Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Bombardeamentos empurram 6.000 deslocados para Tailândia Os bombardeamentos aéreos realizados pelo exército birmanês nos últimos dias empurraram pelo menos 6.000 deslocados de etnia Karen em direcção à fronteira com a Tailândia, onde não têm abrigo, comida nem medicamentos suficientes, disseram ontem várias organizações humanitárias. Em videoconferência com jornalistas, a directora da Organização das Mulheres Karen, Naw K’Nyaw Paw, referiu que pelo menos 100 pessoas fugiram para a Tailândia pelo rio Salween e que poderão fugir muitos mais para aquele país se os ataques aéreos continuarem em Myanmar (antiga Birmânia). Segundo explicou, a força aérea birmanesa tem bombardeado a zona de selva controlada pelo Exército de Libertação Nacional Karen (KNLA, na sigla em inglês) onde se escondem milhares de deslocados birmaneses, causando o pânico entre os civis, incluindo crianças e idosos. Nesta área do estado de Karin (no sudeste do país), encontram-se cerca de 45.000 pessoas deslocadas em vários campos, após décadas de conflito armado, que se intensificou desde o golpe de 1 de Fevereiro. Nesse dia, os militares tomaram o poder à força, contestando a vitória do partido de Aung Sang Suu Kyi nas eleições de Novembro de 2020 e alegando irregularidades no processo eleitoral.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Mais de 40 países vão fornecer oxigénio e fármacos à Índia A Índia anunciou ontem que receberá nos próximos dias medicamentos e equipamentos de oxigénio de mais de 40 países, no âmbito de um compromisso internacional para ajudar o país que enfrenta uma devastadora segunda vaga de casos de covid-19. Perante a escalada de novos casos de infecções pelo novo coronavírus na Índia, que tem registado nos últimos dias novos recordes mundiais de contágios e enfrenta o colapso do sistema de saúde, a comunidade internacional, em resposta aos pedidos de Nova Deli, mostrou sinais de mobilização para ajudar o país. Portugal foi um desses casos, tendo divulgado, na terça-feira, que ia enviar para a Índia medicamentos antivirais e oxigénio. “Face à escalada do número de casos de covid-19 na Índia (…), Portugal já manifestou disponibilidade para contribuir de forma solidária (…) para os esforços da comunidade internacional em resposta ao pedido de apoio do Governo indiano”, anunciou, na terça-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), afirmando ainda que estava a ser avaliada a forma mais eficaz de transportar o material médico. A iniciativa inscreve-se no quadro da União Europeia (UE), através do Centro de Coordenação de Resposta a Emergências. Numa conferência de imprensa realizada ontem, o secretário dos Negócios Estrangeiros indiano, Harsh Shringla, afirmou que o país espera receber nos próximos dias remessas de produtos farmacêuticos, toneladas de oxigénio líquido e equipamentos geradores de oxigénio de mais de 40 países. Países que “se comprometeram em fornecer muitos dos itens que a Índia necessita com maior urgência”, afirmou o representante. Harsh Shringla destacou que neste momento as prioridades estão centradas na distribuição de oxigénio líquido, actualmente em escassez neste país com mais de 1,35 mil milhões de habitantes e que ultrapassou, nas últimas 24 horas, a barreira das 18 milhões de infecções. Santos da casa Apesar do país ser produtor de medicamentos como o Remdesivir ou o Tocilizumab, os hospitais indianos estão a precisar urgentemente de mais doses destes fármacos antivirais para tratar os doentes covid-19 que apresentam um quadro clínico mais grave. “Pretendemos adquirir 400.000 doses de Remdesivir do Egipto e também estamos a agilizar esforços para obter doses dos Emirados Árabes Unidos, Bangladesh e do Uzbequistão”, disse o representante indiano. A empresa de biofarmacologia norte-americana Gilead, que desenvolveu o medicamento antiviral Remdesivir, vai igualmente fornecer ao Governo indiano 450.000 doses do fármaco. Outras 300.000 doses do medicamento Favipiravir, procedentes da Rússia, também devem chegar ao território indiano. Os Estados Unidos anunciaram na quarta-feira o envio de equipamento médico avaliado em mais de 100 milhões de dólares para ajudar a Índia no combate à pandemia.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim diz que população cresceu em 2020 após notícia sobre declínio demográfico O Governo chinês afirmou ontem que a população da China aumentou em 2020, reagindo a informações de que o último censo tinha revelado um declínio demográfico, susceptível de colocar pressão sobre o crescimento económico. O Gabinete Nacional de Estatísticas não forneceu dados detalhados sobre a população, afirmando que serão divulgados mais tarde. A decisão de reagir a uma notícia do jornal The Financial Times reflecte, no entanto, a sensibilidade política da questão. O jornal cita pessoas familiarizadas com o censo de 2020 segundo as quais os resultados devem mostrar que a população diminuiu, pela primeira vez em cerca de 60 anos, para menos de 1,4 mil milhões de habitantes. A China praticou um rígido controlo de natalidade entre 1980 e 2016, em nome da preservação de recursos escassos para a sua economia em expansão. A queda na taxa de natalidade é vista agora, no entanto, como grande ameaça ao progresso económico e à estabilidade social no país asiático. Estimativas chinesas apontam que a população do país deve atingir o pico em 2025, seguindo-se uma queda demográfica, mas um declínio precoce aumentaria os desafios para os líderes chineses. Pequim está a encetar uma transição no modelo económico do país, visando uma maior preponderância do sector dos serviços e do consumo, em detrimento das exportações e construção de obras públicas. “De acordo com o nosso entendimento, em 2020, a população da China continuou a crescer”, disse o GNE, em comunicado difundido no portal oficial. Tendência mundial Economias desenvolvidas, como o Japão e a Alemanha, também estão a tentar lidar com o envelhecimento da população e a consequente redução da força de trabalho. Investigadores do banco central da China argumentaram num relatório difundido em Março que a taxa de natalidade é menor do que as estimativas oficiais sugerem, embora não tenham dito que a população estava em declínio. “Quando a população entrar em crescimento negativo, vai ocorrer uma escassez da procura”, apontou Cai Fang, membro do comité de política monetária do banco central. O mesmo responsável afirmou que, se as pessoas em idade activa enfrentam o fardo financeiro adicional de cuidar dos parentes idosos, enquanto tentam criar uma família, tornam-se mais propensas a poupar do que a consumir. “Os custos associados com a gravidez, criação e educação dos filhos são os maiores constrangimentos para os casais jovens”, observou Cai. “Em comparação com os países desenvolvidos, a transição demográfica aconteceu mais depressa no nosso país. O período de transição é mais curto e os problemas de envelhecimento e fertilidade são mais graves”, lê-se no relatório. A proporção de idosos entre a população total subiu de 7 por cento para quase 13 por cento, entre 2000 e 2019, e deve chegar a 14 por cento em 2022.
Hoje Macau China / ÁsiaEspaço | Lançado módulo principal da primeira estação chinesa permanente A China lançou ontem o módulo principal da sua primeira estação espacial permanente, que visa hospedar astronautas a longo prazo, ilustrando a crescente ambição do programa espacial chinês O módulo Tianhe, ou “Harmonia Celestial”, foi lançado para o espaço recorrendo ao foguete Longa Marcha 5B, a partir do Centro de Lançamento de Wenchang, na ilha de Hainan, extremo sul do país. Trata-se do primeiro lançamento de 11 missões necessárias para construir e abastecer a estação e enviar uma tripulação de três pessoas até ao final do próximo ano. O programa espacial da China também trouxe de volta as primeiras amostras lunares em mais de 40 anos e espera pousar uma sonda e um ‘rover’ na superfície de Marte no próximo mês. A exploração espacial é fonte de grande orgulho nacional. O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, junto com outros líderes civis e militares, assistiram ao lançamento a partir do centro de controlo, em Pequim. O módulo central é a secção da estação onde os astronautas podem viver até um período de seis meses. Os outros 10 lançamentos vão enviar mais dois módulos, usados pelas futuras tripulações para realizar experiências, suprimentos de carga e quatro missões com tripulações. Pelo menos 12 astronautas estão a treinar para viver na estação, incluindo veteranos de missões anteriores. A primeira missão tripulada, a Shenzhou-12, está prevista para Junho. Seis pessoas em 66 toneladas Quando concluída, no final de 2022, a Estação Espacial Chinesa deverá pesar cerca de 66 toneladas, consideravelmente menor do que a Estação Espacial Internacional, que lançou o seu primeiro módulo em 1998 e pesará cerca de 450 toneladas. Teoricamente, a Tianhe pode ser expandida para até seis módulos. A estação foi projectada para operar por pelo menos 10 anos. Tem aproximadamente o tamanho da estação espacial americana Skylab, da década de 1970, e da antiga Mir, da União Soviética, que operou por mais de 14 anos, após o lançamento, em 1986. O módulo principal vai fornecer espaço para viverem até seis astronautas, durante as trocas de tripulação, enquanto os outros dois módulos, Wentian e Mengtian, vão fornecer espaço para realizar experiências científicas, inclusive das propriedades do ambiente no espaço sideral. A China começou a projectar a estação espacial em 1992, quando as ambições espaciais do país estavam a ganhar forma concreta. A necessidade de operar sozinha tornou-se mais urgente, depois de ter sido excluída da Estação Espacial Internacional, em grande parte devido às objecções dos EUA sobre a natureza secreta e os laços militares do programa chinês. A China colocou o seu primeiro astronauta no espaço em Outubro de 2003, tornando-se o terceiro país a fazê-lo de forma independente, depois da antiga União Soviética e dos Estados Unidos. Junto com mais missões tripuladas, a China lançou um par de estações espaciais experimentais de módulo único. A tripulação Tiangong-2 permaneceu a bordo por 33 dias. Espera-se que as nações europeias e as Nações Unidas cooperem nas experiências a serem realizadas na estação chinesa. O lançamento ocorre numa altura em que a China também está a avançar em missões sem tripulação, especialmente na exploração lunar. O país pousou já um ‘rover’ no lado oculto da Lua. A China planeia outra missão para 2024, visando recolher amostras lunares, e disse que quer levar pessoas e possivelmente construir uma base científica na Lua.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Timor-Leste regista mais 76 casos, dos quais oito com sintomas Timor-Leste registou nas últimas 24 horas mais 76 casos positivos do SARS-CoV-2, dos quais oito com sintomas da covid-19, segundo o balanço actualizado do Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC). Em comunicado o CIGC explica que se registaram ainda 45 casos recuperados, com o número total de activos em todo o país a ser agora de 1014, e o de acumulados desde o início da pandemia a aumentar para 2124. Os casos positivos registados – 75 em Díli e um no enclave de Oecusse-Ambeno – representam 10,32% dos 736 testes realizados pelo Laboratório Nacional em Díli. Segundo o CIGC a taxa de incidência da covid-19 é actualmente de 27,3 por 100 mil habitantes, acima dos 22,5 por 100 mil habitantes da Índia e praticamente idêntico aos 27,4 do Brasil. Um total de 23 pessoas – dois graves deles em estado grave e os restantes moderados – estão actualmente no centro de isolamento de Vera Cruz em Díli. O parlamento timorense decidiu ontem ampliar o estado de emergência até ao inicio de junho devendo o Governo aprovar as medidas a aplicar nesse período numa reunião do Conselho de Ministros prevista para hoje.
Hoje Macau China / ÁsiaFórum Boao | HK e Macau querem desenvolvimento inovador na Grande Baía Os participantes de Hong Kong e Macau na conferência anual do Fórum de Boao para a Ásia, apelaram, na terça-feira, à inovação tecnológica para estimular o desenvolvimento de alta qualidade no aglomerado de cidades na área da Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau. “Sendo uma das principais cidades da Grande Baía, Hong Kong tem fortes capacidades de pesquisa científica básica e serviços financeiros sólidos”, disse Carrie Lam, a chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Hong Kong, num sub-fórum da reunião anual. Depois de se integrar no desenvolvimento da Grande Baía, “Hong Kong pode promover o desenvolvimento de alta qualidade de toda a região, contribuindo para a competitividade de manufactura e para o enorme potencial de mercado local”, disse Lam. “Para alcançar o desenvolvimento impulsionado pela inovação tecnológica, a Grande Baía precisa acelerar o fluxo de factores de produção e atrair mais pesquisadores científicos”, afirmou a chefe do Executivo de HK. Por seu lado, Edmund Ho, ex-Chefe do Executivo de Macau e vice-presidente do Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, afirmou que “cada cidade deve ter uma divisão de trabalho eficiente e planear o seu próprio desenvolvimento complementar”. Edmund Ho exortou a promoção da inovação industrial com a inovação tecnológica, actualização da cadeia industrial e exploração de novos modelos de cooperação entre Guangdong, Hong Kong e Macau visando promover o desenvolvimento integrado da Grande Baía a um nível superior. Já Lei Wai Nong, secretário para a Economia e Finanças do Governo da Região Administrativa Especial de Macau, disse que “a RAEM pode prestar serviços jurídicos e comerciais no sector do comércio de mercadorias, têxteis e produtos mecânicos e eléctricos entre a China e os países de língua portuguesa”.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Farmacêuticas chinesas ponderam misturar vacinas para melhorar eficácia Os fabricantes chineses de vacinas contra a covid-19 estão a considerar misturar as suas doses com as inoculações desenvolvidas por outras empresas, visando aumentar a eficácia. As farmacêuticas Sinovac e Sinopharm, os dois fabricantes chineses que exportaram centenas de milhões de doses para todo o mundo, afirmaram que estão a considerar combinar as suas vacinas com as de outras empresas. Numa rara admissão da fraqueza das vacinas chinesas contra o novo coronavírus, Gao Fu, o chefe do Centro Chinês para o Controlo e Prevenção de Doenças, afirmou este mês que as autoridades estão a considerar misturar vacinas, como forma de lidar com a sua “eficácia não elevada”. O grupo China National Biotech Group tem um plano para “uso sequencial” das vacinas produzidas pelo país, disse hoje Li Meng, chefe de cooperação internacional da empresa, que é subsidiária da estatal Sinopharm, durante uma conferência internacional. A Sinopharm produziu duas vacinas contra a covid-19 e tem uma terceira em ensaios clínicos. A Sinovac, empresa privada com sede em Pequim, também disse que está em discussões preliminares com investigadores, incluindo o Centro de Controlo de Doenças da China, sobre a combinação das doses da sua vacina, a CoronaVac, com outras inoculações. A imunização sequencial significa misturar vacinas diferentes e é uma estratégia que pode aumentar as taxas de eficácia, segundo imunologistas. Pequim distribuiu centenas de milhões de doses noutros países enquanto também tenta levantar dúvidas sobre a eficácia das vacinas ocidentais. As taxas de eficácia da vacina para o coronavírus do fabricante chinês Sinovac na prevenção de sintomas infecciosos foi estimada em 50,4% por investigadores no Brasil. As vacinas da Sinopharm, desenvolvidas em conjunto pelo Instituto de Produtos Biológicos de Pequim e o Instituto de Produtos Biológicos de Wuhan, têm uma eficácia de entre 79% e 72%, respetivamente, segundo a empresa, que não revelou publicamente mais dados sobre a fase final dos ensaios clínicos. A prática também está a ser considerada em outros países. Cientistas britânicos estão a estudar uma combinação entre as vacinas das farmacêuticas AstraZeneca e Pfizer. O estudo também procura testar diferentes intervalos entre as doses, com períodos de quatro e 12 semanas. Os resultados podem ter implicações para a saúde pública em todo o mundo, já que os governos enfrentam atrasos na obtenção de vacinas em tempo útil e obstáculos logísticos na implementação das inoculações. As vacinas da China usam uma tecnologia tradicional, que consiste em injectar um vírus quimicamente inactivado para provocar uma resposta imunológica. Os fabricantes ocidentais têm recorrido ao uso de tecnologia RNA mensageiro (mRNA), uma tecnologia nova e que tem apresentado níveis mais elevados de eficácia.
Hoje Macau China / ÁsiaOMS diz que variante de covid-19 detectada na Índia já está em 17 países A variante de covid-19 detectada na Índia, a braços com um surto devastador, já foi identificada em pelo menos 17 países, anunciou a Organização Mundial de Saúde (OMS), que teme que possa ser mais contagiosa. A estirpe B.1.617 foi detectada em mais de 1.200 sequências de genoma em “pelo menos 17 países”, anunciou a OMS na noite de terça-feira. A maioria das amostras “vem da Índia, Reino Unido, Estados Unidos e Singapura”, disse a OMS no relatório semanal sobre a pandemia. Nos últimos dias, a variante também foi encontrada em vários países europeus, incluindo Bélgica, Suíça, Grécia e Itália. Portugal detectou seis casos daquela variante na última semana, todos “associados a Lisboa e Vale do Tejo”, anunciou na terça-feira o investigador João Paulo Gomes, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA). Esta variante, detectada em Outubro, no oeste da Índia, é qualificada como um “mutante duplo”, por ser constituída por duas mutações do vírus SARS-CoV-2. A primeira, a E484Q, é parecida com a que já tinha sido observada nas variantes detectadas na África do Sul e no Brasil (E484K), suspeita de causar menor eficácia da vacinação e maior risco de reinfecção. A segunda, a L452R, também está presente numa variante encontrada na Califórnia, nos Estados Unidos, e pode causar aumento da transmissão da infeção. Esta é a primeira vez que estas características foram encontradas juntas numa variante com difusão significativa, levantando preocupações de que a nova estirpe seja “mais resistente” às atuais vacinas contra a covid-19, desenvolvidas para reconhecer a proteína ‘spike’ presente nas outras variantes do novo coronavírus, e mais contagiosa. “A B.1.617 tem uma taxa de crescimento mais elevada do que outras variantes que circulam na Índia, sugerindo uma maior contagiosidade”, acrescentou a OMS, que, no entanto, continua a considerá-la uma “variante de interesse” e não de “preocupação”. A maior transmissibilidade da nova estirpe poderá explicar a explosão do número de infectados na Índia, a braços com uma segunda vaga que está a provocar o colapso dos serviços de saúde. A Índia, quarto país com mais vítimas fatais, atrás dos Estados Unidos, do Brasil e do México, ultrapassou já as 200 mil mortes desde o início da pandemia. O país voltou hoje a anunciar um novo máximo diário de mortes (3.293) e de novas infeções, com mais de 360 mil casos num só dia. Desde o início da pandemia, a Índia acumulou 201.187 óbitos e mais de 17,9 milhões de infeções, sendo o segundo país do mundo com mais casos, atrás dos EUA. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.122.150 mortos no mundo, resultantes de mais de 147,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Hoje Macau China / ÁsiaAlemanha e China intensificam cooperação sobre alterações climáticas A Alemanha e a China concordaram na segunda-feira aumentar a cooperação bilateral no combate às alterações climáticas com a intenção de impedir o aumento da temperatura média global acima dos 1,5 graus centígrados até 2100. Os países estão a ficar sem tempo para alcançar este objectivo, definido no Acordo de Paris em 2015, porque a temperatura média global já aumentou 1,2 graus centígrados desde o período pré-industrial, afirmam cientistas, “Precisamos de fazer todo o possível para reduzir as emissões de gases com efeitos de estufa mais depressa do que planeado até agora”, afirmou a ministra do Ambiente da Alemanha, Svenja Schulze. “Juntamente com os grandes países industrializados, também precisamos da China para isto”, acrescentou. A China tornou-se o maior emissor mundial de gases com efeito de estufa, passando os EUA, que agora é o segundo. Prometeu parar de acrescentar dióxido de carbono, o principal gás com efeito de estufa, à atmosfera até 2060 – uma década depois dos EUA e da União Europeia. O acordo sino-alemão foi alcançado antes da cimeira governamental dos dois países na quarta-feira. Schulze disse que ela e o seu homólogo Huang Runqui discutiram a forma de Pequim conseguir antecipar o calendário de reduzir emissões e o uso do carvão, um combustível particularmente poluente. A Alemanha tenciona deixar de usar o carvão na produção de electricidade até 2038. Travão no carvão Na segunda-feira, três centros de reflexão ambiental alemães sustentaram que o país pode antecipar a sua meta em cinco anos, se deixar de usar carvão até 2030, aumentar de forma significativa a geração de energia renovável, substituir o gás natural por hidrogénio até 2040 e proibir a matriculação de veículos com motor de combustão até 2032. Em conjunto, estas medidas poderiam ajudar a Alemanha a evitar a emissão de mil milhões de toneladas, afirmaram. O plano recebeu o apoio do partido ambientalista Verdes, que está a liderar as sondagens, cinco meses antes das eleições federais. Annalena Baerbock, a candidata do partido à sucessão da chanceler Angela Merkel, afirmou que a proposta mostrou que “reformular a indústria alemã com um ambicioso objectivo é mais do que possível”.
Hoje Macau China / ÁsiaTimor-Leste registou quase 100 casos de covid-19 nas últimas 24 horas Timor-Leste registou nas últimas 24 horas um total de 99 casos de infeções com o SARS-CoV-2, a maior parte dos quais nas duas maiores cidades do país, Díli e Baucau, informou ontem o Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC). Em comunicado o CIGC explica que 58 dos casos se registaram em Díli, com 34 em Baucau, dois cada em Ainaro e Ermera e um cada em Aileu, Viqueque e Oecusse. No mesmo período registou-se um total de 76 casos recuperados, com o total de ativos a ser agora de 1073 e o total de infeções registadas desde o início da pandemia a ultrapassar pela primeira vez os 2.000 (para 2.048). O CIGC explica que os casos incluem cinco pessoas com sintomas da covid-19, sendo que o total de positivos representam 10,33% do total de 958 testes realizados pelo Laboratório Nacional. Há agora casos reportados de infeção com o SARS-CoV-2 nos 12 municípios e no enclave de Oecusse-Ambeno. O comunicado do CIGC confirma que a incidência em Díli nos últimos sete dias foi de 27,3 por 100 mil habitantes, acima dos 22,5 registados na vizinha Indonésia. Actualmente há 20 casos moderados e dois graves no centro de isolamento de Vera Cruz, em Díli. As autoridades timorenses antecipam um aumento significativo de casos de covid-19 nas próximas semanas, incluindo mais hospitalizações e potenciais óbitos, com transmissão comunitária em Díli e cada vez menos respeito pelas medidas preventivas. A previsão é feita num relatório de análise epidemiológica à situação da covid-19, a que a Lusa teve acesso, e que confirma a progressão da curva epidémica, com o número total de casos a crescer significativamente em abril. “A subida acentuada na curva mostra que o número total de casos está a aumentar rapidamente, à medida que a transmissão continua dentro da comunidade”, refere-se no relatório. “Se o crescimento de casos diários continuar ao ritmo atual antecipamos cerca de 2.000 novos casos diagnosticados nas próximas duas semanas, associado ao aumento das hospitalizações e mortes”, prevê-se no documento.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | “Dilúvio” de doentes esgota camas em hospitais de Goa e desespera famílias Por Paula Telo Alves, da Agência Lusa O médico de Goa Oscar Rebello alertou ontem que a situação da covid-19 naquele estado indiano “é terrível”, com camas a faltar nos hospitais, por causa do “dilúvio de doentes” nesta segunda vaga da pandemia. “Em setembro, na primeira vaga, os casos aumentavam mais devagar, mas desta vez é um completo dilúvio”, disse à Lusa o médico do Hospital Healthway, em Goa Velha, em Pangim, capital daquele estado indiano. O médico, que fala português fluentemente, intercalado com algumas palavras em inglês, trata doentes com covid-19 há mais de um ano, e garante que a situação atual é a pior desde o início da pandemia. “É terrível, é um desastre”, disse à Lusa. “Antes, tínhamos tempo para assistir os doentes, organizar o oxigénio e o remdesivir [anti-viral para tratar a doença], mas desta vez é um dilúvio, uma trovoada”, lamentou. Apesar de “para já” não faltar oxigénio em Goa, como acontece noutros estados indianos, a afluência de doentes aos hospitais, “públicos e privados”, excede largamente as camas disponíveis, segundo o médico. “Os doentes estão como sardinhas”, contou à Lusa. “Há gente em macas e cadeiras porque não têm cama”, denunciou. “É horrível, não podemos manejar. Estamos completamente cansados, deprimidos, esgotados”, admitiu. O médico, nascido em 1952, disse estar particularmente chocado com a letalidade da doença entre os jovens. “Desta vez, jovens de 30, 35 anos, que não têm nada – não há diabetes, não fumam – estão a morrer. É uma tragédia enorme”, lamentou. O desespero dos doentes e famílias está a levar muitos a recorrer às redes sociais, noticiou na segunda-feira o jornal local Herald, e há mesmo quem peça ajuda à Igreja, num estado onde cerca de um quarto da população é católica, disse à Lusa o padre Noel da Costa. “Nós também recebemos chamadas e dizemos às pessoas que têm de contactar um médico, mas eles respondem: ‘Padre, todos os hospitais estão cheios, não há vagas, o que podemos fazer?'”, contou à Lusa o prelado. “Estão tão desesperados que ligam a toda a gente para ver se conseguem ajuda de alguém”, explicou. A Igreja tem apelado às pessoas “para ficarem em casa, porque a situação é muito má”, disse o padre. “Não há vagas nos hospitais, as pessoas estão a morrer em Goa, milhares estão a ser infetados”, lamentou. “Nós também nos sentimos impotentes”, admitiu. Na semana passada, o presidente da Conferência Episcopal Católica da Índia pediu aos bispos para realizarem um dia de oração a 07 de maio, “procurando intervenção divina para salvar o país da pandemia”, segundo a agência católica Union of Catholic Asian News. Em Goa, a maioria das igrejas “estão fechadas”, com os serviços religiosos a serem transmitidos pelas redes sociais, mas isso não vai impedir a iniciativa, disse o padre Noel da Costa. “Estamos a usar as redes sociais para avisar cada família, individualmente, através do Whatsaap, para rezarem”, contou. Goa, que faz fronteira com dois dos estados mais afetados do país, Maharashtra e Karnataka, registou na segunda-feira um novo recorde de casos desde o início da pandemia, com 2.321 novas infeções, além de 38 mortes provocadas pela doença. A situação já levou o ministro da Saúde daquele estado, Rane Vishwajit, a pedir medidas mais drásticas ao Governo. “Chegou a altura de Goa ter um confinamento completo pelo menos durante um mês, não podemos dar-nos ao luxo de perder mais vidas”, escreveu o ministro na segunda-feira, na rede social Twitter, adiantando que apelaria ao chefe do Governo, Pramod Sawant, para decretar a medida. O responsável do executivo recusou no entanto o confinamento, segundo os jornais locais, mas para o médico Oscar Rebello, é urgente impor restrições para “quebrar a cadeia de transmissão”. “Esses casamentos, festivais religiosos, casinos… Com certeza que o vírus se vai espalhar. Por isso, sim, sou a favor de um ‘lockdown’ [confinamento] parcial, pelo menos durante 15 dias”, afirmou. Com 1,5 milhões de habitantes, Goa tem “alta positividade neste momento”, disse à Lusa o professor de Física e Biologia Gautam Menon, que trabalha em modelos matemáticos de previsão da doença para vários Governos de estados indianos. Para o professor da Universidade Ashoka, “é provável” que o surto em Goa esteja relacionado com a presença da variante indiana, predominante no estado vizinho de Maharashtra, um dos mais afetados. Com uma população de 1,3 mil milhões de habitantes, a Índia está a braços com um surto devastador, com recordes de mortes e contágios durante cinco dias consecutivos, o que já levou vários países a oferecerem ajuda ao gigante asiático. A segunda vaga atingiu o país após uma redução drástica das infeções durante vários meses, o que levou muitos a especular sobre a possível imunidade da população à doença. “Na vida, a gente paga sempre a arrogância”, apontou Oscar Rebello. “Nunca se devia ser arrogante em relação ao vírus, é preciso continuar humilde”, defendeu o médico.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas celebram 500 anos da morte de Magalhães, mas também a sua herança As Filipinas estão a celebrar 500 anos da vitória do herói nativo Lapu Lapu contra Fernão de Magalhães, que morreu em 27 de Abril de 1521 em Mactan, mas também o legado que deixou no país. Se por um lado, as Filipinas glorificam a vitória de Lapu Lapu e a expulsão dos invasores estrangeiros, celebram também algo que foi trazido por Fernão de Magalhães: o cristianismo. “O cristianismo é o mais importante. Ele trouxe o cristianismo para as Filipinas”, explicou à Lusa o cônsul honorário de Portugal em Cebu, Samuel Chioson, sobre as comemorações da chegada do cristianismo ao país, levado pelo navegador português Fernão de Magalhães, que aportou em Cebu em Março de 1521. “Por isso também celebramos a sua chegada, que trouxe a nossa fé”, frisou, não fossem as Filipinas o maior país católico asiático. Contudo, a tónica das celebrações de ontem foi mesmo a vitória de Lapu Lapu contra Fernão de Magalhães. “Magalhães implorou ao povo de Mactan que se rendesse, apenas para receber uma resposta de que, se os espanhóis tivessem lanças, os guerreiros de Mactan tinham lanças com pontas endurecidos no fogo”, lembrou o Comité Nacional do Cinquentenário, da República das Filipinas. “Devido à maré baixa, os barcos de Magalhães não conseguiram chegar à costa, forçando-os a caminhar em águas profundas. Ali, os guerreiros de Mactan atacaram os inimigos. Assustados com a súbita carga, os espanhóis entraram em pânico e começaram a disparar as suas armas e bestas, mas estavam demasiado longe para bombardear a costa. Em vez disso, os guerreiros Mactan regaram estes estrangeiros com flechas venenosas, e uma delas atingiu Magalhães na sua perna, caindo de cara para baixo”, acrescentaram. A celebração nacional teve início às 08h no Santuário da Liberdade, na cidade de Lapu-Lapu, mas não só: um pouco por todo o país, em praças públicas, parques, edifícios e escolas, à mesma hora, realizaram-se cerimónias de hasteamento simultâneo da bandeira. Meio milénio Após as suas declarações seguiu-se um desfile militar em honra de Lapu Lapu e uma breve encenação da Batalha de Mactan. Apesar da ênfase na vitória de Lapu Lapu, as Filipinas celebram também a primeira circum-navegação do planeta e o que isso significou para a humanidade e para a ciência, apontou o Comité Nacional do Cinquentenário. “Neste 2021, comemoraremos a parte filipina na realização da ciência e da humanidade na circum-navegação do planeta pela primeira vez. No centro desta comemoração está o 500.º aniversário da Vitória em Mactan, a 27 de Abril de 2021″, indicaram.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Li Keqiang exige combate à corrupção e falsificações O primeiro-ministro chinês Li Keqiang disse que o governo deveria praticar autodisciplina no desempenho das suas funções, de modo a garantir que os objectivos e tarefas estabelecidos este ano para o desenvolvimento económico e social do país sejam completados a tempo. “As políticas e medidas de redução de impostos e taxas deveriam ser postas em prática a fim de revigorar as entidades do mercado”, afirmou. “Embora as políticas financeiras que beneficiam as empresas devam ser implementadas de forma direccionada e eficaz, a supervisão financeira deve ser intensificada para investigar rigorosamente os problemas de corrupção escondidos nos riscos financeiros”, afirmou Li. Li apelou ao reforço da supervisão do investimento em áreas relativas à subsistência das pessoas, tais como emprego, educação, medicina e cuidados a idosos. “Qualquer retenção, desvio ou reclamação falsa de tal investimento deve ser investigada e punida”, afirmou. O primeiro-ministro salientou que o governo deve realmente apertar o cinto e cortar honestamente os gastos em itens não essenciais e não obrigatórios, para que o dinheiro poupado possa ser utilizado para as pessoas. Li disse ainda que “as reformas para delegar poder, racionalizar a administração e optimizar os serviços governamentais devem ser mais bem executadas para melhor estimular a vitalidade do mercado e a criatividade social” e instou esforços para regular o poder executivo na fonte, a fim de “erradicar ainda mais a corrupção e levar a cabo a supervisão de uma forma justa”. “As áreas relativas à vida das pessoas e à segurança pública devem ser alvo de supervisão e actividades ilegais, como a produção e venda de bens falsificados ou de qualidade inferior, devem ser rigorosamente regulamentadas com pesadas sanções”, afirmou Li. Cinema na mira Nesta linha, mais de 30 mil ligações na internet, que infringiram os direitos de autor de filmes, foram eliminadas numa campanha recente, com o encerramento de 45 portais, disseram as autoridades na segunda-feira. A campanha de dois meses, levada a cabo conjuntamente pela Administração Nacional de Direitos de Autor, a Administração Cinematográfica da China e o Ministério da Segurança Pública, visava proteger os direitos de autor de filmes durante a época do Festival da Primavera – a época de bilheteira mais lucrativa do mercado cinematográfico chinês. Durante a campanha, as agências governamentais listaram sete filmes como os seus principais alvos, visitando os cinemas 11.800 vezes e inspeccionando as aplicações dos smartphones 2.682 vezes, disseram as autoridades num comunicado. Em Março, 18 pessoas foram descobertas em Yibin, no sudoeste da província de Sichuan, que tinham gravado e copiado ilegalmente vários filmes e depois vendido no mercado, tendo os suspeitos sido apanhados pela polícia local. “Vamos intensificar os esforços contra as violações dos direitos de autor dos filmes desde o início, tais como as cópias nas salas de cinema, e também lutar mais fortemente contra aqueles que as espalham online”, disseram as autoridades. “Instaremos também as plataformas da Internet a assumirem mais responsabilidades de supervisão, ajudando o país a criar um melhor ambiente para proteger os direitos de autor”, acrescentaram.
Hoje Macau China / ÁsiaGuilin | Xi Jinping defende ecologia do rio Li Xi Jinping, secretário-geral do Comité Central do Partido Comunista da China (PCC), inspecionou no domingo a Região Autónoma da etnia Zhuang de Guangxi, no sul da China. De manhã, Xi foi para Caiwan, uma aldeia no condado de Quanzhou, na cidade de Guilin e visitou um parque memorial dedicado à Batalha do rio Xiang durante a Longa Marcha na década de 1930. O presidente chinês foi em seguida para a aldeia de Maozhushan, onde inspeccionou o progresso na promoção da vitalização rural. À tarde, Xi visitou um trecho do rio Li, onde se inteirou dos esforços locais para a conservação ecológica do rio. Referindo o curso de água como um “tesouro único” desse tipo na China e no mundo, Xi disse que o seu ambiente ecológico “nunca deve ser danificado”. Numa doca no rio, em Guilin, Xi ouviu relatórios feitos por autoridades locais sobre a protecção do meio ambiente no vale do rio e os esforços contra pedreiras e mineração ilegal de areia. “A pior parte são as pedreiras”, disse Xi, acrescentando que, “se uma montanha for vítima de tais atividades, estará perdida para sempre”. “Se mais actividades de mineração ilegal de areia e pedreiras ocorrerem, as partes relevantes devem ser responsabilizadas e os perpetradores devem ser investigados por responsabilidade criminal de acordo com a lei”, destacou Xi.
Hoje Macau China / ÁsiaMinistério da Segurança chinês divulga regulamentos contra-espionagem O Ministério da Segurança do Estado da China emitiu na segunda-feira regulamentos sobre o trabalho de segurança contra-espionagem, que entram em vigor após a promulgação. Segundo o ministério, “as agências de espionagem e inteligência e as forças hostis intensificaram a infiltração na China, e alargaram as suas tácticas de roubo de segredos de várias formas e em mais campos, o que constitui uma séria ameaça à segurança nacional e aos interesses da China”. “Os regulamentos são formulados para garantir o cumprimento de deveres específicos de várias autoridades e entidades na prevenção de actividades de espionagem e para reforçar a capacidade da sociedade, especialmente em áreas nucleares, em garantir a segurança do Estado”, disse um funcionário ministerial. O documento refere que os órgãos do Partido e do Estado, grupos sociais, empresas e instituições públicas devem assumir a responsabilidade principal pela prevenção de actividades de espionagem dentro das unidades. Os departamentos encarregados de indústrias específicas devem supervisionar e gerir os trabalhos de contra-espionagem dentro das indústrias correspondentes, e os órgãos de segurança do Estado devem orientar e supervisionar as actividades de contra-espionagem, de acordo com os regulamentos. Assim, os órgãos de segurança do Estado podem orientar os trabalhos de anti-espionagem de várias maneiras, incluindo a oferta de material publicitário, a emissão de directrizes e a prestação de formação, diz o documento, acrescentando que os órgãos de segurança do Estado devem instar as unidades com problemas na implementação das responsabilidades anti-espionagem a rectificá-las. Ao oferecer orientação anti-espionagem e inspeccionar o trabalho anti-espionagem, os órgãos de segurança do Estado devem respeitar estritamente a autoridade e procedimentos estatutários, respeitar e proteger os direitos humanos e proteger os direitos e interesses legítimos dos cidadãos e organizações. O documento insta os órgãos de segurança do Estado a manterem confidenciais os segredos de Estado, de trabalho e de negócios, bem como a privacidade pessoal e as informações pessoais adquiridas aquando da realização de orientações e inspecções.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Gabinete de Ligação contra presidente da Ordem dos Advogados O Gabinete de Ligação (GL) do Governo Popular Central em Hong Kong instou a Ordem dos Advogados local a pôr termo ao mandato de Paul Harris, presidente da associação, que classifica de ” do político anti-China, uma vez que este último defendeu e glorificou a violência”. O GL advertiu a associação para não caminhar mais no caminho da politização para não correr o risco de cair num “abismo”. Numa forte declaração formulada no domingo, um porta-voz do GL em Hong Kong salientou que a Ordem dos Advogados de Hong Kong é um grupo profissional cujo presidente deveria seguir o princípio dos ‘Hong Kong governado por patriotas’ e advertiu que se a associação continuasse a ser liderada por uma figura política estrangeira sem integridade profissional, estaria a pisar “um caminho sem retorno”. Segundo o porta-voz do GL, Harris terá espalhado recentemente “rumores sobre os casos tratados por um tribunal em Hong Kong, apresentando desculpas para os infractores da lei, difamando os responsáveis pela aplicação da lei e pressionando o pessoal judicial, o que provocou indignação na sociedade de Hong Kong, especialmente no sector jurídico em Hong Kong”. Harris, que defendeu algumas figuras anti-governamentais, incluindo o magnata dos meios de comunicação social de Hong Kong Jimmy Lai, afirmou que eles estavam “a proteger a liberdade” em Hong Kong, de acordo com reportagens dos meios de comunicação social em Fevereiro. “Ao tomar o sistema judicial britânico como modelo e o governo do Reino Unido ter recentemente implementado a alteração da lei no sentido de reforçar a autoridade policial na gestão dos protestos, incluindo sentenciar os manifestantes que danificam estruturas monumentais até 10 anos de prisão, porque não criticou Harris aqueles que restringem os direitos dos protestos pacíficos’ no Reino Unido?”, perguntou o porta-voz. “Desde que Harris se tornou o presidente da associação, fez constantemente comentários impróprios, ameaçando alterar a lei de segurança nacional de Hong Kong e desafiando a autoridade do Comité Permanente da Assembleia Nacional Popular, colocando em confronto o Estado de direito e a ordem constitucional de Hong Kong”, referiu o GL. “Como membro dos Democratas Liberais, Harris serve os interesses do partido político britânico, e como fundador do Hong Kong Human Rights Monitor, recebeu doações da organização não governamental norte-americana National Endowment for Democracy, noticiada anteriormente pelos meios de comunicação social”, acrescentou. “Como pode Harris, como figura política anti-China, intimamente ligada a países estrangeiros, levar a cabo princípios na declaração da associação, incluindo a salvaguarda do Estado de direito em Hong Kong, a Lei Básica e ‘um país, dois sistemas’? Se continuar a ser presidente, será definitivamente a maior ironia para a associação”, concluiu o porta-voz.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong e Singapura abrem ‘bolha’ de viagem a partir de 26 de Maio Hong Kong e Singapura vão abrir uma ‘bolha’ de viagem a partir de 26 de Maio, permitindo que os seus habitantes se desloquem entre as duas cidades sem se submeterem à quarentena obrigatória para combater a covid-19. “Os dois governos chegaram a um consenso”, anunciou hoje o secretário para o Comércio e Desenvolvimento Económico de Hong Kong, Edward Yau, em comunicado. Os dois territórios tinham anunciado anteriormente condições especiais de viagem, em novembro último, mas os planos acabaram por não se concretizar, depois de Hong Kong ter registado um aumento de infecções. Os viajantes de Hong Kong terão de estar vacinados duas semanas antes da partida para Singapura, uma exigência que não se aplica no sentido inverso. Além disso, terão de ter passado os 14 dias anteriores numa das duas cidades, sendo obrigados a instalar a aplicação de rastreio de covid-19 do destino. Ao abrigo do acordo, a bolha de viagem será suspensa caso a média de casos locais sem identificação da origem ultrapasse os cinco, nos sete dias anteriores.
Hoje Macau China / ÁsiaII Guerra | Escravas sexuais recusam decisão favorável a Japão Associações sul-coreanas defensoras dos direitos de mulheres “escravas sexuais” das tropas invasoras do Japão durante a 2ª Guerra Mundial vão recorrer de uma decisão judicial recusando uma indemnização do governo japonês. Em sentido contrário a anterior decisão judicial relativa a um outro grupo de vítimas – conhecidas pelo eufemismo “mulheres de conforto” – esta semana o juiz Min Seong-cheol, do Tribunal Distrital Central de Seul, recusou um pedido de indemnização ao Governo do Japão, alegando que este dispõe de imunidade estatal. Em reacção, o Conselho Sul-Coreano para a Justiça e Memória das Questões de Escravidão Sexual Militar do Japão, associação defensora das vítimas, emitiu uma declaração denunciando veementemente o tribunal por rejeitar o processo iniciado por 20 queixosas, incluindo vítimas sobreviventes, algumas das quais assistiram à leitura da sentença. “Condenamos veementemente a decisão anti-direitos humanos, anti-paz e anti-histórica de Min, que será lembrada como uma grande nódoa na história mundial dos direitos humanos, bem como na história sul-coreana”, disse o grupo baseado em Seul, citado pela agência Yonhap. “A fim de restaurar os direitos humanos e a honra das vítimas, manteremos contactos com as vítimas e suas famílias para apresentarmos um recurso” da decisão judicial, disse a organização. De acordo com a Amnistia Internacional, até 200.000 meninas e mulheres, grande parte delas coreanas, foram forçadas a trabalhar em bordéis administrados pelos militares japoneses antes e durante a Segunda Guerra Mundial. No caso agora indeferido, 20 queixosas exigiam que o Governo japonês pagasse um total de 3 mil milhões de won (2,7 milhões de dólares) pelos crimes a que foram sujeitas há cerca de 70 anos. Em janeiro, um outro juiz do mesmo tribunal tinha decidido a favor de um outro grupo de mulheres, num pedido de indemnização no valor de 100 milhões de won (cerca de 85 mil euros) para cada queixosa, rejeitando o argumento de imunidade do Estado, por considerar que os direitos humanos se sobrepõem à mesma. A organização de defesa das vítimas afirma que o país ficou “chocado e decepcionado” com as diferentes decisões judiciais e prometeu continuar a bater-se para que o governo japonês reconheça os crimes e compense as vítimas. O recuo face à decisão de Janeiro foi notado pela Amnistia Internacional, que lamentou o “questionamento” de “uma vitória histórica para as sobreviventes, na sequência de uma espera excessivamente longa”. “Mais de 70 anos passaram desde o fim da Segunda Guerra Mundial, e não podemos exagerar a urgência de o governo japonês parar de privar esses sobreviventes dos seus direitos à reparação total e de fornecer uma compensação adequada durante as suas vidas”, afirmou Arnold Fang, da Amnistia. Apenas quatro das 10 sobreviventes que entraram com este caso em 2016 ainda estão vivas, de acordo com a organização defensora dos direitos humanos. Após a decisão de janeiro, o próprio presidente sul-coreano, Moon Jae-in, afirmou estar “honestamente confuso”, dado que o princípio da imunidade estatal tem prevalecido nesta e noutras decisões. O mesmo princípio é usado, nomeadamente, pelos Estados Unidos para garantir que os seus militares em missão no estrangeiro não possam ser alvo de acusações criminais.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Explosivos condenam activista pró-independência a 12 anos Um tribunal de Hong Kong condenou na sexta-feira um membro da Frente Nacional de Hong Kong, uma organização que defende a “independência de Hong Kong”, a 12 anos de prisão por estar na posse de explosivos. Louis Lo Yat-sun foi condenado pelo Supremo Tribunal da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) por posse ilegal de explosivos com a intenção de pôr em perigo vidas ou bens. O homem foi preso em Julho de 2019, juntamente com duas outras pessoas, com armas e produtos químicos perigosos, incluindo 1,5 kg de TATP, cocktails Molotov, facas longas e ácidos, que foram apreendidos num armazém que alugou dentro de um edifício de Tsuen Wan. O Juiz Andrew Chan Hing-wai disse que Lo provou ser o cabecilha do caso e pretende subverter o governo da RAEHK e pregar “a independência de Hong Kong”. A polícia congratulou-se com a sentença, esperando que envie uma mensagem clara ao público de que a violência não pode ser aceite ou tolerada. Especialistas disseram que a TATP é ainda mais perigosa do que a conhecida bomba TNT, sendo assim utilizada por terroristas de todo o mundo para causar pesadas baixas. A Frente Nacional de Hong Kong foi dissolvida em 2020 antes da lei de segurança nacional na RAEHK ter entrado em vigor. Jornalista também condenada Entretanto, uma jornalista de Hong Kong foi condenada a pagar multas de 6.000 dólares de Hong Kong por aceder a dados oficiais para um documentário sobre agressões a manifestantes nos protestos pró-democracia de 2019, tendo o tribunal considerado que o fez fora do permitido na lei. A repórter Bao Choy Yuk-ling, de 37 anos, produtora independente da estação pública de televisão RTHK, foi considerada culpada de duas acusações de declarações falsas para obter os dados do proprietário de um veículo, através da base de dados oficial do governo, tendo sido condenada. De acordo com o tribunal, tais informações só podem ser pedidas por razões relacionadas com o trânsito, a compra de veículos ou motivos legais, apesar de no passado os jornalistas de Hong Kong terem acedido a este tipo de dados governamentais para realizarem trabalhos de investigação, sem enfrentarem acusações. No pedido de informação online, a jornalista assinalou que utilizaria a informação para “outros assuntos relacionados com o trânsito e o transporte”, num formulário que não oferece uma opção para investigação jornalística. Choy declarou-se inocente em relação às acusações, pelas quais arriscava até seis meses de prisão, acabando por ser condenada a pagar duas multas de 3.000 dólares de Hong Kong.
Hoje Macau China / ÁsiaRAEHK e RAEM reunidas com vice-primeiro-ministro chinês O vice-primeiro-ministro chinês, Han Zheng, reuniu-se na tarde de quinta-feira com a chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK), Carrie Lam, e com o chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), Ho Iat Seng, em Cantão. Lam e Ho viajaram até Cantão, capital da província de Guangdong, para assistir a uma reunião para o desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. Han elogiou o trabalho das duas regiões administrativas especiais. Han pediu que a RAEHK intensifique a legislação local relacionada com a reforma eleitoral e garanta que as eleições locais em 2021 e 2022 sejam organizadas adequadamente e também pediu que a RAEM faça os máximos esforços para organizar a eleição de sua sétima Assembleia Legislativa. “Ambas as regiões administrativas especiais devem priorizar a prevenção e o controle da COVID-19 durante a reactivação das suas economias e melhorar as condições de vida da sua população”, disse Han, acrescentando que o governo central continuará a oferecer o seu “pleno apoio como sempre”. O vice-primeiro-ministro pediu esforços conjuntos para desenvolver a área da Grande Baía e manter a prosperidade e estabilidade de longo prazo da RAEHK e RAEM, impulsionando assim a prática sustentada e bem-sucedida de “um país, dois sistemas”.
Hoje Macau China / ÁsiaClima | Xi Jinping pede respeito por “responsabilidade diferenciada” O Presidente chinês, Xi Jinping, defendeu que o combate às alterações climáticas deve seguir os princípios do “multilateralismo e do direito internacional” e que os países devem assumir “responsabilidades diferenciadas” conforme a sua prosperidade económica. Intervindo na cimeira climática de líderes promovida pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, Xi Jinping afirmou que a China quer “trabalhar em conjunto com a comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos”. Afirmou que o seu país está “comprometido com o multilateralismo” e defende que o trabalho de combate às alterações climáticas se deve basear “no direito internacional” e a colaboração entre os países ser feita no âmbito das Nações Unidas, seguindo a sua convenção-quadro para as alterações climáticas e o Acordo de Paris dela decorrente, bem como os objectivos de desenvolvimento sustentável definidos para 2030. Manifestou também o compromisso chinês com o princípio de “responsabilidade comum, mas diferenciada, com reconhecimento pleno da contribuição dos países em desenvolvimento, respeitando as suas dificuldades e preocupações específicas”. Os países desenvolvidos devem “aumentar as suas ambições climáticas e ajudar os países em desenvolvimento a acelerar as suas transições” para modelos económicos que não estejam assentes na exploração de combustíveis fósseis, acrescentou. Recordou que a China se comprometeu a começar a reduzir as suas emissões de gases de efeito de estufa ainda durante esta década e que pretende atingir a neutralidade carbónica antes de 2050, “num espaço de tempo muito mais reduzido do que conseguiria a maior parte dos países desenvolvidos”. Para isso, nos planos quinquenais que orientam a governação do país, estão previstas medidas como a limitação do consumo de carvão para produção de energia. Xi Jinping afirmou que “proteger o ambiente é proteger e aumentar a produtividade”.
Hoje Macau China / ÁsiaMNE | Wang Yi avisa EUA sobre diferentes conceitos de democracia Na noite de 23 de Abril o conselheiro de Estado e Ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, realizou uma videoconferência com o Conselho de Relações Exteriores dos Estados Unidos. Wang disse que foi traçada a direcção geral para desenvolver laços entre os dois países. No entanto, “a política dos EUA em relação à China ainda não superou seu mal-entendido sobre a China, e o país não encontrou o caminho certo para lidar com a China”, referiu Wang Yi. O MNE chinês apresentou cinco sugestões aos Estados Unidos sobre como tratar as relações China-EUA de uma perspectiva estratégica. Em primeiro lugar, os Estados Unidos devem compreender e encarar o desenvolvimento da China de forma objectiva e racional. Em segundo lugar, os Estados Unidos devem trabalhar com a China num novo caminho de coexistência pacífica e cooperação de benefício mútuo. Em terceiro lugar, os Estados Unidos devem respeitar e tolerar o caminho e o sistema que a China escolheu de forma independente. Em quarto lugar, os Estados Unidos devem praticar o multilateralismo no verdadeiro sentido da palavra. Em quinto lugar, os Estados Unidos não devem interferir nos assuntos internos da China. Para Wang, “o futuro das relações China-EUA depende da aceitação da ascensão pacífica da China por parte dos Estados Unidos e do reconhecimento de que o povo chinês tem o direito de lutar uma vida melhor”. Frisando que “a democracia não é a Coca-Cola, que promete o mesmo sabor em todo o mundo”, Wang disse que os Estados Unidos devem respeitar o caminho e o sistema escolhidos independentemente pela China. Relativamente a Taiwan, Wang enfatizou que jogar a “carta de Taiwan” é “brincar com fogo”, exortando os Estados Unidos a cumprir estritamente o princípio de uma só China e honrar seus compromissos sob os três Comunicados Conjuntos Sino-EUA. Wang descreveu o “genocídio” e os “trabalhos forçados” em Xinjiang como mentiras inventadas por motivos políticos. Em resposta aos mais recentes desenvolvimentos em Hong Kong, ele disse que os EUA devem respeitar os esforços do governo chinês para implementar o princípio de “um país, dois sistemas”. “A China nunca se envolve em coerção e opõe à coerção de outros países”, acrescentou Wang. Richard Haass, presidente do Conselho de Relações Exteriores dos Estados Unidos, foi o anfitrião da videoconferência, que reuniu quase 500 participantes nos Estados Unidos.
Hoje Macau China / ÁsiaClima | Xi Jinping pede respeito por multilateralismo e “responsabilidade diferenciada” O Presidente chinês, Xi Jinping, defendeu ontem que o combate às alterações climáticas deve seguir os princípios do “multilateralismo e do direito internacional” e que os países devem assumir “responsabilidades diferenciadas” conforme a sua prosperidade económica. Intervindo na cimeira climática de líderes promovida pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, Xi Jinping afirmou que a China quer “trabalhar em conjunto com a comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos”. O líder chinês afirmou que o seu país está “comprometido com o multilateralismo” e defende que o trabalho de combate às alterações climáticas se deve basear “no direito internacional” e a colaboração entre os países ser feita no âmbito das Nações Unidas, seguindo a sua convenção-quadro para as alterações climáticas e o Acordo de Paris dela decorrente, bem como os objectivos de desenvolvimento sustentável definidos para 2030. Manifestou também o compromisso chinês para com o princípio de “responsabilidade comum, mas diferenciada, com reconhecimento pleno da contribuição dos países em desenvolvimento, respeitando as suas dificuldades e preocupações específicas”. Os países desenvolvidos devem “aumentar as suas ambições climáticas e ajudar os países em desenvolvimento a acelerar as suas transições” para modelos económicos que não estejam assentes na exploração de combustíveis fósseis, acrescentou. Xi recordou que a China se comprometeu a começar a reduzir as emissões de gases de efeito de estufa ainda durante esta década e que pretende atingir a neutralidade carbónica antes de 2050, “num espaço de tempo muito mais reduzido do que conseguiria a maior parte dos países desenvolvidos”.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Aumento radical de meta de redução de CO2 até 2030 O Japão aumentou o objectivo de redução das suas emissões de CO2 de 26 por cento para 46 por cento até 2030 em relação aos níveis de 2013, anunciou ontem o primeiro-ministro, Yoshihide Suga. “Queremos baixar as nossas emissões de gás com efeito de estufa para 46 por cento no ano fiscal de 2030 (que se inicia a 1 de Abril), por comparação com o ano fiscal 2013”, declarou Suga numa reunião. O anúncio da terceira economia mundial ocorre pouco antes do início da cimeira virtual mundial sobre o clima organizada pelos Estados Unidos, que devem apresentar também um objectivo mais ambicioso em relação à redução das suas emissões de gás com efeito de estufa. O Japão era em 2019 o quinto país entre os maiores emissores de CO2 no mundo, atrás da China, Estados Unidos, Índia e Rússia, segundo a plataforma ‘online’ Global CO2 Atlas. O arquipélago nipónico continua muito dependente de energias fósseis (gás natural que importa liquefeito e carvão, nomeadamente), especialmente porque limita muito o recurso à energia nuclear desde a catástrofe de Fukushima em 2011. Suga anunciou no ano passado a meta de alcançar a neutralidade de carbono no Japão até 2050, alinhando-se com o calendário da União Europeia, mas ainda não pormenorizou vários passos importantes para o conseguir. Na quarta-feira, a União Europeia prometeu uma redução de pelo menos 55 por cento das suas emissões de gases com efeito estufa até 2030 em comparação com 1990.