Andreia Sofia Silva EventosPraça do CCM oferece espectáculos gratuitos este fim-de-semana A praça do Centro Cultural de Macau (CCM) será palco, este fim-de-semana, de uma série de espectáculos ao ar livre, totalmente gratuitos. A iniciativa chama-se “Clássicos reimaginados: Harmonias da Hora Dourada” e conta com o apoio da Sands China. Segundo uma nota da operadora de jogo, esta iniciativa conta com actuações ao vivo do grupo “Janoska Ensemble”, Niu Niu e Gordon Lee, além de uma masterclass especial do Janoska Ensemble. Os concertos integram-se no Programa de Artes Performativas da Sands China em celebração do 75.º aniversário da fundação da República Popular da China, do 25.º aniversário do regresso de Macau à pátria e da designação de Macau como Cidade Cultural da Ásia Oriental 2025. Este sábado terá lugar, a partir das 17h, o “Concerto dos 10 anos do Janoska Ensemble”, grupo com músicos de jazz que anda em digressão com o seu novo álbum, intitulado “The Four Seasons”. Destaque ainda para a realização de uma masterclass com este grupo no domingo, no mesmo local, a partir das 16h. Os “Janoska Ensemble” descrevem-se como um “conjunto que transporta a improvisação na música clássica para o século XXI”, proporcionando “uma viagem emocionante e aventureira às últimas fronteiras onde nenhum músico foi antes”. Este grupo apresenta uma espécie de fusão de vários estilos musicais, ultrapassando “todas as fronteiras com a sua linguagem musical poliglota”. Os “Janoska Ensemble” estrearam-se com o disco “Janoska Style”, em 2016, tendo lançado, há cinco anos, “Revolution”, que ganhou um Disco de Ouro. Em 2022, surgiu o terceiro trabalho de originais, “The Big B’s”. “Resumir em poucas palavras a qualidade especial dos arranjos de Janoska não é tarefa fácil: são incursões paralelas no território clássico e em domínios distantes do repertório musical, onde os músicos exercem a sua criatividade espontânea para criar música de primeira classe, inovadora e emocionante que vive e respira”, descreve-se no website oficial do grupo. Os “Janoska Ensemble” são compostos por três irmãos de Bratislava – Ondrej e Roman Janoska nos violinos e František Janoska ao piano – juntamente com o cunhado Julius Darvas, nascido em Konstanz, no contrabaixo. Niu Niu Vs Gordon Lee Esta série de espectáculos inclui ainda o “Concerto de Harmónica de Gordon Lee” e o “Recital de Piano ‘Lifetime’ de Niu Niu”, ambos a partir das 17h30. No caso de Gordon Lee, o músico é considerado como um dos importantes harmonicistas do mundo, tendo ganho, em 2017, o Festival Mundial de Harmónica de 2017, que é a competição de grau mais elevado para este tipo de instrumento. Gordon foi convidado a actuar no Carnegie Hall em Nova Iorque, no Muth Concert Hall em Viena, no Esplanade em Singapura, no International Harmonica Festival em Seul e no World Harmonica Festival em Trossingen na Alemanha. O seu repertório inclui o Concerto para Harmónica de Spivakovsky, o Prelúdio e Dança para Harmónica e Orquestra de Farnon, Toledo para Harmónica e Orquestra de Moody, entre outros. Nascido e criado em Hong Kong, Gordon formou-se na Universidade de Educação de Hong Kong, além de ter estudado Harmónica Cromática com o solista de Harmónica Cromática Franz Chmel de Viena, Sigmund Groven da Noruega. O músico estudou também Harmónica Diatónica com Howard Levy, vencedor de dois Grammys, de Nova Iorque. Em Hong Kong, estudou técnicas de execução com o solista de sheng Cheng Tak-wai. No caso de Niu Niu, nome artístico de Zhang Shengliang, é já um famoso pianista com apenas 27 anos. Nasceu em Xiamen, China, numa família de músicos, tendo começado a estudar piano com o pai. Estreou-se em recitais de piano com apenas seis anos de idade, tocando uma Sonata de Mozart e um Étude de Chopin. Aos oito anos, Niu Niu foi o aluno mais jovem de sempre a matricular-se na escola primária afiliada do Conservatório de Música de Xangai.
Hoje Macau EventosKa-Hó | Exposição “Riding On Dreams” a partir de domingo Será inaugurada no próximo domingo, dia 1, a exposição “Riding On Dreams” na galeria Hold On to Hope, da autoria da artista local Ada Zhang. A galeria, que é um projecto de cariz social da responsabilidade da Associação de Reabilitação dos Toxicodependentes de Macau (ARTM), acolhe esta mostra até ao dia 5 de Janeiro. Segundo uma nota de imprensa, esta exposição “apresenta uma colecção cativante de pinturas a óleo e aquarelas que celebra as paisagens encantadoras de Macau”, na qual a artista “convida os espectadores a mergulharem na beleza única desta cidade vibrante, tal como é expressa através das suas obras evocativas”. A ARTM convida o público a deslocarem-se à pitoresca aldeia de Ka-Hó para descobrir, nestas obras, “a essência sonhadora de Macau”, para que “cada pintura o transporte para as suas cenas pitorescas”. Ada Zhang é natural da província de Sichuan e especializou-se em aguarela, pintura a óleo, desenho e esboço. É directora da Associação de Artistas Contemporâneos de Aguarela de Macau e membro da Associação de Artes de Macau, da Associação de Arte Juvenil de Macau, da Associação de Pintura de Macau e da Associação de Calígrafos e Pintores Chineses “Yü Ün” de Macau. Os seus trabalhos ganharam o Prémio de Excelência do Concurso de Desenho Cheng Yang Bazhai em 2021 e foram seleccionados para a Bienal de Aguarela da Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau de 2021.
Andreia Sofia Silva EventosMímica | Festival no CCM e Jardim Luís de Camões no fim-de-semana Decorre este fim-de-semana a terceira edição do Festival Internacional de Mímica de Macau, organizado pelo Teatro CANU, e que terá sessões no Centro Cultural de Macau e também ao ar livre no Jardim Luís de Camões. O evento conta com a participação de artistas locais e internacionais, peritos na arte de fazer rir, sonhar e pensar Acontece este sábado e domingo a terceira edição do Festival Internacional de Mímica de Macau (MIMF), um evento organizado pelo Teatro CANU, e que este ano tem como mote “Viver a vida através dos olhos de um palhaço, e com sentido de humor”. Não surpreende, assim, que uma das secções do evento seja “Clown’s Dream” e outra “Humor Clashing”, sendo que os espectáculos, de curta duração, decorrem na Box I do Centro Cultural de Macau (CCM). Assim, no sábado e domingo, a partir das 19h45, pode ver-se a actuação “Vitamin”, com Carlo Jacucci, de Itália. Segundo a organização, este espectáculo é “uma viagem deliciosa pelos momentos peculiares da vida, onde o quotidiano se torna extraordinário” e onde “uma lagarta luta para se libertar da sua caixa, um guru tropeça na sabedoria que nunca leu e um corredor de maratona desvia-se hilariantemente da rota, transformando-se em roubo”. Aqui, Carlo Jacucci, o único actor, “dá vida a estas personagens inesperadas, transformando lutas simples em beleza cheia de riso”. Segue-se “idio2 Play”, com a dupla de performers japoneses Kosube Abe e Hiroyoshi Hisatomi. Em dez minutos estes irão recorrer a chapéus e outros adereços para combinar “movimentos hábeis e uma improvisação leve e bem-humorada”. O “Dio2” é um duo de entretenimento japonês, apostando em magia, comédia e acrobacias, num estilo “ligeiramente absurdo, mas conscientemente único”. Ainda nesta secção do festival destaque para o espectáculo de 30 minutos protagonizado por Gregg Goldston, “The Magic of Mime”. Este “é um espectáculo cativante de habilidade física, misturando comédia e drama para criar um mundo invisível encantador”. Gregg apresenta “um chapéu mágico”, encaminhando o público em “batalhas que transformam de forma surreal a realidade em fantasia, numa luta sincera entre o desejo de amizades e o medo de as perseguir”. Gregg Goldston é um mimo de renome mundial, realizador e educador de mímica de Los Angeles, tendo começado a trabalhar nesta área depois de ver a actuação do mestre Marcel Marceau. Em várias tournées americanas de Marceau nos anos 2000, Gregg serviu como assistente do actor, tendo depois começado a desempenhar papéis mais importantes. Gregg Goldston, visto como alguém que está a ajudar a desenvolver a primeira geração de mimos americanos, irá dar um workshop integrado neste festival. Sonhos dos palhaços Se em “Humor Clashing” as actuações começam no final do dia, na secção “Clown’s Dream” o riso e a fantasia prometem prolongar-se pela noite dentro, a partir das 21h30. Apresenta-se, com actores japoneses e o Teatro CANU, o espectáculo “The Eyes of Odin”. “Na mitologia nórdica, Odin, o rei dos deuses, enviava os seus corvos para voar até ao mundo dos humanos e observar tudo o que acontece. Desta vez, inesperadamente, um deles perdeu-se no nosso mundo – um lugar cheio de risos e mistérios insolúveis: ouviu um prisioneiro obcecado com a liberdade; testemunhou um professor apaixonadamente dedicado à musculação durante uma aula de ginástica; e encontrou uma lontra marinha numa fonte termal, tão apaixonada por se encharcar que nem os deslizamentos de terras e as tempestades ao nível de um tufão a conseguiram afastar”, descreve-se, sobre o espectáculo. Esta actuação é “um poema visual que combina actuações de palhaços, mímica, teatro físico e música ao vivo”, com momentos poéticos dentro do absurdo, colocando questões silenciosas e guiando o público a seguir os passos do corvo para um reino indefinível”. Destaque ainda para outras actuações, como “ZEROKO Play”, com o grupo Zeroko, composto por Masahi Kadoya e Keisuke Hamaguchi. Fica a garantia de “palhaçadas, objectos e humor para uma diversão interactiva”. Das 12h às 18h, tanto no sábado como no domingo, é a vez do Jardim Luís de Camões receber actividades diversas como sessões de pintura facial para crianças ou actuações musicais, como é o caso do Dj Burnie, natural de Macau. Também nestas ruas haverá lugar à mímica e ao divertimento. Esta secção do festival intitula-se “WOW! Outdoor Performance Festival”. Fonte de inspiração O Festival Internacional de Mímica de Macau nasce das experiências teatrais de Lai Nei Chan, fundadora e directora desta iniciativa, que estudou em Londres. “Uma vez, assisti a uma actuação de palhaços no Festival Internacional de Mímica de Londres, onde dois palhaços fizeram um espectáculo que me comoveu pelo seu poder sem palavras e impacto emocional, despertando o meu amor pela mímica. Descobri que esta forma não-verbal de actuação não exigia qualquer preparação e permitia uma imersão pura na experiência teatral, livre de pensamentos excessivos. Esta constatação alimentou o meu desejo de criar um festival internacional de mímica em Macau, permitindo ao público local experimentar as alegrias únicas desta forma de arte”, confessou.
Hoje Macau EventosCPLP | Festival de cinema arranca em Díli com “Grand Tour” de Miguel Gomes O Festival de Cinema da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa começou ontem em Díli com a estreia do filme do realizador português Miguel Gomes “Grand Tour”, prémio de melhor realização no Festival de Cinema de Cannes. “O festival tenciona trazer também para Timor-Leste cinema em língua portuguesa”, afirmou à Lusa a embaixadora de Portugal em Díli, Manuela Bairos, momentos antes do início do festival. Segundo a diplomata, a CPLP tem países “com grande tradição de cinema”, dando como exemplo o Brasil, mas também o novo cinema angolano. “Queremos que isso seja um começo para talvez no próximo ano se faça um festival de maior ambição” e, disse, dar a conhecer a Timor-Leste que “há cinema em língua portuguesa”. O festival começou no Cineplex, em Díli, com o “Grand Tour” de Miguel Gomes, que ganhou em Maio o prémio de melhor realização do Festival de Cinema de Cannes, em França. No sábado, será projectado o “Central Brasil”, um clássico do cinema brasileiro. Timor-Leste estará presente no dia 3 de Dezembro com a projecção, no Arquivo e Museu da Resistência, de um documentário e entrevista com Nino Konis Santana, que comandou a guerrilha timorense entre 1993 e 1998. O festival, que inclui também a projecção de curtas-metragens e outros filmes de realizadores da CPLP, termina em 12 de Dezembro. “Esta é uma forma de também diversificarmos a nossa oferta cultural. Há coisas que são mais clássicas, mas o cinema também merece ser impulsionado e o cinema destes países é muito o cinema de arte, são filmes muito bem trabalhados”, acrescentou Manuela Bairos.
Hoje Macau EventosGaleria Tap Seac | Nova exposição inaugura sexta-feira Será inaugurada amanhã a “Exposição Anual das Artes Visuais de Macau 2024 – Categoria Meios de Expressão Ocidental”, na Galeria Tap Seac. A mostra contou com a participação de um total de 181 criativos, tendo sido recolhidas 178 peças ou conjuntos de obras com uma variedade de meios de expressão ocidental, incluindo desenho, aguarela, pintura a óleo, gravura, escultura, cerâmica, bem como fotografia, vídeo, técnica mista e arte de instalação, apresentadas em formato bidimensional, tridimensional e multimédia. A selecção final apresenta 45 peças ou conjuntos de obras, que, segundo uma nota do Instituto Cultural, “são impressionantes e ricas em temas, demonstrando as capacidades artísticas e a criatividade desinibida dos artistas locais”. A “Exposição Anual das Artes Visuais de Macau” tem como objectivo incentivar “a inovação”, servindo também para “apresentar obras de arte contemporânea com o espírito dos tempos, a fim de mostrar o mais recente desenvolvimento das artes visuais em Macau”. A chamada de trabalhos e processo de escolha decorreram em Julho deste ano, tendo sido convidados para o júri cinco especialistas e académicos da área das artes visuais do Interior da China e de Singapura. Os 45 trabalhos apresentados nesta mostra incluem os dez vencedores do “Prémio para Obras Excepcionais”. A mostra pode ser vista até ao dia 29 de Dezembro. Haverá visitas guiadas aos sábados, domingos e feriados, bem como nos dias 23, 26 e 27 de Dezembro, em cantonense, pelas 15h, e em mandarim pelas 16h15.
Hoje Macau EventosObras candidatas ao Sovereign Portuguese Art Prize expostas em Lisboa Uma exposição com obras de 33 artistas plásticos residentes em Portugal seleccionadas para o prémio de arte Sovereign Portuguese Art Prize 2024, no valor de 25 mil euros, foi inaugurada ontem na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa. Trata-se da terceira edição deste prémio anual, que é atribuído pela Associação SAF, filial portuguesa da Sovereign Art Foundation, criada em 2003 em Hong Kong para promover, apoiar e reconhecer a arte contemporânea e incentivar a produção artística, bem como financiar programas para crianças desfavorecidas em Portugal, explicou Howard Bilton, fundador e presidente da Sovereign Art Foundation (SAF), numa apresentação à imprensa. Natural de Yorkshire e advogado fiscal de formação, Howard Bilton viveu 28 anos em Hong Kong, onde decidiu que queria “transformar o que era um passatempo de coleccionador de arte numa actividade de caridade”. “Por isso, criámos o conceito de prémios de arte, e a minha motivação para o fazer foi sempre, antes de mais, caritativa. Queria angariar fundos para ajudar crianças desfavorecidas, crianças com dificuldades de aprendizagem, com dificuldades comportamentais, que tenham sido vítimas de abusos físicos, mentais, sexuais, seja o que for, porque a arte é uma terapia muito poderosa para crianças nessas condições”, afirmou. Foi assim que surgiu o conceito do prémio de arte, que traz consigo um “produto secundário muito agradável” que é o facto de ajudar os artistas e impulsionar as suas carreiras, numa espécie de troca recíproca: “Os artistas ajudam-nos a angariar dinheiro e nós ajudamo-los com o seu perfil”. Portugal é o terceiro terreno geográfico onde está a ser aplicado este modelo, que já tem 20 anos na Ásia e vai na 4.ª edição em África, explicou o responsável. Até Dezembro Até ao dia 14 de dezembro, vão estar expostas obras dos 33 artistas finalistas, nomeados por profissionais independentes de arte, com o objectivo de lhes dar maior visibilidade pública, exposição no mercado da arte e um maior número de seguidores internacionais. Pintura, colagens, escultura, fotografia e instalações compõem o conjunto artístico exposto, da autoria de nomes como Jorge Queiroz, vencedor da primeira edição do prémio, Rogério da Silva, Rodrigo Oliveira, Pedro Barateiro, ±maismenos± (Miguel Januário), José Pedro Cortes, Conceição Abreu, Ana Pais Oliveira, Jaime Silva e Isabel Sabino. As obras finalistas são escolhidas por “nomeadores independentes”, seleccionados pelos promotores do prémio, ou seja, “pessoas que são especialistas em arte, mas que não têm um interesse comercial nas artes”. “Fazemo-lo desta forma porque, se abordarmos as galerias, elas nomeiam obviamente os seus próprios artistas”, explicou, acrescentando que procura que a escolha dos nomeadores recaia sobre directores e conservadores dos museus, críticos de arte, jornalistas e especialistas em arte, “que terão uma visão ligeiramente diferente”. Durante a mostra, realiza-se também uma venda das obras seleccionadas, com o objectivo de angariar um montante significativo tanto para os artistas, como para causas de solidariedade social. Em paralelo, decorre uma mostra dedicada aos 30 finalistas da edição deste ano do prémio para estudantes, que visa reconhecer e premiar talentosos alunos do ensino secundário em Portugal, com um valor monetário de 500 euros para o estudante e 1.500 euros para a escola. Está previsto também para ambos os concursos um prémio do público, apurado a partir de todos os visitantes que queiram votar numa das obras, o que pode ser feito ‘online’ ou através da leitura de um QR Code.
Hoje Macau EventosOficinas Navais | IA é protagonista em mostra de Cai Guo-Qiang Chama-se “cAI™: Soul Scan” e é a exposição do artista Cai Guo-Qiang patente nas Oficinas Navais nº 1, na Barra. Aqui, a inteligência artificial é a protagonista deste projecto artístico feito a partir do modelo de IA com o nome “cAI™”. São 20 peças criadas através de IA, que revelam a crescente presença da tecnologia no panorama artístico Cai Guo-Qiang, artista natural de Quangzhou, província de Fujian, e residente em Nova Iorque desde os anos 90, acaba de revelar em Macau um conjunto de peças que mostram como a tecnologia, nomeadamente a inteligência artificial (IA), estão cada vez mais de mãos dadas com a arte e produção artística. A exposição “cAI ™: Soul Scan” pode ser vista na galeria das Oficinas Navais nº 1, na zona da Barra, até 1 de Junho do próximo ano, sendo um projecto apoiado pelo MGM. Segundo um comunicado, o cAI™ é um modelo de IA desenvolvido por Cai Guo-Qiang desde 2017 no seu estúdio. Pronuncia-se AI Cai e está ligado às áreas da filosofia e metodologia artística, “aprendendo profundamente com obras de arte, arquivos e áreas de interesse de Cai [o artista], como a cosmologia ou o mundo invisível”. Estes trabalhos foram criados exclusivamente para Macau tendo por base “a profunda aprendizagem [por parte do artista] da rica história e cultura” do território. A mostra começa por uma introdução gerada pelo cAI™, seguindo-se a apresentação de pintura, em dois espaços com instalações interactivas. Citado por um comunicado do MGM, Cai Guo-Qiang explicou que a ideia é tentar “interagir com a geração mais jovem, com um conteúdo e perspectivas orientadas para o futuro que se irão conectar ao passado e presente, e também com o velho e o jovem”. Acima de tudo, para o artista já é difícil “comunicar de formas tradicionais em lugares tradicionais”. “Através da interação e participação do público, a exposição pretende convidar residentes e turistas a juntarem-se ao artista na exploração e interligação entre a IA e espiritualidade”, em que, “os participantes irão desbloquear e experimentar as possibilidades de uma dimensão alternativa”. O modelo cAI™ é também um “pintor de pólvora”, que apresenta as suas obras nesta exposição, um “mestre de fogo de artifício” e um “adivinho”, sendo que o público irá interagir com estas duas vertentes do modelo de IA. O cAI™ faz referência a “figuras históricas e contemporâneas que Cai Guo-Qiang admira, desenvolvendo mais de dez ‘personas’ diferentes, como Einstein, Nietzsche, Ptolomeu, um poeta chamado Vale, um louco chamado Psychic e até uma persona chamada Storm com tendências bipolares”. Essencialmente, o artista chinês visa, através da sua criação, criar um cenário movido a IA em que “estas diferentes personas se debatem entre si, formando uma comunidade livre e independente, impedindo que o cAI™ se torne demasiado semelhante ao Cai [o artista], como se tivesse apenas uma única persona”. Outras obras Esta não é a primeira vez que o artista chinês apresenta projectos artísticos com este modelo desenvolvido em IA. Em Dezembro do ano passado o cAI™ colaborou na obra “Mirage”, de Cai Guo-Qiang, presente no Museu de Arte Contemporânea de Quanzhou (QMoCA). Ainda este ano, mas em Agosto, o cAI™ gerou uma animação digital para “ressuscitar” os fogos de artifício diurnos não realizados de Cai Guo-Qiang para a “Ressurreição dos Jogos Olímpicos de Paris: Uma proposta para os Jogos Olímpicos de Paris de 2024”. O resultado foi um vídeo lançado como uma obra de arte digital. Em Novembro o cAI™ actuou como directora visual e de cenografia da exposição Cartier organizada e comissariada pelo Museu de Xangai, concluindo o design sob a orientação de Cai e da sua equipa. A mesma nota descreve que o cAI™ “não é apenas uma obra de arte de Cai, mas também o seu parceiro de diálogo e colaboração”, sendo que, no futuro, “poderá até criar arte por si só”. O artista chinês desenvolveu o “cAI™ Lab”, uma divisão central do estúdio do artista que usa este modelo “como uma plataforma para explorar aplicações pioneiras e originais de tecnologia de ponta nos campos criativos”. Cai Guo-Qiang já realizou mais de 650 exposições e projectos em cinco continentes, incluindo 120 mostras a título individual, sendo que as suas maiores exposições passaram por espaços como o Metropolitan Museum of Art in New York, em 2006, ou uma mostra retrospectiva no Solomon R. Guggenheim Museum, também em Nova Iorque, apresentada dois anos depois.
Hoje Macau EventosFado | Fábia Rebordão actua em Dezembro na China e no Brasil A fadista Fábia Rebordão actua no próximo mês na China, onde vai participar no Festival de Música Tradicional de Pequim, seguindo para o Brasil, para actuar na Casa de Portugal em S. Paulo, foi divulgado esta segunda-feira. Fábia Rebordão que, recentemente editou o álbum “Pontas Soltas”, actua no próximo 5 de Dezembro no grande auditório do Conservatório Nacional de Música da China, em Pequim, no âmbito das celebrações do 60.º aniversário desta instituição. As celebrações, que se iniciam no dia 4 de Dezembro, realizam-se sob o mote “Intercâmbio e Apreciação entre Culturas num Mundo Diversificado e Harmonioso”. O Festival de Música Tradicional de Pequim realiza-se desde 2009, e Fábia Rebordão será acompanhada pelos músicos Francisco Pereira, na guitarra portuguesa, e Jorge Fernando, na viola. Da China, Fábia Rebordão segue para S. Paulo, no Brasil, onde actua no dia 13 de Dezembro, no salão nobre da Casa de Portugal, acompanhada pelo pianista brasileiro João Paulo Martins, que fundou a Bachiana Filarmónica, de S. Paulo. João Carlos Martins, distinguido com vários prémios, tem uma vasta discografia dedicada a compositores clássicos, destacando-se Bach, do qual é considerado um dos seus “maiores intérpretes”, refere a promotora da artista portuguesa. O músico, de 84 anos, tem enfrentado “inúmeros desafios físicos e de saúde” que o levaram várias vezes a interromper a carreira, sofrendo de disfonia focal, resultante de uma agressão durante um assalto em 1965. Depois de ter abandonado o piano, estudou direcção de orquestra e passou a reger diferentes orquestras. Em 2019 voltou a tocar piano, graças a um dispositivo biónico desenvolvido por um designer brasileiro. Disco novo Em “Pontas Soltas”, saído em finais de Outubro último, Fábia Rebordão regista algumas parcerias brasileira, com Ney Matogrosso, na interpretação de “A nossa guerra” (Jorge Fernando), Renato Teixeira, em “Romaria” (Renato Teixeira), Zeca Baleiro, em “Fado Tropical” (Chico Buarque), e interpreta “Saudades do Brasil em Portugal”, de Vinicius de Moraes. Em declarações à agência Lusa, em vésperas da saída do álbum, Fábia Rebordão referiu-se às parcerias como “uma partilha de arte e de música”, que surgiram de “uma forma natural”, algumas em rodas de amigos. “Pontas Soltas” é o quarto álbum de Fábia Rebordão que começou a cantar aos 14 anos, e se estreou discograficamente em 2011, com “Oitava Cor”, a que se seguiu “Eu” (2016) e “Eu Sou” (2021), estabelecendo um percurso ao qual se referiu como “interessante e consistente”, reconhecendo-se como uma intérprete “impulsiva”.
Hoje Macau EventosLiteratura | Jornadas universitárias abordam clássicos chineses Decorre esta quinta-feira a 1.ª Jornada de Tradução Chinês-Português que aborda os clássicos chineses e a sua tradução. A mesa redonda “Tradução de Literatura Chinesa”, que decorre na Universidade do Minho (UM), conta com António Graça de Abreu, professor e tradutor de poesia chinesa clássica; Carlos Morais José, jornalista, director do HM e da editora Grão-Falar, um novo projecto editorial que publica clássicos chineses traduzidos em português; e ainda Samuel Pascoal, actor, professor e tradutor de literatura chinesa. Esta sessão é organizada pelo Instituto Confúcio da UM e Departamento de Estudos Asiáticos da UM. Também na quinta-feira, haverá espaço para a apresentação de obras de poetas clássicos chineses com edição da Grão-Falar, nomeadamente a obra “Li Bai – A Via do Imortal”, com tradução de António Izidro, e que foi já lançado em Macau, e “Han Shan – Poemas”, uma edição bilingue de António Graça de Abreu. Os grandes poetas Li Bai, um dos poetas mais conhecidos na China, revela-se, no livro com traduções de Izidro, através dos seus vários poemas. Li Bai foi, segundo a apresentação oficial desta obra, “um nómada, letrado da corte, prisioneiro de guerra, exilado peregrino, eremita jarro de vinho na mão, túnica bruta sobre os ombros”. Li Bai era também um “ser anómalo, considerado pelos chineses como um dos maiores poetas”. No caso de Han Shan, também existe o mistério sobre a sua figura. “O homem que um dia se chamou Han Shan, ninguém sabe quem foi. Quando alguém o via, considerava-o um doido, um pobre diabo. Vivia retirado na montanha Tiantai, sete léguas a oeste do distrito de Tangxing, num lugar chamado Han Shan (Montanha Fria), entre rochas e falésias. Daí descia frequentemente para o templo de Quoqing, ao encontro do seu amigo Shi De, encarregado da limpeza da cozinha do mosteiro que lhe guardava restos de comida em malgas feitas com cana de bambu”, escreveu Lu Qiuyin em meados do século IX. António Graça de Abreu, tradutor da sua poesia para português, descreve que este livro serve para “quem gosta de poesia e deseja abrir a mente para as mil subtilezas do budismo chan, quem procura a simples inteligência do saber encontrará em Han Shan um mestre, um confrade, um amigo”.
Andreia Sofia Silva EventosGrande Prémio | Costa Antunes recorda episódios da competição João Manuel Costa Antunes foi director dos Serviços de Turismo durante muitos anos e vai recordar esses tempos esta quinta-feira num evento no Artyzen Grand Lapa. “Grande Prémio de Macau: Para Além das Corridas” é o nome da “Conversa ao Entardecer” promovida pela Associação Internacional de Publicidade de Macau Foi em 2012 que o engenheiro João Manuel Costa Antunes deixou de dirigir os Serviços de Turismo para se tornar no coordenador a tempo inteiro do Grande Prémio de Macau (GPM). Os anos dedicados ao mundo do turismo e do desporto automóvel serão recordados esta quinta-feira no evento “Talk at Sunset” [Conversas ao Entardecer], que decorre a partir das 18h no bar Vasco do Artyzen Grand Lapa. A palestra terá como nome “Grande Prémio de Macau: Para Além das Corridas”. O evento, promovido pela Associação Internacional de Publicidade de Macau (IAA, na sigla inglesa), conta, assim, com “uma grande figura lendária de Macau, que irá partilhar as histórias e ideias” sobre o seu trabalho na organização do GPM. Segundo um comunicado da IAA, irá destacar-se “como este lendário espectáculo desportivo serve de catalisador para o desenvolvimento global de Macau e o seu impacto no panorama turístico da região”. Formado em Engenharia Civil, João Manuel Costa Antunes era estudante universitário em 1974, ano em que caiu o Estado Novo em Portugal, tendo feito parte do quadro do Ministério do Planeamento e Administração do Território, participou na criação de Gabinetes Coordenadores de Obras Municipais e Gabinetes de Apoio Técnico aos Municípios. Porém, Macau chamou-o, tendo chegado ao território ainda nos anos 80, onde começou por ser assessor do secretário-adjunto para o Ordenamento, Equipamento Físico e Infra-estruturas do Governo de Macau. Foi depois vice-presidente do Leal Senado e mais tarde assessor técnico dos Serviços de Marinha de Macau. De tudo um pouco A entrada no sector do turismo deu-se em 1987, quando fica encarregue de coordenar o projecto do World Trade Center, edifício de escritórios da autoria do arquitecto português Manuel Vicente. Foi subdirector desse empreendimento, mas em 1989 já era director dos Serviços de Turismo. João Manuel Costa Antunes esteve ainda à frente do Gabinete de Coordenação da Cerimónia de Transferência, tendo continuado a dirigir o Turismo de Macau já depois de 1999, quando Macau já era RAEM e enfrentava novos desafios e mais turistas. Manteve-se no cargo até 2012, acompanhando sempre de perto o GPM. Lugar de partilha A IAA pretende promover as “Conversas ao Entardecer” para se interligar com “todos os especialistas e líderes do sector, bem como a servir de plataforma para educar os novos talentos”. Esta iniciativa consiste numa “série de eventos regulares ao final do dia que conectam profissionais da indústria a nível global para partilharem ideias e inspirarem o público com a sua paixão e dedicação”. Em declarações à Revista Macau, João Manuel Costa Antunes recordou o período da competição do GPM nos anos 80. “Tive a grande sorte de chegar em 1983 a Macau, ano em que arranca pela primeira vez a Fórmula 3 e o Ayrton Senna ganha. Todo o ambiente me galvanizou e tornei-me espectador assíduo. Quando passei para o Turismo, tive que aprender e ir buscar pessoas que percebessem aquilo que eu desconhecia. Para pôr a estrutura a funcionar. O meu primeiro GP foi em 1988. Correu tudo muito mal. Nunca me vi tão atrapalhado como na quinta-feira antes do GP, que é quando tudo começa”, recordou.
Hoje Macau EventosClube Militar | Trabalho do cartoonista António exposto em Dezembro A “Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa” (Somos – ACLP) traz a Macau a exposição “50 Anos de Humores” em celebração dos 50 anos de carreira do prestigiado cartoonista português António. A mostra será inaugurada a 13 de Dezembro no Clube Militar, ficando patente até 2 de Janeiro do próximo ano. Segundo uma nota da Somos! – ACLP, a exposição celebra “o percurso, trabalho e dedicação de António”, e reúne muitas das obras “mais icónicas e prestigiadas do cartoonista português com uma carreira de meio século, preenchida de sucesso dentro e fora de portas.” Durante as últimas cinco décadas, os seus desenhos “satíricos vêm, com inabalável pertinência, mapeando os momentos mais bizarros e trágico-cómicos da política portuguesa e internacional, originando debates no espaço público e um reconhecimento intergeracional do seu talento.” Durante a exposição será apresentado um catálogo ao qual empresta o mesmo nome, permitindo que os visitantes levem para casa uma parte significativa da obra de António e continuem a apreciar a sua arte. A edição será trilingue, em português, chinês e inglês, sendo descrita como uma abertura da “cápsula do tempo”, pois consegue-se ter “uma lição bem-humorada e resumida da história moderna, dos seus momentos mediáticos mais marcantes e incontornáveis”, que foram “certeiramente pontuados e eternizados pelo António.” Actividades para todos Além da exposição, terão lugar uma série de actividades com o próprio António, nomeadamente a 11 de Dezembro pelas 18h30, na Fundação Rui Cunha (FRC): uma palestra moderada por Gilberto Lopes, jornalista e director de Informação e Programas Portugueses da TDM. Nesse dia, e também dia 12, às 10h, decorre na Universidade de São José o workshop: “Desenho Cartoon: Criação de Ideias”, com o próprio António, cujo nome é António Moreira Antunes. O cartoonista português nasceu em Vila Franca de Xira em 12 de Abril de 1953. Tem o curso de Pintura da Escola Artística António Arroio, de Lisboa, tendo-se iniciado como cartoonista em 1974 no jornal República. No final desse ano já colaborava regularmente com o semanário Expresso. António recebeu vários prémios ao longo da carreira, nomeadamente o Grande Prémio do XX International Salon of Cartoons, em Montreal, 1983; ou o Prémio Gazeta de Cartoon, em Lisboa, 1992. Realizou exposições individuais em Portugal, Macau, China Continental, França, Espanha, Brasil, Alemanha, Luxemburgo, Bélgica e Holanda. António foi ainda condecorado em 2005 pelo Presidente da República Portuguesa, Jorge Sampaio, com a Ordem do Infante Dom Henrique, no grau de Grande-Oficial.
Hoje Macau EventosFRC | ARTM expõe trabalhos do centro de Ka Hó A Fundação Rui Cunha (FRC) apresenta hoje, a partir das 18h30, uma nova exposição, desta vez com trabalhos de pintura a óleo realizados pelos utentes do Centro de Serviços Integrados da Associação de Reabilitação de Toxicodependentes de Macau (ARTM) localizado em Ka Hó, Coloane. A mostra intitula-se “Viagem Pessoal Profunda” e inclui trabalhos de 20 pessoas em recuperação de comportamentos de adição, com drogas ou álcool. Segundo uma nota sobre a exposição, “nos últimos anos as artes têm sido uma componente essencial no quotidiano da comunidade terapêutica da ARTM, através de diferentes actividades e técnicas, com vista a promover a cura física, mental, emocional e espiritual dos pacientes, permitindo o seu crescimento ao longo do processo individual de mudança”. O processo de reabilitação é, segundo a ARTM, “uma experiência pessoal, vivida por cada um de uma forma única”. “Não é uma corrida, onde ganha quem chega primeiro, mas sim uma viagem onde cada passo é uma vitória. É uma oportunidade de conexão entre cada um de nós e o nosso ‘Eu’ mais profundo. A reabilitação é um processo individual, mas não há recuperação sem vínculo. As relações e a aprendizagem, que advém da experiência com os outros, enriquecem o processo e reforçam a esperança de que uma vida melhor e mais feliz é possível e é alcançável”, é referido. Desde 2020 que a FRC dá apoio à realização desta iniciativa, sendo um “momento importante de celebração dos resultados alcançados por cada participante neste seu percurso de reintegração na sociedade local”. A exposição estará patente na Galeria da FRC até sábado.
Hoje Macau EventosHistória | Museu de HK inaugura exposição sobre lusodescendentes Vai ser hoje inaugurada uma exposição no Museu de História de Hong Kong que destaca o contributo da comunidade macaense no território. Ao longo do século XX a chegada dos macaenses ou lusodescendentes ao território fez-se mediante diversos contextos históricos e políticos, sobretudo a partir da constituição do território em 1841 Vai ser hoje inaugurada uma exposição sobre o “enorme contributo” dos lusodescendentes e que demonstra que a comunidade continua viva, disse à Lusa o presidente do Club Lusitano. Patrick Rozario sublinhou que os lusodescendentes são a primeira comunidade minoritária do território a merecer uma mostra permanente rotativa, no âmbito da renovação do museu, lançada em 2017, mas que sofreu atrasos devido à pandemia. “Em parte porque éramos a maior comunidade estrangeira em Hong Kong depois dos britânicos, mas penso que também demos um enorme contributo para o desenvolvimento” do território, disse o presidente da maior instituição da comunidade. Os macaenses e membros da então numerosa comunidade portuguesa em Xangai, no leste da China, começaram a chegar a Hong Kong logo depois da fundação da então colónia britânica, em 1841, sublinha o museu. A comunidade eurasiática “aproveitou o talento para as línguas e o estatuto único de ‘nem chinês nem ocidental’ para servir de ponte entre os mercadores e funcionários do governo britânico e os chineses”. Os lusodescendentes “construíram a sociedade cívica, igrejas e escolas” e destacaram-se em áreas como a impressão, a farmacêutica, o direito e o desporto, disse Patrick Rozario. Os objectos de Sales Entre os objectos da exposição, o coordenador do projecto, Francisco da Roza, destacou o casaco vermelho que o presidente do Comité Olímpico de Hong Kong, Arnaldo de Oliveira Sales, usava nas Olimpíadas de 1972, em Munique, quando conseguiu negociar com terroristas palestinianos a libertação da delegação do território, que tinha ficado encurralada durante o rapto de 11 atletas israelitas. O Departamento de Serviços Culturais e de Lazer do território disse à Lusa que a mostra ‘Estórias Lusas’ vai “apresentar as tradições e cultura distintivas” da comunidade através de programas multimédia audiovisuais e interativos e de “mais de 250 peças de famílias e organizações portuguesas”. O trabalho de recolha permitiu aos lusodescendentes trabalhar com o museu e serem eles a contar a própria história, sublinhou Patrick Rozario. Francisco da Roza deu como exemplo uma homenagem aos soldados lusodescendentes que morreram na Batalha de Hong Kong, em dezembro de 1941, quando o Japão ocupou a então colónia britânica. O declínio da comunidade começou em 1967, quando o território sentia, inclusive através de atentados bombistas, o impacto da Revolução Cultural na China, e a imigração continuou depois da crise mundial do petróleo, em 1973. O investigador nonagenário disse à Lusa que foi aos Estados Unidos e ao Canadá recolher artefactos, documentos e fotografias entre a diáspora da comunidade eurasiática. Patrick Rozario disse que a exposição pode mostrar que a comunidade, apesar de profundamente integrada, não desapareceu. “Estamos a mostrar que ainda estamos aqui hoje, ainda fazemos parte da sociedade de Hong Kong e continuaremos a contribuir”, referiu o presidente do Club Lusitano. A presença da comunidade permanece em áreas como a justiça, através de Roberto Alexandre Vieira Ribeiro, um dos três juízes permanentes do Tribunal Superior de Hong Kong, ou a educação, com a Escola Primária Po Leung Kuk Camões Tan Siu Lin. Por outro lado, disse Rozario, a mostra pode “ajudar as gerações futuras com a sua identidade”. “Muitos de nós anglicizámo-nos ao longo do tempo e perdemos a língua [portuguesa]. É importante que compreendamos quem somos e de onde viemos”, sublinhou o dirigente.
Hoje Macau EventosMostra “Palácio do Duplo Brilho” no MAM dia 28 Será inaugurada na próxima quinta-feira, 28, uma nova exposição no Museu de Arte de Macau (MAM). A mostra intitula-se “Palácio de Duplo Brilho: Exposição Especial do Museu do Palácio” e é organizada pelo Instituto Cultural (IC), Museu do Palácio de Pequim e conta com vários apoios, nomeadamente da Fundação Macau. Apresenta-se uma selecção de 130 artefactos associados ao “Palácio do Duplo Brilho” do Museu do Palácio, que está situado no canto noroeste da Cidade Proibida, tendo sido a residência do Imperador Qianlong quando este era príncipe, antes da transformação do edifício em palácio. Segundo uma nota do IC, este foi um local “acarinhado pelo imperador durante 72 anos”, sendo que o palácio “incorpora uma vasta história e cultura”. A exposição patente no MAM está dividida em quatro secções, intituladas “Nascido para Ser Imperador”, “Casamento e Família”, “Era Florescente da Governação Civil” e “Um Governo Eficaz, Uma Nação Harmoniosa”, permitindo aos visitantes “apreciar de perto o trono originalmente patente no Salão da Reverência, o salão principal do Palácio do Duplo Brilho, bem como obras de caligrafia e pinturas da autoria do Imperador Qianlong, os seus preciosos trajes e presentes trocados com a sua família real”. Com palestra Desta forma, permite-se “conhecer o quotidiano do imperador e os dias gloriosos no Palácio do Duplo Brilho”. Destaque ainda para a palestra que acompanha esta exposição, intitulada “De Palácio Auspicioso a Terra Abençoada – A Evolução Arquitectónica e Funções Diversificadas do Palácio do Duplo Brilho”, e que será proferida amanhã às 19h por Wang Hebei, Investigador Associado do Departamento de História da Corte do Museu do Palácio. Nesta conversa, que decorre no MAM e que está sujeita a inscrição na plataforma da Conta Única de Macau, será analisado “como o palácio foi transformado num espaço único para os imperadores da dinastia Qing cumprirem os seus papéis na governação e na vida familiar”. A exposição estará patente até ao dia 2 de Março de 2025.
Hoje Macau EventosFRC | Venetian, turismo e mercado de jogo em debate É o maior casino do mundo e um fenómeno de popularidade entre os turistas oriundos do continente. “O Casino no Centro do Mundo: Turistas Chineses no Venetian Macau” é o nome da palestra que decorre hoje na Fundação Rui Cunha (FRC), a partir das 19h, e que conta com Timothy Simpson, da Universidade de Macau, autor de um livro sobre o tema A Fundação Rui Cunha (FRC) recebe hoje, a partir das 19h, a conferência intitulada “O Casino no Centro do Mundo: Turistas Chineses no Venetian Macau”, protagonizada por Timothy Simpson, da Universidade de Macau (UM). Trata-se de uma palestra inserida no Ciclo de Palestras Públicas de História e Património, que resulta de uma parceria regular entre a FRC e o Departamento de História e Património da Universidade de São José. O foco da apresentação será o mais recente livro de Timothy Simpson, “Betting on Macau: Casino Capitalism and China’s Consumer Revolution”, lançado no ano passado pela University of Minnesota Press, e que descreve a visão do autor sobre o sector do jogo, o futuro e o exemplo paradigmático do Venetian. A proposta da palestra incide na teoria de Tim Simpson sobre este território bastante singular e a abordagem do autor sobre o que se pode prever para o futuro. “O Venetian Macau Resort é um dos maiores edifícios do mundo, e talvez a atracção mais popular de Macau, visitado por mais de metade das dezenas de milhões de turistas chineses que entram na cidade todos os anos. As enormes receitas do jogo no Venetian foram cruciais para a transformação pós-colonial de Macau na meca dos casinos mais lucrativa da história global e num dos territórios mais ricos do planeta. Esta palestra vai explorar o papel do Venetian no regime de capitalismo de casino local, e o modelo pedagógico da cidade de Macau na formação de cidadãos-consumidores para a nova era de reforma económica da China”, lê-se numa nota. Na altura do lançamento, o livro mereceu uma nota de destaque do Executivo local, que o descreve como uma obra que “explora a recente transformação de Macau no local mais lucrativo do mundo para o jogo em casino e o papel formativo da cidade na metamorfose da própria China na maior sociedade de consumo do planeta”. “Betting on Macao” centra-se, assim, nos anos após a liberalização do jogo, marcados por um profundo desenvolvimento social e económico de Macau, “durante os quais a cidade se tornou um dos territórios mais ricos do mundo”. “No entanto, [o académico] situa o seu estudo da Macau contemporânea na história da cidade como território português, descrevendo o seu papel crucial na emergência do capitalismo global no século XVI”, descreve a mesma nota. Assim, “grande parte do livro analisa a nova paisagem urbana de Macau, constituída por megaresorts integrados, com ambientes temáticos fantásticos, incluindo dois dos maiores edifícios do mundo”, sendo também explorado “o papel pedagógico deste ambiente construído no desenvolvimento da indústria turística da China”. Espaço de património No caso da publicação “Progressive Geographies”, a obra de Timothy Simpson é descrita como apresentando “uma perspectiva transversal de estudos pós-coloniais e teoria social, com uma ampla visão da indústria global do jogo”, desvendando também “as várias origens do lucrativo capitalismo de casino do território”. “Por outro lado, a sua análise incisiva fornece uma visão distinta do projecto mais amplo de urbanização da China, das suas reformas económicas pós-Mao, e do aumento contínuo da cultura de consumo”, acrescenta-se. O livro de Timothy Simpson estabelece ainda uma correlação com o importante património de Macau, que transformou o território num lugar com classificação da UNESCO e visitado também por causa dos seus monumentos e cultura. “Identificada como Património Mundial da UNESCO e conhecida pela sua mistura única de arquitectura da era colonial chinesa e portuguesa, a Macau contemporânea metamorfoseou-se numa paisagem urbana surrealista e hipermoderna. Simpson situa as origens de Macau como porto comercial estratégico e a sua história subsequente a par da emergência do sistema capitalista global, traçando o fluxo maciço de investimento estrangeiro, construção e turismo nas últimas duas décadas que ajudaram a gerar a enorme riqueza do território”, descreve ainda a editora do livro. A sessão de hoje será moderada por Priscila Roberts, Professora Associada e Chefe do Departamento de História e Património da Universidade de São José.
Hoje Macau EventosJorge Arrimar vence Prémio de Literatura dstangola/Camões O escritor angolano Jorge Arrimar venceu por unanimidade o Prémio de Literatura dstangola/Camões, com “Cuéle – O pássaro troçador”, uma obra “muito bem documentada sobre uma região de Angola raramente presente” na literatura, anunciaram na quarta-feira os promotores. O prémio, promovido pelo dstgroup, em parceria com o Instituto Camões, dedicou-se nesta edição a obras de prosa, de autores angolanos, publicadas em 2022 e 2023, tendo distinguido este romance histórico, situado entre o século XIX e finais do século XX, que recria factos e pessoas do sudoeste angolano, memórias reforçadas por precários vestígios escritos ou conservadas apenas na oralidade. O júri, constituído por José Mena Abrantes, que presidiu, David Capelenguela e Amélia Dalomba, descreveu “Cuéle – O pássaro troçador” como “um fresco grandioso e muito bem documentado sobre uma região de Angola raramente presente na literatura”. “O autor tem perfeito domínio da sua expressão, tanto na escrita e na definição das diferentes personagens, como no rigor como caracteriza modos de ser, tradições e comportamentos dos vários estratos sociais, quer do lado africano, quer do lado europeu, num momento decisivo do desenvolvimento do sul de Angola, na transição do século XIX para o século XX”, justifica. Na opinião dos jurados, Jorge Arrimar concilia “com naturalidade, num estilo simples e fluido, reminiscências de figuras relevantes da época e da sua própria história familiar e factos históricos profusamente documentados, que revelam tanto o esboço de uma harmonia possível no contacto entre duas culturas diferentes como a violentação de uma pela outra na concretização da ocupação colonial”. O júri destacou ainda a qualidade de grande parte das obras apresentadas este ano a concurso, quer pelo seu domínio da língua e da escrita literária, quer pela originalidade das suas temáticas ou pela sua crítica da realidade actual, que tornaram “mais difícil a decisão final”. Entre Macau e Angola O prémio tem um valor pecuniário de 15 mil euros, que será entregue ao vencedor, na quantia correspondente em kwanzas, em Angola, em Abril. Nascido em 1953, em Angola, Jorge Arrimar iniciou os seus estudos superiores em Luanda, tendo concluído, posteriormente, em Portugal, a licenciatura em História, a pós-graduação em Ciências Documentais e o doutoramento em História Moderna, bem como, já em Espanha, o doutoramento em Ciências Documentais. Foi professor de Português e de História, nos Açores, e rumou a Macau, onde permaneceu entre 1985 e 1998, tendo exercido o cargo de director da Biblioteca Nacional/Central de Macau. O Prémio de Literatura dstangola/Camões, que distingue livros editados em poesia e prosa, de autores angolanos, tem como missão tornar-se uma referência em Angola por distinguir as obras e os autores mais prestigiados, com o máximo de rigor na escolha da obra vencedora. Ao longo destas edições já galardoou Zetho Cunha Gonçalves, em 2019, Pepetela, em 2020, Benjamim M’Bakassy, em 2021, Boaventura Cardoso, em 2022, e João Melo, no ano passado.
Hoje Macau EventosHistória | Blogue “Macau Antigo” celebra 16 anos O blogue “Macau Antigo”, criado por João Botas, jornalista e autor de livros sobre a história de Macau, comemora 16 anos de existência este mês. Assim, para comemorar esta efeméride, irão decorrer passatempos para os visitantes do site, que podem ganhar livros. Além disso, segundo uma nota de imprensa, nos próximos meses serão dadas a conhecer fotografias de Macau, “umas raras, outras inéditas, com mais de 100 anos”, de lugares como a Baía da Praia Grande, Porto Interior, “aspectos de um jardim privado chinês, que viria a ser o Jardim de Lou Lim Ieoc”, e ainda do Jardim de S. Francisco, entre outros lugares. Destaque ainda para as imagens dos aterros da zona da Praia Grande nas décadas de 20 e 30 do século passado, ou do Forte de Mong-Há. Além disso, “como este ano se celebram os 250 anos do nascimento de George Chinnery, além de que em 2025 faz 200 anos que o pintor inglês chegou a Macau, em 1825, uma terra onde viveu até à sua morte, em 1852, serão também apresentados alguns desenhos raros feitos em Macau e novas pistas sobre a data da chegada ao território, que poderá ser anterior à versão ‘oficial’ divulgada até agora”, descreve João Botas na mesma nota. Criado em 2008, o “Macau Antigo” tem vindo a consolidar-se como “o maior acervo documental online sobre a história de Macau, apresentando um novo post diariamente”. O projecto já conta com mais de seis mil publicações e um total de 2,6 milhões de habitantes. Em Abril último registou um novo recorde mensal de visualizações, cerca de 70 mil numa média diária, a rondar os 2.300. Dos 2,6 milhões de visitantes até agora, a maioria tem como origem Portugal (535 mil), EUA (448 mil), Macau (341 mil), Brasil (198 mil) e Hong Kong (147 mil).
Hoje Macau EventosAlbergue SCM | Inaugurada exposição colectiva com artistas de Taiwan O Albergue da Santa Casa da Misericórdia de Macau inaugurou ontem uma nova mostra de arte. Trata-se de “Sui Generis – Exposição Colectiva de Artistas Contemporâneos de Taiwan”, que promete dar uma nova perspectiva da arte que se faz na região. Destaque para a apresentação de trabalhos de três novas artistas A arte feita em Taiwan volta a exibir-se no Albergue da Santa Casa da Misericórdia de Macau (SCM) numa nova mostra colectiva, depois de uma primeira experiência feita no ano passado, com a exposição “Worldly Existence – Habitat: 1980s Taiwan Artists Joint Exhibition”. Desta vez, apresenta-se “Sui Generis – Exposição Colectiva de Artistas Contemporâneos de Taiwan”, organizada pelo Discrepancies Studio. Segundo um comunicado, esta mostra revela “a rica tapeçaria de influências culturais existente em Macau e Taiwan”, o que mostra “como os artistas reflectem e interpretam as suas heranças únicas”. O leque de artistas que participam nesta exposição são Tsong Pu, Tao Wen-Yueh, Lu Hsien-Ming e três artistas femininas emergentes: Pan Yu, Hsu Ting e Hsiao Chu-Fang, “que trazem novas perspectivas à arte contemporânea de Taiwan”, é destacado na mesma nota. Esta exposição tem ainda como objectivo “realçar a ligação vital entre cultura e arte, ilustrando a forma como estes artistas procuram exprimir as suas identidades num contexto global”. Assim, “Sui Generis” visa “promover o diálogo sobre a modernidade e a partilha de experiências culturais entre Macau e Taiwan”. Laços de expressão Em “Sui Generis” destaca-se o trabalho de Tsong Pu, intitulado “In a Distant Snoring Sound”. Trata-se de uma série de trabalhos artísticos que “reexamina os confortos da vida em Taiwan, explorando temas de crescimento e transformação através de experiências quotidianas”. Por sua vez, “Suite of the City”, de Lu Hsien-Ming, explora “os ambientes urbanos que reflectem ligações emocionais às cidades de Taiwan, mostrando uma identidade artística única”. No caso de “Genesis”, de Tao Wen-Yueh, o público poderá ver a “estreia de novas obras que abordam temas de nascimento e existência, personificando um mundo vivo através da sua expressão artística”. Pan Yu, uma das artistas que se estreia nesta exposição colectiva, traz a “Série Peónia”, que não é mais do que “uma celebração da beleza e da elegância, utilizando as peónias como metáfora da interligação da vida e do universo”. A exposição inclui ainda a exploração artística por parte de Hsiao Chu-Fang, que faz “uma reflexão sobre a expressão emocional através de retratos inovadores de rostos e sentimentos, destacando a arte contemporânea de Taiwan”. De salientar também o trabalho de fotografia apresentado por Tsu Ting, que é fruto de uma “investigação sobre a espacialização das imagens, criando dissonância cognitiva através das suas obras visuais”. Em termos gerais, esta mostra pretende mostrar “a vitalidade da arte contemporânea de Taiwan, como também tem como objectivo reforçar a colaboração artística entre Macau e Taiwan”. A mostra pode ser vista na Galeria A2 do Albergue SCM até ao dia 5 de Dezembro deste ano. A curadoria está a cargo de Cai Guojie, com co-curadoria e trabalho de investigação académica feito por Tsai Shih-Wei. A mostra conta ainda com as colaborações do Espaço de Arte Shui-Lin, RIHUI AD Design Prints Company e do CAC – Círculo dos Amigos da Cultura de Macau.
Hoje Macau Eventos“Iluminar Macau” | Nova edição a partir de 7 de Dezembro Começa a 7 de Dezembro mais uma edição do evento “Iluminar Macau”, que tem como tema “Imersão do Tempo e do Espaço” e que se prolonga até 25 de Fevereiro. Segundo uma nota da Direcção dos Serviços de Turismo (DST), o evento “conta com a participação de artistas estrangeiros, do Interior da China, de Hong Kong e de Macau”, ficando a promessa da apresentação de “instalações emblemáticas e interactivas”, bem como espectáculos de vídeo mapping. Participam nesta edição 18 artistas e equipas de design, nomeadamente de oito cidades consideradas “Cidades Criativas do Design”, como Pequim, Xangai, Chongqing, Shenzhen, Nagoya, Cidade do México, Montreal e Sydney, além de Macau e Hong Kong, e contando ainda com a participação de Portugal e da Nova Zelândia. De Portugal, chega João Jorge Magalhães, Zhu Xi, de Xangai; Li Wei, de Pequim; e “Miss Elephant”, de Hong Kong. O evento apresenta temas em seis zonas da cidade, num total de 31 instalações e três espectáculos de vídeo maping. Os seis subtemas são “Pulse of the Future”, na zona da Praia do Manduco; “Interlude of the Ocean”, na Praia Grande; “Glourious Epoch”, no NAPE; “Realm of Fantasy”, na zona norte da península; “Fusion of Arts and Culture”, na Taipa, e “Nostalgic Aura”, em Coloane. As instalações podem ser visitadas entre as 19h e as 22h. Um dos espectáculos de vídeo mapping acontece na praça em frente ao Centro de Ciência de Macau, com o Japão a apresentar “Create the Future”. Os restantes dois espectáculos de vídeo mapping, “Connect” e “100 FUN”, serão apresentados no Largo dos Bombeiros, na Taipa. As sessões de vídeo mapping terão lugar diariamente entre as 19h00 e as 21h30, em cada 30 minutos.
Hoje Macau EventosUSJ | Saúde e bem-estar dos mais jovens em debate A Universidade de São José (USJ) organiza entre amanhã e sábado a segunda edição do Simpósio Internacional sobre a Saúde e o Bem-Estar das Crianças e dos Jovens, que acolhe durante dois dias, no campus da Ilha Verde, um conjunto de académicos para falar de um tema actual. Segundo um comunicado da USJ, trata-se de um “simpósio interdisciplinar destinado a académicos, profissionais e decisores, com o objectivo de estabelecer ligações e dar contributos significativos para o conhecimento e a elaboração de políticas sobre a saúde e o bem-estar das crianças e dos jovens”. O evento é organizado pela USJ e por outras entidades académicas, nomeadamente o Observatório de Desenvolvimento Social de Macau da USJ, a Escola de Enfermagem Kiang Wu de Macau ou o Departamento de Serviço Social da Universidade Shue Yan de Hong Kong, entre outros. Irão, assim, ser discutidos temas como a saúde mental e pública, as políticas direccionadas para adolescentes e a relação com a família. A título de exemplo, serão apresentadas palestras como “Estilo Parental e Dependência Online da Criança na China: Efeito de mediação da intervenção parental”, por Chien-Chung Huang; ou ainda “Qualidade de vida dos jovens em Macau e Zhuhai: uma comparação”, por Johnston HC Wong. Já Yu Xiang, vai apresentar a palestra “Um modelo para promover o bem-estar dos adolescentes na área da Grande Baía: O caso da formação em Serviço Social”. Haverá também um debate sobre o ensino especial, nomeadamente com a apresentação de “Processamento temporal e leitura em crianças chinesas com dislexia”, por Xu Zhengye, da Universidade de Educação de Hong Kong; bem como “Desenvolvimento da juventude e questões de saúde mental em Taiwan”, por Chang Kou-Wei, da Universidade de NhuHua, em Taiwan.
Hoje Macau EventosHalftone | Lançada décima edição da revista de fotografia “Halftone Meet #10” foi lançada esta terça-feira e é mais uma edição da revista de fotografia que conta com trabalhos de fotógrafos profissionais e amadores, nomeadamente Jane Xu, Sara Augusto, Carmen Cerejo ou Nuno Calçada Bastos, entre outros. Esta é a oportunidade para folhear uma edição com estilos diversos de fotografia A Fundação Rui Cunha (FRC) acolheu esta terça-feira o lançamento da décima edição da revista “Halftone”, um projecto da Associação Halftone. Trata-se de uma edição com imagens de alguns dos membros da associação, nomeadamente Jane Xu, Sara Augusto, Carmen Cerejo, Nuno Calçada Bastos, Cassia Schutt e Hosoe Eikoh, a quem é prestada homenagem póstuma. Nesta edição, abrange-se um espectro fotográfico desde a fotografia documental até à expressão artística, a cores ou a preto-e-branco, em que “os trabalhos desafiam narrativas previsíveis, evocam respostas emocionais profundas e exploram as complexidades da experiência humana”, segundo a nota editorial da revista. De acordo com a organização, “a chegada à décima edição da nossa revista representa um marco significativo no nosso percurso nos últimos três anos”. “Esta conquista não só demonstra a nossa resiliência num cenário editorial desafiante, como também reflecte o nosso compromisso em promover a criatividade e o diálogo através da arte da fotografia”, acrescenta-se na mesma nota. A associação afirma ainda que foi construído “um espaço onde os artistas podem explorar e expressar as complexidades da experiência humana, promovendo um sentimento de pertença e compreensão partilhada”. Reflexão e partilha Dez edições depois, a Halftone, que nasceu com o objectivo de revelar a fotografia que se faz no território, em todos os géneros e por todo o tipo de profissionais parece ter atingido o seu propósito. Lançar dez revistas serve, para a associação, como motivo “para reflectir sobre os temas que apresentamos e as ligações que cultivamos”. “Olhando para trás, reconhecemos como estas narrativas ressoam com o nosso compromisso contínuo com o discurso social e a exploração cultural”, é acrescentado. Destaque para o facto de “Halftone Meet #10” servir ainda de homenagem a Hosoe Eikoh, recentemente falecido, lembrado pela “fotografia magistral [que] deixou uma marca indelével no mundo da arte”. “A capacidade de Eikoh de entretecer luz e sombra com uma grande profundidade emocional, convida os espectadores a envolverem-se com a condição humana de uma forma que ressoa para além das fronteiras culturais. O seu trabalho serve como uma memória comovente das narrativas tecidas em cada um dos projectos apresentados, reforçando a ideia de que, no seu âmago, toda a fotografia procura contar uma história”, remata a associação na mesma nota. Ainda sobre os autores das imagens, destaque para Sara Augusto, que além da dedicação à fotografia é professora universitária na Universidade Cidade de Macau. Sara Augusto é formada nas áreas das humanidades e literaturas em português, tendo sido docente no Instituto Português do Oriente. Além disso, fez o Curso Profissional de Fotografia, ministrado pelo Instituto Português de Fotografia no Porto, em 2016. Nuno Calçada Bastos, também residente em Macau, tem dedicado a sua carreira à fotografia e organização de eventos, assumindo também uma paixão pela fotografia de viagens, além do lado mais comercial que esta arte pode assumir.
Hoje Macau EventosIIM | Exposição de fotografia na próxima semana No próximo dia 27 de Novembro, a partir das 18:30 horas, vai ser inaugurada a exposição de fotografias “À descoberta de Macau e Hengqin”. A iniciativa parte do Instituto Internacional de Macau e é patrocinada pela Fundação Macau, sendo co-organizada por diversas entidades, uma delas a Associação de Fotografia Digital de Macau e a Associação dos Macaenses, entre outras. Segundo um comunicado, esta mostra “visa estimular o conhecimento da população, especialmente entre os mais jovens, sobre as riquezas patrimoniais e tradições que formam a cultura de Macau, incluindo as atracções da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin”. A iniciativa teve “uma participação significativa dos residentes de Macau e também de participantes do exterior”, com mais de 263 fotografias apresentadas a concurso. O júri foi constituído por Adelina Chou, do Instituto Internacional de Macau, Carlos Dias e Che Peng Ion, em representação da Associação de Fotografia Digital de Macau, Ng Chi Wai, da Associação dos Embaixadores do Património de Macau, e Francisco Ricarte, da associação Halftone. Na categoria “Residentes de Macau” foi destacada a imagem de José Manuel da Costa Giga, Maria Ferreira Sin e Vong Hoi Veng; enquanto na categoria geral foram classificados Xing Gui Chao, Wong Chi Keung e CL-Chen. Cerca de uma dezena de imagens receberam ainda menções honrosas, sendo apresentado um prémio especial por um sócio da Associação de Fotografia Digital de Macau. A exposição, aberta ao público, terá lugar na sala de actividades do Jardim Cidade das Flores na Taipa até ao dia 8 de Dezembro.
Hoje Macau EventosLivro | Eanes recusa estigma e recorda 25 de Novembro como a “continuação do 25 de Abril” O antigo Presidente da República Ramalho Eanes, comandante operacional do 25 de Novembro de 1975, recusa a estigmatização da data, que defende ser uma continuação do 25 de Abril, “dia fundador” da democracia. No livro “Ramalho Eanes, Palavra que conta”, editado este mês, a partir de uma entrevista à RTP realizada pela jornalista Fátima Campos Ferreira e transmitida em maio passado, Eanes recusa a estigmatização da operação: “Não percebo que estigmatizem o 25 de Novembro, porque o 25 de Novembro é a continuação do 25 de Abril; é a reafirmação de que as promessas feitas pelos militares à população portuguesa se mantêm, e se mantêm com toda a força, seja como for, quaisquer que sejam os obstáculos”. É altura de reconhecer que “houve um período muito complicado entre o 25 de Abril e o 25 de Novembro, que houve movimentos que tentaram – compreensivelmente, em minha opinião – impor as suas ideologias, o que, obviamente, o MFA não permitiu, porque isso seria, de alguma maneira, contrariar, não responder, não respeitar a promessa de Abril. E portanto, tivemos de fazer o 25 de Novembro, mas, a partir daí, o país criou unidade, unidade plural, obviamente”, considera. “Entendo que o esquecimento do 25 de Novembro não ajuda a democracia, porque a história não se apaga. É com a história, e regressando à história, de forma não endémica nem nostálgica, que aprendemos a evitar erros futuros”, argumenta na mesma entrevista, agora publicada pela Porto Editora. Segundo o antigo Presidente, aquela data marca “o ponto final de um confronto e o início de uma cooperação democrática em que todos participam, em que todas as ideologias se justificam”. Em abril deste ano, numa iniciativa do atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com alunos do ensino secundário e superior, o general Ramalho Eanes, que foi o comandante da operação militar de 25 de Novembro de 1975, reservou para o 25 de Abril de 1974 o lugar hegemónico. “O 25 de Abril foi único, foi fundador. É ele que concede a liberdade aos portugueses. É ele que devemos festejar, comemorar e sobretudo refletir. Mas não devemos esquecer a perturbação natural que se seguiu, em que houve um combate de ideologias, de modelos de sociedade, em que houve um PREC que criou uma situação insustentável, uma situação de medo e uma situação que nos levou perto de uma guerra civil”, declarou, na ocasião. Eanes disse que houve “uma ofensiva militar”, no seu entender “organizada levianamente pela extrema-esquerda, mas em que o PCP não podia ter deixado de intervir”, perante a qual ele e outros militares foram obrigados a agir. “Tivemos essa ação, enfim, e repito que podia ter levado a uma guerra civil e que foi indispensável o 25 de Novembro. Repito: foi indispensável, para que as promessas de honra dos militares à população fossem realizadas”, defendeu. Segundo Eanes, o desfecho do 25 de Novembro deveu-se aos “militares que se tinham mantido fiéis à promessa de honra que tinham feito à população, que era devolver-lhes a liberdade, mas a liberdade sem condicionamentos” e que “resolveram, perante uma insurreição armada responder – bom, e a uma insurreição armada, naturalmente, só se responde com armas”. Também em abril passado, mas numa entrevista no Jornal da Noite da SIC, Ramalho Eanes foi questionado se “faz sentido ou não faz sentido, comemorar, celebrar” as duas datas, o 25 de Abril como o 25 de Novembro, respondendo que “faz inteiramente sentido” mas ressalvando que a data fundadora da democracia é o 25 de Abril de 1974. “Há uma data fundadora da democracia: o 25 de Abril”, afirmou. Anos antes, em 24 de novembro de 2015, em Manila, Filipinas, onde se encontrava para receber o Prémio Internacional da Paz 2015, atribuído pela fundação Gusi Peace Prize International, Eanes tinha defendido que o 25 de Novembro foi um “momento fraturante” e que momentos fraturantes “não se comemoram, recordam-se”. “O 25 de Novembro foi um momento fraturante e eu entendo que não devemos comemorar, os momentos fraturantes não se comemoram, recordam-se e recordam-se apenas para refletir sobre eles. No caso do 25 de Novembro, devíamos refletir por que é nós portugueses, com séculos e séculos de história, com uma unidade nacional feita de uma cultura distintiva profunda, por que é que nós chegámos àquela situação, por que é que chegámos à beira da guerra civil”, disse na altura Ramalho Eanes, em declarações à rádio e televisão pública de Macau, em Manila. Foi o 25 de Novembro deu a conhecer ao país o seu comandante operacional. O então tenente-coronel Ramalho Eanes apareceu na RTP de óculos escuros, rosto afilado e patilhas, com a sua voz grave e dicção pausada, falando ao lado de Jaime Neves, perante o Presidente da República, general Costa Gomes, o primeiro-ministro, Pinheiro de Azevedo, e Vasco Lourenço. Todas as operações, disse na altura Eanes, “foram conduzidas com a preocupação de evitar baixas de qualquer dois lados”. “Esta preocupação foi grande e teve a determiná-la o facto de um lado e do outro lado estarem portugueses”, declara Eanes, concluindo que as unidades envolvidas conseguiram “restituir, ao povo português, agora, de uma maneira aberta e livre, os ideais que fizeram a revolução do 25 de Abril”. É o primeiro Presidente da República eleito em democracia, cumprindo dois mandatos (1976-1986).
João Luz EventosExposições e espectáculos em 2023 batem lucros de 2019 No ano passado, as chamadas indústrias culturais tiveram receitas de 8,72 mil milhões de patacas, valor que significou um crescimento anual de 47,9 por cento, face a 2022, e mais 10 por cento do registo de 2019, quando as receitas totalizaram 7,9 mil milhões de patacas. As indústrias culturais agregam áreas como media digital, design criativo, exposições, espectáculos culturais e colecção de obras artísticas. Voltando à comparação anual, no ano passado o sector registou um “valor acrescentado bruto (VAB), que reflecte o contributo económico destas indústrias, de 2,90 mil milhões de patacas, mais 24,5 por cento, face a 2022. A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) justificou o aumento das receitas com a acção do Governo, que promove “de forma contínua o desenvolvimento das indústrias em análise e à gradual recuperação da economia de Macau”. Em relação ao peso no tecido associativo e empresarial, no ano passado existiam 2.866 organismos dedicados às indústrias culturais de Macau, mais 112, face a 2022. Outro aspecto em que a DSEC dá conta de crescimento, foi no número de pessoas empregadas no sector, que subiu mais de 15 por cento em termos anuais para quase 14 mil trabalhadores. À lupa Destaca-se que em 2023 as receitas dos serviços da área “media digital” foram de 3,78 mil milhões de patacas, mais 23 por cento, em termos anuais, representando o maior peso em relação às receitas dos serviços das indústrias culturais (43,3 por cento do total). Por outro lado, o VAB (1,29 mil milhões de patacas) diminuiu 4,8 por cento, devido principalmente à subida dos custos de exploração. A segunda área mais rentável foi o design criativo, que amealhou receitas de 2,47 mil milhões de patacas no ano em análise, mais 22,6 por cento, em termos anuais. Em termos de dimensão desta área nas indústrias criativas, a DSEC indicou ontem que o design criativo representava 28,3 por cento das receitas globais. Neste capítulo, a DSEC salienta a performance de organismos dedicados ao “design até à produção/distribuição” de produtos de marcas de Macau, que amealharam 37,1 milhões de patacas no ano passado, um aumento significativo (77,7 por cento) face a 2022. Porém, as áreas que registaram maior crescimento foram as exposições e espectáculos culturais, “graças ao número de concertos realizados em Macau ter aumentado significativamente”, desde que foram abolidas as restrições fronteiriças impostas pelo combate à covid-19. Assim sendo, este sector amealhou no passado receitas na ordem dos 2,35 mil milhões de patacas, valor que representou uma subida de 214,6 por cento em relação a 2022. Já o valor acrescentado bruto, atingiu 755,3 milhões de patacas, mais 187,7 por cento do registo do ano anterior. Finalmente, as receitas dos serviços da área “colecção de obras artísticas” atingiram no ano passado 125,8 milhões de patacas, o que, apesar do peso diminuto da área no computo geral das chamadas indústrias criativas (1,4 por cento do total), representou uma subida anual superior a 85 por cento.