Hoje Macau China / ÁsiaCorrupção | Pequim diz que notícia sobre ministro da Defesa é “especulação” O Governo chinês descreveu ontem como “especulação” a informação avançada pelo jornal Financial Times de que o ministro da Defesa chinês, Dong Jun, está a ser investigado por corrupção. “Estão a perseguir sombras”, reagiu Mao Ning, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em conferência de imprensa. No entanto, Mao não desmentiu a informação. Citando actuais e antigos funcionários norte-americanos familiarizados com o caso, o jornal referiu que o caso faz parte de uma investigação mais ampla sobre a corrupção nas Forças Armadas chinesas. A confirmar-se, Dong seria o terceiro ministro da Defesa consecutivo a ser acusado por este tipo de delito na China. Antigo comandante da Marinha, Dong Jun foi nomeado ministro da Defesa em Dezembro de 2023, na sequência da súbita destituição do antecessor Li Shangfu, apenas sete meses após a sua entrada em funções. Li Shangfu foi posteriormente expulso do Partido Comunista Chinês por “suspeita de corrupção” e acusado de ter “recebido grandes somas de dinheiro”, segundo a televisão estatal. O antecessor, Wei Fenghe, que também era suspeito de corrupção, foi igualmente expulso do Partido. Também foram afastados, nos últimos meses, entre outros, os dois chefes da Força de Foguetões, de que depende o programa nuclear chinês. Após ascender ao poder, há pouco mais de dez anos, Xi lançou uma vasta campanha contra a corrupção, que se estendeu ao Exército.
Hoje Macau China / ÁsiaIndústria | Lucros das empresas chinesas caem 4,3% entre Janeiro e Outubro Os lucros das principais empresas industriais da China caíram 4,3 por cento, em termos homólogos, entre Janeiro e Outubro deste ano, segundo dados oficiais divulgados ontem pelo Gabinete Nacional de Estatística (GNE) do país. Os lucros das empresas analisadas foram de 5,87 biliões de yuan nos primeiros dez meses de 2024.A instituição notou que os lucros destas empresas caíram 10 por cento em Outubro, em termos homólogos, uma queda que é, no entanto, inferior à queda de 27,1 por cento registada no mês anterior. O estatístico do GNE, Yu Weining, atribuiu esta redução do valor mensal ao efeito das medidas de apoio anunciadas por Pequim nas últimas semanas, apontando especificamente os sectores da indústria transformadora, como a maquinaria e a alta tecnologia, como impulsionadores. Os lucros acumulados até agora este ano mostram um valor pior em Outubro, uma vez que entre Janeiro e Setembro tinham caído 3,5 por cento, em relação ao mesmo período do ano anterior. Em 2023, os lucros das principais empresas industriais chinesas registaram uma queda de 2,3 por cento, em comparação com o ano anterior. Para elaborar esta estatística, o GNE apenas tem em conta as empresas industriais com um volume de negócios anual superior a 20 milhões de yuan.
Hoje Macau China / ÁsiaBlinken insta Pequim a usar influência para travar aliança entre Rússia e Coreia do Norte O secretário de Estado norte-americano instou terça-feira a China a utilizar a sua influência para travar a aliança entre a Rússia e a Coreia do Norte, alertando que esta associação obrigará a Europa e a Ásia a reforçar a defesa. “A China tem um papel importante a desempenhar no uso da sua influência sobre a Coreia do Norte e a Rússia. Caso contrário, os países da região e da Península Coreana, incluindo os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão, irão dar novos passos para reforçar as suas capacidades de defesa”, frisou Antony Blinken, numa conferência de imprensa no final da cimeira do G7 em Itália. Blinken, que se despede deste fórum antes do regresso à Casa Branca do republicano Donald Trump, explicou a “profunda preocupação” que esta colaboração entre regimes suscita. “Não só por causa do que a Coreia do Norte está a fazer pela Rússia na sua agressão contra a Ucrânia, mas por causa do que a Rússia faz e pode fazer pela Coreia do Norte em termos das suas capacidades de mísseis ou nucleares”, detalhou o chefe da diplomacia norte-americana. Esta aliança fará com que os países vizinhos reforcem as suas forças de defesa, o que poderá enervar Pequim. “Sem dúvida, estas medidas não são dirigidas à China, mas a China não irá gostar delas. Como membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas, penso que todos esperamos que a China use a sua influência e tente pôr fim a isto”, insistiu. Amizade condenada Os ministros do G7, o grupo das democracias mais industrializadas do planeta, reuniram-se nas cidades italianas de Fiuggi e Anagni, sob a liderança rotativa italiana. Na declaração final da cimeira, o G7 denunciou o “crescente apoio” da China à indústria de defesa da Rússia, o que, na sua opinião, lhe permite continuar a invasão da Ucrânia e ameaça ter impactos de “grande escala” na segurança. “Ao procurar relações construtivas e estáveis com a China, reconhecemos a importância do envolvimento directo e sincero para expressar preocupações e gerir as diferenças”, frisou o grupo. Esta cimeira de dois dias concentrou muita atenção nas relações com a China e a região Indo-Pacífico, e no apoio de Pequim ao regime de Vladimir Putin. “Pedimos à China que cesse a transferência de veículos de ataque aéreo não tripulados e de materiais de dupla utilização, incluindo armas e componentes materiais”, exigiram ainda os países, na declarações finais. Instaram também Pequim a “intensificar os esforços” para promover a paz e a segurança internacionais e a “solicitar à Rússia que cesse os seus ataques militares e retire imediata, completa e incondicionalmente as suas próprias tropas da Ucrânia”. Condenou ainda “com a maior firmeza” a “crescente cooperação militar” entre a Rússia e a Coreia do Norte, especialmente o envio de tropas de Pyongyang na guerra contra a Ucrânia. O G7 garantiu que está a trabalhar “em conjunto com parceiros internacionais para dar uma resposta coordenada” à aliança entre Moscovo e Pyongyang.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio | Pequim garante próxima colheita de soja brasileira face a crescentes tensões Antes que a previsível guerra comercial anunciada por Trump se torne uma realidade, o governo chinês tenta assegurar trocas comerciais a preços razoáveis Os compradores chineses estão a garantir a soja brasileira da próxima colheita, visando salvaguardar a oferta e garantir bons preços, numa altura em que se prevê um agravamento das tensões comerciais entre Pequim e Washington. As compras de feijão brasileiro por empresas chinesas significam que pelo menos metade da procura chinesa para o período Fevereiro-Abril já foi coberta, bem como cerca de 20 por cento para Maio-Junho, segundo a agência Bloomberg. Espera-se que a próxima colheita seja a maior de sempre da nação sul-americana, ajudando os comerciantes chineses a obterem boas margens. Os compradores normalmente reservam as cargas com cerca de dois meses de antecedência. Os preços das cargas brasileiras estão cerca de 2 dólares por tonelada abaixo dos preços da Costa do Golfo dos EUA, para Fevereiro, e 22 dólares mais baratos para Março, segundo dados da Commodity3. Os trituradores chineses também estão a tomar a medida invulgar de garantir algumas cargas brasileiras para entrega em Dezembro e Janeiro, durante a época baixa no Brasil, que é mais cara, antes da próxima colheita, disseram os operadores, citados pela Bloomberg. Este período é tipicamente quando os EUA dominam o mercado global, após a sua própria colheita. Embora o Brasil já seja o maior exportador do mundo, as últimas compras destacam a crescente dependência da China em relação à soja do país. As preocupações com um potencial choque de abastecimento se Pequim aumentar as taxas alfandegárias sobre as importações de produtos agrícolas dos EUA estão a aumentar o incentivo para armazenar noutros locais. Ameaças conhecidas O presidente eleito norte-americano, Donald Trump, disse na segunda-feira que planeia impor taxas alfandegárias adicionais de 10 por cento sobre os produtos oriundos da China, logo após assumir funções. Anteriormente, comprometeu-se a aumentar as taxas para 60 por cento para todos os produtos da nação asiática, suscitando o risco de os produtos agrícolas norte-americanos serem apanhados em medidas de retaliação. Os EUA têm cerca de quatro milhões de toneladas de vendas de soja pendentes para a China na temporada 2024-25, segundo dados do Governo. Ainda assim, esse é o menor valor para esta época desde 2018 – durante o primeiro mandato de Trump. Os compradores estão cautelosos com as preocupações sobre taxas mais altas, disse a consultora chinesa Mysteel Global, num relatório emitido na semana passada. A previsão é que a China importe cerca de 109 milhões de toneladas de soja na actual temporada. A sua procura global de culturas, incluindo cereais, tem vacilado à medida que o país se debate com um abrandamento económico. Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do Brasil, com o comércio bilateral a passar de nove mil milhões de dólares, em 2004, para 157,5 mil milhões, em 2023. O Brasil desempenha, em particular, um papel importante na segurança alimentar da China, compondo mais de 20 por cento das importações agrícolas e pecuárias do país asiático. A segunda maior economia mundial alimenta quase 19 por cento da humanidade com apenas 8,5 por cento das terras aráveis do planeta. Em comparação, o país latino-americano tem quase 7 por cento das terras aráveis para 2,7 por cento da população mundial.
Hoje Macau EventosGaleria Tap Seac | Nova exposição inaugura sexta-feira Será inaugurada amanhã a “Exposição Anual das Artes Visuais de Macau 2024 – Categoria Meios de Expressão Ocidental”, na Galeria Tap Seac. A mostra contou com a participação de um total de 181 criativos, tendo sido recolhidas 178 peças ou conjuntos de obras com uma variedade de meios de expressão ocidental, incluindo desenho, aguarela, pintura a óleo, gravura, escultura, cerâmica, bem como fotografia, vídeo, técnica mista e arte de instalação, apresentadas em formato bidimensional, tridimensional e multimédia. A selecção final apresenta 45 peças ou conjuntos de obras, que, segundo uma nota do Instituto Cultural, “são impressionantes e ricas em temas, demonstrando as capacidades artísticas e a criatividade desinibida dos artistas locais”. A “Exposição Anual das Artes Visuais de Macau” tem como objectivo incentivar “a inovação”, servindo também para “apresentar obras de arte contemporânea com o espírito dos tempos, a fim de mostrar o mais recente desenvolvimento das artes visuais em Macau”. A chamada de trabalhos e processo de escolha decorreram em Julho deste ano, tendo sido convidados para o júri cinco especialistas e académicos da área das artes visuais do Interior da China e de Singapura. Os 45 trabalhos apresentados nesta mostra incluem os dez vencedores do “Prémio para Obras Excepcionais”. A mostra pode ser vista até ao dia 29 de Dezembro. Haverá visitas guiadas aos sábados, domingos e feriados, bem como nos dias 23, 26 e 27 de Dezembro, em cantonense, pelas 15h, e em mandarim pelas 16h15.
Hoje Macau EventosObras candidatas ao Sovereign Portuguese Art Prize expostas em Lisboa Uma exposição com obras de 33 artistas plásticos residentes em Portugal seleccionadas para o prémio de arte Sovereign Portuguese Art Prize 2024, no valor de 25 mil euros, foi inaugurada ontem na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa. Trata-se da terceira edição deste prémio anual, que é atribuído pela Associação SAF, filial portuguesa da Sovereign Art Foundation, criada em 2003 em Hong Kong para promover, apoiar e reconhecer a arte contemporânea e incentivar a produção artística, bem como financiar programas para crianças desfavorecidas em Portugal, explicou Howard Bilton, fundador e presidente da Sovereign Art Foundation (SAF), numa apresentação à imprensa. Natural de Yorkshire e advogado fiscal de formação, Howard Bilton viveu 28 anos em Hong Kong, onde decidiu que queria “transformar o que era um passatempo de coleccionador de arte numa actividade de caridade”. “Por isso, criámos o conceito de prémios de arte, e a minha motivação para o fazer foi sempre, antes de mais, caritativa. Queria angariar fundos para ajudar crianças desfavorecidas, crianças com dificuldades de aprendizagem, com dificuldades comportamentais, que tenham sido vítimas de abusos físicos, mentais, sexuais, seja o que for, porque a arte é uma terapia muito poderosa para crianças nessas condições”, afirmou. Foi assim que surgiu o conceito do prémio de arte, que traz consigo um “produto secundário muito agradável” que é o facto de ajudar os artistas e impulsionar as suas carreiras, numa espécie de troca recíproca: “Os artistas ajudam-nos a angariar dinheiro e nós ajudamo-los com o seu perfil”. Portugal é o terceiro terreno geográfico onde está a ser aplicado este modelo, que já tem 20 anos na Ásia e vai na 4.ª edição em África, explicou o responsável. Até Dezembro Até ao dia 14 de dezembro, vão estar expostas obras dos 33 artistas finalistas, nomeados por profissionais independentes de arte, com o objectivo de lhes dar maior visibilidade pública, exposição no mercado da arte e um maior número de seguidores internacionais. Pintura, colagens, escultura, fotografia e instalações compõem o conjunto artístico exposto, da autoria de nomes como Jorge Queiroz, vencedor da primeira edição do prémio, Rogério da Silva, Rodrigo Oliveira, Pedro Barateiro, ±maismenos± (Miguel Januário), José Pedro Cortes, Conceição Abreu, Ana Pais Oliveira, Jaime Silva e Isabel Sabino. As obras finalistas são escolhidas por “nomeadores independentes”, seleccionados pelos promotores do prémio, ou seja, “pessoas que são especialistas em arte, mas que não têm um interesse comercial nas artes”. “Fazemo-lo desta forma porque, se abordarmos as galerias, elas nomeiam obviamente os seus próprios artistas”, explicou, acrescentando que procura que a escolha dos nomeadores recaia sobre directores e conservadores dos museus, críticos de arte, jornalistas e especialistas em arte, “que terão uma visão ligeiramente diferente”. Durante a mostra, realiza-se também uma venda das obras seleccionadas, com o objectivo de angariar um montante significativo tanto para os artistas, como para causas de solidariedade social. Em paralelo, decorre uma mostra dedicada aos 30 finalistas da edição deste ano do prémio para estudantes, que visa reconhecer e premiar talentosos alunos do ensino secundário em Portugal, com um valor monetário de 500 euros para o estudante e 1.500 euros para a escola. Está previsto também para ambos os concursos um prémio do público, apurado a partir de todos os visitantes que queiram votar numa das obras, o que pode ser feito ‘online’ ou através da leitura de um QR Code.
Hoje Macau EventosOficinas Navais | IA é protagonista em mostra de Cai Guo-Qiang Chama-se “cAI™: Soul Scan” e é a exposição do artista Cai Guo-Qiang patente nas Oficinas Navais nº 1, na Barra. Aqui, a inteligência artificial é a protagonista deste projecto artístico feito a partir do modelo de IA com o nome “cAI™”. São 20 peças criadas através de IA, que revelam a crescente presença da tecnologia no panorama artístico Cai Guo-Qiang, artista natural de Quangzhou, província de Fujian, e residente em Nova Iorque desde os anos 90, acaba de revelar em Macau um conjunto de peças que mostram como a tecnologia, nomeadamente a inteligência artificial (IA), estão cada vez mais de mãos dadas com a arte e produção artística. A exposição “cAI ™: Soul Scan” pode ser vista na galeria das Oficinas Navais nº 1, na zona da Barra, até 1 de Junho do próximo ano, sendo um projecto apoiado pelo MGM. Segundo um comunicado, o cAI™ é um modelo de IA desenvolvido por Cai Guo-Qiang desde 2017 no seu estúdio. Pronuncia-se AI Cai e está ligado às áreas da filosofia e metodologia artística, “aprendendo profundamente com obras de arte, arquivos e áreas de interesse de Cai [o artista], como a cosmologia ou o mundo invisível”. Estes trabalhos foram criados exclusivamente para Macau tendo por base “a profunda aprendizagem [por parte do artista] da rica história e cultura” do território. A mostra começa por uma introdução gerada pelo cAI™, seguindo-se a apresentação de pintura, em dois espaços com instalações interactivas. Citado por um comunicado do MGM, Cai Guo-Qiang explicou que a ideia é tentar “interagir com a geração mais jovem, com um conteúdo e perspectivas orientadas para o futuro que se irão conectar ao passado e presente, e também com o velho e o jovem”. Acima de tudo, para o artista já é difícil “comunicar de formas tradicionais em lugares tradicionais”. “Através da interação e participação do público, a exposição pretende convidar residentes e turistas a juntarem-se ao artista na exploração e interligação entre a IA e espiritualidade”, em que, “os participantes irão desbloquear e experimentar as possibilidades de uma dimensão alternativa”. O modelo cAI™ é também um “pintor de pólvora”, que apresenta as suas obras nesta exposição, um “mestre de fogo de artifício” e um “adivinho”, sendo que o público irá interagir com estas duas vertentes do modelo de IA. O cAI™ faz referência a “figuras históricas e contemporâneas que Cai Guo-Qiang admira, desenvolvendo mais de dez ‘personas’ diferentes, como Einstein, Nietzsche, Ptolomeu, um poeta chamado Vale, um louco chamado Psychic e até uma persona chamada Storm com tendências bipolares”. Essencialmente, o artista chinês visa, através da sua criação, criar um cenário movido a IA em que “estas diferentes personas se debatem entre si, formando uma comunidade livre e independente, impedindo que o cAI™ se torne demasiado semelhante ao Cai [o artista], como se tivesse apenas uma única persona”. Outras obras Esta não é a primeira vez que o artista chinês apresenta projectos artísticos com este modelo desenvolvido em IA. Em Dezembro do ano passado o cAI™ colaborou na obra “Mirage”, de Cai Guo-Qiang, presente no Museu de Arte Contemporânea de Quanzhou (QMoCA). Ainda este ano, mas em Agosto, o cAI™ gerou uma animação digital para “ressuscitar” os fogos de artifício diurnos não realizados de Cai Guo-Qiang para a “Ressurreição dos Jogos Olímpicos de Paris: Uma proposta para os Jogos Olímpicos de Paris de 2024”. O resultado foi um vídeo lançado como uma obra de arte digital. Em Novembro o cAI™ actuou como directora visual e de cenografia da exposição Cartier organizada e comissariada pelo Museu de Xangai, concluindo o design sob a orientação de Cai e da sua equipa. A mesma nota descreve que o cAI™ “não é apenas uma obra de arte de Cai, mas também o seu parceiro de diálogo e colaboração”, sendo que, no futuro, “poderá até criar arte por si só”. O artista chinês desenvolveu o “cAI™ Lab”, uma divisão central do estúdio do artista que usa este modelo “como uma plataforma para explorar aplicações pioneiras e originais de tecnologia de ponta nos campos criativos”. Cai Guo-Qiang já realizou mais de 650 exposições e projectos em cinco continentes, incluindo 120 mostras a título individual, sendo que as suas maiores exposições passaram por espaços como o Metropolitan Museum of Art in New York, em 2006, ou uma mostra retrospectiva no Solomon R. Guggenheim Museum, também em Nova Iorque, apresentada dois anos depois.
Hoje Macau SociedadeExcursionistas | Número continua a subir Em Outubro, o número de visitantes que chegaram em excursões a Macau foi de 194 mil, mais 14,2 por cento, face a Outubro de 2023, de acordo com os dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Entre os excursionistas, 173 mil eram provenientes do Interior e 19.000 vieram do mercado considerado internacional pela DSEC, o que representa aumentos de 10,5 por cento e 56,5 por cento. O número de entradas de visitantes em excursões da Coreia do Sul (11.000) e da Índia (2.000) subiram 122,5 por cento e 148,9 por cento. No pólo oposto, em Outubro, o número de pessoas a dormir nos hotéis teve uma redução de 5,8 por cento em comparação com o ano passado, para um total aproximado de 1,18 milhões de pessoas. A taxa de ocupação média dos quartos de hóspedes fixou-se em 87,3 por cento, sendo a taxa de ocupação dos hotéis de 5 estrelas de 89,7 por cento, a dos hotéis de 4 estrelas de 82,6 por cento e a dos hotéis de 3 estrelas de 85,1 por cento.
Hoje Macau SociedadeBurlas | CPSP lançou vídeo de rap a “desrespeitar” burlões Em resposta a uma interpelação escrita de Ngan Iek Hang sobre sensibilização da população para burlas, o gabinete do secretário para a Segurança deu conta das campanhas de informação. “No vídeo de sensibilização mais recente do CPSP, ‘DISS aos Burlões’, foi adoptado o estilo rap, preferido pelos jovens, para atrair mais a atenção do público”, indicam as autoridades. Uma música “Diss” é ataque a um rapper “adversário”, muitas vezes associado a um gang rival. A expressão é um diminutivo para a palavra “desrespeito” em inglês. Numa perpectiva mais global, nos primeiros nove meses deste ano, a Polícia Judiciária (PJ) partilhou nas suas plataformas online um total de 1.190 publicações sobre prevenção de burlas. Durante o mesmo período, a PJ lançou online “24 vídeos sobre as burlas que têm ocorrido com maior frequência nos últimos anos, nomeadamente o falso funcionário de órgãos governamentais, a compra de bilhetes online, o emprego a tempo parcial para aumentar o registo de encomendas e os phishing websites”. O gabinete de Wong Sio Chak salientou que em 2015 a PJ criou contas oficiais no Wechat e no Youtube e em 2016 lançou a página oficial “Aulas da PJ” no Facebook. Além disso, “foram ainda criadas, sucessivamente, contas oficiais nas plataformas sociais mais usadas, tais como Instagram, Weibo, Douyin, Toutiao e Xiaohongshu”.
Hoje Macau PolíticaEconomia | Au Kam San sublinha ambiente de crise O ex-deputado Au Kam San lamentou o ambiente económico que se vive em Macau e teme que a situação não vá melhorar nos próximos anos. A opinião foi deixada numa publicação nas redes sociais “Não é alarmismo dizer que Macau está a enfrentar um ambiente económico difícil. O sector empresarial está numa situação muito difícil, com todas as profissões e indústrias a pedir apoios”, afirmou Au. “Muitas pessoas pensam que este é o pior momento dos últimos 25 anos, e o pior é que não conseguem ver uma saída para a crise”, acrescentou. Au Kam San explicou igualmente que os residentes estão a perder todo o poder de negociação e capacidade para impedir abusos dos patrões, devido à contratação de muitos não-residentes. “Os patrões queixam-se das suas dificuldades e os assalariados estão a passar por momentos ainda mais difíceis. Para estes últimos, as más condições económicas de Macau criaram poucas oportunidades de emprego e a pressão de 180 mil trabalhadores importados fez com que os assalariados locais sejam sobrecarregados”, indicou. “Uma única palavra dos patrões chega para silenciar os trabalhadores, que já estão muitos pressionados pelas finanças pessoais: ‘se não queres, há muitos outros que querem’”, destacou. Au espera também que a realidade do Interior da China não se estenda a Macau. “No início de 2019, havia um ditado no Interior que dizia: ‘Este ano é o pior ano da década passada, mas é o melhor ano da próxima década’. E tem sido verdade todos os anos desde então”, indicou. “Macau é parte integrante da China, e este ditado tem-se aplicado todos os anos no Interior. Será que também se vai aplicar em Macau? Espero que não!”, concluiu.
Hoje Macau PolíticaAMCM | Reserva financeira ganhou 36,6 mil milhões este ano A reserva financeira de Macau atingiu em Setembro o valor mais elevado dos últimos dois anos, aumentando 36,6 mil milhões de patacas desde o final de 2023, foi ontem anunciado. A reserva cifrou-se em 616,9 mil milhões de patacas no final de Setembro, o valor mais alto desde Março de 2022, indicam dados publicados no Boletim Oficial pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM). Ainda assim, o valor permanece longe do recorde de 663,7 mil milhões de patacas atingido em Fevereiro de 2021, em plena pandemia da covid-19. O valor da reserva extraordinária no final de Setembro era de 431,9 mil milhões de patacas e a reserva básica, equivalente a 150 por cento do orçamento público de Macau para este ano, era de 153,4 mil milhões de patacas. A reserva financeira de Macau é maioritariamente composta por depósitos e contas correntes no valor de 239,4 mil milhões de patacas, títulos de crédito no montante de 125,4 mil milhões de patacas e até 250,5 mil milhões de patacas em investimentos subcontratados. A reserva financeira de Macau ganhou 22,2 mil milhões de patacas no ano passado, depois de ter perdido quase quatro vezes mais no ano anterior. Isto apesar de, em 2023, as autoridades da região terem voltado a transferir quase 10,4 mil milhões de patacas da reserva financeira para o orçamento público. No final de Janeiro, a AMCM sublinhou que os investimentos renderam à reserva financeira quase 29 mil milhões de patacas em 2023, correspondendo a uma taxa de rentabilidade de 5,2 por cento.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas | Sara Duterte nega querer morte do Presidente A vice-presidente das Filipinas, Sara Duterte, convocada pela justiça filipina após declarações que a levaram a ser acusada de conspiração contra o Presidente Ferdinand Marcos, negou ontem qualquer intenção de assassinar o antigo aliado. Duterte descreveu as acusações de conspiração como uma farsa e disse num comunicado que os seus comentários reflectiam apenas a consternação pelo “fracasso [do governo de Marcos] em servir os filipinos enquanto persegue magistralmente os inimigos políticos”. Sara Duterte, 46 anos, filha do ex-presidente Rodrigo Duterte (2016-2022), candidatou-se à vice-presidência ao lado de Marcos nas eleições presidenciais de 2022, e ambos obtiveram vitórias esmagadoras com base numa campanha de unidade nacional. Devido a divergências, romperam relações este ano e a vice-presidente demitiu-se em Junho do cargo de secretária da Educação, abandonando o Governo. No entanto, continua a ser vice-presidente porque este cargo é eleito separadamente do chefe de Estado nas Filipinas, pelo que, constitucionalmente, continua a ser a sucessora de Marcos, caso o Presidente não consiga completar o mandato. A vice-presidente foi acusada de conspiração e convocada pela justiça depois de uma conferência de imprensa no fim de semana, durante a qual insultou Marcos e disse que tinha ordenado a sua morte caso ela própria fosse assassinada. “O bom senso deve permitir-nos compreender e aceitar que um alegado acto condicional de vingança não constitui uma ameaça activa”, defendeu Duterte, citada pela agência francesa AFP. Há alguns meses, o pai de Sara Duterte acusou Marcos de ser um toxicodependente. Um dia depois, o Presidente alegou que a saúde de Rodrigo Duterte estava a piorar devido ao uso prolongado de fentanil, um opioide. Os dois não forneceram provas para as alegações.
Hoje Macau China / ÁsiaUBS | Fabricantes de carros estrangeiros podem perder 20.000 ME anualmente na China Os fabricantes de automóveis estrangeiros correm o risco de perder até 19 mil milhões de anuais em lucros do mercado chinês, face à concorrência cada vez mais intensa das marcas locais e à rápida transição para veículos elcétricos, alertou ontem o banco UBS. Citado pelo jornal South China Morning Post, o chefe de análise do banco suíço para o sector automóvel do país asiático, Paul Gong, disse num seminário realizado em Hong Kong que a redução da procura por empresas estrangeiras poderá traduzir-se num excesso de capacidade de cerca de 10 milhões de veículos. “Acreditamos que os fabricantes de automóveis estrangeiros precisam de reavaliar e ajustar as suas estratégias [na China]”, disse o analista, que prevê que as marcas chinesas continuarão a acumular cada vez mais quota de mercado e lucros durante esta fase de consolidação do mercado. Algumas empresas chinesas poderão mesmo duplicar os seus lucros até 2030, à medida que os seus concorrentes estrangeiros reduzem a produção – marcas como a Honda, a Nissan e a Volkswagen fizeram-no este ano, chegando mesmo a encerrar fábricas – e o Governo chinês corta o financiamento aos fabricantes de automóveis estatais que geram perdas, de acordo com Gong. Os números do UBS sugerem que as marcas estrangeiras têm vindo a perder quota na China desde 2017, embora o ritmo tenha aumentado este ano. “Todas enfrentam o mesmo contexto: a ascensão das marcas chinesas fez com que os fabricantes de automóveis globais perdessem quota de mercado consistentemente na China”, descreveu o analista. Segundo a associação patronal China Passenger Car Association (CPCA), foram vendidos 2,73 milhões de veículos em Outubro, a marca mais elevada dos últimos 10 anos e um acréscimo de 12 por cento face ao mesmo período do ano passado. Mais de metade dos automóveis de passageiros vendidos em outubro na China eram eléctricos, segundo a associação.
Hoje Macau China / ÁsiaSuécia | Pedido retorno de cargueiro chinês suspeito de romper cabos A Suécia pediu ontem que o cargueiro chinês ancorado ao largo da sua costa regresse às suas águas territoriais, com o objectivo de contribuir para a investigação sobre a ruptura de cabos submarinos na região. “Temos estado em contacto com o navio e também com a China. Fizemos saber que queremos que o navio se dirija para águas territoriais suecas”, disse o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, em conferência de imprensa, sublinhando que o objectivo não era fazer uma “acusação”. A empresa finlandesa Cinia Oy, proprietária do cabo submarino C-Lion1, que sofreu uma misteriosa ruptura, indicou que os trabalhos de reparação começaram e que espera terminá-los “antes do final deste mês”. As autoridades finlandesas, suecas e lituanas estão a investigar a causa dos danos quase simultâneos neste e noutro cabo submarino de telecomunicações, no mar Báltico, não tendo excluído a hipótese de sabotagem. A Finlândia e a Suécia iniciaram uma investigação preliminar conjunta sobre um presumível acto de sabotagem, enquanto a Procuradoria-Geral da Lituânia abriu um processo sobre um possível acto de terrorismo. De momento, as principais suspeitas recaem sobre o cargueiro chinês Yi Peng 3, cujos dados de tráfego marítimo o colocam na proximidade dos dois cabos no momento em que foram detectadas as ruturas, entre a noite de 17 e a madrugada de 18 de Novembro. O navio, que tinha deixado o porto russo de Ust-Luga alguns dias antes e se dirigia ao Egipto, está actualmente ancorado no estreito de Kattegat, entre a Dinamarca e a Suécia, escoltado por um navio de patrulha da Marinha dinamarquesa. Portas fechadas A hipótese mais provável é que essas rupturas tenham sido provocadas pela âncora do navio mercante chinês Newnew Polar Bear, embora não se saiba se isso aconteceu acidentalmente – como afirma Pequim – ou deliberadamente, até porque o navio continuou a navegar sem que as autoridades finlandesas o mandassem parar para interrogar a tripulação. O ministro da Defesa finlandês, Antti Häkkänen, apelou às autoridades suecas, responsáveis pela investigação da recente rutura dos dois cabos submarinos, por ter ocorrido nas suas águas, para que não permitam que o Yi Peng 3 deixe o Báltico sem esclarecer o seu possível envolvimento. “É óbvio que, se as infra-estruturas críticas de alguns países foram destruídas ou gravemente danificadas e é preciso descobrir quem o fez, não se pode permitir que eles abandonem o local agitando a sua bandeira”, disse Häkkänen à imprensa local.
Hoje Macau EventosFado | Fábia Rebordão actua em Dezembro na China e no Brasil A fadista Fábia Rebordão actua no próximo mês na China, onde vai participar no Festival de Música Tradicional de Pequim, seguindo para o Brasil, para actuar na Casa de Portugal em S. Paulo, foi divulgado esta segunda-feira. Fábia Rebordão que, recentemente editou o álbum “Pontas Soltas”, actua no próximo 5 de Dezembro no grande auditório do Conservatório Nacional de Música da China, em Pequim, no âmbito das celebrações do 60.º aniversário desta instituição. As celebrações, que se iniciam no dia 4 de Dezembro, realizam-se sob o mote “Intercâmbio e Apreciação entre Culturas num Mundo Diversificado e Harmonioso”. O Festival de Música Tradicional de Pequim realiza-se desde 2009, e Fábia Rebordão será acompanhada pelos músicos Francisco Pereira, na guitarra portuguesa, e Jorge Fernando, na viola. Da China, Fábia Rebordão segue para S. Paulo, no Brasil, onde actua no dia 13 de Dezembro, no salão nobre da Casa de Portugal, acompanhada pelo pianista brasileiro João Paulo Martins, que fundou a Bachiana Filarmónica, de S. Paulo. João Carlos Martins, distinguido com vários prémios, tem uma vasta discografia dedicada a compositores clássicos, destacando-se Bach, do qual é considerado um dos seus “maiores intérpretes”, refere a promotora da artista portuguesa. O músico, de 84 anos, tem enfrentado “inúmeros desafios físicos e de saúde” que o levaram várias vezes a interromper a carreira, sofrendo de disfonia focal, resultante de uma agressão durante um assalto em 1965. Depois de ter abandonado o piano, estudou direcção de orquestra e passou a reger diferentes orquestras. Em 2019 voltou a tocar piano, graças a um dispositivo biónico desenvolvido por um designer brasileiro. Disco novo Em “Pontas Soltas”, saído em finais de Outubro último, Fábia Rebordão regista algumas parcerias brasileira, com Ney Matogrosso, na interpretação de “A nossa guerra” (Jorge Fernando), Renato Teixeira, em “Romaria” (Renato Teixeira), Zeca Baleiro, em “Fado Tropical” (Chico Buarque), e interpreta “Saudades do Brasil em Portugal”, de Vinicius de Moraes. Em declarações à agência Lusa, em vésperas da saída do álbum, Fábia Rebordão referiu-se às parcerias como “uma partilha de arte e de música”, que surgiram de “uma forma natural”, algumas em rodas de amigos. “Pontas Soltas” é o quarto álbum de Fábia Rebordão que começou a cantar aos 14 anos, e se estreou discograficamente em 2011, com “Oitava Cor”, a que se seguiu “Eu” (2016) e “Eu Sou” (2021), estabelecendo um percurso ao qual se referiu como “interessante e consistente”, reconhecendo-se como uma intérprete “impulsiva”.
Hoje Macau EventosLiteratura | Jornadas universitárias abordam clássicos chineses Decorre esta quinta-feira a 1.ª Jornada de Tradução Chinês-Português que aborda os clássicos chineses e a sua tradução. A mesa redonda “Tradução de Literatura Chinesa”, que decorre na Universidade do Minho (UM), conta com António Graça de Abreu, professor e tradutor de poesia chinesa clássica; Carlos Morais José, jornalista, director do HM e da editora Grão-Falar, um novo projecto editorial que publica clássicos chineses traduzidos em português; e ainda Samuel Pascoal, actor, professor e tradutor de literatura chinesa. Esta sessão é organizada pelo Instituto Confúcio da UM e Departamento de Estudos Asiáticos da UM. Também na quinta-feira, haverá espaço para a apresentação de obras de poetas clássicos chineses com edição da Grão-Falar, nomeadamente a obra “Li Bai – A Via do Imortal”, com tradução de António Izidro, e que foi já lançado em Macau, e “Han Shan – Poemas”, uma edição bilingue de António Graça de Abreu. Os grandes poetas Li Bai, um dos poetas mais conhecidos na China, revela-se, no livro com traduções de Izidro, através dos seus vários poemas. Li Bai foi, segundo a apresentação oficial desta obra, “um nómada, letrado da corte, prisioneiro de guerra, exilado peregrino, eremita jarro de vinho na mão, túnica bruta sobre os ombros”. Li Bai era também um “ser anómalo, considerado pelos chineses como um dos maiores poetas”. No caso de Han Shan, também existe o mistério sobre a sua figura. “O homem que um dia se chamou Han Shan, ninguém sabe quem foi. Quando alguém o via, considerava-o um doido, um pobre diabo. Vivia retirado na montanha Tiantai, sete léguas a oeste do distrito de Tangxing, num lugar chamado Han Shan (Montanha Fria), entre rochas e falésias. Daí descia frequentemente para o templo de Quoqing, ao encontro do seu amigo Shi De, encarregado da limpeza da cozinha do mosteiro que lhe guardava restos de comida em malgas feitas com cana de bambu”, escreveu Lu Qiuyin em meados do século IX. António Graça de Abreu, tradutor da sua poesia para português, descreve que este livro serve para “quem gosta de poesia e deseja abrir a mente para as mil subtilezas do budismo chan, quem procura a simples inteligência do saber encontrará em Han Shan um mestre, um confrade, um amigo”.
Hoje Macau China / ÁsiaAbastecimento | Li Qiang promete esforços em prol da estabilidade global O primeiro-ministro chinês garantiu ontem que Pequim vai esforçar-se para garantir a estabilidade e eficiência das cadeias industriais e de abastecimento globais, durante um simpósio que antecedeu a China International Supply Chain Expo (CISCE). Citado pela agência de notícias oficial Xinhua, Li Qiang referiu que a globalização económica permitiu, nas últimas décadas, a expansão das cadeias de abastecimento, impulsionando o crescimento económico mundial e “beneficiando todas as partes”. No entanto, advertiu que “o proteccionismo e o uso excessivo do conceito de segurança [nacional]” estão “a aumentar os custos das empresas, a reduzir a eficiência económica e a atrasar o desenvolvimento comum”. “Temos de proteger os interesses comuns de todas as partes e garantir que estas cadeias permanecem estáveis e fluidas”, afirmou. A CISCE contou com a presença de representantes de empresas como Apple, Rio Tinto e Contemporary Amperex Technology, que expressaram confiança na economia chinesa e sublinharam a vontade de reforçar a cooperação com o país asiático, segundo a Xinhua. Li sublinhou o empenho da China na abertura económica e na modernização industrial. Pequim planeia acelerar a “construção de um sistema industrial moderno” e “integrar ainda mais a inovação tecnológica com a cooperação internacional”, disse o primeiro-ministro. Li reiterou também o convite às empresas estrangeiras para expandirem os investimentos na China e colaborarem em projectos industriais.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong alarga direitos à habitação e herança a cônjuges do mesmo sexo O Supremo Tribunal de Hong Kong confirmou ontem a extensão dos direitos à habitação e à herança a casais do mesmo sexo, rejeitando um recurso das autoridades da região. “O tribunal rejeita por unanimidade os recursos do governo de Hong Kong”, escreveu o presidente do Tribunal de Última Instância local, Andrew Cheung, em dois acórdãos. A decisão poderá ter um forte impacto na vida dos casais do mesmo sexo, que tradicionalmente têm menos direitos do que os heterossexuais em Hong Kong. Hong Kong não reconhece o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o que leva residentes a casarem noutros locais. Actualmente, a cidade só reconhece o matrimónio entre homossexuais para determinados efeitos, como impostos, benefícios da função pública e vistos para dependentes. Muitas das concessões do governo foram obtidas através de acções judiciais e a cidade tem assistido a uma crescente aceitação social do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Em Setembro de 2023, o Supremo Tribunal decidiu que o governo deveria estabelecer um quadro legal para o reconhecimento das uniões de facto entre homossexuais. Longa batalha As decisões de ontem do tribunal concluíram um longo percurso jurídico de Henry Li e do companheiro, Edgar Ng. Depois de se casarem na Grã-Bretanha, em 2017, Ng comprou um apartamento subsidiado para servir de domicílio conjugal. No entanto, a autoridade para a Habitação disse que Li não podia ser adicionado como ocupante autorizado do apartamento na qualidade de membro da família porque os parceiros casados do mesmo sexo não se enquadram na definição de cônjuge. Ng também estava preocupado que, se morresse sem testamento, as propriedades não seriam passadas para Li, foi referido em tribunal. Ng morreu em 2020. Em sentenças separadas, proferidas em 2020 e 2021, um tribunal decidiu que as políticas de habitação envolvidas neste caso violavam o direito constitucional à igualdade e que a exclusão dos cônjuges do mesmo sexo dos benefícios da lei das heranças constituía uma discriminação ilegal. O governo contestou as decisões no tribunal de recurso, mas perdeu em Outubro de 2023. Após a decisão do tribunal de recurso, no ano passado, Li escreveu nas redes sociais que esperava que o governo respeitasse a decisão. “O facto de o governo ter argumentado repetidamente em tribunal que eu não sou o marido de Edgar e que devia ser tratado como um estranho para ele, enquanto eu ainda estava de luto, acrescentou o insulto à injúria”, declarou. Mas as autoridades decidiram levar os casos ao Supremo Tribunal, que ontem deu razão ao casal.
Hoje Macau China / ÁsiaHuawei | Lançado telemóvel com sistema operativo próprio A Huawei apresentou ontem o seu primeiro telemóvel equipado com um sistema operativo desenvolvido inteiramente pela empresa tecnológica chinesa, num passo crucial na sua tentativa de contrabalançar o domínio dos líderes estrangeiros. O iOS da Apple e o Android da Google são actualmente utilizados na maioria dos dispositivos móveis. A Huawei, alvo de sanções dos Estados Unidos, procura inverter a tendência com uma nova série de telemóveis inteligentes equipados com o seu sistema operativo, o HarmonyOS Next. “Hoje, o muito aguardado Mate 70, o mais potente de sempre, está aqui”, anunciou Richard Yu, presidente da divisão de consumo da empresa, numa conferência do grupo, a partir da sede em Shenzhen, no sul da China. Este lançamento é um marco importante para a Huawei, que esteve algum tempo ‘paralisada’ pelas sanções norte-americanas, mas cujas vendas recuperaram nos últimos dois anos. “A procura na China por um sistema operativo móvel que seja viável, escalável e que esteja largamente fora do controlo das empresas ocidentais foi longa”, disse Paul Triolo, responsável pela China na consultora Albright Stonebridge Group, citado pela agência France Presse. Mais de três milhões de aparelhos já foram pré-encomendados, de acordo com a plataforma de vendas ‘online’ do grupo chinês. “O HarmonyOS é o primeiro sistema operativo desenvolvido internamente” e representa “um marco histórico nos esforços da China para reduzir a sua dependência do ‘software’ ocidental’, disse Gary Ng, economista da Natixis, citado pela AFP. Caminho árduo Ao contrário das versões anteriores, concebidas com suporte Android, o HarmonyOS Next exige a adaptação das aplicações ao novo sistema operativo. “As empresas chinesas estão prontas a investir para contribuir para este novo ecossistema da Huawei, mas a capacidade do HarmonyOS para fornecer o mesmo número de aplicações e funções aos consumidores de todo o mundo continua a ser um desafio”, defendeu Gary Ng. A Huawei está no centro da guerra tecnológica entre a China e os Estados Unidos, que afirmam que o equipamento chinês pode ser utilizado para fins de espionagem. Estas acusações são negadas por Pequim. Desde 2019, as sanções, que proíbem o grupo de utilizar tecnologias e componentes norte-americanos, atingiram fortemente a produção de telemóveis da Huawei. Este braço de ferro deverá intensificar-se com o regresso de Donald Trump à Casa Branca. O republicano prometeu aumentar drasticamente as taxas alfandegárias sobre produtos oriundos da China, em resposta ao que considera serem práticas comerciais desleais. “Esta tendência para a autossuficiência no sector tecnológico chinês tornou possível o progresso da Huawei”, disse Toby Zhu, analista da empresa de estudos de mercado Canalys. Para Zhu, o sucesso deste novo produto será o principal indicador de que os esforços do grupo valeram a pena. “Esta nova geração de produtos não pode falhar o alvo, pois as expectativas são consideráveis”, acrescentou. A Huawei era o maior fabricante de telemóveis da China até à eclosão do conflito tecnológico entre Pequim e Washington. No terceiro trimestre de 2024, a Huawei representava apenas 16 por cento das vendas no mercado chinês, com menos de 11 milhões de unidades vendidas, de acordo com a Canalys. Mas não é certo que os criadores de aplicações aceitem investir na criação de novas versões compatíveis com o sistema da Huawei, disse Rich Bishop, diretor da AppInChina, que adapta ‘software’ estrangeiro para o mercado chinês. Para os convencer, “a Huawei vai ter de melhorar constantemente o seu software, fornecer um apoio de melhor qualidade aos programadores e convencer a comunidade de programadores de que está determinada a assumir um compromisso a longo prazo no desenvolvimento do ecossistema HarmonyOS”, afirmou Paul Triolo.
Hoje Macau SociedadeVendilhões | Auxílio Mútuo pede mais apoios O presidente da Associação de Auxílio Mútuo de Vendilhões de Macau, O Cheng Wong, concorda com o encerramento do Mercado de Coloane, mas defende que o Governo tem de apoiar o sector. A posição foi tomada em declarações aos Jornal Ou Mun. O Cheng Wong explicou que actualmente existe uma “migração da população” e que os hábitos de consumo “estão a sofrer muitas alterações”, o que criou “desafios sem precedentes para os vendedores”. Por este motivo, o presidente da associação espera que o Governo adopte mais medidas para apoiar os vendilhões. O Cheng Wong reconheceu que nos anos mais recentes as autoridades têm feito esforços para modernizar os mercados públicos, com obras que melhoraram questões como o espaço disponível ou a higiene. No entanto, indicou o presidente, as melhorias não levaram a um aumento do número de clientes, pelo contrário há cada vez menos clientes nos mercados. “Embora compreendamos os esforços do Governo no sentido de flexibilizar as restrições impostas aos mercados retalhistas de produtos frescos, devemos ter em conta o funcionamento e a sobrevivência dos vendilhões”, avisou. “Caso contrário, a falta de negócio nas novas instalações, a diminuição do fluxo de visitantes e a falta de novos vendedores apenas vai levar a que alguns deles abandonem as bancas e procurem outras oportunidades para ganhar a vida”, sublinhou.
Hoje Macau Manchete SociedadeMercado de Coloane | Êxodo de portugueses explica encerramento No ano passado, quatro membros do Conselho Consultivo para os Assuntos Municipais lamentaram a saída dos portugueses da antiga vila piscatória, o que levou à redução da procura no mercado de Coloane A associação de vendedores de Macau disse à Lusa que o êxodo dos portugueses explica em parte a decisão de encerrar, em 16 de Dezembro, o mercado de Coloane, inaugurado há 130 anos. O Instituto de Assuntos Municipais (IAM) anunciou na segunda-feira que o Mercado Municipal da aldeia de Coloane, no sul de Macau, estava vazio há cerca de um mês, depois dos dois últimos vendedores terem abdicado das bancas, uma vez que “o fluxo de pessoas (…) continuou a diminuir nos últimos anos”. Num comunicado, o IAM justificou a falta de clientes com “o desenvolvimento de Coloane, as mudanças na estrutura populacional da antiga zona urbana de Coloane e as mudanças nos hábitos de consumo dos residentes”. Em Maio de 2023, quatro membros do Conselho Consultivo para os Assuntos Municipais apontaram a partida dos portugueses de Macau como uma das razões para o declínio do mercado de Coloane. “A maioria dos residentes portugueses que iam fazer compras no mercado regressaram ao seu local de origem para viver, tendo o número de clientes habituais diminuído significativamente”, disseram os membros. Um deles, o presidente da Associação de Auxílio Mútuo de Vendilhões de Macau, O Cheng Wong, disse à Lusa que o mercado costumava ser popular entre os portugueses que viviam na aldeia, mas que estes “foram partindo aos poucos”. “Sem portugueses em Coloane, há menos residentes”, lamentou O Cheng Wong. O dirigente admitiu que os turistas de Hong Kong e do Interior regressaram às ruas da antiga aldeia piscatória depois da pandemia, mas numa altura em que “já não havia nada para comprar” no mercado de Coloane. Ouvir a comunidade O IAM garantiu que a decisão de encerrar o mercado foi tomada depois de analisar “a distribuição de pontos de abastecimento de alimentos frescos” na aldeia e de “ouvir as opiniões da comunidade de Coloane”. “Há muito tempo, o IAM disse que queria renovar o mercado. Esteve em planeamento durante muitos anos, mas nada aconteceu”, lamentou O Cheng Wong. O IAM, liderado por José Tavares, garantiu que está a levar a cabo um estudo para revitalizar o edifício, inaugurado em 1893. De acordo com a página de internet “Memória de Macau”, o Mercado de Coloane, foi inaugurado a 5 de Março de 1893, com o nome Mercado Municipal Conselheiro Custódio Miguel de Borja, governador que esteve presente na cerimónia de inauguração. Durante a pandemia, Macau viveu três anos de crise económica, que levaram à subida do desemprego, e a cidade foi ainda afectada pela política ‘zero covid’, que incluía a restrição das entradas e quarentenas que chegaram a ser de 28 dias. Não há dados oficiais sobre o número de cidadãos portugueses que abandonaram o território durante a pandemia. A última estimativa dada à Lusa pelo Consulado-geral de Portugal em Macau apontava para mais de 100 mil portadores de passaporte português entre os residentes nas duas regiões de Macau e Hong Kong.
Hoje Macau SociedadeMercadorias | Exportações com quebra anual de 8,1% Dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) revelam que o comércio externo de mercadorias foi de 117,61 mil milhões de patacas entre os meses de Janeiro e Outubro deste ano, o que corresponde a uma quebra, em termos anuais, de 8,1 por cento. O valor das exportações de mercadorias aumentou 3,8 por cento, comparativamente com o período de Janeiro a Outubro do ano passado. A reexportação, no valor de 10,03 mil milhões de patacas, subiu 4,9 por cento, mas a exportação doméstica, de 1,24 mil milhões de patacas, diminuiu 4,3 por cento. Já o valor importado de mercadorias, caiu 9,2 por cento, em termos anuais. Destaque para a subida de 37,7 por cento das exportações de Macau para a União Europeia (UE), no valor global de 178 milhões de patacas; e de 17,4 por cento nas exportações para os países que pertencem à iniciativa “Faixa e Rota”, no valor de 607 milhões de patacas. Em terceiro lugar nas contas da DSEC surge Hong Kong, cujas exportações de Macau atingiram o valor de oito mil milhões de patacas, uma subida de apenas 1,2 por cento. De referir a quebra de 17,5 por cento nas exportações para o interior da China, que entre Janeiro e Outubro registaram o valor de 639 milhões de patacas, e para os EUA, cuja quebra foi maior, de 34,4 por cento, no valor de 253 milhões de patacas. Relativamente às importações, salienta-se a subida de 5,5 por cento do valor importado de mercadorias produzidas no Japão, com o valor total de 7,53 mil milhões de patacas.
Hoje Macau PolíticaEmprego | Feiras com 480 vagas no início de Dezembro A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) irá organizar três sessões de feiras de emprego, disponibilizando um total de 480 vagas, nos dias 4, 6 e 11 de Dezembro, para os sectores hotelaria e aviação. Segundo um comunicado divulgado ontem pela DSAL, as inscrições para as três sessões abrem hoje e os interessados podem inscrever-se no website da DSAL até ao meio-dia de 3 de Dezembro. A primeira sessão está marcada para 4 de Dezembro, no Hotel Grand Lisboa Palace, com a oferta de 19 vagas no sector da hotelaria para trabalhar como supervisor do departamento de gestão de instalações, técnico do departamento de gestão de instalações, técnico do departamento de inspecção, técnico de máquinas de jogo Na manhã de 6 de Dezembro, será a vez do sector de aviação, com 30 vagas de emprego para agente de segurança do aeroporto. A sessão terá lugar no edifício da FAOM na Rua da Ribeira do Patane nº 2-6. No dia 11 de Dezembro, o Galaxy International Convention Center vai acolher outra sessão para o sector da hotelaria, onde serão disponibilizadas 431 vagas para gerente assistentes de restauração, chefes de serviços de atendimento ao cliente ou limpeza e arrumação de quartos VIP, entre outros cargos ligados à restauração.
Hoje Macau PolíticaCarta de condução | Deputados contra esquema de pontos A adopção de um sistema de pontos na carta de condução está a levantar muitas dúvidas a deputados da 2.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa, que não entendem a necessidade de adoptar o mecanismo nem a lógica da dedução de pontos escolhida pelo Executivo. As questões foram explicadas ontem por Ella Lei, presidente da comissão que está a analisar a proposta de lei do trânsito rodoviário. Segundo a deputada, muitos membros da comissão afirmaram que não concordam com a adopção do sistema por pontos, o que não é impeditivo de votarem a favor da proposta. Além disso, foi também criticado o facto de não estar previsto um mecanismo de recuperação de pontos no caso de os condutores estarem vários anos sem cometer infracções, independentemente dos pontos perdidos devido às diferentes infracções. A possibilidade de recuperar os pontos apenas está prevista para quando os condutores perderam 5 dos 12 pontos iniciais. Nessas situações podem ir frequentar mais aulas de código, que têm de pagar do seu bolso, e no caso de passarem o exame podem recuperar 3 pontos a cada dois anos. No entanto, houve deputados a defender que devia haver um mecanismo de recuperação automática, quando não se cometem infracções.