Exposição | Vitória contra o Japão celebrada com documentação da época

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Museu das Ofertas sobre a Transferência de Soberania de Macau inaugura, às 10h00 da próxima terça-feira, uma exposição de comemoração do 70º aniversário da Vitória da Guerra de Resistência do Povo Chinês contra o Japão. A mostra vai estar patente até 28 de Setembro e foca-se no retrato da vida de então em Macau. Prova disso são as 80 peças e 210 fotografias em exposição, “as quais apresentam a vida árdua da população de Macau naquele período e como as pessoas apoiaram a resistência durante a guerra”. O projecto documental pretende dar a conhecer a cidade há 70 anos, principalmente aos mais novos.
De acordo com Victor Chan, porta-voz do Governo, a mostra estará dividida numa série de partes integradas em duas grandes temáticas: a resistência ao Japão e “os esforços das diversas camadas da sociedade na resistência” à guerra. No entanto, o presidente do Instituto Cultural, Guilherme Ung Vai Meng, vai mais longe, informando que o referido evento conta com objectos emblemáticos como são um antigo relógio de bolso, propriedade de um residente que o levava sempre para o combate.

A sapiência da escassez

Da documentação em exposição fazem parte testemunhos actuais recolhidos pelo IC junto de pessoas idosas residentes. O Instituto acredita que, tendo vivido durante este período, têm histórias valiosas para contar. Estará ainda exposta a colecção de um outro residente, que foi recolhendo, em vida, uma série de documentação e objectos dessa altura, posteriormente doando-os ao IC. Ung Vai Meng explicou que parte da mostra ilustra períodos de sofrimento dos residentes locais, como a fome. A entrada e aceitação de centenas de refugiados chineses em Macau fez com que a proporção de bens existentes não cobrisse a percentagem de pessoas.
A Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) promete mesmo guardar algumas destas peças, para depois do encerramento no Museu, ser possível criar uma exposição itinerante no circuito das escolas locais. De acordo com a directora substituta da DSEJ, Kuok Sio Lai, foram já escolhidos “mais de 200 alunos” para participar na parada de comemoração. “Pretendemos escolher algumas das fotografias da exposição para criar uma itinerante”, assegurou a responsável.
O orçamento para a mostra naquele museu fica-se pelos 1,3 milhões de patacas, mas é desconhecido o orçamento total do festejo, que inclui outras actividades como são uma parada no Tap Seac. O local vai ainda contar com a transmissão, em directo, da marcha comemorativa em Pequim. Foi durante a mesma conferência que Ung Vai Meng anunciou a abertura oficial ao público da Biblioteca Central da Taipa, às 15h00 da próxima terça. Actualmente, o espaço encontra-se aberto, mas apenas a título experimental (ver peça ao lado).

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