Andreia Sofia Silva SociedadeAlfândega | Funcionário suspenso por suspeita de crime Os Serviços de Alfândega (SA) suspenderam um funcionário suspeito da prática do crime de “peculato de uso”, tendo já sido instaurado um processo disciplinar para a investigação interna da ocorrência. O caso teve lugar no passado dia 16, quando um funcionário dos SA recebeu uma mala de um cidadão que foi encontrada durante o seu período de serviço no posto fronteiriço de policiamento, não tendo notificado de imediato o seu superior hierárquico para que fosse dado o tratamento à mala encontrada segundo os procedimentos. Ao invés, o funcionário retirou-a do posto fronteiriço de policiamento após o trabalho, sendo suspeito da prática de crime. O caso já foi transferido para o Ministério Público. Os SA lamentam “que um elemento do seu pessoal seja suspeito de estar envolvido num acto ilícito”, salientando prestarem atenção “à ética e comportamento do seu pessoal, exigindo-lhes o estrito cumprimento da lei em qualquer situação”.
Hoje Macau Manchete SociedadePandemia | Uso de máscara ao ar livre deixa de ser recomendado As autoridades de saúde ajustaram as regras para o uso de máscara. Assim, a partir de hoje, deixa de ser recomendado, “em circunstâncias normais”, usar máscara ao ar livre, caindo também o uso nas escolas. Esta continua a ser obrigatória em instituições de saúde, lares, táxis e nos tribunais, sendo que, no caso dos espaços fechados e transportes públicos, as “autoridades vão avaliar e decidir” Numa altura em que o território voltou à normalidade no que à covid-19 diz respeito, o Centro de coordenação e de contingência do novo tipo de coronavírus decidiu ajustar as regras para o uso de máscara. Assim, a partir de hoje, determina-se que, “em circunstâncias normais, não é recomendado o uso de máscara para todas as pessoas em espaços ao ar livre”. Bebés e crianças com menos de três anos também deixam de ser obrigadas a usar máscara. Quanto ao uso em espaços fechados, como estabelecimentos, ou meios de transportes, caberá às “autoridades competentes avaliar e decidir” se é necessário ou não o uso de máscara. Tudo dependerá de factores como “a situação epidemiológica da altura, a ventilação do ar em estabelecimentos ou meios de transporte, o número e a densidade das pessoas, bem como a natureza e a duração das actividades”. Sempre que for necessário o uso de máscara nestes locais “as entidades competentes devem divulgar ou notificar as pessoas, de forma adequada”, aponta uma nota divulgada este fim-de-semana. No caso das escolas, tanto pais como alunos deixam de ter de usar máscara nas aulas e demais actividades lectivas. Num comunicado, a Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEJ) esclarece que “o afrouxamento das medidas do uso de máscara beneficia o crescimento e o desenvolvimento físico e mental dos alunos e favorece, em particular, o melhoramento dos resultados no ensino e na aprendizagem das crianças, também ao nível das línguas”. Quando se usa? O Centro de coordenação definiu que a máscara tem de continuar a ser utilizada sempre que haja deslocações a instituições médicas, lares de idosos e de reabilitação, com excepção dos doentes internados ou dos utentes que residem nos lares, bem como os condutores e passageiros de transportes públicos, com excepção dos táxis. Além disso, o uso de máscara em espaços fechados será também obrigatório “em circunstâncias específicas”, como é o caso da “realização de actividades de grande aglomeração de pessoas, a ocorrência de casos de infecção colectiva em creches e instituições de ensino não superior, ou quando se verifica o período de pico epidémico em Macau”. Fica também determinado que as pessoas devem usar máscara sempre que apresentem sintomas de gripe ou febre. Docentes e alunos devem continuar a usar máscara “nos autocarros escolares e transportes públicos”, bem como na ocorrência de “situações de má disposição ou com sintomas de gripe” e outros locais onde o seu uso é obrigatório. A DSEDJ determina que “os docentes e alunos devem preparar máscaras para o uso diário” caso ocorra uma alteração da situação pandémica. No caso dos tribunais, determina-se a continuação da obrigatoriedade do uso de máscara para as pessoas “que pretendam apresentar documentos às diversas secretarias dos tribunais, entrar nas instalações dos tribunais das três instâncias, participar nas actividades processuais ou assistir às audiências de julgamento”. No caso do Comissariado contra a Corrupção (CCAC) é recomendado o uso de máscara para entrar nas instalações deste serviço público, sendo o seu uso obrigatório sempre que as pessoas apresentem sintomas de gripe. Haverá sempre um ajustamento destas medidas “no caso de evolução epidémica”, pelo que se aconselha os cidadãos “a levarem as máscaras sempre que saírem, para eventual caso de necessidade, bem como a reservarem em casa uma quantia mínima de máscaras que possibilite o seu uso por duas semanas, para os casos de emergência”. Relativamente aos testes, sugere-se que cada pessoa se teste sempre que tiver algum sintoma da doença, anotando depois os resultados na plataforma de declaração do teste de antigénio dos Serviços de Saúde de Macau.
Hoje Macau SociedadeDesemprego | Taxa de residentes nos 4,3% no último trimestre No trimestre compreendido entre Novembro do ano passado e o passado mês de Janeiro, a “taxa de desemprego fixou-se em 3,4 por cento e a taxa de desemprego dos residentes foi de 4,3 por cento, menos 0,1 e 0,2 pontos percentuais, respectivamente, face ao período passado (Outubro a Dezembro de 2022”. Os dados divulgados na sexta-feira pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) apontam ainda para a descida de 0,7 por cento da taxa de subemprego para 3,2 por cento, apesar do aumento “da procura de mão-de-obra local”, “devido ao afrouxamento das medidas de entrada em Macau e à realização de várias actividades antes do Ano Novo Lunar”. A DSEC revelou que no período em análise a população activa que vivia em Macau totalizou 373.800 pessoas e a taxa de actividade foi de 68,5 por cento. A população empregada totalizou 361.000 pessoas, 282 mil destas residentes, “mais 800 e 900, respectivamente, em comparação com o período precedente”. Enquanto a população desempregada era composta por 12.800 pessoas, menos 400, face ao período transacto. Destaca-se que de entre os desempregados à procura de novo emprego, a maioria trabalhou anteriormente no ramo de actividade económica das lotarias, outros jogos de aposta e actividade de promoção de jogos e no ramo da construção.
Hoje Macau Manchete SociedadeInflação | Taxa mensal atinge valor mais elevado em um ano Os preços ao consumidor em Macau subiram 0,24 por cento em Janeiro, em comparação com o mês anterior, o valor mais elevado em um ano, segundo dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos. A inflação foi empurrada, sobretudo, pela subida dos preços dos produtos alimentares Apesar de se manter abaixo de 1 por cento (0,77 por cento), a taxa de inflação registou em Janeiro o valor mensal mais elevado no período de um ano, com a subida de 0,24 por cento em relação a Dezembro do ano passado, segundo dados divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) em comunicado. Os dados revelam que o aumento no custo dos produtos alimentares foi a principal razão para a subida da taxa de inflação em Janeiro, que coincidiu com as férias do Ano Novo Lunar. O preço das refeições adquiridas fora de casa subiu 0,59 por cento, enquanto o custo dos produtos hortícolas aumentou 5,13 por cento, no mês em que Macau recebeu mais de um milhão de turistas, graças ao fim das restrições contra a pandemia da covid-19. Em termos homólogos, a taxa de inflação manteve-se inalterada, em 0,77 por cento, sobretudo devido a aumentos de 3,05 por cento no preço da electricidade e de 13,97 por cento no custo dos combustíveis, assim como uma subida de 11,63 por cento no salário das empregadas domésticas. Rendas e combustíveis A DSEC anunciou na terça-feira que o custo dos combustíveis para veículos em Macau tinha aumentado 20,8 por cento em 2022, seguindo a subida verificada no mercado internacional, sobretudo devido à invasão russa da Ucrânia. Por outro lado, a DSEC estimou que as rendas das habitações em Macau diminuíram 2,35 por cento em Janeiro, em comparação com igual mês do ano passado, enquanto o custo dos serviços de telecomunicações caiu 10,46 por cento. As rendas das habitações em Macau caíram 12,8 por cento no ano passado, sobretudo devido ao desemprego, mas deverão voltar a subir, entre 5 por cento e 10 cento em 2023, avançou na semana passada a imobiliária JLL.
Hoje Macau SociedadePJ | Restaurantes queixam-se de burla via telefone Vários proprietários de restaurantes têm apresentado queixas na Polícia Judiciária (PJ) de tentativas de burla via telefone. Segundo uma nota, as vítimas recebem telefonemas em que, do outro lado da linha, alguém diz ser um funcionário administrativo de uma escola de Macau que fez uma encomenda de produtos enlatados. Na mesma chamado, a pessoa argumenta que “o dono do estabelecimento pode ganhar uma comissão se ajudar a encomendar as latas através de uma empresa de alimentação indicada”. Alegando que a transferência bancária demora alguns dias a ficar realizada, pede-se à pessoa que ajude com o pagamento da encomenda ao transferir logo o dinheiro, isto após receber uma imagem com um registo de transferência bancária. Algumas vítimas transferiram o dinheiro, mas nunca receberam a referida comissão, não tendo conseguido contactar depois a pessoa que os contactou e que, alegadamente, encomendou os produtos enlatados. A PJ diz que, no ano passado, ocorreram alguns casos de fraude com recurso a encomendas falsas, nomeadamente de embalagens de sopa de uma determinada marca, vinho tinto ou mobiliário, entre outros artigos.
Hoje Macau SociedadeIAM | Obras do mercado da Horta e Mitra arrancam em Março As obras de renovação do mercado municipal no bairro da Horta e Mitra arrancam em Março, devendo estar concluídas até ao final do ano. Assim, e segundo uma nota do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), o mercado encerra portas esta terça-feira, sendo que, nesse dia, começa a ser feita a mudanças das instalações e trabalhos de limpeza. Segundo o IAM, os comerciantes poderão dispor, após as obras, de melhores condições. Será mantida a parte exterior do mercado e renovar as instalações no interior, além de que o espaço de produtos secos e molhados serão separados, para que “os cidadãos tenham uma melhor experiência de compras”. Após sessões de esclarecimento e negociação com o IAM, os comerciantes acordaram que “as suas actividades fiquem suspensas, para que a obra possa ser completamente realizada”. O Mercado da Horta e Mitra foi construído em 1939, sendo um estabelecimento importante para o fornecimento de produtos frescos e vivos aos moradores da zona. No interior do mercado, os sistemas de escoamento, ventilação, iluminação e outras instalações eram antigos e, após várias reparações feitas pelo IAM, “não era possível resolver os problemas”, explica o mesmo comunicado.
Hoje Macau SociedadeReligião | Missionários combonianos continuam a atrair fiéis 30 anos depois A igreja católica em Macau continua a atrair fiéis do interior da China e para a ordem religiosa comboniana o território é o “ponto de partida” para entrar no país, quando este “se abrir” ao trabalho dos missionários. Enquanto não consegue entrar no interior da China, a congregação religiosa dos Missionários Combonianos do Coração de Jesus vai fazendo trabalho em Macau, região onde se fixou há três décadas. Carlos Malásquez Quispe, peruano de Lima, é o pároco responsável pela igreja São José do Operário, no Iao Hon, bairro localizado na zona mais pobre e com maior densidade populacional de Macau, mesmo às portas da China. A igreja, um edifício contemporâneo projectado no final dos anos 1990 pelo arquitecto português Luís Nagy, está cercada por velhas construções. Tudo à volta acusa a passagem do tempo. A fachada, virada para a fronteira que separa Macau da cidade vizinha Zhuhai, tem a forma de dois braços abertos, como se simulasse um abraço de boas-vindas a quem vive do outro lado. E é esse o desígnio dos combonianos, nota Malásquez Quispe: “O nosso objectivo não era necessariamente ficar aqui em Macau, estamos a apontar para a China continental, por isso, este é apenas um ponto de partida (…). Se a China se abrir, e se permitirem a entrada de missionários, iremos imediatamente e procuraremos as áreas mais pobres, as áreas rurais para fazer o nosso serviço”. Entre cá e lá O interesse em assistir à missa numa “Igreja Católica verdadeira”, salienta o religioso, tem trazido até Macau vários fiéis chineses. De momento, a São José do Operário é uma das poucas igrejas da região administrativa especial a disponibilizar serviço em mandarim. A outra é a igreja da Nossa Senhora de Fátima, também na zona norte da península. “Um senhor que cá veio sente que a Igreja aqui em Macau é católica, é oficialmente católica e não controlada”, observa Carlos Malásquez Quispe, sem conseguir precisar quantos membros daquela paróquia são oriundos do interior da China. “Uma das coisas que me surpreendeu também e que eles [os fiéis] mencionaram é que mesmo quando se dá a comunhão na missa, o padre não pode dizer as palavras ‘o corpo de Cristo’”, acrescenta o religioso. Apesar de a ordem comboniana estar circunscrita a Macau, existe um vínculo já estabelecido com os religiosos do outro lado da fronteira, através do projecto Fen Xiang (FX) – significa ‘partilhar’ em chinês – que “visa lançar as bases para a presença dos combonianos no contexto chinês”, de acordo com a página na internet da congregação, fundada na cidade italiana de Verona, em 1867, e presente em 42 países. Neste sentido, Macau tem sido uma espécie de base de apoio, ao receber, através de um programa organizado pela diocese local, pessoas do interior da China “para terem formação espiritual e catequética”. “É uma ajuda, é também uma forma de eles sentirem que estamos ligados, de conhecermos a realidade em que vivem e de ajudarmos da forma que podemos”, explica. Malásquez Quispe conta, além disso, que através destes grupos de religiosos é possível “enviar alguma ajuda económica para lugares em necessidade”. “Essa é outra dificuldade que temos que é, a partir daqui, enviar dinheiro para a China continental. Tem sido difícil, porque há alguns orfanatos e leprosarias que não conseguimos ajudar durante este período”, declara, referindo-se aos quase três anos de pandemia da covid-19 em que foram impostas restrições fronteiriças. No que diz respeito à missão local, refere o peruano, a comunidade católica está a crescer “devagar e continuamente”, com cerca de 140 batismos realizados no ano passado. Segundo estatísticas da Diocese de Macau, até ao fim de 2020, o número de católicos no território era de 32.013, sendo a maioria membros da comunidade chinesa. Já uma das maiores adversidades da região são as “barreiras construídas, conscientemente ou não, na sociedade de Macau”. Malásquez Quispe explica que, “por questões de segurança”, a entrada em cada vez mais edifícios residenciais do território obriga ao registo de visitantes, o que acaba por ser um obstáculo ao trabalho missionário. “Isso vem aumentar um pouco mais o isolamento das pessoas (…), que já vivem num sítio pequeno, Macau”, diz.
João Luz Manchete SociedadeCinemateca Paixão | Actual gestora vai apresentar candidatura A empresa que tem gerido a Cinemateca Paixão nos últimos três anos vai a jogo e apresentará uma proposta ao concurso público para continuar a operar o espaço na Travessa da Paixão. Ao HM, a gestora de operações da cinemateca garantiu que se mantém a inspiração para oferecer ao público de Macau um programa diverso e de qualidade Quando a Companhia de Produção de Entretenimento e Cultura In Limitada ganhou o concurso público para a gestão da Cinemateca Paixão em Junho de 2020, o sector local do audiovisual foi apanhado de surpresa em relação ao novo player que surgiu, aparentemente do nada. O repúdio pela decisão gerou mesmo a entrega de duas petições à secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Leong U, por um grupo de cineastas autodenominado “Macau Cinematheque Matters”. Volvidos cerca de três anos, e face a um novo concurso público para gerir o espaço da Travessa da Paixão, os ânimos serenaram e voltam a preparar-se candidaturas. Em declarações ao HM, Jenny Ip, responsável pela gestão das operações da Cinemateca Paixão nos últimos três anos, confirma que a Companhia de Produção de Entretenimento e Cultura In Limitada voltará a participar no concurso público. “Vamos ter uma discussão interna para analisar as condições do concurso público. Mas a nossa inspiração para o futuro continua a ser a mesma que tivemos nestes três anos, que é proporcionar ao público de Macau um programa diversificado e de qualidade. Mas uma coisa posso garantir, temos a certeza de que vamos apresentar uma nova proposta”, contou ao HM a gestora de operações da Cinemateca Paixão, Jenny Ip. Questão de milhões A direcção da Associação Audiovisual CUT, que esteve à frente da Cinemateca Paixão nos primeiros anos de existência do espaço, indicou ontem ao HM estar a analisar as condições do concurso público e a “considerar seriamente” apresentar uma candidatura. No concurso público anterior, as duas candidatas apresentaram propostas de orçamento para gerir a Cinemateca Paixão bem díspares. Enquanto o montante apresentado pela companhia In foi de 15,24 milhões de patacas, a Cut Limitada colocou em cima da mesa uma proposta de 34,8 milhões de patacas.
João Luz SociedadePJ | Alerta para novo tipo de fraude telefónica A Polícia Judiciária (PJ) lançou ontem mais um alerta depois de ter recebido “várias denúncias sobre chamadas telefónicas de origem desconhecida”. Segundo as autoridades, a táctica dos burlões passaria por afirmar que um familiar da vítima “teve um conflito com alguém (por causa de problema passional, de agressão ou de acidente de viação)”, para depois pedir dinheiro “para resolver o tal assunto”. Apesar da armadilha montada pelos burlões, a PJ afirma que as potenciais vítimas que apresentaram queixa “conseguiram contactar os respectivos familiares e esclarecer a situação, descobrindo que tinham sido vítimas de uma tentativa de fraude”. Assim sendo, a polícia alerta a população para que recuse proceder a transferências bancárias ou entrega de remessas de dinheiro e desligar a chamada telefónica quando do outro lado alguém afirmar que um “familiar está envolvido em qualquer conflito, a ser sequestrado, agredido ou detido”. Além de recomendar a não revelação de dados pessoais, a PJ apela a quem receber estas chamadas para contactar as autoridades.
João Santos Filipe Manchete SociedadeJogo | Empresários ligados a casinos sobem na lista dos mais ricos Apesar de um ano difícil para os casinos, vários milionários com ligações a Macau acumularam mais milhões e subiram no ranking das 50 pessoas mais ricas de Hong Kong Vários empresários com ligações ao jogo em Macau surgem na lista das 50 pessoas mais ricas de Hong Kong, elaborada pela revista Forbes. A lista para este ano foi revelada ontem e apresenta Lui Che Woo, empresário ligado à Galaxy, como o melhor colocado. Apesar de o ano passado ter sido o pior desde o início da pandemia para os casinos de Macau, os efeitos não se fizeram sentir na fortuna pessoal do multimilionário que preside à concessionária Galaxy. Segundo os números da Forbes, a riqueza de Lui Che Woo cresceu para 14,9 mil milhões de dólares americanos no início de 2023, um ganho de 2,1 mil milhões de dólares face ao valor de 12,8 mil milhões do ranking 2022. Lui Che Woo é o empresário com ligações ao jogo de Macau mais bem posicionado, ocupando o 7.º lugar, uma subida de um lugar face ao ano passado, quando ocupava a 8.ª posição do top 50. Pansy Ho é a segunda personalidade de Macau mais bem posicionada ao aparecer no 22.º lugar da lista. A filha de Stanley Ho, que é co-presidente da MGM China, tem a fortuna avaliada em 3,8 mil milhões de dólares, um crescimento, face aos 3,4 mil milhões do ano passado. O facto de ter ficado mais rica permitiu-lhe subir seis posições em relação ao 28.º lugar de 2022. Quem também subiu no ranking, foi Ângela Leong, deputada e co-presidente da SJM Holdings. A quarta mulher de Stanley Ho subiu para o 32.º lugar, o ganho de uma posição em comparação com o 33.º posto do ano passado. Contudo, a sua riqueza pessoal caiu de 2,9 mil milhões de dólares para 2,7 mil milhões de dólares. Ainda com ligações a Stanley Ho, surge Lawrence Ho, filho do magnata falecido e presidente da concessionária Melco. Ho viu a sua fortuna crescer de 1,25 mil milhões de dólares para 1,4 mil milhões, Esta alteração não teve impacto no seu ranking que permaneceu no 46.º lugar, o mesmo do ano passado. Finalmente, no 49.º lugar, aparece Pollyanna Chu, empresária que controla o grupo Kingston Financial com participações nos casinos Casa Real, na Península de Macau, e Grandview, na Taipa. Com uma fortuna avaliada em 900 milhões de dólares, os bens da empresária têm perdido valor a ritmo acelerado. Em 2018, a fortuna de Chu estava avaliada em 7 mil milhões de dólares. Outros famosos Além das figuras ligadas ao jogo, a lista dos 50 mais ricos de Hong Kong tem outros nomes bem conhecidos de Macau. Joseph Lau, magnata do imobiliário, ocupa o oitavo lugar com uma fortuna de 13,8 mil milhões de dólares americanos. Impedido de entrar na RAEM, onde arrisca ser preso, Lau foi condenado no âmbito do caso La Scala, que levou o ex-secretário para os Transportes e Obras Públicas, Ao Man Long, para a prisão de Coloane, onde ainda permanece. Or Wai Sheun, empresário ligado à Polytech, responsável pela construção de vários edifícios em Macau, surge no 28.º lugar, com uma fortuna de 3,15 mil milhões de dólares.
Hoje Macau SociedadeDSEC | Exposições e prejuízos sobem em 2022 No ano passado, realizaram-se 460 reuniões, conferências, exposições e eventos de incentivo, que representam mais 11, face a 2021. O número de participantes e visitantes (1.421.000) aumentou 1,4 por cento. Os dados foram publicados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Em 2022, realizaram-se 385 reuniões e conferências (menos uma, em termos anuais), nas quais estiveram 42.000 participantes (menos 1,1 por cento), 64 exposições (mais nove, em termos anuais), nas quais estiveram 1.376.000 visitantes (mais 1,5 por cento). Decorreram ainda 11 eventos de incentivo (mais 3, em termos anuais), nos quais marcaram presença 2.193 participantes (menos 11,1 por cento). Já em termos financeiros, o ano foi de perdas, com um prejuízo de 21,64 milhões de patacas, contando com os apoios do Governo. Sem os apoios do Executivo, o buraco da indústria sobre para 55,40 milhões de patacas. Ainda segundo a informação oficial, no ano passado as receitas das entidades organizadoras das exposições realizadas foram de 78,72 milhões de patacas (mais 2,7 por cento, em termos anuais) e as despesas corresponderam a 199 milhões de patacas (mais 15,9 por cento). As receitas das 57 exposições organizadas por entidades não governamentais situaram-se em 68,67 milhões de patacas (menos 3,9 por cento, em termos anuais) e as despesas foram de 90,31 milhões de patacas (mais 19,2 por cento).
Hoje Macau Manchete SociedadeAssociações expõem problemas e pedem “um empurrão” a cônsul de Portugal em Macau A falta de espaço da Escola Portuguesa de Macau e o formato e montante dos subsídios atribuídos pelo Governo do território a associações locais foram questões levadas hoje ao cônsul-geral de Portugal por entidades de matriz portuguesa. Mais de uma dezena de entidades e associações de matriz portuguesa reuniram-se com o novo cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Alexandre Leitão, que iniciou funções este mês, em substituição de Paulo Cunha Alves. Ao auditório do consulado-geral de Portugal voltaram antigos dilemas enfrentados pelas associações de matriz portuguesa, nomeadamente a redução do montante ou o formato adoptado para a entrega dos subsídios governamentais. “Entretanto não há fundos e tem de se trabalhar com crédito do banco”, disse à Lusa a presidente da Casa de Portugal em Macau (CPM), lamentando a demora na atribuição dos subsídios “que não tem em conta as associações com atividade permanente e sistemática”. “Houve uma diminuição muito grande [do montante] durante este tempo da covid-19″, acrescentou Maria Amélia António. Alexandre Leitão considerou esta matéria, “transmitida por algumas entidades”, uma “questão importante”. E questionou: “É muito importante perceber – isto dito com toda a abertura – se há uma agenda que vise reduzir a expressão e a visibilidade destas entidades, aí temos um problema de natureza política. Pode ser, no entanto, um problema de natureza financeira (…) ou pode ser uma questão administrativa”. Sobre a falta de espaço da Escola Portuguesa de Macau (EPM), o presidente da direcção da instituição, Manuel Machado, descreveu “uma situação de esgotamento” e sublinhou que a escola “não pode continuar a crescer, sob pena de diminuir a qualidade do seu serviço educativo se não houver condições”. “Intervim no sentido de, junto das autoridades portuguesas, poder fazer sublinhar este aspeto que é a necessidade do aumento das instalações, da melhoria dos equipamentos que estão envelhecidos e também da melhoria das instalações existentes. A escola é portuguesa e Portugal tem de dar um passo importante nesse sentido”, notou. Para Alexandre Leitão, o tema EPM “é uma prioridade absoluta”, pelo que o diplomata assegurou que fará “tudo o que puder” para intervir junto das autoridades competentes em Portugal, prometendo o mesmo em relação a outros assuntos locais. No encontro, o académico Adérito Fernandes Marcos, que esteve na sessão em representação do reitor Stephen Morgan, da Universidade de São José (USJ), estabelecimento criado pela Universidade Católica Portuguesa, transmitiu ao diplomata a preocupação sobre o número “completamente insuficiente” de alunos oriundos da China na instituição. A USJ, a “única universidade católica de todo o território da China”, recebeu luz verde de Pequim para admitir alunos do interior da China a partir de 2021. No entanto, foi estabelecida uma quota de 30 estudantes para o ano letivo 2022/2023. Adérito Fernandes Marcos apontou a necessidade de agilizar a “angariação de estudantes da Lusofonia enquanto não existir abertura plena para a angariação de alunos da China continental”, que considerou, por sua vez, um “‘handicap’ muitíssimo difícil”. “Tudo o que a representação das autoridades portuguesas aqui em Macau puder fazer para ajudar, naquilo que é possível ajudar, é sempre bem-vindo”, rematou. Da mesma universidade, David Gonçalves, presente na sessão na qualidade de presidente da Associação em Macau para a Cooperação Científica entre a China e os Países de Língua Portuguesa, “a dar os primeiros passos”, lamentou que se “fale pouco sobre a cooperação científica entre Macau, Portugal e China”. O também director do Instituto de Ciências e Ambiente da USJ lembrou um acordo assinado, há poucos anos, entre a Fundação para a Ciência e Tecnologia, de Portugal, e a instituição homóloga em Macau, “que financiava projectos conjuntos entre os dois territórios”. “Julgo saber que não teve continuidade por dificuldades por parte de Portugal”, acrescentou, sugerindo tratar-se de “um ponto concreto onde o consulado pode dar um empurrão, que é voltar a colocar este programa de financiamento activo”. Também presente no encontro, a conselheira das Comunidades Portuguesas para a região Rita Santos deu voz a preocupações sentidas há muito no consulado-geral de Portugal em Macau, lembrando “a falta de pessoal” e os “baixos salários que afectam o moral dos trabalhadores”.
João Luz SociedadeEuropa | MNE alerta estudantes para sequestros falsos O Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) da China na RAEM emitiu ontem um alerta a apelar a residentes de Macau que estudem no estrangeiro, em particular na Europa, para terem cuidado com esquemas de “falsos sequestros”. Este tipo de crime costuma envolver o contacto telefónico de alguém que se faz passar agentes das autoridades do Interior da China ou da Interpol que acabavam por convencer as vítimas a filmar um vídeo onde fingem pedir um resgate por terem sido sequestrados. Apesar de estarem em segurança, os jovens acedem ao pedido e os burlões usam o vídeo para extorquir dinheiro a familiares e amigos das vítimas. Uma situação semelhante aconteceu a um jovem de Macau “há alguns dias”, segundo relato o comissariado. “Os criminosos abusam das características dos estudantes estrangeiros que acabaram de chegar e que não estão profundamente envolvidos no mundo, fingindo serem agentes da autoridade (…) para ameaçar, intimidar, extorquir” os jovens. Por esta razão, o comissariado destaca que os alunos devem proteger bem os dados importantes, tal como o passaporte, número de telemóvel, conta bancária e a palavra-passe e ter cuidado com chamadas de pessoas que alegam estar envolvidas em investigações policiais. Se forem contactados, o MNE sugere a denúncia à polícia, às entidades consulares e, em caso de necessidade, pedir ajuda ao Centro de Antifraude de Internet de Telecomunicações da China.
Hoje Macau Manchete SociedadeHabitação | Rendas com quebra de 12,8% no ano passado As rendas das habitações caíram 12,8 por cento no ano passado, sobretudo devido ao desemprego em Macau, mas deverão voltar a subir, entre 5 por cento e 10 por cento em 2023, avançou ontem a imobiliária JLL O director-geral da JLL para Macau e Zhuhai, Oliver Tong, apontou como factores na queda do valor das rendas a subida do desemprego e a partida de milhares de trabalhadores sem estatuto de residente, “grandes contribuidores” para o mercado do arrendamento. De acordo com dados oficiais, Macau perdeu quase 16.200 trabalhadores não-residentes ao longo de 2022, enquanto a taxa de desemprego entre Outubro e Dezembro fixou-se em 3,5 por cento, mais 0,4 pontos percentuais do que no final de 2021. A queda das rendas é uma “grande razão para alarme”, disse Tong numa conferência de imprensa, alertando para “o elevado risco” de não pagamento de hipotecas imobiliárias para o sistema bancário de Macau. O crédito vencido nos bancos de Macau atingiu um novo recorde em Dezembro, 19,4 mil milhões de patacas, mais 32,8 por cento do que no mês anterior, de acordo com dados oficiais. “O mercado imobiliário de Macau deverá recuperar com mais transacções de arrendamento residencial face à reabertura das fronteiras”, disse Oliver Tong. Tal como a China continental, Macau, cuja economia depende do turismo, abandonou em meados de Dezembro, após três anos, a política de ‘zero covid’, com a imposição de quarentenas e testagem massiva. No entanto, Tong alertou que a situação do emprego “não vai melhorar do dia para a noite” e que as taxas de juro “deverão continuar a um nível elevado a curto prazo”. Juros a subir A Autoridade Monetária de Macau anunciou em 5 de Fevereiro uma nova subida da principal taxa de juro de referência para 5 por cento, o nível mais alto desde Dezembro de 2007. O relatório da JLL estima, por outro lado, que o valor das habitações em Macau caiu 10,1 por cento em 2022, porque “os investidores e potencial compradores tenderam a ser cautelosos face à crise económica”. “O preço das habitações só voltará a uma tendência de crescimento no próximo ano ou mais tarde”, disse Oliver Tong, que prevê uma escassez de nova oferta residencial privada “a curto e médio prazo”. O analista acrescentou que a oferta de habitação será “dominada por habitação pública”, dando como exemplo o chamado Novo Bairro de Macau, em Hengqin, que deverá ser posto à venda este ano. Também as rendas de lojas em Macau caíram 15 por cento em 2022, devido ao impacto da pandemia de covid-19, “uma economia fraca e queda na procura por parte dos consumidores”, referiu o relatório da JLL. No entanto, Oliver Tong disse esperar uma recuperação entre 10 por cento e 15 por cento, nas rendas das lojas, uma vez que os turistas têm regressado a Macau “mais rapidamente e em maior número do que o esperado”. Mais de um milhão de turistas visitaram a cidade em Janeiro, numa subida de 101,3 por cento em termos anuais e de 259 por cento em termos mensais, de acordo com dados oficiais divulgados na segunda-feira.
Hoje Macau SociedadeCPSP | Negado envolvimento de agente em acidente polémico O Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) recusou ontem que um dos seus agentes tivesse estado envolvido num acidente em que a conduta da polícia levantou muitas questões. O caso foi revelado online, por uma página local especializada em transportes públicos, e terá alegadamente acontecido a 10 de Fevereiro. Segundo a descrição online, uma viatura particular, uma carrinha de sete lugares, mudou de faixa de rodagem numa zona de linha contínua, e atravessou-se à frente de um autocarro, que retomava a sua marcha. Sem tempo para reagir, a condutora do autocarro público não conseguiu evitar o acidente. Após o sinistro, o condutor da viatura privada terá alegadamente abordado a condutora apresentando-se como agente da polícia. De seguida, pediu à mulher que encostasse a viatura e chamou as autoridades. Quando a polícia chegou ao local, terá abordado imediatamente a condutora do autocarro público a quem passou uma multa, por falta de sinal indicativo de mudança de direcção, ou seja, o pisca. De acordo com a informação que circulou online, devido ao sentimento de injustiça, a mulher começou imediatamente a chorar no local, ao perceber que seria a única pessoa multada. Foi consolada por alguns dos presentes. Contudo, mais tarde, a delegação para condutores profissionais da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) foi chamada a intervir e contactou os deputados da associação. A partir desse momento, a informação online indicava que as autoridades tinham desistido de passar a multa à condutora. Ontem, o CPSP explicou ao jornal Ou Mun que a multa não foi retirada e que o condutor da viatura privada também tinha sido multado. Ao mesmo tempo, o CPSP recusou que o condutor fosse seu agente, antes uma das pessoas envolvidas no mecanismo de protecção civil.
João Luz Manchete SociedadeIC | Aberto concurso público para gerir Cinemateca Paixão por três anos O Instituto Cultural abriu ontem o concurso público para adjudicar a gestão das operações da Cinemateca Paixão até ao final de Julho de 2026. Os candidatos podem submeter candidaturas até 11 de Abril, após o pagamento de uma caução de 440 mil patacas A gestão da Cinemateca Paixão durante os próximos três anos volta a ser submetida a concurso público de para adjudicação da prestação de serviços de operação. De acordo com o anúncio publicado ontem pelo Instituto Cultural no Boletim Oficial, a duração da prestação dos serviços é de “trinta e seis meses, de 1 de Agosto de 2023 a 31 de Julho de 2026”. Os candidatos à adjudicação devem entregar as suas propostas até às 17h do dia 11 de Abril, mas primeiro devem pagar a caução provisória no valor de 440 mil patacas, “mediante depósito em numerário ou garantia bancária a favor do Instituto Cultural”, menos 114 mil patacas do que no anterior concurso público para gerir o espaço. O anúncio assinado pela presidente do Instituto Cultural (IC), Deland Leong Wai Man, estipula que o limite máximo para o preço proposto se fixa em 22 milhões de patacas. Três anos depois O IC estabelece como critérios de apreciação das propostas quatro factores a ponderar. O preço apresentado para os três anos de adjudicação vale 40 por cento, enquanto o “grau de perfeição da proposta operacional trienal e do plano operacional para os primeiros doze meses” vale outros 40 por cento na decisão final. Finalmente, a “experiência da pessoa proposta para director de operações” tem um peso de 12 por cento na avaliação, enquanto a “experiência da pessoa proposta para consultor” vale oito por cento. Recorde-se que a Cinemateca Paixão abriu ao público no final de Março de 2017, tornando-se num dos locais de peregrinação para os cinéfilos de Macau. Durante os primeiros três anos de operação, a Associação Audiovisual CUT esteve ao leme da programação no espaço situado na Travessa da Paixão. Em 2020, num concurso que levantou alguma polémica, a gestão ficou cargo da Companhia de Produção de Entretenimento e Cultura In Limitada, uma entidade ligada ao grupo junket Suncity, através da associação que organizou o Festival Internacional de Cinema de Macau. O HM contactou a direcção da Associação Audiovisual CUT, que estava a analisar as condições do concurso público e a “considerar seriamente” apresentar uma candidatura. Foram enviadas questões também à Companhia de Produção de Entretenimento e Cultura In Limitada, mas até ao fecho desta edição não recebemos resposta.
Hoje Macau Manchete SociedadeUM | Lançada ligação a satélites para prever desastres naturais A maior instituição de ensino superior local inaugurou ontem uma base de ligação a satélites, cujos dados poderão ajudar a prever desastres naturais, incluindo ciclones tropicais e tufões A Universidade de Macau (UM) inaugurou ontem uma base de ligação a satélites, cujos dados poderão ajudar a prever desastres naturais, incluindo ciclones tropicais e tufões, e lançar alertas atempados, disse à Lusa uma académica daquele estabelecimento de ensino. Ma Shaodan, directora adjunta do Laboratório de Referência do Estado de Internet das Coisas para a Cidade Inteligente da UM, afirmou que a informação pode servir para “prever” a situação meteorológica e o nível das águas do mar. Num comunicado, a UM sublinhou que a tecnologia utilizada em satélites de monitorização terrestre, incluindo a utilização de algoritmos e de grandes dados, pode “promover a segurança das cidades e a prevenção de desastres”. No comunicado, lembra-se o potencial impacto da subida das águas do mar e dos ciclones tropicais nas cidades da Grande Baía, região cuja costa representa quase 30 por cento da área terrestre. A Grande Baía é um projecto do Governo chinês para criar uma metrópole mundial que integra Hong Kong, Macau e nove cidades da província de Guangdong, numa região com cerca de 80 milhões de habitantes e com um Produto Interno Bruto (PIB) superior a um bilião de euros, semelhante ao PIB da Austrália, Indonésia e México, países que integram o G20. No discurso na cerimónia de inauguração da base de ligação a satélites, o reitor da UM, Song Yonghua, lembrou que Macau é atingido todos os anos por tufões. Em 2017, o tufão Hato, considerado o pior em mais de meio século a atingir o território, causou dez mortos e 240 feridos. Desafios naturais Ma Shaodan sublinhou que “é muito complicado” prever a trajectória e comportamento de tufões e ciclones tropicais, mas que, assim que for possível recolher um grande volume de dados, “a tecnologia de simulação pode ajudar muito”. A montagem da antena parabólica no campus da UM em Hengqin (Ilha da Montanha) arrancou em 2022. A infra-estrutura já está operacional, recebendo dados de dois grupos de satélites chineses e norte-americanos que cobrem quase toda a China e o mar do Sul da China, revelou a académica. Ma Shaodan afirmou também que o principal objectivo é “ajudar a investigação ligada à cidade inteligente e sobre o oceano e as zonas costeiras”. O reitor da UM destacou ainda a ligação da universidade aos países de língua portuguesa, mencionando em particular Angola e Moçambique. Ma Shaodan confirmou que a nova base está interessada em “partilhar e trocar dados com outros países”, incluindo os lusófonos, “para apoiar o seu desenvolvimento, promover colaborações e criar uma base mais forte para investigação”.
Hoje Macau SociedadeSands | Receitas caem mais de 50% em 2022 A operadora de jogo Sands China registou, no ano passado, perdas de 12,6 mil milhões de patacas, tendo as receitas caído 52,3 por cento. Os dados constam no mais recente relatório da empresa enviado à bolsa de valores de Hong Kong e noticiado pela TDM Rádio Macau. Por sua vez, as receitas líquidas da Sands caíram 44,2 por cento para 12,5 mil milhões de patacas, números que se explicam pela queda do número de turistas potenciada pelas restrições relacionadas com a pandemia. O relatório cita ainda as palavras de Robert Goldstein, presidente e CEO da Sands China, que diz ter confiança no desempenho do mercado nos próximos meses e “um optimismo inabalável no futuro”. Em relação ao novo contrato de concessão, a Sands China afirma ter um plano de investimento superior a 30 mil milhões de patacas para o território até 2032, sendo que mais de 27 mil milhões de patacas vão ser canalizados para a área não jogo, ou seja, de lazer e entretenimento, tal como a realização de eventos, um projecto com iates e turismo marítimo e a abertura de mais restaurantes internacionais.
João Luz Manchete SociedadeJogo | Terceira semana de Fevereiro mais rentável que Janeiro Sem contar com os períodos de feriados, a terceira semana de Fevereiro foi a melhor em mais de três anos, com receitas brutas diárias de cerca de 400 milhões de patacas. A JP Morgan Securities prevê que o segmento de massas consiga recuperar este mês para 70 por cento dos níveis e receitas antes da pandemia A galinha dos ovos de ouro de Macau parece estar de volta a um nível de produção que faz lembrar os tempos antes da covid-19 arrasar o “galinheiro”. Segundo os analistas da JP Morgan Securities (Asia Pacific) Ltd, a média diária de receitas brutas dos casinos de Macau continuou na terceira semana de Fevereiro a ultrapassar a média registada em Janeiro, apesar de este ano os feriados do Ano Novo Chinês terem calhado no mês passado. A corretora estima que indústria do jogo da RAEM tenha apurado na terceira semana de Fevereiro receitas brutas médias de cerca de 400 milhões de patacas por dia, valor que representa o melhor resultado numa semana sem feriados em mais de três anos Aliás, os números sugerem uma recuperação de mais de 45 por cento em relação a níveis anteriores à covid-19. Previsão que se torna mais optimista quando focada nas receitas correspondentes ao segmento de massas, que poderá recuperar para montantes entre 65 a 70 por cento das receitas registadas antes da pandemia, segundo os analistas da JP Morgan citados pelo portal GGR Asia. Feitas as contas Em termos de receitas agregadas, os analistas da corretora apontam para receitas brutas de 7,2 mil milhões de patacas apurados nos primeiros 19 dias de Fevereiro. O total agregado indica uma média diária entre 375 a 380 milhões de patacas em receitas brutas. “Este resultado está ligeiramente acima das fortes receitas brutas registadas em Janeiro”, quando os cofres dos casinos amealharam por dia 374 milhões de patacas, concluem os analistas DS Kim e Mufan Shi, citados pelo GGR Asia. Mas, mais do que o valor cru dos milhões, os analistas destacam “a sólida performance tendo em conta a fraca sazonalidade típica dos períodos posteriores a feriados”. Já as notícias sobre a morte do jogo VIP, parecem ter sido manifestamente exageradas, pelo menos de acordo com as projecções da JP Morgan. “Estimamos que o jogo VIP recupere para cerca de 15 por cento dos níveis antes da pandemia, um progresso sólido para um mercado que supostamente estará em vias de extinção”, é referido. Apesar do sinal de vitalidade, os analistas sublinham que as receitas apuradas pelo segmento VIP não serão o principal motor da indústria do jogo, mantendo-se em níveis residuais face ao mercado de massas.
Hoje Macau SociedadePatrimónio | Complexo de estaleiros de Lai Chi Vun abre no próximo trimestre O complexo turístico e patrimonial na vila de Lai Chi Vun, em Coloane, que inclui cinco antigos estaleiros navais completamente renovados, deverá abrir ao público no próximo trimestre. A ideia para o complexo, com 4,600 metros quadrados e que visa levar turistas a Coloane e contar um pedaço da história da construção naval de Macau, começou a ser traçada em Dezembro de 2021. O assunto foi discutido na reunião de ontem do Conselho do Património Cultural. O projecto de renovação, com um custo de cerca de 42 milhões de patacas, deverá incluir um mercado para produtos culturais e criativos e uma área com diversas funcionalidades, escreveu o jornal Ou Mun. A zona dos estaleiros de Lai Chi Vun está classificada como área de interesse cultural e histórico desde Dezembro de 2018. Recusado encerramento da Avenida Almeida Ribeiro O Instituto Cultural (IC) afasta a possibilidade, a curto prazo, de encerrar a Avenida Almeida Ribeiro ao trânsito, numa iniciativa que ficou conhecida como “Passeando pela Almeida Ribeiro – projecto-piloto para área pedonal”. A informação foi avançada ontem por Deland Leong, presidente do IC, após uma reunião do Conselho do Património Cultural. Apesar das opiniões “favoráveis”, Leong informou que, neste momento, não há condições para fechar ao trânsito a avenida do centro histórico da cidade, devido às obras em curso na península de Macau. Apesar da limitação, a presidente do IC afirmou que vão ser ponderadas outras ideias para no futuro revitalizar o património cultural e as zonas velhas da cidade.
Hoje Macau Manchete SociedadeInflação | Custo dos combustíveis subiu mais de 20% em 2022 2022 foi um ano difícil para os condutores. Segundo os dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, os combustíveis subiram mais de 20 por cento no ano passado, o que se reflectiu no menor consumo O custo dos combustíveis para veículos subiu 20,8 por cento em 2022, indicam os últimos dados divulgados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), seguindo o aumento verificado no mercado internacional, sobretudo devido à invasão russa da Ucrânia. O preço médio de venda da gasolina sem chumbo fixou-se em 13,96 patacas no ano passado, enquanto o preço do gasóleo atingiu 15,62 patacas. Num comunicado, a DSEC revelou ainda que o custo dos combustíveis terminou 2022 em alta, com o preço médio de venda durante o último trimestre nas 14,29 patacas para a gasolina e 16,21 patacas para o gasóleo. O comunicado não refere quaisquer motivos para os aumentos. Mas, no mercado internacional, o preço dos hidrocarbonetos, incluindo derivados do petróleo e gás natural, subiu em 2022 devido à corrida ao gás natural liquefeito na Europa. Isto após a comunidade internacional ter respondido à invasão da Ucrânia com a imposição de sanções políticas e económicas, incluindo o encerramento dos gasodutos russos, a principal fonte de combustíveis fósseis da Europa. Fornecidos pelo Interior De acordo com dados da DSEC, 90,9 por cento da gasolina e 86,1 por cento do gasóleo importados por Macau vieram da China, com o resto da gasolina a vir da Arábia Saudita e o resto do gasóleo de Singapura. Além do impacto da guerra, deputados como Leong Sun Iok e Nick Lei alertaram ao longo do ano passado para uma eventual “combinação de preços” entre os revendedores de combustíveis para veículos em Macau. Com o preço dos combustíveis a aumentar, o consumo de gasolina no território caiu 10,9 por cento para 90,8 milhões de litros em 2022 enquanto o consumo de gasóleo recuou 5,4 por cento para 88,8 milhões de litros. Pelo contrário, e ainda de acordo com dados da DSEC, o consumo de gás natural em Macau aumentou 40,1 por cento para 120,3 milhões de metros cúbicos no ano passado. O Governo de Macau anunciou na segunda-feira um aumento, entre 8 por cento e 14,3 por cento, no preço de venda do gás natural, apontando para a “subida rápida no mercado internacional”, causada pela invasão da Ucrânia. Num despacho publicado no Boletim Oficial e que entrou já em vigor, Ho Iat Seng aumentou em 8,2 por cento o preço do gás natural para habitações para 7,58 patacas por metro cúbico.
Andreia Sofia Silva SociedadeMacau recebe fórum sobre madeira sustentável em Novembro O Instituto de Promoção do Comércio e Investimento de Macau (IPIM) quer trazer para o território, em Novembro, o “Fórum e Exposição da Indústria Global da Madeira Sustentável”, em parceria com a Organização Internacional de Madeiras Tropicais (ITTO, na sigla inglesa). Segundo o IPIM, a organização visa o desenvolvimento sustentável dos recursos florestais em todo o mundo, tendo em conta as alterações climáticas e o risco de perda progressiva da flora em vários países e regiões. O IPIM entende que o evento pode ajudar a “promover o desenvolvimento da diversificação adequada da economia”, além de “expandir o espaço de cooperação internacional” do território e reforçar “o seu estatuto e influência internacionais”. O fórum pretende também fomentar o sector das exposições e convenções, “ajudar a enriquecer o papel de plataforma” de Macau e promover a investigação científica na área dos recursos naturais e da sustentabilidade, “através da participação da Universidade de Macau em trabalhos de investigação”. Índice conjunto Os contactos entre o Governo e o ITTO começaram em 2019, sendo que, no ano passado, foram iniciados projectos conjuntos “sobre a construção da Plataforma do Índice Global da Madeira” e a “investigação sobre a ligação de sistemas de rastreamento de origem de madeira com base na tecnologia de blockchain”. Em Dezembro do ano passado, foi apresentado em Macau o “Relatório GTI da Plataforma de Índice Global da Madeira”, e realizado um workshop sobre a “tendência do mercado global de madeira”. Assim, o IPIM e o ITTO lançaram o primeiro índice que mede a prosperidade da indústria de extracção de madeiras em todo o mundo, o “Índice Global da Madeira” (Global Timber Index, GTI), que abrange sete países, incluindo a China. Este é calculado com base na compilação de estatísticas de inquérito mensal às empresas de madeira importantes nos países produtores e consumidores de madeira a nível mundial.
Hoje Macau SociedadeIAS | Reforçadas equipas que prestam serviços a idosos As equipas de serviços de cuidados domiciliários e de apoio a idosos do Instituto de Acção Social (IAS) passaram a ser integradas por 16 membros. A informação foi revelada por Hon Wai, presidente do IAS, na resposta a uma interpelação escrita da deputada Ella Lei. “A equipa de serviços de cuidados domiciliários e de apoio composta por 14 trabalhadores nos anos passados, tem aumentado para 16 trabalhadores por equipa, composta pelo chefe de equipa, assistentes sociais, enfermeiros, terapeutas, diversos tipos de trabalhadores da linha da frente que prestam cuidados e logística, etc.”, foi revelado. Hon Wai explicou também que estes dois trabalhadores adicionais são “pessoal de cuidados da linha da frente”. Segundo o mesmo responsável, estas equipas permitem apoiar “cerca de 1.400 idosos com saúde débil e as pessoas com necessidade”. Além disso, para este ano, está ainda previsto o aumento do número de equipas disponíveis, numa unidade. “O IAS irá acrescentar uma equipa de serviços de cuidados domiciliário e de apoio na zona da Praia do Manduco em 2023, no sentido de não só, aumentar a oferta de serviço, mas também aliviar a pressão de serviços prestados pelas equipas já existentes”, foi justificado. Este reforço pretende responder à tendência de maior procura pelos serviços da Península de Macau, especialmente nas zonas centro e sul.
João Santos Filipe Manchete SociedadeSalário Mínimo | Governo aberto a criar comissão para revisão de valores O director dos Serviços para os Assuntos Laborais afirmou que o Governo está a trabalhar num relatório sobre o futuro do salário mínimo. Contudo, não avançou com qualquer data para a tomada de decisão sobre alterações aos valores em vigor Wong Chi Hong, mostrou abertura para ser criada uma comissão especializada para analisar a actualização do salário mínimo. A posição foi revelada na resposta a uma interpelação do deputado Lam Lon Wai sobre esta matéria. “Em relação à sugestão da interpelação escrita de estabelecer uma comissão especializada para a revisão do salário mínio, o Governo da RAEM está disposto a ouvir as sugestões de todos os sectores, que serão ponderadas em conjunto com o desenvolvimento económico e social da RAEM”, respondeu Wong. O director da DSAL adiantou também que está a ser realizado um relatório sobre a revisão do valor do salário mínimo. De acordo com a lei, a revisão deveria ser feita a cada dois anos. A lei entrou em vigor a 1 de Novembro de 2020, pelo que o período de dois anos terminou a 31 de Outubro de 2022, sem que houvesse qualquer posição do Governo sobre o assunto. Em relação a este silêncio, Wong Chi Hong admitiu ser necessário esperar, porque está a ser elaborado um relatório sobre a situação “do desenvolvimento económico e social” com base nos dados recolhidos até ao final de Outubro de 2022. No entanto, o director da DSAL não se comprometeu com uma data para a conclusão do relatório nem para a tomada de posição do Governo. Contudo, garantiu que, como determinado pela lei, o assunto vai ser discutido no Conselho Permanente de Concertação Social. Pedidos de aumento Nas últimas semanas, os sectores laborais têm defendido o aumento do salário das actuais 32 patacas por hora para 35 patacas por hora. Contudo, a proposta tem encontrado oposição por parte do patronato, que argumenta que os últimos três anos ficaram marcados pela maior crise económica desde a transferência de soberania, pelo que entendem que o valor deve manter-se congelado. O último aumento do salário mínimo aconteceu em 2019. No entanto, na interpelação escrita, Lam Lon Wai deixou críticas ao mecanismo interno para aumentar o ordenado mínimo, por considerar que os procedimentos não são conhecidos pela população nem pelos deputados. O legislador pediu também que se apresentasse uma estimativa sobre a duração do processo. Em relação a estes pedidos de esclarecimentos, Wong Chi Hong, deixou o deputado sem resposta e sem qualquer previsão de data. A única garantia deixada, foi que, no caso de o Governo decidir não aumentar o salário mínimo, não será realizada qualquer alteração à lei.