissão que interrompeu quando prestou serviço militar em Moçambique. A mãe era fundadora da revista “Crónica Feminina”. Foi editor e repórter na ex-Emissora Nacional (1974) e chefe do Gabinete de Estudos e Planeamento da Direcção de Programas desta estação, na origem da Rádio Difusão Portuguesa (1974-75). Em todo o lado Correspondente em Lisboa da Rádio Nacional de Angola (1976-1977), fez parte da equipa de fundadores da Telefonia de Lisboa (1985-1987), foi editor e repórter da TSF – Rádio Jornal (1990-96) e da Central FM (1996). Na Antena 1, foi responsável pelo programa “Os Reis da Rádio” (2005-2006) e, durante mais de dez anos, a partir de 2006, pela “Revista de Imprensa”. Nos jornais, entre outros títulos, trabalhou para a Mosca, suplemento de fim de semana do Diário de Lisboa, então dirigido pelo escritor Luís Sttau Monteiro, fazendo parte da sua equipa. Trabalhou também para o vespertino A Capital e o suplemento Cena 7, o República e o Musicalíssimo. Foi ainda chefe de redação do Notícias da Amadora (1972-74), esteve na redação de O Diário (1979-79), que chefiou de 1989 a 1990, além de ter sido colaborador permanente dos jornais O Jogo, Público e do semanário O Jornal. Foi ainda editor e redactor principal do Diário Económico. Ao longo da carreira jornalística conquistou uma dezena de prémios, nomeadamente da Casa da Imprensa, o Prémio Gazeta do Clube de Jornalistas, o Prémio Nacional de Reportagem do Clube de Jornalistas do Porto, o Prémio Reportagem de Rádio do Clube Português de Imprensa.
Andreia Sofia Silva EventosNOYB | “Noite de Quiz” em língua portuguesa no bairro de São Lourenço É já esta quinta-feira que acontece a primeira edição de um concurso que promete ser divertido e pedagógico ao mesmo tempo. A associação NOYB – None of Your Business acaba de criar a “Noite de Quiz”, um concurso de cultura geral para grupos a decorrer no espaço “Bookand”, na zona de São Lourenço. Ganha quem fizer mais pontos e acertar de forma mais rápida Acaba de ser criada uma nova forma de entretenimento em Macau que promete despertar a cultura geral de cada um. A “Noite de Quiz” tem a sua primeira edição esta quinta-feira no “Bookand”, na Rua de Ignácio Baptista, na zona de São Lourenço, e não é mais do que um concurso de questões de cultura geral, com temas nacionais e internacionais. O concurso é ganho pelo grupo que responder de forma mais rápida e certeira. Segundo um comunicado da organização do evento, que está a cargo da associação NOYB – None of Your Business, “a primeira edição da ‘Noite de Quiz’ será em língua portuguesa”, embora “isso não seja impedimento para que pessoas não falantes de português se juntem ao evento, desde que os colegas de equipa se ajudem na tradução das questões”. Não é necessário pré-registo para aparecer na “Noite do Quiz”, bastando apenas que se formem grupos que à entrada pagam apenas o valor de 20 patacas por pessoa. A NOYB descreve que o objectivo de criar esta actividade é de “dinamizar a oferta de actividades culturais em Macau”, pretendendo-se “criar um ambiente divertido e de saudável competição de cultura geral”, naquele que é considerado “um dos mais carismáticos bairros de Macau”. Tradição irlandesa Este evento vai buscar influências a outras “Noites de Quiz” semelhantes que ocorrem, por exemplo, em Lisboa e no Porto. O sucesso é tanto em Portugal que existe mesmo um website com a lista de bares onde grupos de pessoas se reúnem para adivinhar datas ou acontecimentos históricos e marcantes, além de se abordarem os mais variados temas. A tradição de realizar quizzes em bares veio da Irlanda, segundo a edição portuguesa da revista TimeOut, existindo em Lisboa desde finais dos anos 90. A primeira edição deste tipo de concurso na capital portuguesa decorreu num bar no bairro da Madragoa pela mão de Júlio Alves, que traduziu do inglês um quiz. Depressa se percebeu que responder a perguntas de cultura geral em grupo, e com algumas bebidas ao lado, poderia ser uma forma bem divertida de passar o tempo. No caso de Macau esta actividade não é ainda muito popular. A NOYB explica que a sua “Noite de Quiz” terá um questionário com 30 perguntas, sendo que o jogo funciona com equipas de duas a quatro pessoas, existindo um prémio para os vencedores. Este prémio consiste na oferta de bebidas para a equipa vencedora, caso sejam cerveja, vinho, coca-cola e água, sendo estas consideradas “bebidas que vão a jogo”. O quiz conta com 30 perguntas, feitas por um “quiz master”, ou apresentador, valendo um ponto cada. A última questão é chamada de “Guilhotina”, valendo cinco pontos. Caso a equipa copie as respostas dos outros ou vá encontrar respostas ao Google no telemóvel, é desqualificada. Além disso, no final de cada jogo, a organização fará uma revisão rápida de todas as perguntas, sendo que cada equipa tem depois dez minutos para entregar a folha com as respostas. Em caso de empate, o critério para desempatar é a rapidez com que a equipa entregar a folha. Com este evento, a NOYB espera que “a primeira edição permita aos participantes quebrar a rotina da semana e tornar-se num ponto de encontro regular”, sendo possível desfrutar no local de um menu de comidas e bebidas.
Hoje Macau EventosFotografia | Luís Godinho é o novo vencedor do concurso da “Somos!” Um erro informático levou a “Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa” a seleccionar por engano imagens para a mais recente edição do concurso de fotografia, que consagrou José Carvalho como o grande vencedor. Porém, face à nova avaliação, o fotógrafo Luís Godinho é agora o grande vencedor A “Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa” anunciou ontem os novos vencedores do concurso de fotografia “Somos – Imagens da Lusofonia”, que na sua quinta edição teve como tema “Em cada rosto, um legado colectivo”. A associação teve de analisar novamente as imagens submetidas que, devido a um erro informático, foram admitidas a concurso, apesar de não cumprirem os critérios requeridos, nomeadamente quanto à data em que foram captadas. Assim, ao invés de José Carvalho, que erradamente foi considerado vencedor, a “Somos!” anunciou ontem que Luís Godinho é o devido vencedor do concurso, que decorreu entre os dias 20 de Maio e 10 de Julho. Segundo um comunicado da “Somos!”, Luís Godinho ganhou com um retrato tirado em São Tomé e Princípe, tendo sido escolhidas também as imagens de Bruno Pedro e Jorge Bacelar, com fotografias tiradas, respectivamente, em Cabo Delgado, região de Moçambique; e em Estarreja, Portugal. Na mesma nota, descreve-se que o júri atribuiu o novo primeiro lugar à imagem do fotógrafo português Luís Godinho, intitulada “São Tomé e Príncipe”, que pretende “demonstrar a alegria sentida pelas crianças desse pequeno país, que tem uma população jovem cada vez mais instruída”. Assim, o retrato “é de uma menina que, depois de ter chegado da escola e ajudado a sua mãe nas tarefas diárias, se deita a relaxar à sombra, numa antiga roça em São Tomé, num contraste de luz e sombra que dá dimensão ao seu estado de espírito”. Segundo o júri, Luís Godinho conseguiu “aliar destreza técnica e boa composição nesta fotografia que, assim, lhe garante o primeiro prémio do concurso no valor de dez mil patacas”. O segundo prémio, no valor cinco mil patacas, foi conquistado pelo português Bruno Pedro, autor da fotografia “Paz em Cabo Delgado”, que é o retrato de uma menina a sorrir no coração do bairro mais antigo de Pemba (Paquitequete), na província moçambicana de Cabo Delgado, que tem sido fustigada por ataques terroristas desde Outubro de 2017. Houve uma fuga em massa da população daquela região, na sequência dos ataques armados atribuídos ao Daesh, e o retrato desta menina é um símbolo de resistência e de esperança, que atesta a capacidade humana de readaptação, de perseverança, que nos recorda que é possível encontrar alegria mesmo nas circunstâncias mais cruéis e difíceis, sendo a inocência plasmada no seu rosto profundamente comovente. Já o português Jorge Bacelar, recebeu o terceiro prémio, no valor de 3.500 patacas, com a fotografia “Momento de descanso”, que nos dá conta do legado de Manuel Pires Tavares, também conhecido por “Manel Espeta”, um agricultor que vive sozinho em Salreu, uma freguesia de Estarreja, Portugal. O retrato de perfil mostra o agricultor, sentado ao lado de uma das suas vacas de raça marinhoa (raça autóctone portuguesa) com os seus cães ao colo, que acabam por ser a sua companhia e alegria da casa. Manel herdou a paixão pela agricultura dos pais e no seu rosto estão as marcas de uma vida sempre dedicada ao campo. Outros destacados A quinta edição do concurso da “Somos!” atribuiu ainda três menções honrosas que não tiveram direito a prémios monetários, mas sim certificados. Trata-se de João Galamba, de Portugal, com a imagem intitulada “Festas de Santo Estevão”, uma tradição transmontana; Milton Ostetto, do Brasil, com “As marcas do mar” sobre a tradição da pesca artesanal em Florianópolis; e Raphael Alves, também do Brasil, com “O barqueiro” que retrata a seca mais intensa da história da Bacia Amazónica. Uma vez que o concurso fotográfico da “Somos!” celebra cinco anos de existência, a associação irá organizar uma exposição, a 27 de Setembro, a ter lugar no Albergue da Santa Casa da Misericórdia, pelas 18h30, com as melhores imagens submetidas a concurso, cerca de 40. Pretende-se apresentar as melhores fotografias “pela sua relevância ou valor para o tema do concurso fotográfico e para o propósito da Somos – ACLP de projectar a dimensão cultural da Lusofonia, assim como o papel de Macau enquanto plataforma que une a China e os países ou regiões de língua portuguesa”. Será também lançado um catálogo “que reúne as melhores fotografias das edições do concurso realizadas até este ano” e que irá conter “imagens que capturam a essência e a diversidade do mundo lusófono, revelando a conexão humana e cultural que une Macau e os países da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa], servindo este catálogo de registo e de suporte para memória futura, no âmbito destas relações”, lê-se na mesma nota.
Hoje Macau EventosCURB lança novo concurso de fotografia O CURB – Centro de Arquitectura e Urbanismo aceita, até ao final deste mês, dia 31, imagens candidatas ao concurso de fotografia de arquitectura para toda a área da Grande Baía, intitulado “Tesouros da Grande Baía”. Segundo um comunicado do CURB, trata-se de um concurso “aberto a todos os entusiastas de arquitectura e fotografia”, encorajando-se os participantes a explorar os diversos formatos arquitectónicos existentes nas cidades da Grande Baía Guangdong – Hong Kong – Macau, bem como “a captar os edifícios e espaços que tornam únicas as cidades da área da Grande Baía”. Desde 2022 que foram organizadas, pelo CURB, três edições do concurso de fotografia de arquitectura de Macau, contando com 539 participantes e submissão de 1273 trabalhos. “Este concurso foi único no seu género em Macau e encorajou as pessoas a explorar e registar a cidade através da lente da câmara, a reflectir sobre o ambiente construído e cultivar o sentimento de pertença dos cidadãos ao local onde vivem”. Porém, com esta edição do concurso “Tesouros da Grande Baía”, o CURB pretende fazer com que “o público em geral possa explorar a arquitectura da área da Grande Baía através da sua própria perspectiva”, desenvolvendo-se também “o sentimento de pertença e ligação às cidades” da Grande Baía. Três categorias O concurso apresenta três categorias, nomeadamente “Grupo Aberto de Macau”, “Grupo de Estudantes de Macau” e “Grupo Aberto GBA (excepto Macau)”, sendo disponibilizados prémios em dinheiro e certificados aos vencedores. Para participar no concurso, os participantes são convidados a carregar as suas fotografias através as ligações de apresentação disponíveis no sítio Web do concurso https://competition.curbcenter.com/. O CURB é uma instituição sem fins lucrativos estabelecida em Macau para promover a investigação, educação, produção e divulgação do conhecimento em arquitectura, urbanismo e cultura urbana. O Centro funciona como uma plataforma de intercâmbio entre o meio académico, a sociedade civil, a prática profissional e as instituições governamentais, servindo os interesses da comunidade em geral através de estudos de investigação, workshops, conferências, exposições, concursos e outras iniciativas.
Hoje Macau EventosCinemateca Paixão | Filmes de Macau voltam em Agosto A habitual secção “Discover Macau” está de regresso à Cinemateca Paixão com uma série de filmes realizados no território, mas desta vez com uma perspectiva feminina. Assim, serão exibidos três filmes com assinatura de realizadoras locais “Discover Macau – Do ponto de vista da mulher” é o nome dado à habitual secção de filmes presente na programação da Cinemateca Paixão e que, neste mês de Agosto que acabou de começar, traz três filmes de realizadoras de Macau. A primeira exibição acontece já amanhã, sendo apresentado o filme “Um a Dez”, de Teng Kun Hou, feito em 2019. A história deste filme gira em torno de um ritual de três amigas de liceu. Este ritual consiste em cruzar os dedos, fechar os olhos, não dizer uma palavra e não voltar atrás. Depois, há que pedir um desejo, caminhar por “dez santuários no escuro” e, sem ter medo, os desejos serão realizados. Porém, segundo a sinopse do filme, uma quarta rapariga misteriosa altera o rumo daquele que seria um simples ritual de adolescentes. Outro filme seleccionado para este “Discover Macao” , é o “Gin, Sake, Margarita”, um rol de bebidas feito por Peeko Wong em 2017. Mas este filme não é sobre o álcool, mas sim sobre o amor e o lugar da arte na vida das pessoas. Segundo a sinopse, a história gira em torno de três artistas que, numa noite, se encontram num bar, tentando responder a uma simples pergunta: porque é que fazem arte. “Embora saibam que a resposta não é fácil, pelo menos não estão sozinhos” nesse processo, é descrito. O bar escolhido para esta película é o Che Che, quando este estava situado na Rua Tomás Vieira. A terceira película escolhida para ser exibida este mês é “Natasha”, de Galileu MA, realizado em 2022. A história centra-se na boneca sexual, de nome Natasha, roubada de um bordel por uma mulher misteriosa, que decide embarcar numa viagem repleta de dificuldades. Junto com a boneca, “ela não tem escolha, a não ser terminar a missão, custe o que custar”. Estes filmes voltam a ser exibidos domingo e depois ao longo do mês até ao dia 31, em diferentes datas. Clássico para rever A programação da Cinemateca Paixão prossegue com nova e última exibição de um clássico de Hong Kong, agendada para o dia 10 de Agosto. Trata-se de “Dangerous Encounter of the First Kind” do realizador Tsui Hark, de 1980, considerada “uma obra-prima da Nova Vaga de Hong Kong” que rompeu amarras no cinema que se vinha fazendo, até então, nos anos 70. Seguem-se algumas exibições no âmbito da primeira edição do Festival Internacional de Artes para Crianças, promovido pelo Instituto Cultural.
Hoje Macau EventosFotografia | “Somos!” vai reavaliar imagens de concurso A Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa vai avaliar novamente as fotografias submetidas ao concurso “Somos Imagens da Lusofonia 2023/24: Em cada rosto, um legado colectivo”, devido a um erro informático que “permitiu a pré-selecção, e consequente admissão a concurso, de fotografias que não cumpriam a totalidade dos requisitos estipulados no regulamento desta quinta edição”, é revelado em comunicado. A associação acrescenta, assim, que será feita “uma rigorosa reavaliação de todos os resultados inicialmente divulgados”, sendo “verificada manualmente a data de cada uma das imagens para aferir as que respeitam na íntegra o regulamento do concurso”, pelo que “as fotografias que não cumpram as regras estabelecidas terão de ser excluídas”. Recorde-se que uma das regras era a submissão de imagens captadas entre 1 de Janeiro de 2022 e 31 de Dezembro de 2023 em países e regiões como Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Goa, Damão e Diu. Os resultados serão anunciados “oportunamente”. A “Somos!” afirma “reservar-se ao direito de reavaliar os critérios e condições de admissão em cada uma das suas edições, os quais ficarão inequivocamente expostos no regulamento e que deverão ser estritamente cumpridos, sob pena de as imagens não serem admitidas a concurso”.
Hoje Macau Eventos MancheteFIMM | Mariza actua com Orquestra Chinesa em Novembro Foi ontem apresentado o cartaz da 36.ª edição do Festival Internacional de Música de Macau que traz um espectáculo da fadista portuguesa Mariza com a Orquestra Chinesa de Macau para cantar alguns dos seus maiores êxitos. Este ano, o FIMM traz também a Macau o grande músico de jazz Herbie Hancock A fadista Mariza vai actuar no 36.º Festival Internacional de Música de Macau (FIMM) acompanhada pela Orquestra Chinesa de Macau (OCM), anunciou ontem a organização. O festival, que decorre entre 4 de Outubro 4 de Novembro, traz “a diva portuguesa do fado” ao território para uma “colaboração sublime” com a OCM, afirmou a presidente do Instituto Cultural (IC) durante a conferência de imprensa de apresentação do festival. “Queremos destacar que Macau é um lugar onde existe uma combinação da cultura oriental e ocidental”, referiu Leong Wai Man, explicando por que razão “o fado tem vindo a colaborar” frequentemente com a Orquestra. O concerto de Mariza está agendado para o dia 4 de Novembro, às 20h, no Londoner Theatre, tendo como destaques fados como “Primavera”, o célebre “Ó Gente da Minha Terra”, “Chuva”, “Melhor de Mim” ou “Quem Me Dera”, estando o programa sujeito a alterações. No cartaz do festival, lê-se que “nas últimas duas décadas, Mariza passou rapidamente de fenómeno do fado de Lisboa a ícone global”, sendo descrita como a “verdadeira embaixadora da música portuguesa” e “a artista portuguesa viva mais consagrada em todo o mundo”, com um repertório “ancorado no fado clássico e contemporâneo”. “Graciosamente acompanhada pela destreza do seu quinteto habitual, a cantora empresta a sua voz à Orquestra Chinesa de Macau, sob a batuta de Tsung Yeh, maestro de renome internacional, adornando a poesia ocidental com acordes chineses. Apresentando êxitos escolhidos de uma carreira de 20 anos intercalados por temas mais recentes, certamente que o concerto deixará pairar no público uma sensação de fascínio”, descreve o IC. O génio de Herbie Num festival com “diferentes programas de diferentes tipos de música para diferentes tipos de fãs”, a responsável destacou, entre os 12 programas, o espetáculo de abertura, “Tosca – Ópera em Três Actos de Giacomo Puccini”, que leva ao palco do Centro Cultural de Macau “o eminente Teatro Mariinsky da Rússia”. Já o director de programação do festival, salientou o concerto de Herbie Hancock, de 84 anos, pianista norte-americano. “Quando falei com Hancock, ele disse que podia ser a última digressão mundial que ia fazer”, notou Lio Kuok Man, sublinhando a importância da vinda do músico, que, de acordo com a organização, tem uma “ilustre carreira coroada com 14 Grammys”. Este espectáculo acontece no dia 3 de Novembro, às 20h, no grande auditório do Centro Cultural de Macau, com bilhetes que variam entre as 200 e as 650 patacas. No cartaz do FIMM, é descrito que, com 70 anos de carreira, “Herbie Hancock é um verdadeiro ícone contemporâneo” que “ao longo das suas explorações, transcendeu fronteiras e géneros, mantendo uma voz inconfundível”. Hancock ganhou destaque pela primeira vez como membro do Quinteto Miles Davis, durante a década de 1960, e através das primeiras gravações a solo para a Blue Note Records. O seu trabalho nos anos 70 fundiu jazz eléctrico com funk. Ainda na música jazz, o trompetista dos EUA Wynton Marsalis e a Orquestra Jazz do Centro Lincoln estreiam-se na região chinesa “num concerto enérgico cheio de notas vibrantes”, decreve a organização. Presente no festival, vai ainda estar o DoosTrio, “grupo de solistas conceituados e bons amigos que fundem as suas próprias tradições, dando nova vida aos ritmos fascinantes da antiga Pérsia, China e Índia”. Um concerto que junta Kayhan Kalhor, mestre do ‘kamancheh’, instrumento iraniano de cordas, Wu Han, especialista chinesa da pipa, e Sandeep Das, que toca tabla, instrumento musical de percussão, muito usado na Índia. O FIMM conta ainda com 16 actividades do Festival Extra, incluindo palestras e ‘masterclasses’, e tem este ano um orçamento de 33 milhões de patacas. Filmes com música A Cinemateca Paixão apresentará ainda a secção “Música na Tela”, com uma selecção especial de filmes associados ao FIMM. No dia 24 de Outubro será exibido “À Volta da Meia Noite”, do realizador Bertrand Tavernier. Neste filme, o músico de jazz Dexter Gordon interpreta Dale Turner, um músico afro-americano, brilhante e autodestrutivo, que se muda para Paris na década de 1950 em busca de um público que apreciasse a sua arte e a sua cor de pele. Aí, uma jovem mulher relaciona-se com o talentoso músico, mas mesmo o seu amor pode não ser suficiente para salvar o saxofonista do alcoolismo, do vício em drogas e da depressão. A banda sonora deste filme foi composta precisamente por Herbie Hancock. A 17 de Outubro, será exibido “Bolden”, filme biográfico de Dan Pritzker, que “imagina a jornada envolvente, poderosa e trágica de Buddy Bolden, o pouco conhecido herói americano, inventor do Jazz. “Tendo Gary Carr no papel principal, com música original escrita, arranjada e interpretada por Wynton Marsalis, nascido em Nova Orleães, Bolden leva-nos de volta à icónica cidade do jazz no início do século XX. Uma história alimentada pela paixão, ganância e génio musical”, é ainda referido pelo IC.
Andreia Sofia Silva EventosRonald Cheng actua no Cotai em Agosto Está agendado para o dia 10 de Agosto, no Grande Pavilhão do Grand Lisboa Palace Resort, o espectáculo com Ronaldo Cheng, conhecido actor e cantor de Hong Kong. Segundo um comunicado da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), operadora que detém este empreendimento no Cotai, Ronald Cheng estará pronto “para fazer uma serenata ao público com uma série de canções de amor populares que irão conquistar os corações”, apresentando-se “melodias inesquecíveis”. Trata-se de mais um concerto com o género de música cantopop, bastante apreciado em Macau e na Ásia, e que tem sido presença frequente no território com a vinda de vários músicos e bandas, com destaque para os “Seventeen” e “Mirror”. Desta vez, Ronald Cheng promete trazer “os seus êxitos premiados e as mais recentes canções que estiveram no topo das tabelas”. Uma das músicas que pode ser ouvida pelo público de Macau é “My Only Love”. Carreira de sucesso Ronald Cheng tem estado em digressão pela Ásia com “Fragments of Wonder”. Um dos últimos espectáculos decorreu em Junho na cidade de Kuala Lumpur, Malásia, tendo actuado na vizinha Hong Kong em Fevereiro com o mesmo espectáculo. Nascido em Hong Kong em 1972, o também compositor tem feito uma carreira artística de sucesso que passou, nos primeiros tempos, por Taiwan. Depois de um breve interregno na música, Ronald Cheng voltou em força em 2003, sempre dentro do género cantopop. Mas só em 2005 é que conheceu o verdadeiro sucesso junto do público com a música “Rascal” que, no concurso da estação televisiva TVB desse ano foi votada como a mais popular de 2005 no concurso “Jade Solid Gold”. Nos anos 90, Ronald Cheng chegou a estar representado pelas editoras discográficas Polygram e Universal. O sucesso também aconteceu na carreira de Ronald Cheng na sétima arte, pois venceu o prémio de “Melhor Actor Secundário” pela sua participação em “Vulgaria”, filme de comédia de 2012, na 32ª edição dos Prémios de Cinema de Hong Kong.
Andreia Sofia Silva EventosWAVE | Festival regressa em Agosto com estrelas de cantopop O Studio City volta a ser palco, em Agosto, de um festival que mistura música ao ar livre com o entretenimento na piscina. Depois de duas edições bem-sucedidas, eis que o concerto “WAVEFest EPIC”, agendado para 18 de Agosto, promete trazer alguns membros da conhecida banda de Hong Kong “Mirror”. O sucesso do evento tem sido tanto que foi acrescentada nova data de concertos para dia 17 Quem gosta de cantopop, da banda “Mirror”, uma das mais famosas “boys-band” de Hong Kong, e de ouvir música ao ar livre, especialmente num parque aquático, não pode perder a próxima edição do “WAVEFest”. A terceira edição daquele que é apresentado como o “Festival de Música Aquática ao Ar Livre” volta a decorrer no Parque Aquático do Studio City, no Cotai, dia 18 de Agosto. Para esse dia está agendado o espectáculo intitulado “WAVEFest EPIC”, que traz três rapazes da banda “Mirror”, nomeadamente Anson Lo, Edan Lui e Jeremy Lee. A eles juntar-se-ão Jason Chan, Phil Lam, Lagchun, o novo grupo pop ROVER e o artista indie de hip-hop JB. Segundo um comunicado da Melco, operadora de jogo que detém o empreendimento Studio City, fica a promessa de uma “festa pop de Verão com êxitos cativantes”. Neste dia, haverá “um palco aberto especial multifacetado, colocando-se o público perto dos artistas que interagem com uma distância mais curta”. Para que os presentes possam melhor lidar com as altas temperaturas que se fazem sentir nesta altura, serão “adicionados salpicos de água”, algo que “irá transformar o espectáculo numa derradeira festa musical”. Segundo a mesma nota, os membros dos “Mirror” disseram estar “entusiasmados por poder actuar no Parque Aquático Studio City este Verão”, desejando ainda “ter a oportunidade de experimentar as mesmas instalações no futuro”. O concerto decorre entre as 17h e as 20h, mas o parque aquático começa a funcionar às 11h. Os bilhetes já estão à venda e incluem o acesso a todas as instalações do parque aquático, podendo o público desfrutar dos divertimentos na água até o arranque do concerto. O sucesso desta iniciativa foi tanto que a organização resolveu acrescentar, dias depois do anúncio do concerto do dia 18, uma nova data de espectáculos para o dia anterior, 17 de Agosto. Este novo evento intitula-se “WAVEFest BEATS” e contará com a cantora Sandara Park, do grupo feminino de cantopop “2NE1”, o cantor Lee Seong Jong e o rapper e bailarino KINO. O público poderá ainda dançar ao som da DJ Sura, considerada uma das melhores 100 dj’s do mundo, e ainda o DJ RAIDEN, que já passou música no Ultra Music Festival. O alinhamento para o concerto do dia 17 fecha com o DJ Glory, da Coreia do Sul. As actuações deste dia decorrem também no mesmo horário e no Parque Aquático do Studio City. Sucesso garantido Recorde-se que o “WAVEFest” teve duas edições em Junho que, segundo a organização, foram bem-sucedidas, sendo este o primeiro festival de música em contexto aquático a ser organizado no território. Os bilhetes esgotaram num ápice, o que levou a organização a promover um terceiro espectáculo. O “WAVEFest” conta com apoio do Governo. Citada pela mesma nota, Helena de Senna Fernandes, directora da Direção dos Serviços de Turismo (DST), disse estar entusiasmada com o evento e o seu potencial. “A DST está empenhada em incentivar a indústria a lançar de forma activa actividades de entretenimento temáticas, diversificadas e inovadoras. O WAVEFest é uma experiência inovadora que pode mostrar o ambiente de entretenimento vibrante e dinâmico de Macau, atraindo mais visitantes internacionais e promovendo o desenvolvimento da indústria integrada de turismo e lazer”. Para a responsável, trata-se de um festival que pode enriquecer ainda mais “a dinâmica da cidade como um centro mundial de turismo e lazer”. Esta edição do “WAVEFest” marca ainda o regresso dos “Mirror”, ainda que com apenas alguns elementos, a Macau, depois de vários concertos da banda em Macau, na Galaxy Arena, em Maio. Tratou-se de um regresso bastante esperado pelos fãs depois de um período de afastamento da banda, influenciado por questões pessoais.
Hoje Macau EventosFotografia | José Carvalho vence 5.º concurso da associação SOMOS Já são conhecidos os vencedores da quinta edição do concurso de fotografia da associação Somos, intitulado “Somos – Imagens da Lusofonia”. José Carvalho venceu com uma fotografia tirado em Moçambique e que retrata a difícil situação política e humanitária em Cabo Delgado. Timothy Lima e Luís Godinho foram também premiados José Carvalho é o grande vencedor do concurso de fotografia da associação Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa, intitulado “Somos – Imagens da Lusofonia”, que já vai na quinta edição e que, desta vez, teve como tema “Em cada rosto, um legado colectivo”. O concurso decorreu entre 20 de Maio de 2023 e 10 de Julho deste ano. O fotógrafo português venceu com um retrato tirado em Moçambique que personifica a tragédia humana vivida no Norte desse país, na sequência de ataques terroristas na província de Cabo Delgado. Timothy Lima e Luís Godinho completam o trio de premiados, com fotografias da Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, respectivamente. A imagem de José Carvalho tem como título “A caminho de sítio nenhum”, e remete, segundo um comunicado da Somos!, para os “graves problemas vividos no norte de Moçambique, local em contínua mutação devido aos ataques armados recorrentes na província de Cabo Delgado, imputados ao grupo terrorista Daesh, que têm provocado a fuga em massa da população local. A Ilha de Moçambique acaba por ser o refúgio de muitas das famílias deslocadas”. Na imagem de José Carvalho surge Manila, menina de 15 anos. “Na sala onde aprende a costurar com o avô, Ali, a menina de 15 anos surge no centro da fotografia a olhar para trás com um semblante apreensivo, iluminado pela cor bordô do seu hijabe. Este retrato de grande beleza estética, que ganha especial força pelo contraste luz e sombra que ilumina a face de Manila e espelha a sua alma e o legado que carrega, demonstra que o fotógrafo consegue aliar a destreza técnica e a boa composição à revelação da complexidade da natureza humana”, descreve a associação. O primeiro prémio no concurso rendeu a José Carvalho dez mil patacas. O segundo prémio, no valor cinco mil patacas, foi conquistado pelo português Timothy Lima, autor da fotografia “Filhos da Luz”, captada no contexto de uma missão humanitária à Guiné-Bissau. O retrato de duas crianças a comerem num banco de rua, na região de Bolama, traduz o triunfo da esperança sobre a pobreza extrema e adversidades. Já o português Luís Godinho, recebeu o terceiro prémio, no valor de 3.500 patacas, com a fotografia intitulada “São Tomé e Príncipe”, que pretende demonstrar a alegria sentida pelas crianças desse pequeno país, que tem uma população jovem cada vez mais instruída. Segundo a organização, o retrato é de uma menina que, depois de ter chegado da escola e ajudado a sua mãe nas tarefas diárias, se deita a relaxar à sombra, numa antiga roça em São Tomé, num contraste de luz e sombra que dá dimensão ao seu estado de espírito”. Menções honrosas O concurso da Somos! atribuiu também três menções honrosas, através de certificado, a três concorrentes. São eles Jorge Bacelar, de Portugal, com “Momento de descanso”, que é “um retrato de um agricultor, sentado ao lado de uma das suas vacas de raça marinhoa e com os seus cães”. Bruno Pedro, também de Portugal, foi distinguido pela imagem “Paz em Cabo Delgado”, que é “o retrato de uma menina a sorrir no coração do bairro mais antigo de Pemba (Paquitequete), na província moçambicana de Cabo Delgado, que, segundo a organização, “mostra a capacidade humana de encontrar alegria mesmo nas circunstâncias mais difíceis”. Destaque ainda para as menções a Raphael Alves, do Brasil, com a fotografia “Milena Kukama”, o retrato da líder indígena que sorri no meio das manifestações de povos indígenas em Manaus, Amazonas, Brasil. A organização do concurso dá conta que foram submetidas mais de 200 imagens “com elevada qualidade”, tendo o painel de jurados sido composto por fotojornalistas que trabalham em Macau, Portugal, Brasil e Angola, tendo sido presidido por Gonçalo Lobo Pinheiro, representante da Somos – ACLP. Este destaca, citado pelo mesmo comunicado, a “qualidade das imagens submetidas a concurso”, com mais uma “edição recheada de grandes imagens”. “Este ano, com o tema centrado no retrato, o grande vencedor acabou por ser o fotojornalista português José Carlos Carvalho com um fantástico retrato captado em Moçambique. Em nome do júri, quero agradecer a todos os participantes que, ano após ano, são cada vez mais em número. Parabéns aos vencedores.” No dia 27 de Setembro será inaugurada no Albergue da Santa Casa da Misericórdia uma exposição com os retratos vencedores do concurso e mais 40 imagens seleccionadas dos participantes. Além disso, em jeito de celebração dos cinco anos do concurso, será editado um catálogo que reúne as melhores imagens das edições do concurso realizadas até este ano. Trata-se de “imagens que capturam a essência e a diversidade do mundo lusófono, revelando a conexão humana e cultural que une Macau e os países da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa], servindo este catálogo de registo e de suporte para memória futura, no âmbito destas relações”, é descrito na mesma nota.
Hoje Macau EventosInsufláveis | Venetian recebe “Bounce The City Macao” até Setembro O Venetian acolhe até ao dia 18 de Setembro aquele que é considerado o “maior parque de insufláveis interior da Ásia”. Chama-se “Bounce The City Macao”, é a primeira vez que está no território e apresenta cinco atracções com insufláveis, num total de 150 mil pés quadrados de área. A inauguração aconteceu no sábado e estão disponíveis atracções como o “AirSPACE Pink Alien” ou o “City Xscape” que, segundo um comunicado da organização, transportam os amantes de insufláveis para “aventuras cósmicas infundidas de extraterrestres”, sem esquecer “o mundo das profundezas do mar no borbulhante OctoBlast”. No fundo, “‘Bounce The City Macao’ oferece uma gama verdadeiramente diversificada de atracções para cativar a imaginação dos visitantes de todas as idades”, pode ler-se. O parque está disponível para visitas em cinco sessões diárias de 90 minutos cada, em que os visitantes podem desfrutar de todas as atracções. Estes são ainda “encorajados a vestirem-se com as suas roupas e meias mais coloridas”, prontos para as fotografias a publicar nas redes sociais.
Andreia Sofia Silva EventosRua das Estalagens | Sete espaços de restauração seleccionados “Café Fantart”, “Little Port”, “OLÁLÁ”, “Catfee Macau”, “Travessa Gelato”, “Pan Pan” e “Voyage Thai Kitchen”. São estes os espaços de restauração vencedores do “Programa de Recrutamento de Empreendedores para a Rua das Estalagens”, zona antiga que vai ser requalificada com o apoio da Sands China. Tratam-se de cafés, restaurantes e lojas que promovem a cultura portuguesa e macaense Estão escolhidos os sete projectos empresariais vencedores do “Programa de Recrutamento de Empreendedores para a Rua das Estalagens”, zona antiga da península de Macau que vai ser alvo de uma requalificação. Sendo um projecto promovido pelo Instituto Cultural (IC) e apoiado pela Sands China, a ideia é, segundo um comunicado, “financiar propostas empresariais inovadores de residentes de Macau interessados em criar empresas na Rua das Estalagens”. Foram seleccionados sete espaços de gastronomia e lembranças, nomeadamente o “Café Fantart”, “Little Port”, “OLÁLÁ”, “Catfee Macau”, “Travessa Gelato”, “Pan Pan” e “Voyage Thai Kitchen”. De frisar que estes projectos foram escolhidos de entre 128 candidaturas, das quais 120 foram consideradas elegíveis. A concurso estiveram propostas não apenas na área da restauração, mas também de take-away, retalho ou indústrias culturais e criativas. No caso do “Café Fantart”, é apresentado como “um café criativo local especializado em pastéis folhados e vários produtos de pastelaria, juntamente com pratos principais”. Neste espaço, a equipa procura “fazer avanços inovadores na cultura de pastéis de nata enraizada em Hong Kong e Macau”. O “Little Port” apresenta-se como uma “loja de retalho de especialidades e lembranças portuguesas com a ambição de estabelecer uma marca de especialidades portuguesas com impacto e transformar a estrutura do mercado tradicional de lembranças”. No “OLÁLÁ” vendem-se snacks e refeições ligeiras tipicamente macaenses, enquanto no “Catfee Macau”, uma cafetaria que visa promover a adopção de animais, além de que “os clientes podem desfrutar da vista das Ruas das Estalagens a partir do ‘rooftop’, proporcionando uma experiência gastronómica única”, pode ler-se. Se na “Travessa Gelato” se pode provar o verdadeiro gelado feito à moda de Itália, no “Pan Pan” faz-se a elegia ao pão, apresentando-se uma “fusão entre as técnicas tradicionais de padaria japonesas e francesas”, sendo que o fundador deste espaço é formado na famosa escola de cozinha “Le Cordon Bleu”. Segue-se, no “Voyage Thai Kitchen”, um restaurante de comida tailandesa cuja marca já tem presença em Macau desde 2013. Espera-se que este espaço apresente pratos a preços mais acessíveis com a adopção de “alguns elementos nostálgicos, disponibilizando-se um espaço que integra o lazer, música, cultura local e sessões de partilha”. Estes espaços vão receber subsídios para o estabelecimento do negócio, distribuídos em quatro fases. “Os subsídios atribuídos são até duas vezes o investimento de capital inicial das empresas, com um limite máximo de um milhão de patacas, a fim de incentivar o seu desenvolvimento sustentável”, aponta-se na mesma nota. Atmosfera especial Os projectos vencedores foram conhecidos na última quinta-feira. Wilfred Wong, vice-presidente executivo da Sands China, disse esperar “que este grupo de aspirantes [empresários] e criativos locais utilize a energia e o entusiasmo da juventude para trazer uma nova atmosfera ao bairro”. A requalificação da Rua das Estalagens trata-se de “um projecto que pertence à população de Macau e conta com o apoio do Governo, empresas e comunidade, trazendo esperança para o futuro”, disse ainda. De frisar que os candidatos ao programa tinham de ter um capital social mínimo de 300 mil patacas para participar no concurso. Este foi anunciado pela Sands a 8 de Abril, tendo sido realizadas diversas actividades na área do marketing e técnicas empresariais. Cheang Kai Meng, presidente substituto do IC, disse que este programa é a prova “do testemunho do empenho inabalável da empresa [Sands China] em revitalizar a zona antiga de Macau e em impulsionar a diversificação económica da cidade, estando em linha com a estratégia de desenvolvimento do Governo da RAEM”. Do lado do IC procura-se “envidar esforços no sentido de melhorar as condições ambientais, optimizando as instalações de apoio nos bairros que necessitam de ser revitalizados, com o objectivo de criar um futuro diversificado e sustentável”, acrescentou. A nova Rua das Estalagens vai também contar com um espaço da empresa Future Bright Holdings, do deputado Chan Chak Mo. Trata-se da loja “Yeng Kee Snoopy Store”, e que motivou a concessão do prémio “Empresa Líder para a Revitalização da Comunidade” concedido pela Sands China à Future Bright Holdings. Tal aconteceu pelo facto de a Future Bright ter “introduzido vários elementos de negócio no bairro e criado um modelo para outros potenciais empresários”.
Hoje Macau EventosCCM | Orquestra de Macau toca com pianista japonês Decorre este sábado, a partir das 20h, mais um concerto de música clássica no grande auditório do Centro Cultural de Macau (CCM). Trata-se de do espectáculo de encerramento da temporada da Orquestra de Macau (OM), intitulado “Explorando Limites”, que conta com o jovem pianista japonês Nobuyuki Tsujii. Segundo uma nota do Instituto Cultural (IC), o concerto será dirigido pelo director musical e maestro principal da OM Lio Kuokman. Já Nobuyuki Tsujii é tido como um pianista de renome internacional. O concerto irá apresentar a obra “Concerto para Piano nº 3 em Ré Maior”, do russo Sergei Rachmaninoff, traçando-se, assim, “um ponto final perfeito para a presente temporada [da OM], com os tocantes timbres de piano”. O pianista japonês Nobuyuki Tsujii nasceu com deficiência visual, mas “possui um talento extraordinário na música”. Em 2009, aos 20 anos, venceu o prémio de ouro do Concurso Internacional de Piano Van Cliburn, considerado um dos concursos de piano mais difíceis do mundo, tornando-se o primeiro vencedor de nacionalidade japonesa na história desse prémio e o primeiro pianista com deficiência visual que alguma vez venceu em concursos internacionais de piano. Depois desse marco, o pianista publicou vários álbuns e cooperou com diversas orquestras sinfónicas de ponta do mundo. Além do solo de Nobuyuki Tsujii, com a composição de Rachmaninoff, a OM vai tocar “Suite Lago dos Cisnes”, de Pyotr Tchaikovsky, proporcionando “um final perfeito para a temporada de concertos com melodias líricas e românticas”. Os bilhetes para este espectáculo já estão à venda e custam 80 patacas, disponibilizando-se um desconto de 25 por cento para quem faça parte do grupo de amigos da OM.
Andreia Sofia Silva EventosCinemateca | Filme de Éric Rohmer exibido hoje Numa única exibição, incluída na secção “TGIF – Exibição de Sexta à Noite”, é apresentado hoje, a partir das 20h, na Cinemateca Paixão, o filme “Conto de Verão”, do conhecido realizador francês Éric Rohmer. Visualizado o filme, será altura de uma festa de degustação de vinho francês com uma sommelier Corria o ano de 1996 quando Éric Rohmer, realizador francês, rodou “Conto de Verão”, filme integrado numa série de quatro intitulada “Contos das Quatro Estações”. É uma película que gira em torno das ideias do ser e não-ser, o desejo ou a ausência dele. O terceiro filme desta série pode ser hoje visto na Cinemateca Paixão, na Travessa da Paixão, perto das Ruínas de São Paulo, incluído na secção “TGIF – Exibição de Sexta à Noite”. Esta é a história de Gaspard, que vai de férias para o litoral, encontrando-se com Lena, a sua namorada. Enquanto espera que ela chegue, conhece as amigas Margot e Soléne, sendo que cada uma delas representa algo que Gaspard aprecia: a amizade, dada por Margot, e Soléne, a promessa de paixão e sensualidade, que busca um compromisso sério com Gaspard. Segundo a sinopse do filme, Lena, a verdadeira namorada, representa o amor verdadeiro. Mas quando esta chega ao local combinado para as férias, o rapaz tem de escolher entre as três mulheres. Este é um dos quatro “Contos das Quatro Estações”, da autoria do famoso realizador francês Éric Rohmer. Nascido em Nancy a 4 de Abril de 1920, Rohmer foi, além de realizador de cinema, crítico de filmes, guionista e jornalista, sendo tido como uma das grandes personalidades da chamada “Nouvelle Vague” francesa. Editou também a prestigiada revista de cinema “Cahiers du Cinema”. Não lhe faltam prémios atribuídos nos mais reputados festivais de cinema internacionais, tendo feito a sua primeira curta-metragem em 1950, “Journal d’un scélérat”. Nove anos depois realizou a sua primeira longa-metragem, “Signo del León”. Segundo a biografia do realizador disponibilizada na plataforma de “streaming” Filmin, “o cinema de Eric Rohmer caracteriza-se pela sua simplicidade e agudeza intelectual, em climas de profunda empatia com os ambientes nos quais se desenvolve a acção e com os personagens que definem o sentido moral de cada uma das suas histórias”. Rohmer foi nomeado em 1970 para o Óscar de Melhor Filme não falado em Inglês, pela sua longa-metragem “Mi Noche con Maud”. No ano seguinte o filme foi candidato ao melhor guião original. A série “Contos das Quatro Estações” arrancou em 1990, focando-se “nas relações humanas, das quais o amor é o principal protagonista e o engano”. O realizador é ainda autor de filmes como “O Bom Casamento”, “Noites de Lua Cheia” e “A Mulher do Aviador”, entre outros. Vinho para rematar Visualizado o filme de Rohmer, é altura dos interessados provarem vinho francês numa sessão acompanhada por uma sommelier, à semelhança de outros eventos já organizados na Cinemateca Paixão. Para hoje será a vez de Lauryn, “apaixonada por vinhos”, apresentar um Domaine Gramenon l’Emouvante 2011, da região vinícola do Ródano, em França. Segundo a descrição feita pela organização do evento, Lauryn trabalhou como administradora de bar e fez um curso de WSET, na área dos vinhos e bebidas espirituosas. Além disso, trabalha como designer gráfica.
Andreia Sofia Silva EventosMacaenses | “Partido dos Comes e Bebes” comemorou 22 anos O “Partido dos Comes e Bebes” (PCB), grupo informal de confraternização da comunidade macaense em Portugal, celebrou no dia 20 deste mês o seu 22.º aniversário com um almoço que reuniu vários ex-residentes de Macau. Gina Badaroco, uma das dinamizadoras do grupo que nasceu na rede social Facebook, disse ao HM que o balanço do PCB é “muito positivo”. “Desde o início que o PCB tem mostrado grande capacidade de mobilização graças à adesão de uma rede cada vez mais alargada de amigos. Cada vez temos mais participantes nos nossos convívios”, acrescentou. O PCB foi inclusivamente alvo de estudo por parte da antropóloga Marisa Gaspar, que se tem dedicado a investigar o perfil e rumos da comunidade macaense. “O objectivo do PCB é promover a confraternização entre os macaenses residentes em Portugal e os amigos que têm Macau sempre no coração, preservando a gastronomia macaense, pois esse convívio faz-se sempre à volta de uma mesa.” Tudo começou em 2003 com a organização de festas temáticas, num espaço alugado, em que cada um levava um prato tipicamente macaense. Havia ainda músicas em patuá, sendo que o PCB tem inclusivamente um hino próprio, criado por Rigoberto Rosário, mais conhecido por Api. A última festa temática aconteceu em 2013, com o tema “A Noite Oriental”. Desde então o grupo reúne-se em restaurantes. Sem apoios ou contactos formais com entidades de Macau, o PCB vai continuar a promover o que é tipicamente macaense, comemorando também o Ano Novo Chinês ou o Festival do Bolo Lunar.
Andreia Sofia Silva EventosVenetian Theatre | Macaense German Ku estreia-se a solo Depois de ter vencido um popular concurso de talentos musicais em Hong Kong, German Ku, cantor macaense, prepara-se para o primeiro espectáculo em nome próprio. Nos dias 2 e 3 de Agosto, o artista sobe ao palco do Venetian Theatre para a série de concertos intitulada “German Ku – I’m Home” Tem 36 anos, nome português – Germano Guilherme – estudou na Escola Portuguesa de Macau (EPM) e é o mais recente talento local na área da música. German Ku viu as suas capacidades como intérprete e artista serem reconhecidas no concurso de talentos “Midlife, Sing & Shine 2”, promovido pelo canal TVB de Hong Kong, e desde então que se tem desdobrado em actuações. A próxima, é uma série de dois concertos na sua terra natal, Macau, intitulada “German Ku – I’m Home”, que acontece no Venetian Theatre nos dias 2 e 3 de Agosto. O artista que se aproxima dos géneros pop e de canto-pop actua, pela primeira vez, em nome próprio. Segundo a apresentação do concerto, os dois espectáculos prometem ser uma homenagem a Macau como terra natal. “Apesar dos desânimos e desafios do passado, a música sempre o fortaleceu e deu-lhe coragem. Neste concerto, German conduzirá o público através dos momentos significativos do seu percurso musical”, é referido. German Ku começou a percorrer os caminhos da música desde tenra idade. Em 2009 participou no concurso de talentos “Asian Million Star”, da ATV. Só depois surgiu a possibilidade de participar no popular concurso da estação televisiva TVB, de Hong Kong, o que constituiu para si um desafio. Este concurso teve a duração de nove meses e contou com a presença de mais de 100 participantes. O som do sucesso Na final do concurso da TVB, German Ku lançou todas as cartas, cantando dois temas que consagraram a vitória, nomeadamente “Heart Is Still Cold” e “Feeling Good”. Em 2020, o artista lançou o seu primeiro trabalho discográfico, “Fai”, tendo lançado previamente alguns EPs. Numa entrevista ao portal Macao News, o cantor falou do que representou, para a sua carreira, a vitória no concurso de Hong Kong. “O significado é enorme porque trata-se de uma competição a longo prazo. Não é como as competições habituais em que os que ficam em primeiro, segundo ou terceiro lugares são escolhidos com base numa única canção. Com as competições de longo prazo todos podem ver a tua melhoria e crescimento ao longo do tempo. Além disso, os membros do júri, formadores e os internautas dão-te constantemente bastantes sugestões, pelo que vais melhorando gradualmente.” Na mesma entrevista, o artista falou das grandes diferenças existentes entre Macau e Hong Kong no que diz respeito ao panorama musical. “Macau é, comparativamente, um lugar pequeno, então os artistas e cantores de Macau que estão ligados ao mundo da performance e das artes não têm muitas oportunidades. O espectro em Hong Kong é maior, então há mais caminhos que podem ser traçados. É também mais fácil ganhar reconhecimento das pessoas, mas, felizmente, o Governo de Macau está a trabalhar arduamente para promover a arte e cultura de Macau”, rematou.
Andreia Sofia Silva EventosLivro de Sérgio Barreiros Proença sobre urbanismo lançado em Lisboa A obra “Macau, Índia e Urbanismo de Timor – Continuidade e Ruptura na Implantação do Planeamento Urbano entre 1934 e 1974”, da autoria de Sérgio Barreiros Proença, foi ontem lançado em Lisboa no Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM). O projecto editorial, totalmente em inglês, é promovido pelo CURB – Centro de Arquitectura e Urbanismo, que fez também um lançamento em Macau, no mês de Maio. O livro nasce de um projecto académico de análise dos planos urbanísticos concebidos para os territórios de Macau, Índia portuguesa (Goa, Damão e Diu) e Timor no período do Estado Novo, mais concretamente entre 1934, quando passa a estar definido que municípios com mais de 2.500 habitantes devem ter planos urbanísticos, e 1974, quando cai o regime de Salazar. Carmen Amado Mendes, presidente do CCCM, afirmou tratar-se de “um livro da maior importância que junta aspectos e áreas geográficas que reflectem a presença portuguesa na Ásia”. Já Sérgio Proença referiu na apresentação que falar deste livro é fazer “uma espécie de viagem no tempo de várias maneiras”. Esquissos com história Alguns dos planos urbanísticos analisados no livro são o “Plano Director Cidade Vasco da Gama – Mormugão – Primeira Fase”, de 1959, que foi o primeiro a ser pensado para várias cidades no distrito de Goa entre os anos de 1959 e 1960, muito perto da altura em que Portugal perde os territórios da Índia portuguesa para a União Indiana. No caso de Macau, são analisados o plano de arruamentos de 1935, focado nas zonas entre o Porto Interior e o Leal Senado. Segue-se o “Estudo Prévio do Plano Director de Macau”, em 1971 e ainda o “Plano para a Nova Zona Central de Macau” em 1972. Por sua vez, em 1975, foi feito o plano basilar para a construção de uma “Frente Turística em Coloane”. Para este projecto académico foram analisados e tratados cerca de 150 planos urbanísticos. Sérgio Proença ficou encarregue de analisar os planos dos territórios portugueses a Oriente. Foram, assim, incluídos sete planos de Macau, nove da Índia portuguesa e dez planos de Timor. O autor destacou, na apresentação, que os planos foram sujeitos a “diferentes influências”, e que muitas das vezes estavam dependentes de uma “Administração forte com capacidade de execução”. Houve influências de Hong Kong, mas também europeias na elaboração dos planos para Macau, numa altura em que “a maior parte dos recursos eram dirigidos para África, não só em termos de investimento, mas para os conflitos que começavam a desenhar-se [Guerra Colonial]”. Ainda assim, “o urbanismo era usado como uma espécie de meio para marcar a presença portuguesa”, nomeadamente nos territórios portugueses na Índia. Em Macau, a partir dos anos 70, “a cidade já não era feita apenas pela gestão pública, mas também por agentes privados”. O autor lembrou que, nessa fase, muitos dos planos começaram a ser pensados a longo prazo, nomeadamente em termos de desenvolvimento.
Andreia Sofia Silva EventosHK | Festival da Sardinha quer replicar modelo dos arraiais lisboetas Hong Kong acolhe em Agosto um festival que tenta reproduzir o melhor que os arraias de Lisboa têm: sardinhas, bifanas e música tradicional portuguesa. Artistas como Cuca Roseta ou o Dj PHOEBE são alguns dos convidados para o evento que decorre entre 29 de Agosto e 1 de Setembro no AIA Vitality Park. A organização diz querer internacionalizar a cultura portuguesa Fado, sardinhas, bifanas e muita diversão. Estes são os ingredientes presentes em qualquer arraial lisboeta em Junho, por ocasião das festas em homenagem ao santo padroeiro da cidade, o Santo António, mas os mesmos ingredientes ficam prometidos para o Festival da Sardinha, que acontece em Hong Kong nos dias 29, 30 e 31 de Agosto, e ainda 1 de Setembro, no AIA Vitality Park. Nomes como a fadista Cuca Roseta ou o Dj PHOEBE prometem animar a festa que quer não só reproduzir os bailaricos de Lisboa como também internacionalizar a cultura portuguesa através de Hong Kong. O HM conversou com Cristina Salabarria, directora de marketing da empresa que organiza o evento, a Lemon Three, que disse que o Festival da Sardinha “visa promover a cultura portuguesa em cidades internacionais”. Além de Hong Kong, o evento marcará também presença em Xangai, Tóquio e Singapura. “Queremos divulgar a riqueza da cultura, culinária e ambiente dos tradicionais arraiais portugueses. Existe uma lacuna significativa no que diz respeito à exposição da cultura portuguesa, uma das mais antigas do mundo, na Ásia.” Para a responsável, este festival constitui “uma oportunidade única de preencher essa lacuna e permitir que um público internacional veja a excelência da herança cultural portuguesa”, acrescentou. O cartaz já é conhecido e apresenta, logo no dia 29 de Agosto, o concerto da fadista Cuca Roseta a partir das 19h, na secção “Fado Divas Live”, seguindo-se o Dj Lisboeta. No dia 30 é a vez de subir ao palco o Dj PHOEBE, de Lisboa, além de estarem agendados os concertos das bandas “Jazz Still Alive” e “Locos Latinos”. No dia 31 o DJ PHOEBE volta a passar música, sendo acompanhado previamente nos palcos pelo DJ Latino, os “Ricky Show Man”, com músicas dos anos 60 aos 80, e “Los 4 Hermanos”, com música latina. No dia 1 de Setembro o cartaz traz ainda o grupo de rock&roll “The London 5”. No primeiro dia os bilhetes custam 680 dólares de Hong Kong, sendo que o passe VIP, de 960 dólares de Hong Kong, inclui jantar com caldo verde, bacalhau grelhado, frango, pastéis de nata e vinho do porto, sem esquecer a habitual cerveja. Nos restantes dias os bilhetes custam apenas 80 patacas, sendo que para pessoas com mais de 65 anos é de 50 dólares de Hong Kong com oferta de uma bebida. Bilhetes comprados antecipadamente custam 70 dólares de Hong Kong. Fado e comes e bebes Para a responsável da organização, a escolha de Hong Kong para este evento deveu-se a vários “motivos estratégicos”, sendo um deles a possibilidade de “amplificar a exposição e visibilidade da cultura portuguesa”, tendo em conta que a cidade vizinha é “cosmopolita e com destaque global”. “Hong Kong é uma cidade extremamente multicultural, com uma afluência massiva de turistas que facilita a divulgação da cultura portuguesa e a sua propagação pelo mundo”, acrescentou. O convite a Cuca Roseta deveu-se ao facto de esta ser considerada pela organização como “a representante da nova geração de fadistas portugueses”, algo que está “totalmente alinhado com os objectivos do festival”. “Ela encarna perfeitamente a capacidade de renovar e reinventar as nossas tradições musicais, ao mesmo tempo que mantém o profundo respeito e ligação com as raízes da cultura portuguesa. Cuca Roseta é um nome de referência no panorama do fado contemporâneo. Com a sua voz ímpar e a sua interpretação envolvente, consegue cativar públicos de todas as idades e origens, levando a mensagem do fado a novos patamares de apreciação e reconhecimento internacional”, aponta Cristina Salabarria. O concerto da fadista é descrito como “um dos momentos altos do evento”, esperando-se que, com este espectáculo, “o público internacional tenha a oportunidade de se conectar emocionalmente com a alma do fado e compreender a sua relevância como elemento central da identidade cultural portuguesa”. O Festival da Sardinha tem apoio institucional do Turismo de Hong Kong, através da plataforma “Discover Hong Kong”, apresentando ainda uma zona dedicada às crianças. “Essa área lúdica permitirá que os mais novos também possam desfrutar e se envolver com a riqueza da cultura portuguesa de uma forma divertida e interactiva.” Fica ainda a promessa de o Festival da Sardinha incluir tours de degustação de vinhos portugueses, nomeadamente o “icónico vinho do Porto” e também “uma selecção representativa dos melhores vinhos de outras regiões de Portugal que estarão à disposição dos participantes, oferecendo-lhes a oportunidade de descobrir e apreciar esta faceta fundamental da herança gastronómica portuguesa”. Ainda na parte musical, Cristina Salabarria destaca as actuações do DJ PHOEBE, “reconhecido internacionalmente como um dos melhores talentos da cena musical lisboeta”. “A sua performance promete electrizar o ambiente do festival, trazendo ritmos contemporâneos que irão harmonizar-se com a celebração da cultura portuguesa”, destacou. A representante da organização considera que “a combinação única de actividades, música, gastronomia e bebidas irá proporcionar aos participantes uma experiência verdadeiramente inesquecível e representativa da exuberante cultura portuguesa”.
Hoje Macau EventosEspectáculos do MICAF incluem marionetas e ópera para jovens Arrancou oficialmente no domingo a primeira edição do Festival Internacional de Artes para Crianças de Macau, um novo festival de artes performativas destinado aos mais jovens, e que é promovido pelo Instituto Cultural (IC). Depois da actuação, na sexta-feira e sábado, dos portugueses “WeTumTum”, espera-se um calendário com espectáculos de marionetas e ópera cantonense para adolescentes, por exemplo. Este fim-de-semana, entre sexta-feira e domingo, decorre o espectáculo “Tic-Tac: O Herói do Tempo”, protagonizado pelo Teatro de Marionetas Multimédia da Argentina. Destaque também para “A Lanterna de Lótus Mágica”, agendado para o dia 3 de Agosto, levado a cabo por um grupo local de ópera cantonense. O público não deve esquecer também a apresentação de “Annie, O Musical” e também a peça de teatro para bebés “O Bosque dos Sonhos”, apresentado ao público entre os dias 7 e 11 de Agosto. Também este domingo foi inaugurada a exposição “Mundo Fantástico da Arte do Centre Pompidou”. Novo formato Na cerimónia de apresentação do festival, a presidente do IC, Leong Wai Man referiu que este evento “não só pretende alargar os horizontes culturais das crianças e jovens locais, criando momentos artísticos para pais e filhos, como também proporcionará aos turistas neste Verão um programa de actividades apelativas para toda a família e uma experiência de turismo cultural totalmente nova”. Tal vai permitir que “mais pessoas possam experienciar plenamente o apelo de Macau como ‘Cidade de Espectáculos’, onde as culturas chinesa e ocidental convergem, e partilhar o júbilo das comemorações do duplo aniversário de Macau este ano”, nomeadamente os 25 anos da transferência de administração portuguesa de Macau para a China e o aniversário da fundação da República Popular da China. O MICAF divide-se em nove secções, apresentando um total de 45 espectáculos e actividades em mais de 1.000 sessões, incluindo artes performativas de nível mundial, um musical da Broadway, uma exposição de arte, um festival de cinema, que decorre na Cinemateca Paixão, e instalações de grande escala ao ar livre. Não faltam também acampamentos de arte, campo de música, workshops e uma feira de artes, que decorrem no Centro Cultural de Macau e zonas envolventes. O programa de encerramento, o “Dia de Diversão MICAF – Artes em Festa” será apresentado nos dois fins-de-semana de 23 a 25 de Agosto e de 30 de Agosto a 1 de Setembro, incluindo espectáculos dedicados aos temas “diversão aquática” e “bolhas” e várias actuações, tais como dança urbana, palhaçadas e teatro de marionetas. Além disso, haverá projecções de filmes ao ar livre e demonstrações dos resultados da aprendizagem de alguns dos participantes nos workshops realizados.
Hoje Macau EventosFRC | Pinturas de Zheng Xiaojun apresentadas hoje ao público Chama-se “Ela.Reino” e é a nova exposição de pintura patente na galeria da Fundação Rui Cunha que pode ser visitada a partir de hoje. Da autoria de Zheng Xiaojun, artista e docente de jornalismo, a mostra revela ao público de Macau figuras de mulheres e crianças que espelham ideais de beleza e do universo feminino É hoje inaugurada, a partir das 18h30, uma nova exposição na galeria da Fundação Rui Cunha (FRC) para os amantes da pintura. Chama-se “Ela.Reino” e é da autoria da artista e professora universitária Zheng Xiaojun. A mostra é co-organizada com a Associação de Arte Juvenil de Macau e inclui 35 pinturas de mulheres e crianças, revelando o traço típico de Zheng Xiaojun onde “a sensibilidade e o pensamento linear exploram a essência e o significado da vida”, segundo um comunicado da FRC. Com “Ela.Reino”, a arte “é um reino magnífico que entrelaça a realidade e a fantasia”, sendo que as obras de Zheng Xiaojun “servem de espelho para o seu mundo interior, captando momentos da vida e reflectindo as suas perspectivas e pensamentos puros”. “Nesta era cada vez mais distante e ansiosa, (…) as suas obras são uma exploração lírica da linguagem artística, um hino à vida e uma visão da natureza humana. As personagens que ela retrata transcendem o clamor da obra e encarnam, não só a delicada percepção da vida individual da artista, mas também um olhar profundo e uma terna compreensão (…), recriando um mundo de bondade e beleza, trazendo uma rara paz e relaxamento aos espectadores», adianta ainda a proposta expositiva. Entre a arte e o jornalismo Zheng Xiaojun é docente na Escola de Jornalismo e Comunicação da Universidade de Jinan, além de ser directora do Centro de Investigação de Inteligência Artificial e Novas Artes dos Media da Universidade de Jinan, cidade na província de Shandong, no Sudeste da China. A arte e Macau fazem parte da vida desta professora, uma vez que Zheng Xiaojun é membro da Associação dos Artistas de Belas-Artes de Macau. Os seus trabalhos foram seleccionados para integrar mais de 30 importantes exposições e concursos, incluindo a Bienal Internacional de Pequim, a Exposição Nacional de Pintura Chinesa, a Exposição Mundial de Arte e a Exposição Italiana de Design de Arte. A artista foi ainda enviada por um projecto estatal para cultivar talentos artísticos na Academia de Belas Artes de Roma, Itália, tendo feito diversos intercâmbios culturais também em Taiwan, África do Sul e Japão. As suas obras foram coleccionadas por entidades profissionais e instituições académicas, como o Museu Nacional de Arte da China, a Associação de Artistas Chineses, a Universidade de Rhodes, na África do Sul, a Universidade de Florença, em Itália e a Universidade de Chiba, Japão. É autora de “Twenty Mirrors Looking at the World – Interpretation of Contemporary Art Forms and Concepts” e outras monografias, tendo publicado recensões em importantes revistas a nível nacional e provincial. As obras vão estar expostas na FRC até ao dia 3 de Agosto.
Andreia Sofia Silva EventosMacau vai receber competição mundial de skateboarding Os amantes de desportos radicais podem agora desfrutar de um campeonato à sua medida. Isto porque Macau vai ter, pela primeira vez, o mundialmente famoso campeonato de skateboarding, patrocinado pela operadora de jogo Melco, e que se intitula “FISE: Battle of the Champions” (FISE: BOTC 2025). O evento irá decorrer no território em Março do próximo ano, anunciou a empresa em comunicado, pretendendo unir Macau e a Grande Baía “na realização de espectáculos de classe mundial”, sempre com o intuito de “promover o desenvolvimento da indústria do turismo”. O evento será organizado em parceria com a Rakuten Sports e o Hurricane Group, contando com a participação do primeiro skater profissional chinês, Pan Jia Jie, que passou pelo conhecido concurso “Tampa Pro 2024”. O público poderá também ver a jovem skater Liang Wen Min (Xiao Min), sendo estas duas personalidades as mais conhecidas numa modalidade que tem crescido bastante na China. Além destas duas estrelas em ascensão do skateboarding na China, o “FISE: BOTC 2025” trará a Macau ainda “os melhores skaters do mundo que irão enfrentar-se num torneio de batalha um contra um”. O vencedor “será seleccionado por um painel de jurados profissionais”. A nível mundial, o “FISE World Series” é tido como o maior evento de desportos radicais do mundo, incluindo nove desportos radicais, como o Rock Climbing, Skateboarding, BMX Freestyle Park e Breaking”. Desde 2014 que o “FISE World Series” se realiza em 12 cidades, com a participação de 500 atletas de topo todos os anos, oriundos de 30 países e regiões. Em comunicado, a Melco destaca que o skateboarding “estende-se agora a uma vasta gama de áreas culturais”, continuando em crescimento graças à inclusão da modalidade nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020. Parque para breve Além do evento agendado para 2025, a Melco pretende ainda inaugurar “em breve” um parque de skateboarding no empreendimento Studio City. Clarence Chung, membro do conselho de administração da Melco, declarou que o FISE: BOTC 2025 será “o primeiro evento do género a decorrer em Macau e na região da Grande Baía”. “O evento combina desporto e cultura juvenil numa atmosfera vibrante, própria de um festival, visando atrair locais e visitantes, ao mesmo tempo que demonstra o compromisso da Melco em trazer para Macau eventos e espectáculos de classe mundial”, frisou.
Andreia Sofia Silva EventosIC | “Espectáculo de Neve”, de Slava Polunin, sobe aos palcos em Setembro Slava Polunin está desde 1993 nos palcos com o seu “Espectáculo de Neve”, que depois de passar por vários países chega a Macau entre os dias 6 e 8 de Setembro. Palhaços, fantasia e muita comédia são esperados sob a influência dos inesquecíveis Charlie Chaplin e Marcel Marceau, mimo O “Espectáculo de Neve”, que originalmente se intitula “Slava’s Snowshow”, em homenagem ao seu criador, Slava Polunin, sobe ao palco do grande auditório do Centro Cultural de Macau (CCM) entre os dias 6 e 8 de Setembro, com quatro sessões disponíveis para o público. Naquela que é uma iniciativa do Instituto Cultural (IC), “Espectáculo de Neve” traz “uma história sem palavras criada pelo mais celebrado palhaço do mundo da actualidade”, descreve uma nota do IC. Trata-se de uma “viagem circense para grandes e pequenos que transporta o público para um mundo de fantasia” criado por Slava, fundador da “Academia dos Tolos”. “Desvendando uma mescla visual de poesia, tragicomédia e teatro físico, ‘Espectáculo de Neve’ leva ao palco uma autêntica tempestade de confettis, teias de aranha gigantes e enormes bolas coloridas saltando entre o público”, revela o IC. Esta promete ser uma apresentação “feita da mesma essência dos sonhos e contos de fadas”, recriando “uma série de episódios com os quais Slava inspira a imaginação das crianças, levando os mais crescidos a regressar às emoções da meninice, arrastados por uma espiral de gargalhadas e disparates”. Desde os anos 90 Com “Espectáculo de Neve”, a companhia de Slava já conquistou, nos últimos anos, mais de 20 prémios internacionais, incluindo o Olivier para Melhor Espectáculo de Entretenimento. Slava Polunin conseguiu reinventar a tradição dos palhaços de circo, passando este género humorístico e lúdico do seu meio clássico para novos espaços. Neste processo criativo, o artista inspirou-se no mimo Marcel Marceau, nascido em 1923 e falecido em 1997, responsável por dar uma nova roupagem a este género cómico. Marceau foi o mimo mais famoso do pós-II Guerra Mundial. Além disso, Slava Polunin também se inspirou no célebre Charlie Chaplin, conhecido pela sua comédia em filmes mudos e a preto e branco que influenciaram gerações. “Espectáculo de Neve” conta com críticas bastante positivas em vários jornais. Sobre ele o “The Evening Standard” escreveu que “falar em Slava não é falar em palhaços com buzinas, quedas estudadas e trombetas no final da actuação”, mas sim “reverenciar a arte de clowning, a sua simplicidade e poesia sem palavras, capaz de maravilhar adultos e crianças, fundindo-os em momentos partilhados, onde a idade nada importa”. Slava Polunin foi também descrito por este jornal como sendo “o mestre russo que salvou o ‘clowning'”, ou a arte de ser palhaço. “Espectáculo de Neve” é considerado a sua obra prima, que “nos transporta para um mundo imaginário, único e sem limites, no qual um pedaço de papel é capaz de desencadear tempestades de neve e no qual a noção do tempo é perdida pelo público que, após o final do espectáculo, permanece na sala a brincar com as irresistíveis e gigantescas bolas coloridas”. “É um mundo para todos nós, onde os sonhos se tornam realidade”, acrescenta a sinopse do espectáculo que, em Abril deste ano, passou pelo Teatro Tivoli, em Lisboa. Sobre este espectáculo até o “Financial Times”, jornal dedicado ao mundo da economia e finanças, escreveu uma crítica, descrevendo-o como “emocionalmente esmagador, revigorante, simplesmente delicioso”, sendo também um regresso “ao inocente paraíso da nossa infância”. A propósito da arte de ser palhaço e actuar para vários tipos de público, que tanto pode ser composto por crianças como por adulto, Slava Polunin disse que “é, até certo ponto, uma visão do mundo, uma capacidade para ver as coisas de uma forma diferente daquela habitualmente vista pelas pessoas”. “É um grande prazer reunir pessoas felizes que vivem e criam coisas nesta dimensão. Assim que começamos, não conseguimos parar”, acrescentou. No CCM, o “Espectáculo de Neve” sobe aos palcos entre sexta-feira e domingo, dias 6 a 8 de Setembro, sendo que os bilhetes se encontram à venda desde ontem.
Andreia Sofia Silva EventosFestival | Companhia portuguesa “WeTumTum” apresenta “Crassh_Duo Circus” Este fim-de-semana é apresentado o espectáculo “Crassh_Duo Circus”, da companhia portuguesa “WeTumTum”, integrado no primeiro Festival Internacional de Artes para Crianças de Macau. David Valente e David Calhau, que compõem o dueto, falam de um espectáculo que começou a ser delineado ainda na escola O espectáculo de teatro acrobático de percussão “Crassh Duo_Circus” tem assinatura da companhia portuguesa “WeTumTum” e decorre entre hoje e domingo no “Estúdio I” do Centro Cultural de Macau. Trata-se de um espectáculo integrado na primeira edição do Festival Internacional de Artes para Crianças de Macau. O HM conversou com os dois artistas que compõem este dueto, David Valente e David Calhau, que estão na “WeTumTum” desde o começo. Sendo esta uma companhia de espectáculos pensados para um grupo infantil e juvenil, juntamente com as respectivas famílias, a verdade é que só se formou depois do sucesso registado com o “Crassh”. “Trata-se de um projecto que surge em 2005 dentro da sala de aula, éramos todos miúdos com cerca de 11 a 12 anos”, começa por explicar David Valente, responsável pela direcção de projecto, criativo, músico e formador. “Começámos [David Valente e David Calhau] por tocar juntos nessa altura com um colega [Bruno Estima] que, na altura, era nosso professor e tinha umas ideias ‘fora da caixa’ e queria motivar os alunos a tocar. Eram levados para a sala de aula objectos do quotidiano, tudo o que não fossem instrumentos musicais, e foi assim que surgiu o ‘Crassh'”. Por incentivo de amigos e familiares, começou a ponderar-se transformar um projecto escolar em algo mais a sério, com outra dimensão, fora do Conservatório onde estudavam. “Tentámos arranjar sítios para tocar. Acabámos por criar impacto em muitas pessoas e depois já com 17 ou 18 anos o projecto continuou connosco. Começámos com 13 pessoas, depois houve uma selecção natural, devido aos percursos de cada um. Temos colegas que passaram pelo projecto e que hoje têm outras profissões”, recorda David Valente. O espectáculo “Crassh” tem vários formatos, que passam por actividades com bebés, na rua, com cinco “performers”, e ainda o formato para palco, que é o “Crassh_Duo Circus” que vem a Macau. “É uma viagem de dois personagens que mistura muito a música feita a partir de instrumentos não convencionais, com objectos não convencionais, como tubos, vassouras, caixas de cartão, panelas. Alia à música feita com estes objectos a vertente de circo, com malabarismos e equilibrismos, o teatro físico e a comédia”, destaca David Valente. Este é o culminar de um trabalho feito ao longo dos últimos anos. “Todas estas disciplinas têm sido trabalhadas por nós ao longo destes anos, apesar da nossa formação académica ser em música. Os restantes espectáculos feitos pela nossa companhia têm também um pouco deste ADN, de misturar a música, que tem o papel basilar, mas juntar o teatro, o circo, a comédia e a dança em alguns casos.” Oportunidade a Oriente David Calhau, mais virado para as áreas de gestão financeira e produção executiva, mas também artista integrante do duo, frisa que no “Crassh_Duo Circus” o público de Macau será convidado a envolver-se no espectáculo. Actuar em Macau pela primeira vez, ainda para mais num festival que tem este Verão a sua primeira edição, constitui uma oportunidade para a companhia sediada em Oliveira do Bairro. “Macau, pela sua diferença cultural, vai ser uma oportunidade única e estamos bastante entusiasmados. É bom fazer parte de um primeiro projecto como este”, frisou David Valente. O espectáculo terá uma duração de cerca de 50 minutos e a ideia é mesmo mostrar “dois artistas caprichosos que estão prestes a revelar-lhe o seu segredo deliciosamente barulhento”, conforme descreve o Instituto Cultural na sinopse do espectáculo. “Crassh_DuoCircus” apresenta uma “criatividade desinibida”, com o dueto de artistas a despertar “miraculosamente o potencial melodioso contido em objectos do quotidiano surpreendentemente afinados – baldes, panelas de aço inoxidável, copos, frigideiras e bolas são engenhosamente reconfigurados como percussão improvisada. Até incorporam os seus próprios corpos, não poupando sequer uma maçã meio comida”. David Valente e David Calhau não vão limitar-se a fazer barulho, “canalizando as suas criações heterogéneas em pura magia de percussão”. “Melodias melodiosas e ritmos intrincados saem dos seus ‘instrumentos’ improvisados, acompanhado por acrobacias e proezas inspiradoras de rodopios, malabarismos e equilíbrios. O seu desempenho apresenta uma mistura perfeita de palhaçadas cómicas e habilidades extraordinárias, fazendo com que o público prenda a respiração num momento e rebente em gargalhadas no momento seguinte.” A companhia “WeTumTum” já recebeu diversos prémios, como o Prémio do Público do Teatro Castilla-Leon em 2013 e o Prémio de Melhor Espectáculo ao Vivo no Festival de Artes Ibéricas em 2020.
Hoje Macau EventosCinema | Salvador Sobral junta-se como actor ao novo filme de João Nicolau O realizador João Nicolau inicia este mês a rodagem do filme “A Providência e a Guitarra”, apresentado como “um mergulho nas agruras e deleites da vida artística”, revelou a produtora “O Som e a Fúria”. A longa-metragem inspira-se num conto do escritor britânico Robert Louis Stevenson e é protagonizada por Pedro Inês, Clara Riedenstein e pelo músico Salvador Sobral, aos quais se juntam, entre outros, Américo Silva e José Raposo. A ficção “conta a odisseia de um casal de artistas ambulantes que chega a uma pequena vila para apresentar o seu espectáculo de variedades. Em paralelo, na actualidade, uma promissora banda de rock entra em declínio motivado pelas divergências pessoais e artísticas do grupo”, refere a produtora em informação enviada à Lusa. Na sinopse, o realizador João Nicolau explica que o filme tem como ponto de partida um conto de Stevenson, publicado no final do século XIX, e é “um mergulho nas agruras e deleites da vida artística e uma exploração das suas consequências nas relações conjugais e sociais”. “A providência e a guitarra” é uma produção de “O Som e a Fúria”, com apoio do Instituto do Cinema e Audiovisual e da RTP. Músico, montador e realizador, João Nicolau fez em 2006 a curta-metragem “Rapace”, seguindo-se o premiado “Canção de amor e saúde” (2009). Presença regular em festivais internacionais, nomeadamente Cannes, Locarno e Veneza, João Nicolau fez a primeira longa-metragem, “A espada e a rosa”, em 2010, seguindo-se “John From” (2015) e “Technoboss” (2019), que esteve em competição em Locarno.