Hoje Macau China / ÁsiaMoçambique | Concessionado terminal portuário a grupo chinês O Governo moçambicano concessionou por 15 anos, como parceria público-privada, a construção, operação, manutenção e gestão do Terminal Portuário de Chongoene, província de Gaza, a uma sociedade constituída pelos chineses Desheng Port e a estatal moçambicana CFM. “Havendo necessidade de estabelecer a base legal que permita a concessão, em regime de parceria público-privada, a operador privado, para construção, operação, manutenção, gestão e devolução das infra-estruturas do Terminal Portuário de Chongoene, na província de Gaza, para exploração comercial do serviço público portuário”, justifica um decreto do conselho de ministros, de 26 de Agosto, a que a Lusa teve anteontem acesso. A concessão é atribuída à Sociedade Terminal de Minérios de Chongoene SA, constituída pelas empresas Desheng Port e Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), ficando a concessionária “autorizada” a “projectar, financiar, construir, possuir, operar, gerir, reabilitar, manter, explorar comercialmente e devolver a infra-estrutura portuária do Terminal Portuário de Chongoene e todas as infraestruturas conexas e auxiliares”. “A exploração, em regime de exclusividade dentro do perímetro da concessão, da infra-estrutura portuária no Terminal Portuário de Minérios, tem como principal actividade o armazenamento e manuseamento de areias pesadas nacionais a granel”, acrescenta o decreto, apontando que o terminal “deve ter uma capacidade mínima de oito milhões de toneladas métricas por ano, para exportação de areias pesadas nacionais a granel, podendo aumentar em função da demanda”. Segundo dados oficiais anteriores, a primeira fase do investimento na construção Terminal Portuário de Chongoene está orçada em 55 milhões de dólares, sendo expectativa dos promotores potenciá-lo com as exportações de areias pesadas de Chibuto.
Hoje Macau China / ÁsiaIndústria | Actividade transformadora volta a contrair A actividade da indústria transformadora da China contraiu pelo quarto mês consecutivo em Agosto, de acordo com dados oficiais divulgados ontem pelo Gabinete Nacional de Estatísticas (NBS) do país asiático. O índice dos gestores de compras (PMI), o indicador de referência do sector) situou-se em 49,1 pontos, menos 0,3 pontos do que no mês anterior e abaixo da previsão dos analistas, que era de 49,5. Neste indicador, uma leitura acima do limiar de 50 pontos significa um crescimento da actividade no sector, em comparação com o mês anterior, enquanto abaixo representa uma contracção. Todos os cinco sub-índices que compõem o PMI da indústria transformadora ficaram todos abaixo do limiar dos 50 pontos: produção, novas encomendas – chave para medir a procura -, reservas de matérias-primas, emprego e prazos de entrega. Zhao Qinghe, estatístico do NBS, atribuiu o “declínio do nível de prosperidade” a factores como temperaturas elevadas ou inundações em áreas que afectaram a produção em Agosto. “A produção e a procura abrandaram”, sublinhou Zhao, que destacou ainda as descidas consideráveis registadas no índice de preços de compra das principais matérias-primas e fábricas, afectadas “pela falta de procura e pelas flutuações do preço do petróleo bruto”. No entanto, o responsável apontou também dados positivos como o facto de o PMI das grandes empresas transformadoras ter continuado a expandir-se ou o aumento registado em sectores como o fabrico de produtos de alta tecnologia. O NBS também divulgou ontem o PMI que mede a actividade nos sectores dos serviços e da construção, índice que acelerou de 50,2 pontos para 50,3 pontos, permanecendo na zona de expansão, tal como no resto do ano.
Hoje Macau China / ÁsiaMar do Sul | Pequim critica “colisão deliberada” de barco filipino A China acusou ontem um barco filipino de causar uma “colisão deliberada” contra um navio da guarda costeira perto de um recife disputado no mar do Sul da China, após uma série de incidentes na zona. “Às 12:06, o barco filipino n.º 9701 colidiu deliberadamente com o navio chinês 5205”, disse o porta-voz da guarda costeira chinesa, Liu Dejun, citado pela televisão estatal CCTV. O incidente ocorreu durante uma patrulha nas águas que rodeiam o recife de Xianbin, conhecido nas Filipinas como Sabina, disse o porta-voz, criticando o barco filipino por uma atitude “pouco profissional e perigosa”. Este recife, localizado a 140 quilómetros a oeste da ilha filipina de Palawan e a 1.200 quilómetros da ilha chinesa de Hainan, tem sido palco de vários incidentes nos últimos dias. No domingo passado, Manila acusou navios chineses de abalroar um barco de pesca filipino e de usar canhões de água contra a embarcação perto do recife. O porta-voz Liu Dejun reiterou que “a China exerce uma soberania indiscutível” nesta área. Pequim reivindica, por razões históricas, quase todas as ilhotas do mar do Sul da China, enfrentando outros países vizinhos além das Filipinas, como o Vietname, Brunei e Malásia, com reivindicações contrárias. Desde a chegada ao poder, em 2022, do Presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr., Manila tem afirmado com mais firmeza as suas reivindicações de soberania sobre determinados recifes disputados, enfrentando Pequim, que não pretende ceder às exigências. Os confrontos entre os dois países multiplicaram-se nos últimos meses, também em torno do atol Second Thomas. Soldados filipinos estão aí estacionados num navio militar que foi deliberadamente encalhado por Manila, em 1999, para fazer valer as suas reivindicações de soberania. Este confronto China-Filipinas alimenta receios de um potencial conflito que poderá levar à intervenção dos Estados Unidos da América devido ao seu tratado de defesa mútua com Manila. Escalada de tensão O secretário da Defesa das Filipinas acusou na segunda-feira a China de ser “o maior perturbador” da paz no Sudeste Asiático e apelou para uma censura internacional mais forte contra Pequim. Gilberto Teodoro Jr. falava numa conferência militar internacional organizada em Manila, tendo depois acrescentando aos jornalistas que as declarações internacionais de preocupação contra as acções da China em águas disputadas e noutros locais “não eram suficientes”. O mar do Sul da China recebe cerca de 30 por cento do comércio global e abriga 12 por cento dos pesqueiros mundiais, além de possuir potenciais depósitos de petróleo e gás.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Tufão mais forte do ano faz pelo menos três mortos O tufão Shanshan, com rajadas que podem atingir 200 quilómetros por hora, já fez três vítimas mortais e quase 30 feridos no sul do arquipélago O tufão mais forte do ano atingiu ontem o sul do Japão, trazendo chuvas torrenciais e ventos fortes que causaram pelo menos três mortes e 28 feridos no arquipélago, disseram autoridades locais. Antes da chegada do tufão Shanshan, as fortes chuvas já tinham provocado, na noite de terça-feira, um deslizamento de terras que soterrou uma casa em Gamagori, no centro do Japão, matando três pessoas da mesma família e ferindo outras duas, de acordo com o departamento de gestão de catástrofes da cidade costeira. As autoridades do departamento de Miyazaki disseram à agência de notícias France-Presse que foram registados 26 feridos – incluindo dez causados por um tornado – e mais de 150 edifícios danificados. A maioria dos ferimentos foi causada por janelas partidas ou queda de objectos devido a ventos fortes. Na ilha de Amami, no sul, por onde já passou o tufão, uma pessoa ficou ferida após ser levada por uma rajada de vento enquanto andava de moto, informou a Agência de Gestão de Incêndios e Desastres japonesa. O Shanshan atingiu a costa por volta das 08:00 perto de Satsumasendai, no sul de Kyushu, a segunda maior ilha do país, onde vivem 12,5 milhões de pessoas. A Agência Meteorológica do Japão (JMA, na sigla em inglês) previu que podem cair até 60 centímetros de chuva em 24 horas em Kyushu e emitiu o nível de alerta mais elevado devido a ventos fortes e ondas altas. O porta-voz do Governo, Yoshimasa Hayashi, sublinhou que eram “esperados ventos violentos, ondas altas e tempestades de uma magnitude nunca antes sentida por muitas pessoas”. As autoridades aconselharam mais de 56 mil pessoas a procurar abrigo em centros comunitários e outras instalações públicas. Velocidade furiosa O tufão Shanshan estava a deslocar-se para norte a 15 quilómetros por hora com ventos sustentados de 144 quilómetros por hora e rajadas que podem atingir 200 quilómetros por hora, disse a JMA. A aproximação da tempestade tropical levou a Toyota a suspender a produção nas 28 linhas de produção das 14 fábricas japonesas da gigante automóvel e das suas filiais pelo menos até ao final do dia de ontem. A Japan Airlines cancelou mais de 300 voos, enquanto a concorrente ANA anunciou o cancelamento de mais de 250 voos até sexta-feira. As linhas de alta velocidade Shinkansen e alguns serviços ferroviários locais foram suspensos. Os serviços postais e de entrega foram suspensos em Kyushu e prevê-se que os supermercados e outras lojas também fechem. A operadora de serviços públicos de Kyushu disse que 254.610 casas estavam sem energia na ilha. De acordo com um estudo publicado em Julho, os furacões na região estão a formar-se mais perto da costa do que no passado, intensificando-se mais rapidamente e permanecendo mais tempo sobre terra, em consequência das alterações climáticas.
Hoje Macau China / ÁsiaTimor/25 anos | Presidente condecora oito jornalistas portugueses José Ramos-Horta homenageou os jornalistas da Lusa, SIC, RTP e Rádio Renascença que, segundo o líder timorense, fizeram com que a voz do povo fosse ouvida em Portugal e no mundo O Presidente timorense condecorou ontem oito jornalistas portugueses, no âmbito das comemorações dos 25 anos do referendo pela independência, destacando o seu contributo para que a voz do povo de Timor-Leste fosse ouvida no mundo. No decreto presidencial da condecoração, José Ramos-Horta refere que os jornalistas “foram capazes de divulgar ao mundo a resistência e o sofrimento do povo de Timor-Leste e a sua vontade de autodeterminação”. “Os jornalistas portugueses contribuíram para que a voz do povo timorense fosse ouvida em Portugal e em todo o mundo” e “captaram a história de um povo que queria a liberdade e que, na sequência dos resultados do referendo, necessitava de uma intervenção internacional imediata para estabelecer a paz e a segurança”, disse o Presidente. Foram condecorados Paulo Nogueira, Pedro Sousa Pereira e Fernando Peixeiro, da agência Lusa, Pedro Miguel Duarte Costa e Silvestre Bento Rodrigues, da SIC, António Pedro Valador, da RTP, e Pedro Manuel Mesquita e José Luís Ramos Pinheiro, da Rádio Renascença. Os jornalistas foram condecorados com o Grau Medalha da Ordem de Timor-Leste, “que visa distinguir personalidades nacionais e internacionais que serviram a nação timorense em prol do reforço da ordem social e cujas acções contribuíram de modo significativo para a paz e estabilidade nacional”. A força da resistência Em declarações aos jornalistas após a cerimónia, que decorreu no Palácio Presidencial Nicolau Lobato, em Díli, José Ramos Pinheiro referiu que a resistência timorense foi “algo muito especial e muito diferente” que “se foi impondo à realidade”. “Não foi a agenda internacional que impôs esta situação, foi a situação descoberta por poucos jornalistas […] que impuseram a situação à agenda internacional”, disse o antigo director de informação e actual gerente do Grupo Renascença Multimédia. Para José Ramos Pinheiro, esta distinção “é uma forma de o jornalismo ser associado àquilo que é o sucesso de um caso como este que, como disse o secretário-geral das Nações Unidas, talvez já não fosse possível nos dias de hoje”. Por seu lado, Paulo Nogueira destacou que a Lusa só fez o seu trabalho e que “os heróis aqui são os timorenses”. “Nós, na Lusa, só fizemos o nosso trabalho, os timorenses é que lutaram, eles é que tiveram coragem para resistir durante 24 anos numa situação de grande ameaça e de grande violência para dizerem que queriam ser independentes”, sublinhou. Sobre a evolução de Timor-Leste em 25 anos, o jornalista da Lusa referiu que “um país não se constrói de um dia para o outro”, mas, tendo em conta que “começou praticamente do chão pela destruição das infraestruturas após o referendo”, “as diferenças são imensas”. “Este é o país que os timorenses querem e por isto lutaram, para serem livres, para serem independentes, para escolherem o seu caminho. É isso que eles estão a fazer e, portanto, está tudo bem”, disse Paulo Nogueira. Em 30 de Agosto de 1999, apesar da violência perpetrada pelas milícias que apoiavam a integração, 344.580 das 446.666 pessoas registadas escolheram a independência do país e consequentemente o fim da ocupação da Indonésia, que invadiu Timor-Leste em 07 de Dezembro de 1975. Com o resultado do referendo, a Indonésia abandonou Timor-Leste, com as milícias pró-indonésias a deixarem um rasto de horror e violência, tendo entrado a autoridade de transição das Nações Unidas, que geriu o país até à restauração da independência, em 20 de maio de 2002.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA | Biden desejoso de falar com Xi nas próximas semanas O Presidente dos EUA, Joe Biden, está desejoso de conversar com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, nas próximas semanas, disse ontem o enviado dos EUA, Jake Sullivan, aos jornalistas. “O Presidente Biden aguarda com expectativa a oportunidade de voltar a falar consigo nas próximas semanas”, disse o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca ao Presidente chinês durante uma reunião em Pequim. Na quarta-feira, a Casa Branca anunciou que o Presidente dos EUA e o seu homólogo chinês deverão conversar telefonicamente nas próximas semanas, depois de trabalhos de preparação diplomáticos, anunciou ontem a Casa Branca. Ontem, o Presidente chinês recebeu o conselheiro de segurança da Casa Branca, Jake Sullivan, a quem transmitiu que o empenho da China em manter relações “estáveis, saudáveis e sustentáveis” com os Estados Unidos mantém-se como “uma prioridade”. “O empenho da China em manter relações estáveis, saudáveis e sustentáveis com os Estados Unidos continua a ser uma prioridade. Esperamos que os Estados Unidos trabalhem na mesma direcção que a China”, acrescentou o chefe de Estado. “A China e os Estados Unidos devem ser responsáveis perante a história e uma fonte de estabilidade para a paz mundial”, afirmou Xi Jinping, segundo uma breve declaração do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. Sullivan, que efectua a primeira visita à China de um conselheiro de segurança dos EUA em oito anos, encontrou-se com o principal diplomata chinês, Wang Yi, nos últimos dias, em conversações descritas como “construtivas”, nas quais houve críticas mútuas.
Hoje Macau China / ÁsiaHK | UE critica condenação de dois jornalistas A União Europeia (UE) criticou ontem a condenação de dois jornalistas independentes em Hong Kong, considerando que é “mais um sinal do enfraquecimento da liberdade da imprensa” no território administrativo chinês. Em comunicado, a porta-voz do Serviço de Ação Externa da UE Nabila Massarali condenou a decisão judicial aplicada a Chung Pui-kuen e Lam Shiu-tung, dois antigos editores do agora encerrado Stand News, um órgão de comunicação social independente que pertencia ao grupo Best Pencil (Hong Kong) Limited, também encerrado. Os dois jornalistas foram considerados culpados dos crimes de conspiração para produzir e publicar material que incita à sedição. Nabila Massarali também criticou o processo que conduziu à condenação, já que o julgamento durou 57 dias, em vez dos habituais 20.
Hoje Macau China / ÁsiaCO2 | China corta emissão em 3 mil milhões de toneladas na última década A China reduziu a emissão de CO2 em 3 mil milhões de toneladas na última década, num esforço para promover o consumo verde, assinala ontem um livro branco. A economia de energia da China nos últimos dez anos foi equivalente a cerca de 1,4 mil milhões de toneladas de carvão, já que a sua reestruturação e actualização industriais e tecnologias de redução de carbono aumentaram muito a eficiência energética, segundo o livro branco intitulado “Transição Energética da China” emitido pelo Departamento de Comunicação do Conselho de Estado, indica o diário do Povo. Controlar tanto o volume como a intensidade do uso de energia tornou-se uma medida institucional crucial do país, diz o documento. A China intensificou os esforços para melhorar a conservação e a eficiência energéticas em sectores-chave, desde a produção industrial até à construção e ao transporte. Na última década, o consumo de energia por unidade de valor agregado das empresas industriais com receita anual de 20 milhões de yuans, ou mais, caiu mais de 36 por cento. O consumo energético abrangente por unidade de produto no aço, alumínio electrolítico, cimento e vidro diminuiu em mais de 9 por cento em média. Em 2023, o valor total da produção da indústria de serviços de conservação energética ultrapassou 500 mil milhões de yuans, o dobro de 2013. Em transição Como a China atravessa o maior processo de urbanização do mundo, o país implementou padrões mais altos de eficiência energética para novos edifícios e está a avançar estavelmente no reequipamento dos edifícios existentes para economia energética, acrescenta a publicação estatal. Até ao final de 2023, a área de piso dos edifícios com eficiência energética ultrapassou 32,68 mil milhões de metros quadrados, representando mais de 64 por cento do total dos edifícios urbanos, um aumento de quase 30 pontos percentuais em relação a 2013. Edifícios com consumo de energia ultrabaixo ou quase zero ultrapassaram 43,7 milhões de metros quadrados. No final de 2023, a China tinha mais de 20,4 milhões de veículos de nova energia e quase 8,6 milhões de instalações de carregamento e mais de 450 estações de abastecimento de hidrogénio em todo o país. O consumo energético abrangente por unidade de carga para o transporte ferroviário em 2023 caiu cerca de 19 por cento face a 2013. O país também promoveu activamente modelos verdes de consumo de energia, com esforços para incentivar o consumo de energia renovável, promover a electrificação e a transição de baixo carbono do consumo final de energia e adoptar modos de vida verdes e de baixo carbono. Tanto os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim 2022 como os Jogos Asiáticos de Hangzhou 2023 utilizaram 100 por cento de electricidade verde, indica o livro branco.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Promovido financiamento ao longo do Rio Yangtzé Criada em 2016, a iniciativa Faixa Económica do Rio Yangtzé, pretende transformar o corredor ao longo da maior hidrovia do país numa região ecológica de sucesso O governo chinês reiterou recentemente o seu compromisso de promover o financiamento verde ao longo da Faixa Económica do Rio Yangtzé com o objectivo de apoiar o desenvolvimento verde, de baixo carbono e de alta qualidade da região. Conforme um conjunto de directrizes divulgadas por várias agências governamentais, incluindo o Banco Popular da China (banco central) e o Ministério da Ecologia e Meio Ambiente, o país fará uso total das ferramentas estruturais de política monetária e incentivará mais investimentos sociais na transformação verde e de baixo carbono da região económica, indica o Diário do Povo. As instituições financeiras e as empresas ao longo da região serão orientadas a emitir títulos verdes de acordo com os padrões nacionais e internacionais, facilitando a participação global na transição de baixo carbono do país, de acordo com as directrizes. As empresas verdes e de baixo carbono elegíveis terão permissão para obter financiamento através de formas como ofertas públicas iniciais, refinanciamento e fusões e aquisições. O país usará o seu fundo nacional de desenvolvimento verde para impulsionar a redução da poluição, a restauração ecológica e o desenvolvimento de redes de transporte verde e energia limpa ao longo da região económica, acrescenta a publicação estatal. Boas intenções A China lançou a iniciativa da Faixa Económica do Rio Yangtzé no início de 2016, com o objectivo de transformar a região numa faixa dourada com uma ecologia mais bonita, redes de transporte mais fluidas, uma economia mais coordenada, um mercado mais bem integrado e uma quantidade maior de mecanismos científicos. O rio Yangtzé é a maior hidrovia da China, com mais de 6.300 quilómetros de extensão, passando por 11 regiões de nível provincial antes de desaguar no Mar do Leste da China. Várias potências económicas, megacidades e grandes áreas produtoras de arroz da China estão localizadas dentro e ao redor da bacia do rio.
Hoje Macau China / ÁsiaTóquio | Pequim verifica se algum dos seus aviões violou espaço aéreo japonês A China divulgou ontem estar a “verificar” se algum dos seus aviões militares violou na segunda-feira o espaço aéreo do Japão, como acusou Tóquio, apelidando a acção como uma “grave violação” da sua soberania. “As autoridades chinesas competentes estão em processo de investigação e verificação”, informou Lin Jian, porta-voz da diplomacia chinesa, quando questionado sobre o assunto. Um dia após o incidente junto às ilhas Danjo, na província de Nagasaki, o porta-voz do governo japonês, Yoshimasa Hayashi, tinha referido tratar-se além de uma “violação grave da soberania”, “uma ameaça à segurança”. “E é completamente inaceitável”, acrescentou aos jornalistas. De acordo com o Ministério da Defesa japonês, um “avião espião de reconhecimento do tipo Y-9” do exército chinês entrou no espaço aéreo japonês às 11:29 de segunda-feira, durante cerca de dois minutos. O Japão enviou caças e emitiu avisos após a incursão, mas, de acordo com a televisão pública NHK, não foi disparada qualquer arma, como foguetes sinalizadores. O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão, Masataka Okano, convocou na segunda-feira o embaixador interino da China no país, a quem apresentou um “forte protesto”, além de solicitar medidas para evitar a repetição de tais incidentes, de acordo com um comunicado da tutela da diplomacia de Tóquio. O diplomata chinês respondeu que o assunto seria comunicado a Pequim, segundo o ministério. As autoridades chinesas não tinham comentado até agora a situação. O Japão aumentou as despesas com a defesa, adquirindo capacidades de contra-ataque e flexibilizando as regras sobre exportação de armas, além de fornecer financiamento e equipamentos, como navios de patrulha, a países da região e, em Julho, concluiu um acordo com as Filipinas.
Hoje Macau China / ÁsiaMar do Sul | Pequim rejeita acusações de Manila de destruir a paz A China rejeitou ontem as acusações das Filipinas de destruir a paz no Mar do Sul da China, considerando que o “rótulo” utilizado pelo ministério da Defesa filipino não pode ser aplicado. Em conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, sublinhou que os países da região sabem claramente que a China não é culpada pela instabilidade. “Quem está realmente a infringir e a provocar no Mar do Sul da China? Quem está a introduzir forças externas, minando a paz e a estabilidade regionais?”, questionou. Lin instou as Filipinas a “reconhecerem a raiz do problema, a evitarem provocações e a não continuarem com falsas acusações”, notando que qualquer tentativa de inverter a verdade irá aumentar as tensões na região. A China garantiu ontem que a sua guarda costeira agiu “legal e profissionalmente” depois de Manila ter relatado que um navio filipino foi atacado com canhões de água pelas forças chinesas no Mar do Sul da China. O secretário da Defesa das Filipinas acusou na segunda-feira a China de ser “o maior perturbador” da paz no Sudeste Asiático e apelou a uma censura internacional mais forte contra Pequim. Gilberto Teodoro Jr. falava numa conferência militar internacional organizada em Manila, tendo depois acrescentando aos jornalistas que as declarações internacionais de preocupação contra as acções da China em águas disputadas e noutros locais “não eram suficientes”. “O antídoto é uma acção multilateral colectiva mais forte contra a China”, disse Teodoro, afirmando que os diplomatas e as autoridades de defesa deveriam aplicar medidas mais fortes. Entretanto, os Estados Unidos admitiram ontem a possibilidade de escoltar navios filipinos, dependendo de consultas no âmbito do Tratado de Defesa Mútua de 1951 dos aliados, segundo o chefe do Comando Indo-Pacífico norte-americano, Samuel Paparo. A hipótese foi avançada durante uma conferência de imprensa, em Manila, com a presença do chefe das Forças Armadas das Filipinas, general Romeo Brawner Jr. “Certamente, no contexto das consultas”, respondeu quando questionado sobre a hipótese de escolta, referindo ser “inteiramente razoável dentro do Tratado de Defesa Mútua, através desta estreita aliança” entre os dois países, sem dar mais detalhes. Mar agitado A chegada ao poder de Ferdinand Marcos Jr. fez aumentar a pressão diplomática de Manila para recuperar a sua soberania marítima através, nomeadamente, das denúncias públicas de presença chinesa em águas disputadas. As Filipinas acusaram no sábado a China de disparar duas vezes foguetes de aviso contra um dos seus aviões de patrulha civil sobre ilhotas disputadas no mar do Sul da China. Na sexta-feira, Pequim tinha anunciado contramedidas contra aviões militares filipinos acusados de terem entrado no seu espaço aéreo nas proximidades do recife de Subi em 22 de Agosto, também reivindicado por Manila. O Mar do Sul da China recebe cerca de 30 por cento do comércio global e abriga 12 por cento dos pesqueiros mundiais, além de possuir potenciais depósitos de petróleo e gás.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Pequim quer discussões “substantivas” com conselheiro de Biden A China quer discussões “substantivas” com os Estados Unidos, afirmou ontem o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, antes do encontro com o conselheiro de segurança do Presidente norte-americano, num contexto de tensões bilaterais e regionais. Jake Sullivan chegou ontem à China, naquela que é a primeira visita de um conselheiro de segurança nacional da Casa Branca desde 2016. “Como sempre, espero que este intercâmbio não seja apenas estratégico, mas também substantivo e construtivo”, afirmou Wang Yi. Por seu lado, o responsável norte-americano afirmou-se “impaciente” para iniciar as conversações, indicando que serão abordadas várias questões. “Aquelas nas quais concordamos e aquelas (…) em que ainda existem divergências”, indicou. Jake Sullivan e Wang Yi encontraram-se cinco vezes nos últimos 18 meses, incluindo uma vez em Washington e outra durante a cimeira de Novembro entre o Presidente norte-americano, Joe Biden, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, na Califórnia (EUA). As relações bilaterais entre os dois países continuam tensas, com obstáculos devido a disputas comerciais, às querelas no Mar do Sul da China e à questão de Taiwan, território reivindicado pela China. A visita de Sullivan, que se prolonga até amanhã, decorre numa altura em que o Japão, signatário de um tratado de segurança com os Estados Unidos, acusou a China de “grave violação” da sua soberania depois de um avião ter entrado no seu espaço aéreo. Por seu lado, as Filipinas, ligadas aos Estados Unidos por um tratado de defesa mútua, acusaram Pequim de ser o “maior perturbador” da paz na região. A China já respondeu negando as acusações.
Hoje Macau China / ÁsiaMadeira / Incêndios | Timor-Leste concede donativo de 2,2 milhões de euros O Governo de Timor-Leste aprovou ontem um donativo de 2,2 milhões de euros de apoio à Madeira, segundo o comunicado do Conselho de Ministros. O projecto de resolução foi apresentado pelo primeiro-ministro, Xanana Gusmão, e o donativo tem como objectivo apoiar a “recuperação dos danos causados pelo incêndio”. “O Governo da República Democrática de Timor-Leste, no espírito de solidariedade e compromisso com a cooperação entre os povos, expressa o seu apoio ao povo irmão português e à população da ilha da Madeira, concedendo este donativo para auxiliar na recuperação dos danos causados pelos incêndios”, salienta o Governo timorense no comunicado. O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou a 14 de Agosto nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e Santana. Na terça-feira, ao fim de 13 dias, a protecção civil regional indicou que o fogo estava “totalmente extinto”. Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 5.104 hectares de área ardida. Durante os dias em que o fogo lavrou, as autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores foram regressando a casa. O combate às chamas foi dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas, segundo o Governo Regional, não há registo de feridos ou da destruição de casas e infra-\estruturas públicas essenciais, embora algumas pequenas produções agrícolas tenham sido atingidas, além de áreas florestais. A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, disse tratar-se de fogo posto.
Hoje Macau China / ÁsiaGaza / UE | Pedida pressão sobre Israel em defesa dos jornalistas Cerca de 60 organizações não governamentais (ONG) que defendem a imprensa pediram ontem à União Europeia que suspenda o acordo de associação com Israel, devido aos ataques à liberdade de imprensa e mortes de jornalistas. Numa carta conjunta, as ONG acusam o Governo liderado por Benjamin Netanyahu de “restringir a liberdade dos meios de comunicação social, o que resultou efectivamente no estabelecimento de um regime de censura”. O documento, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP), é assinado, entre outras organizações, pelo Comité para a Protecção dos Jornalistas, a Repórteres Sem Fronteiras, a Human Rights Watch e a Federação Europeia de Jornalistas. A carta exige ao chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, e ao comissário do Comércio, Valdis Dombrovskis, a suspensão do acordo de associação – que diz respeito em particular ao comércio – e “sanções dirigidas contra os responsáveis” por violações dos direitos humanos. Mais de 100 jornalistas palestinianos, dois israelitas e três libaneses morreram desde que Israel lançou uma ofensiva contra o movimento islamita palestiniano Hamas, fazendo deste “o período mais mortífero” para a imprensa em décadas, referiram as ONG. As organizações signatárias alegaram que algumas das vítimas poderão ter sido alvo directo de ataques do exército de Israel. As ONG recordaram ainda a proibição de facto do acesso de jornalistas estrangeiros à Faixa de Gaza e as “detenções arbitrárias” de pelo menos 49 profissionais da informação. “O efeito cumulativo destes abusos cria as condições para um vácuo de informação, e deixa também espaço para a propaganda e a desinformação”, apontaram os signatários. Direitos reclamados A carta exige “manter a liberdade” dos meios de comunicação social, “proteger as vidas dos jornalistas” e “acabar com a impunidade”, antes de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, na quinta-feira, em Bruxelas. O Hamas lançou a 7 de Outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, que causou a morte de mais de 1.140 pessoas, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP, baseada em números oficiais israelitas. Cerca de 240 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza, segundo as autoridades israelitas. Destas, perto de cem foram libertadas no final de Novembro, durante uma trégua em troca de prisioneiros palestinianos, e 105 reféns continuam detidos no território palestiniano, 34 dos quais terão morrido. Em resposta ao ataque, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infra-estruturas do grupo e impondo um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e electricidade. A campanha militar israelita fez 40.405 mortos e 93.468 feridos na Faixa de Gaza, informou no domingo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte testa novos drones explosivos durante exercício militar do Sul O líder da Coreia do Norte acompanhou uma demonstração de novos drones explosivos, noticiou ontem a imprensa estatal norte-coreana, num momento em que os exércitos do Sul e dos EUA conduzem exercícios militares. De acordo com a agência de notícias estatal KCNA, Kim Jong–un prometeu estimular o desenvolvimento destes drones, para aumentar a prontidão de guerra do exército da Coreia do Norte. Fotos divulgadas pela KCNA mostraram um drone branco, com caudas e asas em forma de X, a colidir e alegadamente a destruir um alvo semelhante ao K-2, o principal carro de combate da Coreia do Sul, num teste que terá decorrido no sábado. A maioria dos drones de combate distancia-se dos alvos e ataca com mísseis. A KCNA disse que o teste envolveu vários tipos de drones desenhados para voar diferentes distâncias e atacar alvos inimigos em terra ou no mar. A agência referiu que os drones voaram ao longo de várias rotas antes de atingirem com precisão os alvos. Kim disse que as tendências globais nas tecnologias militares e no combate moderno mostram a importância dos drones na guerra e que as forças armadas da Coreia do Norte deveriam ser equipadas com drones avançados “o mais cedo possível”. O líder apelou ao desenvolvimento e produção acelerados de vários sistemas, incluindo drones explosivos para serem utilizados pelas unidades de infantaria e operações especiais, drones de reconhecimento e ataque multiusos e drones subaquáticos, disse a KCNA. Simulações realísticas Os exércitos da Coreia do Sul e dos Estados Unidos iniciaram na segunda-feira passada as manobras militares de Verão, num momento marcado pelas más relações com o regime norte-coreano, que se aproximou militarmente da Rússia. Os exercícios, denominados ‘Ulchi freedom shield’ (escudo da liberdade Ulchi), decorrem até quinta-feira e incluem um exercício de posto de comando, baseado em simulações informáticas, bem como manobras de fogo real no terreno e exercícios de defesa civil, segundo o Estado-Maior Conjunto sul-coreano. As manobras assemelham-se em escala aos exercícios do ano passado, envolvendo cerca de 19 mil soldados sul-coreanos, embora incluam 48 exercícios de campo no total, contra 38 em 2023. Os exercícios de defesa civil também vão simular este ano, pela primeira vez, um ataque nuclear norte-coreano, disse fonte militar à agência de notícias Yonhap. As manobras surgem numa altura de relações transfronteiriças difíceis, especialmente desde que Kim Jong-un declarou, no início do ano, o Sul como “principal inimigo nacional”. Pyongyang reforçou a cooperação militar com Moscovo no último ano e Kiev tem acusado a Coreia do Norte de fornecer enormes quantidades de armas à Rússia, incluindo mísseis usados em território ucraniano.
Hoje Macau China / ÁsiaChina-Indonésia | Pedida maior cooperação em plantas medicinais Funcionários e especialistas que participaram numa conferência internacional na China disseram que estão ansiosos para ver mais conservação de plantas medicinais e cooperação em pesquisa entre a China e a Indonésia. Na sexta-feira, cerca de 50 representantes dos dois países participaram da quarta sessão do comité conjunto da base de conservação, pesquisa e inovação de plantas medicinais China-Indonésia, realizada em Haikou, capital da Província de Hainan, no sul da China, indica o Diário do Povo. Os representantes discutiram a construção da base e o foco dos próximos trabalhos e promoveram a transformação da cooperação em pesquisa científica e a coordenação de padrões entre os dois lados. A área de construção actual da base ultrapassa 30 hectares. O trabalho no projecto está a progreir de forma estável e deve ser concluído oficialmente em Outubro, de acordo com o vice-ministro da Coordenação do Meio Ambiente e Gestão Florestal do Ministério Coordenador de Assuntos Marítimos e Investimentos da Indonésia, Nani Hendiarti. Chen Shuai, vice-director-geral do Departamento de Cooperação Internacional da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, expressou a esperança de que as instituições de pesquisa científica e as empresas farmacêuticas dos dois países com capacidade de pesquisa e desnvolvimento (P&D) e inovação continuem a realizar P&D sistemático de plantas medicinais e melhorem constantemente os níveis técnicos na aplicação de recursos medicinais. As instituições de pesquisa dos dois países aprofundarão a cooperação em pesquisas relacionadas aos padrões de qualidade de materiais medicinais, fortalecerão a aprendizagem mútua relacionada com esses padrões de qualidade e fortalecerão a pesquisa sobre políticas e regulamentos, de acordo com a sessão. A reunião serviu também para o lançamento de uma iniciativa relacionada ao fortalecimento da cooperação em pesquisa sobre padrões de materiais médicos.
Hoje Macau China / ÁsiaEgipto | Aviões da Força Aérea Chinesa em show aéreo Oito aviões da Força Aérea do Exército de Libertação Popular (ELP) partiram ontem de um aeroporto no noroeste da China para um show aéreo no Egipto, programado para ocorrer de 3 a 5 de Setembro, indica a agência estatal Xinhua. A formação de voo inclui um Y-20, a grande aeronave de transporte desenvolvida internamente pela China, e sete caças furtivos J-10 da Equipe Acrobática Bayi, de acordo com a Força Aérea. Xie Peng, porta-voz da Força Aérea, disse que esta será a primeira apresentação da equipa acrobática Bayi num país africano e será também o voo mais distante no exterior até o momento, acrescenta a publicação. A formação sobrevoará as pirâmides enquanto estiver no Egipto, com a aeronave Y-20 pronta para fazer a sua estreia no exterior, observou Xie. De acordo com especialistas militares, o voo estender-se-á por quase 10 mil quilómetros com transferências e cruzará vários fusos horários em temperaturas que mudam rapidamente, apresentando desafios “extremos” para os pilotos. A tripulação, resolveu, assim, simplificar os suprimentos que os acompanham e projectou um conjunto específico de manobras para o show inaugural do Y-20, disse o piloto Yuan Bo.
Hoje Macau China / ÁsiaRobots | Li Qiang pede maior cooperação global para impulsionar sector O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, enfatizou a necessidade de promover um ambiente aberto para a inovação técnica e apoiar empresas e instituições de pesquisa estrangeiras para investir na China, ao falar sobre o avanço da indústria de robots através de uma colaboração global mais próxima. Li fez as observações durante uma visita de pesquisa de campo no domingo à Exposição Mundial de Robots 2024, em Pequim, indica a Xinhua. O responsável afirmou que é necessário estabelecer e fazer bom uso de plataformas de cooperação para intercâmbios industriais, manter a estabilidade e a fluidez das cadeias industriais e de suprimentos e facilitar a inovação técnica do sector de robots em todo o mundo. Li visitou o salão de exposições da feira e questionou sobre o desempenho, as vantagens tecnológicas e, em particular, as aplicações de alguns robots em exposição. A exposição fez parte da Conferência Mundial de Robots, com duração de cinco dias, que foi aberta na quarta-feira e teve como tema “Co-fomentando novas forças produtivas de qualidade para um futuro inteligente compartilhado”. Mais bem-estar Li pediu mais esforços para impulsionar a inovação técnica e o desenvolvimento industrial para cultivar novos motores de crescimento e melhorar continuamente o bem-estar das pessoas. Referindo-se aos robots como um “parâmetro importante para a inovação técnica e a força da manufactura de ponta”, Li disse que a inovação relevante deve ter como alvo a actualização industrial, a demanda de actualização do consumo e as fronteiras industriais líderes mundiais, acrescenta a publicação estatal. O primeiro-ministro chinês acrescentou que as vantagens da China, que vão desde um mercado interno superdimensionado até cenários de inovação abundantes, devem ser aproveitadas ao máximo, enquanto as aplicações da inovação tecnológica relacionada a robots em sectores como manufatura, agricultura e serviços devem ser aceleradas. Para impulsionar o sector de robots, Li também enfatizou a necessidade de envolver mais investimentos de capital de risco, incubar mais empresas unicórnio e mais “pequenas empresas gigantes”, pequenas e médias, mais especializadas num mercado específico e que ostentam tecnologias de ponta, além de promover clusters industriais com especialidades e vantagens.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Reino Unido e China esperam mais diálogo entre os dois países O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou na sexta-feirfa esperar “discussões abertas, francas e honestas” com a China, durante a primeira conversa telefónica com o Presidente chinês Xi Jinping, que pediu o “fortalecimento do diálogo e cooperação”. O chefe do governo trabalhista afirmou “esperar que os líderes possam ter discussões abertas, francas e honestas para abordar e compreender as áreas de desacordo, quando necessário, como Hong Kong, a guerra da Rússia na Ucrânia e os direitos humanos”, segundo um comunicado divulgado. Por seu lado, Xi Jinping afirmou que a China continua “empenhada” no “desenvolvimento pacífico”, manifestando-se esperançado numa “perspectiva estratégica e de longo prazo” e com “objectividade e racionalidade”, de acordo com um comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. O líder chinês afirmou que a industrialização da China abrirá “novas oportunidades de cooperação” com o Reino Unido e outros países do mundo, apelando ainda a um “maior alinhamento” das estratégias de desenvolvimento dos dois países e à expansão da cooperação em áreas como as finanças, a economia verde e a inteligência artificial. Citado pela mesma fonte, o primeiro-ministro britânico reafirmou que o seu governo continua a aderir à política de “uma só China” e garantiu que Londres está disposta a “manter a comunicação com a China sobre as principais questões internacionais e regionais e contribuir para a manutenção da segurança e estabilidade globais”.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA | Representante da Casa Branca vai a Pequim O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, desloca-se a Pequim esta semana para se reunir com altos funcionários, levando uma mensagem conciliatória, mas também preocupação com o aumento da pressão sobre Taiwan. Um alto funcionário da Casa Branca afirmou à imprensa que, nas conversações da próxima semana, serão manifestadas “preocupações” sobre o “aumento da pressão militar, diplomática e económica sobre Taiwan”. Essas são actividades “desestabilizadoras” e coloca-se o “risco de uma escalada”, pelo que os norte-americanos vão continuar a instar Pequim a “encetar um diálogo significativo com Taipé”, afirmou a mesma fonte, reiterando que Washington continua a seguir a “política de uma só China”. “Opomo-nos a alterações unilaterais do ‘status quo’ por qualquer das partes. Não apoiamos a independência de Taiwan e esperamos que as diferenças entre as duas margens do Estreito sejam resolvidas facilmente”, acrescentou. A viagem de Sullivan a Pequim decorre entre 27 e 29 de Agosto e deverá incluir uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, naquele que será o quinto encontro entre os dois. Além de Taiwan, outros pontos da reunião passam por “questões-chave” como o tráfico de droga, a segurança e a inteligência artificial. Sullivan irá também abordar o apoio da China à base industrial de defesa da Rússia, as tensões no Mar do Sul da China, o Irão e a crise no Médio Oriente.
Hoje Macau China / ÁsiaMar do Sul | Pequim tomou “medidas de controlo” contra navio filipino A China afirma que a sua guarda costeira tomou “medidas de controlo” contra um navio filipino que entrou em águas próximas de um atol que é disputado no Mar do Sul da China, segundo a imprensa estatal de Pequim. “O navio filipino 3002 entrou ilegalmente em águas próximas do recife de Xianbin, nas ilhas Nansha, sem permissão do governo chinês”, disse o canal de televisão estatal CCTV. O barco “continuou a aproximar-se perigosamente de um navio da guarda costeira chinesa que realizava operações de rotina”, indicou a mesma fonte, precisando que aquela autoridade chinesa havia “tomado medidas de controlo contra o navio filipino, de acordo com as leis e os regulamentos”. As tensões entre Pequim e Manila têm aumentado nos últimos meses e marcadas por uma série de confrontos no Mar do Sul da China. As Filipinas acusaram no sábado a China de disparar duas vezes foguetes de aviso contra um dos seus aviões de patrulha civil sobre ilhotas disputadas no Mar do Sul da China. Na sexta-feira, Pequim tinha anunciado que tinha tomado “contramedidas” contra aviões militares filipinos acusados de terem entrado no seu espaço aéreo nas proximidades do recife de Subi a 22 de Agosto, também reivindicado por Manila.
Hoje Macau China / Ásia“Black Myth – Wukong” | Sucesso ilustra importância dos videojogos no “soft power” do país, diz especialista Um especialista português radicado na China afirmou à Lusa que a indústria de videojogos pode servir como instrumento para Pequim projectar influência cultural, numa altura em que o título chinês “Black Myth: Wukong” bate recordes no sector. “Os videojogos, mais que o cinema ou a música, são de facto a grande potência actual do ‘soft power’ [poder de influência] chinês”, explicou Daniel Camilo, radicado desde 2012 em Shenzhen, no sudeste da China. “Da mesma forma que o público se familiarizou com o Japão devido às suas exportações culturais nos anos 1980 e 1990, a China está a seguir o mesmo caminho, com ênfase nos videojogos”, descreveu. “Black Myth: Wukong” tornou-se na terça-feira, dia do seu lançamento, o título com o maior número de sempre de jogadores simultâneos na plataforma Steam, líder mundial na distribuição de videojogos. Produzido pela empresa chinesa Game Science, com um custo de 400 milhões de yuan, o jogo inspirou-se na “Viagem ao Oeste”, obra clássica da mitologia chinesa. Na sexta-feira, na rede social X, foi avançado que o jogo tinha vendido 10 milhões de cópias em todo o mundo desde o seu lançamento. A popularidade do jogo de acção teve impacto imediato no mercado bolsista: as acções do grupo Huayi Brothers, ligada ao desenvolvimento do jogo, subiram 20 por cento. O sucesso pode incentivar a indústria dos videojogos na China a criar mais títulos AAA, que são produções de alto orçamento e alta qualidade, comparáveis às grandes produções cinematográficas, segundo explicou à Lusa Daniel Camilo. “É um enorme marco e mudança de paradigma até para a forma como o resto da indústria vê a China daqui para a frente”, apontou o português, que acompanhou o desenvolvimento do sector na China na última década. Pequim, que há muito se queixa que a imprensa ocidental domina o discurso global e alimenta preconceitos contra a China, tem investido milhares de milhões de dólares para elevar a imagem do país à altura do seu poder económico e militar. Mas, ao contrário do Japão e da Coreia do Sul, cujas obras cinematográficas, desenhos animados e a música conquistaram milhões de fãs em todo o mundo, o gigante asiático carecia de uma indústria de entretenimento com sucesso além-fronteiras. “Acho que o motivo é bastante óbvio: a censura proíbe que na China se toque em vários temas”, observou o português. Na indústria dos jogos, os reguladores chineses têm, no entanto, uma postura “mais relaxada” sobre o conteúdo, que é também menos susceptível de tocar em temas que incomodem Pequim. “O cinema toca em questões realistas da sociedade. Os jogos são mais fantasiosos”, sublinhou Daniel Camilo. Equilíbrio a encontrar Grandes grupos chineses, como a Tencent, Netease ou Bytedance são já líderes num sector que facturou 184 mil milhões de dólares a nível mundial, em 2023, segundo a consultora especializada Newzoo. Em 2021, as autoridades chinesas restringiram o acesso dos menores de idade aos jogos de computador a três horas por semana – de sexta a domingo, entre as 20:00 e as 21:00 -, com o objectivo declarado de “proteger eficazmente a saúde mental e física” e o “crescimento saudável” dos jovens. A regulação fez de 2022 o ano mais difícil para a indústria na China, com uma contracção das receitas, obrigando os produtores locais a focarem-se no mercado externo. “O mercado chinês é o maior do mundo, mas é simultaneamente um dos mais limitados e restritos”, observou o especialista. Licenciado em Estudos Orientais pela Universidade do Minho, Daniel Camilo visitou a China pela primeira vez em 2008, para realizar um ano de intercâmbio na cidade portuária de Tianjin, no nordeste do país. Entusiasta de videojogos e comentador frequente na rede social X, o português passou a ser frequentemente citado na imprensa internacional, incluindo BBC, Voice of America, Newsweek ou The Guardian, sobre os desenvolvimentos da indústria na China. “Há um vazio informativo, sobretudo em inglês, sobre a actualidade na China fora do âmbito político ou macroeconómico”, justificou.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Pequim condena passagem de navio norte-americano O Exército chinês condenou ontem a passagem do contratorpedeiro norte-americano USS Ralph Johnson pelo Estreito de Taiwan, manobra que os Estados Unidos classificaram como uma demonstração do empenho de Washington em preservar a “liberdade de navegação”. “O USS Ralph Johnson navegou pelas águas do Estreito de Taiwan a 22 de Agosto, procurando notoriedade”, disse o porta-voz do Exército de Libertação Popular, Li Xi, numa declaração publicada na conta oficial do Teatro de Operações Oriental do Exército chinês na rede social Wechat. De acordo com o porta-voz, o Teatro de Operações Oriental organizou “tropas para seguir e monitorizar todos os movimentos” do navio, que foi afugentado “de acordo com a lei”. “As forças do Teatro de Operações Oriental estão sempre em alerta máximo, prontas para defender a soberania nacional, a segurança e a paz e estabilidade regionais”, acrescentou o representante. O contratorpedeiro USS Ralph Johnson efectuou um “trânsito de rotina” por aquelas águas “de acordo com o direito internacional”, segundo um comunicado divulgado pela Marinha dos Estados Unidos da América (EUA).
Hoje Macau China / ÁsiaRússia | Putin recebe Li Qiang e saúda acordo de investimento O Presidente russo, Vladimir Putin, recebeu na quarta-feira no Kremlin o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, que assinou durante a manhã um acordo de cooperação em investimentos no âmbito da sua visita oficial a este país. “Os nossos países desenvolveram planos conjuntos de grande escala nas esferas económica e humanitária, esperamos que para muitos anos”, disse Putin no início da reunião. O líder russo, que visitou a China em Maio passado, assegurou que as relações comerciais bilaterais estão a desenvolver-se “com sucesso”. Acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, Putin recordou que o dia 2 de Outubro assinalará o 75.º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países e convidou Li a participar no Fórum Económico Oriental, que se realizará em Setembro em Vladivostok, capital do Extremo Oriente russo. Li sublinhou que esta é a sua primeira visita ao estrangeiro desde que assumiu a liderança do Conselho de Estado e recordou que a a economia russa tem crescido de forma constante “nos últimos dois anos”, coincidindo com a guerra na Ucrânia, sob a direcção “bem-sucedida” de Putin. “Estamos prontos para implementar plenamente os acordos convosco ao mais alto nível e expandir constantemente a cooperação multilateral mutuamente benéfica”, prometeu o primeiro-ministro chinês. Li e o seu homólogo russo, Mikhail Mishustin, assinaram na quarta-feira, após negociações em Moscovo, um plano de cooperação de investimento e dois memorandos de cooperação nos transportes e na indústria química. O primeiro-ministro chinês sublinhou que o seu país, em face de uma “mudança da situação internacional”, está disponível para avançar com a Rússia “com mais firmeza” na linha definida pelos líderes de ambos os países para o bem do seu povo e também “para a justiça em todo o mundo”.