Sérgio Fonseca Desporto MancheteGP Macau | 70.º edição vai ter dois fins de semana O 70.º Grande Prémio de Macau vai ser celebrado em dois fins de semana consecutivos, a exemplo das edições do 50.º e do 60.º aniversário, confirmou o Presidente do Instituto do Desporto e Coordenador da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau, Pun Weng Kun, à margem do Torneio de Futebol de Comemoração do Ano de Coelho – Taça de Guangdong, Hong Kong e Macau 2023. Em conversa com os jornalistas locais, Pun Weng Kun salientou que Macau fará história no mês de Novembro ao organizar o Grande Prémio por um período 70 anos consecutivos. O dirigente disse estar confiante de que a Taça do Mundo de Fórmula 3 voltará ao Circuito da Guia este ano, podendo assim o evento proporcionar aos espectadores um nível ainda mais elevado de corridas, e que tinha havido um “feedback” positivo sobre outras corridas de alto nível, como a de carros de GT. Pun Weng Kun revelou também que a par do evento, cujo programa será desvendado mais tarde no ano, se realizará com uma série de carnavais e outras actividades periféricas para promover a atmosfera das corridas e permitir aos visitantes de todo o mundo desfrutar da “clássica” do Oriente. A primeira vez que o Grande Prémio de Macau foi realizado em dois fins de semana consecutivos foi há mais de meio século, em 1972, no entanto, esta não foi a primeira vez que o Circuito da Guia recebeu dois eventos no mesmo ano. Em 1969, no mês de Maio, realizou-se no circuito temporário do território a “Guia 101”, uma prova de resistência de 101 voltas totalmente independente do Grande Prémio. Quem está convidado? No último fim de semana duplo do Grande Prémio, em 2013, o programa foi dividido por seis corridas no primeiro fim de semana e por sete corridas no segundo. A Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau terá que encontrar um número semelhante de corridas para este ano, sabendo que durante a pandemia várias competições asiáticas de automóveis foram extintas ou vão reiniciar este ano. Nenhuma das Taça do Mundo pretendidas por Macau foi ainda confirmada no calendário da Federação Internacional do Automóvel (FIA), mas dado o interesse da RAEM e o fim das restrições associadas à pandemia, o órgão máximo que regula o desporto não deverá colocar entraves ao regresso há muito esperado das Taças do Mundo da FIA de Fórmula 3 e de GT em Macau. Já a Corrida da Guia, fará parte da “TCR World Tour”, uma competição que vai preencher a vaga deixada em aberto pelo fim da Taça do Mundo de Turismo da FIA – WTCR. Ainda no que respeita às provas internacionais, o Grande Prémio de Motos de Macau é praticamente um dado adquirido. Entre as competições chinesas, o Campeonato da China de GT e o Campeonato da China de Carros de Turismo (TCR Asia/CTCC) já anunciaram os calendários para este ano, assinalando a sua presença em Macau no mês de Novembro. O Campeonato da China de Fórmula 4, a competição que ocupou a vaga na prova do Grande Prémio em três anos de ausência da Fórmula 3, ainda não apresentou o seu calendário, mas às equipas fora-lhes dito que há mais um ano de contrato para correr no Circuito da Guia.
Sérgio Fonseca Desporto MancheteGP | FIA decide em Fevereiro sobre a Taça do Mundo de F3 Oficialmente, o Grande Prémio de Macau de 2023 ainda não consta do calendário internacional da Federação Internacional do Automóvel (FIA). Contudo, Gian Carlo Minardi, o presidente da Comissão de Monolugares da FIA, afirma que a reputação do Grande Prémio de Macau continua intacta e a confirmação do regresso da Taça do Mundo de Fórmula 3 da FIA ao Circuito da Guia deverá acontecer no próximo mês “Existe actualmente o Campeonato de Fórmula 3 na pirâmide da FIA [cujo calendário já é conhecido], mas a Taça do Mundo está sujeita a confirmação na reunião da Comissão de Monolugares da FIA de 7 de Fevereiro”, esclareceu ao HM o presidente da Comissão de Monolugares da FIA, uma posição que no passado foi ocupada por Barry Bland, Gerhard Berger ou Michael Masi. No paddock do Campeonato de Fórmula 3 da FIA, as equipas aguardam um anúncio para breve sobre o muito ansiado regresso do Circuito da Guia no mês de Novembro. Apesar da RAEM ter ficado afastada da rota das principais competições automóveis mundiais por três anos consecutivos, o apelo do seu evento não parece ter esmorecido. “Não creio que três anos de inactividade tenham diminuído o prestígio do Grande Prémio de Macau, que foi sempre como uma final mundial da categoria”, esclarece o influente Gian Carlo Minardi, fundador da extinta Minardi, uma equipa que entrou no campeonato mundial de F1 em 1985 e que hoje, após duas trocas de proprietário, se chama Scuderia AlphaTauri. Apesar do optimismo no retorno da Taça do Mundo, Gian Carlo Minardi voltou a tocar num ponto muito importante e que em 2019 foi motivo de várias discussões, a segurança do Circuito da Guia. “Talvez o foco devesse ser a segurança e se os actuais monolugares de F3 estão ou não sobredimensionados para estes circuitos urbanos, mas isso também depende de avaliações a serem abordadas pela Comissão de Segurança de Circuitos da FIA”, referiu o italiano. Recorde-se que a introdução destes carros mais potentes na 4.ª edição da mais recente iteração da Taça do Mundo de F3 da FIA foi tudo menos consensual. Várias questões de segurança foram levantadas devido às elevadas velocidades que estes monolugares construídos pela Dallara atingem. Felizmente, a edição de 2019 correu dentro da normalidade, mas para ser aprovado, o Circuito da Guia teve que receber uma nova homologação da FIA, passando de Grau 3 para Grau 2 após algumas alterações pontuais no circuito. F4 é para os nacionais Nos últimos três anos a prova principal do Grande Prémio ficou entregue aos monolugares de Fórmula 4 do campeonato nacional chinês, mas a categoria introdutória para os jovens pilotos provenientes do karting não deverá ganhar um protagonismo muito maior no futuro. Em Outubro de 2016, a FIA registou na Direcção dos Serviços de Economia de Macau a marca “F4 World Final”, mas a visão de hoje da FIA para esta categoria de promoção é que esta esteja confinada a campeonatos nacionais ou regionais. “Hoje, a F4 é a fórmula mais propedêutica do mundo, mas penso que neste momento deve permanecer em campeonatos nacionais e não se tornar num Campeonato Mundial ou combiná-la com a Fórmula 1 [como a Fórmula 3 e Fórmula 2]. Temos a tarefa de salvaguardar, não só a segurança, mas também os custos e permitir que o maior número possível de pilotos se aproxime do nosso desporto”, concluiu Gian Carlo Minardi.
Sérgio Fonseca DesportoGP Macau | Vencedor não sabe o que vai fazer a seguir Andy Chang Wing Chung tornou-se o terceiro piloto de Macau, depois de André Couto e Charles Leong Hon Chio, a vencer a corrida principal do Grande Prémio de Macau. Apesar do êxito na prova que se realizou pelo terceiro ano consecutivo com monolugares de Fórmula 4, o piloto de 26 anos não sabe o que vai fazer a seguir na sua carreira desportiva A vitória na prova rainha do Grande Prémio foi durante décadas um trampolim para uma carreira internacional de sucesso, mas as últimas três edições, realizadas sob as condicionantes da pandemia, não tiveram o mesmo impacto, e dificilmente terão os mesmos reflexos nas carreiras dos intervenientes como as anteriores. Se Charles Leong conseguiu “dar o salto” para as corridas de GT após o seu segundo triunfo no Circuito da Guia, Andy Chang ainda não sabe o que irá fazer a seguir. “Ainda não tenho qualquer plano”, revelou Andy Chang ao HM, pois neste momento “estou concentrado nas minhas actividades profissionais”, acrescentou o piloto que antes do fim de semana da sua vitória reconhecia que “é bastante difícil entrar na categoria GT porque o orçamento é muito superior ao dos carros F4. Contudo, ainda estou a tentar encontrar uma oportunidade de experimentar um carro de GT”. O piloto do território que deu os primeiros passos no automobilismo com apenas cinco anos, não esconde que gostaria ficar ligado ao desporto no dia em que poise definitivamente o capacete, e já começou a preparar terreno. “Planeio treinar alguns jovens pilotos no karting”, revelou o ex-piloto da equipa oficial TonyKart, “mas também espero treinar pilotos nos fórmulas”. Chaves da vitória Depois de ter conquistado o Campeonato da China de Fórmula 4 em 2021, Andy Chang não teve oportunidade de realizar qualquer corrida em 2022, o que não o impediu de triunfar no Grande Prémio de Macau de Fórmula 4. O piloto do território bateu os compatriotas Charles Leong Hon Chio de Macau e Gerrard Xie de Hong Kong, numa animada corrida que encerrou a 69.ª edição do maior evento desportivo de carácter anual da RAEM Uma combinação de factores foram a chave do sucesso numa prova que podia ter acabado muito mal, quando na Corrida 1, no sábado, o piloto que fez a “pole-position” nas duas sessões de qualificação teve um mau arranque e saiu em frente na escapatória da travagem para a Curva Lisboa. Felizmente, este episódio não teve consequências de maior e uma recuperação notável levou-o ao terceiro lugar. No domingo, Chang impôs-se aos seus adversários com uma corrida isenta de erros. “Embora tenha sido a minha primeira corrida do ano, estava familiarizado com o carro e tinha muita quilometragem na pista. Esta era a minha vantagem. Também fiz alguns treinos em Zhuhai. O carro era excelente e competitivo e a equipa trabalhou arduamente nele”, concluiu Andy Chang, que espera que esta não tenha sido a sua última corrida.
João Luz Manchete SociedadeDST | Grande Prémio não aumentou número de turistas O Grande Prémio de Macau não mexeu na média de entradas no território, que durante o evento desportivo não ultrapassaram as 20.000 por dia. À margem da apresentação do Festival de Cerveja Macau-Qingdao, o subdirector da DST confessou que a quarentena de 5+3 não ajudou a atrair turistas O Grande Prémio de Macau não teve qualquer impacto no número de entradas no território, confirmou ontem o sudirector dos Serviços de Turismo (DST), Hoi Io Meng, à margem da cerimónia de apresentação do 2.º Festival de Cerveja e Cultura de Macau e Qingdao. Segundo o responsável, o número médio de visitantes durante os quatro dias de prova ficou abaixo dos 20 mil diários, à semelhança do que se verificou antes do evento. “Durante os dias do Grande Prémio a média de visitantes foi pouco superior a 16 mil pessoas, com o pico a ocorrer na sexta-feira passada, quando entraram em Macau 21 mil visitantes. Um volume semelhante ao verificado em dias normais”, afirmou ontem Hoi Io Meng. O responsável da DST pediu compreensão à população e aos sectores da sociedade que dependem do turismo pela fraca e não surpreendente afluência de visitantes, tendo em conta os múltiplos surtos na província vizinha, que têm levado a confinamentos de milhões de pessoas. Além disso, Hoi Io Meng apontou que a taxa de ocupação hoteleira subiu 15 por cento durante o evento. “Observamos um bom sinal durante o Grande Prémio, que foi o aumento do tempo que os visitantes pernoitaram em Macau. Isso significa que durante o dia, os turistas vêem as corridas e depois vão aproveitar o que a cidade tem para oferecer, fomentando o crescimento das pequenas e médios empresas”, disse o responsável da DST. Urso no bosque Em relação à tese de que a quarentena “5+3” iria impulsionar o turismo, defendida por Liz Lam da DST e por outros membros do Governo, Hoi Io Meng confessou que “para já, não conseguiu atrair turistas estrangeiros”, mas que a DST está a preparar uma campanha de promoção de Macau nos mercados externos. Importa recordar que Macau é um dos poucos sítios do mundo que obriga estrangeiros a cumprir oito dias de quarentena à chegada. De portas fechadas ao mundo, a única aposta continua a ser o Interior da China. Nesse aspecto, o subdirector revelou que se tem registado um aumento de turistas vindo de províncias não abrangidas pelo programa de excursões de “4 províncias e uma cidade” (Guangdong, Zhejiang, Jiangsu, Fujian e Xangai). “A Air Macau informou-nos da recuperação de voos e passageiros, com subidas na casa dos dois dígitos”, afirmou Hoi Io Meng. Em relação às excursões, o responsável indicou que a DST está à espera da aprovação dos primeiros grupos pelas autoridades do Interior da China. Além disso, está em preparação uma operação de intercâmbio e promoção de Macau enquanto destino turístico, envolvendo empresas locais e empresas dos locais abrangidos pelo programa “4 províncias e uma cidade”.
Hoje Macau Desporto Grande Prémio de MacauGrande Prémio | Sabino Lei alcançou terceiro lugar no Roadsport Challenge Sabino Osório Lei (Mitsubishi Evo 9) terminou a corrida de ontem no Roadsport Challenge no terceiro lugar, a 2.942 do vencedor Chan Chi Ha (Mitsubishi Evo 9). No final, o macaense, que se estreou com um carro 2000cc, e tinha arrancado de 15.º na classe e 26.º à geral, mostrou-se muito satisfeito com o pódio alcançado. “É um resultado inacreditável. Ontem, (no sábado), tive muitos problemas de pneus e perdi muitos lugares. Mas, no início da corrida de hoje (ontem) puxei muito, tive muitos duelos na pista e no final tive uma posição que me deixa muito feliz”, afirmou face ao resultado alcançado. O resultado teve um sabor ainda mais especial por ter sido alcançado naquela que é a pista favorita do piloto. “É sempre fantástico correr em Macau, é uma pista fantástica, o local onde nasci”, afirmou. “Os 2000cc são muito poderosos e é uma condução diferente dos 1600 turbo. Não fiz muitos testes antes da prova, mas aqui tentei o meu melhor e estou feliz”, sublinhou. Na classe dos 2000cc, destacaram-se ainda os macaenses Jerónimo Badaraco e Luciano Lameiras, que apesar de terem aspirações à vitória, terminaram em 4.º e 7.º, respectivamente. A festa de Pereira Na classe 1600cc Turbo, o vencedor foi Lui Man Kit (Mini Cooper S). No entanto, na altura de subir ao pódio, a grande festa foi de Junio Pereira, que levou o Ford Fiesta ao segundo lugar. Após arrancar em 6.º na classe e 13.º à geral, Pereira soube evitar as confusões e os problemas de outros pilotos e foi subindo até ao pódio. Por sua vez, Rui Valente (Mini Cooper S) terminou em 23.º, nas boxes, com problemas de caixa de velocidades. O herói local chegou a rodar nos lugares cimeiros, mas no final acabou por perder várias posições.
Hoje Macau Desporto Grande Prémio de MacauOs ausentes do Grande Prémio de Macau A 69.ª edição do Grande Prémio de Macau voltou a reunir quase toda a “fina flor” do desporto motorizado de Macau, mas também houve notórias ausências. Entre os pilotos, há que destacar a ausência, pelo terceiro ano consecutivo, de André Couto, um dos pilotos mais titulados do território e que certamente seria uma mais valia para o evento. O piloto português não encontrou nenhum volante que lhe desse garantias e adiou novamente o seu reencontro com o Circuito da Guia. Igualmente ausente, esteve a equipa FHO Racing da empresária de Macau Faye Ho, que é uma das estruturas melhor apoiadas pela BMW Motorrad. A equipa que compete em várias frentes no motociclismo de velocidade do Reino Unido e que conta com o multi-vencedor do Grande Prémio de Motos de Macau, Peter Hickman, abdicou da visita de final de ano à RAEM, sendo que é sabido que a quarentena obrigatória à chegada a Macau afastou vários pilotos de proa no regresso da prova de duas rodas. Duarte Alves, o engenheiro líder da Aston Martin Racing Asia, foi outro habitué do evento que não esteve presente. “Infelizmente devido compromissos profissionais, as restrições à entrada na RAEM causadas pela pandemia não me permitem chegar a Macau a tempo de poder participar no Grande Prémio”, explicou ao HM um dos poucos técnicos profissionais do território. “Foi com muita pena, mas não tive outra solução, pois estes projectos fora de Macau já vêm de há muitos anos e fui obrigado a optar.”
Hoje Macau Desporto Grande Prémio de Macau MancheteFórmula 4 | Andy Chang surpreende com ritmo demolidor e vence o 69.º Grande Prémio de Macau Num ritmo muito acima de todos os outros. É desta forma que se pode descrever a prestação de Andy Chang, piloto local que teve uma prestação notável e venceu pela primeira vez o Grande Prémio de Macau, em Fórmula 4 Andy Chang foi o vencedor da 69.ª edição do Grande Prémio de Macau ao demorar 35:41.871 a percorrer as 12 voltas ao circuito na Guia. Na repetição do duelo das últimas duas edições, que este ano também contou com a participação de Gerrard Xie, Chang conseguiu desforrar-se das derrotas impostas por Charles Leong. “Estou muito feliz com esta vitória”, afirmou o piloto, que triunfou naquela que foi porventura a prova com mais emoção ao longo de todo o fim-de-semana. Gerrard Xie, piloto de Hong Kong com 16 anos, foi a grande surpresa do fim-de-semana, ao vencer a corrida de qualificação, após uma luta aguerrida com Charles Leong. Ontem, o cenário de sábado voltou a repetir-se, e mais uma vez o jovem de Hong Kong soube defender-se na primeira volta e segurar uma liderança, que durou até à quinta volta, já depois da única entrada do Safety Car. Após o recomeço da corrida, que aconteceu à quarta volta, Xie alargou a liderança para Charles e parecia pronto para fugir para uma vitória. Porém, Andy, que nesta altura circulava em terceiro, conseguiu ultrapassar Charles Leong e colocar-se em situação de atacar o líder. A manobra da vitória aconteceu na volta seguinte. Com um ritmo mais elevado, Andy foi “comendo” segundos ao líder, até que a seguir à curva do Mandarim ultrapassou o rival. Por sua vez, Xie não ficou de braços cruzados, tentou responder no final da mesma recta, antes da Curva do Hotel Lisboa, mas Andy fechou bem a “porta”. A partir desse momento, o vencedor lançou-se para uma corrida solitária, onde foi somando consecutivamente a volta mais rápida até abrir uma vantagem de 5,958 segundos para o segundo classificado. “O momento-chave foi a manobra na segunda curva do circuito, quando consegui consumar a ultrapassagem, após o recomeço. Depois defendi-me, e como tinha um bom ritmo consegui alcançar a vitória”, explicou Andy Chang. O outro lado Por sua vez, Charles Leong era um homem menos feliz com o resultado e mostrou a frustração no final: “Tivemos problemas de velocidade todo o fim-de-semana. Quando chegava à última curva sentia que o carro estava no limite, que não dava para mais”, desabafou. “Foi um dos fins-de-semana mais difíceis para mim. Quando fui ultrapassado pelo Andy nem dei luta, porque não fazia sentido, só ia perder mais tempo”, reconheceu. No segundo lugar da geral, Gerrard Xie aparentava alguma apatia face ao pódio: “Foi um fim-de-semana que serviu para aprender a pista. Mas, claro que estava a competir com dois pilotos muito experientes nesta pista, e por isso, só tinha que dar o meu melhor em todas as curvas”, afirmou após a corrida. 1º Andy Chang 35:41.871 2º Gerrard Xie a 5.958 3º Charles Leong a 14.086 Alto: Gerrard Xie e Charles Leong O duelo entre Gerrard Xie e Charles Leong na primeira corrida da Fórmula 4 foi um dos momentos mais entusiasmantes do fim-de-semana. Apesar de estreante, Xie mostrou uma grande maturidade e soube defender-se dos ataques do piloto de Macau, sem cometer excessos, mas também sem “abrir a porta”. No final, o piloto de 16 anos foi recompensado com uma ida ao pódio no Circuito da Guia. Baixo: carros pouco impressionantes Para quem se desloca ao Circuito da Guia para assistir às corridas, a Fórmula 4 sabe sempre a muito pouco, mesmo que os pilotos sejam destemidos e o espectáculo bom. Com os F4 a correrem depois dos GT, a diferença de andamentos, barulho e dimensão é demasiado evidente, com claro prejuízo para os fórmulas. Liang Jia Tong conquistou Corrida da Grande Baía Liang Jia Tong (BMW M4 GT4) venceu a corrida da Grande Baía, na frente de Luo Kai Luo (Mercedes AMG GT4), que foi segundo, e de Chris Chia (Mercedes AMG GT4), que terminou no lugar mais baixo do pódio. Numa prova em que os pilotos do Interior foram os mais fortes, Liang manteve um duelo interessante com Luo, mas no final acabou por ser o mais rápido. Por sua vez, Delfim Mendonça Choi (Audi R8 LMS Cup) não foi além de um 17.º lugar, a uma volta do vencedor.
Hoje Macau Desporto Grande Prémio de MacauGrande Prémio de Macau 2022 | Razões da separação do TCR Ásia da Corrida da Guia Muitos estranharam a razão pela qual os concorrentes do TCR Ásia não correrem na Corrida da Guia, empobrecendo aquela que é a corrida de carros de Turismo mais emblemática do continente asiático. Isto, deveu-se ao acordo entre o WSC Group, a entidade que detém os direitos comerciais e desportivos da categoria TCR, ter chegado a acordo com o Instituto de Desporto de Macau para a realização do TCR Asia Challenge na Corrida da Guia. Recorde-se que a Corrida da Guia iria ser a última prova da Taça do Mundo de Carros de Turismo da FIA – WTCR, até o promotor desta competição ter cancelado todos os eventos previstos para este ano no Oriente. Por seu lado, segundo o HM apurou, o promotor do campeonato TCR Asia, cujos participantes dividem as grelhas de partida com o s concorrentes do Campeonato de Carros de Turismo da China (CTCC), não tem neste momento um acordo com o WSC Group, estando por isso os seus carros e pilotos impedidos de se juntar ao pelotão do TCR Asia Challenge. Perante este cenário, os carros da competição chinesa ficaram com uma corrida só para si, podendo na mesma fazer parte do carnaval de corridas do Grande Prémio de Macau.
Hoje Macau Desporto Grande Prémio de MacauSouza espera quebrar um enguiço com meio século A Corrida da Guia vai ter um formato diferente dos dois anos anteriores, não pontuando para o TCR Ásia. Este pequeno grande detalhe significa que os pilotos do campeonato e as poderosas equipas de fábrica dos construtores de automóveis da República Popular da China não farão parte da Corrida da Guia este ano, deixando escancarada a porta para o sucesso aos pilotos do território. É que nunca em cinquenta anos um piloto de Macau conseguiu ir ao pódio nesta corrida. A pandemia e as constantes restrições nas viagens impediram que Filipe Souza concretizasse o plano de participar em 2022 na temporada do TCR Ásia. Com menos ritmo que em anos anteriores, Souza mantém-se realista, mas os seus objectivos para a edição deste ano do Grande Prémio não foram abalados. “Este ano o meu objectivo é igual ao dos dois últimos anos. Só olho para o pódio com a máxima concentração”, afirmou o piloto macaense ao HM. Este foi um ano particularmente difícil para o experiente piloto, pois apenas realizou uma corrida nos últimos doze meses. “Claro que é prejudicial ter disputado menos corridas este ano, principalmente pelos reflexos que isso tem no ritmo de condução e também fisicamente. Quanto mais conduzes, mais aprendes”, reconhece o piloto que vai para a sua vigésima primeira participação na prova. “Fiz alguns testes com o meu novo carro e também fiz testes de Fórmula Renault na China, que é o meu hábito de todos os anos antes do Grande Prémio de Macau”. A maior novidade de Filipe Souza este ano é contar com um carro novo Audi RS 3 LMS TCR da segunda geração. “Este novo carro tem potencial para vencer e anda muito bem em recta”, explica o piloto de 46 anos. “A aerodinâmica do carro é uma grande melhoria em relação ao modelo anterior e, em termos de afinações, o novo carro está muito mais fácil de trabalhar. Pelos testes que realizei, também sinto que posso ser mais agressivo nas curvas e por isso tenho uma grande confiança no novo carro”. Quanto a quem será o seu grande adversário na corrida, Filipe Souza aponta para “o piloto de Hong Kong Andy Yan. Ele tem muita experiência e é um muito bom piloto”.
Hoje Macau Desporto Grande Prémio de MacauMacau Roadsport Challenge | Novos desafios para Junio Pereira e Sabino Osório Depois da estreia no ano passado no Circuito da Guia numa atípica corrida da Taça de Carros de Turismo de Macau, Junio Pereira vai tentar aplicar o que aprendeu no ano passado, mas agora numa corrida diferente fruto das circunstâncias. O piloto macaense, que vai guiar um Ford Fiesta diferente do utilizado em 2021, vai alinhar na categoria 1600cc Turbo na corrida Macau Roadsport Challenge, onde estarão outras caras conhecidas do automobilismo do território como são Rui Valente e Célio Alves Dias. “Vou dar o meu melhor e espero conseguir melhores resultados este ano em Macau”, afirmou o piloto da equipa SLM Racing Team ao HM. “Este Fiesta, que é um carro diferente daquele que usei no ano passado, também deverá ter um melhor desempenho.” Correr no meio de um pelotão com diferentes andamentos e estilos de condução, certamente irá representar um novo desafio para um piloto que ainda está a dar os primeiros passos no automobilismo. “Eu nunca corri numa das corridas com mistura de categorias”, reconhece Junio Pereira, que admite existir um factor de risco nestas corridas multi-classe, pois “os pontos de travagem são diferentes entre estes dois tipos de carros. Por outro lado, é um pouco injusto corrermos com eles, pois vamos perder exposição mediática. O andamento entre as duas categorias é muito diferente e o melhor dos 1600cc Turbo dificilmente entra no Top-5 da geral”. Sabino Osório sobe de categoria Segundo classificado na Taça de Carros de Turismo de Macau de 2021, ao volante de um carro da categoria 1600cc Turbo, Sabino Osório Lei vai este ano alinhar na Macau Roadsport Challenge, mas aos comandos de um Mitsubishi Evo9, preparado pela equipa SLM Racing Team, a categoria 1950cc e Acima. “Este ano vou tentar algo novo. A razão pela qual escolhi fazer algo diferente é porque ouvi que este ano possivelmente será o último desta categoria e queria fazer algo novo”, explicou ao HM. O Mitsubishi é um carro que foi conduzido no passado por Ng Kin Veng, que estava parado há dois anos e que foi equipado com um motor novo, de menos potência para resistir às agruras da semana do Grande Prémio. Sem colocar um objectivo para esta sua participação, Sabino sabe o que lhe espera: “Será a minha primeira corrida num carro destes. Tem mais potência e é mais desafiante, mas mais divertido de conduzir”.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de Macau MancheteTreinos Livres | Alexandre Imperatori foi o mais rápido no primeiro dia de prova O senhor Macau está de regresso e em grande nível, mas Alexandre Imperatori foi o mais rápido no dia em que os principais concorrentes dos GTs estiveram a esconder o jogo. Na F4, Bei Siling proporcionou o acidente do dia Edoardo Mortara (Audi R8 LMS) regressou a Macau em grande ritmo, foi o mais rápido na primeira sessão de treinos livres e dominou grande parte da segunda sessão. No entanto, quando tudo apontava para que ficasse no topo da tabela dos tempos, acabou por ser suplantado pelo compatriota Alexandre Imperatori (Porsche 911 GT3 R), que corre com uma licença de Hong Kong. Em todas as categorias, o dia serviu principalmente para tirar as medidas ao traçado e tratar das afinações dos carros e motos, a pensar nas qualificações, agendadas para o dia de hoje. A Taça GT, que promete as corridas mais interessantes do fim-de-semana, não foi excepção e os pilotos até conseguiram rodar durante longos períodos, sem interrupções. No duelo entre os construtores germânicos, Mortara com um tempo de 2:19.841 foi o mais rápido na parte da manhã. À tarde o cenário aparentava repetir-se, mas Alexandre Imperatori (Mercedes AMG GT3) fez uma volta com o tempo de 2:18.760 e bateu Mortara por 31 centésimos. No entanto, o primeiro dia também mostrou que tanto Maro Engel (Mercedes AMG GT3) como Raffaele Marciello (Mercedes AMG GT3) estão a rodar perto do tempo dos pilotos da frente. Os resultados devem ser encarados com cautela, uma vez que os pilotos tendem a esconder o jogo, para evitar serem prejudicados pelo BoP (Balance of Performance), ou seja, as restrições aplicadas para a organização para nivelar os diferentes carros. Acidente do dia Sem a emoção das outras provas, a Fórmula 4 destacou-se pelo acidente do dia, ainda na parte da manhã. Numa primeira sessão de treinos livres marcada pelo facto de a maioria dos pilotos não terem conseguido realizar uma volta rápida, o protagonista foi Bei Siling. Logo na primeira volta rápida, o chinês perdeu o controlo do Mygale SARL M14-F4, na curva do Mandarim, e embateu forte no muro. O piloto saiu ileso do impacto, mas o carro ficou muito danificado, pelo que não é certo que seja possível repará-lo a tempo de participar no restante fim-de-semana. Na parte da tarde, o local Andy Chang foi o mais rápido, ao rodar em 2:30.188, com Charles Leong, que tenta chegar à terceira vitória nesta categoria, a quedar-se pelo terceiro lugar com um tempo de 2:30.338. Huff a melhorar Em relação à Taça de Carros de Turismo, a grande estrela presente é Rob Huff (MG5 XPower TCR) e o britânico fez um dia em crescendo. Depois de uma primeira sessão em que não conseguiu fazer uma volta lançada, na parte da tarde subiu para segundo, a 97 centésimos de Zhang Zhi Qiang (Lynk & Co 03 TCR), piloto que dominou o dia e fez o tempo de 2:35.822. Por sua vez, Rodolfo Ávila (MG5 XPower TCR) fez o sexto melhor tempo na parte da manhã e apesar de ter melhorado em quase dois segundos o registo na parte da tarde, não conseguiu melhor do que o 10.º posto, a quase três segundos da frente. Ontem, os pilotos da MG depararam-se com problemas na direcção assistida, que tem falhado. Kostamo foi o mais rápido nas motas Erno Kostamo (BMW S1000RR) foi ontem o piloto mais rápido na única sessão do dia do Grande Prémio de Motos, com um tempo de 2:31.069. Numa sessão em que os pilotos puderam realizar várias voltas, o finlandês ficou à frente de Robert Hodson (Kawasaki ZX10RR), com uma diferença de 3,529 segundos, e de David Datzer (BMW S1000RR), com uma vantagem de 5,504 segundos. Numa sessão que ficou marcada pelo facto de não haver acidentes, o português André Pires (Honda CBR 1000 RR SP) conseguiu o sexto melhor tempo, ainda assim a quase 7 segundos do mais rápido. Hoje, as motos são a primeira categoria a sair para a pista, com a primeira sessão de qualificação agendada para as 7h30. A segunda sessão está agendada para as 12h30. Testes todos os dias para equipas e pilotos Desde ontem, com o surgimento de mais casos em Zhuhai, que os pilotos e as equipas que participam o Grande Prémio estão obrigadas a fazer um teste diário de covid-19. A informação foi revelada às 9h ontem pelos organizadores às equipas, e implica uma redução da validade do resultado dos testes de 48 horas para 24 horas. No entanto, ao contrário de outras pessoas envolvidas no evento, os pilotos e as equipas têm um centro de testes que podem utilizar. O centro está localizado no segundo andar do Terminal Marítimo do Porto Exterior, funciona até sábado e abre às 5h da manhã. Na parte da manhã, o horário de funcionamento prolonga-se até às 10h. Depois da pausa de almoço, o centro funciona entre as 15h e as 20h. Os pilotos e as equipas não precisam de pagar os testes, ao contrário dos cidadãos normais fora dos grupos chave, que pagam até 45 patacas.
Hoje Macau Desporto Grande Prémio de MacauMacau Roadsport Challenge | De olho no pódio, Badaraco espera que esta não seja a última Num ano em que as duas categorias locais de carros de Turismo – 1950cc e Acima e 1600cc Turbo – se voltam a encontrar, mas agora na corrida Macau Roadsport Challenge, Jerónimo Badaraco quer regressar a um pódio que visitou pela primeira vez em 1999, quando triunfou na derradeira edição da Taça ACP. O piloto macaense vai conduzir novamente o imponente Mitsubishi Evo9 da Son Veng Racing Team, um carro mecanicamente levado ao extremo e que prima pela espectacularidade, mas cuja fiabilidade é o seu “calcanhar de Aquiles”. Tal como à maior parte dos pilotos do território, a pandemia trocou os planos a Jerónimo Badaraco e a preparação para a corrida mais importante do ano não foi aquela que o piloto e a sua equipa certamente pretendiam. “Este ano vai ser outra vez muito especial, porque por causa da pandemia não pudemos testar o carro como queríamos, mas eu e toda a equipa esperamos que o carro consiga corresponder às nossas expectativas e que corra tudo bem ao nível de mecânica e electrónica”, relatou ao HM o piloto que conta com mais de duas dezenas de participações no Grande Prémio de Macau. Se não acontecerem imprevistos técnicos, “Noni” não esconde a vontade que tem em “voltar a subir ao pódio, celebrar uma vitória e acima de tudo, voltar a sentir a emoção desta competição automóvel tão importante em Macau.” Rumores do paddock dizem que esta será a última edição em que iremos ver os muito acarinhados carros de Turismo das classes 1950cc e Acima e 1600cc Turbo em acção no Circuito da Guia. Tendo estes carros já atingido o seu pico de evolução e completado o seu ciclo de vida, a pandemia acabou por prolongar o seu “prazo útil de vida”, poupando os pilotos locais de elevados investimentos em carros e material novo. Porém, Jerónimo Badaraco acredita que será um erro terminar com esta popular corrida: “Há a possibilidade deste ano ser a última prova de Roadsport Challenge e por isso aproveito esta oportunidade no Hoje Macau para expressar o meu desejo de que esta prova se mantenha, pois é uma competição com vários pilotos com carros tão diferentes e que os espectadores gostam.”
Hoje Macau Desporto Grande Prémio de MacauTaça de Carros de Turismo de Macau | Ávila chega a Macau após duas vitórias no TCR Ásia O piloto da MG XPower Racing vai participar pela 15.ª vez no Grande Prémio de Macau e vai ser o único representante local na Taça de Carros de Turismo de Macau, que este ano é pontuável para o campeonato TCR Ásia e para o Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC) Após um ano de ausência, Rodolfo Ávila está de regresso ao Circuito da Guia. Naquela que é a sua 15.ª participação no Grande Prémio de Macau. O piloto português vai alinhar pela primeira vez na corrida da Taça de Carros de Turismo de Macau, sendo o único concorrente da RAEM nesta corrida que este ano será pontuável para o campeonato TCR Ásia e para o Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC). Numa temporada em que apenas foi possível realizar duas corridas, o campeão da última edição do TCR China sabe que não terá a vida fácil neste seu retorno ao palco onde se estreou no automobilismo há precisamente duas décadas, na altura, na corrida do asiático de Fórmula Renault. “Claro que vamos tentar andar o melhor possível”, afirmou Rodolfo Ávila ao HM. “Este ano acabamos por não ter tantas oportunidades para desenvolver o novo MG5 como gostaríamos, por isso este fim-de-semana vamos continuar a desenvolver o carro e espero que tenhamos andamento para andar na frente.” Apesar das duas vitórias conquistadas esta temporada – uma em Zhuzhou e outra em Zhejiang – o novo MG5 XPower TCR ainda continua numa fase muito primária de desenvolvimento, devido aos atrasos provocados pela pandemia, estando ainda longe do nível dos melhores carros da categoria TCR, tendo acusado por diversas vezes problemas de fiabilidade que levantam várias interrogações antes do debute do carro da marca sino-britânica num circuito citadino. “Fazer um bom resultado em Macau contra os Lynk & Co sei que não vai ser fácil. Mas claro que quero continuar a ser o melhor piloto da MG, no entanto, para isso é preciso pontuar nas duas corridas”, refere o piloto do território. “Tive problemas de travões nas duas provas que disputamos este ano e o Circuito da Guia não tem escapatórias. Aqui se ficarmos sem travões, as consequências são mais graves.” A equipa da Lynk & Co, que tem os seus três pilotos nas três primeiras posições no TCR Ásia, irá ser liderada por Jason Zhang Zhi Qiang, vencedor da Corrida da Guia nos dois últimos anos, escudado pelos experientes David Zhu e Sunny Wong. A MG XPower Racing reforçou-se para esta corrida com o ex-campeão do mundo Rob Huff. O inglês trará o seu vasto conhecimento e experiência ao volante de viaturas da classe TCR para a equipa de Xangai. “Vamos ver como ele se vai adaptar ao carro. Ele apenas teve um breve contacto com o MG5 na pista Tianma, mas é sempre muito forte aqui em Macau. De certeza que ele vai ajudar a puxar pela equipa para cima e a melhorar alguns processos”, explica Rodolfo Ávila que já foi por várias vezes companheiro de equipa do inglês que soma nove triunfos nas ruas da cidade. A Taça de Carros de Turismo de Macau terás duas corridas de nove voltas, sendo que ambas valem os mesmos pontos.
João Santos Filipe DesportoGrande Prémio | Pilotos de motos lamentam ausência, mas consideram quarentena proibitiva O piloto Lee Johnston considera que a edição de 2022 do Grande Prémio de Motos de Macau vai ficar marcada como “o ano em que ninguém foi”. Apesar de lamentar não estar presente, foi desta forma que o norte-irlandês comentou, à emissora a BBC, a prova que começa esta manhã. “Só se pode superar os pilotos que estão em prova, mas, e sem querer faltar ao respeito aos participantes, é claro que mesmo que se ganhe, esta edição vai ser sempre lembrada como aquele ano em que ninguém foi”, afirmou Johnston. O norte-irlandês correu vários anos em Macau e tem como melhor resultado os quintos lugares alcançados nos anos de 2014 e 2019. No currículo conta ainda com uma vitória na prova TT Ilha de Man, no ano de 2019. Sobre as razões para a ausência, Johnston apontou a exigência de quarenta de sete dias e os custos associados. “Não é viável estar longe tantos dias”, afirmou o competidor de 33 anos. “Temos de pagar a todo o staff da nossa equipa, e pagar-lhes para que estejam sete dias num hotel sem fazer nada, ainda antes do evento começar, não faz qualquer sentido”, justificou. “Adoro aquele lugar” Outra das ausências mais notadas do Circuito da Guia vai ser a de Michael Rutter, recordista em vitórias, com nove triunfos na prova. A última vez que Rutter venceu foi em 2019, aquando a realização do último Grande Prémio de Motos, numa prova marcada por muitos acidentes e polémica, uma vez que a classificação foi feita com base numa única volta. À BBC, Rutter justificou que a quarentena de sete dias tornou a participação proibitiva, apesar de admitir adorar Macau. “Eu adoro aquele lugar e desejava estar lá. Mas, não conseguia estar sentado durante sete dias num quarto. Foi uma decisão razoavelmente simples”, afirmou o piloto. “Espero regressar no próximo ano”, desejou. A edição deste ano do Grande Prémio conta com a participação de 15 pilotos, num formato com duas corridas, cada uma com oito voltas, que são realizadas no sábado, às 10h35 e às 16h10.
João Santos Filipe Desporto MancheteGrande Prémio | Pun Weng Kun admite que organização enfrentou o “ano mais difícil” O coordenador da Organização do Grande Prémio de Macau admite que foi difícil criar condições para a participação de pilotos internacionais na competição. Vários potenciais participantes desistiram devido à obrigação de cumprir quarentena de sete dias “Foi o ano mais difícil”. Foi desta forma que o coordenador da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau, Pun Weng Kun, caracterizou a preparação do evento que começa hoje e se prolonga até domingo. Em entrevista ao Jornal do Cidadão, Pun explicou que este ano a organização teve de lidar com vários obstáculos, até porque houve sempre a intenção de trazer pilotos internacionais para participar no evento desportivo. De acordo com o líder da organização da prova, para os potenciais participantes internacionais é incompreensível que se possa entrar em Hong Kong sem necessidade de quarentena, mas que ao mesmo tempo em Macau seja pedido um período que consideram excessivo. Este aspecto terá levado a que pilotos que numa primeira fase se tinham mostrado interessados em correr na Guia optassem por cancelar a participação. Ainda assim Pun Weng Kun mostrou compreensão face aos pilotos que abdicaram da participação. “Não é fácil para os pilotos internacionais virem para Macau, porque além de terem de entrar num avião em que lhes é exigido um teste de ácido nucleico com resultado negativo, ainda têm de atravessar a quarentena e não podem testar positivo”, admitiu. “Só depois deste período podem, finalmente, competir”, acrescentou. Apesar dos convites recusados, Pun destacou que 15 pilotos internacionais se mostraram disponíveis para competir no circuito da Guia. Medidas de prevenção Até ontem, as pessoas envolvidas no Grande Prémio precisaram de ser testadas a cada dois dias. No entanto, no caso de haver um surto local, a organização não afasta a possibilidade de o período ser encurtado, com a obrigação de ser feito um teste a cada 24 horas. Em relação às medidas de prevenção e a eventuais surtos, que poderão afectar a prova, Pun Weng Kun revelou, ao Jornal do Cidadão, que foram preparados vários planos alternativos, com diferentes condições, para garantir que a prova vai ser realizada. Apesar das dificuldades, o também presidente do Instituto de Desporto deixou um voto de confiança e considerou que, apesar das adversidades, o Grande Prémio de Macau vai continuar a ser o maior evento local.
Hoje Macau SociedadeGP Macau | Previstos 20 mil visitantes diários Andy Wu, presidente da Associação de Indústria Turística de Macau, prevê que cheguem ao território cerca de 20 mil turistas por dia, durante a realização do Grande Prémio de Macau. Ao jornal Ou Mun, Andy Wu explicou que a expectativa está em linha com os números do ano passado, porque a principal fonte de visitantes é a província de Guangdong. No entanto, como há um surto activo de covid-19 em Cantão, e Macau também tem casos importados, o presidente da associação reconheceu que o número diário de visitantes até pode ser menor do que o esperado. No ano passado, o número de visitantes no primeiro dia do Grande Prémio foi de 35 mil. Turismo | Pedidas medidas para atrair estrangeiros O deputado Cheung Kin Chung defende que com a futura ampliação do Aeroporto Internacional de Macau vai ser necessário criar medidas para tornar Macau um centro mundial de lazer. O objectivo passa assim por atrair não só visitantes do Interior, mas também do estrangeiro. Ouvido pelo jornal Ou Mun, o também presidente da Associação dos Hoteleiros de Macau apontou que o sector hoteleiro local é bem-desenvolvido e pode oferecer acomodação com qualidade, com preços e actividades diversificadas, sendo altamente competitivo. Mesmo assim, Cheung Kin Chung pediu que não se abdique do mercado do Interior e que também se tente fazer esse segmento crescer.
Hoje Macau Desporto MancheteGrande Prémio | Corridas em Novembro com pilotos estrangeiros O Grande Prémio de Macau (GPM) vai ser marcado este ano pelo regresso de pilotos estrangeiros à competição, que se realiza de 17 a 20 de Novembro, informou ontem a organização. Dos 170 pilotos que vão participar nas setes corridas que integram o 69.º Grande Prémio de Macau, “mais de dez estrangeiros” vão marcar presença na prova de motos, com a organização a admitir que outros pilotos estrangeiros possam ainda competir na Corrida da Guia Macau, adiantou Pun Weng Kun, presidente do Instituto do Desporto (ID), à margem da conferência de imprensa. A maioria dos pilotos estrangeiros são europeus, acrescentou, com os restantes a virem da China continental e Hong Kong, além dos corredores locais, disse, sem adiantar nomes. Ainda assim, “o GPM é um importante evento da marca de turismo desportivo” do território, sublinhou o coordenador da comissão organizadora, que apontou para um orçamento total de 180 milhões de patacas, ligeiramente superior ao do ano passado. “A organização (…) consegue [desta forma] promover o desenvolvimento de diferentes indústrias para ajudar a aceleração da recuperação económica”, destacou Pun Weng Kun durante a conferência de imprensa. Quatro dias, sete corridas O evento, de quatro dias, vai integrar sete corridas: Grande Prémio de Macau de Fórmula 4, a Taça GT Macau, Corrida da Guia Macau, a Taça de Carros de Turismo de Macau, a Taça GT Grande Baía, Macau Roadsport Challenge e o Grande Prémio de Motos de Macau, que regressa ao Circuito da Guia para a sua 54.ª edição. Das diversas actividades paralelas, destaque para a exposição de carros que terá lugar na Praça Tap Seac em 12 e 13 de Novembro, que visa permitir “aos residentes e visitantes verem de perto os carros que vão competir”. As autoridades vão ainda exibir as provas, alvo de transmissão televisiva, em ecrãs gigantes espalhados pela cidade. “É esperado que o evento cumpra totalmente o seu papel de promover Macau e o turismo para que os viajantes possam experimentar a imagem dinâmica da nossa cidade como uma capital de eventos, enquanto promove benefícios sociais e económicos trazidos pelo impacto mais alargado do Grande Prémio”, afirmou o coordenador da comissão organizadora.
Sérgio Fonseca Desporto MancheteGP | Piloto irlandês diz que as estrelas internacionais não vão participar A possibilidade de termos um 54.º Grande Prémio de Motos de Macau com as grandes estrelas do “road racing” internacional em 2022 parece, por agora, uma possibilidade remota, mas não quer isso dizer que a corrida mais ansiada do 69.º Grande Prémio de Macau não se venha a realizar Michael Sweeney, que conta com seis participações na prova, levantou um pouco o véu do que se passa nos bastidores numa entrevista à publicação irlandesa “News Letter” na semana passada. O motociclista de 40 anos referiu que não irá participar na prova, pois considera que a longa quarentena, imposta pelas autoridades de Macau no combate à pandemia, hipoteca à partida uma viagem ao Oriente, e afirmou que os ex-vencedores da corrida, como Michael Rutter ou Peter Hickman, não têm planos para regressar ao Circuito da Guia este ano. “Eu não vou [participar no Grande Prémio de Macau] porque tens uma quarentena de dez dias”, disse o popular irlandês, que esta temporada já venceu cinco corridas aos comandos da sua BMW S1000RR. “Não podem esperar que o pessoal vá até lá e passe aquele tempo todo em quarentena. Eu não acredito que [o Grande Prémio de Motos de Macau] vá acontecer, porque precisas de tempo para organizar voos, reservas e transporte”. A prova motociclismo de estrada mais conceituada do continente asiático não se disputa desde 2019, mas este ano a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau parece empenhada em recuperar uma corrida que será sempre afectada pelas medidas restritivas de combate à pandemia. Em declarações citadas pelo canal chinês da Rádio Macau na pretérita semana, o presidente do Instituto do Desporto e Coordenador do Grande Prémio de Macau, Pun Weng Kun, reiterou que gostaria de ver em Macau equipas estrangeiras e que a maioria dos pilotos estrangeiros contactados pela organização concordaram em fazer quarentena para poderem participar na competição. “Não sei qual o requisito mínimo para uma grelha para poderem realizar a corrida, mas todas as pessoas com quem falei – incluindo pessoas como o [John] McGuinness, o ‘Hicky’ [Peter Hickman] e o [Michael] Rutter, nenhum deles vai ficar em quarentena durante dez dias”, acrescentou à publicação de Belfast, sem, no entanto, deixar de mencionar que gostaria de voltar a competir na RAEM “no próximo ano, com certeza, mas quando [o evento] regressar em condições [sem quarentas obrigatórias]”. No regulamento desportivo da última edição do Grande Prémio de Motos de Macau, podia ler-se que um “mínimo de 22 inscrições devem ser recebidas para a corrida se realizar”, porém, acredita-se que esse número será propositadamente reduzido este ano, precisamente para acomodar o número inferior de interessados em participar na prova. Preparativos para a festa Apesar do algum optimismo em redor da organização da prova, não há um único piloto que tenha confirmado publicamente a sua participação a dois meses do evento. Vários pilotos, alguns dos quais já apalavraram a sua presença em Macau, confirmaram ao HM que estão a trabalhar de forma a garantirem todas as condições para estarem à partida. Um dos grandes problemas encontrados por aqueles que querem vir acelerar novamente ao território reside na dificuldade em arranjar mecânicos qualificados com disponibilidade e interesse para realizar esta longa aventura. Para além do esforço pessoal e financeiro dos intervenientes – convém lembrar que muitos deles não são sequer profissionais do desporto – e numa altura em que existe uma normalização em relação à doença no mundo ocidental, há ainda muitas dúvidas e receios sobre o que irá acontecer a quem acusar positivo à chegada a Macau ou mesmo durante o evento. Por seu lado, a organização também vai alinhavando os preparativos. As motos e o equipamento das equipas serão transportados de avião para a RAEM através de um dos aeroportos de referência – Lisboa, Luxemburgo ou Londres – o que facilitará a logística, mas depois do evento regressará de barco como acontecia anteriormente. O 69.º Grande Prémio de Macau irá decorrer de 17 a 20 de Novembro, devendo voltar ao formato anterior de quatro dias, em vez dos três dias dos últimos dois anos, para acomodar as seis ou sete corridas previstas para o programa.
Sérgio Fonseca Desporto MancheteUm dos maiores arquivos privados do GP Macau revelado em livro Carlos de Lemos, macaense residente no Canadá, prepara-se para lançar um livro sobre os primeiros vinte e cinco anos do Grande Prémio de Macau. Diferente de todos os outros livros lançados anteriormente, este pretende partilhar o extraordinário arquivo que o seu pai, Victor Hugo de Lemos, construiu com uma enorme paixão e afinco. “Este livro revelará o esforço, o tempo e a profunda dedicação com que o meu pai Victor se empenhou no seu trabalho e creio que é uma colecção única, que retrata os primeiros 25 anos da história do Grande Prémio de Macau, desde o seu início até ao ano de 1978”, explicou Carlos de Lemos ao HM. “É, sem dúvida, uma colecção de inestimável valor, visto que documenta um período significativo do Grande Prémio de Macau. Em homenagem ao meu falecido pai, a nossa família achou por bem publicar num livro o trabalho que ele coleccionou, com muito amor e dedicação”. Com uma informação abrangente e episódios que o tempo apagou, o livro que tem conteúdos trilingue irá permitir a todos os apaixonados pelo desporto, e não só, reviver as corridas que ajudaram a escrever os primeiros anos da história do Grande Prémio através dos recortes dos jornais da altura, do rico acervo fotográfico, e outras recordações de um evento que inicialmente foi planeado para ser uma mera “Caça ao Tesouro”, mas que quase setenta anos depois é um ícone do desporto motorizado mundial. Finais de 2023 Devido à dimensão da colecção, que finalmente sairá do domínio privado, o que vai permitir a uma compreensão melhor da história de um evento que peca por falta de documentação histórica, Carlos de Lemos optou por dividir a publicação em dois volumes, sendo que o primeiro termina em 1966, curiosamente o ano da primeira participação de um piloto português da metrópole, Filipe Nogueira. Neste momento, o livro está na fase final da sua edição. “Apenas precisa de uma revisão final e depois o próximo passo será a sua publicação”, reconhece o autor. Infelizmente, os constrangimentos causados pela pandemia vão atrasar ligeiramente o arranque da publicação. O autor acredita que “talvez em meados ou fim do próximo ano, seja possível publicar o primeiro volume, quando puder deslocar-me a Macau e tratar da sua publicação” que será realizada em Macau, pois “os custos de o publicar no Canadá e o envio para qualquer destino na Ásia, iriam torná-lo provavelmente inacessível”. Este primeiro volume terá mais de 250 páginas e o segundo volume, a lançar mais tarde, terá um volume de igual dimensão. “Neste primeiro volume coloquei tudo, mas no segundo, que tem mais conteúdos de jornais em chinês e inglês, terei que fazer uma selecção, principalmente porque os regulamentos passaram a ter mais de dez páginas cada”. Com o único objectivo de homenagear o seu pai, Carlos de Lemos é humilde no seu desígnio, “só espero que gostem deste primeiro volume, tal como eu gostei enquanto o preparava e relia todo o material para a sua publicação”. Quem foi Victor Hugo de Lemos? Nascido em 1913, Victor Hugo de A. F. de Lemos, macaense de sexta geração, proveniente de uma família aristocrata, apesar de ter sido um dos primeiros grandes entusiastas do automobilismo em Macau, curiosamente nunca se interessou em tirar a carta de condução. Este filho da terra começou a sua colecção logo em 1954, na primeira edição do evento, continuando a recolher informação até 1978, já depois de emigrar para o Canadá com toda a família. Como funcionário da então Câmara Municipal de Macau, encarregado do serviço externo de fiscalização, e estando aquela instituição responsável por certas funções durante o fim de semana do Grande Prémio de Macau, era geralmente escalado para prestar serviço na tribuna, nos intervalos aproveitava a oportunidade para ir ter com pilotos e intervenientes, dar duas de conversa e obter um desejado autógrafo. O seu fascínio pelo evento motivava-o a comprar todos os jornais e revistas que se debruçavam sobre o maior evento desportivo de carácter anual do antigo território ultramarino português, tanto em português como em inglês e chinês. Não se ficava pelas reportagens e assuntos relacionados com as provas, fotografias, programas oficiais, bilhetes, documentos oficiais, emblemas ou crachás, tudo o que era relacionado com a prova serviu para enriquecer a sua colecção. Victor não havia de imaginar que o seu entusiasmo e dedicação de coleccionar e documentar tudo o que era relacionado ao Grande Prémio de Macau iria um dia dar forma a um dos arquivos mais completos sobre o evento, nem sequer que este iria ser partilhado com a legião de fãs espalhados pelo mundo.
Sérgio Fonseca Desporto MancheteGP: Campeonato da China GT avança para o lugar da Taça do Mundo Aproveitando a ausência da Taça do Mundo de GT da FIA pelo terceiro ano consecutivo, o Campeonato da China de GT anunciou na passada quinta-feira que a sua prova de encerramento da temporada será no Circuito da Guia, dentro do programa do 69º Grande Prémio de Macau. No final de Junho, a Comissão de GT da FIA, após a reunião no Place de la Concorde, em França, deliberou que não faria a sua Taça do Mundo na RAEM, alegando os mesmos motivos da Taça do Mundo de Carros de Turismo e da Taça do Mundo de Fórmula 3. “Devido às actuais restrições de quarentenas Covid-19 e aos desafios logísticos associados na Ásia, a Taça do Mundo de GT da FIA, tradicionalmente realizada no Circuito Guia em Macau, não terá lugar este ano”, podia ler-se no comunicado. O Campeonato da China de GT visitou o Circuito da Guia em 2020, estando previsto voltar a fazê-lo em 2021, o que não aconteceu, por razões que não foram do domínio público. Contudo, a competição que arranca no próximo fim-de-semana em Ningbo, e é composta por cinco eventos, anunciou que no fim-de-semana de 19 e 20 de Novembro vai estar novamente entre nós. Numa comunicação, publicada na conta oficial do campeonato na rede social WeChat, a organização da competição para viaturas das categorias FIA GT3 e GT4 explica que “os carros do Campeonato da China de GT visitaram o Circuito Guia na época de 2020. O Grande Prémio de Macau é um evento de renome mundial que começou em 1954, com campeões mundiais como Ayrton Senna, Michael Schumacher e Lewis Hamilton a competirem no evento, e é significativo que o Campeonato da China de GT se esteja a juntar à corrida de Macau pela primeira vez como evento autónomo.” Com as suas origens anteriores à própria Taça do Mundo da FIA, que foi realizada no Circuito da Guia por cinco ocasiões, a Taça GT Macau tem sido organizada no programa do Grande Prémio de Macau desde 2008. A edição do ano passado ficou marcada pelo triunfo dramático de Darryl O’Young (Mercedes AMG GT3). De acordo com a mesma publicação, “a prova exige que apenas equipas e pilotos registados para a temporada 2022 (do Campeonato da China de GT) sejam elegíveis para participar na corrida de GT de Macau” e o fabricante de pneus francês Michelin, através da sua filial chinesa, será o fornecedor exclusivo de pneus. Apeado pelo confinamento Esperava-se que Charles Leong Hon Chio, o vencedor das duas últimas edições do Grande Prémio de Macau de Fórmula 4, fizesse a sua estreia nas provas de GT no passado fim-de-semana, algo que não veio a acontecer. Depois do teste satisfatório que tinha feito com a equipa chinesa Harmony Racing, o jovem piloto de Macau não foi chamado a conduzir o Ferrari 488 GT3 na prova do Campeonato de Endurance da China (CEC) este fim-de-semana no circuito permanente da cidade de Liampó. Segundo o que o HM apurou, devido ao confinamento de Macau, Charles Leong não conseguiu confirmar atempadamente a sua presença na corrida, tendo a Harmony Racing recorrido a outro piloto. No entanto, Charles Leong esteve presente no Ningbo SpeedPark International, junto da equipa YC Racing, ajudando um dos pilotos amadores da equipa. A formação no norte da China tem vários carros da categoria GT3, das marcas Audi e Porsche. Aproveitando a presença em Ningbo, no dia de ontem, Charles Leong testou novamente um dos Ferrari da Harmony Racing, o que deixa antevê que a equipa do empresário-piloto David Chen ainda é uma possibilidade para o jovem piloto de Macau que procura uma alternativa aos monolugares para prosseguir a sua carreira no automobilismo.
Sérgio Fonseca DesportoEuroformula Open não quer lugar da F3 no GP Macau O Conselho Mundial do Automobilismo da Federação Internacional do Automóvel (FIA), que se reuniu no final de Junho, não só cancelou a ronda asiática da Taça do Mundo de Carros de Turismo da FIA – WTCR, como também colocou um ponto final na possibilidade do 69º Grande Prémio de Macau receber qualquer outra Taça do Mundo, seja de GT ou de Fórmula 3. A possibilidade de trazer uma competição internacional substituta à altura da Taça do Mundo de Fórmula 3 da FIA em 2022 também está posta de parte. Numa alínea do extenso comunicado da federação internacional é possível ler que a “Taça do Mundo de Fórmula 3 da FIA em Macau não se realizará em 2022 devido às contínuas restrições relacionadas com a pandemia da COVID-19”. Este será o terceiro ano consecutivo que a Fórmula 3 não irá visitar o território, após ter sido lançada com enorme sucesso em 1982 no seguimento da recusa da FIA em autorizar a proposta do Automóvel Clube de Portugal (ACP) para que o Circuito da Guia fosse palco de corridas de Fórmula 2. Nos últimos dois anos, como alternativa, o reputado circuito de Macau tem acolhido a corrida de fim de temporada do Campeonato da China de Fórmula 4. Contudo, a competição chinesa não goza do mesmo estatuto internacional da saudosa corrida de Fórmula 3, nem os monolugares Mygale-Geely de Fórmula 4 têm a espectacularidade ou proporcionam as emoções dos carros da disciplina superior. Mesmo após a recusa da FIA, devido às restrições impostas por Macau, as entidades terão encetado contactos para tentar trazer outra competição internacional de monolugares do mesmo nível. De acordo com a imprensa ocidental especializada, os organizadores do Euroformula Open Championship e da japonesa Super Formula Lights terão sido sondados para ocuparem a vaga da Fórmula 3 no Grande Prémio de Macau. Ambas as competições, que um dia foram campeonatos de Fórmula 3, mas que presentemente não o são porque a FIA não os permite usar essa denominação, têm em comum utilizarem os chassis Dallara 320 e uma variedade de motores, no melhor espírito do que foi a categoria que se tornou famosa por catapultar vários pilotos para a Fórmula 1. Situação actual não se compadece Interrogado pelo portal italiano italiaracing.net sobre uma possível corrida em Macau este ano, Jesus Pareja, o empresário espanhol responsável pela Euroformula Open Championship, declinou a possibilidade. Tal como os concorrentes do Campeonato de Fórmula 3 da FIA, também as equipas da Euroformula Open Championship – algumas delas bem conhecidas do Circuito da Guia como a Carlin, Motopark, Double R ou a Van Amersfoort Racing – não se quiseram sujeitar às regras sanitárias impostas aos visitantes por Macau. “Fomos convidados pelo organizador nos últimos anos”, reconheceu Jesus Pareja, o homem que levou a Euroformula Open Championship ao Grande Prémio de Pau quando a Fórmula 3 abandonou o evento da pacata cidade francesa. O espanhol reconheceu, no entanto, que “com a Super Formula Lights formaríamos um bom alinhamento, mas com a actual situação sanitária na Ásia tal não é possível.” A 69ª edição do Grande Prémio de Macau está agendada no calendário internacional de 17 a 20 de Novembro, mas o programa de corridas ainda não foi dado a conhecer.
Sérgio Fonseca DesportoGP Macau | Pessimismo ocidental contrasta com optimismo nacional A contagem decrescente para a 69.ª edição do Grande Prémio de Macau já começou. Contudo, a cerca de cinco meses do maior cartaz desportivo de carácter anual da RAEM são mais as dúvidas do que as certezas O Macau Daily Times revelou na passada terça-feira que na pretérita semana vários pilotos receberam convites formais da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau para participarem no Grande Prémio de Motos de Macau, prova que não se realizou nos últimos dois anos devido às restrições de entrada de estrangeiros de acordo com as medidas de prevenção e controlo da pandemia de Covid-19. Segundo a publicação de língua inglesa, do ponto de vista dos pilotos, parece ser unânime a opinião de que desejam regressar a Macau “desde que as restrições de quarentena sejam abandonadas”. Entretanto, a Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo – WTCR mantém no seu calendário as três provas asiáticas – Inje (Coreia do Sul), Ningbo (China) e Circuito da Guia (Macau) – contudo, o optimismo sobre um eventual regresso à Ásia não é grande. Em Abril, Jean-Baptiste Ley, o director da Taça do Mundo, deixou claro ao HM que uma quarentena longa poderia afastar a intenção de realizar a última prova do ano em Macau. Neste momento, tudo aponta que a entidade promotora da FIA WTCR, a Discovery Sports Events, opte pelo plano B e cancele as rondas do continente asiático nas próximas semanas. Segundo a edição desta semana da revista alemã Motorsport Aktuell, a cidade marroquina Marraquexe, é a mais forte candidata mais forte a receber a prova de final de temporada. O Circuit international automobile Moulay El Hassan deverá ocupar o lugar de Macau, no mês de Dezembro. Os circuitos de Jidá, na Arábia Saudita, e de Istambul, na Turquia, têm sido apresentados como outras possibilidades caso o “tour” asiático não aconteça novamente. A confirmar-se este cenário, um novo calendário da FIA WTCR poderá ser apresentado no final de Junho, durante o Conselho Mundial de Automobilismo da FIA. Paddock da F3 na expectativa A Taça do Mundo FIA de Fórmula 3 está no calendário da FIA agendada para o período de 17 a 20 de Novembro, no entanto a expectativa entre as equipas é tão grande como a incerteza. O Campeonato FIA de Fórmula 3 corre nos fins-de-semana da Fórmula 1, onde a obrigatoriedade de testagem à Covid-19 foi abolida este ano, sendo a apresentação do certificado de vacinação o suficiente para a livre circulação. Apesar da elevadíssima reputação da prova do território e da vontade geral que esta recupere a pujança de outros tempos, caso seja imposta uma quarentena à chegada, estes factores poderão não ser suficientes para convencer um paddock que está todo vacinado e livre de restrições em todos os sítios para qual viaja. Entretanto, a Fórmula 3 garantiu ontem que a partir do próximo ano acompanhará a Fórmula 1 na viagem a Melbourne, na Austrália. TCR Asia e F4 China contam voltar Se nas competições internacionais o optimismo de um regresso a Macau está em declínio, em contrapartida nas nacionais, o regresso as ruas do território é quase “ponto assente”. Devido aos confinamentos a que tiveram sujeitas as grandes metrópoles de Pequim e Xangai, os calendários de todas as competições automobilísticas chinesas foram revistos e alterados. Com o arranque previsto para o segundo fim de semana de Julho, o campeonato TCR Asia manteve no seu calendário a visita à RAEM para a prova de encerramento de uma temporada que duas semanas antes de Macau regressa ao circuito citadino de Wuhan, um evento que não se realiza desde 2019. O Campeonato da China de Fórmula 4, que já não realiza uma prova desde o Grande Prémio de Macau de 2021, prevê começar no mês de Agosto, em Ningbo. O revisto calendário provisório de quatro jornadas enviado esta semana às equipas volta a incluir o Circuito da Guia como prova final. A concretizar-se, esta será a terceira vez consecutiva que o campeonato reconhecido pela FIA se desloca a Macau. O piloto local Charles Leong Hon Chio venceu em ambas as ocasiões.
Sérgio Fonseca Desporto MancheteAutomobilismo | Quarentena prolongada pode afastar WTCR do Grande Prémio Após dois anos de ausência forçada, a Taça do Mundo de Carros de Turismo da FIA – WTCR espera regressar este ano ao Circuito da Guia. Todavia, Jean-Baptiste Ley, o director da WTCR, deixa claro que uma decisão final ainda não foi tomada, mas uma quarentena longa poderá afastar essa intenção “Nós continuamos a monotorizar as restrições de viagens com a esperança de regressar a Macau este Novembro para o que é uma corrida icónica numa pista lendária”, referiu Jean-Baptiste Ley, o novo homem forte da entidade promotora da WTCR, a Discovery Sports Events, ao HM. Enquanto a Discovery Sports Events avalia a possibilidade de substituir as provas anuladas na República Checa e na Rússia, oito eventos agora permanecem no calendário de 2022, começando a Taça do Mundo nas ruas francesas de Pau no início de Maio. Contudo, dessas oito provas que permanecem no calendário há três ainda em dúvida, mais precisamente as três rondas planeadas para o continente asiático: Coreia do Sul, Interior da China e Macau. “As regras das quarentenas existem por uma boa razão e não cabe à WTCR exigir a sua remoção. Obviamente, que se um prolongado período de quarentena for obrigatório, então regressar a Macau será desafiante”, refere o engenheiro francês que num passado recente foi o coordenador do campeonato europeu de ralis, acrescentando que “temos que aguardar por mais claridade antes de dizermos com absoluta certeza se poderemos correr em Macau esta época ou não. Temos prazos definidos para tomar estas decisões”. Apesar de Jean-Baptiste Ley não apontar uma data exacta para uma decisão, existe a noção de que a FIA irá aguardar até ao Verão para compreender se é viável ou não organizar as suas três Taças do Mundo – F3, GT e Turismos – na RAEM este ano. No mês passado, Pun Weng Kun, coordenador da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau, em declarações à TDM, aludiu novamente à vontade da organização em voltar a abrir as portas do evento à participação estrangeira, dando como exemplo o sucesso da ‘bolha’ sanitária anti-COVID-19 implantada durante os últimos Jogos Olímpicos de Inverno, em Pequim. Vacinação não obrigatória No início da temporada, a organização do Campeonato do Mundo de Fórmula 1 determinou que todo o seu pessoal e das equipas tivesse vacinado, com doses de reforço incluídas. Contudo, esta medida não é obrigatória para todos os Campeonatos ou Taças do Mundo sob a égide da FIA. “Se o país ou a ADN (Autoridade Desportiva Nacional) estipularem este requerimento, então claro que todos os que queiram participar no evento terão que cumprir”, explica Jean-Baptiste Ley. “Mas não é uma regra que a WTCR fosse capaz de aplicar nos termos dos nossos regulamentos desportivos. No entanto, é importante enfatizar que as vacinas são cruciais na luta contra a COVID-19 e pedimos que as pessoas ainda não vacinadas sejam vacinadas”. Locais serão aceites Como já acontecia no seu antecessor, o WTCC, a concretizar-se a presença no Grande Prémio, a organização da WTCR vai autorizar a participação de pilotos locais no Grande Prémio de Macau, com o estatuto de “wildcards”, ou convidados. “A regulamentação da WTCR permite inscrições corrida-a-corrida em todos os eventos e nós damos as boas-vindas à participação de pilotos locais e equipas em cada um dos eventos do calendário”, salienta o Director da Taça do Mundo, acrescentando que ao permitir “inscrições corrida-a-corrida damos a oportunidade para os pilotos e equipas locais mostrarem as suas capacidades e angariarem experiência num evento de nível mundial, algo que só pode ser benéfico para o desporto como um todo”. Com um custo de inscrição de 5,000 euros e sujeitos a aprovação da FIA, os pilotos convidados que queiram estar à partida da Corrida da Guia na WTCR não pontuam para o campeonato e carregarão nos seus carros dez quilogramas de peso extra.
Sérgio Fonseca Desporto MancheteGP Macau | Intervenientes gostariam que a F4 continuasse no programa Com uma grelha de partida reduzida e uma competitividade aquém do desejado, a corrida de Fórmula 4 do Grande Prémio de Macau voltou a não convencer. Contudo, alguns dos intervenientes acreditam que esta corrida deveria ser mantida no programa, mesmo quando acontecer o regresso há muito esperado da Fórmula 3. Charles Leong Hon Chio, o vencedor das duas corridas de Fórmula 4 no Circuito da Guia e que está a considerar investir mais tempo e esforço no agenciamento de jovens pilotos locais nos próximos anos, acredita que o primeiro degrau da pirâmide de monolugares da FIA “merece mesmo assim estar no Grande Prémio. Até pode ser como corrida de suporte”. Tal como aconteceu no passado com a Fórmula Campus, Fórmula Renault, Fórmula BMW e Fórmula Master Series, o piloto de 20 anos vê a categoria de Fórmula 4 com potencial para “dar mais oportunidades aos jovens pilotos locais e estrangeiros para aprenderem a pista”, pois este é um circuito impossível de treinar presencialmente com antecedência. Esta seria uma forma para os pilotos “se prepararem para o próximo passo no Grande Prémio, a Fórmula 3”. Andy Chang Wing Chung, o segundo classificado nas duas visitas do Campeonato Chinês de Fórmula 4 ao Circuito da Guia, partilha da mesma opinião do seu compatriota. “Na minha opinião, acho que podem manter a corrida de Fórmula 4. Qualquer piloto, independentemente da proveniência, pode assim guiar neste circuito antes de entrar no campeonato de Fórmula 3 da FIA”, diz o piloto de 25 da RAEM que chegou a fazer duas temporadas na Europa. “Para os jovens locais esta é uma possibilidade para conduzirem um monolugar no Grande Prémio, pois a Fórmula 3 é muito cara e obriga a competir na Europa. Na verdade, se quiseres correr de Fórmula 3 tens que viver na Europa para treinares e testares.” Como um dos participantes foi chumbado nas verificações administrativas, a prova deste ano reuniu apenas dezasseis concorrentes. Desde a 27.ª edição do Grande Prémio, em 1980, que não havia uma grelha de partida tão reduzida. Para agravar, a competitividade do pelotão esteve a anos luz do desejado, com a diferença na qualificação entre a melhor volta do primeiro, Charles Leong, e a do último, James Wong, a ser de uns monstruosos vinte e dois segundos. Andy Chang é o campeão 2021 No pretérito fim de semana, no circuito de Ningbo, realizou-se a última prova da temporada da Fórmula 4 chinesa que sagrou Andy Chang como campeão chinês de Fórmula 4. Ao piloto do território bastou a vitória na primeira das quatro corridas para conquistar o seu primeiro título na disciplina, o segundo obtido por um piloto da RAEM. Já Charles Leong não marcou presença na prova de Ningbo, até porque apesar dos bons resultados obtidos em Macau e em Zhuhai, não podia marcar pontos para o campeonato. A Federação Internacional do Automóvel (FIA) autoriza a participação de anteriores campeões de F4 em provas da categoria, mas não permite que estes pontuem para o campeonato.