Hoje Macau China / ÁsiaAustrália | PM vai a Pequim para melhorar relações O primeiro-ministro da Austrália anunciou ontem a sua intenção de visitar a China ainda este ano, depois de uma reunião com o homólogo chinês que marca esforços de Camberra melhorar os laços bilaterais. “Quero visitar a China antes do fim do ano para comemorar o 50.º Aniversário da histórica visita do ex-primeiro-ministro Gough Whitlam”, disse Anthony Albanese, citado num comunicado oficial. Albanese e o primeiro-ministro chinês Li Qiang reuniram-se ontem em Jacarta, à margem da 43.ª Cimeira da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), sob presidência indonésia, com Camberra empenhada em ultrapassar tensões com Pequim. “Mantivemos uma conversa franca e construtiva, saudando os progressos em curso na estabilização das nossas relações bilaterais e o compromisso renovado entre os nossos dois países. Ambos concordamos sobre o valor de expandir a cooperação em áreas de interesse comum”, referiu Albanese. Na mesa da reunião estiveram questões como os obstáculos comerciais existentes entre os dois países, litígios consulares e a questão dos direitos humanos. “Disse ao primeiro-ministro Li que continuaríamos a cooperar onde for possível, discordar sobre o que tínhamos que discordar e envolvermo-nos nos nossos interesses nacionais”, afirmou Albanese, referindo que foram igualmente abordados temas relacionados com a segurança regional e internacional. A relação entre a China e a Austrália começou a agravar-se em 2017, quando Camberra apontou o que disse ser interferência chinesa na política australiana e, no ano seguinte, proibiu a implantação de redes 5G por empresas chinesas por motivos de segurança. Os laços bilaterais evidenciaram melhorias desde a chegada ao poder do Partido Trabalhista, no ano passado, com as autoridades chinesas a retirarem no mês passado a tarifa de 80,5 por cento que impunham à cevada australiana.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Liu Guozhong em Pyongyang para celebrar aniversário do país Uma delegação chinesa liderada pelo vice-primeiro-ministro Liu Guozhong vai visitar a Coreia do Norte, onde participa, no sábado, nas comemorações do 75.º aniversário da fundação do país, informou ontem a imprensa estatal norte-coreana. A visita ocorre numa altura em que informações apontam para uma deslocação do líder norte-coreano, Kim Jong-un, à Rússia, para reunir com o Presidente russo, Vladimir Putin. O encontro deve incluir negociações para a venda de armas norte-coreanas a Moscovo, visando reabastecer as reservas russas, drenadas pela guerra contra a Ucrânia. A Agência Central de Notícias da Coreia, órgão oficial de Pyongyang, disse que a visita da delegação de Liu vai realizar-se a convite do Partido dos Trabalhadores, partido único da Coreia do Norte. A agência não especificou os eventos em que as autoridades chinesas vão participar ou se vão reunir com Kim. Um funcionário do Governo dos Estados Unidos disse na segunda-feira que Washington espera que Kim faça uma viagem à Rússia este mês para reunir com Putin, numa altura em que o Kremlin tenta adquirir equipamento militar para usar na guerra na Ucrânia. A reunião pode acontecer já na próxima semana na cidade de Vladivostoque, no leste da Rússia, onde Putin deve participar num fórum económico, que decorre entre domingo e quarta-feira. Em troca pelo fornecimento de granadas e outras munições, a Coreia do Norte pode pedir fontes energéticas e alimentares e tecnologias de armamento avançadas, dizem analistas. Há preocupações de que a transferência de tecnologia russa possa aumentar a ameaça representada pelo crescente arsenal de armas nucleares e mísseis de Kim, concebidos para atingir os Estados Unidos e os seus aliados asiáticos, a Coreia do Sul e o Japão.
Hoje Macau China / ÁsiaExportações | Queda de 8,8% em Agosto As exportações da China diminuíram 8,8 por cento em Agosto face ao mesmo mês do ano anterior, anunciou ontem a Administração Geral das Alfândegas do país asiático, ainda assim uma queda menor do que a esperada. De acordo com os dados oficiais, denominados em dólares e utilizados como referência por analistas internacionais, as exportações chinesas caíram mais do que as importações, que diminuíram 7,3 por cento em comparação com Agosto de 2022. Os números são melhores do que esperavam os analistas, que previam uma queda de 9,2 por cento nas exportações e de 9 por cento nas importações. A alfândega chinesa apresentou também ontem dados do comércio exterior denominados em renmimbi e que costumam apresentar divergências dos divulgados em dólares devido às oscilações cambiais. As exportações chinesas fixaram-se em cerca de 2,04 biliões de yuan em Agosto, menos 3,2 por cento em termos anuais. Pelo contrário, as importações subiram 1,6 por cento, para cerca de 1,55 biliões de yuan. No total, o valor das trocas comerciais entre a China e o resto do mundo caiu 2,5 por cento em termos anuais em Agosto, totalizando cerca de 3,59 biliões de yuan. O excedente comercial chinês fechou Agosto em cerca de 488 mil milhões de yuan, uma redução de 8,2 por cento face ao registado há um ano. Nos oito primeiros meses de 2023, o comércio entre a China e o resto do mundo sofreu uma diminuição de 0,1 por cento, com as exportações a crescerem 0,8 por cento e as importações a caírem 1,3 face ao mesmo período do ano passado.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Restringir comércio com Pequim é “vontade política” , dizem empresários Empresários alertam para a falta de sentido de algumas decisões políticas que tentam condicionar os laços económicos e comerciais estabelecidos entre o Ocidente e a China A tentativa de reduzir dependências económicas e comerciais face à China por parte dos países ocidentais, que vêm ensaiando uma estratégia comum, “choca” com as forças de mercado e é “inerentemente política”, advertem empresários. “Uma fragmentação [nos laços comerciais com a China] não está a ser impulsionada por motivos económicos. É tudo político”, disse Steve Hoffman, presidente executivo da Founders Space, uma das principais incubadoras e aceleradoras de ‘startups’ do mundo, com sede em São Francisco, na Califórnia, numa visita recente a Pequim. “Em termos económicos não faz sentido nenhum”, observou à agência Lusa. A estratégia de reduzir riscos no comércio com a China foi inicialmente delineada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e, mais tarde, adoptada pela Administração norte-americana. Em Maio passado, o grupo G7, que reúne as principais economias ocidentais, vincou aquele objectivo num comunicado conjunto. Trata-se de uma moderação da retórica anterior, que apontava para a completa “dissociação” face à China. As empresas ocidentais podem fazer negócios com o país asiático, mas com algumas salvaguardas: vetar a venda de tecnologias críticas com potenciais utilizações militares e reduzir dependências nas cadeias de abastecimento. No entanto, os custos, dificuldades e o choque entre os interesses das empresas e dos países constituem obstáculos à sua aplicação. “Os Estados Unidos estão sob pressão das suas empresas: Microsoft, Apple ou Intel não querem reduzir a sua exposição à China”, apontou Steve Hoffman. Em causa, estão condições “muito difíceis de replicar” em outras partes do mundo, apontou. A China detém abundante mão-de-obra especializada, serviços logísticos e infraestrutura altamente desenvolvidos, além de um mercado consumidor composto por 1,4 mil milhões de pessoas. O país é, assim, em simultâneo, o maior produtor e principal mercado para os iPhones da norte-americana Apple. Várias outras marcas internacionais enfrentam igual dependência. Terreno irresistível Apesar dos apelos dos governos ocidentais às empresas para que reduzam a sua presença no país, nos últimos meses, a gigante suíça de automação industrial ABB inaugurou em Xangai uma fábrica de robótica de última geração, num investimento avaliado em 150 milhões de dólares, e a fabricante automóvel alemã Volkswagen anunciou que vai adquirir uma participação de 4,99 por cento da marca chinesa Xpeng por 630 milhões de euros, visando o desenvolvimento conjunto de veículos eléctricos. A fabricante automóvel alemã, cuja quase metade dos lucros globais provém do mercado chinês, anunciou também que vai investir mil milhões de euros na criação de um novo centro de inovação na China. Fernando Colaço, um português que fundou uma empresa de ‘design’ e programação em Pequim, reconheceu à Lusa que há “forças políticas” que procuram afectar a parte empresarial, mas que a “força dos mercados” continua a ser “determinante”. “A parte empresarial continua atenta à China”, explicou. “As empresas sabem que precisam da China e querem assegurar a sua posição no mercado chinês”. No átrio do Hilton Beijing Capital Airport, um amplo espaço coberto em mármore, com colunas e painéis de madeira ornamentados em estilo chinês, Steve Hoffman, que começou a visitar a China em 2015, alertou para os perigos da “desglobalização”. “Quando a interdependência é total, ninguém quer agitar as águas”, descreveu. “As tensões geopolíticas vão sempre existir”, notou. “Mas, se a tua economia depende dos outros, vai existir sempre muita pressão para não exacerbares essas tensões”.
Hoje Macau SociedadeLusofonia | Festival entre 27 e 29 de Outubro O Festival da Lusofonia está agendado para o fim-de-semana entre 27 e 29 de Outubro, de acordo com a Rádio Macau. Este ano, o programa conta com o regresso à festa de artistas dos países lusófonos, estando prevista a actuação de três bandas vindas do exterior, que vão encerrar o programa de cada um dos três dias. Os nomes ainda não são conhecidos, e antes destas vão actuar os grupos e artistas lusófonos de Macau. No fim-de-semana seguinte, 4 e 5 de Novembro, o Instituto Cultural vai organizar espectáculos de música e dança tradicional em locais como a praça à frente da Igreja de Coloane, na Feira do Carmo, na Taipa, na escadaria das ruínas de S. Paulo e Jardim do Mercado de Iao Hon. Nestes espectáculos vão actuar grupos tradicionais dos países que integram o Fórum Macau, incluindo a Guiné Equatorial e da região de Goa, Damão e Diu e também um grupo chinês, oriundo de Shenzhen.
Hoje Macau SociedadeTake-away | FAOM alerta para saúde mental dos trabalhadores A Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) publicou ontem um inquérito sobre a situação de trabalho dos distribuidores de comida em regime de take-away, apelando à necessidade de ser prestado maior apoio em matéria de saúde mental. O inquérito revela que cerca de 60 por cento dos trabalhadores inquiridos realiza este trabalho a tempo inteiro, enquanto 30 por cento faz distribuições por ter ficado no desemprego. Cerca de 25 por cento dos trabalhadores permanece nestas funções pela flexibilidade de horários. Muitas das queixas referidas pelos participantes no inquérito dizem respeito ao facto de não poderem recusar os pedidos feitos nas aplicações de take-away, além de que a ordem das distribuições é decidida pelas próprias plataformas. Assim, a FAOM pede maior supervisão governamental e transparência por parte das empresas que gerem as plataformas de take-away. Relativamente à questão da saúde mental dos trabalhadores, o deputado Leong Sun Iok pede uma maior cooperação entre o Governo e associações a fim de serem disponibilizados serviços de aconselhamento psicológico, entre outros. O inquérito foi realizado pela FAOM entre os meses de Fevereiro e Maio deste ano, tendo recolhido 134 opiniões.
Hoje Macau EventosPiano, pente e manuscrito de “Bohemian Rhapsody” entre itens de Freddie Mercury leiloados em Londres O piano Freddie Mercury, no qual compôs quase toda a sua obra, foi hoje vendido por dois milhões de euros num leilão da Sotheby’s, em Londres, em que o manuscrito de “Bohemian Rhapsody” rendeu 1,6 milhões de euros. Vários bens do vocalista dos Queen começaram hoje a ser leiloados pela Sotheby’s que irá fazer novos leilões este mês para tentar encontrar compradores para os cerca de 1.500 objetos que ficaram em Garden Lodge, o edifício de estilo georgiano que Mercury comprou no afluente bairro londrino de Kensington, em 1980. O piano de cauda Yamaha, que o músico adquiriu em 1975 e o acompanhou durante grande parte da sua carreira, foi vendido abaixo das estimativas que apontavam para um valor de 3,5 milhões de euros. Vários manuscritos do músico, que morreu a 24 de novembro de 1991, um dia depois de ter admitido publicamente que sofria de SIDA, bem como uma extensa coleção de obras de arte, mobiliário e vestuário, foram vistos por mais de 100 mil pessoas durante a exposição de um mês em Londres, este verão. Anteriormente, o público de Nova Iorque, Los Angeles e Hong Kong pôde ver de perto objetos pessoais do vocalista dos Queen, como o pente que utilizava para aparar o seu bigode (40 mil euros), e documentos históricos, como um esboço a lápis da letra de “Bohemian Rhapsody” desenhado num calendário publicitário. Este manuscrito, onde escreveu uma das suas obras mais emblemáticas, foi vendido por 1,6 milhões de euros. Uma pulseira de prata de estilo vitoriano que Freddie Mercury usou com um fato de cetim marfim no vídeo “Bohemian Rhapsody” foi vendida pelo preço mais alto alguma vez pago em leilão por uma peça de joalharia pertencente a uma estrela de rock. A pulseira foi vendida por 881 mil dólares, 100 vezes mais do que o seu baixo preço estimado. O primeiro lote da venda de hoje incluiu uma das portas da mansão, na qual centenas de fãs deixaram as suas condolências nos dias que se seguiram à morte do cantor, arrematada por 481.700 euros, após um braço de ferro de 15 minutos entre vários compradores. Um caderno com as letras escritas à mão do sétimo álbum dos Queen, “Jazz” (1978), e o traje de estilo monárquico que Mercury usou na digressão “Magic tour”, em 1986, também estiveram na mira dos compradores. Antes do início do leilão, a Sotheby’s divulgou uma nota pessoal do músico Elton John, amigo de Mercury. “Freddie e eu partilhávamos o gosto pelo colecionismo e trocámos muitas prendas durante um longo período de tempo, incluindo algumas que fazem parte deste leilão. Ele era gentil, generoso e divertido e a tragédia da SIDA levou-o do mundo demasiado cedo”, disse o compositor de “Rocket Man”. Os objetos foram vendidos pela amiga íntima de Mercury, Mary Austin, a quem Mercury deixou a sua casa e todos os seus bens quando morreu. Uma parte das receitas da série de leilões ao vivo e online destina-se a instituições de caridade.
Hoje Macau China / ÁsiaTempestade tropical Haikui força retirada de 294 mil pessoas no sudeste da China A tempestade tropical Haikui forçou a retirada temporária de 294 mil pessoas na província de Fujian, no sudeste da China, onde causou graves danos materiais e agrícolas, informou hoje a imprensa local. Segundo as autoridades locais, citadas pela agência noticiosa oficial Xinhua, o tufão afetou desde terça-feira quase 1,6 milhões de pessoas na província, que tem 38 milhões de habitantes. Quase 10 mil hectares de culturas foram danificados e mais de 2.500 casas foram total ou parcialmente destruídas, resultando numa perda económica direta de 5 mil milhões de yuan. Entre terça e quarta-feira, a precipitação em 65 localidades ultrapassou os 250 milímetros, com um máximo de 548,9 milímetros na cidade de Gaishan, superando o recorde local estabelecido pelo tufão Longwang, em 2005. Quase 60 mil pessoas foram mobilizadas para participar em tarefas de emergência até às 20:00 locais de quarta-feira. Huang Zhigang, especialista citado pela agência, disse que mais chuvas fortes são esperadas nos próximos dois dias em algumas áreas de Fujian, o que pode causar deslizamentos de terra, transbordamentos de rios e outros desastres. As autoridades locais informaram na quarta-feira que 49 reservatórios entre os 420 do município de Fuzhou, capital de Fujian, ultrapassaram os limites de volume, e que mais de 80 locais do centro urbano sofreram graves inundações, com acumulações de água de até 1,4 metros no solo. De acordo com estatísticas divulgadas recentemente pelo ministério de Gestão de Emergências da China, 8,8 milhões de pessoas no país foram afetadas por desastres naturais em agosto, incluindo 168 pessoas que morreram ou desapareceram e 547 mil que foram retiradas. A China sofreu durante o verão algumas das chuvas mais fortes e inundações mais mortais dos últimos anos. Dezenas de pessoas morreram, inclusive em áreas montanhosas periféricas de Pequim.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Homem acusado de tentativa de homicídio de PM O Ministério Público do Japão acusou ontem formalmente um homem de 24 anos por tentativa de homicídio e outros crimes, num alegado ataque com explosivos contra o primeiro-ministro, Fumio Kishida, em Abril. Kishida estava em campanha eleitoral no porto de Wakayama, no oeste do Japão, quando o suspeito terá atirado uma bomba improvisada. O primeiro-ministro saiu ileso, mas outras duas pessoas tiveram ferimentos leves. De acordo com a televisão pública japonesa NHK, Ryuji Kimura, de 24 anos, manteve-se em silêncio desde que foi detido, no local da explosão. No entanto, após uma avaliação psiquiátrica de três meses, os promotores determinaram que o suspeito está mentalmente apto a ir a julgamento e que a bomba usada no ataque era potencialmente letal, informou a agência de notícias japonesa Kyodo. Registos judiciais mostram que Kimura tinha apresentado uma queixa no ano passado contra o governo, contestando a obrigação de ter pelo menos 30 anos e pelo menos três milhões de ienes (20 mil euros) para concorrer às eleições para o parlamento japonês. O Japão reforçou os dispositivos de segurança após o assassínio em Julho do antigo primeiro-ministro Shinzo Abe, morto a tiro enquanto discursava num evento de campanha eleitoral. A violência com armas e bombas no Japão é extremamente rara e os ataques a Abe e Kishida chocaram o país.
Hoje Macau SociedadeAssistentes sociais | Candidatos preocupados com acreditação A incerteza relativa ao primeiro exame de acreditação para assistentes sociais, faz com que os candidatos estejam altamente preocupados. O exame realiza-se no sábado e as preocupações foram partilhadas ao Jornal All About Macau por Cheong Un Si, presidente da Federação dos Assistentes Sociais. Segundo Cheong, os candidatos estão às “escuras”, porque não há informações sobre o modelo do exame, o grau de dificuldade, nem a possibilidade de repetir a prova, em caso de reprovação. Além disso, a presidente da federação indicou que os candidatos a assistentes sociais só podem desempenhar funções menores se não passarem nas provas de admissão, como cargos de coordenação. Por isso, num cenário de incerteza, Cheong Un Si deseja que a entidade organizadora do exame, ou seja, o Conselho Profissional dos Assistentes Sociais, faça uma revisão do sistema actual, para aumentar a transparência do processo de acreditação e do funcionamento de todo o sistema. A prova era para ter sido realizada no passado sábado, mas devido à passagem do tufão Saola foi adiada uma semana. Actualmente, 1453 assistentes sociais estão inscritos em Macau. As pessoas que pretendem trabalhar como assistentes sociais precisam de passar o exame de acreditação, de acordo com a lei da Qualificação Profissional, aprovada pela Assembleia Legislativa e que entrou em vigor a 2 de Abril de 2020. Os assistentes sociais que estão no sector privado antes da entrada em vigor do diploma legal estão isentos de realizar o exame.
Hoje Macau EventosMúsica | Rolling Stones lançam novo álbum de originais A banda britânica Rolling Stones vai lançar um novo álbum de originais, intitulado “Hackney Diamonds”, o primeiro desde “A Bigger Bang”, de 2005, e desde a morte do baterista Charlie Watts. O anúncio foi feito através das redes sociais na segunda-feira e mais detalhes foram divulgados ontem num evento em Hackney, uma zona de Londres, onde os membros da banda Mick Jagger, Keith Richards e Ronnie Wood vão ser entrevistados pelo apresentador de televisão norte-americano Jimmy Fallon. “Vamos falar do novo álbum, de nova música, de uma nova era”, pode ler-se na publicação da banda sobre a conversa com Fallon. De acordo com um comunicado dos Rolling Stones, citado pela Associated Press, “Hackney pode estar no centro de ‘Hackney Diamonds’, mas este é um momento verdadeiramente global que queremos partilhar com os fãs por todo o mundo via YouTube”. A concretização do anúncio segue-se a uma campanha em que o logo do grupo foi projectado em várias cidades, como Nova Iorque e Paris, e do lançamento de um ‘site’ específico para o álbum. Os Rolling Stones formaram-se em 1962, em Londres, mantendo actividade contínua – e popularidade – desde então, algo sem paralelo na história da música popular, como recorda a entrada do grupo na Enciclopédia Britânica. Depois de “A Bigger Bang”, de 2005, o grupo lançou um disco de versões de ‘blues’ intitulado “Blue & Lonesome”, que conquistou um Grammy para melhor álbum daquele género, o segundo recebido pela banda de “Sympathy for the Devil”, depois de “Voodoo Lounge” ter ganho o prémio de melhor disco de rock.
Hoje Macau EventosLivraria Portuguesa | Novo livro de Natividade Ribeiro apresentado dia 14 A Livraria Portuguesa acolhe no próximo dia 14, às 18h30, a apresentação do mais recente livro de Natividade Ribeiro, docente de português, intitulado “Que Lenço Cobriria a Dor”. A obra remete para um dia de 2020, na altura do Carnaval, quando uma mulher é informada de que padece de cancro da mama, diagnóstico que lhe chega pouco tempo antes da pandemia. Assim, “o leitor vai sendo conduzido pelo relato sobre a experiência da doença, num presente ‘estranho’, e pelo quotidiano de um passado recente normal e ilusoriamente dado como adquirido”, aponta um comunicado divulgado pela Livraria Portuguesa. Além disso, a narrativa “percorre um quotidiano transtornado, em que as redes sociais, fatalmente, têm um papel de relevo, assim como a importância da leitura, dos livros e da escrita se impõem como salvadores”. “Que Lenço Cobriria a Dor” aborda o sofrimento, mas “é também um exemplo de luta, luz e humor, esta grande arma contra o trágico”. A autora é natural da ilha de São Miguel, Açores, pelo que “a memória da ilha é a presença que ajuda a ultrapassar um momento exigente e que a leva a acreditar na cura”. Natividade Ribeiro nasceu em Vila Franca do Campo, ilha de S. Miguel. Licenciou-se em Filosofia na Universidade de Letras de Lisboa. Durante vinte anos, foi professora de português em Macau. Com a chancela da Livros do Oriente já editou “Nada, nada professora”, em 2000, seguindo-se os títulos, com outras editoras, “Os três lugares de uma mulher”, “A casa azul – Verão em S. Miguel”, “Amor em viagem (Circular)”, “Calçada das Verdades”, livro de poesia, e “Em corpo de palavra”, também poesia, editado em 2021. Vive actualmente em Lisboa.
Hoje Macau EventosHK | Companhia de dança contemporânea arranca com nova temporada Já são conhecidos os espectáculos da nova temporada da Companhia de Dança de Hong Kong. Sob o tema “Renascimento e Transcendência”, a companhia apresenta já no dia 29 deste mês o espectáculo “A Dança dos Ritmos Celestiais”, com coreografia de Yang Yuntao, uma ode aos “Vinte e Quatro Termos Solares”, considerados Património Imaterial da UNESCO A Companhia de Dança de Hong Kong [Hong Kong Dance Company] apresentou recentemente o cartaz da nova temporada de espectáculos para 2023/2024, sendo que o primeiro projecto é apresentado já no final deste mês. “A Dança dos Ritmos Celestiais”, com coreografia do director artístico da companhia Yang Yuntao, será apresentado ao público nos dias 29 e 30 de Setembro no auditório Sha Tin Town Hall. O espectáculo baseia-se nos “Vinte e Quatro Termos Solares”, inscritos na Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO, e que mais não são do que uma lista de termos do calendário antigo chinês, que faz a divisão do ano em 24 períodos, além das quatro estações, em ligação à agricultura e à relação do indivíduo com a natureza. Segundo o programa, “A Dança dos Ritmos Celestiais” promete “cativar o público com visuais deslumbrantes, uma música inspiradora e efeitos de iluminação de última geração”, e que decorre em torno “dos ciclos naturais do tempo e da vida”. O público poderá, assim, obter “uma compreensão vívida da natureza”. Os “Vinte e Quatro Termos Solares” são, portanto, “um aspecto importante da cultura e da sabedoria tradicionais chinesas”. “A nossa missão com este novo trabalho vai muito para além dos termos solares em si. Queremos reflectir sobre os vários aspectos da vida moderna, recorrendo à sabedoria antiga. Em termos metafísicos, é simultaneamente um tributo ao mundo natural que nos rodeia e um apelo à sua proteção”, disse o coreógrafo. Para este espectáculo, a companhia convidou vários designers asiáticos, de diferentes disciplinas criativas, que trabalham com artistas locais, existindo ainda a colaboração com uma conhecida marca de produtos de beleza. A ideia é recriar mesmo cenários da natureza, “despertando os sentidos visuais, auditivos e olfactivos do público”. Renascer do corpo “Renascimento e Transcendência” é o tema do cartaz da Companhia de Dança de Hong Kong para os próximos meses, apresentando uma série de espectáculos diversificados que misturam práticas tradicionais e contemporâneas. Yang Yuntao, director artístico, explica que esta temporada reflecte ideias como o “renascimento do corpo” ou a “transcendência da vida”. “Que a dança regresse ao corpo e dê vida a diferentes domínios da consciência – esta será a filosofia orientadora das nossas produções no futuro”, disse. Apresentam-se, assim, um total de sete programas de dança “emocionantes e inovadores”, com uma “fusão fascinante de dança e instalação multimédia” que prometem levar a audiência a “viagens inspiradoras de descoberta da beleza abstracta da dança”. Para Dezembro estão agendados espectáculos como “Convergence” [Convergência], apresentado em parceria com o West Kowloon Cultural Districte nos dias 8 e 10. Este espectáculo é “o culminar de um estudo de investigação interdisciplinar sobre a dança chinesa e as tradições das artes marciais chinesas”, sendo apresentado ao vivo pela primeira vez depois de uma apresentação online em 2020 devido à pandemia. Com “Convergence”, os bailarinos da companhia “exploraram a essência destas práticas tradicionais, descobrindo novas perspectivas sobre o movimento e a fluidez de expressão entre a ideologia e o gesto físico”, numa “sinergia entre dança e artes marciais”. A coreografia está também a cargo de Yang Yuntao. “Her Story” [A História Dela] apresenta-se nos dias 15 e 17 de Dezembro e promete desvendar “escritos esotéricos de e sobre mulheres”, baseando-se na escrita feminina Nüshu, uma linguagem escrita desenvolvida e usada exclusivamente por mulheres no condado de Jiangyong, na província de Hunan, que tem uma história de quatrocentos anos. A coreografia está a cargo de Helen Lai, que integrou no espectáculo os escritos de Xi Xi e Wong Bik-wan, duas autoras de Hong Kong. Destaque ainda para “Lands in the South” [Terras no Sul], um espetáculo inspirado na cultura regional de Lingnan, em colaboração com bailarinos da área da Grande Baía, bem como o projecto “All About The Three Kingdoms”, que promete guiar o público na “apreciação da dança chinesa através de movimentos interactivos e excertos clássicos do drama de dança Romance of the Three Kingdoms”. A temporada de espectáculos da Companhia de Dança de Hong Kong encerra-se com “Fun Ride with Big Beard – Dancing Poems 2.0”, um espectáculo teatral e de dança que mistura poemas e letras de canções das dinastias Tang e Song, contando com o actor Anthony Ho como artista convidado.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreias | Pequim em defesa da paz e da estabilidade A China continuará a promover conversações e impulsionar a rápida realização de paz e segurança duradouras na Península Coreana, disse Mao Ning, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, na terça-feira. A porta-voz fez as declarações numa conferência de imprensa diária ao comentar as recentes declarações do Presidente da República da Coreia, Yoon Suk Yeol, sobre a “influência da China” sobre a República Popular Democrática da Coreia (RPDC). Em entrevista recente à AP, Yoon disse que a China “parece ter uma influência considerável” sobre Pyongyang, indicando que “o que realmente importa é se Pequim usará sua influência e, se for assim, quanto e de que maneira”. Mao, citada pelo Diário do Povo, disse que, como vizinhos amigáveis, a China e a RPDC desfrutam de laços amigáveis de longa data. A RPDC é um Estado-membro pleno da ONU e um país soberano e independente. “Os laços estreitos que temos com a RPDC e a influência que a China tem na RPDC são duas coisas diferentes e não podem ser agrupadas”, afirmou. A porta-voz destacou também que a situação actual na Península Coreana não serve o interesse de ninguém, nem é algo que a China queira ver. “O processo que começou em 2018 para abordar as questões da Península Coreana parou fundamentalmente porque os Estados Unidos se recusaram a responder às medidas de desnuclearização tomadas pela RPDC”, disse Mao, apontando que os Estados Unidos não levaram a sério as preocupações legítimas da RPDC nem mostraram prontidão para abordar essas preocupações. A porta-voz pediu ainda que o lado dos EUA tire lições, corrija rumos, assuma a sua responsabilidade, deixe de aumentar a pressão e as sanções, pare com a dissuasão militar e tome medidas efectivas para retomar um diálogo significativo.
Hoje Macau China / ÁsiaHaikui | Tempestade tropical faz dois mortos e força retirada de milhares Pelo menos duas pessoas morreram e milhares foram retiradas devido às inundações causadas pela tempestade tropical Haikui, na província costeira de Fujian, no sudeste da China, informaram ontem as autoridades locais. As escolas foram encerradas e os voos suspensos, e mais de 30 mil pessoas foram transferidas para locais seguros. Dois bombeiros morreram depois de as águas da enchente terem arrastado um veículo dos bombeiros durante uma missão de resgate, informou a imprensa estatal. O Haikui varreu Taiwan como um tufão no início desta semana, deixando dezenas de feridos e milhares de casas sem energia. Entretanto, o Haikui enfraqueceu e converteu-se numa tempestade tropical quando atingiu Fujian, mas continuou a apresentar níveis recordes de chuva. A área mais afectada situa-se entre a costa e as montanhas do interior e é particularmente propensa a inundações, levando muita população, ao longo das décadas, a migrar para outras partes da China ou a deslocar-se para o estrangeiro. As autoridades fecharam escolas, suspenderam voos, pararam comboios e autocarros e enviaram dezenas de veículos de emergência em missões de resgate. Mais de 30 mil pessoas foram retiradas e as perdas económicas são estimadas em mais de 75 milhões de dólares, segundo a imprensa estatal chinesa. Partes de Fujian registaram chuvas superiores a 30 centímetros, quebrando recordes em toda a província. Na cidade de Fuzhou, 50 mil pessoas foram afectadas, entre as quais mais de 36 mil foram transferidas para abrigos. A China sofreu durante o Verão algumas das chuvas mais fortes e inundações mais mortais dos últimos anos. Dezenas de pessoas morreram, inclusive em áreas montanhosas periféricas de Pequim.
Hoje Macau China / ÁsiaCountry Garden | Evitado incumprimento com dívida paga no limite Após ver as suas accões subirem na segunda-feira mais de 15%, a gigante do imobiliário chinês saldou a dívida de 22,5 milhões de dólares a tempo e evitou entrar numa situação de incumprimento A Country Garden, a maior construtora da China, pagou ontem 22,5 milhões de dólares referentes a duas obrigações emitidas nos mercados internacionais (‘offshore’), no limite de uma prorrogação de 30 dias. A empresa conseguiu assim evitar incorrer em incumprimento, avançou a imprensa local. O pagamento devia ter sido realizado, originalmente, no dia 6 de Agosto, aos titulares de duas obrigações, com um valor combinado de 990 milhões de dólares e maturidades em 2026 e 2030, indicou o jornal de Hong Kong South China Morning Post, que cita fontes próximas da empresa. A Country Garden evitou anteriormente entrar em incumprimento, após negociar a restruturação da sua maior obrigação, um título emitido no mercado chinês, no valor de 3,9 mil milhões de yuan, que vai agora ser pago até Setembro de 2026. As acções da promotora tinham subido quase 15 por cento na segunda-feira, devido ao acordo de restruturação e a medidas de apoio anunciadas por Pequim ao sector imobiliário. A Country Garden foi excluída esta semana do índice da Bolsa de Valores de Hong Kong, após as suas acções terem perdido quase 95 por cento do seu valor desde o pico, que remonta ao início de 2018. Em 2021, os reguladores chineses restringiram o acesso do sector ao crédito bancário, suscitando uma crise de liquidez. Uma das maiores construturas do país, o Grupo Evergrande, colapsou. Dezenas de outros grupos estão a negociar a restruturação das suas dívidas. Queda a pique A Country Garden está a tentar não entrar em incumprimento em nenhuma das suas obrigações, o que poderia traduzir-se num risco para o sector financeiro chinês, ainda maior do que o suscitado pela Evergrande em 2021, uma vez que a Country Garden tem quatro vezes mais imóveis e 60 por cento das suas vendas provêm de cidades de terceiro e quarto níveis, onde o mercado imobiliário foi mais afectado do que nas principais cidades do país. A Country Garden, até recentemente considerada uma das promotoras mais bem geridas no contexto da crise imobiliária, anunciou na semana passada perdas de 48.932 milhões de yuan no primeiro semestre e alertou que enfrenta “falta de liquidez”. No final do semestre, o passivo total da construtora fixou-se em cerca de 1,36 biliões de yuan. No total, de acordo com estimativas do banco norte-americano JPMorgan, citadas pelo South China Morning Post, a Country Garden poderá enfrentar mais de 2,5 mil milhões de dólares em vencimentos de obrigações, tanto na China como no estrangeiro, até ao final do ano.
Hoje Macau SociedadeCPSP | Wong Sio Chak reconhece erro “inaceitável” O secretário para a Segurança classificou como “inaceitável” a omissão pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) do envolvimento de uma viatura da corporação num acidente de trânsito. A declaração foi feita ontem, durante a apresentação da criminalidade na primeira metade do ano. Na segunda-feira, uma carrinha do CPSP passou um sinal vermelho e bateu numa moto. Na informação das autoridades sobre o acidente, o CPSP definia a sua carrinha como “uma viatura particular”. A versão foi desmentida horas mais tarde por um vídeo online, com imagens do acidente. Só depois, o CPSP confessou que se tratava de um dos seus veículos. Wong Sio Chak indicou que o caso ia ser analisado, na tarde de ontem, numa reunião interna e que ia exigir melhorias a todos os envolvidos. O secretário defendeu ainda que os casos sérios têm de ser relatados rigorosamente, cumprido o direito à informação da população, e contribuindo para a estabilidade social.
Hoje Macau PolíticaFunção pública | Chan Hong nomeada para comissão de queixas A ex-deputada Chan Hong foi nomeada por Ho Iat Seng para a Comissão de Gestão do Tratamento de Queixas Apresentadas por Trabalhadores dos Serviços Públicos, de acordo com um despacho publicado ontem no Boletim Oficial. Segundo a informação do documento oficial, por este part-time, Chan Hong vai levar para casa nos próximos dois anos 30.940 patacas por mês. Além da nomeação para a Comissão de Gestão do Tratamento de Queixas Apresentadas por Trabalhadores dos Serviços Públicos, a antiga legisladora integra ainda o Conselho de Curadores da Fundação Macau, o Conselho da Universidade Politécnica de Macau e o Conselho da Escola Superior das Forças de Segurança de Macau. Todas estas posições resultam de nomeações políticas. Ainda em relação à comissão para “tratamento” das queixas dos trabalhadores dos serviços públicos, ontem foi anunciada a renovação do mandato de Leong Iok Wa como presidente. Pelo desempenho das funções, Leong tem uma remuneração mensal de cerca de 35 mil patacas. Também o membro da comissão Kuong Iok Kao viu o seu mandato renovado, por mais dois anos. Segundo o portal da comissão, esta tem como objectivos garantir o direito de queixa a todos os trabalhadores dos serviços públicos, promover a comunicação e criar um harmonioso ambiente de trabalho, e perfeiçoar a gestão e o funcionamento dos serviços públicos.
Hoje Macau PolíticaPequim | Rita Santos reúne com embaixadores de Portugal e Angola Rita Santos reuniu ontem em Pequim com responsáveis pelas representações diplomáticas de Portugal e Angola na China. Segundo um comunicado divulgado pela presidente do Conselho Regional da Ásia e Oceânia das Comunidades Portuguesas, o encontro com o chefe adjunto da missão da Embaixada de Portugal em Pequim, Duarte Pinto da Rocha, serviu para expôr os trabalhos desenvolvidos pelos conselheiros “em prol dos portugueses residentes em Macau, em Hong-Kong e no interior da China”, bem como “o desenvolvimento económico da Grande Baía e os esforços desenvolvidos no âmbito das trocas comerciais entre a China e Portugal, utilizando Macau como plataforma”. Com o embaixador de Angola, João Salvador dos Santos Neto, foi discutida a “promoção do desenvolvimento comercial da Grande Baía e o interesse das empresas de Macau quanto às oportunidades de investimento nas indústrias piscatórias, agrícolas, educativas e culturais, utilizando Macau como plataforma de intercâmbio entre Angola e China”. Santos Neto frisou que “existem inúmeras oportunidades em Angola para todos os empresários de Macau no âmbito da sustentabilidade e das energias renováveis, turismo, agricultura e pescas”.
Hoje Macau China / ÁsiaHK | Tribunal decide a favor de uniões civis entre pessoas do mesmo sexo O Tribunal de Última Instância de Hong Kong pronunciou-se ontem a favor das uniões civis entre pessoas do mesmo sexo, mas rejeitou o recurso sobre o reconhecimento de um casamento homossexual no estrangeiro. A decisão refere-se a um recurso do activista Jimmy Sham, actualmente detido, que iniciou uma batalha legal em 2018 para que Hong Kong reconheça o casamento de há 10 anos com o companheiro nos Estados Unidos. O tribunal considerou que o Governo estava “a violar a sua obrigação (…) de reconhecer legalmente os casais do mesmo sexo”, de acordo com o acórdão, citado pela agência francesa AFP. No entanto, “rejeitou por unanimidade o recurso” relativamente ao casamento de Sham. Mas o tribunal suspendeu a declaração por dois anos para dar tempo ao governo de definir um quadro legal sobre o casamento de pessoas do mesmo sexo, segundo o jornal local South China Morning Post. A decisão era aguardada com expectativa pela comunidade LGBTQ+ local, que na última década obteve importantes vitórias em tribunal, incluindo a anulação de políticas governamentais discriminatórias em matéria de vistos, impostos e subsídios de habitação. De acordo com um inquérito realizado no ano passado, 60 por cento dos habitantes de Hong Kong são a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo, contra 38 por cento há dez anos. A decisão a favor das uniões civis terá fortes implicações na vida da comunidade LGBTQ+ e na reputação do centro financeiro como um local inclusivo para viver e trabalhar, segundo a agência norte-americana AP. Cada vez mais empresas internacionais presentes em Hong Kong estão a apoiar campanhas a favor da igualdade no casamento, argumentando que será mais fácil atrair talentos. Lutas pela mudança Actualmente, Hong Kong apenas reconhece o casamento entre pessoas do mesmo sexo para determinados efeitos, como impostos, benefícios da função pública e vistos para dependentes. Sham, 36 anos, coordenou a Frente dos Direitos Humanos Civis, conhecida por ter organizado, durante anos, a marcha de protesto no aniversário da transferência de soberania de Hong Kong para a China, a 1 de Julho de 1997. O grupo também organizou alguns dos maiores protestos políticos que agitaram Hong Kong em 2019, mas foi dissolvido em 2021, ao abrigo da lei de segurança nacional imposta por Pequim. Sham está detido desde 2021, sob a acusação de subversão para derrubar o governo, cuja pena máxima prevista é a prisão perpétua. “A democracia nunca é uma dádiva dos céus. Tem de ser conquistada por muitos com uma vontade forte”, afirmou a 1 de Março de 2021, à porta do tribunal que confirmou a detenção sem direito a fiança. “Vamos manter-nos fortes e lutar pelo que queremos”, acrescentou na altura, citado pela televisão britânica BBC.
Hoje Macau Macau Visto de Hong Kong VozesO gelo certo A semana passada foi publicada uma notícia na China continental sobre o uso excessivo de gelo nos refrescos de café, de que resulta a perda de concentração e de sabor da bebida. Este caso não tem muito que saber. Em alguns estabelecimentos da China continental, dois terços dos copos que contêm os refrescos estão cheios de gelo e o outro terço é preenchido pela bebida propriamente dita. Independentemente da porção, concentração, ou sabor dos refrescos, os clientes sentem-se enganados. A avaliação sobre estas bebidas é a seguinte: “têm mais cubos de gelo do que café, e não mais café do que gelo.” Quando um cliente compra um refresco de café na loja, pode pedir que sejam colocados o número de cubos de gelo do seu agrado. No entanto, se encomendar a bebida através da plataforma online, não é possível especificar o pedido. Isto acontece porque as plataformas não têm opção para indicar o número de cubos de gelo pretendidos. Esta questão dos cubos de gelo não é nova. Em 2016, um consumidor dos Estados Unidos processou a famosa cadeia de cafés Starbucks e pediu uma indemnização. A Starbucks anuncia que os seus refrescos têm cerca de 7dl da bebida, no entanto, o gelo ocupa parte do conteúdo, pelo que a quantidade da bebida em si é menor. Estamos perante um caso de “misrepresentation” (“deturpação”). “Misrepresentation” é um termo jurídico do direito americano, que significa, neste caso, que a publicidade à bebida não está de acordo com os factos. No anúncio é dito que a bebida tem 7 dl e na verdade não tem. Existe deturpação na venda de produtos, se houver discrepância entre o que é anunciado e o que na realidade é vendido. A criação do termo legal “misrepresentation” tem como objectivo proteger os interesses dos consumidores. Do ponto de vista do consumidor, a reclamação parece razoável. Mas do ponto de vista dos lojistas, o caso muda de figura. Como é que se pode servir uma bebida gelada se não tiver gelo? Em segundo lugar, temos de nos perguntar qual é o padrão que estabelece a quantidade de cubos de gelo que um refresco deve ter? Suponhamos que estabelecemos um padrão segundo o qual 3 dl de gelo é demasiado e 1,5 dl é pouco. Então, devem os consumidores pedir aos lojistas que meçam a quantidade de gelo que vão juntar às bebidas? Esta exigência iria criar um aumento da carga laboral da loja, uma diminuição da eficiência e um aumento do tempo de espera para ser atendido. Além disso, assumindo que a loja aceitava esta imposição, deveremos reflectir sobre o processo de vendas online. Uma bebida que vai ser entregue, pode levar 15 minutos a chegar ao seu destino, se, antes de sair da loja, lhe for adicionado apenas 1,5 dl de gelo, o mais certo é estar todo derretido quando chega ao cliente. A bebida gelada transforma-se numa bebida tépida. Se os consumidores reclamarem por este motivo, como é que as lojas podem lidar com a situação? Nos negócios, tem de se lidar com muitas questões. A lei que define a “misrepresentation” e a exigência que os comerciantes anunciem os seus produtos de forma a reflectir a realidade, pretendem defender os direitos dos consumidores. Mas podemos pensar sobre o assunto, um copo de refresco de café custa menos de 50 patacas. Se um consumidor processar uma loja porque a bebida tem gelo a mais ou gelo a menos, que indemnização deve receber? Apenas 50 patacas? Os processos implicam muito tempo e dinheiro. Que sentido é que faz processar alguém para se receber 50 patacas de indemnização? Evitar conflitos é a melhor forma de lidar com este tipo de problemas. Se o software da plataforma de encomendas online não tem a opção para escolher o número de cubos de gelo pretendido, deve passar a ter. As lojas também devem indicar nos menus que o cliente pode pedir a sua bebida com mais ou menos gelo. Desde que o cliente tenha escolha, o problema está resolvido à partida. Se os clientes continuarem insatisfeitos com a questão da quantidade de gelo, pedem à loja que lhes substitua a bebida por outra mais a seu gosto. Se a loja recusar a substituição do produto, o cliente pode considerar não voltar a comprar naquela loja produtos semelhantes. Estas medidas são mais eficazes e práticas do que pedir uma indemnização e levantar um processo. No tempo quente, um refresco pode trazer alegria e prazer aos consumidores, não insatisfação e processos jurídicos. Esperamos que todos esqueçam os sentimentos negativos e desfrutem em conjunto dos refrescos de café. Consultor Jurídico da Associação para a Promoção do Jazz em Macau Professor Associado da Escola de Ciências de Gestão do Instituto Politécnico de Macau Blog: http://blog.xuite.net/legalpublications/hkblog Email: legalpublicationsreaders@yahoo.com.hk
Hoje Macau EventosCinema | “Oppenheimer” gera 32 milhões na China em seis dias Oppenheimer, o mais recente filme do realizador Christopher Nolan, gerou, até às 18h de segunda-feira, 32 milhões de dólares, ou 233 milhões de yuan, em receitas de bilheteira em apenas seis dias, noticiou o Global Times. Tal reflecte “o progresso da sociedade chinesa em termos de abertura de mentalidade”, escreve o jornal. De frisar que o filme estreou na China na quarta-feira da semana passada. Adaptado de um livro vencedor do Prémio Pulitzer, o filme fala do papel fundamental do físico norte-americano J. Robert Oppenheimer no Projecto Manhattan, que produziu a bomba atómica durante a II Guerra Mundial. O jornal escreve que o filme, que conta ainda com uma forte componente do pós-II Guerra Mundial, num mundo em Guerra Fria, gerou “amplas discussões entre os internautas chineses”, com muitos a revelarem a intenção de se deslocarem às salas de cinema para ver a última criação de Nolan. Long, um dos cibernautas citados pelo Global Times, diz que se sente atraído pelo ritmo narrativo do filme, os planos criados, a música e as actuações doa actores. “O povo chinês tem vindo a melhorar a sua visão e a promover uma abertura através do desenvolvimento da educação e do cultivar da cultura, o que é de louvar”, disse Wang, um residente da província de Anhui. O filme tem a duração de três horas, o que para muitos cibernautas se torna “longo e aborrecido”, disse Xu, de Xangai. “Saí antes do filme acabar. Acho que é um pouco aborrecido porque não estava familiarizado com a informação central [do filme]”, frisou.
Hoje Macau EventosVenetian Theatre | Bilhetes à venda para espectáculo “A Ponte” Estão à venda desde ontem os bilhetes para o espectáculo de acrobacia “A Ponte”, que serve de celebração aos 74 anos de implementação da República Popular da China (RPC). O espectáculo acontece nos dias 30 de Setembro e 1 de Outubro no Venetian Theatre, sendo apresentado pela Companhia das Artes Acrobáticas de Nanjing. “A Ponte” relata a história de dezenas de milhares construtores, que, na década de 1950, afluíram de todo o país para as pastagens desertas ao longo do Rio Yangtzé para construir a ponte do rio Nanjing Yangtze. A companhia “representa integralmente cenas marcantes da construção da ponte, interpretando os conflitos entre os personagens e realçando imagens colectivas de heróis e de patriotismo manifestadas durante o processo de construção”, aponta um comunicado do Instituto Cultural, que organiza o espectáculo em colaboração com o Departamento de Propaganda e Cultura do Gabinete de Ligação do Governo Central em Macau. Apresenta-se, em “A Ponte”, uma “cenografia meticulosa, que não só potencia as abordagens criativas do teatro acrobático, como também alarga a influência artística deste tipo de teatro”, descreve o IC. Os bilhetes custam entre 100 e 200 patacas. A compra de bilhetes é limitada a um máximo de 4 bilhetes por espectáculo e por pessoa.
Hoje Macau Eventos“Valquíria Miss Dior” | Instalação de Joana Vasconcelos para ver no Cotai O público local já se habituou a ver o trabalho icónico da artista portuguesa Joana Vasconcelos em Macau. Desta vez, novamente pela mão do MGM, os curiosos e admiradores podem ver de perto a instalação “Valkyrie Miss Dior” até 8 de Outubro, integrada na Bienal Internacional de Arte de Macau Foi inaugurada na semana passada, no dia 29, a instalação “Valkyrie Miss Dior” [Valquíria Miss Dior] com a assinatura da artista portuguesa Joana Vasconcelos. Assim, até ao dia 8 de Outubro, o público poderá ver, no MGM Cotai, mais um trabalho de um dos nomes mais internacionais da arte contemporânea portuguesa que, pela segunda vez, está presente em Macau. O projecto faz parte do cartaz da Arte Macau – Bienal Internacional de Arte de Macau. A primeira colaboração entre a artista e o MGM teve lugar em 2015 com a apresentação da “Valkyrie Octopus”, uma instalação de grande escala, com tecidos e costurada, disposta na Grande Praça do empreendimento do MGM na península de Macau. Desta vez, a “Valkyrie Miss Dior”, produzida em conjunto com a conhecida marca de moda. Em Fevereiro deste ano, a peça foi exibida na Semana da Moda de Paris no desfile da colecção de Outono/Inverno 2023/2024 da marca. Destaque para o facto de esta Valquíria ter sido produzida com tecidos da própria Dior usados para a colecção apresentada em Paris, algo que nunca tinha sido feito. À Lusa, Joana Vasconcelos disse, à data, que “trazer esse impacto das artes plásticas para o mundo da moda é interessante, porque é uma outra relação e isso é inovador”. “Nunca as artes plásticas se cruzam com a moda desta maneira, pode haver uma peça, pode haver uma interação, mas a este grau de escala, esta colaboração tão estreita que é partir do mesmo material em duas direcções diferentes, acho que nunca foi feito”, afirmou a artista durante a montagem da peça em Paris. As Valquírias de Joana Vasconcelos são grandes estruturas com vários braços, inspiradas no mito escandinavo em que as mulheres enviadas de Odin tinham a missão de escolher os vencedores e acompanhar os guerreiros mais corajosos após a morte. Arte e diplomacia Para o MGM, esta é a oportunidade de a operadora de jogo “promover o intercâmbio cultural global” através da introdução de “obras de arte de classe mundial”. Citada por um comunicado divulgado pela empresa, Pansy Ho, presidente e directora executiva da MGM China, disse que a operadora “sempre foi inovadora na fusão entre arte e turismo, criando programas artísticos e culturais de nível internacional, mas que se integram perfeitamente na nossa vida quotidiana”. “Juntamente com Joana Vasconcelos, transformámos o ‘Valkyrie Octopus’ não só num local de turismo, mas também [numa espécie de] embaixador cultural de Macau”, frisou. A empresária lembrou ainda que a exibição da instalação “Valkyrie Miss Dior”, depois da passagem por Paris, “reforça ainda mais a posição de Macau como um destino turístico cultural diversificado”. Em 2019 a MGM levou a “Valkyrie Octopus” à Bienal de Veneza, uma forma de apresentar “uma obra que estabelece uma verdadeira harmonia entre o Oriente e Ocidente”, destaca o mesmo comunicado. A instalação regressou depois à MGM servindo para celebrar o 20.º aniversário da transferência de soberania sobre Macau de Portugal para a China. A instalação de Joana Vasconcelos segue depois para Lisboa para uma exposição individual da artista, fazendo uma digressão por várias cidades chinesas antes de regressar ao MGM Macau no próximo ano, para celebrar os 25 anos da criação da RAEM. Para a MGM, este projecto serve também para lembrar os 45 anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre Portugal e a China, em 1979.