Manifestação | Empregadores pedem supervisão das empregadas e agências

Ultrapassaram os 100, os manifestantes que saíram à rua ontem reivindicando uma regulamentação mais rigorosa para as empregadas domésticas e agências de emprego. Organizador do protesto apela a uma postura mais séria por parte do Governo

[dropcap style=’circle’]C[/dropcap]riar uma lei independente que regule a contratação e imponha regras relativamente às empregadas domésticas, adicionar a recolha de impressão digital nos postos fronteiriços das empregadas ao entrar no território, reforçar a formação das mesmas, com acordo com os países de exportação para melhorar a qualidade, foram os slogans que se gritavam nas ruas de ontem.
O protesto subordinado à contratação de empregadas domésticas, organizado pela União dos Empregadores Domésticos de Macau, aconteceu ontem e reuniu cerca de 100 manifestantes. HM
A ideia de organizar o protesto surgiu após um alegado caso de violência de uma empregada doméstica do Vietname, a um bebé que dependia dos seus cuidados, criança que, segundo um comunicado da Polícia Judiciária (PJ), acabou por falecer na passada sexta-feira no Hospital Conde São Januário.
O presidente da união, Ao Ieong Keong mostrou-se triste pela morte do bebé, mas quis reforçar que a manifestação não aconteceu por causa desta alegada violência, mas sim, com o intuito de reforçar a solicitação ao Governo. A manifestação representa, defende, os problemas das empregadas domésticas e das agências de emprego, algo que muito preocupa a classe empregadora.
“A manifestação não visa as pessoas mas sim os processos de revisão dos regimes que são muito morosos. Sei que em Macau existem muitas empregadas que têm boas relações com os empregadores, mas de facto existem também muitos casos problemáticos com as empregadas, assim como com as agências de emprego, que funcionam de forma ilegal. Isto não traz segurança aos empregadores”, argumentou ao HM.
Na opinião do presidente da união em causa, o Governo tem mostrado – durante as últimas reuniões – uma posição de avaliação e tem-se mostrado disponível na recolha de opiniões. No entanto, é preciso passar à acção e que Executivo avance com o revisão do Regime de Licenciamento das Agência de Emprego, acelerando os processos jurídicos dos casos de crimes cometidos pelas empregadas domésticas não residentes, bem como, é necessário, diz, que o Governo crie um grupo especializado de trabalho para resolver e evitar os problemas que existem.

Números negativos

Segundos dados da organização, previa-se uma adesão de quase 1000 manifestantes, algo que acabou por não acontecer. Na praça do Tap Seac, pouco mais de 100 pessoas começaram o seu percurso até à Sede do Governo.
De crianças ao colo e em carrinhos de bebé, foram vários os que quiseram marcar presença. Um deles foi Lau, que se fazia acompanhar pela mulher e o filho de dez meses. O casal contou ao HM que acabou por abdicar de recrutar uma empregada doméstica porque o início do processo não correu bem logo na agência de emprego.
“No documento disponibilizado pela agência de emprego estava declarado que a empregada tinha vários filhos e sabia cuidar de crianças, no entanto quando foi trabalhar para nossa casa, durante dois dias, mostrou claramente que não sabia cuidar de crianças”, contou, indicando que apesar de ser a própria mãe a cuidar do filho, o casal necessita de uma empregada doméstica para que no futuro a mãe possa voltar ao mundo do trabalho.[quote_box_right]“Sei que em Macau existem muitas empregadas que têm boas relações com os empregadores, mas de facto existem também muitos casos problemáticos com as empregadas, assim como com as agências de emprego, que funcionam de forma ilegal”, Ao Ieong Keong, presidente da União dos Empregadores Domésticos de Macau[/quote_box_right]
As várias histórias de empregadas a maltratar as crianças, ou a cumprirem mal as suas tarefas para serem despedidas e ganharem indemnizações, também fizeram com que o casal acabasse por desistir do processo de recrutamento.
“Um amigo nosso já despediu três empregadas em três meses, outro descobriu através de videovigilância que a empregada batia na criança sempre que ninguém estava em casa. Queremos que o Governo supervisione mais a importação de empregadas pelas agências de emprego. As autoridades não podem permitir que as empregadas trabalhem estando com estatuto de turistas”, argumentou.

Bom e mau

Uma outra manifestante, Leong, quis estar presente no protesto fazendo-se acompanhar com o seu marido e a filha do casal de cinco anos. Foi a primeira vez que Leong participou num protesto.
Ao longo dos anos, Leong tem recrutado empregadas domésticas, e acha que a qualidade das mesmas é variada. Umas vezes corre bem, outras não. Leong contou ao HM que teve uma experiência muito negativa, relatando que por duas vezes a empregada ia pegando fogo à causa por não saber usar a panela eléctrica de fazer arroz. Assim, defende, não são só os maus tratos em causa, é também o profissionalismo.
A empregadora conta que teve ainda outra empregada que nunca respeitava aquilo que ela pedia, fazendo o que lhe apetecia. Isto acontece, diz, depois das mesmas terem o Blue Card.
Leong explica ainda que muitas vezes quando existem problemas entre as partes envolvidas – empregadores e empregados – as agências de trabalho preferem evitar as situações e não resolvem os problemas. Leong apela a que o Governo crie uma lei para assegurar os direitos das empregadas domésticas como dos empregadores. HM2
Questionada sobre a situação do bebé, Leong lamentou o sucedido, mas acredita que será difícil perceber de quem é efectivamente a culpa. Defende Leong, que os “cuidadores devem conversar com os patrões caso não estejam contentes, mas nunca descarregar nas crianças”.
Num comunicado à imprensa, a deputada Wong Kit Cheng, considerou que a manifestação foi “a forma razoável” para que as pessoas pudessem expressar as opiniões sobre os problemas das empregadas domésticas, sendo que agora, é preciso que o Governo avance com uma regulamentação mais rigorosa das empregadas.  

Reacções à morte de bebé

Em reacção à morte do bebé, Kuok Cheong U, o director do Hospital Conde São Januário, afirmou que, com base no resultado dos exames, a criança sofreu de Síndrome de Bebé Abanado, no entanto ainda é necessária uma investigação aprofundada para clarificar a causa de morte. A criança sofreu de uma hemorragia interna apresentando sangue nos olhos e no cérebro. O director substituto da Direcção dos Serviços para Assuntos Laborais (DSAL), Lau Wai Meng, lamentou o sucedido e frisou que vai acelerar o processo de aperfeiçoamento dos regimes sobre gestão de empregadas domésticas e agências de emprego. Ao Jornal Ou Mun, Lau afirmou que já começou a revisão dos regimes para que as empregadas só possam receber “Blue Card” quando tiverem documentos de prova com objectivo de trabalho no território, consolidando a formação a empregadas, bem como a inspecção a agências de emprego. A empregada acusada de maus tratos está em prisão preventiva, assume-se como inocente, e pode ser condenada, em caso de se provar que mal tratava a criança, a uma pena de prisão entre cinco a 15 anos.

31 Ago 2015

Bolsa | Chui Sai On descansa população

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Chefe do Executivo, Chui Sai On, garantiu que a sociedade não deverá ficar preocupada relativamente à aplicação da reserva financeira de Macau no continente.
“Por favor, não estejam preocupados. Ainda não foi feito qualquer investimento nas províncias de Guangdong ou de Fujian. Não foi transferido qualquer capital nem foram feitos pagamentos. Os dois lados – Governo e deputados – estão agora a discutir os princípios que vão regular esse tipo de investimento, na análise do Regime Jurídico da Reserva Financeira”, disse o Chefe do Executivo ao canal da TDM, na passada sexta-feira. Chui sai on
Apesar de Chui Sai On não apresentar números, não nega que a queda das principais bolsas chinesas mexeram com o investimento da reserva financeira de Macau.
“O investimento da reserva financeira foi afectado pelo mercado bolsista e registou uma perda contabilística. É uma perda pequena no conjunto dos investimentos”, disse o representante máximo da RAEM, indicando ainda que “em termos globais, os funcionários de Lionel Leong [Secretário para a Economia e Finanças] dos Serviços de Economia (SE) e os da Autoridade Monetárias de Macau prevêem que haja mesmo assim um retorno positivo do investimento do ano”.
O Chefe do Executivo reforçou a garantia da utilização da reserva extraordinária para o investimento por parte do próprio Executivo deve ser efectuado cumprindo os princípios sem perda, segurança e rentabilidade. O líder assegurou ainda que o Governo irá seguir rigorosamente os respectivos regulamentos legais e apresentar uma proposta de lei à Assembleia Legislativa antes de utilizar a reserva extraordinária.

Analista confiante

Ao canal televisivo, Yao Yudong, analista do Banco Central da China mostra-se confiante quanto ao futuro, depois da crise da bolsa, que apresentou novamente movimentos positivos no passado fim-de-semana, garantindo a postura razoável da economia do Continente.
“A economia chinesa está a crescer a um ritmo razoável. Achamos que na segunda metade do ano atingir um crescimento económico anual de 7% não será problema”, explicou em declarações à TDM.
O analista considera ainda a crise na bolsa não está relacionada com a recém queda da moeda chinesa, o yuan. reserva financeira
“O ajustamento da taxa de câmbio em 11 de Agosto não tem nada que ver com a volatilidade global do mercado bolsista. As flutuações nos mercados começaram em 20 de Agosto, entre essas datas passaram nove dias. Se houve nove dias é preciso pensar, o mercado bolsista é muito sensível. Se o ajustamento da taxa de câmbio foi em 11 de Agosto, para o mercado bolsista entrar em queda isso teria acontecido logo no próprio dia”, argumentou Yao Yudong.
Na sexta-feira passada, a bolsa de Xangai encerrou a sessão em forte alta, pelo segundo dia consecutivo, mantendo a sua recuperação após as suas perdas. O Índice Composite de Xangai valorizou 148,76 unidades (4,82%), cotando-se nos 3,232.35 pontos. O principal indicador de Shenzhen, a segunda praça financeira da China, fechou a subir 94,62 unidades, ou 5,40%, até aos 1,846.83 pontos. Na “segunda-feira negra”, o índice “afundou” 8,49%, protagonizando a maior queda em oito anos no volátil mercado de capitais da China, e na terça caiu 7,63%. Na quarta-feira, conseguiu moderar as perdas (1,27%) e, finalmente na quinta negociou toda a sessão no “verde”, cenário que se repetiu na sexta-feira.

31 Ago 2015

OM inaugura temporada com pianista Zhang Haochen

[dropcap style=’circle’]É[/dropcap] com o pianista jovem em ascensão, Zhang Haochen, que a Orquestra de Macau dá início à temporada de concertos 2015-2016. O espectáculo acontece às 20h00 da próxima sexta-feira, na Torre de Macau. O IC considera que o pianista é o “mais brilhante da sua geração”, preparando-se para interpretar Concerto para Piano e Orquestra nº1 em Mi bemol Maior, de Franz Liszt, sem esquecer uma sinfonia de Anton Bruckner.
“Ambas as obras-primas irão mostrar plenamente o estilo da cultura musical europeia de meados e finais do século XIX”, assegura a organização. Zhang tem apenas 23 anos, mas já arrecadou o Ouro no 13º Concurso Internacional de Piano Van Cliburn, em 2009. “[Zhang] tem cativado públicos nos EUA, Europa e Ásia devido à sua combinação única de sensibilidade musical profunda, imaginação destemida e espectacular virtuosismo”, informa o IC. Haochen Zhang
Há três anos, o pianista chinês estreou-se no Festival de Piano La Roque D’Antheron e a sua performance foi positivamente criticada. Em Abril de 2013, fez a sua estreia com a Filarmónica de Munique sob a direcção do Maestro Lorin Maazel, seguida por uma digressão esgotada em quatro cidade chinesas. A actuação de Zhang Haochen foi aclamada pelo Dallas Morning News como “o tipo de programa que seria de esperar de um mestre experiente, servido com virtuosismo deslumbrante onde desejado e sofisticação surpreendente” e aclamado entre as dez actuações de topo de 2010 tanto pelo Dallas Morning News como pelo Fort Worth Star-Telegram. Os bilhetes para o concerto custam entre 100 e 350 patacas e já estão à venda, havendo espaço para descontos.

31 Ago 2015

Novos aterros | ANM duvida de “profissionalismo do Governo”

A Associação Novo Macau acusa o Governo de falta de “profissionalismo” e quer mais esclarecimentos sobre os novos aterros, com a promessa da zona A não ser usada para permuta de terrenos

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Associação Novo Macau (ANM) pede ao Governo que seja mais transparente quanto ao destino dado à habitação dos novos aterros, afirmando duvidar do seu “profissionalismo”. O plano director destes foi anunciado em Junho passado. Além disso, a ANM requereu que o prazo da consulta pública fosse estendido. O vice-presidente da Associação, Scott Chiang, pediu ainda que seja garantida a utilização daquelas casas apenas por residentes locais.
“Queremos que a habitação nos aterros seja exclusiva para residentes. O problema é que o Governo recusa-se a falar do assunto. Está a tentar fugir ao tema que nós queremos trazer para o centro da discussão”, afirmou o responsável em conferência de imprensa.[quote_box_left]”Estamos particularmente atentos ao que se passa nos novos aterros. Não queremos casos de corrupção e que [aqueles] terrenos sejam prometidos”, Scott Chiang[/quote_box_left] De acordo com os planos do Executivo, o aterro A vai incluir 28 mil apartamentos de habitação pública destinada apenas a residentes. Os restantes estão pensados para o sector privado. No entanto os pedidos da ANM não são novidade: a Associação tem vindo a referir que o projecto do Governo foi mal planeado. “O que receamos é que o Governo não ponha de parte esta ideia mas proponha [novamente] um plano mal delineado de modo a que o público desaprove”, argumentou o futuro presidente da ANM.
Na mesma conferência, Chiang explica que é necessário ouvir a opinião de especialistas em relação ao assunto, de forma a criar um plano bem fundamentado e esclarecer a sociedade. “A discussão é inútil sem a informação importante, sem opiniões de profissionais, para que o público em geral possa compreender. Sem isso, independentemente da duração, a consulta é inútil”, continuou por dizer.

Uma nega no TPC

Em nome da ANM, Chiang acusou o Executivo de “não fazer o trabalho de casa” relativamento ao plano director em questão. “É difícil imaginar que um tema, repetidamente sob consulta, tenha informação cada vez menos detalhada. É como ter um pesadelo: andamos às voltas e nada acontece. Queremos algumas mudanças nesse tipo de má consulta. Como eu disse, há falta de informação e, agora, de progressos”, apontou Scott Chiang, durante uma conferência de imprensa. “O debate é quase inútil sem informação que possa ser utilizada e sem opiniões profissionais, para que o público em geral possa lidar facilmente com a informação. Sem isso, a questão do período da consulta é insignificante”, criticou. [quote_box_left]”A discussão é inútil sem a informação importante, sem opiniões de profissionais, para que o público em geral possa compreender. Sem isso, independentemente da duração, a consulta é inútil”, Scott Chiang, vice-presidente da ANM[/quote_box_left]
Outra das ideias da conferência foi apelar ao Governo para que os terrenos dos novos aterros não fossem utilizados para acertar contas em termos de permutas de terrenos que não estejam ainda concluídas. “É possível que o Governo use terrenos dos novos aterros em troca de terrenos recuperados. Isso é uma coisa que nos preocupa. No passado já aconteceu os proprietários receberem terrenos muito melhores em troca de terrenos originalmente pequenos”, argumentou o activista. Um dos casos é o dos terrenos da antiga fábrica de panchões Iec Long, na Taipa. “Estamos particularmente atentos ao que se passa nos novos aterros. Não queremos casos de corrupção e que [aqueles] terrenos sejam prometidos”, acrescentou o ainda vice-presidente da ANM. O caso surgiu há cerca de um mês, mas o Chefe do Executivo assegurou, na Assembleia Legislativa, que nenhum dos espaços dos novos aterros seriam usados para esse fim. “Prometo aqui que os novos aterros não vão ser usados para pagar dívidas de terrenos”, afirmou Chui Sai On no passado dia 12. Scott Chiang critica o facto de o processo da troca de terrenos de não ser “transparente”.
A ANM não é a única entidade preocupada com o futuro dos novos aterros. Em meados deste mês, de entre 218 opiniões recolhidas, 117 delas mostravam preocupação com a altura das construções no aterro B. Outras pessoas pedem que os edifícios de habitação não sejam demasiado baixos, para que a racionalização do espaço seja feita da melhor forma. A mesma auscultação mostra uma percentagem elevada de residentes preocupados com a falta de equipamentos sociais na zona A.

31 Ago 2015

Festival Internacional de Jazz de Macau no Lion’s

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] 15ª Edição do Festival Internacional de Jazz acontece já nos próximos dias 18 e 19 de Setembro, sexta-feira e sábado, e será o palco do bar The Lion’s, no casino MGM, que irá receber uma lista bem recheada de músicos internacionais deste género musical.
Para os amantes, ou só apreciadores, de Jazz, poderão contar com a actuação do famoso pianista Dave Kikoski (fazendo-se acompanhar com a banda), artista premiado com um Grammy. O pianista irá actuar na sexta-feira depois da banda de jazz local, The Bridge, e a banda do Conservatório de Jazz de Macau, fazerem as honras da casa.
A noite de sábado abre com a banda da Associação de Promoção de Jazz de Macau que homenageia o músico Lee Ritenour – também ele acompanhado por músicos convidados. Lee Ritenour, guitarrista, começou a sua carreira musical ainda muito jovem , conquistando uma legião de fãs e criando um percurso invejável, tornando-se um ícone do Jazz. Com mais de 40 álbuns no seu repertório, em participações ou de originais, o músico foi nomeado para os prémios Grammy 19 vezes.
De Portugal surge Zé Eduardo, fundador do Lisbon’s Hot Club, como convidado especial. O festival é organizado pelo Club de Jazz de Macau, associação que celebra 30 anos, e é apoiado pela Fundação Oriente. Os concertos estão agendados para as 21horas e existem diferentes preços para os bilhetes, sendo que na sexta-feira têm um custo de 280 patacas e no sábado de 380 patacas, havendo ainda a possibilidade de comprar o pacote dos dois dias por 580 patacas no total. Para reservas é possível contactar a organização através do contacto: +853 8802 2376.

31 Ago 2015

Biblioteca da Taipa abre terça-feira

[/dropcap style=’circle’]A[/dropcap] biblioteca da Taipa irá abrir portas, oficialmente, amanhã. A cerimónia está agendada para as 15horas e esta é a inauguração oficial visto que o espaço já está aberto – em fase experimental – desde Abril passado. Da dependência do Instituto Cultural, a biblioteca funcionará das 09:30horas até às 20:30horas, de terça-feira a domingo e das 14horas às 20:30horas, às segundas-feiras, estando encerrada nos feriados públicos.

31 Ago 2015

IC | Templos locais com obras de restauro em Setembro

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s templos de Pak Tai e Sam Po, na Taipa, vão sofrer a substituição das suas instalações eléctricas, obras que deverão demorar um mês. O Instituto Cultural (IC) assegura que os locais vão continuar de portas abertas. No entanto, o templo de Fok Tak Chi também vai sofrer obras a partir do final desta semana e ficará encerrado durante cerca de dois meses, período que o IC prevê para a finalização do restauro.

31 Ago 2015

Concessionários de terrenos desocupados recorrem

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s concessionários dos 18 terrenos desocupados cuja concessão foi declarada nula pelo Governo apresentaram recurso da decisão junto dos tribunais, por considerarem que o tempo de recuperação dos terrenos poderia ter sido maior. A notícia foi avançada ontem pelo Jornal Ou Mun, que cita respostas dos gabinetes do Chefe do Executivo e do Secretário para as Obras Públicas e Transportes. Nas mensagens é referido que foram recebidas seis reclamações dos concessionários e que as mesmas estão a ser tratadas. Quanto aos 18 recursos, foram entregues junto do Tribunal de Segunda Instância (TSI). O Ou Mun escreve ainda que a recuperação dos terrenos pode demorar devido ao facto de estar um processo jurídico a decorrer.
O Governo começou a acompanhar os terrenos desocupados em 2009, tendo sido identificados 113 lotes sem qualquer projecto, que correspondiam a contratos de concessão assinados em 2011. Destes, a falta de aproveitamento de 43 terrenos seria por culpa dos concessionários.
Entre Março e Maio deste ano, o Governo declarou oficialmente a caducidade de 18 terrenos desocupados que iriam reverter para o Executivo, com uma área total de 57 mil metros quadrados e localizados em zonas como a Taipa, zona industrial do Pac On ou ZAPE, entre outros.

31 Ago 2015

Ilha da Montanha | Governo Central confirma adiamento de “Novo bairro”

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] projecto piloto de construção de equipamentos sociais como são habitação e lares de idosos, na Ilha da Montanha, não vai acontecer num futuro próximo. O gabinete do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, já tinha avançando, este mês, que o projecto em causa não iria acontecer a curto prazo. Agora, foi a vez do Governo Central confirmar o adiamento pela voz de Zhao Li, vice-secretário do Comité da Nova Zona de Henqgquin do Partido Comunista Chinês (PCC).
O responsável justifica que o projecto está ainda em fase de negociações quanto ao preço a pagar, da parte do Governo, pelo arrendamento do terreno à China. Além disso, Zhao Li, propõe que os 200 mil metros de espaço sejam também aproveitados para outro tipo de fins sociais, como a educação. “Podemos fazer o mesmo na área da educação, da saúde, da prestação de serviços de Macau em Hengqin.
Este é um projecto piloto que pode ser estendido a outras áreas”, acrescentou. A criação deste “novo bairro” foi anunciada pela Comissão de Gestão da Nova Zona da Ilha da Montanha, no final de Maio passado. A ideia, explicaram os responsáveis, é criar um novo bairro de Macau, mas do outro lado do fronteira, a apenas cinco minutos do posto transfronteiriço da Flor de Lótus.

31 Ago 2015

IACM com novo método de enterro de cinzas

[dropcap style=’circle’]P[/dropcap]assa a existir em Macau, já a partir do próximo mês, um novo método de enterro que consiste na sepultura de cinzas, resolvendo assim o problema da escassez de terrenos para a construção de cemitérios. Já estão guardados 440 lugares para este ritual. Vai ainda ser criado um memorial onde estarão gravados os nomes das pessoas cujas cinzas foram enterradas. Segundo notícia da TDM, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) passa a disponibilizar a possibilidade das pessoas serem inumadas. O método passa pelo enterro das cinzas em solo orgânico junto de zonas arborizadas do cemitério Sá Kong, na Taipa. As cinzas são, de acordo com explicação do Instituto, absorvidas pelo solo após dois anos, o que em muito, dizem, ajuda a solucionar o problema da falta de terrenos no território.

31 Ago 2015

Polytec mantém calendário para concluir Pearl Horizon

No mais recente comunicado enviado à bolsa de valores de Hong Kong, o Grupo Polytec revela que o projecto do edifício Pearl Horizon está dentro do calendário, apesar dos receios dos moradores que já reuniram com o Governo

[dropcap style=’circle’]“[/dropcap]Os trabalhos de construção das fundações estão a decorrer.” É desta forma que o Grupo Polytec fala do estado da construção do edifício Pearl Horizon, o mesmo que tem sido alvo de polémica e muitas reuniões entre proprietários e Governo. No comunicado enviado à bolsa de valores de Hong Kong, que revela os dados semestrais do grupo, a empresa garante que os trabalhos de fundações do complexo Pearl Horizon e de mais dois lotes do empreendimento The Orient Pearl District estão dentro do calendário, não avançando mais informações.
O terreno do edifício onde está localizado o Pearl Horizon (complexo detido em 80% pelo Grupo Polytec) é um dos muitos que foram concessionados provisoriamente pelo Governo de Macau e cujo prazo acaba este ano. Isso pode pôr em causa os investimentos feitos por muitos investidores que já adquiriram apartamentos em regime de pré-venda, mas que temem perder o direito às habitações.
Recentemente 20 moradores reuniram com a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), onde foi divulgado que a entrega das chaves poderia ser feita em 2018. Contudo, os futuros moradores afirmam que a obra tem tido poucos desenvolvimentos e pedem que o Governo alargue o prazo de concessão provisória do terreno.

Sem paciência

A garantia dada pelo Grupo Polytec face ao calendário das obras tem sido das poucas reacções que a empresa tem tido, já que, segundo Wong, representante dos proprietários, a empresa sediada em Hong Kong tem rejeitado encontros com os investidores.
“Os proprietários já perderam a confiança e a paciência em relação à construtora e achamos que existem problemas com as medidas de pré-vendas de fracções e todo o processo de obras”, referiu Wong ao HM, à margem de um encontro recente com a DSSOPT.
Para além da DSSOPT, também o Conselho dos Consumidores (CC) já prometeu tratar do assunto, estando também envolvida a deputada Ella Lei, da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM). Para já, o CC já prometeu avaliar caso a caso.
Antes do encontro com a DSSOPT, o mesmo grupo de proprietários apresentou uma carta na sede do Governo, onde exigiu maior diálogo com a empresa de imobiliário.
No mesmo comunicado, o Grupo Polytec anuncia ainda um aumento dos ganhos obtidos com o aumento de rendas, nomeadamente no edifício The Macau Square, na Avenida da Praia Grande, detido em 50% pela empresa. No primeiro semestre o Grupo Polytec obteve um total de 29 mil milhões de dólares de Hong Kong de lucro contra os 24,8 mil milhões obtidos em igual período do ano passado.

31 Ago 2015

Jovens premiados em Olimpíadas de técnicas profissionais no Brasil

[dropcap style=+circle’]F[/dropcap]oram dez, os residentes locais que venceram medalhas de excelência na 43ª Competição Mundial de Aptidão Profissional na cidade brasileira de São Paulo. A delegação local foi liderada pelos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) e integrava 45 pessoas, das quais 17 eram concorrentes inscritos em 15 modalidades diferentes. O concurso assemelha-se às Olimpíadas, mas avalia talento na área das técnicas profissionais mundiais e que vão da Gastronomia à Moda, passando pela Engenharia Eléctrica e Informática.
“[O objectivo é] permitir aos jovens peritos de diferentes partes do mundo competir nas suas técnicas e, ao mesmo tempo, fornecer uma plataforma de intercâmbio às instituições de formação de diferentes partes do mundo, adquirindo assim novas experiências na formação”, explica a DSAL em comunicado. A presente edição integrou 50 diferentes modalidades e 1189 concorrentes, com mais de 200 mil espectadores durante os quatro dias de provas. As medalhas de desempenho excelente foram obtidas por Lo Wai Hou na modalidade de ‘instalação do sistema eléctrico’, Kou Cheng Man em ‘vestuário de moda’, Ku Weng Tong em ‘arranjos florais’, Chou Hoi Fu em ‘gestão do sistema de rede do computador’, Lo Kin Ian em ‘aplicação de programas informáticos na área comercial’, Kuok Chi Fong e Law Man Kit em ‘mecatrónica’, Leong Un Pek em ‘fabrico de doce/pastelaria’ e Ho Ka Chon em ‘design de página electrónica’. A concorrente Kou Cheng Man da modalidade de “vestuário de moda” também obteve a medalha com melhor resultado de Macau”, informa o mesmo comunicado.
Técnica e logisticamente, os concorrentes foram apoiados pela Universidade de Macau, pelo Instituto de Formação Turística, pelo Centro de Produtividade e Transferência de Tecnologia de Macau, entre outras entidades. Os concorrentes tiveram ainda oportunidade de aperfeiçoar os seus conhecimentos com um grupo de peritos da DSAL, especialmente destacado para os preparar para as provas.
Leonor Sá Machado

31 Ago 2015

Xi Jinping quer reforçar relação com EUA durante visita em Setembro

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou que espera reforçar as relações com os Estados Unidos durante a sua próxima visita de Estado a Washington, marcada para o próximo mês.
Xi Jinping reuniu-se na noite de sexta-feira com a conselheira de Segurança Nacional da Casa Branca para preparar essa visita, depois de Susan Rice ter mantido encontros com outros altos quadros chineses.
“Espero continuar a minha conversa com o Presidente [Barack] Obama e manter discussões aprofundadas sobre assuntos importantes de interesse mútuo”, realçou, citado pela agência oficial Xinhua.
Xi Jinping afirmou que Pequim gostaria de trabalhar com Washington para que a relação bilateral alcance “um crescimento sustentável e constante”, algo que beneficiará não apenas os povos de ambos os países, mas também promoverá a paz e o desenvolvimento na região da Ásia-Pacífico e “no resto do mundo”.
As divergências entre as duas potências mundiais podem ser tratadas por via “da comunicação, de um sincero e mútuo respeito e tendo em conta os interesses-chave de cada um”, disse.
Susan Rice, por seu lado, indicou que Obama espera resultados muito positivos da viagem do seu homólogo chinês, afirmando que Washington vai trabalhar com Pequim para que essa visita seja “um marco” no aprofundamento das relações e da cooperação bilaterais.
A mesma responsável, que terminou sábado dois dias de reuniões de alto nível para preparar a importante visita de Xi Jinping a Washington, manteve encontros, na sexta-feira, com o conselheiro de Estado Yang Jiechi, um dos arquitectos da política externa chinesa, e com o vice-presidente da Comissão Central Militar, o general Fan Changlong.

31 Ago 2015

Exposição | Vitória contra o Japão celebrada com documentação da época

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Museu das Ofertas sobre a Transferência de Soberania de Macau inaugura, às 10h00 da próxima terça-feira, uma exposição de comemoração do 70º aniversário da Vitória da Guerra de Resistência do Povo Chinês contra o Japão. A mostra vai estar patente até 28 de Setembro e foca-se no retrato da vida de então em Macau. Prova disso são as 80 peças e 210 fotografias em exposição, “as quais apresentam a vida árdua da população de Macau naquele período e como as pessoas apoiaram a resistência durante a guerra”. O projecto documental pretende dar a conhecer a cidade há 70 anos, principalmente aos mais novos.
De acordo com Victor Chan, porta-voz do Governo, a mostra estará dividida numa série de partes integradas em duas grandes temáticas: a resistência ao Japão e “os esforços das diversas camadas da sociedade na resistência” à guerra. No entanto, o presidente do Instituto Cultural, Guilherme Ung Vai Meng, vai mais longe, informando que o referido evento conta com objectos emblemáticos como são um antigo relógio de bolso, propriedade de um residente que o levava sempre para o combate.

A sapiência da escassez

Da documentação em exposição fazem parte testemunhos actuais recolhidos pelo IC junto de pessoas idosas residentes. O Instituto acredita que, tendo vivido durante este período, têm histórias valiosas para contar. Estará ainda exposta a colecção de um outro residente, que foi recolhendo, em vida, uma série de documentação e objectos dessa altura, posteriormente doando-os ao IC. Ung Vai Meng explicou que parte da mostra ilustra períodos de sofrimento dos residentes locais, como a fome. A entrada e aceitação de centenas de refugiados chineses em Macau fez com que a proporção de bens existentes não cobrisse a percentagem de pessoas.
A Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) promete mesmo guardar algumas destas peças, para depois do encerramento no Museu, ser possível criar uma exposição itinerante no circuito das escolas locais. De acordo com a directora substituta da DSEJ, Kuok Sio Lai, foram já escolhidos “mais de 200 alunos” para participar na parada de comemoração. “Pretendemos escolher algumas das fotografias da exposição para criar uma itinerante”, assegurou a responsável.
O orçamento para a mostra naquele museu fica-se pelos 1,3 milhões de patacas, mas é desconhecido o orçamento total do festejo, que inclui outras actividades como são uma parada no Tap Seac. O local vai ainda contar com a transmissão, em directo, da marcha comemorativa em Pequim. Foi durante a mesma conferência que Ung Vai Meng anunciou a abertura oficial ao público da Biblioteca Central da Taipa, às 15h00 da próxima terça. Actualmente, o espaço encontra-se aberto, mas apenas a título experimental (ver peça ao lado).

31 Ago 2015

Investigadas mais de 20 irregularidades na crise bolsista

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s autoridades chinesas estão a investigar 22 casos de irregularidades na recente crise bolsista e advertiram as principais firmas de corretagem e grupos profissionais do sector para extremarem o cumprimento das normas.
O presidente da Comissão Reguladora de Valores da China, Xiao Gang, reuniu-se com dirigentes de 19 entidades de corretagem e associações do sector, instruindo-os a aumentar a disciplina e supervisão das suas operações, informa sábado o South China Morning Post.
No encontro, que foi confirmado ao jornal de Hong Kong por um porta-voz da comissão, Zhang Xiaojun indicou que 22 casos, implicando eventual uso de informação privilegiada, difusão de rumores e manipulação do mercado, foram remetidos para a polícia para que realize ulterior investigação, sendo que muitos dos suspeitos são trabalhadores do sector.
Na noite da passada terça-feira, a polícia chinesa deteve 11 pessoas por suspeita de envolvimento nas irregularidades detectadas.
Em causa, dois funcionários da própria Comissão Reguladora, oito responsáveis (incluindo três executivos) da Citic Securities, parte do conglomerado financeiro estatal Citic, e um jornalista da Caijing, uma publicação de cariz financeiro.
Além da Citic Securities, outras quatro importantes firmas de corretagem anunciaram ter recebido notificações, dando conta de que estão a ser investigadas pela Comissão Reguladora.
“Está a ser posta em marcha uma intensa perseguição [dos especuladores] e o caso vai ser muito sério”, disse ao mesmo jornal fonte próxima da comissão.

31 Ago 2015

Hong Kong | Ladrão trocou diamante verdadeiro por falso

[dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m ladrão trocou um diamante por uma pedra falsa numa joalharia de luxo em Hong Kong, informou sábado a polícia da antiga colónia britânica. O diamante, avaliado em cerca de 1,7 milhões de dólares de Hong Kong foi levado por um homem na casa dos 30, na sexta-feira, de uma loja do distrito de Central. “A partir de imagens de vigilância (CCTV) descobriu-se que um homem que se apresentava como cliente chegou à loja e escolheu um dos itens, suspeitando-se que tenha trocado, de seguida, o diamante verdadeiro por um falso”, referiu a polícia em comunicado. O diamante falso foi detectado por um dos funcionários da joalharia que reportou o caso à polícia que, até ao momento, não efectuou qualquer detenção.

31 Ago 2015

Pequim quer modernizar fábricas químicas

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s autoridades locais e provinciais de toda a China submeteram planos para transferir ou modernizar aproximadamente mil fábricas químicas, após a tragédia ocorrida no porto de Tianjin, que fez pelo menos 145 mortos.
O desastre levou governos locais e provinciais a “acelerar os planos para relocalizar ou modernizar” centrais químicas por todo o país, assinalou o ministro da Indústria e Tecnologia da Informação chinês, Miao Wei, num documento publicado num portal oficial citado ontem pelo South China Morning Post.
O mesmo responsável indicou que o Governo começou a trabalhar durante 2014 neste processo, apesar de reconhecer que “o trabalho ao longo de mais de um ano acabou por resultar inadequado”.
Miao Wei referiu, este sábado, ao Comité Permanente da Assembleia Nacional Popular (ANP, órgão máximo legislativo chinês) que as mil fábricas e instalações químicas tiveram um custo global de cerca de 400.000 milhões de yuan e que a sua modernização ou transferência seria muito complexa apenas do ponto de vista económico, refere o jornal de Hong Kong.

Descontentamento popular

Outra questão chave prende-se com a oposição popular a este tipo de instalações, já que, nos últimos anos, tem havido um número crescente de protestos em diferentes pontos da China contra a construção de fábricas químicas ou contra a poluição que geram as existentes.
As explosões do passado dia 12 deixaram 145 mortos e mais de 700 feridos, segundo o mais recente balanço. Vinte e sete pessoas continuam dadas como desaparecidas.
As autoridades chinesas anunciaram, na quinta-feira passada, a detenção de 12 pessoas.
A tragédia ocorreu num terminal de contentores do porto, onde se encontravam armazenadas 3.000 toneladas de produtos perigosos, em particular 700 toneladas de cianeto de sódio altamente tóxico.
O acidente suscitou receios de uma contaminação por químicos tóxicos do ar e da água de Tiajin, cidade com cerca de 15 milhões de habitantes.
Amostras de água recolhidas na zona da explosão chegaram a apresentar um nível de cianeto de sódio 356 vezes superior ao permitido.

31 Ago 2015

Novo regime de seguros obrigatórios criticado

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Associação dos Intermediários de Seguros de Macau considera que a entrada em vigor do Regime de Reparação dos Danos Emergentes de Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais aconteceu “demasiado depressa”, o que fez com que muitas Pequenas e Médias Empresas (PME) ainda não conheçam a nova lei, que decreta o seguro obrigatório para todos os trabalhadores.
Chou Kam Chun, presidente da associação, disse, segundo o canal chinês da Rádio Macau, que muitos empregadores continuam a desconhecer o novo sistema, que determina o pagamento de um seguro em caso de acidentes de trabalho que ocorram em dias de sinal 8 de tufão ou que ocorram no percurso entre casa e o local de trabalho.
“Mesmo que os empregadores deixem os trabalhadores saírem três horas mais cedo do trabalho continuam a ter responsabilidades em caso de acidentes. Muitos empregadores não compreendem isso e pensavam que se os trabalhadores saíssem mais cedo do trabalho já não haveria problema”, apontou Chou Kam Chun.
Com a entrada em vigor da lei, o seguro deverá ser de 0,25% do salário anual pago ao trabalhador, valor que Chou Kam Chun considera ser alto, defendendo que as PME não conseguem pagar. O presidente defende assim a revisão do regime e a diminuição das despesas com o seguro.

31 Ago 2015

Poucas condenações nos tribunais

[dropcap style=’circle’]N[/dropcap]o sábado passado, o jornal “South China Morning Post” publicou uma peça crítica sobre a relativa baixa taxa de condenações verificada na “Magistrates Court” de Hong Kong, que não passa dos 50%, segundo dados oficiais. Ou, posto de outra maneira, a acusação ora ganha, ora perde um caso.
Em Hong Kong, a “Magistrates Court” representa o tribunal de justiça mais baixo daquele território, equivalente ao Tribunal de Primeira Instância da RAEM. A taxa de condenações mencionada no primeiro parágrafo deste artigo refere-se à quantidade de vezes que um arguido trazido a tribunal foi considerado culpado. Pode-se então dizer também que o Governo de Hong Kong apenas ganhou metade dos casos considerados neste tribunal, visto serem estes os responsáveis pela acusação.
O departamento responsável por assuntos legais em Hong Kong opera debaixo do título “Department of Justice” (DoJ), sendo dirigido pelo “Secretary for Justice”. Acaba na verdade por ser o equivalente ao Ministério Público da Região Administrativa Especial de Macau, apesar de na RAEHK o departamento encarregue da acusação constituir um sub-departamento do DoJ, sendo este chefiado por Grenville Cross, que ocupa o cargo de “Director of Public Prosecution” (DPP), conhecido também como o número dois do Departamento de Justiça daquele território. Pois foi então este dirigente que se encarregou da autoria do artigo agora por nós analisado.
Duas razões específicas podem ser apontadas como as causas da baixa taxa de condenações descrita por Grenville. A primeira deve-se aos advogados recentemente licenciados, pois recentemente mais e mais casos têm vindo a ser defendidos por indivíduos recém-formados, o que pode pôr em causa os padrões de qualidade da acusação. Todavia, o Secretário para a Justiça da RAEHK manifestou uma opinião diferente, pois segundo este responsável, uma das mais importantes funções do Department of Justice é exactamente treinar novos advogados. O segundo factor apontado por Grenville tem a ver com a saída de procuradores públicos da Magistrates Court. O procurador público é o responsável pela acusação dos processos levados a julgamento neste tribunais, que normalmente requer a contratação de 102 pessoas para esta posição. Porém, o Governo da RAEHK parou de contratar novos procuradores em 2008, havendo agora apenas 80 indivíduos encarregues desta função. Assim, a sua carga laboral é naturalmente muito maior do que a normalmente antecipada.
Mas será justo apontar os advogados recém-formados como a principal causa da má prestação da acusação da Magistrates Court? Este argumento não é fácil de comprovar, mas podemos talvez tecer algumas considerações através da análise do ambiente de ensino de Hong Kong. Hoje em dia, os estudantes da RAEHK têm de investir quatro anos para completar um bacharelato numa universidade local. Depois de completarem este primeiro curso de direito, são então obrigados a frequentar o “Postgraduate Certificate in Laws”, com a duração de um ano. Só depois de completar com sucesso estes dois programas é que os candidatos se encontram aptos para os estágios profissionais, ou treino prático.
Um aluno que acabe o ensino secundário na casa dos 18 anos, tem ainda de estudar mais seis ou sete anos para se qualificar como advogado em Hong Kong, estando nessa altura com cerca de 24 ou 25 anos. Assim, temos de considerar se estes advogados recém-formados, apesar de legalmente qualificados, dispõem ou não da maturidade suficiente para gerir um caso de natureza criminal? A lei criminal lida com o crime, e o crime é praticado por um criminoso. Mas é normal encontrar delinquentes que sabem violar a lei sem porém ficarem sujeitos a nenhuma responsabilidade criminal, ou então sem deixar nenhum indício. Em contrapartida, e na maioria dos casos, um indivíduo com 24 ou 25 anos não está ainda casado, nem tão pouco acumulou nenhuma experiência profissional. Existe então uma grande probabilidade que este jovem advogado não saiba pensar como um criminoso, que se especializa em violar a lei. Mas, se tal for verdade, torna-se então muito difícil para este advogado conseguir ganhar um caso em tribunal.
Nos Estados Unidos, por sua vez, as universidades não oferecem nenhum curso de direito. Assim, uma pessoa tem primeiro de completar um curso universitário para depois poder estudar direito naquilo que são conhecidas como “Law Schools”. Mas, esse mesmo indivíduo, depois de completar primeiro um bacharelato e a seguir enveredar pelo estudo de direito numa instituição académica apropriada, só acaba a sua preparação académica na casa dos 30 anos. Podemos então assumir que seja dotado de mais maturidade do que os seus colegas de Hong Kong, mesmo que igualmente não esteja ainda casado nem tenha acumulado nenhuma experiência profissional. A experiência de vida de um advogado é essencial para o guiar na interrogação de um arguido ou testemunha durante um julgamento. Ao mesmo tempo, serve para o auxiliar quando necessitar de se pôr na pele de um criminoso para explorar possíveis falhas do sistema. Esta é aliás a principal razão pela qual os alunos interessados em seguir direito ou medicina nos Estados Unidos são obrigados a completar primeiro um outro curso qualquer, sendo assim o curso de direito ou medicina a sua segunda habilitação universitária.
Vamos agora então analisar a segunda causa indicada por Grenville – a falta de procuradores públicos. Em Hong Kong, este cargo não é ocupado por advogados. Os candidatos a este cargo têm primeiro que completar outras funções nos tribunais por longos períodos, e só são considerados para o cargo aqueles indivíduos que se distingam por um desempenho exemplar. Assim, apenas alguém com uma vasta experiência legal é que pode vir a assumir a posição de procurador público. Ao mesmo tempo, isto implica que já seja mais velho, assim como que já disponha de muita experiência de vida. Assim, não é normal ver um procurador público perder um caso em tribunal, pois toda esta experiência é vital para o ajudar a pensar como um criminoso.
Ainda assim, e como já mencionamos anteriormente, é vital que o Governo da RAEHK prepare novos advogados através da experiência adquirida em tribunal, ou seja, facilitando-lhes mais casos para levar a julgamento. Esta é sem dúvida uma boa prática, pois se estes recém-formados não conseguirem casos para representar nos tribunais, não vão nunca poder aprofundar os seus conhecimentos jurídicos, nem tão pouco avançar nas suas carreiras. Assim, mesmo que um jovem advogado perca um caso em tribunal, isto representa uma oportunidade para enriquecer a sociedade. Isto é um custo necessário para a sociedade de Hong Kong poder preparar a nova geração de advogados.

Podemos então considerar que a função das autoridades da RAEHK é exactamente balançar a necessidade de obter uma maior taxa de condenações na Magistrates Court com o desejo de oferecer mais oportunidades aos advogados recém-formados.
Talvez seja vantajoso para o Governo da RAEM considerar implementar algumas das medidas utilizadas em Hong Kong – para assim oferecer aos advogados locais mais oportunidades de aprofundar os seus conhecimentos. Esta pode mesmo ser uma das melhores maneiras para melhorar a qualidade dos advogados na RAEM.
O direito é um assunto prático. Não podemos aprender assuntos jurídicos exclusivamente através dos livros de ensino, mas temos sim que aplicar esses conceitos na vida real. Quanto mais praticarmos, mais vamos saber. É por isso que a máxima “a prática leva à perfeição” é sempre verdade no que concerne à lei.

31 Ago 2015

Ilha da Montanha | Entrada de carros de Macau até final do ano

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s carros com matrícula de Macau devem poder entrar na Ilha da Montanha no final deste ano, segundo declarações de Zhao Li, vice-secretário do Comité da Nova Zona de Henqgquin do Partido Comunista Chinês (PCC). “A gestão da sinalização de trânsito em Hengquin teve que ser reorganizada para permitir a entrada de veículos de matrícula de Macau, veículos de matrícula única que só vão poder circular em Hengquin”, disse o responsável, de acordo com o canal português da TDM. No entanto, é ainda preciso aguardar pelo anúncio da data de implementação da medida, que será feito pelo Ministério da Segurança Pública da China, embora esteja já, de acordo com Zhao Li, tudo a postos. “É uma área circunscrita que permite que os veículos com matrícula de Macau só circulam em Hengqin. Digamos que todo o trabalho de preparação já está feito. Só estamos à espera que seja confirmada a data de implementação”, acrescentou Zhao Li.

31 Ago 2015

Couto reforça liderança no Japão

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] piloto português André Couto reforçou ontem a liderança do campeonato de Super GT300 no Japão ao vencer os 1.000 quilómetros de Suzuka, a quinta prova do programa e a mais longa do circuito. André Couto, que fez equipa com Katsumasa Chiyo, seu companheiro habitual, e Ryuichiro Tomita, o terceiro piloto da equipa Gainer Tanax, largou do segundo lugar da grelha e com um primeiro turno à chuva era essencial a equipa escolher bem os pneus, o que não aconteceu. “Escolhemos mal a borracha e perdemos muitas posições e chegámos a andar nas últimas posições. Depois a pista secou, o carrou ficou mais competitivo e a escolha dos pneus foi perfeita e começámos a recuperar”, explicou à agência Lusa o piloto português, salientando ter sido uma “corrida de trás para a frente” em que todos trabalharam bem. A realizar a sua centésima corrida no campeonato Super GT japonês, André Couto considera “especial a vitória” já que Suzuka é uma “pista especial para todos os pilotos”.
 

31 Ago 2015

Habitação | Cerca de 13 mil fracções previstas

[dropcap style=’circle’]D[/dropcap]os 88 empreendimentos de habitação privada em construção – até ao final do segundo trimestre do ano – o Governo espera conseguir criar 12861 novas fracções. Os dados foram divulgados pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) em comunicado à imprensa. Maioritariamente esta habitação pública está localizada em Macau, 76 empreendimentos, cinco na Taipa e os restantes em Coloane. Relativamente à tipologia, o Governa indica que T2 ou inferior ultrapassarão os 10 mil fogos habitacionais, e cerca de 2500 do tipo T3 ou superior. Até Junho foram concluídos 15 empreendimentos acrescentando no mercado 1345 novos apartamentos.

31 Ago 2015

Hotéis | Mais 13 mil quartos no território

[drocap style=’circle’]F[/dropcap]eitas as contas, no final do segundo trimestre do presente ano, as 22 construções de empreendimento hoteleiros activas em Macau, vão aumentar o número de oferta de quartos em 12,523. Os dados são avançados pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) em comunicado. Os empreendimentos são maioritariamente em Macau, 13, restando seis no Cotai, dois na Taipa e um em Coloane. Ainda assim, estão mais 30 projectos para avançar, algo que irá trazer cerca de mais nove mil quartos.
 

31 Ago 2015

Jogo | Associação prevê encerramento de mais 10 salas VIP

[dropcap style=’circle’]É[/dropcap] a desaceleração da economia da China Continental a causa para o possível encerramento de cerca de 10 salas VIP. A justificação vem da Associação de Promotores de Jogo do território que avançam que o encerramento poderá afectar mais de 600 trabalhadores.
“Os promotores de Jogo costumam dizer que é difícil para os clientes pagarem o empréstimo depois de terem investido. Alguns casinos alegam também que eles [promotores] não estão mais interessados em Macau. Mas temos que sublinhar que o abrandamento económico tem um impacto mais significativo”, disse à TDM, Kowk Chi Chung, membro da associação. De acordo com a associação existiam, em 2013, 214 salas VIP, número que caiu para 74 em Julho de 2015.
Em declarações ao canal, Siu Chi Sen, docente de Economia na Universidade de Macau, confirmou esta tendência defendida pela associação, admitindo que a aposta em Jogos de Massa poderá contribuir para aligeirar os prejuízos.
“Para além da questão da regulação económica e dos incentivos financeiros, não temos a certeza se vão ser implementados quaisquer incentivos eficazes durante o processo. Também não sabemos se a recente oscilação financeira pode gerar reacções, que poderiam muito provavelmente piorar o problema já existente. Em consequência disso alguns promotores podem fechar salas por entenderem que não são mais capazes de sobreviver em Macau”, argumentou.

Agosto péssimo

Agosto deverá ser o segundo pior mês de lucros nas receitas do Jogo desde 2010, de acordo com notícia avançada pela rádio Macau e que cita o website GGRAsia. As estimativas, feitas por uma série de analistas referidos no site, indicam que Agosto deverá encerrar com receitas entre os 15,5 e os 18,4 mil milhões de patacas. Tal significa, de acordo com a rádio, uma diminuição anual entre os 36% e os 39%. Em destaque está ainda uma grande probabilidade do Executivo vir a implementar medidas de austeridade ainda este mês, uma vez que estas entrariam em acção caso as receitas se cifrassem abaixo dos 18 mil milhões. HM

31 Ago 2015