Crime | Seis farmácias envolvidas em esquema de falsificação de documentos

A Polícia Judiciária deteve um homem e uma mulher, por alegado envolvimento num lucrativo esquema de falsificação de recibos médicos do modelo M7. O alerta foi dado depois de uma seguradora ter alertado os serviços de saúde para comportamentos suspeitos envolvendo algumas clínicas de Macau. Os dois suspeitos são agora arguidos no caso

 

[dropcap]D[/dropcap]ois residentes de Macau, um homem de 63 anos, responsável por uma farmácia e uma mulher de 51, trabalhadora num estabelecimento de venda de carne congelada, foram constituídos arguidos pela Polícia Judiciária por envolvimento num caso de falsificação de documentos. A informação foi revelada pela Polícia Judiciária, ontem, numa conferência de imprensa.

Tudo começou quando em Maio de 2018, uma empresa de seguros de Macau alertou os serviços de saúde para comportamentos suspeitos envolvendo algumas clínicas de Macau que, em coordenação com “trabalhadores de alguns casinos”, emitiam falsificações de recibos do modelo M7. Os recibos serviam para requerer prémios de seguro indevidos e, após a denúncia feita pelos serviços de saúde ao Ministério Público, o caso foi transferido à PJ para investigação.

“Os agentes da Polícia, após terem questionado 40 trabalhadores dos casinos envolvidos, ficaram a saber que estes, após terem requerido medicamentos ou mercadorias, recebiam de farmácias chinesas recibos do Modelo M7, para que pudessem pedir reembolsos à seguradora, sem que tivesse sido realizada qualquer consulta ou se tivessem deslocado às clínicas envolvidas”, referiu a porta-voz da Polícia Judiciária Lei Hon Nei.

De serviço

A partir daqui a PJ identificou e enviou um comando de buscas às seis farmácias chinesas envolvidas no esquema de emissão de recibos do Modelo M7 falsificados.

“A Polícia deslocou-se por diversas ocasiões aos estabelecimentos para ficar a conhecer o modo de funcionamento daquelas farmácias e descobriu que algumas emitiram recibos médicos M7, mas sem presença de qualquer médico”, referiu a PJ.

Uma das farmácias identificadas fica na zona da Areia Preta, onde foram apreendidos 57 recibos do modelo M7 no valor de cerca de 11.880 mil patacas. Anexado a cada recibo a PJ encontrou ainda algumas notas em papel que incluíam dados como nomes e datas para marcação de consultas.

Noutra farmácia, esta localizada rua da Praia do Manduco, foram apreendidas também várias notas escritas e atestados, com assinaturas e carimbos médicos.

Numa terceira farmácia, localizada na Rua 5 de Outubro foi encontrado um caderno de registos de consultas utilizado pelos clientes, sendo que um responsável deste estabelecimento, inquirido pela PJ, disse que alguns deles utilizaram ainda vales de saúde para fazer compras.

Assim, usando como intermediária a mulher de 63 agora constituída arguida, os clientes desta farmácia procuravam depois clínicas dispostas a falsificar consultas, em troca dos ditos vales de saúde. Com este método, os clientes podiam ter descontos nas suas compras. Em troca, tanto as farmácias como a intermediária, cobravam comissões.

Nas restantes três farmácias identificadas não foram ainda apreendidos objectos ligados ao crime, embora alguns responsáveis tenham já confessado ter ajudado na emissão dos recibos falsos. Estas três farmácias, entretanto, já fecharam actividade.

“A única vítima aqui é o governo da RAEM. Segundo a investigação preliminar esta farmácia conseguiu lesar o Estado em 160 mil patacas”, frisou a porta voz da PJ.
Além dos dois arguidos, há ainda sete suspeitos de envolvimento no caso, sendo que a Polícia Judiciária afirma que vai continuar com as investigações até encontrar os cúmplices em fuga. P.A.

13 Nov 2019

Crime | Seis farmácias envolvidas em esquema de falsificação de documentos

A Polícia Judiciária deteve um homem e uma mulher, por alegado envolvimento num lucrativo esquema de falsificação de recibos médicos do modelo M7. O alerta foi dado depois de uma seguradora ter alertado os serviços de saúde para comportamentos suspeitos envolvendo algumas clínicas de Macau. Os dois suspeitos são agora arguidos no caso

 
[dropcap]D[/dropcap]ois residentes de Macau, um homem de 63 anos, responsável por uma farmácia e uma mulher de 51, trabalhadora num estabelecimento de venda de carne congelada, foram constituídos arguidos pela Polícia Judiciária por envolvimento num caso de falsificação de documentos. A informação foi revelada pela Polícia Judiciária, ontem, numa conferência de imprensa.
Tudo começou quando em Maio de 2018, uma empresa de seguros de Macau alertou os serviços de saúde para comportamentos suspeitos envolvendo algumas clínicas de Macau que, em coordenação com “trabalhadores de alguns casinos”, emitiam falsificações de recibos do modelo M7. Os recibos serviam para requerer prémios de seguro indevidos e, após a denúncia feita pelos serviços de saúde ao Ministério Público, o caso foi transferido à PJ para investigação.
“Os agentes da Polícia, após terem questionado 40 trabalhadores dos casinos envolvidos, ficaram a saber que estes, após terem requerido medicamentos ou mercadorias, recebiam de farmácias chinesas recibos do Modelo M7, para que pudessem pedir reembolsos à seguradora, sem que tivesse sido realizada qualquer consulta ou se tivessem deslocado às clínicas envolvidas”, referiu a porta-voz da Polícia Judiciária Lei Hon Nei.

De serviço

A partir daqui a PJ identificou e enviou um comando de buscas às seis farmácias chinesas envolvidas no esquema de emissão de recibos do Modelo M7 falsificados.
“A Polícia deslocou-se por diversas ocasiões aos estabelecimentos para ficar a conhecer o modo de funcionamento daquelas farmácias e descobriu que algumas emitiram recibos médicos M7, mas sem presença de qualquer médico”, referiu a PJ.
Uma das farmácias identificadas fica na zona da Areia Preta, onde foram apreendidos 57 recibos do modelo M7 no valor de cerca de 11.880 mil patacas. Anexado a cada recibo a PJ encontrou ainda algumas notas em papel que incluíam dados como nomes e datas para marcação de consultas.
Noutra farmácia, esta localizada rua da Praia do Manduco, foram apreendidas também várias notas escritas e atestados, com assinaturas e carimbos médicos.
Numa terceira farmácia, localizada na Rua 5 de Outubro foi encontrado um caderno de registos de consultas utilizado pelos clientes, sendo que um responsável deste estabelecimento, inquirido pela PJ, disse que alguns deles utilizaram ainda vales de saúde para fazer compras.
Assim, usando como intermediária a mulher de 63 agora constituída arguida, os clientes desta farmácia procuravam depois clínicas dispostas a falsificar consultas, em troca dos ditos vales de saúde. Com este método, os clientes podiam ter descontos nas suas compras. Em troca, tanto as farmácias como a intermediária, cobravam comissões.
Nas restantes três farmácias identificadas não foram ainda apreendidos objectos ligados ao crime, embora alguns responsáveis tenham já confessado ter ajudado na emissão dos recibos falsos. Estas três farmácias, entretanto, já fecharam actividade.
“A única vítima aqui é o governo da RAEM. Segundo a investigação preliminar esta farmácia conseguiu lesar o Estado em 160 mil patacas”, frisou a porta voz da PJ.
Além dos dois arguidos, há ainda sete suspeitos de envolvimento no caso, sendo que a Polícia Judiciária afirma que vai continuar com as investigações até encontrar os cúmplices em fuga. P.A.

13 Nov 2019

Crime | Detido homem procurado por tentar matar namorada em 2005

[dropcap]C[/dropcap]atorze anos depois, a Polícia Judiciária deteve um homem suspeito de tentar matar a namorada. O suspeito, de apelido Badamdorj, agora com 54 anos, foi interceptado no dia 8 de Novembro, quando tentava entrar em Macau.

O crime remonta a 2005 e aconteceu, segundo dados facultados pela Polícia Judiciária ao HM no dia 31 de Janeiro, quando o homem, de nacionalidade mongol, atirou a namorada ao mar, a partir da ponte pedonal do Centro Cultural de Macau, após uma discussão entre os dois.

O casal viajou para Macau no dia 23 de Janeiro de 2005, tendo terminado a relação que mantinha, alguns dias depois, a 30 de Janeiro. No dia seguinte de manhã, de acordo com a PJ, a vítima pediu ao suspeito para lhe pagar 3 mil dólares americanos que lhe tinha emprestado, quando ainda estavam na Mongólia.

A partir daí, os dois terão iniciado uma discussão verbal na ponte pedonal do Centro Cultural, durante a qual o suspeito esmurrou a vítima na cara antes de a agarrar e atirar ao mar. Após o suspeito ter abandonado o local, a vítima foi avistada por cidadãos que a acudiram. A mulher, ferida, foi depois transportada para o hospital, mas acabou por recuperar. O caso foi transferido para o Ministério Público e, de acordo com a informação facultada ao HM pela Polícia Judiciária, o suspeito pode agora ser punido com uma pena que pode ir de 10 a 20 anos de prisão, por tentativa de homicídio. P.A.

11 Nov 2019

Crime | Detido homem procurado por tentar matar namorada em 2005

[dropcap]C[/dropcap]atorze anos depois, a Polícia Judiciária deteve um homem suspeito de tentar matar a namorada. O suspeito, de apelido Badamdorj, agora com 54 anos, foi interceptado no dia 8 de Novembro, quando tentava entrar em Macau.
O crime remonta a 2005 e aconteceu, segundo dados facultados pela Polícia Judiciária ao HM no dia 31 de Janeiro, quando o homem, de nacionalidade mongol, atirou a namorada ao mar, a partir da ponte pedonal do Centro Cultural de Macau, após uma discussão entre os dois.
O casal viajou para Macau no dia 23 de Janeiro de 2005, tendo terminado a relação que mantinha, alguns dias depois, a 30 de Janeiro. No dia seguinte de manhã, de acordo com a PJ, a vítima pediu ao suspeito para lhe pagar 3 mil dólares americanos que lhe tinha emprestado, quando ainda estavam na Mongólia.
A partir daí, os dois terão iniciado uma discussão verbal na ponte pedonal do Centro Cultural, durante a qual o suspeito esmurrou a vítima na cara antes de a agarrar e atirar ao mar. Após o suspeito ter abandonado o local, a vítima foi avistada por cidadãos que a acudiram. A mulher, ferida, foi depois transportada para o hospital, mas acabou por recuperar. O caso foi transferido para o Ministério Público e, de acordo com a informação facultada ao HM pela Polícia Judiciária, o suspeito pode agora ser punido com uma pena que pode ir de 10 a 20 anos de prisão, por tentativa de homicídio. P.A.

11 Nov 2019

Grafiti | PJ garante que executa a lei de forma imparcial

O filho da deputada Angela Leong grafitou uma parede na Travessa da Paixão e ficou impune. Um estudante fez o mesmo, num outro edifício, foi detido e está em vias de ser acusado do crime de dano. Choveram críticas online à PJ, que veio a público esclarecer que se tratam de “situações muito diferentes”

 
[dropcap]A[/dropcap] Polícia Judiciária (PJ) defende que não podia actuar quando Mário Ho, filho da deputada Angela Leong, grafitou uma parede na Travessa da Paixão, em Maio deste ano, mas que no caso do estudante de 17 anos, detido na quinta-feira, não tinha outra alternativa que não fosse investigar, e entregar o caso ao Ministério Público. O aluno corre mesmo o risco de ser acusado e condenado pela prática do crime de dano. Porém, a actuação da PJ foi alvo de fortes críticas, principalmente online, e a força de segurança sob a tutela do secretário Wong Sio Chak sentiu mesmo necessidade de se justificar.
Num comunicado emitido na sexta-feira à tarde, e sem nunca identificar o caso de Mário Ho pelo nome do filho da milionária, a PJ veio a público defender que se tratam de “situações muito diferentes”.
“Em relação à detenção de um estudante do sexo masculino que grafitou uma parede na Travessa da Paixão, durante as horas da madrugada do dia 29 de Outubro, é necessário esclarecer que a parede grafitada faz parte de um edifício que está classificado como património cultural e que o Instituto Cultural apresentou queixa sobre o ocorrido”, relatou a PJ, em comunicado. “Houve muitos comentários diferentes sobre este assunto, mas a PJ esclarece que de acordo com a Lei de Salvaguarda do Património Cultural que é proibida a destruição ou fazer grafitis no património protegido ou em vias de ser protegido. O estudante do sexo masculino fez um grafiti numa parede que faz parte de património protegido e é suspeito de ter violado a lei em causa”, foi acrescentado.
Ainda de acordo com a PJ, o crime alegadamente praticado pelo estudante de 17 anos está definido como “dano qualificado”, o que corresponde ao artigo 207 do Código Penal, que tem uma natureza pública, ou seja dispensa da apresentação de queixa.

Dano e Dano Qualificado

Já em relação ao grafiti de Mário Ho, que até foi transmitido numa estação televisiva no Interior da China, durante um programa de entretenimento, a PJ considerou que se enquadra na prática do crime de “dano”, que corresponde ao artigo 206 do Código Penal, e que exige a queixa do afecto. Uma vez que a PJ disse não ter recebido qualquer queixa, não pode investigar Mário Ho.
“A definição legal é muito clara, as duas situações são muito diferentes. O público não deve fazer confusão. Enquanto órgão policial criminal, a Polícia Judiciária executa a lei de forma rigorosa e sem qualquer parcialidade”, foi frisado.
Apesar das explicações, o caso gerou muitas críticas e online foram vários os comentários que acusaram a PJ de não actuar no caso do filho de Stanley Ho, devido ao facto de se tratar uma das famílias mais influentes e ricas de Macau. “Qual é mesmo o teu apelido?”, podia ler-se num comentário numa das principais páginas sobre assuntos do quotidiano em língua chinesa. “Esta é uma da histórias mais engraçadas em Macau nos últimos tempos. Realmente não há mesmo lei em Macau”, postava outro utilizador.

11 Nov 2019

Grafiti | PJ garante que executa a lei de forma imparcial

O filho da deputada Angela Leong grafitou uma parede na Travessa da Paixão e ficou impune. Um estudante fez o mesmo, num outro edifício, foi detido e está em vias de ser acusado do crime de dano. Choveram críticas online à PJ, que veio a público esclarecer que se tratam de “situações muito diferentes”

 

[dropcap]A[/dropcap] Polícia Judiciária (PJ) defende que não podia actuar quando Mário Ho, filho da deputada Angela Leong, grafitou uma parede na Travessa da Paixão, em Maio deste ano, mas que no caso do estudante de 17 anos, detido na quinta-feira, não tinha outra alternativa que não fosse investigar, e entregar o caso ao Ministério Público. O aluno corre mesmo o risco de ser acusado e condenado pela prática do crime de dano. Porém, a actuação da PJ foi alvo de fortes críticas, principalmente online, e a força de segurança sob a tutela do secretário Wong Sio Chak sentiu mesmo necessidade de se justificar.

Num comunicado emitido na sexta-feira à tarde, e sem nunca identificar o caso de Mário Ho pelo nome do filho da milionária, a PJ veio a público defender que se tratam de “situações muito diferentes”.

“Em relação à detenção de um estudante do sexo masculino que grafitou uma parede na Travessa da Paixão, durante as horas da madrugada do dia 29 de Outubro, é necessário esclarecer que a parede grafitada faz parte de um edifício que está classificado como património cultural e que o Instituto Cultural apresentou queixa sobre o ocorrido”, relatou a PJ, em comunicado. “Houve muitos comentários diferentes sobre este assunto, mas a PJ esclarece que de acordo com a Lei de Salvaguarda do Património Cultural que é proibida a destruição ou fazer grafitis no património protegido ou em vias de ser protegido. O estudante do sexo masculino fez um grafiti numa parede que faz parte de património protegido e é suspeito de ter violado a lei em causa”, foi acrescentado.

Ainda de acordo com a PJ, o crime alegadamente praticado pelo estudante de 17 anos está definido como “dano qualificado”, o que corresponde ao artigo 207 do Código Penal, que tem uma natureza pública, ou seja dispensa da apresentação de queixa.

Dano e Dano Qualificado

Já em relação ao grafiti de Mário Ho, que até foi transmitido numa estação televisiva no Interior da China, durante um programa de entretenimento, a PJ considerou que se enquadra na prática do crime de “dano”, que corresponde ao artigo 206 do Código Penal, e que exige a queixa do afecto. Uma vez que a PJ disse não ter recebido qualquer queixa, não pode investigar Mário Ho.

“A definição legal é muito clara, as duas situações são muito diferentes. O público não deve fazer confusão. Enquanto órgão policial criminal, a Polícia Judiciária executa a lei de forma rigorosa e sem qualquer parcialidade”, foi frisado.

Apesar das explicações, o caso gerou muitas críticas e online foram vários os comentários que acusaram a PJ de não actuar no caso do filho de Stanley Ho, devido ao facto de se tratar uma das famílias mais influentes e ricas de Macau. “Qual é mesmo o teu apelido?”, podia ler-se num comentário numa das principais páginas sobre assuntos do quotidiano em língua chinesa. “Esta é uma da histórias mais engraçadas em Macau nos últimos tempos. Realmente não há mesmo lei em Macau”, postava outro utilizador.

11 Nov 2019

PJ | Ex-casal detido por alegado falso casamento

[dropcap]A[/dropcap] Polícia Judiciária (PJ) divulgou informações sobre a detenção de um ex-casal suspeito da prática de casamento ilegal. Em causa está um segurança de Macau, de 58 anos de idade, de apelido Chan, que terá casado por conveniência com uma mulher oriunda da China para que esta e a filha, pudessem obter o bilhete de identidade de residente permanente da RAEM.
De acordo com o jornal Ou Mun, o casamento aconteceu em Março de 2007, tendo a mulher dado à luz uma filha, sem ligação de parentesco com o homem com quem tinha casado. Após o divórcio do casal, em 2012, a mulher casou-se com um homem natural da China, enquanto que o ex-marido casou com outra mulher da China.
O caso foi descoberto pelas autoridades quando a mulher entregou o pedido de atribuição do bilhete de identidade de residente para o seu segundo marido. Chan admitiu ter recebido 100 mil RMB pelo primeiro casamento, enquanto que a mulher alegou não estar em causa um casamento falso, mas sim um divórcio por discórdia conjugal, tendo recusado a realização de um teste de paternidade da filha com o ex-marido. Os detidos foram presentes ao Ministério Público por falsificação de documentos e falsificação de documento de especial valor.

31 Out 2019

PJ | Ex-casal detido por alegado falso casamento

[dropcap]A[/dropcap] Polícia Judiciária (PJ) divulgou informações sobre a detenção de um ex-casal suspeito da prática de casamento ilegal. Em causa está um segurança de Macau, de 58 anos de idade, de apelido Chan, que terá casado por conveniência com uma mulher oriunda da China para que esta e a filha, pudessem obter o bilhete de identidade de residente permanente da RAEM.

De acordo com o jornal Ou Mun, o casamento aconteceu em Março de 2007, tendo a mulher dado à luz uma filha, sem ligação de parentesco com o homem com quem tinha casado. Após o divórcio do casal, em 2012, a mulher casou-se com um homem natural da China, enquanto que o ex-marido casou com outra mulher da China.

O caso foi descoberto pelas autoridades quando a mulher entregou o pedido de atribuição do bilhete de identidade de residente para o seu segundo marido. Chan admitiu ter recebido 100 mil RMB pelo primeiro casamento, enquanto que a mulher alegou não estar em causa um casamento falso, mas sim um divórcio por discórdia conjugal, tendo recusado a realização de um teste de paternidade da filha com o ex-marido. Os detidos foram presentes ao Ministério Público por falsificação de documentos e falsificação de documento de especial valor.

31 Out 2019

PJ | Detidos 76 suspeitos de pertencerem a rede de agiotagem

[dropcap]U[/dropcap]ma operação conjunta da Polícia Judiciária (PJ) com as autoridades de Zhuhai levou à detenção de 76 indivíduos suspeitos de agiotagem, com operações especialmente incidentes nos casinos de Macau. Entre os detidos, contam-se 41 suspeitos da província de Jiangxi, onde estaria o centro de comando da organização.
Segundo informações adiantadas ao HM, o grupo pode estar envolvido em mais de 40 casos de usura, num valor total que ascende aos 20 milhões de dólares de Hong Kong. No final de Outubro, a PJ destacou 120 investigadores criminais, que actuaram em parceria com as autoridades de Zhuhai, e prenderam 41 suspeitos em diferentes apartamentos localizados em Macau. No total, foram congeladas 13 contas em salas de jogo (no total de 5,5 milhões de dólares de Hong Kong).
No interior da China, foram detidos 35 membros da organização, mas as autoridades revelaram que ainda são esperadas mais detenções relacionadas com esta investigação.
A organização revelou conhecimento das investigações policiais e estava bem estruturada em termos hierárquicos, desde os membros que contactavam os jogadores, aos que aprovavam “empréstimos”, até às equipas que extorquiam as quantias em dívida recorrendo a violência.
Os detidos são suspeitos de associação criminosa, usura para jogo, sequestro, entre outros crimes.

30 Out 2019

PJ | Detidos 76 suspeitos de pertencerem a rede de agiotagem

[dropcap]U[/dropcap]ma operação conjunta da Polícia Judiciária (PJ) com as autoridades de Zhuhai levou à detenção de 76 indivíduos suspeitos de agiotagem, com operações especialmente incidentes nos casinos de Macau. Entre os detidos, contam-se 41 suspeitos da província de Jiangxi, onde estaria o centro de comando da organização.

Segundo informações adiantadas ao HM, o grupo pode estar envolvido em mais de 40 casos de usura, num valor total que ascende aos 20 milhões de dólares de Hong Kong. No final de Outubro, a PJ destacou 120 investigadores criminais, que actuaram em parceria com as autoridades de Zhuhai, e prenderam 41 suspeitos em diferentes apartamentos localizados em Macau. No total, foram congeladas 13 contas em salas de jogo (no total de 5,5 milhões de dólares de Hong Kong).
No interior da China, foram detidos 35 membros da organização, mas as autoridades revelaram que ainda são esperadas mais detenções relacionadas com esta investigação.

A organização revelou conhecimento das investigações policiais e estava bem estruturada em termos hierárquicos, desde os membros que contactavam os jogadores, aos que aprovavam “empréstimos”, até às equipas que extorquiam as quantias em dívida recorrendo a violência.
Os detidos são suspeitos de associação criminosa, usura para jogo, sequestro, entre outros crimes.

30 Out 2019

PJ | Desmantelada organização de imigração ilegal

Uma operação conjunta das autoridades policiais de Zhuhai e Macau desmantelou uma rede que traficava pessoas através de uma obra na Estrada do Canal dos Patos. O esquema passava por disfarçar os imigrantes ilegais como trabalhadores da construção, de forma a passarem a fronteira ilegalmente e jogarem nos casinos do território

 

[dropcap]U[/dropcap]ma obra de construção na Estrada do Canal dos Patos, que tem uma ligação entre Zhuhai e Macau, tem sido há mais de um mês usada como zona de passagem para uma organização criminosa que se dedicava ao auxílio à imigração ilegal. Na passada terça-feira, a Polícia Judiciária (PJ) de Macau, em colaboração com a sua congénere de Zhuhai, desmantelou a rede criminosa numa acção conjunta.

A táctica passava por vestir os imigrantes ilegais como trabalhadores da construção civil. Para tal, eram fornecidos coletes reflectores, botas de trabalho e capacetes para não levantar suspeitas durante a travessia do local da obra e entrada em Macau.

De acordo com informação prestada ao HM, as autoridades locais interceptaram cinco indivíduos, quatro deles suspeitos de imigração ilegal, com idades compreendidas entre os 28 e os 33 anos. O quinto detido, um homem de nacionalidade chinesa com 30 anos de apelido Wu, é suspeito de auxílio à imigração ilegal.

Trabalhador jogador

Depois de serem interrogados pelas autoridades, os suspeitos admitiram pretenderem entrar no território para jogar nos casinos. Para tal, e de forma a evitar o controlo fronteiriço, pagaram por passagem preços que rondavam entre 16 mil e 28 mil RMB.

Do outro lado da fronteira, as autoridades de Zhuhai detiveram os dois cabecilhas da organização criminosa, e outros dois membros. Foi também apreendido um veículo para o transporte de imigrantes ilegais.

Um dos crimes em questão é associação criminosa, que tem uma moldura penal entre os 3 e os 10 anos de prisão. Quanto ao crime de auxílio à imigração ilegal, a pena de prisão vai de 5 a 8 anos.

24 Out 2019

PJ | Desmantelada organização de imigração ilegal

Uma operação conjunta das autoridades policiais de Zhuhai e Macau desmantelou uma rede que traficava pessoas através de uma obra na Estrada do Canal dos Patos. O esquema passava por disfarçar os imigrantes ilegais como trabalhadores da construção, de forma a passarem a fronteira ilegalmente e jogarem nos casinos do território

 
[dropcap]U[/dropcap]ma obra de construção na Estrada do Canal dos Patos, que tem uma ligação entre Zhuhai e Macau, tem sido há mais de um mês usada como zona de passagem para uma organização criminosa que se dedicava ao auxílio à imigração ilegal. Na passada terça-feira, a Polícia Judiciária (PJ) de Macau, em colaboração com a sua congénere de Zhuhai, desmantelou a rede criminosa numa acção conjunta.
A táctica passava por vestir os imigrantes ilegais como trabalhadores da construção civil. Para tal, eram fornecidos coletes reflectores, botas de trabalho e capacetes para não levantar suspeitas durante a travessia do local da obra e entrada em Macau.
De acordo com informação prestada ao HM, as autoridades locais interceptaram cinco indivíduos, quatro deles suspeitos de imigração ilegal, com idades compreendidas entre os 28 e os 33 anos. O quinto detido, um homem de nacionalidade chinesa com 30 anos de apelido Wu, é suspeito de auxílio à imigração ilegal.

Trabalhador jogador

Depois de serem interrogados pelas autoridades, os suspeitos admitiram pretenderem entrar no território para jogar nos casinos. Para tal, e de forma a evitar o controlo fronteiriço, pagaram por passagem preços que rondavam entre 16 mil e 28 mil RMB.
Do outro lado da fronteira, as autoridades de Zhuhai detiveram os dois cabecilhas da organização criminosa, e outros dois membros. Foi também apreendido um veículo para o transporte de imigrantes ilegais.
Um dos crimes em questão é associação criminosa, que tem uma moldura penal entre os 3 e os 10 anos de prisão. Quanto ao crime de auxílio à imigração ilegal, a pena de prisão vai de 5 a 8 anos.

24 Out 2019

PJ | Homem suspeito da prática de vários roubos em aviões

[dropcap]A[/dropcap] Polícia Judiciária (PJ) está a investigar o caso de um homem, de 38 anos, natural do interior da China que terá cometido vários roubos em aviões. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, a PJ recebeu uma denúncia em Julho deste ano, que relatava o alegado roubo de sete mil dólares de Hong Kong e um cartão de crédito por parte desse suspeito num voo de Ningbo para Macau.

As autoridades descobririam mais tarde que esse cartão de crédito foi usado numa compra de 600 patacas, tendo detectado dois homens suspeitos da prática do crime. Um deles foi interceptado no passado sábado, dia 19, quando entrava no território pelo Aeroporto Internacional de Macau, mas este terá negado a prática do crime.

Contudo, a PJ encontrou na sua bagagem 41 mil dólares de Hong Kong, 1.900 renmimbis e outras moedas estrangeiras, incluindo dólares americanos e euros. As autoridades acreditam que este suspeito pode estar envolvido nos roubos cometidos em voos. O homem já foi presente ao Ministério Público, sendo suspeito do crime de furto qualificado e uso de cartões de crédito. A PJ prossegue as investigações para encontrar o restante suspeito.

22 Out 2019

PJ | Homem suspeito da prática de vários roubos em aviões

[dropcap]A[/dropcap] Polícia Judiciária (PJ) está a investigar o caso de um homem, de 38 anos, natural do interior da China que terá cometido vários roubos em aviões. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, a PJ recebeu uma denúncia em Julho deste ano, que relatava o alegado roubo de sete mil dólares de Hong Kong e um cartão de crédito por parte desse suspeito num voo de Ningbo para Macau.
As autoridades descobririam mais tarde que esse cartão de crédito foi usado numa compra de 600 patacas, tendo detectado dois homens suspeitos da prática do crime. Um deles foi interceptado no passado sábado, dia 19, quando entrava no território pelo Aeroporto Internacional de Macau, mas este terá negado a prática do crime.
Contudo, a PJ encontrou na sua bagagem 41 mil dólares de Hong Kong, 1.900 renmimbis e outras moedas estrangeiras, incluindo dólares americanos e euros. As autoridades acreditam que este suspeito pode estar envolvido nos roubos cometidos em voos. O homem já foi presente ao Ministério Público, sendo suspeito do crime de furto qualificado e uso de cartões de crédito. A PJ prossegue as investigações para encontrar o restante suspeito.

22 Out 2019

Director da PJ nega envolvimento na segurança da UM

Depois de ter sido sugerido no fórum LIHKG um dia para apoiar os manifestantes de Hong Kong em Macau, o jornal Orange revelou que a UM reforçou a presença de seguranças. Já a PJ negou ter enviado agentes à paisana para a instituição

 

[dropcap]O[/dropcap] director da Polícia Judiciária (PJ), Sit Chong Meng, negou que tenha havido envolvimento no reforço de segurança que se registou na Universidade de Macau (UM), após ter sido divulgada uma iniciativa online para apoiar os manifestantes de Hong Kong. O responsável foi questionado sobre o assunto à margem de uma reunião para promover a educação contra burlas telefónicas junto de alunos do ensino superior.

“A Polícia Judiciária nunca fez essa operação. Nunca fez”, afirmou, quando lhe foi perguntado se agentes à paisana tinham estado na terça-feira no Campus da UM, depois da página do facebook “Dust.someone.1” ter referido a presença de “estranhos” com auriculares. Faz parte do método das autoridades nunca revelarem o número concreto de agentes à paisana, mesmo quando se trata de manifestações legais.

A iniciativa tinha sido lançada no fórum online LIHKG, segundo o jornal universitário Orange, com o objectivo de levar as pessoas de Macau a mostrarem-se solidárias com Hong Kong. Este fórum de discussão tem estado na mira do Governo de Carrie Lam, por ser uma das plataformas utilizadas pelos manifestantes para diversas campanhas, e a sua proibição tem sido ponderada, no outro lado da fronteira.

Sit Chong Meng afastou ainda o cenário da PJ estar a tomar medidas preventivas no sentido de evitar qualquer manifestação ou actos para exprimir o apoio aos manifestantes de Hong Kong. “A PJ é uma força de investigação criminal. Só se houver crimes é que vamos actuar”, apontou. “Para já não fomos chamados [a qualquer universidade], nem há crimes relacionados com protestos de Hong Kong”, acrescentou.

Caso no IFT

O caso do reforço dos seguranças na Universidade de Macau registado na terça-feira foi igualmente relatado pelo jornal académico Orange. Porém, à semelhança do HM, que ontem tentou contactar a UM várias vezes, também a publicação não conseguiu obter qualquer reacção da instituição relativa ao aumento da segurança.

Esta não foi a primeira vez que o facto de alguns alunos quererem mostrar solidariedade com Hong Kong gerou controvérsia em instituições do ensino superior de Macau. Também no Instituto de Formação Turística, no início do ano lectivo, dois alunos apareceram com cartazes de apoio e a polícia foi chamada ao local. O IFT negou ter tido responsabilidade na chamada para as autoridades.

Contudo, o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, que no passado foi magistrado, acusou os alunos de terem cometido o crime de manifestação ilegal. Wong disse também que não haveria acusação porque os envolvidos eram jovens e possivelmente não compreendiam o alcance legal dos seus actos.

Estes episódios têm levado a questões sobre a liberdade académica em Macau, mas o secretário para o Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, já recusou esse cenário.

10 Out 2019

Burlas telefónicas | Vítimas desfalcadas em 12,28 milhões de patacas

A PJ está preocupada com aumento de burlas telefónicas entre estudantes. As principais armadilhas são os telefonemas em que os burlões se fazem passar por autoridades do Interior ou quando pedem à pessoa para adivinhar quem está a ligar

 

[dropcap]D[/dropcap]esde o início do ano e até Outubro foram registados 84 casos de burlas telefónicas, que resultaram em perdas de 12,28 milhões de patacas, de acordo com os números revelados ontem pela Polícia Judiciária (PJ). Em relação ao mesmo período do ano passado, houve uma redução de 16 casos, que em 2018 tinham sido de 100.

Também o montante envolvido teve uma quebra de 2,27 milhões de patacas, uma vez que entre o início do no ano passado e Outubro o valor envolvido tinha sido de 14,55 milhões de patacas.

No entanto, a principal preocupação para as autoridades, neste momento, são as burlas que afectam os estudantes e que registam uma tendência de crescimento. O problema foi reconhecido pelo director da Polícia Judiciária (PJ), Sit Chong Meng, que ontem esteve reunido no âmbito do plano “Rede de Comunicação com as Escolas” para trocar opiniões e ponderar mais medidas de prevenção junto dos estudantes do ensino superior.

“Em relação ao número de casos [de burlas] parece haver uma diminuição este ano, mas há um aumento de vítimas que estudam nas universidades. Só este ano há 16 alunos que foram burlados”, informou Sit.

Entre os estudantes envolvidos, 11 são do sexo feminino e 5 do masculino, com 15 a frequentarem licenciaturas e uma a frequentar o grau de mestrado. O valor de burlas dos estudantes ascende ao 5 milhões.

Numa análise geral a todos sectores da população, a burla a mais comum é a praticada por pessoas que se fazem passar por funcionários do Governo do Interior. Só este ano, e até Outubro, 27 pessoas foram enganadas desta forma e perderam 8,32 milhões de patacas. No mesmo período do ano passado tinham sido burladas 48 pessoas com perdas de 11,39 milhões de patacas.

“És tu, mãe?”

A segunda armadilha mais popular passa pelos burlões que ligam às vítimas a perguntar se estas sabem que está a ligar. Quando a vítima responde algo como “és tu, mãe?”, os burlões respondem afirmativamente e depois contam uma história e pedem que seja transferido dinheiro para uma conta bancária. Este tipo de burla causou até Outubro 54 vítimas, num total de 3,89 milhões de patacas. No mesmo período do ano passado tinham sido registados 50 casos, com perdas de 3,13 milhões de patacas.

Entre os casos relatados ontem, consta a situação que envolveu uma jovem do Interior que transferiu 1,5 milhões de patacas para ser ilibada de um alegado caso de branqueamento de capitais em Xangai. A chamada era alegadamente das autoridades da cidade chinesa. Porém, depois de fazer a transferência, a mulher contactou directamente as autoridades e percebeu que tinha sido burlada, apresentando queixa junto da polícia local.

10 Out 2019

Burlas telefónicas | Vítimas desfalcadas em 12,28 milhões de patacas

A PJ está preocupada com aumento de burlas telefónicas entre estudantes. As principais armadilhas são os telefonemas em que os burlões se fazem passar por autoridades do Interior ou quando pedem à pessoa para adivinhar quem está a ligar

 
[dropcap]D[/dropcap]esde o início do ano e até Outubro foram registados 84 casos de burlas telefónicas, que resultaram em perdas de 12,28 milhões de patacas, de acordo com os números revelados ontem pela Polícia Judiciária (PJ). Em relação ao mesmo período do ano passado, houve uma redução de 16 casos, que em 2018 tinham sido de 100.
Também o montante envolvido teve uma quebra de 2,27 milhões de patacas, uma vez que entre o início do no ano passado e Outubro o valor envolvido tinha sido de 14,55 milhões de patacas.
No entanto, a principal preocupação para as autoridades, neste momento, são as burlas que afectam os estudantes e que registam uma tendência de crescimento. O problema foi reconhecido pelo director da Polícia Judiciária (PJ), Sit Chong Meng, que ontem esteve reunido no âmbito do plano “Rede de Comunicação com as Escolas” para trocar opiniões e ponderar mais medidas de prevenção junto dos estudantes do ensino superior.
“Em relação ao número de casos [de burlas] parece haver uma diminuição este ano, mas há um aumento de vítimas que estudam nas universidades. Só este ano há 16 alunos que foram burlados”, informou Sit.
Entre os estudantes envolvidos, 11 são do sexo feminino e 5 do masculino, com 15 a frequentarem licenciaturas e uma a frequentar o grau de mestrado. O valor de burlas dos estudantes ascende ao 5 milhões.
Numa análise geral a todos sectores da população, a burla a mais comum é a praticada por pessoas que se fazem passar por funcionários do Governo do Interior. Só este ano, e até Outubro, 27 pessoas foram enganadas desta forma e perderam 8,32 milhões de patacas. No mesmo período do ano passado tinham sido burladas 48 pessoas com perdas de 11,39 milhões de patacas.

“És tu, mãe?”

A segunda armadilha mais popular passa pelos burlões que ligam às vítimas a perguntar se estas sabem que está a ligar. Quando a vítima responde algo como “és tu, mãe?”, os burlões respondem afirmativamente e depois contam uma história e pedem que seja transferido dinheiro para uma conta bancária. Este tipo de burla causou até Outubro 54 vítimas, num total de 3,89 milhões de patacas. No mesmo período do ano passado tinham sido registados 50 casos, com perdas de 3,13 milhões de patacas.
Entre os casos relatados ontem, consta a situação que envolveu uma jovem do Interior que transferiu 1,5 milhões de patacas para ser ilibada de um alegado caso de branqueamento de capitais em Xangai. A chamada era alegadamente das autoridades da cidade chinesa. Porém, depois de fazer a transferência, a mulher contactou directamente as autoridades e percebeu que tinha sido burlada, apresentando queixa junto da polícia local.

10 Out 2019

Panfletos | Jovens detidos por afixarem mensagens pró-manifestantes

As mensagens dos dois jovens de 20 anos visavam também o sistema de videovigilância “Olhos no Céu”. A Polícia está a investigá-los pelo crime de dano e pede aos cidadãos que exprimam opiniões de forma legal

 

[dropcap]O[/dropcap] Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) deteve dois homens com cerca de 20 anos que afixavam panfletos pró-manifestantes de Hong Kong, na Taipa, durante o dia do estabelecimento da República Popular da China. O caso foi revelado pelas autoridades que estão a investigar os jovens por alegadamente terem violado o “Regulamento Geral dos Espaços Públicos” e ainda devido à prática do crime de “dano”.

Segundo o CPSP, o caso aconteceu quando, durante a tarde de terça-feira, os agentes encontraram os dois jovens a afixarem em paredes e postes de iluminação folhas A4 com mensagens de apoio aos manifestantes de Hong Kong. Entre as mensagens, havia igualmente papéis contra o sistema “Olhos no Céu”, ou seja, o sistema de videovigilância posto em prática pelas autoridades. Nos papéis podia ler-se, em inglês e chinês, as mensagens “apoiem-se mutuamente Hong Kong e Macau” ou ainda “rejeitemos o sistema de videovigilância na cidade”.

Na altura da detenção os homens tinham igualmente com eles vários papéis, como revelado pelo CPSP, e as imagens dos cartazes afixados foram horas mais tardes reveladas pela página do facebook “macau.standwithHK”. Ainda de acordo com o portal All About Macau, depois das detenções a polícia avisou os residentes que têm de exprimir as suas opiniões de forma legal.

O regulamento geral dos espaços públicos não prevê penas de prisão, e as multas variam entre as 300 patacas, nas infracções comuns, e as 5 mil patacas, para casos muito graves.

Já o crime de dano pode resultar numa pena até 3 anos de prisão, mas implica danos parciais ou destruição total dos objectos em causa. É igualmente necessário que o proprietário dos objectos visados apresente queixa. Ainda este ano, Mario Ho, filho de Stanley Ho, chegou a estar indiciado pela prática deste crime devido a um grafite de pedido de casamento na Rua da Paixão. O filho da deputada Angela Leong conseguiu evitar o julgamento, uma vez que o proprietário não terá querido apresentar queixa do dano.

Tolerância zero

As autoridades locais têm adoptado uma política de tolerância zero face a mensagens de apoio aos manifestantes de Hong Kong. Em Agosto, quatro estudantes foram interrogados nos Lagos Nam Van por terem criado um Lennon Wall, ou seja colocado post-its na parede. Além disso, havia post its para quem quisesse deixar uma mensagem.

Após as autoridades terem ido ao local, a Lennon Wall acabou por ser removida, sem que houvessem danos visíveis na parede.

Também em Agosto sete pessoas foram detidas na Praça do Senado, por estarem no local onde tinha sido proibida pelo CPSP uma manifestação para condenar as acções da polícia de Hong Kong. Os detidos “para interrogatório” tinham na sua posse cartazes papéis com mensagens de apoio aos manifestantes.

As autoridades foram igualmente chamadas a intervir já em Setembro, quando dois alunos surgiram no Instituto de Formação Turística (IFT) com cartazes de apoio aos manifestantes. Sobre esta situação, o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak , acusou os alunos de terem cometido o crime de manifestação ilegal, mas disse que a polícia não ia levá-los a tribunal.

3 Out 2019

Panfletos | Jovens detidos por afixarem mensagens pró-manifestantes

As mensagens dos dois jovens de 20 anos visavam também o sistema de videovigilância “Olhos no Céu”. A Polícia está a investigá-los pelo crime de dano e pede aos cidadãos que exprimam opiniões de forma legal

 
[dropcap]O[/dropcap] Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) deteve dois homens com cerca de 20 anos que afixavam panfletos pró-manifestantes de Hong Kong, na Taipa, durante o dia do estabelecimento da República Popular da China. O caso foi revelado pelas autoridades que estão a investigar os jovens por alegadamente terem violado o “Regulamento Geral dos Espaços Públicos” e ainda devido à prática do crime de “dano”.
Segundo o CPSP, o caso aconteceu quando, durante a tarde de terça-feira, os agentes encontraram os dois jovens a afixarem em paredes e postes de iluminação folhas A4 com mensagens de apoio aos manifestantes de Hong Kong. Entre as mensagens, havia igualmente papéis contra o sistema “Olhos no Céu”, ou seja, o sistema de videovigilância posto em prática pelas autoridades. Nos papéis podia ler-se, em inglês e chinês, as mensagens “apoiem-se mutuamente Hong Kong e Macau” ou ainda “rejeitemos o sistema de videovigilância na cidade”.
Na altura da detenção os homens tinham igualmente com eles vários papéis, como revelado pelo CPSP, e as imagens dos cartazes afixados foram horas mais tardes reveladas pela página do facebook “macau.standwithHK”. Ainda de acordo com o portal All About Macau, depois das detenções a polícia avisou os residentes que têm de exprimir as suas opiniões de forma legal.
O regulamento geral dos espaços públicos não prevê penas de prisão, e as multas variam entre as 300 patacas, nas infracções comuns, e as 5 mil patacas, para casos muito graves.
Já o crime de dano pode resultar numa pena até 3 anos de prisão, mas implica danos parciais ou destruição total dos objectos em causa. É igualmente necessário que o proprietário dos objectos visados apresente queixa. Ainda este ano, Mario Ho, filho de Stanley Ho, chegou a estar indiciado pela prática deste crime devido a um grafite de pedido de casamento na Rua da Paixão. O filho da deputada Angela Leong conseguiu evitar o julgamento, uma vez que o proprietário não terá querido apresentar queixa do dano.

Tolerância zero

As autoridades locais têm adoptado uma política de tolerância zero face a mensagens de apoio aos manifestantes de Hong Kong. Em Agosto, quatro estudantes foram interrogados nos Lagos Nam Van por terem criado um Lennon Wall, ou seja colocado post-its na parede. Além disso, havia post its para quem quisesse deixar uma mensagem.
Após as autoridades terem ido ao local, a Lennon Wall acabou por ser removida, sem que houvessem danos visíveis na parede.
Também em Agosto sete pessoas foram detidas na Praça do Senado, por estarem no local onde tinha sido proibida pelo CPSP uma manifestação para condenar as acções da polícia de Hong Kong. Os detidos “para interrogatório” tinham na sua posse cartazes papéis com mensagens de apoio aos manifestantes.
As autoridades foram igualmente chamadas a intervir já em Setembro, quando dois alunos surgiram no Instituto de Formação Turística (IFT) com cartazes de apoio aos manifestantes. Sobre esta situação, o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak , acusou os alunos de terem cometido o crime de manifestação ilegal, mas disse que a polícia não ia levá-los a tribunal.

3 Out 2019

Menina com mãe na prisão vítima de abusos em instituição religiosa

[dropcap]U[/dropcap]ma menina de 11 anos, que se encontra a cargo de uma instituição religiosa de cariz social, após a mãe ter sido detida, foi vítima de abusos por parte de um motorista da instituição. O caso foi revelado, ontem, pela Polícia Judiciária (PJ) e o homem em causa tem 55 anos de idade.

Segundo a PJ, os abusos aconteceram três vezes no espaço de uma semana, quando o homem transportava a criança entre a instituição de cariz religioso, em Coloane, e a escola que a menina frequentava, na Zona da Areia Preta. O condutor fazia com que as outras crianças saíssem primeiro do veículo de sete lugares e depois, quando estava sozinho com ela, aproveitava a oportunidade para cometer os abusos. Os ataques foram possíveis uma vez que as crianças da instituição frequentam escolas diferentes.

Os crimes aconteceram nos dias 13, 18 e 19 deste mês e o homem obrigava a que a criança se sentasse ao seu lado, nos bancos da frente, para depois lhe tocar no peito e nos órgãos sexuais. A roupa interior da criança nunca era removida para evitar que houvesse vestígios da prática.

Detido e interrogado

De acordo com a PJ, a situação fez com que a criança se sentisse humilhada, o que deu origem a que no dia 20, ou seja no dia seguinte ao do último ataque, relatasse as ocorrências a uma das responsáveis das instituição. Após a conversa, a responsável levou a criança de imediato à estação da polícia para que fosse apresentada uma queixa.

A queixa foi apresentada numa sexta-feira e na segunda-feira as autoridades detiveram o homem para o interrogar. Porém, o condutor recusou cooperar com a investigação. O homem tem 55 anos, é residente local, e encontrava-se nesta profissão desde 2017. Neste momento desconhece-se a existência de mais abusos.

O homem é suspeito da prática do crime de abuso sexual de crianças, punido com uma pena de um a oito anos de prisão.

Já no caso em que se prove que houve “introdução vaginal de partes do corpo ou objectos” a moldura penal vai dos três aos 10 anos de prisão.

Por sua vez, a criança encontra-se ao cuidado da instituição, depois de a mãe ter sido detida. Segundo a PJ, não existiam ontem informações disponíveis sobre o pai da menina.

26 Set 2019

Director da PJ apela à integridade de agentes

[dropcap]O[/dropcap] director da Polícia Judiciária (PJ), Sit Chong Meng, aproveitou o juramento de 75 novos agentes para pedir que se eleve a “conduta e deontologia profissional” na força de segurança. As declarações, citadas por um comunicado do Governo, foram feitas depois de na semana passada a PJ ter detectado mais um caso em que um dos seus agentes estaria alegadamente a fornecer informações sobre investigações a uma rede de agiotagem. Este foi o segundo caso desde o início do ano com agentes da PJ e ambos estão interligados.

Ontem, no discurso de juramento, Sit Chong Meng apelou que os agentes se mantenham “honestos, íntegros e cumpridores de lei”, pedindo igualmente que “elevassem a sua conduta e deontologia profissional”. Por outro lado, o director da PJ incentivou os agentes a continuarem a “elevar a sua capacidade profissional e tecnologia na execução de lei, a fim de prevenir e combater a criminalidade […] e corresponderem às expectativas do público”.

De acordo com a informação da PJ, os 75 investigadores têm mais de 5 anos de experiência e desempenharam funções nas subunidades de investigação, informação, ligação de polícia, comunidade, etc., e alguns deles nos Serviços de Polícia Unitários (SPU).

Finalmente, Sit Chong Meng explicou que a criminalidade na RAEM é cada vez mais caracterizada por um elevado grau de tecnologia e complexidade, mas que os agentes vão usar a sua experiência para lidar com estas novas situações.

10 Set 2019

PJ deteve inspector que passou informações a rede de agiotas

Um inspector da Polícia Judiciária foi detido durante o horário de trabalho, depois de ter fornecido por 23 vezes informações sobre uma investigação a um grupo criminoso. Esta é a segunda detenção dentro da PJ no âmbito da mesma investigação

 

[dropcap]A[/dropcap] Polícia Judiciária (PJ) deteve um dos seus inspectores na quinta-feira, que alegadamente terá fornecido a uma rede de agiotagem informações sobre as investigações em curso. O caso foi revelado na sexta-feira, durante a realização de uma conferência de imprensa, e o homem de 36 anos foi detido quando se encontrava a trabalhar.

Segundo a versão apresentada pelas autoridades, o homem estava ao serviço da PJ desde 2008 e através de vários equipamentos electrónicos recolhia dados sobre uma investigação a uma rede de agiotagem. No total, o homem terá trocado informação com a rede agiota sobre o andamento dos trabalhos de investigação em 23 ocasiões, entre Outubro de 2017 e Maio de 2018. As informações envolviam detalhes das operações e informações sobre os agentes envolvidos.

Depois de ter sido confrontado com a acusação, o homem admitiu que tinha passado informações em troca do pagamento de refeições ou de contas em locais de divertimento nocturno, nomeadamente discotecas. Segundo o porta-voz da PJ, neste momento desconhece-se se o agente recebeu algum dinheiro, mas o assunto ainda está a ser investigado.

Esta detenção surgiu na sequência de uma outra em Junho, que também envolveu um agente. Por isso, a PJ vai continuar as investigar para perceber se este agente agiu sozinho ou se há outros infiltrados, que abusam da sua posição para fornecerem informações a redes de criminosas em troca de benefícios ilegais.

Um caso, dois agentes

Foi em Junho deste ano que as autoridades tinham anunciado a detenção de um dos seus agentes, com a mesma idade, que estava indiciado pela prática dos crimes de “violação de segredo” e “favorecimento pessoal”, entre outros. As investigações continuaram e permitiram agora registar este segundo caso dentro da força de segurança.

Após ter sido confrontado com a situação, o agente, detido na quinta-feira, mostrou-se arrependido.

Por sua vez, o porta-voz da PJ reforçou que as autoridades não toleram este tipo de comportamentos e que as chefias têm a obrigação de supervisionar os seus subordinados. O mesmo representante da força de segurança prometeu ainda que os trabalhos de responsabilização do agente detido vão ser conduzidos de forma imparcial e que além da investigação criminal vai ser conduzido um processo interno.

O caso foi reencaminhado para o Ministério Público (MP) na sexta-feira e o detido está indiciado pela prática dos crimes de corrupção passiva para acto ilícito, violação de segredo, obtenção, utilização ou disponibilização ilegítima de dados informáticos e do crime de associação criminosa, que são punidos com penas que podem chegar aos oito anos de prisão, três anos, dois anos e 12 anos, respectivamente.

9 Set 2019

PJ | Três denúncias de fraude em encontros online

[dropcap]A[/dropcap] Polícia Judiciária (PJ) anunciou ontem ter recebido queixas de três cidadãos locais que foram alvo de situações de fraude numa plataforma de encontros sexuais online. A notícia foi avançada pelo canal chinês da Rádio Macau, após a denúncia feita junto das autoridades policiais.

Na investigação da PJ foi apurado que os três burlados tinham entre 20 e 36 anos, todos do sexo masculino e residentes em Macau. As vítimas conheceram uma mulher através das redes sociais que se ofereceu para prestar serviços sexuais a troco de dinheiro.

Após a marcação dos encontros, cada um dos homens foi abordado por telefone por um indivíduo desconhecido que lhes pediu o pagamento adiantado, via cartões pré-carregados para aquisições na internet.

Com isto acabaram por perder entre 5 mil a 19.400 patacas, por encontros sexuais que nunca se concretizaram. A PJ vai continuar a investigar o caso e alerta os cidadãos para terem cuidado com este tipo de plataformas e de pagamentos online a entidades desconhecidas.

7 Ago 2019

PJ | Detido alegado operador de uma rede de cartões de crédito falsos 

[dropcap]U[/dropcap]m homem oriundo do Zimbabwe, com 46 anos de idade, foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) por alegadamente ter feito pagamentos numa pensão com um cartão de crédito falso.

A investigação preliminar das autoridades concluiu que o homem terá sido contratado por uma rede criminosa de falsificação de cartões de crédito para operar a mesma rede em Macau. Suspeita-se que desde Junho o homem terá feito cerca de 30 pagamentos no valor total de dez mil dólares de Hong Kong.

A PJ descobriu ainda que os dados dos cartões de crédito incluem países como a Austrália, Estados Unidos, Inglaterra e África do Sul, tendo sido detectados seis cartões falsos. O indivíduo já foi presente ao Ministério Público, sendo suspeito do crime de contrafacção, passagem de moeda falsa e burla informática.

6 Ago 2019