Sérgio Fonseca DesportoGP | FIA afina regras da Fórmula Regional A Federação Internacional do Automóvel (FIA) aproveitou a realização, em Macau, das Assembleias Gerais Extraordinárias e da sua conferência anual para publicar o regulamento do Grande Prémio de Macau – Taça do Mundo de Fórmula Regional da FIA de 2025. Não são muitas as alterações em relação a 2024, mas as mudanças introduzidas visam colmatar lacunas da primeira edição desta competição em Macau As doze bandeiras vermelhas durante a sessão de qualificação do ano passado colocaram em causa o nível dos pilotos presentes no Circuito da Guia, naquela que foi a estreia da Taça do Mundo de Fórmula Regional da FIA em Macau. Isto aconteceu após a controversa decisão da FIA de considerar que a Fórmula 3 já não era adequada ao traçado citadino de Macau. Sem surpresa, o regulamento desportivo deixa agora claro que, para competir na Taça do Mundo de Fórmula Regional da FIA, “todos os pilotos devem ter participado num mínimo de 3 competições com um monolugar que tenha sido projectado e/ou construído para atingir uma relação peso/potência superior a 3,0 kg/cv.” Emanuele Pirro, ex-piloto de F1, vencedor da Corrida da Guia e presidente da Comissão de Monolugares da FIA, afirmou ainda durante o fim de semana da 71.ª edição que, no futuro, a FIA será mais exigente quanto à disciplina em pista. Assim, a partir de agora, “qualquer piloto que, na opinião dos Comissários Desportivos, seja o único responsável pela exibição de uma bandeira vermelha durante a sessão de treinos de qualificação, não poderá continuar a participar nessa sessão e o seu melhor tempo de volta poderá ser anulado.” O novo regulamento também determina que “se uma sessão de treinos de qualificação for interrompida com menos de quatro minutos restantes, não será reiniciada.” Por outro lado, a FIA mantém o limite na participação de pilotos mais experientes, sendo excepção apenas os “pilotos que tenham participado num máximo de 3 competições do Campeonato FIA F2 de 2025.” Esta medida vai um pouco contra o espírito e história do Grande Prémio, que sempre reuniu pilotos oriundos de categorias superiores na sua prova principal. Aliás, esta foi uma questão debatida fervorosamente entre Macau e a federação internacional em duas ocasiões anteriores. Em 1985, Alfredo César Torres, então responsável pelo automobilismo português, convenceu Jean-Marie Balestre, contra a sua vontade, a permitir a participação de pilotos da F1 na Taça Intercontinental FIA de F3, em nome da viabilidade económica da prova. Em 2016, a polémica voltou com o veto da FIA à participação de Nelsinho Piquet, decisão mal recebida pelas equipas e pelo então co-coordenador Barry Bland, que acabaria por abandonar a co-organização da prova um ano mais tarde. Aposta na continuidade Em termos desportivos, as inscrições para esta segunda edição da Taça do Mundo de Fórmula Regional da FIA permanecerão abertas até 30 de Julho. A grelha poderá incluir um máximo de 27 monolugares Tatuus Formula Regional, todos equipados com motores Alfa Romeo construídos pela italiana Autotecnica. A Pirelli será, uma vez mais, a fornecedora oficial de pneus. As identidades das equipas convidadas ainda não foram reveladas, mas são esperadas algumas novidades neste campo em relação a 2024. Para evitar eventuais disputas nos bastidores, ficou já definido que “a posição na via das boxes para as equipas que participam no Grande Prémio de Macau será baseada na classificação do ano anterior” e, por sua vez, “a posição na via das boxes para novas equipas será atribuída com base na ordem de finalização da candidatura.” Prémios iguais e publicidade mais restrita Os valores dos prémios monetários mantêm-se inalterados este ano, com um total de 68.500 dólares americanos a distribuir, o equivalente a pouco mais de 550 mil patacas, à taxa de câmbio atual. O vencedor da corrida receberá 12 mil dólares americanos, valor que, ainda assim, está longe de cobrir os custos de participação numa prova desta natureza. Por outro lado, o regulamento desportivo introduz duas novas proibições em matéria de publicidade nos monolugares. Para além da já existente proibição de publicidade a jogos de fortuna ou azar, tabaco ou pornografia, passa também a ser interdita a promoção de cigarros eletrónicos e bebidas alcoólicas – uma medida que segue a legislação em vigor no território. O 72.º Grande Prémio de Macau, o maior evento desportivo internacional da RAEM, terá lugar entre os dias 13 e 16 de novembro de 2025.
Sérgio Fonseca Desporto MancheteFIA | Conferência ajudou a perceber futuro do automobilismo Pela primeira vez na sua história, em 2025, Macau acolheu as Assembleias Gerais Extraordinárias e Conferência da Federação Internacional do Automóvel (FIA). Organizado em parceria com a Associação Geral do Automóvel de Macau-China (AAMC), a associação desportiva do território filiada na FIA, e com o Galaxy Entertainment Group, este evento reuniu na RAEM mais de cinco dezenas de delegados seniores da FIA provenientes de 147 países No Galaxy International Convention Centre, até hoje, discute-se o futuro do automobilismo e mobilidade a nível mundial. No entanto, alguns detalhes sobre o futuro do desporto no território já foram revelados nas entrelinhas. Focada em obter informações sobre o crescimento do automobilismo e a promoção de uma mobilidade segura, sustentável e acessível a todos na região Ásia-Pacífico, a sessão de abertura da Conferência da FIA destacou a importância da comunicação e colaboração, bem como a capacidade da região para inovar e criar soluções que respondam às questões específicas que enfrenta. Roberto Carlos Osório, presidente da Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), afirmou que a associação possui uma forte tradição no automobilismo e que, ao seguir as directrizes da FIA, está a conseguir fazer crescer rapidamente a competição a nível da base na região. “Organizámos a primeira Taça GT Macau em 2008”, referiu o dirigente da AAMC. “Actualmente, temos também a Taça GT – Corrida da Grande Baía para carros GT4. Além disso, em 2008, criámos a Road Sport Challenge”, explicou. “E hoje, em 2025, temos o orgulho de anunciar que contamos com 68 carros de Turismo na região a competir na corrida de qualificação para entrarem no 72.º Grande Prémio de Macau.” Num ano em que a AAMC comemora 30 anos de existência – nasceu como Automóvel Clube de Macau – ficamos também a saber que a aposta da associação para o futuro será nas disciplinas de base do desporto motorizado. Roberto Carlos Osório revelou igualmente um dado curioso: Macau conta com 135 pilotos com licença desportiva do território. “Este crescimento foi alcançado seguindo as orientações da FIA para promover o automobilismo de base e criar corridas acessíveis para os pilotos da região,” acrescentou o dirigente do território. “Com o interesse de pilotos, equipas e promotores em desenvolver actividades de ponta em Macau, no futuro iremos focar-nos ainda mais nas competições de base e em corridas acessíveis, não só para apoiar o turismo, mas também para tornar Macau num centro asiático de eventos internacionais de Karting, onde os campeões poderão ser seleccionados para a F4 e, posteriormente, para a Formula Regional.” Programa do GP confirmado A Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau (COGPM) realizou uma conferência de imprensa, no passado dia 8 de Junho no Museu do Grande Prémio de Macau, para confirmar as corridas do programa do 72.º Grande Prémio de Macau, que terá lugar entre os dias 13 e 16 de Novembro deste ano. Tal como no ano passado, serão sete corridas no total, respectivamente, o Grande Prémio de Macau – Taça do Mundo de FR da FIA, a Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA, a Corrida da Guia Macau – Kumho FIA TCR World Tour Event of Macau, a Corrida de Macau de Fórmula 4 – Taça do Mundo de Fórmula 4 da FIA, o 57.º Grande Prémio de Motos de Macau, a Taça GT – Corrida da Grande Baía (GT4) e a Macau Roadsport Challenge. Pela primeira vez, o Circuito da Guia recebe quatro diferentes Taças sob a chancela da FIA no mesmo fim de semana. Outras novidades Entre reuniões e comunicados, foram reveladas outras informações sobre a edição de Novembro do Grande Prémio de Macau. O Conselho Mundial da FIA aprovou, em Macau, que o vencedor da primeira Taça do Mundo de Fórmula 4 da FIA receberá dois pontos para a Super Licença. Ficámos também a saber que a Pirelli irá equipar todos os monolugares que participarem tanto na Taça do Mundo de Fórmula 4 da FIA como na Taça do Mundo de Fórmula Regional da FIA. Por sua vez, o fornecimento de pneus e combustível para a Taça do Mundo de GT da FIA continua em fase de concurso. As inscrições para a Taça do Mundo de Fórmula 4 estarão abertas até 30 de Julho. A selecção final de 20 pilotos será confirmada pela FIA através de uma carta oficial de convite, tendo em conta a classificação atual dos pilotos nos respetivos campeonatos. No caso da Taça do Mundo de Fórmula Regional da FIA, as inscrições também permanecerão abertas até 30 de Julho, sendo que a grelha poderá acolher um máximo de 27 monolugares Tatuus Formula Regional equipados com motores Alfa Romeo construídos pela Autotecnica. Tal como na Fórmula 4, a participação será por convite, com prioridade atribuída aos pilotos que tenham alcançado as melhores posições nos cinco campeonatos de Fórmula Regional de 2025.
Sérgio Fonseca DesportoGP | Jaguar que venceu em Macau em 1984 regressou às pistas Os mais de setenta anos de história do Grande Prémio de Macau fazem-se de pessoas, máquinas e grandes momentos. Estávamos em 1984, quando Tom Walkinshaw conquistou a única vitória da Jaguar na Corrida da Guia. Após anos afastado do público, para gáudio dos aficcionados, este mesmo carro voltou às pistas pelas mãos de um entusiasta do evento de automobilismo da RAEM Richard Meins, um empresário inglês do ramo do transporte marítimo que residiu muitos anos em Hong Kong, e que participou por diversas ocasiões no Grande Prémio de Macau, conduziu este Jaguar XJS de Grupo A na prova Historic Touring Car Challenge, uma competição para clássicos, durante o Donington Historic Festival. Este “Big Cat”, o chassis nº5 e um dos quatro XJS originais ainda existentes, está praticamente como estava em 1984, mas dada as limitações da publicidade ao tabaco, hoje ostenta as cores usadas no Campeonato Europeu de Carros de Turismo, em vez da icónica decoração preta e dourada da John Player Special (JPS) que marcou a passagem pelo Circuito da Guia. Curiosamente, este regresso às pistas, de um carro que esteve muitos anos parado na Nova Zelândia e no Japão, estava previsto para o Autódromo Internacional do Algarve, mas o Historic Touring Car Challenge cancelou a sua prova no início de Abril em Portimão. Sendo assim, foi em terras de Sua Majestade que Richard Meins fez a sua primeira corrida com o carro britânico. “O carro venceu em 1984 em Macau, por isso sou um grande fã deste modelo”, explicou Ricard Meins à revista inglesa Motorsport News. “Ainda tenho as fotografias que tirei nesse fim de semana em Macau”, recordou este ávido coleccionador de carros de competição clássicos e que, além de conduzir, apoiou vários pilotos no Grande Prémio de Macau. Em Donington Park, Richard Meins partilhou o imponente Jaguar XJS, equipado com um motor V12 de 5.3 litros, com Jack Tetley, e terminaram em sexto lugar da geral, vencendo na sua classe. Richard Meins só tinha guiado o carro uma ou duas vezes anteriormente, mas planeia participar em mais rondas do Historic Touring Car Challenge com o XJS de 1984. “Vamos tentar colocá-lo em pista com mais frequência agora”, disse ainda Ricard Meins, que revelou estar a ponderar uma participação no Silverstone Festival em Agosto com este exemplar muito raro e marcante da história dos carros de turismo dos anos 1980. Estreia de uma decoração icónica No Verão de 1984, Tom Walkinshaw aceitou o desafio da organização portuguesa do Grande Prémio para viajar no final desse ano até Macau. Com o título europeu no bolso, o piloto e chefe de equipa inglês fez-se acompanhar por um dos seus pilotos habituais, o alemão Hans Heyer. A Corrida da Guia era um feudo da BMW e o controverso inglês queria colocar um ponto final no domínio bávaro na prova. Para isso, contou com o precioso apoio da JPS, que estava a relançar a marca, decorando os seus carros com as famosas cores preta e dourada que mais tarde seriam eternizadas nos Lotus de Ayrton Senna. Na altura, a Corrida da Guia acontecia três semanas antes dos 1000 km de Bathurst, outra prova importante no calendário mundial das corridas de carros de Turismo, e assim a TWR fez um “dois em um”. A corrida de 100 milhas nas ruas de Macau não teria muita história, tal o domínio dos carros construídos nas oficinas de Kidlington face à concorrência encabeçada pelos dois BMW 635i oficiais da Schnitzer, guiados por Hans Stuck e Dieter Quester, e pintados pela rival Marlboro. Tom Walkinshaw terminou em primeiro e Hans Heyer e m segundo. No final da corrida, citado pelo jornal português Autosport, Tom Walkinshaw disse: “O circuito é fantástico. Apertado, mas com muitas curvas, subidas e descidas, o que fez com que a corrida se tornasse obrigatoriamente difícil. Mas eu gosto de coisas difíceis e, para mim, a corrida foi óptima do princípio ao fim. Diverti-me e, como fomos bem recebidos, esperamos voltar a correr em Macau.” Os Jaguar foram novamente convidados pela Comissão do Grande Prémio de Macau para correr em 1985, mas Tom Walkinshaw tinha outros planos para os seus carros. Felizmente, graças a Richard Meins continuaremos a ver este belíssimo carro nas pistas.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Surge projecto para nova pista em Zhuhai Com uma nuvem muito negra a pairar sobre o futuro do Circuito Internacional de Zhuhai, eis que surge uma potencial boa notícia para os adeptos do automobilismo da Grande Baía: um projecto para um novo circuito permanente na cidade chinesa adjacente à RAEM. Segundo o jornal Ta Kung Pao, de Hong Kong, o Governo Provincial de Guangdong publicou recentemente o documento “Medidas para Promover o Desenvolvimento de Turismo de Alta Qualidade e Acelerar a Construção de uma Província Turística Forte”, que propõe, pela primeira vez, a criação de um “Círculo Industrial de Cultura e Turismo da Grande Baía”, oferecendo apoio político ao desenvolvimento integrado da cultura e do turismo na região. Com isto, poderá vir a surgir o primeiro complexo industrial e turístico temático de desporto motorizado na Grande Baía. O projecto do Circuito Internacional Zhuhai Chaoyue foi recentemente apresentado no Ocean Spring Resort de Zhuhai, situado em Doumen, não muito longe do aeroporto da cidade, com um investimento inicial de 250 milhões de renminbis. De acordo com as primeiras informações, o projecto deste circuito prevê acolher provas como a Fórmula 3 e fomentar o desenvolvimento colaborativo entre os sectores do desporto motorizado, eventos culturais e indústria de exposições. O plano inclui a realização de várias provas internacionais por ano e prevê a colaboração com Hong Kong e Macau para ligar cidades como Jiangmen e Zhongshan, promovendo o “turismo de múltiplas paragens” e impulsionando o desenvolvimento inovador da “economia de eventos + turismo cultural”. Segundo Zhou Jian, Diretor-Geral Executivo da China Travel Service (Zhuhai) Ocean Spring Resort Co., o circuito – com certificação de Grau 3 da FIA – incluirá ainda uma pista de karting, pista de drift e um espaço interior de 2.400 m² para exposições e eventos relacionados com o setor automóvel. Com mais de 50 eventos internacionais projetados anualmente, o objetivo é tornar-se um “super IP” que una corridas, lazer e turismo sob um mesmo conceito. A primeira fase do projecto do Circuito Internacional Zhuhai Chaoyue incluirá infraestruturas de corrida profissionais com certificação internacional, bem como instalações de apoio. Este projecto ambiciona não só preencher “uma lacuna no sector de desporto motorizado de alta gama em Zhuhai, como também promoverá a modernização das indústrias culturais, desportivas e turísticas da Grande Baía através da realização de corridas internacionais e eventos culturais temáticos ligados ao automobilismo.” Incertezas no ar No Verão passado, a empresa malaia LBS Bina Group Bhd anunciou que vendeu a sua participação no Circuito Internacional de Zhuhai (ZIC) – o primeiro circuito permanente construído no Interior da China – por 124,7 milhões de ringgits (cerca de 214,15 milhões de patacas). Numa declaração apresentada à Bursa Malaysia Securities Bhd, o grupo informou que a sua subsidiária, Dragon Hill Corporation Ltd, vendeu a totalidade da sua participação na Lamdeal Investments Ltd (LIL) à Huafa Urban Operation (HK) Ltd, um conhecido operador imobiliário. A LIL detinha 60 por cento da Zhuhai International Circuit Limited (ZICL), operadora do circuito. Erguido em 1996 com o intuito de receber o primeiro Grande Prémio da China de Fórmula 1 — algo que nunca se concretizou — o ZIC foi, ainda assim, o motor inicial do automobilismo do país e uma referência no automobilismo asiático. Desde a sua abertura, acolheu várias provas internacionais, como o FIA GT, A1 GP ou o Intercontinental Le Mans Series. Nos últimos anos, a administração da pista optou por organizar os seus próprios eventos, abdicando das mais custosas provas internacionais. Apesar de ter recebido, no passado, competições automobilísticas da RAEM, o ZIC tem vindo a perder protagonismo no desporto motorizado local, devido aos preços elevados, à disponibilidade limitada e à redução da actividade desportiva em prol das mais lucrativas actividades comerciais. O futuro do circuito permanece incerto: sabe-se apenas que os contratos de arrendamento entre as equipas residentes e o circuito foram congelados e não estão a ser renovados. A homologação da pista também estará prestes a expirar, sendo necessária uma nova certificação para que continue a receber competições no futuro. No entanto, no fim de semana de 14 e 15 de Junho, o ainda único circuito de Zhuhai irá acolher a terceira prova da temporada do Campeonato da China de Fórmula 4.
Sérgio Fonseca DesportoHistóricos de Macau conseguem apuramento para GP O Circuito Internacional de Guangdong acolheu, no passado fim de semana, a segunda e decisiva jornada dupla do Carros de Turismo de Macau – Macau Road Sport Challenge, prova de apuramento para a mais importante corrida de automobilismo da temporada: o Grande Prémio de Macau. Numa jornada com poucos motivos de celebração para as cores da RAEM, os veteranos Jerónimo Badaraco e Rui Valente conseguiram garantir a qualificação. Com uma lista de 68 inscritos, a grelha foi dividida em dois grupos, A e B, com todos os pilotos a competirem com modelos Toyota GR86 (ZN8) ou Subaru BRZ (ZD8). Este ano, com apenas uma corrida prevista no programa do Grande Prémio – devido à inclusão da nova Taça do Mundo de Fórmula 4 da FIA – o número de pilotos apurados foi reduzido para 36, o que colocou uma pressão suplementar para as duas corridas que faltavam. Para complicar, a chuva chegou, trocando as voltas a equipas e pilotos. No Grupo A, onde Rui Valente enfrentou um fim de semana complicado na pista dos arredores de Zhaoqing, Célio Alves Dias e Maximiano Manhão não conseguiram os mínimos para se qualificar, numa série dominada pelos pilotos de Hong Kong. Na corrida de sábado, o pódio foi composto por Wong Chuck Pan, Lo Pak Yu e Chan Ka Ping. No domingo, estes três repetiram o feito, mas com uma nova ordem: Lo Pak Yu, Chan Ka Ping e Wong Chuck Pan. Em condições atmosféricas difíceis no sábado, Rui Valente terminou apenas na 25.ª posição, devido a um erro nas afinações, melhorando para 15.º no domingo, com a pista seca. Uma penalização após a segunda corrida, atirou-o para o 27.º posto. Ainda assim, o 7.º lugar obtido na primeira jornada revelou-se suficiente para garantir um lugar no Grande Prémio de Macau. Pelo contrário, Maximiano Manhão, ao volante de um Toyota com as cores da histórica Macau Racing Team, terminou em 26.º e 14.º, um resultado aquém do apuramento, mas que acaba por ser positivo dado que foi a estreia do jove piloto nestas andanças. Já Célio Alves Dias, com dificuldades no seu carro desde a primeira prova, foi 24.º e 28.º, longe do nível habitual deste experiente piloto macaense. Badaraco com ‘sprint’ final Num fim de semana, em que as animadas corridas tiveram transmissão em Live Streaming, no Grupo B, os pilotos de Hong Kong voltaram a destacar-se. No domingo, Adrian Chung venceu, com Leung Tsz Wa e Tsang Pak Yin a completarem o pódio. No segundo confronto, Cheang Kin Sang alcançou uma vitória merecida, seguido novamente por Leung Tsz Wa e Tsang Pak Yin. Jerónimo Badaraco chegou a este desafiante fim de semana sem o apuramento assegurado. Uma qualificação modesta e o 11º lugar de sábado mantinham o desfecho em aberto. No entanto, uma corrida sólida no domingo e um excelente 4.º lugar garantiram ao veterano macaense o tão desejado lugar na grelha do Grande Prémio de Macau, junto com os conterrâneos Cheng Kin San, Leong Keng Hei, Lou Check In e Carson Tang. Também fora do Grande Prémio ficou Dionísio Albino Pereira, que terminou em 23.º na corrida de sábado, mas encerrou a época de forma mais contundente, ao cortar a linha de meta no 13.º lugar na segunda corrida. No final das corridas, os concorrentes provisoriamente apurados tiveram uma verificação técnica extra, sendo obrigados a abrir motores e caixa de velocidades, para verificar a legalidade destes dois decisivos órgãos das suas viaturas.
Hoje Macau DesportoPrimeira Taça do Mundo de F4 será em Macau A Federação Internacional do Automóvel (FIA), anunciou na tarde de quarta-feira que o Grande Prémio de Macau de 2025 contará no seu programa com a primeira edição da Taça do Mundo de Fórmula 4. O Conselho Mundial do Automobilismo aprovou por votação electrónica a criação desta Taça do Mundo de Fórmula 4 em Macau, juntamente com o regresso ao território da Taça do Mundo de Fórmula Regional, que em 2023 veio ocupar o lugar da Fórmula 3, e da Taça do Mundo de GT da FIA. O conceito da Fórmula 4 foi introduzido pela FIA há mais de uma década e tem sido uma das maiores histórias de sucesso do desporto motorizado de formação, existindo neste momento 13 campeonatos nacionais diferentes dentro do enquadramento técnico e desportivo da FIA. Esta será a quarta vez que a disciplina corre em Macau, tendo sido presença assídua de 2020 a 2023, tendo inclusive sido “cabeça de cartaz” nos três anos em que o mundo esteve mergulhado na pandemia. A FIA não disse como será feito a escolha dos pilotos, apenas referindo em comunicado que haverá “um rigoroso processo de selecção de pilotos, com apenas os jovens mais talentosos a serem autorizados a competir”. A federação internacional salientou igualmente que a empresa chinesa “Mintimes, organizadora do Campeonato Chinês de F4, será o Operador Único, juntamente com a FFSA (Fédération Française du Sport Automobile), responsável por fornecer o apoio técnico à Taça do Mundo de F4 da FIA”. Quer isto dizer que todos os concorrentes terão que utilizar monolugares Mygale M21-F4, recentemente rebaptizados como Ligier JS F422. Apoio de Paris O Presidente da Comissão de Monolugares da FIA, o italiano Emanuele Pirro, afirmou que “Macau é uma parte essencial da formação de um jovem piloto, e temos o dever de proteger o seu legado e futuro. Há tão poucos desafios como o Grande Prémio de Macau que sentimos que era o momento certo para introduzir a Taça do Mundo FIA de F4. Vai permitir que os melhores pilotos a nível nacional aprendam o que é necessário para conduzir no Circuito da Guia num carro de F4, que é um pouco mais permissivo do que um carro de Fórmula Regional, para que, quando regressarem daqui a um ou dois anos para a Taça do Mundo de FR, estejam preparados para mostrar verdadeiramente do que são capazes”. Emanuele Pirro, um ex-vencedor da Corrida da Guia e um entusiasta da prova da RAEM, disse também que “estamos também a trabalhar arduamente para garantir que aproveitamos esta oportunidade para inspirar e educar os jovens pilotos de karting da região. O potencial de crescimento e desenvolvimento na China e na região Ásia-Pacífico é enorme, à medida que impulsionamos a participação no desporto motorizado”. A pensar em Macau O longo comunicado da FIA também refere que esta iniciativa “pretende também trazer estudantes de academias de karting de Macau, da China e da região em geral para assistir ao evento de forma observacional, oferecendo-lhes a oportunidade de vivenciar uma prova de automobilismo e de obter conhecimentos valiosos para os próximos passos nas suas carreiras”. Sem entrar em detalhes, a federação internacional, a mesma que não permitiu que recusou a participação de equipas chinesas na Taça do Mundo de Fórmula Regional no ano passado, diz que “este grande passo beneficiará indiscutivelmente os pilotos locais de Macau, que terão acesso a um leque completo de eventos internacionais – Karting, Fórmula 4 e Fórmula Regional – em solo nacional”. Em comunicado Chong Coc Veng, Presidente da Associação Geral Automóvel de Macau-China, declarou: “Estamos felizes por ver a FIA realizar uma Taça do Mundo de F4 no Circuito da Guia em Macau, o que representa uma oportunidade para os jovens pilotos da região encontrarem o seu caminho de desenvolvimento desde os eventos internacionais de karting até aos monolugares de F4 e FR, e tornarem-se campeões mundiais no futuro”. A participação dos pilotos da RAEM nesta corrida ainda não foi oficialmente divulgado, mas poderá estar limitado em número.
Sérgio Fonseca DesportoEsports | Primeira Taça FIA Girls on Track Esports decidida em Macau No próximo mês de Junho, pela primeira vez na sua história, Macau vai acolher as Assembleias Gerais Extraordinárias e a Conferência da Federação Internacional do Automóvel (FIA). Este evento, que terá lugar no Galaxy International Convention Centre, de 10 a 13 de Junho, será complementado com uma actividade extra: a primeira edição da “Taça FIA Girls on Track Esports” O organismo mundial que rege o desporto motorizado anunciou esta nova competição de sim racing, que está a ser organizada em parceria com o fabricante de cockpits de simulação de corridas Advanced SimRacing e com o popular jogo de sim racing iRacing, será dirigida a elementos do sexo feminino com 16 ou mais anos, independentemente da experiência prévia em esports. Para se inscreverem, as participantes deverão registar-se no site oficial da FIA. Além disso, é necessário ter uma conta activa no iRacing para competir. As qualificações online para a competição, cujas finais serão realizadas na RAEM, já começaram oficialmente. A primeira fase consiste em as participantes tentarem registar a volta mais rápida no Time Attack do iRacing. Esta fase de qualificação online termina a 6 de Maio. Após esta primeira etapa, as 10 melhores classificadas serão convidadas a participar na grande final, que decorrerá na semana das Assembleias Gerais Extraordinárias e da Conferência da FIA 2025, agendada entre os dias 10 a 13 de Junho. Em Macau, as participantes disputarão uma final presencial de vários dias, onde será coroada a primeira campeã da “Taça FIA Girls on Track Esports”. “Sabemos que os Esports são o futuro, mas para que esta disciplina cresça e se desenvolva verdadeiramente, precisamos de incentivar mais raparigas e mulheres a envolverem-se”, destacou o cingalês Niroshan Pereira, o actual Presidente da Comissão de Esports da FIA. “Esperamos que esta competição sirva de catalisador, encorajando aspirantes a piloto a experimentar a nossa disciplina e a considerar uma carreira no desporto motorizado.” De acordo com a FIA, as 10 finalistas também terão acesso a um programa de formação sobre como lidar com a comunicação social e oportunidades de networking, ganhando uma visão valiosa sobre a indústria do desporto motorizado. Crescer em todas as frentes Esta é a primeira vez que a iniciativa FIA Girls on Track se envolve numa competição de esports. O seu projeto mais conhecido foi provavelmente o programa FIA Girls on Track – Rising Stars, uma iniciativa que visou promover o desporto automóvel junto do público feminino com idades compreendidas entre os 13 e os 18 anos, e que apoiou jovens pilotos femininas entre 2020 e 2023. Recorde-se que apenas 1,5 por cento do total de licenças desportivas a nível mundial são de mulheres. Burcu Çetinkaya, a presidente da Comissão FIA Women in Motorsport, afirmou que “A FIA está empenhada em duplicar a participação no desporto motorizado e em criar mais oportunidades para mulheres e raparigas. Os desportos electrónicos permitem-nos alcançar públicos mais vastos e mais jovens — especialmente aqueles com talento por descobrir ou com acesso limitado às vias tradicionais do desporto motorizado. Estou ansiosa por conhecer as nossas finalistas – e por distinguir a vencedora – no evento em Macau.” A decisão da FIA de lançar uma competição de esports exclusivamente para mulheres reforça também a aposta do organismo no panorama digital. Os desportos eletrónicos são uma parte cada vez mais importante do programa de desenvolvimento de base da FIA. No ano passado, a Federação acrescentou um Apêndice de Esports (Apêndice E) ao Código Desportivo Internacional, permitindo às Autoridades Desportivas Nacionais regulamentar e gerir competições nacionais e internacionais. A FIA também apoiou numerosos eventos regionais de Esports, recebeu um número recorde de 117 participantes em Esports nos FIA Motorsport Games e incentivou ainda mais a adesão ao oferecer subscrições de 12 meses do iRacing aos Clubes Membros.
Sérgio Fonseca DesportoGPM | Carlos Lemos apresenta Volume II do seu livro em Outubro Depois do sucesso do Volume I, o macaense Carlos Lemos, a residir em Toronto desde 1974, prepara-se para lançar, em Outubro, o Grande Prémio de Macau – Colecção Pessoal de Victor H. de Lemos, 1954-1978, Volume II (1967-1978), a segunda parte de um livro que pretende homenagear o seu pai, Victor Hugo Lemos – um entusiasta do Grande Prémio de Macau que, em vida, coleccionou um vasto número de fotografias e tudo o que se relacionava com as corridas de automóveis em Macau desde 1954, data da realização da primeira edição do evento. Sobre a segunda parte da obra, Carlos Lemos explicou ao HM que esta será “muito semelhante ao Volume I, mas contém mais recortes de jornais em inglês e chinês de cada ano, assim como alguns relatórios financeiros do Grande Prémio. Inclui ainda um cartaz do Ano Jubilar, do qual fiz três cópias limitadas e rubricadas em canvas, oferecendo uma à Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau (APOMAC) e outra ao Club Lusitano, em sinal de agradecimento pelo apoio prestado.” Documentados com fotografias da época e artigos de jornais, estão alguns dos períodos mais emblemáticos do evento da RAEM, como a evolução do Circuito da Guia, a primeira vítima (Arsenio Laurel, em 1967), o nascimento do Grande Prémio de Motos e da Corrida da Guia, a chegada das primeiras equipas de fábrica e dos primeiros patrocinadores, a primeira transmissão televisiva em directo, e a tentativa de Hong Kong em criar o seu próprio Grande Prémio. Acresce ainda um novo capítulo, com “dez páginas de outra colecção do meu pai, chamada Motor Racing World, com alguns exemplares de 1900, fotografias autografadas de pilotos, dirigentes e personalidades do automobilismo mundial”. Após ter lançado o Volume I em 2023, a apresentação do Volume II está agendada para o dia 15 de Outubro em Macau e para o dia 17 de Outubro na vizinha Região Administrativa Especial de Hong Kong. Mais e maior A verdade é que as vendas do primeiro volume excederam as expectativas. “Foi realmente um sucesso”, reconhece o autor, pois “restam apenas duas dúzias de exemplares, que guardei para mim próprio, para ofertas e reservas, no caso de alguém fora de Macau estar interessado”. Contudo, para Carlos Lemos, “o maior sucesso foi conseguir angariar mais de 41.000 patacas para caridade”, destinadas à instituição Macau IC2 [I Can Too], que apoia pessoas com autismo ou deficiência. Para este segundo volume, com conteúdos mais recentes, o número de exemplares produzidos aumentará ligeiramente. “A impressão do Volume I foi de 500 exemplares, e achei um pouco ‘apertado’, no sentido de conseguir um número satisfatório para oferecer a amigos e a certas personalidades e entidades ligadas ao Grande Prémio. Por isso, mandei imprimir desta vez 550 exemplares”. Carlos Lemos sublinha ainda que “a APOMAC e o Club Lusitano de Hong Kong prometeram dar o mesmo apoio ao lançamento do Volume II, o que é muito importante”. O livro terá mais páginas – cerca de cem a mais – e o autor confirma: “Já recebi várias reservas!” Missão (quase) cumprida Com a publicação do segundo volume, o primeiro grande objectivo de Carlos Lemos ficará cumprido, pois “a minha missão de homenagear o meu pai fica completa no que respeita à colecção do Grande Prémio de Macau, embora não totalmente, porque o maior sonho do meu pai era ter o seu nome no Guinness World Records”. Esta é também uma história curiosa, pois Victor H. Lemos candidatou-se por três vezes ao Guinness World Records, sem sucesso. “Se Deus quiser e tudo correr bem, vou tentar mais uma vez, em nome dele, apresentar nova candidatura ao Guinness Book of Records e talvez também ao FIVA Hall of Fame”. A FIVA (Federação Internacional de Veículos Antigos) é uma organização mundial sem fins lucrativos dedicada à protecção, preservação e promoção do património automóvel histórico. “Desta vez, para o Guinness World Records, vou submeter a candidatura com documentos de apoio, como vídeos e fotografias da colecção e dos livros”, explica o antigo presidente da Casa de Macau em Toronto. “O meu pai escreveu apenas uma carta, sem anexar qualquer documento, porque naqueles tempos não havia a facilidade que temos hoje”. Para além do automobilismo, Carlos Lemos revela ainda que gostaria “de publicar um livro sobre a colecção de rótulos de caixas de fósforos fabricadas em Macau. O meu pai coleccionava rótulos de caixas de fósforos de todo o mundo – tem de Portugal, Espanha, vários países da Europa, etc. Esse projecto depende do tempo disponível e do interesse das pessoas”. E ficamos por aqui quanto a colecções? Talvez não: “Também tenho centenas, talvez milhares de moedas antigas – são tantas que é complicado… portanto não vou mexer (risos)”.
Sérgio Fonseca DesportoGP | Corridas de apuramento de Turismo decorreram em Zhaoqing A edição de 2025 do Campeonato de Carros de Turismo de Macau – Macau Road Sport Challenge – teve o seu início no Circuito Internacional de Guangdong, com 67 carros divididos em dois grupos, A e B, disputando um total de quatro corridas ao longo do fim-de-semana. Os pilotos de Hong Kong voltaram a mostrar a sua superioridade, mas houve resultados positivos entre os pilotos de Macau Para além dos títulos em jogo, a competição organizada pela Associação Geral Automóvel Macau-China (AAMC), que se divide em dois eventos, serve igualmente para atribuir as trinta e seis vagas disponíveis para a prova mais importante da temporada: o Grande Prémio de Macau. Como tal, esta primeira jornada no circuito dos arredores de Zhaoqing revelou-se particularmente tensa, com corridas muito disputadas entre os Toyota GR86 (ZN8) e os Subaru BRZ (ZD8), todos equipados este ano com os novos pneus Pirelli de composto DMC. No Grupo A alinharam três pilotos bem conhecidos da comunidade lusófona: Rui Valente, Célio Alves Dias e Maximiano Manhão. No entanto, uma qualificação menos conseguida deixou os três na parte final da grelha de partida, obrigando-os a trabalho redobrado logo na primeira corrida, disputada na tarde de sábado. Essa mesma corrida acabou por ser interrompida com bandeira vermelha a poucas voltas do fim, devido a um derrame de óleo na pista. Damon Chan, vencedor da competição em 2024, triunfou, seguido por Lo Pak Yu e Chan Ka Ping, num pódio inteiramente composto por pilotos de Hong Kong. O experiente Rui Valente protagonizou uma excelente corrida de recuperação, subindo da 29.ª até à 14.ª posição. Maximiano Manhão ganhou três lugares e terminou em 22.º, enquanto Célio Alves Dias subiu oito posições, finalizando em 25.º. Na segunda corrida, Rui Valente voltou a imprimir um forte andamento, chegando a rodar em 5.º, mas a degradação dos pneus impediu-o de manter a posição, terminando em 7.º. Com um sistema de pontuação que privilegia os dez primeiros classificados, este resultado poderá ser determinante para a sua qualificação para o Grande Prémio. No seu fim-de-semana de estreia aos comandos de um carro de Turismo, Maximiano Manhão, cujo Toyota ostenta as cores e o logótipo da histórica Macau Racing Team, terminou no 15.º posto. Célio Alves Dias, num fim-de-semana complicado, foi apenas 23.º e sabe que tem muito que fazer se se quiser qualificar no próximo mês. A vitória coube a Lo Pak Yu, pressionado de perto por Wong Chuk Pan e Leong Keng Hei. O melhor representante do território foi Lou Check In com um 4.º lugar. Vitória da RAEM e Top-10 para Badaraco As corridas do Grupo B também foram marcadas por incerteza e grande animação dentro de pista. Chung Kwok Hei, vencedor em 2023, liderava a prova até que um furo o forçou a abandonar. Cheng Kin Sang, representante da RAEM, aproveitou a oportunidade e assumiu a liderança. Bayern Yip Wai Hei lançou vários ataques, todos eficazmente defendidos por Cheng. Porém, um acidente aparatoso na recta principal, já perto do fim, causou nova interrupção com bandeira vermelha. Cheng Kin Sang venceu, terminando à frente de Bayern Yip e Lam Tou. Na segunda corrida, Bayern Yip ultrapassou Cheng Kin Sang na segunda volta e assumiu o comando. Apesar da entrada do safety car por duas vezes, Bayern Yip manteve a calma e garantiu a vitória, conquistando um primeiro e um segundo lugar no conjunto do fim-de-semana. Rao Long, que partira da oitava posição, mostrou excelente ritmo e subiu até ao 2.º posto nas duas últimas voltas. Cheng Kin Sang concluiu no 3.º posto, somando assim dois pódios na jornada de abertura. Jerónimo Badaraco, o último vencedor da Taça ACP, em 1999, teve um início discreto, terminando em 19.º a corrida de sábado. No domingo, “Noni” mostrou que ainda tem muito para dar ao automobilismo local, alcançando um precioso 10.º lugar. Já Dionísio Albino Pereira concluiu a primeira corrida na 29.ª posição e não alinhou na segunda. A próxima, derradeira e decisiva jornada está agendada para os dias 16 a 18 de Maio, novamente no Circuito Internacional de Guangdong.
Hoje Macau DesportoTénis de mesa | Jieni Shao eliminada na fase de grupos da Taça do Mundo A portuguesa Jieni Shao foi ontem eliminada da Taça do Mundo de ténis de mesa, em Macau, ao perder com a chinesa Wang Yidi, terceira do ranking mundial, no último jogo da fase de grupos. As duas jogadores chegavam à ultima partida a precisar de uma vitória para ficar em primeiro lugar no grupo 3, a única posição que garantia a passagem às eliminatórias. Isto depois de, na terça-feira, a favorita Wang ter sido surpreendida pela veterana francesa de 39 anos Yuan Jia Nan, que venceu por três parciais a um. Na segunda-feira, na estreia da competição, Shao, actual 52.ª do ranking mundial e a única representante portuguesa no torneio, tinha empatado a dois parciais com Yuan, 44.ª do mundo. Além de vencer o encontro, que durou 27 minutos, por quatro parciais a zero, a terceira do mundo garantiu o acesso às eliminatórias. A Taça do Mundo vai decorrer até doming em Macau, pelo segundo ano consecutivo, depois de uma pausa de quatro anos devido à pandemia de covid-19. O torneio irá distribuir prémios totais no valor de um milhão de dólares. A competição conta com 48 jogadores em cada uma das categorias, masculina e feminina, incluindo o número um do ranking, o chinês Lin Shidong, e a campeã mundial, a também chinesa Sun Yingsha.
Sérgio Fonseca Desporto MancheteGP | Apuramento dos carros de turismo começa com maior presença macaense O Campeonato de Carros de Turismo de Macau – Macau Road Sport Challenge vai ter início este fim-de-semana no Circuito Internacional de Guangdong, na cidade de Zhaoqing, a 200 quilómetros a noroeste da RAEM. Para esta prova, que servirá de qualificação para o 72º Grande Prémio de Macau, vai estar na grelha de partida uma dúzia de pilotos de Macau, incluindo cinco nomes portugueses Entre os sessenta inscritos, todos eles equipados com dois tipos de viaturas – Toyota GR86 (ZN8) ou Subaru BRZ (ZD8) – estão caras bem conhecidas do automobilismo de Macau. Com o mesmo entusiasmo que lhe é reconhecido há décadas, Rui Valente irá novamente conduzir um Subaru BRZ, o mesmo carro com que competiu no Circuito da Guia, em Novembro do ano passado. O piloto da Premium Racing Team tinha, no último Grande Prémio de Macau, um dos carros mais rápidos em termos de velocidade de ponta no pelotão da sua corrida. Por isso, o foco na pré-época esteve noutros aspectos técnicos do carro que vão além do motor. Também de volta está Célio Alves Dias, após um ano difícil em 2024, muito aquém das suas expectativas. Para isso, o piloto macaense apostou em trocar o chassis do seu Toyota GR86. Este ano, o seu objectivo é contabilizar a vigésima quinta participação no maior evento desportivo de carácter anual da RAEM, pelo que todos os detalhes são importantes. De volta está também Jerónimo Badaraco (Toyota GR86), piloto que, no Grande Prémio de Macau do ano passado, alcançou o segundo lugar na Macau Road Sport Challenge. Depois de ter estado modesto nas provas de apuramento, “Noni” esteve muito forte nas ruas da cidade, onde foi o melhor piloto macaense, numa corrida ganha por Lei Kit Meng. Em estreia este ano estará Maximiano Manhão. Trazendo consigo um apelido com enorme tradição no automobilismo de Macau, o jovem Maximiano, que competiu durante vários anos nas provas locais de karting e, em 2022, participou numa prova do Campeonato Chinês de Fórmula 4, vai fazer a sua estreia na Macau Road Sport Challenge com um Toyota GR86. A presença macaense será reforçada por Dionísio Albino Pereira, piloto regularmente visto nas provas de karting em Coloane, que irá conduzir um Toyota GR86 da LW World Racing Team. Em 2013, competiu no Campeonato de Carros de Turismo de Macau – Macau Touring Car Series, então pilotando um Honda Integra DC5 da equipa PAS Macau Racing Team. A representação do território nestas provas de apuramento contará igualmente com Ao Chi Wang, Carson Tang, Ip Tok Meng, Chan Chi Ha, Lo Kai Tin e Lou Check In. Vai ser a doer Em 2024, a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) conseguiu colocar todos os pilotos do Campeonato de Carros de Turismo de Macau no fim-desemana do Grande Prémio. Este ano, tudo indica que o cenário de organizar duas corridas para os pilotos locais será impossível. Como tal, estas corridas de apuramento terão um impacto muito maior, e apenas metade dos agora inscritos terá bilhete de entrada para o maior evento desportivo de carácter anual da RAEM. Outra novidade para este ano é que todos os carros serão equipados com pneus da marca italiana Pirelli, tal como já tinha acontecido no Grande Prémio. Todavia, este ano existirá um novo composto, igual para todos, o que poderá baralhar as contas dos favoritos. As centralinas continuarão a ser sorteadas, como no passado. Visto que o número de participantes é elevado, a AAMC irá dividir os pilotos em Grupos A e B, realizando não duas, mas quatro corridas no total. Cada corrida terá 15 voltas, sendo que duas serão disputadas no sábado e outras duas no domingo.
Sérgio Fonseca DesportoApuramento da Taça GT – Corrida da Grande Baía decide-se em Pingtan A segunda prova de apuramento para a Taça GT – Corrida da Grande Baía da 72.ª edição do Grande Prémio de Macau não será disputada no Circuito Internacional de Zhuhai, como inicialmente previsto, mas sim no Circuito Internacional da Cidade do Lago Ruyi, na região turística de Pingtan, em Fuzhou. O calendário da temporada de estreia da SRO GT Cup ficou finalmente definido ontem, com o anúncio oficial da confirmação de que o circuito semi-permanente de Pingtan acolherá a terceira e quarta rondas do campeonato para viaturas GT4, nos dias 28 e 29 de Junho. Pingtan junta-se, assim, a Xangai, Pequim e Macau no calendário deste ano do campeonato lançado pela SRO Asia em parceria com a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC). A pista de Pingtan substitui Zhuhai, que constava no calendário provisório divulgado em Janeiro, mas que não conseguiu confirmar o seu evento. Esta nova data também não é coincidência, já que o evento da SRO GT Cup fará parte das actividades culturais Pingtan-Macau previstas para o mês de Junho. O pitoresco traçado de Pingtan – que combina cenários urbanos modernos e costeiros – continua largamente desconhecido fora da China. Inaugurado em 2022, o circuito conta com dois traçados que incorporam estradas públicas existentes na Ilha de Pingtan, secções construídas de raiz e boxes permanentes. Ambas as corridas da SRO GT Cup terão lugar no circuito de 2,9 quilómetros e 14 curvas, já utilizado por campeonatos nacionais como o China Endurance Championship (CEC) e o Campeonato Chinês de Fórmula 4. Início promissor A temporada de 2025 da SRO GT Cup arrancou de forma espetacular, com 33 carros – a maior grelha de GT4 alguma vez reunida na Ásia – a disputar duas corridas de apoio ao Grande Prémio da China de Fórmula 1, no mês passado. Integradas no programa oficial da F1, Chen Weian (Audi) e Lichao Han (Toyota) venceram as duas corridas que servirão de base para a seleção dos concorrentes com direito a participar, este ano, na Taça GT – Corrida da Grande Baía. Até 28 carros poderão competir na Taça GT – Corrida da Grande Baía, que se realiza no evento de final de temporada, nas ruas de Macau. Os lugares serão atribuídos com base na classificação após esta segunda jornada, agendada para Pingtan. Na disputa por uma vaga estiveram em Xangai seis pilotos da RAEM: Kevin Leong Ian Veng, Miguel Lei, Cheng Tou Wong, Wai Ming Fok, Kim Hou Lao e Un Hou Ip. Charles entra com o pé direito Ainda nas provas de GT, mas na Austrália, o piloto de Macau Charles Leong Hon Chio venceu as duas corridas da jornada inaugural do Lamborghini Super Trofeo Asia em Sydney. O jovem piloto do território, ao volante do Lamborghini Huracán Super Trofeo EVO2 da SJM Theodore Racing, dominou com autoridade as duas corridas disputadas no Sydney Motorsport Park, fazendo equipa com o irlandês Alex Denning. Após uma abertura de temporada sensacional, o Lamborghini Super Trofeo Asia regressa à ação no próximo mês, com a segunda ronda a decorrer no palco do Grande Prémio da China, o Circuito Internacional de Xangai, de 16 a 18 de maio. Depois de ter terminado em segundo lugar em 2024, Charles Leong está decidido a conquistar o título da competição da marca italiana na Ásia em 2025.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Leong repete troféu Lamborghini com a Theodore A Lamborghini Super Trofeo Asia arranca este fim de semana na Austrália. A competição monomarca do prestigiado construtor de superdesportivos contará, mais uma vez, com uma representação da RAEM. Charles Leong Hon Chio estará novamente ao serviço da SJM Theodore Racing. Depois de, na temporada passada, Charles Leong e a SJM Theodore Racing terem lutado pelo título da classe PRO até à derradeira corrida, esta dupla continuará em 2025. No entanto, o vencedor do Grande Prémio de Macau de Fórmula 4 em 2020 e 2021 não voltará a formar equipa com a japonesa Miki Koyama. Ao seu lado, o piloto de Macau terá agora o jovem irlandês Alex Denning, que no ano passado competiu na GT4 European Series e que, este ano, fará a sua estreia nas pistas asiáticas. Outra novidade está na equipa de assistência da SJM Theodore Racing, que deixa de ser a Iron Lynx – estrutura que, desde 2021, controla a Prema Powerteam através da empresa suíça DC Racing Solutions Ltd. A relação da Iron Lynx com a Lamborghini Squadra Corse, entidade responsável pelo desporto automóvel da marca italiana, deteriorou-se drasticamente no final do ano passado devido a um conflito relacionado com o programa do Campeonato do Mundo FIA de Endurance (WEC). Como consequência, a Iron Lynx abandonou todas as atividades com a marca de Sant’Agata Bolognese a nível global. Perante este cenário, para garantir a assistência técnica ao seu Lamborghini Huracán Super Trofeo EVO 2, a SJM Theodore Racing contará, nesta temporada, com os serviços da DW Evans GT, a equipa que, no ano passado, venceu o campeonato de equipas e a classe PRO do troféu asiático, com o inglês radicado em Hong Kong e co-proprietário da equipa, Dan Wells. Não há coincidência com o GP O Lamborghini Super Trofeo Asia pretende manter o seu ímpeto em 2025, com um calendário composto por seis eventos em seis países diferentes. A temporada arrancará, pela primeira vez, na Austrália, com o histórico Sydney Motorsport Park a receber a primeira jornada dupla. De seguida, a competição ruma a Xangai, na China, para a segunda ronda no fim de semana de 16 a 18 de Junho, marcando o seu regresso ao calendário em 2024 após uma ausência de quatro anos. O Japão será o anfitrião da terceira ronda duas semanas depois, na icónica pista de Fuji, enquanto o Inje Speedium, na Coreia do Sul, entra no calendário no final de Julho. Depois de ter anteriormente acolhido a ronda de abertura da temporada, Sepang, na Malásia, passa para setembro em 2025, ocupando a quinta ronda do calendário. A sexta e última prova terá lugar no circuito de Misano, em Itália, em conjunto com as Finais Mundiais da Lamborghini. Pela primeira vez em vários anos, o evento não coincidirá com o Grande Prémio de Macau, disputando-se no fim de semana anterior. Ausência de vulto Vencedor da classe PRO-AM em 2024, ao lado do chinês Jason Fangping Chen, André Couto não estará presente na edição deste ano do Lamborghini Super Trofeo Asia. A Madness Racing Team, pela qual o piloto português do território competiu na época passada, abandonou o troféu e ainda não definiu o seu projecto desportivo para 2025. Para esta primeira prova do campeonato, na Austrália, estão vinte e três carros que serão conduzidos por trinta e nove pilotos.
Sérgio Fonseca DesportoPrimeira prova de apuramento para o GP Macau decorreu em Xangai A primeira prova de apuramento para a 72.ª edição do Grande Prémio de Macau teve lugar no passado fim de semana, no Circuito Internacional de Xangai. Integrada no programa do Grande Prémio da China de Fórmula 1, Chen Weian e Lichao Han venceram as duas corridas que servirão para seleccionar os concorrentes com direito a participar, este ano, na Taça GT – Corrida da Grande Baía A Taça GT – Corrida da Grande Baía passou a integrar a recém-criada SRO GT Cup, a mais recente competição de GT lançada no Interior da China, inspirada na prova para viaturas da classe GT4 do Grande Prémio de Macau. Trinta e três carros, seis deles conduzidos por pilotos de Macau, inscreveram-se para esta estreia – um número recorde de participantes numa prova da categoria GT4 na Ásia. De acordo com o comunicado do organizador, o SRO Motorsports Group, “o número total de carros e a variedade de construtores superaram até mesmo as expectativas dos organizadores para um campeonato que só começou a ser discutido no final de novembro de 2024. Desde então, a equipa da SRO Asia e o seu parceiro AAMC (Associação Geral Automóvel de Macau-China) têm trabalhado incansavelmente para tornar a série uma realidade antes da sua estreia.” O evento começou de forma atribulada. Devido a um problema alfandegário que afectou vários carros, mais de uma dezena de concorrentes ficou impossibilitada de participar na sessão de treinos livres de sexta-feira. Felizmente, para este grupo de pilotos, entre os quais se incluíam os pilotos do território Kevin Leong Ian Veng, Kim Hou Lao e Un Hou Ip, os carros chegaram ao circuito a tempo da qualificação de sábado. Corridas animadas e decisão em Zhuhai Com três dezenas de carros, de dez marcas diferentes, em pista, todos com andamentos muito equilibrados, assistiu-se a duas corridas animadas na imponente pista de Xangai. Na primeira corrida, de 12 voltas, os dois Lotus Emira GT4 oficiais, de Daniel Lu e Luo Kailuo, que partiram da primeira linha da grelha, foram superados em pista pelo Audi R8 LMS GT4 de Chen Weian. No segundo embate do fim de semana, Lichao Han, ao volante do mesmo Toyota GR Supra GT4 que venceu a Taça GT – Corrida da Grande Baía em 2024, triunfou à frente de Chen Weian e do Lotus de Liu Kai Shun. Os pilotos de Macau não tiveram vida fácil numa pista onde tinham pouca ou nenhuma experiência. O mais galardoado de todos, Kelvin Leong, abandonou na segunda volta da primeira corrida, enquanto Miguel Lei, em Audi R8 LMS GT4, foi o melhor dos pilotos da RAEM, terminando no 19º lugar. Na corrida de domingo, Leong levou o seu BMW M4 GT4 F82 ao 11º lugar. Até 28 carros poderão competir na Taça GT – Corrida da Grande Baía, no evento de final de temporada, nas ruas de Macau. Os lugares serão atribuídos com base na classificação após a segunda jornada do campeonato, agendada para o circuito permanente de Zhuhai, em data ainda a anunciar.
Sérgio Fonseca DesportoGP Macau | FIA introduz medida onerosa para Taça do Mundo de GT A Federação Internacional do Automóvel (FIA) anunciou na tarde de terça-feira uma medida técnica para os carros GT3 participantes na Taça do Mundo de GT da FIA do Grande Prémio de Macau, que terá certamente impacto numa corrida que é cabeça de cartaz do evento Para aprimorar o Balance of Performance (BoP) – o método que equilibra o andamento entre todos os carros da categoria GT3 –, a FIA decidiu obrigar o uso de sensores de torque, à semelhança do que já faz noutros dos seus campeonatos, como os mundiais de Resistência (WEC) e Rally Raid ou na Fórmula E. Os sensores de torque oferecem uma precisão muito elevada na medição da potência, permitindo à FIA garantir que a potência de cada carro não excede os valores atribuídos pelo BoP e que factores externos, como as condições atmosféricas, não influenciam o desempenho. Apesar de o SRO Motorsports Group ser co-organizador desta prova, e ter um BoP reconhecido a nível mundial, nos dois últimos anos, o BoP de Macau, foi providenciado pela própria FIA. No ano passado, o BoP da FIA valeu-lhe uma série de críticas, com as equipas e os pilotos – particularmente da Audi, da Porsche e da Lamborghini, os principais prejudicados – a manifestarem publicamente o seu natural descontentamento com a diferença de andamentos. Estes sensores são instalados nos veios de transmissão dos carros e representam a ferramenta mais eficaz para medir a potência à roda, sendo atribuídos individualmente pelo processo de BoP a cada modelo de carro que participa na corrida de “sprint” mais prestigiada do mundo para máquinas da classe GT3. Segundo a FIA, a decisão de tornar obrigatórios os sensores de torque foi tomada após consultas com as marcas envolvidas no Grupo de Trabalho Técnico GT3. Custos vão disparar Para uma corrida que conta com várias equipas privadas, esta medida será dispendiosa, pois estes sensores ultrapassam o meio milhão de patacas por carro, sendo que as equipas necessitam de ter um outro sistema igual sobressalente de reserva. Isto, tendo em conta que grande parte das equipas que participam na prova da RAEM não usa sensores de torque nos seus carros em nenhuma competição, não podendo amortizar o brutal investimento. “Pela experiência que tive no Qatar, nota-se que existe uma diferença entre vários construtores na forma como gerem esta tecnologia. É necessária uma equipa extra de apoio para monitorizar e maximizar a performance sem exceder os limites estipulados”, explicou ao HM Duarte Alves, o experiente engenheiro de pista do território que esteve com a equipa oficial da Ford na primeira prova da temporada do WEC no país árabe. “Um bom exemplo é a dificuldade e o tempo necessários para um construtor que entra como estreante. Um caso ilustrativo é o da Mercedes-AMG, que está a enfrentar as dores do crescimento enquanto desenvolve os seus próprios sistemas”, salientou Duarte Alves. “Em circuitos mais planos, a gestão destes sistemas é mais simples. Já em locais como Macau, onde os ‘picos de torque’ serão sempre frequentes, será um verdadeiro desafio para os engenheiros destes sistemas!” FIA confiante Imune a tudo isto, a FIA opta por um discurso direccionado aos construtores, esquecendo que a maior parte da grelha de partida é composta por concorrentes privados. Lutz Leif Linden, Presidente da Comissão GT da FIA, afirmou que a instituição que representa “tomou esta decisão em consulta com os construtores”, acrescentando ainda que, para a federação internacional, “isto significa ainda mais justiça e um controlo melhorado dos valores de BoP, o que é particularmente importante num evento tão prestigiado e mediático, num circuito tão exigente como o de Macau, onde as longas rectas de alta velocidade contrastam com curvas apertadas e estreitas”. Fabrice van Ertvelde, gestor técnico da velocidade da FIA, reforçou a ideia de que “o nosso objectivo, enquanto entidade reguladora, é garantir equidade total para todos os participantes”. A implementação dos sensores de torque “é uma ferramenta extremamente eficaz para alcançar esse objectivo, permitindo-nos alinhar carros muito diferentes em parâmetros como potência pura, mas também em velocidade máxima, um factor crucial num circuito como o Circuito da Guia.” Apesar das dificuldades que a Mercedes-AMG encontrou com este sistema no mês passado, Fabrice van Ertvelde enaltece que “os construtores que esperamos ver em Macau este ano já estão familiarizados com esta inovação, através da sua experiência na classe LMGT3 do Campeonato do Mundo de Endurance da FIA, e a decisão de adoptar os sensores de torque resultou do diálogo que mantivemos com eles.” Esta é a segunda novidade que a FIA introduz na corrida da RAEM, depois de ter anunciado no mês passado que o segundo segmento de qualificação terá um formato de ‘Super Pole’, com cada piloto a ir para a pista individualmente para um total de duas voltas de qualificação. A oitava edição da Taça do Mundo de GT da FIA terá lugar de 13 a 16 de Novembro, como parte da 72ª edição do Grande Prémio de Macau.
Hoje Macau DesportoFinais da IAME Ásia de Karting voltam em Dezembro O Grande Prémio Internacional de Karting de Macau vai voltar a receber, de 11 a 14 de Dezembro, as finais asiáticas da IAME. Tal como no ano passado, a prova no Kartódromo de Coloane atribuirá convites para as muito cobiçadas finais mundiais da IAME em 2026. Organizado pelo Instituto do Desporto, Associação Geral de Automóvel de Macau-China (AAMC), OTK Kart Asia e IAME Ásia, o evento de 2024 trouxe de volta o espírito internacional a uma das maiores competições da modalidade no continente asiático. O Kartódromo de Coloane recebeu várias corridas e diferentes categorias da IAME Series Asia, recuperando o prestígio internacional de um evento que já foi palco de provas do Campeonato do Mundo CIK-FIA. Pilotos oriundos do Interior da China, Singapura, Filipinas, Malásia, Tailândia, Indonésia, Japão, Índia, Sri Lanka, Austrália, Nova Zelândia, Suécia, Itália, França, Áustria, Estados Unidos da América, Brasil, Taipé Chinês, Hong Kong e, naturalmente, Macau, encheram a pista da RAEM em 2024 para quatro dias de intensa competição, algo que já não se via há vários anos. Depois do sucesso da edição anterior, a fórmula repete-se este ano. A organização de Singapura volta a escolher o Kartódromo de Coloane para o seu maior evento da temporada, confirmando a presença das categorias habituais: Cadete, Júnior, Sénior e Master. Obrigado Macau! A IAME (Italian American Motor Engineering) é um dos principais fabricantes mundiais de motores para a modalidade de karting. Fundada em 1968 por Bruno Grana, a empresa tem sede em Itália e é uma das referências no karting internacional, tendo apostado fortemente no mercado asiático nos últimos anos. A presença em Macau faz parte dessa estratégia de crescimento e expansão. O anúncio do regresso ao território foi feito nas redes sociais: “Depois de uma estreia incrível em 2024, estamos de volta com o Grande Prémio Internacional de Karting de Macau e a Final da IAME Ásia para mais um confronto épico! A cidade das emoções a alta velocidade e das corridas lendárias será novamente o palco para os melhores pilotos da Ásia e de todo o mundo! Maior, mais audaz e ainda mais intenso.” Satisfeitos com a recepção em 2024, os organizadores da IAME Ásia aproveitaram para deixar um “enorme agradecimento à AAMC e ao Governo de Macau pelo seu contínuo apoio e confiança para tornar isto possível!” Para além da prova de Macau, o calendário de 2025 da IAME Series Asia inclui três eventos na Malásia e três eventos na Tailândia. Contudo, pela primeira vez, no último fim de semana de março, será realizada a Taça IAME Ásia no kartódromo do Circuito Internacional de Xangai.
Sérgio Fonseca DesportoRegresso ao GIC | Provas locais voltam a Zhaoqing As datas para o Campeonato de Macau de Carros de Turismo (MTCS na sigla inglesa) foram dadas a conhecer na pretérita sexta feira pela Associação Geral-Automóvel de Macau-China (AAMC) através de um boletim informativo. A competição para os pilotos locais e que decide o apuramento para o Grande Prémio de Macau, em Novembro, irá novamente regressar ao Circuito Internacional de Guangdong (GIC). Após um ano em que o MTCS rumou ao Circuito Internacional de Zhuzhou, na província de Hunan, a AAMC ouviu a grande parte dos pilotos do território e optou por realizar estas importantes corridas mais perto da casa dos principais intervenientes – os pilotos. Nos últimos anos, o circuito dos arredores de Zhaoqing tem sido o palco preferencial para a realização destas corridas, devido à proximidade e ao facto de servir de base operacional a grande parte das equipas. O primeiro dos dois eventos programados para o MTCS de 2025 está agendado de 18 a 20 de Abril, ao passo que a segunda jornada está marcada de 16 a 18 de Maio. Diz o boletim informativo da AAMC que “todos os pilotos devem passar por um processo de seleção antes de poderem participar da 72ª edição do Grande Prémio de Macau – Macau Touring Car Challenge”. As inscrições, para a competição que junta em pista os Toyota GR86 (ZN8) e os Subaru BRZ (ZD8), estão abertas até ao dia 29 de Março e após o término do período de inscrição, “todas as candidaturas estarão sujeitas à aprovação da AAMC, que reserva o direito final de aceitar ou rejeitar qualquer inscrição”. O regulamento técnico também foi publicado, assim como foi confirmado oficialmente o uso de pneus da marca italiana Pirelli, que pertence ao conglomerado chinês Sinochem, a exemplo do que já tinha acontecido na passada edição do Grande Prémio de Macau. Confirmação da Grande Baía A AAMC também confirmou as duas provas de apuramento para a Taça GT – Corrida da Grande Baía (GT4), que se farão em concomitância com o novo campeonato chinês SRO GT Cup. A primeira corrida será disputada de 21 a 23 de Março, no Circuito Internacional de Xangai, no programa do Grande Prémio da China de Fórmula 1. O segundo evento ainda não tem localização definida, mas será entre 16 e 18 de Maio, muito provavelmente no Circuito Internacional de Zhuhai. Também aqui a Pirelli será o fornecedor único de pneus. Estas duas provas servirão de apuramento para a grande festa de fim de ano no Circuito da Guia, estando definido que só 28 carros serão aceites na grelha de partida na prova da RAEm. A 72ª edição do Grande Prémio de Macau decorre de 13 a 16 de Novembro.
Sérgio Fonseca DesportoGP Macau | FIA confirma Taça do Mundo de GT O Conselho Mundial da FIA da passada quarta-feira confirmou o esperado, que a oitava edição da Taça do Mundo de GT da FIA será realizada como parte do programa do 72.º Grande Prémio de Macau, entre os dias 13 a 16 de Novembro. Contudo, há uma grande novidade para a edição deste ano A federação internacional, que co-organiza esta corrida em parceria com o SRO Motorsports Group e com a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), aproveitou a ocasião para anunciar um novo modelo de qualificação para a prova. Para além da sessão de qualificação de 30 minutos igual à das edições anteriores (Q1), foi acrescentado um segundo segmento de qualificação (Q2), reservado aos dez melhores pilotos da primeira sessão. A sessão Q2 será realizada em formato de ‘Super Pole’, com cada piloto a ir para a pista individualmente para um total de duas voltas de qualificação, sendo também permitido a cada piloto utilizar um conjunto de pneus novos nessa sessão. Esta novidade permitirá que a qualificação seja decidida sem interferência de terceiros. O restante programa da prova rainha de GT permanecerá igual ao das edições anteriores, contando com a sessão de treinos-livres, a tradicional corrida classificativa de 12 voltas, na tarde de sábado, seguida da corrida principal de 16 voltas que decidirá o vencedor da Taça do Mundo no domingo. Elogios de veteranos Estas medidas introduzidas pela FIA foram muito bem recebidas pelos mais experientes pilotos de GT. Isto, porque o tráfego sempre foi um enorme obstáculo na obtenção de uma boa volta de qualificação no Circuito da Guia, algo essencial para quem ambiciona conquistar este título. “É uma excelente ideia introduzir a sessão de Super Pole em Macau”, disse o alemão Maro Engel, o vencedor da edição passada da Taça do Mundo pela Mercedes-AMG.“ Esta será uma das sessões mais espetaculares e emocionantes da temporada e deverá também garantir a justiça desportiva. Os fãs têm muito para ansiar.” Raffaele Marciello, por duas ocasiões vencedor deste troféu, e um dos pilotos de fábrica da BMW, também reagiu positivamente, acrescentando: “Em Macau, era sempre complicado fazer uma volta limpa. Com este novo formato, não vais ouvir a desculpa do trânsito ou de uma bandeira vermelha. Ter apenas duas voltas será muito desafiante, mas agora o piloto mais rápido provavelmente ficará na pole.” Esta é uma opinião partilhada por Laurens Vanthoor, o vencedor da Taça do Mundo em 2016, que afirmou que já não haverá “desculpas” na qualificação. O experiente piloto belga da Porsche acredita que “vai haver uma pressão acrescida porque só tens essas duas voltas”, pois num circuito difícil como este, “se cometeres um erro, não há mais nada a seguir. Numa qualificação normal, tens mais oportunidades. Pessoalmente, um ‘shootout’ é sempre algo que aprecio muito. Para os pilotos, numa pista como esta, será quase o ponto alto do fim de semana.” E dos mais novos também O piloto chinês Yifei Ye estreou-se no Grande Prémio no passado mês de Novembro na Taça do Mundo. O piloto oficial da Ferrari, que compete no Campeonato do Mundo FIA de Endurance (WEC), deixou uma boa impressão no Circuito da Guia, e também ele vê com bons olhos as medidas agora introduzidas. “É bom eliminar essas intervenções de bandeira vermelha e bandeiras amarelas, para que, no final, aquele que for realmente o mais rápido consiga a pole position”, referiu Yifei Ye que poderá regressar este ano à corrida. “Em Macau, todos estão muito próximos em termos de tempos, por isso será extremamente difícil para os pilotos tentarem chegar à ‘Super Pole’. Acho que também será ótimo para os espectadores.”
Sérgio Fonseca DesportoGP | Célio Alves Dias vai continuar a correr esta temporada O piloto macaense Célio Alves Dias foi um dos regressos saudados da temporada automobilística do território de 2024. O experiente piloto de carros de Turismo vai continuar a apostar nas corridas locais, no Macau Roadsport Challenge, em 2025 O vencedor da Taça de Carros de Turismo de Macau em 2021 esteve afastado do automobilismo na época de 2023 por motivos pessoais, mas fez no ano passado a sua estreia na competição que junta em pista os Toyota GR86 (ZN8) e os Subaru BRZ (ZD8). Apesar da vasta experiência em provas da especialidade, tendo conduzido várias gerações de carros de Turismo, Célio Alves Dias nunca tinha tripulado os novos bólides que a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) introduziu na sua competição em 2023. A época passada acabou por ser de aprendizagem, com algumas dificuldades nas afinações e no comportamento do carro nipónico. A participação nas corridas no Circuito Internacional de Zhuzhou e no Grande Prémio de Macau fez Célio Alves Dias perceber que o seu Toyota GR86 não estava ao nível da concorrência mais forte. Com base nas conclusões retiradas dessas experiências, decidiu começar a preparar-se para a nova temporada. “O carro teve que ser todo desmontado. O meu carro foi comprado em segunda-mão, e o chassis e o arco de segurança, para mim, não estavam bem feitos”, explicou o piloto da Fu Lei Loi Racing Team ao HM. “Isto, tornava o carro demasiado duro e muito difícil de curvar. Experimentei um carro da China, que foi bem montado, e há uma diferença. Fiz um bom tempo em Janeiro, na China, com esse carro. Os nossos carros, feitos na mesma oficina, estavam muito duros, o que tornava difícil fazer voltas rápidas”. Se no Grande Prémio de Macau, os pilotos da casa, exímios conhecedores do Circuito da Guia, conseguiram equiparar o andamento aos seus adversários de Hong Kong e do Interior da China, nas corridas iniciais na pista de Zhuzhou, na província de Hunan, não foi bem assim. “Há muitas diferenças entre os carros, mas principalmente nos chassis, pois os motores, em termos de potência e cavalos, estão já quase todos ao mesmo nível. Os nossos adversários também experimentaram muitas peças, muitos motores, até caixas de velocidades, e chassis. Os carros de competição são sempre a mesma coisa. Tens que ter potência no motor, mas também chassis. Ter só potência não chega. Ter melhor um bom chassis é o mais importante.” Jubileu de Prata em Novembro Sendo um nome português habitual no Grande Prémio de Macau nas últimas décadas, Célio Alves Dias estreou-se no Circuito da Guia em 2000 e desde aí foi uma presença assídua e sem faltas na prova até 2023. Este ano, o seu objectivo é contabilizar a sua vigésima quinta participação no maior evento desportivo de caracter anual da RAEM, mas para isso terá que alinhar nas provas de apuramento. Enquanto aguarda o anúncio do calendário de 2025 por parte da AAMC, Célio Alves Dias detalha pormenores para iniciar o seu programa de testes, até porque o seu Toyota, depois de revisto, “está já pronto a testar” no Interior da China, algo que acontecerá “muito em breve”, refere o piloto. Na edição passada do Grande Prémio, Célio Alves Dias qualificou-se em 12.º lugar para a corrida Macau Roadsport Challenge. No entanto, a sua participação foi curta e infeliz: ao volante do Toyota com o dorsal nº 11, foi forçado a desistir após ficar imobilizado na subida de São Francisco. O piloto macaense ficou fora da corrida logo na primeira volta, num incidente que provocou a entrada do Safety Car.
Sérgio Fonseca DesportoGP TCR | Austrália confirma presença em Macau A temporada de 2025 do TCR Austrália terminará em grande ao juntar-se ao FIA TCR World Tour na Corrida da Guia do 72º Grande Prémio de Macau, que decorrerá de 13 a 16 de Novembro Depois de ter acolhido o TCR China em 2024, os “mundialistas” do FIA TCR World Tour vão ter a companhia dos aguerridos concorrentes australianos na prova mais exigente da temporada, como o HM já tinha previsto no final do ano passado. Este anúncio é a segunda novidade no calendário de uma das maiores competições nacionais de TCR do mundo, depois do anúncio de um novo promotor para o campeonato. Um piloto que certamente ficou satisfeito com a notícia foi o australiano Ben Bargwanna, que correu nas ruas de Macau em 2023. A primeira participação internacional do TCR Austrália foi tornada possível pelo detentor global dos direitos, o WSC Group, que garantirá a cobertura total dos custos de transporte para as equipas australianas que viajarem para Macau. “O TCR Austrália sempre foi uma das competições mais importantes e emocionantes do TCR, enraizada na longa tradição do automobilismo de turismo no país”, afirmou o presidente do WSC Group, Marcello Lotti. O empresário italiano deixou claro que “quando questões logísticas nos forçaram a cancelar as rondas australianas do Kumho FIA TCR World Tour no ano passado, começámos imediatamente a trabalhar para regressar em 2025. É fantástico termos conseguido estender a cooperação para um segundo evento e oferecer aos concorrentes australianos a oportunidade única de terminar a temporada em Macau.” Outros aplausos O novo promotor do TCR Austrália, David Sonenscher, um velho conhecido de Macau, destacou a importância do momento para a categoria. “Estou muito feliz por levar o TCR Austrália a um dos circuitos mais icónicos do mundo e certamente um dos maiores desafios para um piloto”, disse o ex-piloto e empresário inglês radicado na Malásia e co-fundador do TCR Asia. “A oportunidade de expandir a nossa cooperação com o FIA TCR World Tour e de mostrar os talentosos pilotos australianos no mais alto palco internacional em Macau demonstra a oportunidade única que o TCR Austrália e a plataforma global TCR proporcionam a todos os participantes.” A confirmação da presença do TCR Austrália na Corrida da Guia não deverá ser impeditiva à participação de pilotos locais e do Interior da China na mais celebre corrida de carros de Turismo do continente asiático.
Sérgio Fonseca DesportoMotociclismo | FHO Racing com novo foco em 2025 As dúvidas dissiparam-se esta semana. A FHO Racing, da empresária de Macau, Faye Ho, vai continuar no activo na temporada de 2025, mas sem os pilotos inicialmente anunciados. Peter Hickman e Davey Todd estão de saída e vão para uma nova equipa chamada 8TEN Racing Segundo um comunicado enviado pela FHO Racing, a BMW Motorrad UK reestruturou a sua formação para o Campeonato Britânico de Superbikes de 2025, e a FHO Racing BMW competirá com um só piloto a bordo de uma BMW M 1000 RR. O campeão alemão de Superbikes de 2024 e piloto do mundial de resistência, Ilya Mikhalchik, fará a sua estreia na competição britânica, numa altura em que a proprietária da equipa, Faye Ho, realinha os objectivos da sua equipa “para explorar novas actividades no desporto motorizado em novos mercados, com o apoio da BMW Motorrad Motorsport”. Actualmente no seu quinto ano no paddock do Campeonato Britânico de Superbikes, Faye Ho tem sido uma presença forte na competição britânica, assim como nas populares provas de estrada, como o Grande Prémio de Macau, para além de apoiar diversos jovens pilotos femininas, ajudando-as a progredir nas suas carreiras desde as classes inferiores. Faye Ho, a neta de Stanley Ho e Clementina Leitão, tem apoiado Kate Walker e Jamie Hanks-Elliott na BMW F 900 R Cup e, tudo indica, que continuará a apoiar. Para ficar Ao contrário dos rumores que a colocavam de partida do paddock, Faye Ho deixou claro que é uma “grande defensora do Campeonato Britânico de Superbikes, uma das competições mais emocionantes e competitivas do mundo” e por isso irá manter o seu compromisso com a disciplina. Contudo, a empresária do território tem agora novos objectivos para si e para a sua estrutura. O futuro estará na Ásia e no apoio a jovens talentos femininos. “Tendo em conta os meus objectivos a longo prazo, que incluem expandir as actividades do desporto motorizado na Ásia e continuar a apoiar jovens mulheres no motociclismo, percebi que não posso dedicar o mesmo tempo, ao Campeonato Britânico de Superbikes e às corridas de estrada, que lhes dei desde que me tornei proprietária da equipa em 2021, devido a compromissos adicionais que tenho em Macau”, referiu Faye Ho. Outro capítulo Este anúncio colocou um ponto final a uma parceria de sucesso, particularmente na Ilha de Man TT, entre Peter Hickman, por quatro vezes vencedor do Grande Prémio de Motos de Macau, e a FHO Racing. Hickman deixou umas palavras de agradecimento à sua agora ex-patroa. “Quero deixar um enorme agradecimento à Faye [Ho] e à FHO Racing por tudo o que fizeram por mim ao longo dos últimos quatro anos”, escreveu Hickman numa publicação na rede social Facebook. “Como é normal no desporto motorizado, tivemos momentos incríveis e outros mais difíceis, mas a FHO sempre foi e sempre será uma parte fundamental da minha carreira. Estarei eternamente grato por essa oportunidade.” A nova equipa 8TEN Racing, que será oficialmente apresentada a 26 de Fevereiro, será composta maioritariamente por antigos elementos da FHO Racing. Hickman e Todd irão manter o importante apoio da BMW Motorrad UK e são esperados na grelha de partida do Grande Prémio no mês de Novembro.
Sérgio Fonseca DesportoFHO Racing | Peter Hickman nega encerramento Peter Hickman, quatro vezes vencedor do Grande Prémio de Motos de Macau, desmentiu os rumores que alegavam que a equipa FHO Racing, da empresária de Macau Faye Ho, teria encerrado as portas e estaria ausente na grelha de partida do Campeonato Britânico de Superbikes (BSB) e do Grande Prémio de Macau em 2025 Peter Hickman vai para a quinta temporada no campeonato britânico com a FHO Racing, no entanto, antes do arranque da temporada, surgiram alguns rumores a circular no paddock sobre o futuro da equipa. Nos últimos anos, a FHO Racing tornou-se numa das equipas de topo no Campeonato Britânico de Superbikes e em provas de estrada, como o TT da Ilha de Man ou o Grande Prémio de Macau. Em Novembro passado, a equipa anunciou que contava com Peter Hickman e Davey Todd, vencedor da atribulada última edição do Grande Prémio de Motos de Macau, no Campeonato Britânico de Superbikes. Faye Ho disse na altura que “para 2025 e também para o Grande Prémio de Macau deste ano, temos uma equipa muito forte, com o Davey a juntar-se ao Pete e ao Michael a bordo das BMW. Temos dois pilotos super talentosos nas estradas para a próxima temporada, e com o Davey a dar o salto para a classe Superbike, depois de ter conquistado o Campeonato de Superstock pela segunda vez, creio que teremos uma temporada forte. Mal posso esperar que a minha equipa regresse a Macau, adoro partilhar a minha cidade natal com a equipa e mostrar a todos os pontos de interesse, é um lugar tão especial para mim.” Embora Hickman e Todd tenham marcado presença na apresentação da temporada da BMW Motorrad Motorsport, em Berlim, em meados de Janeiro, desde do mês de Novembro que a FHO Racing não dá notícias, o que tem gerado algum desconforto e dúvidas entre os fãs. Hickman estava a testar a sua BMW M1000RR da sua PHR Performance, em Espanha, quando respondeu com um contundente “não” a um comentário de um fã na rede social Instagram sobre o rumor do cessar de actividade da FHO Racing, um “não” que teve ampla repercussão na imprensa britânica especializada. Não é a primeira vez Após uma difícil temporada da sua equipa em 2024, no Campeonato Britânico de Superbikes, Faye Ho, a neta de Stanley Ho, teve que enfrentar rumores semelhantes em Setembro passado. Em Oulton Park, antes da corrida de abertura do “Showdown” de 2024, Faye Ho confirmou aos jornalistas que a FHO Racing ia continuar participar no Campeonato Britânico de Superbikes de 2025, “o que é uma boa notícia, mas qualquer coisa será anunciada a seu tempo. Mas estou feliz por estar de volta aqui e por ficar aqui, é um grande campeonato e adoro estar neste ambiente de corridas.” Para aumentar a especulação entre os fãs, Hickman sugeriu nas redes sociais uma mudança de direção este ano, deixando no ar um anúncio sobre os seus planos para a North West 200 e TT da Ilha de Man. Em Espanha, o britânico terá testado com a sua moto sem qualquer referência e autocolantes da FHO Racing, ao passo que Todd mudou a sua foto de perfil nas redes sociais, para uma foto com uma mota da Milwaukee BMW by TAS Racing. Fontes do mundo do motociclismo dizem-nos que o futuro da FHO Racing deverá ser conhecido nos próximos dias, mas uma coisa certa é que Hickman, independentemente da equipa, tem no seu programa desportivo a viagem até à RAEM no mês de Novembro, para tentar conquistar a quinta vitória no Circuito da Guia.
Sérgio Fonseca DesportoTaça GT | Corrida da Grande Baía ganha impulso do Interior A Taça GT – Corrida da Grande Baía passará a integrar, já este ano, a recém-criada SRO GT Cup, a mais recente competição de GT lançada no Interior da China, inspirada na prova para viaturas da classe GT4 do Grande Prémio de Macau Nas vésperas do Natal passado, o SRO Motorsport Group, a entidade responsável pela organização de inúmeras provas e campeonatos, incluindo o GT World Challenge Asia e, como parceiro oficial da FIA, a co-coordenação da Taça do Mundo de GT da FIA em Macau, anunciou a criação de uma competição para viaturas GT4, composta por quatro eventos na China. Na altura do anúncio, apenas o evento inaugural, em Xangai, e o final, em Pequim, tinham sido confirmados como parte do calendário. Quase 30 carros, representando um impressionante total de dez construtores automóveis, participaram na Taça GT – Corrida da Grande Baía de 2024, uma corrida que se tornou um marco importante no fim de semana do Grande Prémio de Macau nos últimos anos. Com efeito, nenhum outro evento GT4 na Ásia reúne tamanha quantidade e diversidade de carros. O Balance of Performance (BoP), responsável por equilibrar o desempenho dos diversos carros participantes, já era, à data, gerido pelo SRO. Em comunicado, Benjamin Franassovici, Diretor-Geral da SRO Motorsports Asia, afirmou: “Estamos encantados, orgulhosos e privilegiados por adicionar a Taça GT – Corrida da Grande Baía ao calendário inaugural da SRO GT Cup, que começa e termina com os dois maiores eventos de desportos motorizados da China. Já temos uma forte relação de trabalho com a Taça GT – Corrida da Grande Baía, que se tornou a corrida mais significativa para carros GT4 na Ásia. A sua inclusão no calendário de 2025 do SRO sublinha a dimensão da nossa ambição para esta nova série nacional.” Interesse elevado A temporada de estreia da SRO GT Cup começa em Março, no Grande Prémio de Fórmula 1 da China, em Xangai, antes de passar para o Circuito Internacional de Zhuhai – um local anteriormente visitado pelo SRO nos tempos do BPR e do Campeonato FIA GT – onde estão previstas duas corridas de 30 minutos. Segue-se o novo circuito citadino de Pequim, que acolherá o GT World Challenge Asia no mesmo fim de semana, antes da grande final da temporada da SRO GT Cup, agendada para um mês mais tarde no Circuito da Guia, em Macau. O entusiasmo em torno desta competição é evidente. Como destacou Benjamin Franassovici, “isso reflecte-se no número de consultas e inscrições para a temporada completa que recebemos desde o lançamento do campeonato, pouco antes do Natal. A procura superou as nossas expectativas.” Até 28 carros poderão competir no evento de final de temporada nas ruas de Macau, com os lugares a serem atribuídos com base na classificação após a segunda jornada do campeonato, que está agendada para o circuito permanente de Zhuhai. Todos os pilotos com classificações “Bronze” ou “Silver” atribuídas pela FIA estão elegíveis para competir nesta competição, desde que utilizem carros homologados da classe GT4. Para atrair as marcas, os resultados das corridas da SRO GT Cup contarão para o Ranking de Construtores de GT4 da SRO, um título atribuído à marca com melhor desempenho na categoria GT4 no final de cada temporada. A SRO GT Cup junta-se à sua equivalente asiática, a Japan Cup, numa lista que inclui ainda competições continentais e nacionais na Europa, América e Austrália.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Rui Valente não se dá por vencido Rui Valente vai regressar este ano para mais uma temporada no automobilismo na região. O piloto de Macau há mais tempo no activo mantém a mesma motivação e irá disputar a Macau Roadsport Challenge, a competição de carros de Turismo organizada pela Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), assim como a 72ª edição do Grande Prémio de Macau, em Novembro Com o mesmo entusiasmo que lhe é reconhecido há décadas, Rui Valente irá novamente conduzir, na temporada de 2025, um Subaru BRZ, o mesmo carro com que competiu no Circuito da Guia, no passado mês de Novembro, na corrida Macau Roadsport Challenge. Na prova realizada no evento do território, o piloto português terminou em sexto lugar, depois de perder algumas posições no arranque, onde desceu para décimo. O resultado não foi ainda melhor porque a corrida, disputada à chuva, terminou prematuramente devido a um acidente de um adversário. Na competição para pilotos locais, que actualmente combina grelhas de partida com mais de meia centena de carros, todos eles Toyota GR86 (ZN8) ou Subaru BRZ (ZD8), Rui Valente admitiu ao HM que “não se dá por vencido”, revelando ainda que está “com saudades de ir ao pódio, tanto na China como em Macau…”. O piloto da Premium Racing Team tinha, no último Grande Prémio de Macau, um dos carros mais rápidos em termos de velocidade de ponta no pelotão da sua corrida. Por isso, a aposta para este ano será noutros aspectos técnicos do carro que vão além do motor. “Neste momento, queria apenas aumentar o diâmetro das rodas da frente e alargar a bitola para melhorar o comportamento do carro em curva”, confidenciou ao HM, referindo também que pretende “optimizar a transmissão de peso durante a travagem para a curva e a respetiva saída”. Estas melhorias, juntamente com actualizações no sistema de travões, deverão aumentar a competitividade da máquina japonesa numa grelha aguerrida, composta por pilotos de Macau, Hong Kong e Interior da China, com carros em constante evolução. Calendário indefinido O calendário de provas da competição automóvel organizada pela AAMC ainda não foi revelado. Em 2024, a Macau Roadsport Challenge estreou-se no Circuito Internacional de Zhuzhou, no leste da província de Hunan, mas Rui Valente preferia que a competição regressasse este ano ao Circuito Internacional de Guangdong (GIC), em Zhaoqing. “Gostava muito de voltar ao GIC, até porque tenho tudo lá”, afirma o piloto português, defensor da pista localizada na província vizinha. “Quando se vai para uma prova de qualificação, para quem faz quatro corridas e depois Macau, se estiveres numa pista que já conheces, como o GIC, onde andas há sete ou mais anos, cada vez que entras na pista e tentas fazer melhor do que da última vez significa que estás a melhorar e a aperfeiçoar a tua condução. Assim, sabes logo que estás mais forte naquele ano para Macau.” Por outro lado, para o experiente piloto do território, “se fores para uma pista nova, como o circuito de Zhuzhou, além de andares por lá a aprender o novo traçado e a melhorar o teu tempo, nunca vais saber se estás realmente mais forte para Macau, como sabes quando corres no GIC.” À semelhança do que aconteceu nas temporadas passadas, espera-se que o calendário da Macau Roadsport Challenge seja composto por dois fins de semana, com duas corridas cada, que servem igualmente como apuramento para o Grande Prémio.