Hoje Macau China / ÁsiaPM timorense em Nova Iorque para Cimeira e Assembleia-Geral da ONU O primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, viajou para Nova Iorque para participar na Cimeira do Futuro e na Assembleia-Geral das Nações Unidas e lançar o livro “O Meu Mar, o Meu Timor”. A Cimeira do Futuro vai decorrer entre domingo e segunda-feira e visa produzir um pacto intergovernamental para a acção sobre desenvolvimento sustentável e financiamento para o desenvolvimento, paz e segurança, ciência, tecnologia e inovação, cooperação digital, juventude e gerações futuras, e transformação da governação global. Xanana Gusmão tem defendido em discursos feitos em fóruns internacionais novos modelos de parceria e cooperação para apoiar os países menos desenvolvidos, que garantam também a soberania daqueles estados. Ainda na segunda-feira, o chefe do executivo timorense participa na Cimeira dos Líderes da Aliança dos Pequenos Estados Insulares e apresentará o livro “O Meu Mar, o Meu Timor”, num evento sobre a economia azul de Timor-Leste, que vai contar com a participação da oceanógrafa, Sylvia Earle. Da agenda do primeiro-ministro consta igualmente, na terça-feira, um encontro com o secretário-geral da ONU, António Guterres, que no final de Agosto realizou uma visita a Timor-Leste, no âmbito das celebrações dos 25 anos da realização do referendo pela autodeterminação do país e que pôs fim à ocupação indonésia. Mar e saúde No dia seguinte, o primeiro-ministro vai intervir na Cimeira de Alto Nível do g7+ sobre “Paz no Mundo e Paz nos países do g7+ – desafios e soluções partilhadas”. O g7+ é uma organização intergovernamental, criada em 2010 por iniciativa timorense, e, além de Timor-Leste, é composta por mais 19 países: Afeganistão, Burundi, Chade, Comores, Costa do Marfim, Guiné-Conacri, Guiné-Bissau, Haiti, Iémen, Ilhas Salomão, Libéria, Papua Nova Guiné, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, São Tomé e Príncipe, Serra Leoa, Somália, Sudão do Sul, e Togo. Xanana Gusmão vai participar igualmente em eventos paralelos sobre questões de saúde pública e as ameaças colocadas pela subida do nível do mar e em reuniões bilaterais com chefes de Estado e de Governo à margem da 79ª sessão da Assembleia-Geral da ONU, onde fará um discurso, em 27 de Setembro.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte | Disparados mísseis pela segunda vez numa semana A Coreia do Norte disparou ontem vários mísseis balísticos em direcção às águas do leste da península, disseram os militares sul-coreanos e japoneses, no segundo teste no espaço de uma semana O Comando Conjunto dos Chefes de Estado-Maior (JCS, na sigla em inglês) da Coreia do Sul disse ter detectado que o Norte disparou vários mísseis balísticos de curto alcance a partir do norte da capital, Pyongyang, por volta das 06h50 (05h50 de Macau) e disse que os projécteis voaram para nordeste. Os responsáveis do JCS disseram que estavam a comunicar estreitamente com os Estados Unidos e o Japão sobre os lançamentos, mas não forneceram mais detalhes até ao momento. O Ministério da Defesa do Japão disse ter detectado pelo menos dois lançamentos, mas não disse ainda que tipos de mísseis eram e que distância percorreram. A guarda costeira japonesa disse acreditar que os mísseis tenham caído nas águas entre a península coreana e o Japão, mas instou os navios a estarem atentos à possível queda de objectos. A televisão pública japonesa NHK disse os mísseis deverão ter caído fora da zona económica exclusiva do Japão. Núcleo da questão A Coreia do Norte anunciou ter testado, na quinta-feira da semana passada, lançadores múltiplos de foguetes de 600 milímetros, que o regime descreve como capazes de lançar ogivas nucleares tácticas. No dia seguinte, o regime de Pyongyang divulgou imagens de instalações de enriquecimento de urânio, durante uma visita do líder Kim Jong–un, que pediu um aumento do número de armas nucleares. Kim Jong-un “sublinhou a necessidade de aumentar ainda mais o número de centrifugadoras, de forma a aumentar exponencialmente as armas nucleares para autodefesa”, avançou a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA. Foi a primeira vez que Pyongyang divulgou imagens de uma instalação de enriquecimento de urânio desde 2010. Há duas semanas, a Coreia do Norte retomou a prática de lançar balões com lixo para a Coreia do Sul. Pyongyang já enviou quase cinco mil balões para o Sul desde Maio. Desde 2022 que a Coreia do Norte tem acelerado de forma significativa as suas actividades de teste de armas. Os EUA e a Coreia do Sul responderam com a expansão das manobras militares conjuntas, que a Coreia do Norte considera serem ensaios para ser invadida.
Hoje Macau China / ÁsiaMais de 600 milhões deslocaram-se durante Festival do Meio do Outono A China registou mais de 600 milhões de viajantes durante os três dias do Festival do Meio Outono, que decorreu entre domingo e terça-feira, de acordo com as estimativas oficiais. Segundo os dados oficiais, o volume diário de viagens inter-regionais aumentou 28,2 por cento, em termos homólogos, atingindo uma média diária de mais de 205 milhões de pessoas. O tráfego ferroviário transportou quase 43 milhões de passageiros, enquanto a aviação registou 5,11 milhões de viajantes durante este período. Este ano, ao contrário do que aconteceu em 2023, o festival não coincidiu com o feriado do Dia Nacional da China, também conhecido como “Semana Dourada”, marcando a primeira vez desde o fim da pandemia da covid-19 em que este feriado tradicional chinês recuperou a sua singularidade. O aeroporto de Guangzhou registou mais de 10 milhões de pessoas, o que representa um aumento de 19 por cento em relação ao ano anterior. A Administração Nacional de Imigração estimou que 5,2 milhões de pessoas atravessaram as fronteiras da China durante as férias, com uma média diária de 1,7 milhões de indivíduos, o que representa um aumento de 18,6 por cento em relação ao feriado do ano anterior. Os residentes da China continental a atravessar a fronteira ascenderam a 2,6 milhões, enquanto os de Hong Kong, Macau e Taiwan representaram pouco mais de dois milhões. Via eléctrica Os viajantes estrangeiros atingiram 554 mil, o que representa um aumento de 62,2 por cento. O transporte ferroviário foi reforçado na terça-feira, com uma estimativa de 15,2 milhões de passageiros transportados, com serviços alargados para destinos turísticos como Chengdu e Chongqing (ambos no centro), Guangzhou e Beihai (norte). O Ministério dos Transportes do país estimou que aproximadamente 50 por cento das viagens rodoviárias foram de curta e média distância, concentradas em cidades como Guangzhou, Pequim, Chengdu e Xi’an (centro). Metade dos veículos utilizados foram eléctricos, com picos de procura de carregamento entre as 10 e as 21 horas, segundo o ministério. Entre os destinos mais visitados estão a capital, Pequim, Guangzhou, Shenzhen, Chengdu e Xi’an.
Hoje Macau China / ÁsiaAutomóveis | BYD planeia controlar subsidiária que mantém com Mercedes O grupo BYD quer adquirir a restante participação na Denza, a subsidiária de veículos eléctricos da Mercedes-Benz. A indústria automóvel chegou à campanha presidencial norte-americana, com Donald Trump a prometer aumentar tarifas sobre veículos chineses fabricados em unidades que não existem O grupo chinês BYD, maior fabricante mundial de veículos eléctricos, planeia adquirir os 10 por cento que ainda não controla da Denza, subsidiária de eléctricos topo de gama a Daimler, atual Mercedes-Benz, segundo a imprensa chinesa. De acordo com o portal de notícias económicas Yicai, que cita fontes da BYD, a empresa chinesa está a aguardar a aprovação dos reguladores e espera que a operação seja realizada durante o segundo semestre do ano. A plataforma de informação corporativa Tianyancha mostra a Denza como subsidiária integral da BYD desde o dia 14 de Setembro, e indica também que o executivo da Mercedes-Benz Hans Georg Engel deixou já a direcção da subsidiária. A empresa chinesa não exclui a possibilidade de a Denza colaborar com a Mercedes-Benz noutros sectores no futuro, e o grupo poderá também procurar novas oportunidades de cooperação com o construtor automóvel alemão no segmento eléctrico. A BYD e a Daimler fundaram a Denza em 2010 como uma subsidiária 50-50, com a empresa chinesa a fornecer baterias, motores e tecnologias de controlo eléctrico, e a empresa alemã a ficar encarregue do fabrico dos automóveis. O primeiro modelo da empresa, o Denza 300, chegou ao mercado em 2014, mas as suas vendas anuais não ultrapassaram as três mil unidades entre 2015 e 2018. Em meados de 2022, a BYD concluiu a compra de uma participação de 40 por cento, assumindo o controlo da filial e deixando a Mercedes-Benz com 10 por cento. Depois de lançar o MPV de luxo D9 e os SUV N7 e N8, as vendas do Denza ultrapassaram as 127 mil unidades em 2023 e totalizam quase 80 mil unidades nos primeiros oito meses deste ano. Na Terra do Oz O candidato presidencial norte-americano Donald Trump repetiu falsas alegações de que fabricantes chineses estão a construir grandes fábricas no México e prometeu aplicar tarifas alfandegárias de 200 por cento sobre automóveis produzidos por estas supostas fábricas. Trump também afirmou, na terça-feira, durante um evento no estado de Michigan, que concentra grande parte da indústria automóvel dos EUA, que se a vice-presidente democrata Kamala Harris for eleita em Novembro, deixará de haver esta indústria no país, porque a montagem de veículos eléctricos será deslocada para a China. A declaração surge após dados oficiais mostrarem que o emprego na indústria automóvel cresceu desde que o Presidente Joe Biden assumiu o cargo, em Janeiro de 2021, após cair durante o primeiro mandato de Trump. “Se eu não ganhar, vocês não terão indústria automóvel dentro de dois a três anos”, disse Trump. “Não vai haver fábricas de produção. A China vai apoderar-se de toda a produção por causa dos carros eléctricos”, acrescentou. O candidato disse que faria com que as fabricantes estrangeiras construíssem fábricas nos EUA, impondo taxas punitivas sobre automóveis importados. “Vai ser como tirar um doce a um bebé”, disse Trump. Os empregos no sector automóvel caíram 0,8 por cento durante o mandato de Trump para pouco mais de 949 mil, em Janeiro de 2021, quando deixou o cargo, de acordo com dados oficiais. Desde que Biden assumiu o cargo naquele mês, os empregos no sector aumentaram 13,6 por cento, para 1,07 milhões, em agosto.
Hoje Macau China / ÁsiaMar do Sul da China | Filipinas diz não ter perdido recife disputado As Filipinas garantiram ontem que não abandonaram um recife disputado no mar do Sul da China, apesar da retirada de um navio militar que estava ali destacado desde Abril após um impasse com a China. “Não perdemos nada”, disse o porta-voz da guarda costeira filipina, numa conferência de imprensa, garantindo que continuará a haver uma presença no recife, conhecido nas Filipinas como Sabina. “Estamos apenas a reposicionar o nosso navio (…) [e] isto não significa que os navios da guarda costeira deixem de estar destacados” no recife, disse Jay Tarriela. Citando a segurança das operações, o porta-voz recusou divulgar mais informações. O navio BRP Teresa Magbanua ancorou em Abril nas águas em redor do recife para desempenhar “funções de sentinela”, de acordo com o Conselho Marítimo Nacional das Filipinas, para fazer valer as reivindicações de Manila e impedir que Pequim assuma o controlo da zona. Em Agosto, os barcos chineses bloquearam uma missão de reabastecimento aos marinheiros filipinos a bordo do navio, causando uma grave escassez de alimentos. Na última tentativa, em 31 de Agosto, a China acusou um barco filipino de causar uma “colisão deliberada” contra um navio da guarda costeira. O recife, conhecido em chinês como Xianbin, localizado a 140 quilómetros a oeste da ilha filipina de Palawan e a 1.200 quilómetros da ilha chinesa de Hainan, tem sido palco de vários incidentes nos últimos meses. Pequim “exerce uma soberania indiscutível sobre (…) Xianbin e as suas águas adjacentes”, disse no domingo, num comunicado de imprensa o porta-voz da guarda costeira chinesa, Liu Dejun. O mar do Sul da China recebe cerca de 30 por cento do comércio global e abriga 12 por cento dos pesqueiros mundiais, além de possuir potenciais depósitos de petróleo e gás.
Hoje Macau China / ÁsiaHK | Condenado por sedição por usar t-shirt com frases que poderiam “incitar ao ódio” Um homem de Hong Kong tornou-se o primeiro condenado ao abrigo da nova lei de segurança nacional, depois de se declarar culpado de sedição por usar uma t-shirt com um slogan de protesto. Chu Kai-pong, de 27 anos, enfrenta uma pena máxima de sete anos de prisão, que poderá ser alargada para dez se o tribunal do distrito de West Kowloon concluir que houve “conluio com forças estrangeiras”. O homem foi detido a 12 de Junho, quando vestia uma t-shirt com a mensagem “Libertem Hong Kong, revolução dos nossos tempos” e uma máscara com a sigla “FDNOL”, que em inglês remete para “cinco exigências, nem um a menos”, um dos slogans dos protestos antigovernamentais de 2019. O Ministério Público de Hong Kong defendeu que estas frases poderiam “incitar ao ódio, ao desprezo ou ao descontentamento contra o sistema fundamental do Estado estabelecido pela Constituição da República Popular da China”. Chu declarou-se culpado, mas a defesa argumentou que não havia provas de que o homem tivesse incitado outras pessoas durante o breve período em que usou a peça de roupa e expressou esperança de que lhe fosse concedido a atenuante máxima de um terço da pena por ter admitido a culpa. A sentença vai ser lida na quinta-feira.
Hoje Macau China / ÁsiaXangai | Voos cancelados antes da chegada de tufão Bebinca Depois de deixar um rasto de morte e destruição nas Filipinas, o tufão Bebinca atinge agora a China. O município de Xangai aconselhou os 25 milhões de residentes a não saírem de casa O tufão Bebinca atingiu a costa do leste da China esta manhã, perto de Xangai, a capital financeira do país, onde os dois aeroportos tinham cancelado mais de 600 voos já no domingo. O Bebinca atingiu o leste da cidade, na cidade nova de Lingang, no distrito de Pudong, por volta das 07:30, com ventos máximos de 151 km/h, e as autoridades locais emitiram o alerta vermelho. “A velocidade máxima do vento perto do centro do tufão era de 42 metros por segundo no momento da chegada” a terra, tornando-o “o tufão mais forte a atingir Xangai desde 1949”, disse a televisão estatal chinesa CCTV. Os meios de comunicação estatais informaram que mais de 414 mil pessoas foram retiradas de Xangai, incluindo nove mil no distrito de Chongming, uma ilha localizada na foz do rio Yangtze. Em Xangai, o município aconselhou os 25 milhões de habitantes a não saírem de casa. Todos os voos previstos para depois das 20:00 de domingo foram cancelados nos aeroportos de Hongqiao e Pudong, disseram as autoridades aeroportuárias em comunicado, afectando mais de 600 voos. Os aeroportos de cidades como Hangzhou e Ningbo também cancelaram pelo menos 200 voos que estavam programados para domingo e segunda-feira, acrescentou a imprensa local. As autoridades de Xangai anunciaram também a suspensão do trânsito em algumas pontes, as autoestradas foram encerradas a partir da 01:00 e foi imposto um limite de velocidade de 40 quilómetros por hora. Água pela barba Na cidade vizinha de Zhoushan, os restaurantes, supermercados e lojas fecharam cedo e os serviços de transportes públicos foram interrompidos. A tempestade deverá trazer até 25,4 centímetros de chuva às partes da costa leste da China que serão mais atingidas, de acordo com a imprensa estatal. Ontem de manhã, a sede de controlo de cheias de Xangai já tinha recebido dezenas de relatos de acidentes devido ao tufão, principalmente queda de árvores e painéis publicitários, informou a CCTV. Mais de 60 mil socorristas e bombeiros estiveram presentes para prestar ajuda em Xangai, de acordo com os meios de comunicação estatais. O porto de Yangshan, em Xangai, poderá registar ondas até 4,5 metros, tendo sido emitido no domingo um alerta máximo. As autoridades ordenaram que todos os navios em serviço e em trânsito regressassem ao porto para evitar ondas fortes e ventos extremos. Ventos assassinos A chegada do tufão coincidiu com o Festival do Bolo Lunar, entre domingo e hoje, período durante o qual a operadora ferroviária esperava 74 milhões de viagens, informou no sábado a agência de notícias oficial chinesa Xinhua. De acordo com a CCTV, as autoridades esperam que o Bebinca “penetre profundamente no interior” da China, trazendo chuvas fortes e ventos fortes para as províncias de Jiangsu, Zhejiang e Anhui. Antes de chegar à China, o Bebinca atingiu o centro e sul das Filipinas na sexta-feira, causando a morte de seis pessoas, entre as quais quatro crianças, sobretudo devido à queda de árvores, anunciaram no domingo as autoridades de Manila.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Pequim alerta que navios alemães aumentam risco de segurança A China acusou sábado a Alemanha de aumentar os riscos de segurança no estreito de Taiwan, um dia depois de dois navios alemães terem atravessado a zona entre Taiwan e China. “O comportamento do lado alemão está a aumentar os riscos de segurança e a enviar sinais errados”, afirmou o porta-voz das forças armadas chinesas Li Xi, em comunicado. Li acrescentou que as tropas de Pequim na região iam “combater resolutamente todas as ameaças e provocações”. O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, disse na sexta-feira que a fragata Baden-Württemberg e um navio de abastecimento, que a acompanhava, estavam a dirigir-se para o estreito ou a atravessá-lo. Os navios de guerra dos Estados Unidos e do Canadá atravessaram o estreito de Taiwan em várias ocasiões nos últimos meses, o que levou o exército chinês a declarar-se em “estado de alerta”. Em 2021, Berlim lançou a primeira missão naval alemã na região da Ásia-Pacífico desde o início da década de 2000, sem se aventurar no estreito de Taiwan. O governo do chanceler alemão, Olaf Scholz, endureceu o tom em relação à China num contexto de crescentes rivalidades económicas e geopolíticas, enquanto procura um equilíbrio delicado entre a protecção dos seus interesses estratégicos e de segurança e a manutenção dos laços económicos com este parceiro comercial crucial.
Hoje Macau China / ÁsiaNúmero de vítimas mortais pelo tufão Yagi sobe para 262 no Vietname As autoridades vietnamitas elevaram sábado para 262 o número de mortos e 83 o número de desaparecidos devido à passagem do tufão Yagi pelo norte do país no último fim-de-semana. Anteriormente, as autoridades do Vietname tinham anunciado a morte de 233 pessoas e o desaparecimento de 103 devido à passagem do tufão. As equipas de emergência continuavam sábado a prestar assistência às vítimas e a distribuir ajuda, incluindo alimentos e água potável. O Yagi é considerado o tufão mais forte da Ásia este ano e o mais poderoso em três décadas no Vietname. O tufão, que provocou inundações e deslizamentos de terras, também causou mais de 1.900 feridos, mais de 168.000 casas danificadas e 183.000 hectares de campos de arroz inundados. No terreno A Organização Não-Governamental (ONG) Blue Dragon Children afirmou na sexta-feira, num comunicado, que, enquanto Hanói está a recuperar das inundações, muitas famílias em zonas mais remotas do norte começaram a receber ajuda vários dias depois de terem ficado isoladas pelas inundações. Os trabalhadores das ONG conseguiram levar ajuda às zonas remotas das províncias setentrionais de Dien Bien e Ha Giang, entre as mais pobres do país e com um grande número de minorias étnicas. Embora a situação tenha melhorado, a chuva continua a cair e existe o perigo de novos deslizamentos de terras. A agência das Nações Unidas para as crianças (Unicef) disse na sexta-feira que ainda é muito cedo para avaliar todos os danos causados pelo tufão no Vietname e que as autoridades apelaram às agências internacionais para que ajudem a responder à catástrofe natural. Depois de passar pelo Vietname, o Yagi atingiu as Filipinas (21 mortos) e a China (dois mortos), tendo sido rebaixado a depressão tropical no domingo, causando também graves inundações na Tailândia e em Myanmar (antiga Birmânia).
Hoje Macau China / ÁsiaEvergrande | Pequim bane por seis meses e multa em 56 ME a PwC As autoridades chinesas proibiram a empresa de auditoria PricewaterhouseCoopers (PwC) de operar durante seis meses e aplicaram-lhe uma multa de 441 milhões de yuan, devido ao seu envolvimento no caso da construtora Evergrande. É o castigo mais pesado até à data para as empresas internacionais de contabilidade que operam na China. A PwC vai ser proibida de assinar quaisquer resultados financeiros no país durante seis meses. A empresa já está a perder clientes. O Ministério das Finanças da China informou, em comunicado, que vai punir em 116 milhões de yuan em multas e confisco de ganhos ilegais à PwC Zhongtian, também conhecida como PwC China, bem como uma suspensão de actividade de seis meses, a revogação da sucursal da PwC em Cantão e um aviso administrativo. Uma outra entidade reguladora, a Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China, impôs também multas e confiscos num total de 325 milhões de yuan à PwC por alegadamente não ter efectuado as devidas diligências na auditoria à Evergrande. O Ministério das Finanças da China afirmou que a PwC emitiu “falsos relatórios de auditoria” da Evergrande e que os procedimentos de auditoria apresentavam “graves defeitos” de concepção e execução, o que levou a muitas conclusões falsas. Acusou ainda a PwC de não manter o “cepticismo profissional” e de não ter assinalado os erros e a falta de divulgação de informações por parte da Evergrande durante as auditorias. A PwC, que auditou as contas da Evergrande durante 14 anos, até 2023, é a maior das “quatro grandes” empresas de auditoria a operar na China, tendo obtido quase 8 mil milhões de yuan em receitas em 2022.
Hoje Macau China / ÁsiaVoluntários aprendem a impedir encalhes em massa de baleias e golfinhos em Taiwan Voluntários de Taipé têm aprendido a resgatar cetáceos encalhados, um fenómeno cada vez mais comum nas praias de Taiwan e cujas causas destas dificuldades sentidas por baleias ou golfinhos permanecem um enigma. Estes cursos de formação são orientados pela Sociedade de Cetáceos de Taiwan (TCS), uma associação que ajuda as baleias e os golfinhos que encalham a um ritmo de cerca de cem por ano, um número que tem vindo a aumentar acentuadamente nos últimos dez anos. Foi depois de assistir a um “vídeo muito sangrento” de uma tartaruga a ter uma palhinha de plástico retirada do nariz que Joanna Hung, uma vendedora de 36 anos, decidiu participar na formação. “Se não assistíssemos às aulas, agíamos como quiséssemos e sem os conhecimentos necessários, o que poderia fazer mais mal do que bem”, explicou na sexta-feira Hung à agência France-Presse (AFP). Tseng Cheng-tsung, secretário-geral da TCS, destacou que desenvolveu gradualmente um “sentido de compromisso” após participar em vários resgates, o que o encorajou a obter um mestrado em biologia marinha. “Muitas pessoas querem estar mais próximas da natureza e protegê-la”, garantiu. Até 2016, apenas algumas dezenas de cetáceos encalhavam anualmente em Taiwan, mas nesse ano o número saltou para 90, realçou Yang Wei-cheng, especialista em cetáceos da Universidade Nacional de Taiwan. Segundo Yang, este massacre pode ser explicado pelo aumento da temperatura da superfície do oceano e pelas actividades humanas que causam ruído ou poluição. Mas, segundo Lindsay Porter, vice-presidente do comité científico da Comissão Baleeira Internacional (CBI), a maior causa da mortalidade de cetáceos no mundo continua a ser a pesca e a captura acidental. Além disso, alertou Porter, o “nível de ruído associado às actividades militares no mar pode ser particularmente elevado e intenso, e pode causar a morte ou deficiência auditiva nos cetáceos, o que foi demonstrado noutras partes do mundo”. Condições severas A actividade militar tem aumentado significativamente em torno de Taiwan nos últimos anos, principalmente à medida que a China aumenta as incursões de navios, aviões e ‘drones’, bem como os exercícios de fogo real em torno da ilha. As causas deste aumento permanecem obscuras, admitiu Porter, que especificou, no entanto, que se trata de facto de um aumento real, e não de um aumento de relatos. Outro possível culpado é o clima. Após a passagem do tufão Gaemi, no final de Julho, foram encontrados 15 golfinhos, baleias e tartarugas encalhados em duas semanas ao largo da costa de Taiwan. A maioria dos cetáceos encalhados em Taiwan morre, seja porque já estão doentes ou devido ao stress sentido durante a tentativa de resgate. “As pessoas costumam fazer-nos esta pergunta: vale a pena?”, contou Tseng, especialista em biologia marinha, que respondeu também: “Todo o sucesso é uma recordação inesquecível”.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Pequim defende plano de paz apresentado com Brasil A China afirmou na passada sexta-feira que o plano de paz que apresentou em conjunto com o Brasil para resolver a guerra na Ucrânia tem como objectivo “reduzir as tensões” e “evitar a expansão do conflito”. A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, disse que o consenso de seis pontos alcançado com o Brasil “centra-se na urgência de arrefecer” o conflito. “O consenso enfatiza o cumprimento de três princípios-chave para o desanuviamento: evitar a expansão do conflito, prevenir a escalada da guerra e não atiçar as chamas do conflito”, disse Mao. A porta-voz referiu também a importância de manter o diálogo, aumentar a ajuda humanitária e rejeitar a utilização de armas nucleares e os ataques contra centrais nucleares. Mao sublinhou ainda que a proposta, apresentada a 24 de Maio pela China e pelo Brasil, foi bem recebida por mais de 110 países, o que, segundo Pequim, “está em linha com as expectativas gerais da comunidade internacional” e procura garantir a “estabilidade nas cadeias de abastecimento globais”. O Governo chinês negou a venda de armas à Rússia, alegando que a sua relação comercial com Moscovo é “normal”, enquanto os EUA acusam as empresas chinesas de apoiar a indústria de armamento russa através da venda de equipamento que pode ser utilizado na produção de mísseis balísticos. Grande parte da comunidade internacional tem apelado repetidamente à China para que utilize as suas boas relações e influência sobre a Rússia para pôr termo à guerra, uma exigência que Pequim argumenta dever ser dirigida às partes directamente envolvidas. China e Brasil foram duas das dezenas de nações em desenvolvimento que não assinaram o comunicado final da cimeira de paz apoiada pela Ucrânia, realizada na Suíça, em Junho passado. A China faltou à reunião, insistindo na “participação igualitária” da Rússia e da Ucrânia. A Rússia não foi convidada para a cimeira. Sinais de diálogo Após a cimeira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou Pequim de ajudar Moscovo a minar a reunião, que visou obter mais apoio internacional para uma solução baseada numa fórmula de paz de 10 pontos proposta por Kiev. O plano de paz da Ucrânia exige a retirada total das tropas russas dos seus territórios ocupados, incluindo a Crimeia e partes de quatro províncias do leste da Ucrânia. No entanto, têm surgido alguns sinais de que a Ucrânia e a Rússia estão dispostas a dialogar. No final de Julho passado, na sua primeira visita à China desde o início da guerra, o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, disse ao seu homólogo chinês, Wang Yi, que Kiev está disposta a negociar se Moscovo agir de “boa-fé”. A Rússia afirmou que está aberta a conversações, mas que a Ucrânia deve primeiro abandonar a sua candidatura à NATO e retirar-se das suas quatro províncias mais a leste.
Hoje Macau China / ÁsiaOMS vacina mais de 100.000 crianças contra a poliomielite na Faixa de Gaza As autoridades da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, estimaram em mais de 100.000 o número de crianças vacinadas contra a poliomielite no norte da Faixa de Gaza, no âmbito de uma campanha lançada no início deste mês. “As equipas médias [associadas à Organização Mundial de Saúde (OMS)] conseguiram vacinar 105.909 crianças em dois dias desde o início da campanha de vacinação contra a poliomielite na cidade de Gaza e na província do norte”, afirmou o Ministério da Saúde de Gaza numa mensagem publicada na conta da entidade no Facebook. No início da quarta-feira, as autoridades palestinianas tinham estimado o número de crianças que receberam a primeira dose da vacina em cerca de 528.000 e sublinharam que as equipas “continuam os seus esforços na campanha de vacinação, apesar da agressão da ocupação na Faixa de Gaza e do grande perigo que enfrentam nas suas deslocações e viagens entre os centros de vacinação”. A OMS confirmou em Agosto um caso de poliomielite num bebé de 10 meses no centro do enclave palestiniano, em plena ofensiva israelita, o primeiro caso registado na Faixa de Gaza em 25 anos. O poliovírus foi detectado em amostras ambientais em Khan Younis e Deir el Balah. O objectivo é evitar a propagação do poliovírus circulante oriundo de uma estirpe vacinal do tipo 2 (cVDPV2). Duas gotas da vacina nVPO2 devem ser administradas com quatro semanas de intervalo. Segundo a OMS, as vacinas, o equipamento da cadeia de frio e outros fornecimentos foram entregues segunda-feira no norte de Gaza, apesar de algumas dificuldades no transporte de combustível para os hospitais e para os veículos da campanha contra a poliomielite, bem como peritos responsáveis pelo controlo da campanha, pois foram, por vezes, barrados pelo exército israelita. Ajuda bloqueada A 10 deste mês, um porta-voz da ONU, Jens Laerke, disse aos jornalistas que, das 208 tentativas de acesso da organização ao norte da Faixa de Gaza em Agosto, apenas 74 resultaram na entrega da ajuda prevista. “Pelo menos 44 foram obstruídas, o que significa que foram bloqueadas ou atrasadas no terreno, levando ao cancelamento de algumas delas, enquanto 72 foram simplesmente recusadas”, disse Laerke, acrescentando que as outras foram canceladas pela ONU por razões logísticas, operacionais ou de segurança.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA | Confiança das empresas em Pequim no nível mais baixo de sempre As empresas norte-americanas na China enfrentam desafios sem precedentes, que estão a afectar a confiança e os resultados, apontou ontem um relatório da Câmara de Comércio Americana (AmCham) em Xangai. O inquérito do grupo empresarial mostrou um declínio na confiança, com 47 por cento das 306 empresas participantes a declararem-se optimistas para os próximos anos, em comparação com 52 por cento no ano anterior, no que já tinha sido um nível historicamente baixo. Os resultados financeiros das empresas norte-americanas também sofreram, com apenas 66 por cento a declarar que foram lucrativas no ano passado, um valor sem precedentes, de acordo com o mesmo relatório. “A percepção do risco de fazer negócios na China aumentou nos últimos anos, mas, ao mesmo tempo, o mercado está a abrandar, com uma fraca procura e excesso de capacidade”, apontou o director-geral da Câmara de Comércio, Eric Zheng. Um relatório da Câmara de Comércio da União Europeia publicado na quarta-feira alertou também as empresas europeias na China para “repensarem seriamente a sua estratégia”, à medida que as desvantagens “começam a ultrapassar os benefícios” de investir no país. O presidente da AmCham em Xangai, Allan Gabor, considerou que as taxas alfandegárias vão continuar a ser um dos principais instrumentos da política comercial entre Pequim e Washington. A escala e o âmbito de quaisquer tarifas adicionais vão depender “do resultado das eleições” presidenciais norte-americanas em Novembro, considerou. As empresas e os produtos chineses são objecto de várias sanções ou restrições impostas por Washington, que alega concorrência desleal ou ameaças à segurança nacional. Os Estados Unidos anunciaram recentemente controlos mais rigorosos sobre as exportações de alta tecnologia para a China e, em Maio, anunciaram que iam quadruplicar as taxas alfandegárias sobre os veículos eléctricos chineses.
Hoje Macau China / ÁsiaCarros eléctricos | Ministro do Comércio na Europa para discutir taxas O ministro chinês do Comércio, Wang Wentao, vai deslocar-se na próxima semana à Europa para discutir as tarifas impostas por Bruxelas sobre veículos eléctricos provenientes da China, após uma investigação aos subsídios concedidos por Pequim aos fabricantes. O porta-voz do ministério, He Yongqian, disse em conferência de imprensa que Wang vai encontrar-se com Valdis Dombrovskis, vice-presidente executivo e comissário de comércio da Comissão Europeia, no dia 19 de Setembro, para discutir a questão. “As informações sobre a visita e o andamento das negociações serão divulgadas oportunamente”, disse o porta-voz. A tensão comercial entre China e União Europeia (UE) tem vindo a aumentar. No mês passado, a China anunciou a abertura de uma investigação sobre os subsídios atribuídos pela UE aos produtores de laticínios. A decisão surgiu um dia após a UE ter fixado a taxa de importação de veículos eléctricos chineses em 36,3 por cento. Bruxelas considera que os preços dos veículos chineses são artificialmente baixos devido a subsídios estatais que distorcem o mercado e prejudicam a competitividade dos fabricantes europeus. Pequim já tinha anunciado, em Janeiro, que estava a investigar uma alegada infração à concorrência envolvendo bebidas espirituosas, como o conhaque, importadas da UE. Em Junho, lançou igualmente um inquérito ‘antidumping’ sobre as importações de carne de porco e de produtos à base de carne de porco provenientes da União Europeia, principalmente produzidos em Espanha, França, Países Baixos e Dinamarca.
Hoje Macau China / ÁsiaChina / Arábia Saudita | Li Qiang promete expansão de comércio e investimento Na primeira paragem do seu périplo pelo Médio-Oriente, que o levará também aos Emirados Árabes Unidos o primeiro-ministro chinês presidiu à reunião do Comité Misto de Alto Nível China – Arábia Saudita, com o Príncipe Herdeiro Mohammed bin Salman O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, comprometeu-se ontem a reforçar o comércio e o investimento com a Arábia Saudita, incluindo nas áreas das infraestruturas, novas energias ou alta tecnologia, e prometeu proteger as cadeias de abastecimento global. Li, que está em Riade para presidir à reunião do Comité Misto de Alto Nível China – Arábia Saudita, com o Príncipe Herdeiro Mohammed bin Salman, vai ainda deslocar-se aos Emirados Árabes Unidos. “A China e a Arábia Saudita devem expandir ainda mais a escala do comércio bilateral, aprofundar a cooperação em áreas tradicionais como petróleo e gás, petroquímica e construção de infraestruturas (…) [enquanto se expandem] para as novas energias, tecnologia de informação e comunicações, economia digital, economia verde (…) e trabalham em conjunto para manter a estabilidade das cadeias de fornecimento industrial global”, disse o primeiro-ministro, citado pelo Diário do Povo, o jornal oficial do Partido Comunista Chinês. Salman enfatizou também a cooperação económica com a China, acrescentando que Riade e Pequim partilham uma “posição semelhante e assumem a mesma responsabilidade” nos assuntos regionais e internacionais. Segundo o Diário do Povo, Riade está disposta a cooperar com Pequim em matéria de segurança global. O ministro do Comércio, Wang Wentao, e o ministro da Indústria e das Tecnologias de Informação, Jin Zhuanglong, também participaram na reunião. Para além de Salman, pelo menos nove ministros sauditas participaram na reunião, segundo a Agência Saudita de Imprensa. O primeiro-ministro chinês e os dois ministros chineses participaram também na quarta-feira numa conferência de investimento, durante a qual Li apelou à confiança na China, apesar dos ventos contrários ao investimento estrangeiro. Lembrando que a China tem um “mercado gigante composto por 1,4 mil milhões de pessoas”, Li afirmou que Pequim está a voltar activamente a sua indústria para a ciência e tecnologia de ponta, o que proporcionará mais oportunidades para investidores estrangeiros. O primeiro-ministro também prometeu aos investidores sauditas de alto nível que a China vai flexibilizar ainda mais o acesso ao mercado e proteger os direitos dos investidores estrangeiros. Fazer as contas Entre Janeiro e Julho, o investimento directo estrangeiro na China caiu quase 30 por cento, em termos homólogos, para 539,5 mil milhões de yuan, segundo dados oficiais. A Arábia Saudita é o maior parceiro comercial da China na região e o seu principal fornecedor de petróleo. Durante a última década, a China foi também o principal parceiro comercial da Arábia Saudita. O reino tem desfrutado de um raro excedente comercial com a segunda maior economia do mundo, devido às exportações de petróleo. Em 2023, o volume de comércio entre as duas nações ultrapassou os 107 mil milhões de dólares, com a China a importar bens no valor de 64 mil milhões de dólares. No ano passado, os bancos centrais de ambos os países assinaram um acordo para viabilizar trocas comerciais nas respetivas moedas locais num valor total de 50 mil milhões de yuan (cerca de 6,3 mil milhões de euros). Enquanto os fabricantes chineses de veículos elétricos enfrentam tarifas punitivas de Bruxelas e de Washington, a Arábia Saudita tem acolhido favoravelmente as indústrias chinesas em expansão para apoiar a sua estratégia industrial nacional. Riade também manifestou a sua intenção de estabelecer parcerias com empresas como o grupo de telecomunicações Huawei para desenvolver “soluções inteligentes inovadoras” e tirar partido das tecnologias da “Quarta Revolução Industrial”, caracterizada pela Inteligência Artificial e pela Internet das Coisas. A aproximação de Riade a Pequim ocorre numa altura em que a administração norte-americana de Joe Biden se prepara para levantar as restrições à venda de armas à Arábia Saudita, em vigor desde 2021 devido a preocupações com os Direitos Humanos.
Hoje Macau China / ÁsiaCanadá | Anunciadas mais taxas sobre importações chinesas O governo canadiano anunciou na terça-feira que tenciona aplicar mais taxas sobre produtos minerais críticos, baterias, produtos de energia solar e semicondutores chineses, o que pode suscitar novas represálias da parte de Pequim. No final de Agosto, o Canadá tinha anunciado uma sobretaxa de 100 por cento sobre as importações de veículos eléctricos chineses a partir de Outubro, alegando “concorrência desleal”, o que suscitou um “vivo descontentamento” da parte chinesa. O Executivo de Otava lançou agora uma nova consulta pública para recolher a opinião da indústria quanto à aplicação de uma sobretaxa àqueles produtos, disse a vice-primeira-ministra, Chrystia Freeland, durante uma conferência de imprensa. “A mão-de-obra, o sector automóvel e as cadeias de abastecimento da produção de produtos essenciais enfrentam uma concorrência desleal dos produtores chineses, que beneficiam da política voluntária de sobrecapacidade do Estado”, declarou o ministro da Economia. Este confronto sino-canadiano ocorre em contexto de tensões comerciais crescentes, com alguns Estados ocidentais a acusarem a China de destruir a concorrência em alguns sectores, como eólicas, painéis solares e baterias. Pequim já se queixou à Organização Mundial do Comércio por causa dos direitos alfandegários aplicados aos seus veículos eléctricos, considerando que se trata de uma “medida unilateral e proteccionista”. Otava prevê também aplicar uma sobretaxa sobre as importações de produtos em aço e alumínio provenientes da China. Por seu lado, Pequim anunciou uma investigação antidumping sobre a canola canadiana. Desde há alguns anos que o Canadá desenvolve esforços consideráveis para atrair os actores do sector do veículo eléctrico, realçando os seus incentivos fiscais, a sua energia limpa e os seus recursos importantes em terras raras.
Hoje Macau China / ÁsiaCâmara de Comércio da UE insta Pequim a cumprir promessas de reformas A Câmara de Comércio da União Europeia (UE) na China instou ontem Pequim a “cumprir as promessas de reforma” e apontou “um declínio” na atractividade do país para os negócios. A associação empresarial apontou que, embora sentissem “algum desconforto” quando investiram num mercado novo e emergente como a China, as empresas da UE acreditam agora que muitos dos problemas “são características permanentes”, de acordo com um documento de posição para 2024-2025. “Muitos investidores estão a enfrentar a realidade de que a sua abordagem ao mercado chinês exige um repensar estratégico”, disse o presidente da Câmara, Jens Eskelund, numa conferência de imprensa, aquando do lançamento do relatório. De acordo com Eskelund, “para um número crescente de empresas, atingiu-se um ponto de viragem, porque os desafios de fazer negócios aqui estão a começar a superar os benefícios”. No documento, o grupo referiu que a principal preocupação é o próprio abrandamento económico do país ou as dúvidas de que o Governo chinês tenha um plano credível para impulsionar a procura interna ou concretizar as reformas prometidas, “o que está a diminuir o apetite para investir no país”. A Câmara de Comércio da UE queixou-se de que as empresas europeias têm de “enfrentar concorrentes chineses injustamente subsidiados, um ambiente empresarial altamente politizado, centrado na segurança nacional e na autossuficiência, e barreiras perpétuas ao acesso ao mercado”. Em resposta a uma pergunta sobre as recentes tensões comerciais entre a China e a UE, Eskelund afirmou existir “uma percepção clara de que a globalização não está a beneficiar a Europa e a China da mesma forma que devia” e que é preciso “garantir que os mercados funcionam de forma justa”. “Há situações em que, de acordo com os princípios da Organização Mundial do Comércio (OMC), há razões para impor tarifas”, argumentou, referindo-se às taxas alfandegárias impostas por Bruxelas sobre a importação de veículos eléctricos chineses, para contrariar os subsídios atribuídos por Pequim aos fabricantes chineses. Eskelund defendeu ser preciso ter em conta que, ao longo de todos estes anos, “a China também não tem sido alheia à introdução de tarifas”. Passos em frente Quanto ao investimento directo estrangeiro na China, o responsável afirmou que “existem sinais positivos de que a China pretende resolver alguns dos problemas enfrentados pelas empresas estrangeiras”. A situação exige “mais acção por parte do Governo chinês e não mais planos de acção”, disse. “Até agora, os progressos foram limitados e alguns membros da Câmara já começaram a transferir investimentos anteriormente planeados para a China para outros mercados, a fim de aumentar a resiliência da cadeia de abastecimento, tirar partido de custos de mão-de-obra comparativamente mais baixos e proteger-se contra futuros choques geopolíticos”, referiu o relatório.
Hoje Macau China / ÁsiaDemografia | “Aumento gradual” da idade da reforma As mudanças vão permitir que mais pessoas com 50 e 60 anos continuem a trabalhar, aliviando a pressão sobre o sistema de pensões e aumentando a mão-de-obra disponível para a modernização do país A China começou a elaborar um projecto de lei que propõe o “aumento gradual” da idade da reforma, procurando adaptar o país aos seus crescentes desafios demográficos, informou ontem a imprensa local. O Comité Permanente da 14.ª Assembleia Nacional Popular (ANP) analisou a proposta na sequência de uma resolução adoptada na terceira sessão plenária do 20.º Comité Central do Partido Comunista da China (PCC), em Julho passado. O objectivo da reforma é “desbloquear o potencial de desenvolvimento de alta qualidade da população” e “apoiar a modernização do país”, através da implementação de medidas de forma “voluntária” e “flexível”, visando um “aumento gradual” da idade da reforma, segundo especialistas citados ontem pelo jornal oficial Global Times. O analista Zhou Haiwang, do Instituto de População e Desenvolvimento da Academia de Ciências Sociais de Xangai, disse que “a reforma permitirá que mais pessoas na casa dos 50 e 60 anos, que estão dispostas a continuar a trabalhar, trabalhem durante mais tempo”. Com uma esperança de vida de 78,6 anos em 2023 e uma taxa de crescimento natural negativa (-1,48 por 1.000 habitantes), segundo um relatório publicado pela Comissão Nacional de Saúde do país asiático, o aumento da idade da reforma é considerado crucial para atenuar a diminuição da oferta de mão-de-obra e aliviar a pressão sobre o sistema de pensões, segundo os especialistas, que acrescentam que esta medida reflecte as práticas globais dos países desenvolvidos. “É uma medida necessária e em linha com a tendência global”, disse Yuan Xin, vice-presidente da Associação da População da China. Medidas flexíveis Esta mudança faz parte de uma estratégia mais alargada que inclui políticas de emprego prioritárias e melhorias no sistema de segurança social. A actual idade de reforma na China situa-se entre os 50 e os 60 anos, dependendo do sexo, enquanto a média da OCDE é superior a 63 anos. Em Julho, a terceira sessão plenária do 20.º Comité Central do Partido Comunista adoptou uma resolução que sublinhava a necessidade de atenuar o desemprego estrutural. Estima-se que mais de 30 por cento da população da China, ou seja, mais de 400 milhões de pessoas, têm 60 anos ou mais. A inclusão, pela primeira vez, da “voluntariedade” e da “flexibilidade” como princípios-chave para o aumento da idade da reforma visa melhorar os programas e indústrias de cuidados aos idosos, a fim de responder activamente a estes desafios, de acordo com o Comité Central do PCC – o órgão de decisão política do partido e, por extensão, do país.
Hoje Macau China / ÁsiaAssociação Chinesa de Futebol bane 43 pessoas por corrupção A Associação Chinesa de Futebol (CFA) baniu 43 pessoas de participarem em actividades relacionadas com o futebol, devido ao seu envolvimento em manipulação de resultados e outras formas de corrupção. Zhang Xiaopeng, um alto funcionário da polícia chinesa, divulgou ontem em conferência de imprensa os pormenores de uma “investigação de dois anos que revelou uma série de casos de apostas online, viciação de resultados e subornos”, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua. Segundo a Xinhua, a investigação envolveu 120 jogos dos campeonatos chineses, 128 suspeitos de crimes e 41 clubes. Entre as pessoas banidas, 38 eram jogadores e cinco eram funcionários de vários clubes. Os antigos jogadores da selecção chinesa Jin Jingdao, Guo Tianyu e Gu Chao foram proibidos de participarem em actividades relacionadas com o futebol para sempre. Outros jogadores e dirigentes receberam punições menos severas, incluindo jogadores estrangeiros atraídos para a China pela promessa de salários elevados. O sul-coreano Son Jun-ho, que jogava no Shandong Taishan, da China, e o camaronês Ewolo Donovan, que jogava no Heilongjiang Ice City, foram suspensos por cinco anos. As acções de Son “violaram gravemente a ética e o espírito desportivo, causando um impacto negativo significativo na sociedade”, de acordo com o comunicado da federação. O Presidente chinês, Xi Jinping, prometeu fazer da China uma superpotência do futebol, mas as equipas masculinas não têm tido grande sucesso. As promessas de construção de novos campos e de contratação de pessoal ficaram aquém das expectativas, numa altura em que os clubes chineses se tentam reerguer após o impacto da pandemia de covid-19.
Hoje Macau China / ÁsiaEncontro | Sánchez e Xi abordam conflitos em Gaza e Ucrânia O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, abordou os conflitos na Ucrânia e em Gaza e a necessidade de “relações profundas e equilibradas” com a China, durante uma reunião com o Presidente chinês, Xi Jinping, informou ontem o governo espanhol. A segunda viagem do primeiro-ministro espanhol à China em menos de dois anos “demonstra o desejo partilhado por ambos os países de manter um diálogo regular ao mais alto nível nas suas relações bilaterais”, referiu o comunicado do governo. A conversa entre Sánchez e Xi, ocorrida na segunda-feira, na Casa de Hóspedes do Estado Diaoyutai, em Pequim, abordou os conflitos na Ucrânia e em Gaza. O líder espanhol insistiu na necessidade de trabalhar para a paz com o envolvimento das Nações Unidas. A China é um dos cinco membros permanentes e com direito de veto do Conselho de Segurança da ONU. A Espanha é membro da NATO, que a China acusou de ter levado o Presidente russo, Vladimir Putin, a lançar a sua invasão em grande escala da Ucrânia há mais de dois anos. “Queremos construir pontes para defender conjuntamente uma ordem comercial justa que permita o crescimento das nossas economias e beneficie as nossas indústrias e cidadãos”, afirmou Sánchez, que também se reuniu com o seu homólogo chinês, Li Qiang, de acordo com o comunicado do governo. Sánchez e o lado chinês defenderam o comércio livre e a promoção de intercâmbios culturais e do turismo, de acordo com a televisão estatal chinesa CCTV, mas não anunciaram quaisquer pormenores sobre uma disputa em curso sobre veículos eléctricos (ver caixa). “Esperamos que a Espanha continue a proporcionar um ambiente de negócios justo, equitativo, seguro e não discriminatório para as empresas chinesas investirem e fazerem negócios”, disse Xi, segundo a televisão estatal. “A Espanha apoia os princípios do comércio livre e dos mercados abertos e não apoia uma guerra comercial”, afirmou Sanchez, de acordo com a CCTV. Questão fibrosa O comércio é uma das questões mais espinhosas entre a China e Espanha. No início do ano, a Espanha foi um dos membros da UE que manifestou o seu apoio a uma taxa punitiva de até 36,7 por cento sobre veículos eléctricos chineses. O Governo chinês reagiu lançando uma investigação sobre as importações de carne de porco da UE. As exportações de produtos de carne de porco da UE para a China atingiram um pico de 7,4 mil milhões de euros, em 2020, quando Pequim teve de recorrer ao estrangeiro para satisfazer a procura interna depois de as suas explorações de suínos terem sido dizimadas por uma doença suína. As exportações de carne de porco da UE para a China diminuíram desde então, atingindo 2,5 mil milhões de euros no ano passado e quase metade desse total veio de Espanha. A tensão sobre a carne de porco não impediu a Espanha de saudar os planos do fabricante chinês de automóveis Chery de abrir uma fábrica de veículos eléctricos em Barcelona. O líder socialista espanhol também participou num fórum empresarial em Pequim para empresas espanholas e chinesas antes de viajar para Xangai, onde participou ontem em eventos empresariais e na inauguração de um Instituto Cervantes, um centro que promove a língua e a cultura espanholas.
Hoje Macau China / ÁsiaTimor/Papa | Francisco alerta para “crocodilos” que querem mudar identidade e história O Papa Francisco alertou ontem os timorenses, já na fase final da missa em Tasi Tolu, para terem cuidado com os “crocodilos” que querem mudar a identidade e a história de Timor-Leste. “Estejam atentos, porque me disseram que em algumas praias vivem crocodilos. Os crocodilos que nadam e têm uma mordida forte. Estejam atentos a esses crocodilos, que querem mudar-vos a cultura e a história”, afirmou Francisco. “Não se aproximem desses crocodilos porque mordem e mordem muito”, disse, perante os aplausos dos timorenses, depois de ter sido traduzido para tétum. Francisco voltou a salientar que o melhor que Timor-Leste tem é o seu povo e o melhor que o povo tem são as suas crianças. “Um povo que ensina as suas crianças a sorrir, é um povo com futuro”, disse Francisco, pedindo aos timorenses para continuarem a ter muitos filhos. O Papa pediu também para que os timorenses cuidem dos mais velhos, porque “são a memória da terra”. “Obrigada, muito obrigada pela vossa caridade, pela vossa fé. Sigam em frente com esperança”, disse, deixando momentos depois o palco em Tasi Tolu, onde permanecem milhares de pessoas. As autoridades estimam que estejam em Tasi Tolu mais de meio milhão de pessoas, num país com 1,3 milhões de pessoas, 98 por cento das quais são católicas. O Papa Francisco iniciou segunda-feira uma visita a Díli, capital de Timor-Leste, no âmbito de um périplo que está a fazer à região, tendo já passado pela Indonésia e Papua Nova Guiné e que termina em Singapura, na sexta-feira, naquela que é a mais longa viagem do seu pontificado.
Hoje Macau China / ÁsiaONG | Perto de 200 militantes ambientais mortos em 2023 Cerca de 200 ambientalistas foram assassinados em todo o mundo em 2023, com a Colômbia a surgir, mais uma vez, como o país mais perigoso para os activistas, anunciou ontem uma organização não-governamental (ONG). Cerca de 85 por cento dos 196 homicídios de defensores do ambiente e dos direitos à terra no ano passado ocorreram na América do Sul, tendo a ONG Global Witness registado 79 só na Colômbia, o número mais elevado desde que a organização começou a produzir um relatório anual, em 2012. A maioria dos crimes ocorreu no sudoeste do país e há suspeitas de que organizações criminosas tenham cometido pelo menos metade deles. A Colômbia vai acolher, em Outubro e Novembro, a Conferência da ONU sobre a Biodiversidade (COP16) em Cali, precisamente no sudoeste do país, o que suscita preocupações quanto à segurança dos participantes. O relatório destacou também a situação nas Honduras, que registou 18 homicídios, o maior rácio de assassínios por habitante. Na Ásia, as Filipinas continuam a ser o país mais perigoso, com 17 homicídios de activistas ambientais. A Global Witness destacou uma tendência crescente de raptos na região. “Desde a nossa libertação, as ameaças não pararam”, afirmaram no relatório Jonila Castro e Jhed Tamano, duas activistas que se opõem aos projectos de recuperação da baía de Manila, nas Filipinas. As activistas acusaram o exército de as ter raptado, embora as autoridades tenham afirmado que as duas mulheres pertenciam a uma rebelião comunista, que mais tarde abandonaram. Outros continentes Em África, a Global Witness registou apenas quatro mortes, mas alertou que o número estará provavelmente “muito subestimado”, dada a dificuldade de recolha de informações. A ONG condenou ainda novas leis aprovadas no Reino Unido e nos Estados Unidos, que prevêem penas mais duras para manifestantes e activistas, bem como os “níveis draconianos de vigilância” nos países da União Europeia. No caso do Reino Unido, a Global Witness referiu o caso de três activistas ambientais que foram proibidos pelos tribunais de invocar a crise climática em sua defesa e foram detidos por desrespeito da lei.
Hoje Macau China / ÁsiaTimor/Papa | Francisco exorta timorenses à construção do Estado e a apostarem na Educação O Papa Francisco exortou ontem os timorenses a prosseguirem a construção e consolidação do Estado para servirem os timorenses e a apostarem na educação dos jovens, que representam a maioria da população do país. “Exorto-vos a prosseguirem com renovada confiança na sábia construção e consolidação das instituições” da República, para que “estejam completamente aptas a servir o povo de Timor-Leste” e para que os “cidadãos se sintam efectivamente representados”, afirmou Francisco, na primeira declaração pública em Díli, na Presidência timorense. “Que a fé que vos iluminou e susteve no passado continue a inspirar o vosso presente e o vosso futuro. ‘Que a vossa fé seja a vossa cultura’, isto é, que inspire critérios, projetos e escolhas segundo o Evangelho”, disse o Papa, referindo-se ao tema da sua visita ao país e a lembrar que agora Timor-Leste tem um “novo horizonte, com céu limpo, mas com novos desafios a enfrentar e novos problemas a resolver”. Apesar dos problemas, Francisco pediu aos timorenses para serem confiantes e a manterem um “olhar cheio de esperança em relação ao futuro”. O Papa destacou que 65 por cento dos 1,3 milhões de timorenses têm menos de 30 anos e que o “primeiro campo a investir é na educação, na família e na escola”. “Uma educação que coloque as crianças e os jovens no centro e promova a sua dignidade”, disse, sublinhando que o entusiasmo dos mais novos, juntamente com a sabedoria dos mais velhos, forma uma “combinação providencial de conhecimento”.