Hoje Macau China / ÁsiaONU diz que Coreia do Norte corre risco de nova penúria alimentar A Coreia do Norte corre o risco de enfrentar uma nova penúria alimentar e as dificuldades podem materializar-se já em Agosto, indicou a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). O regime norte-coreano, sob várias sanções internacionais devido ao programa nuclear, há muito que luta para alimentar a população e sofre regularmente de escassez de alimentos. A pressão sobre a economia norte-coreana foi agravada pelo encerramento das fronteiras ordenado para combater a pandemia da covid-19, mas também devido a uma série de tempestades e inundações ocorridas no ano passado. No mês passado, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, reconheceu que o país estava a enfrentar uma “situação de tensão alimentar”. Num relatório de segunda-feira, a FAO estimou que a Coreia do Norte deverá produzir 5,6 milhões de toneladas de cereais este ano, menos 1,1 milhões de toneladas do que seria necessário para alimentar a população. “As importações comerciais oficialmente planeadas são de 205 mil toneladas”, de acordo com o relatório, o que significa um défice alimentar de cerca de 860 mil toneladas. “Se este défice não for adequadamente coberto por importações comerciais ou ajuda alimentar, as famílias correm o risco de um período de escassez difícil entre agosto e outubro”, salientou o relatório. O encerramento das fronteiras com a China levou a uma redução das trocas comerciais com o principal aliado económico e diplomático da Coreia do Norte. Vários tufões no verão passado causaram inundações que destruíram casas e devastaram produções agrícolas. A Coreia do Norte sofreu uma grave crise alimentar nos anos 90 que causou centenas de milhares de mortos, na sequência da redução da ajuda de Moscovo após a queda da União Soviética.
Hoje Macau China / ÁsiaGuarda costeira chinesa resgata nove baleias no leste do país A guarda costeira chinesa resgatou nove baleias que ficaram presas nas águas da costa da província de Zhejiang, leste da China, mas não puderam evitar a morte de outras três, informou hoje a imprensa local. Equipas de resgate deslocaram-se para uma praia na cidade de Linhai, na manhã de terça-feira, após serem notificadas que 12 baleias encalhadas foram avistadas na área, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua. No entanto, o calor, o peso e a localização complicaram a tarefa de devolvê-las à água, e três dos cetáceos morreram antes da chegada das equipas de resgate. Segundo a agência, trata-se de 12 baleias com cabeça de melão (Peponocephala electra), uma espécie com cerca de três metros de comprimento e 200 quilos de peso, que costuma habitar oceanos tropicais e subtropicais. Cerca de 150 pessoas participaram do resgate, durante o qual foram cavados buracos ao redor dos mamíferos marinhos e despejada água sobre os seus corpos para evitar que se afogassem na lama. As equipas de resgate também usaram toalhas molhadas para manter os animais húmidos e ergueram proteções contra o sol, disse um oficial local à emissora estatal CCTV. Após quase 10 horas, as equipas conseguiram salvar as nove baleias restantes e transportá-las para um local seguro. As autoridades enviaram duas das baleias resgatadas para um aquário, outras duas para um parque costeiro e as cinco restantes para uma empresa local de criação de animais marinhos, disse a Xinhua.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Detidos nove suspeitos por conspiração terrorista A polícia de Hong Kong informou ontem que deteve nove pessoas suspeitas de envolvimento em actividades terroristas, afirmando que estariam a tentar fabricar explosivos para colocar bombas em toda a cidade. Dos nove detidos, seis são estudantes do ensino secundário, informou a polícia. Segundo as autoridades, o grupo estava a tentar fabricar o explosivo triperóxido de triacetona (TATP) num laboratório caseiro, num ‘hostel’. A polícia disse que planeavam utilizar o material para bombardear tribunais, túneis, caminhos-de-ferro e fazer explodir caixotes do lixo na rua, “para maximizar os danos causados à sociedade”. Os nove detidos, cinco homens e quatro mulheres, têm entre 15 e 39 anos de idade, segundo o superintendente sénior Li Kwai-wah, do Departamento de Segurança Nacional da Polícia de Hong Kong, citado pela agência de notícias Associated Press (AP). As autoridades apreenderam aparelhos e matérias-primas utilizados para fazer o explosivo, além de manuais de instruções e cerca de 80.000 dólares de Hong Kong. A polícia disse que o grupo planeava deixar Hong Kong e sabotar a cidade antes da partida. Desde 2019, a polícia de Hong Kong prendeu várias pessoas pelo fabrico de bombas, incluindo de TATP. Em Dezembro de 2019, as autoridades desativaram duas bombas numa escola católica local.
Hoje Macau China / ÁsiaCooperação | Pequim apela a consenso com a Europa O Presidente chinês, Xi Jinping, pediu uma “expansão do consenso e cooperação” com os países europeus, para “enfrentar desafios globais em conjunto”, noticiou ontem a televisão estatal chinesa. Xi Jinping fez o apelo durante uma videoconferência, realizada na segunda-feira com a chanceler alemã, Angela Merkel, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, na qual foram abordadas as relações bilaterais entre a China e a União Europeia (UE). Citado ontem pela televisão estatal CCTV, o líder chinês apelou ao “respeito mútuo” e “busca por interesses comuns”, e a uma “gestão adequada” das diferenças, visando desenvolver os laços entre a China e a Europa. “Esperamos que a Europa desempenhe um papel mais activo nos assuntos internacionais, reflectindo verdadeiramente a sua autonomia estratégica”, exortou Xi. O apelo surge após uma visita do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, à Europa, que visou formar uma frente comum para desafiar a China em questões económicas e de Direitos Humanos. A cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) apontou também, pela primeira vez, a China como um adversário. Xi ressaltou o seu compromisso com um “verdadeiro multilateralismo”, que permita resolver os problemas internacionais “através de consultas”. Outras matérias Apesar de a União Europeia reclamar há vários anos reciprocidade no acesso ao mercado, apontando que as suas empresas enfrentam regulamentos discriminatórios no país asiático, Xi pediu aos países europeus que “proporcionem um ambiente de negócios transparente e não discriminatório para as empresas chinesas”. O Presidente chinês pediu também às nações europeias para apoiarem a celebração dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, em 2022, numa altura em que existe a possibilidade de alguns países boicotarem o evento. A conferência entre os três líderes, que não foi anunciada antecipadamente, serviu também para abordar o comércio internacional, o combate às mudanças climáticas, a protecção da biodiversidade e a cooperação internacional no contexto da pandemia da covid-19. Merkel e Macron apoiam investimento A chanceler alemã, Angela Merkel, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, apoiaram a ratificação do acordo para a protecção de investimentos entre a China e a União Europeia, numa videoconferência com o homólogo chinês, Xi Jinping. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China garantiu que Macron expressou o seu “apoio à conclusão do acordo de investimentos China-UE” e que Merkel mostrou esperança de que “seja aprovado o mais brevemente possível”. “A Alemanha apoia que a cimeira entre a UE e a China seja antecipada e espera que o acordo de investimento seja aprovado o mais brevemente possível”, disse a chanceler alemã, de acordo com a agência noticiosa oficial Xinhua.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Sector dos serviços cresce ao menor ritmo em quatro meses O sector dos serviços na China cresceu, em Junho, ao ritmo mais lento desde Abril de 2020, após ter desacelerado significativamente, em comparação com o mês anterior, segundo o jornal de informação económica Caixin. De acordo com a Caixin, que reúne as estatísticas em colaboração com a consultora britânica IHS Markit, o índice de gestores de compras (PMI) do setor dos serviços fixou-se em 50,3 pontos, em Junho, face aos 55,1 registados em Maio. Neste indicador, uma marca acima dos 50 pontos implica expansão e, abaixo, uma contracção. O PMI do sector dos serviços elaborado pela Caixin ficou pelo décimo quarto mês consecutivo em território positivo. Segundo o economista da Caixin, Wang Zhe, a desaceleração foi impulsionada principalmente pelos subíndices que medem a actividade das empresas do sector e pelas novas encomendas, que foram afectados pelos recentes surtos de covid-19 na província de Guangdong, sudeste da China. “O emprego no sector dos serviços ficou sob pressão. Os surtos, combinados com a fraca oferta e procura, prejudicaram o mercado de trabalho”, explicou Wang sobre o subíndice do trabalho, que entrou na zona de contracção pela primeira vez em quatro meses. Sentimento positivo Os preços no sector dos serviços mantiveram-se “estáveis”, em Junho, devido ao abrandamento da pressão inflacionária, embora os custos para as empresas tenham subido, devido ao aumento das matérias-primas e da mão de obra. “O sentimento do mercado permanece optimista, mas o indicador de expectativas de negócios caiu para o nível mais baixo em nove meses, em Junho. Algumas das empresas pesquisadas ainda estão preocupadas com o estado da pandemia no país e a nível internacional num futuro próximo”, disse Wang. Muitas das empresas estão também confiantes de que a pandemia será controlada e que as condições de mercado e a procura global vão “renascer” no próximo ano. A desaceleração do crescimento no sector dos serviços fez com que o PMI composto, que reúne medições com as empresas do sector manufactureiro, caísse de 53,8, em Maio, para 50,6 em Junho.
Hoje Macau China / ÁsiaVárias pessoas resgatadas de avião militar que se despenhou nas Filipinas Um avião militar com pelo menos 85 pessoas a bordo despenhou-se hoje no sul das Filipinas, anunciou o chefe das Forças Armadas do país. Até ao momento, 15 pessoas foram resgatadas do aparelho em chamas, um C-130 que se despenhou quando tentava aterrar na ilha de Jolo, na província de Sulu, disse à agência de notícias France-Presse, o general Cirilito Sobejana. “As equipas de socorro estão no local, rezamos para que seja possível salvar outras vidas”, acrescentou o chefe do Estado-Maior filipino. De acordo com a agência de notícias Associated Press (AP), que também citou Sobejana, pelo menos 40 pessoas foram já resgatadas do aparelho em chamas. “O avião falhou a pista e estava a tentar ganhar altura, mas não conseguiu e despenhou-se”, indicou Sobejana. O C-130 transportava vários militares destacados para uma força operacional conjunta de luta contra o terrorismo na ilha, de maioria muçulmana. O exército filipino mantém uma forte presença no sul do país, onde atuam os fundamentalistas islâmicos da rede Abu Sayyaf, considerada uma organização terrorista por Manila e Washington. Vários atentados terroristas e raptos de turistas estrangeiros e missionários cristãos foram atribuídos e reivindicados pelos militantes da Abu Sayyaf.
Hoje Macau China / ÁsiaGlobal Times: Ocidente não pode impedir a China de se tornar um grande país socialista moderno Um jornal do Partido Comunista Chinês (PCC) afirmou na sexta-feira que o Ocidente “não pode impedir” a China de atingir o objectivo de se tornar um “grande país socialista moderno”, numa altura de crescentes tensões. “Os chineses sentem-se agora muito confiantes em (…) construir um grande país socialista moderno”, aponta o Global Times, jornal em língua inglesa do grupo do Diário do Povo, o órgão central do PCC. O único partido do poder na China celebrou na quinta-feira, 1 de Julho, cem anos desde a sua fundação, com uma cerimónia na Praça Tiananmen, em Pequim, e avisos de que a China não se deixará intimidar. Quem tentar parar o país vai acabar com a “cabeça partida e o sangue derramado perante a Grande Muralha de ferro constituída por 1,4 mil milhões de chineses”, avisou o Presidente chinês, Xi Jinping. A data coincide com um período de crescentes tensões com o Ocidente, em torno do comércio, tecnologia, a soberania do Mar do Sul da China ou o estatuto de Taiwan e Hong Kong. Em editorial, o Global Times escreve que as “conquistas do povo chinês sob a liderança do Partido e a bela visão do desenvolvimento futuro da China estão a aumentar o sentido de crise entre algumas elites ocidentais”. “Enquanto falam mal da China, eles estão preocupados porque sentem que o desenvolvimento da China continuará a ser imparável”, realça. Placas e actividades comemorativas vincaram o papel do Partido na ascensão da China, desde a fundação da República Popular, em 1949, até às reformas económicas que permitiram ao país converter-se na segunda maior economia mundial. As políticas desastrosas que marcaram o maoismo, como o “Grande Salto em Frente”, a campanha de coletivização e industrialização lançada em 1958 que causou milhões de mortos, ou a Revolução Cultural, que mergulhou o país numa década de caos e isolamento, foram omitidas, assim como outros episódios suscetíveis de abalar a legitimidade do PCC. Até ao centenário da fundação da República Popular, em 1949, o PCC estipulou como meta a ascensão do país a nível militar, tecnológico e na influência na governação das questões internacionais. Para o Global Times, no entanto, o “sucesso” da governação comunista é um sinal de que a “abordagem ocidental não é universal”. “Percebemos que podemos estar a criar uma nova forma de civilização. Agora, é o Ocidente que mostra a sua falta de confiança no seu caminho, enquanto a China está gradualmente começar a ganhar vantagem na batalha pela confiança”, sublinha. O jornal considera que com “muitos factores favoráveis sob o [seu] controlo, a China pode prever o futuro com segurança”. “A China será a vencedora final”, conclui.
Hoje Macau China / ÁsiaChinesa Didi Global sobe 16% na sua estreia na bolsa dos EUA A chinesa Didi Global, plataforma de mobilidade concorrente da Uber, subiu quarta-feira 16% na sua estreia na bolsa norte-americana, arrecadando 4,4 mil milhões de dólares na oferta pública inicial (IPO). Do valor arrecadado, 30% destina-se a desenvolvimento de tecnologia e outros 30% para expandir o negócio fora da China e os restantes 20% em novos produtos. Este é o segundo maior IPO de uma empresa chinesa nos Estados Unidos, depois do grupo Alibaba, que fez a sua estreia em 2014, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. A entrada da Didi no mercado bolsista norte-americano acontece um dia depois da tecnológica ter anunciado perdas de 5,5 mil milhões de dólares nos últimos três anos, embora tenha sublinhado o seu alcance global e os investimentos no desenvolvimento de veículos eléctricos e autónomos. A tecnológica chinesa opera em 16 países, embora 90% dos seus 493 milhões de clientes que usaram o seu serviço pelo menos uma vez no ano passado estejam na China. Fundada em 2012 por Will Wei Cheng, um veterano de gigante de comércio eletrónico Alibaba, a Didi pretende tornar-se a “maior plataforma de transporte do mundo” e operadora de redes de veículos. “Aspiramos em tornar verdadeiramente numa empresa de tecnologia global”, disse Cheng e a presidente Jean Qing Liu no prospecto. Liu é antiga diretora-geral da Goldman Sachs e filha de Liu Chuanzhi, fundador da fabricante de computadores Lenovo. A tecnológica Didi comprou a sua rival Kuaidi em 2016 e a operação na China da Uber Technologies no ano sentido, terminando uma batalha em que a empresa norte-americana disse que estava a perder mil milhões de dólares por ano.
Hoje Macau China / Ásia100 anos PCC | Xi Jinping diz que povo chinês nunca permitirá opressão ou domínio de forças estrangeiras O Presidente da China afirmou hoje que “o povo chinês nunca permitirá que qualquer força estrangeira abuse, oprima ou subjugue” o país, que “nunca o fez e nunca o fará”. “Vamos trabalhar para salvaguardar a paz mundial, contribuir para o desenvolvimento global e preservar a ordem internacional”, declarou Xi Jinping, ao discursar na icónica praça Tiananmen, no centro de Pequim, para comemorar os 100 anos da fundação do Partido Comunista da China (PCC). O também secretário-geral do partido acrescentou, perante cerca de 70 mil pessoas reunidas em Tiananmen, que “ninguém deve subestimar a determinação, forte vontade e extraordinária capacidade do povo chinês para defender a soberania”. “Quem tentar, vai esbarrar numa grande parede de aço forjada por mais de 1,4 mil milhões de chineses”, disse Xi, levando a praça a uma ovação. Num discurso que durou mais de uma hora, precedido por uma salva de cem tiros, Xi referiu-se também a Taiwan, uma ilha que é governada de forma autónoma, mas sobre a qual Pequim reclama soberania: “Resolver a questão de Taiwan e conseguir a reunificação completa da China é uma missão histórica e um compromisso inabalável do PCC”. “Devemos tomar medidas resolutas para derrotar completamente qualquer tentativa de ‘independência de Taiwan’ e trabalhar em conjunto para criar um futuro brilhante para o rejuvenescimento nacional”, disse o Presidente chinês. Xi adiantou que “a China vai fornecer às suas forças armadas uma maior capacidade e meios mais fiáveis”. “Temos de acelerar a modernização da defesa nacional. Um país forte deve ter um exército forte”, disse o também presidente da Comissão Militar Central chinesa, que domina as três forças do regime comunista (Estado, Partido e Exército). Xi salientou a causa do “rejuvenescimento da China”, com a qual os líderes do país justificam o exercício do poder: “Trata-se de um processo histórico irreversível. O PCC e o povo chinês mostraram ao mundo que a nação chinesa saúda o advento de um grande salto: de pé para uma prosperidade modesta e uma força nascente”. O PCC festeja o 100.º aniversário da fundação com grandes comemorações e medidas de segurança apertadas, alargadas a todo o país. A capital foi decorada com grandes instalações florais, bandeiras nacionais em frente às portas das casas e cartazes vermelhos a lembrar o evento. Outras cidades vão assistir a espetáculos de luzes, ao vivo e fogo-de-artifício a marcar o aniversário.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Ilha tailandesa de Phuket reabre ao turismo Cerca de 250 turistas devem chegar hoje a Phuket, no sul da Tailândia, para o primeiro dia da reabertura, depois do encerramento das fronteiras em março de 2020. O primeiro avião aterrou pouco depois das 11:00 no aeroporto da ilha turística, proveniente de Abu Dhabi. Numa tentativa de reavivar uma indústria turística, que representa quase um quinto da economia do reino e a definhar desde março do ano passado, o Governo está a apostar num modelo que permite aos viajantes totalmente vacinados permanecer no local, sem passar por uma quarentena. Devido às restrições impostas pela pandemia da covid-19, a Tailândia registou o pior desempenho económico em 2020 desde a crise asiática de 1997. O país recebia cerca de 40 milhões de viajantes todos os anos. Este plano arrancou quando o país está a tentar conter uma terceira vaga da covid-19, com restrições na e à volta da capital, Banguecoque, que viu as variantes Alfa e Delta do novo coronavírus espalharem-se. A situação em Phuket tem permanecido relativamente calma, uma vez que as autoridades tailandesas lançaram uma campanha de vacinação em massa e 70% dos residentes receberam pelo menos uma dose. Um centro de comando que acompanha os movimentos dos visitantes estrangeiros através de uma aplicação móvel que os turistas devem instalar à chegada tem a tarefa de prevenir qualquer risco de agrupamento. Há requisitos rigorosos para quem escolhe Phuket para férias. Além de serem vacinados, só são elegíveis os viajantes de 66 países, considerados de baixo ou médio risco. Terão de passar 14 dias na ilha antes de poderem viajar para outro lugar na Tailândia e terão de se submeter a três testes PCR durante esse tempo, uma despesa de várias centenas de dólares para uma família. “É demasiado pesado”, disse o presidente da secção sul da Associação de Hotéis da Tailândia, Kongsak Khoopongsakorn. O responsável afirmou esperar que algumas das restrições sejam levantadas até 01 de outubro, início da época turística na Tailândia. Caso contrário, o risco é “perder outra época”, o que “pode ser desastroso e condenar muitos estabelecimentos a nunca reabrirem”, avisou. Kongsak acrescentou que as autoridades tinham reduzido a previsão inicial de 129 mil visitantes para Phuket no terceiro trimestre para cem mil. Depois de Phuket, onde quase 90% dos hotéis tiveram de fechar, Koh Samui deverá reabrir ainda este mês e o resto do país em outubro. Na Indonésia, Bali também tinha considerado a reabertura neste mês, mas as autoridades indonésias parecem ter recuado à medida que os casos da covid-19 atingem níveis recorde no país do Sudeste asiático. Embora Jacarta não tenha anunciado um cancelamento oficial, as autoridades apontaram que o regresso dos turistas será adiado até a uma diminuição das infeções.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Junta anuncia libertação de mais de 700 detidos, incluindo presos políticos Mais de 700 detidos em Myanmar (antiga Birmânia) vão ser hoje libertados, incluindo vários presos políticos, disse um dos responsáveis da prisão Insein em Rangum, citado pela BBC. De acordo com a página na rede social Facebook da representação local da cadeia de televisão britânica BBC, alguns dos detidos tinham sido acusados de “incitar à desordem pública”. O canal de televisão, Myawaddy, detido pelo exército, noticiou que as autoridades também retiraram na terça-feira as acusações contra 24 celebridades e atletas que tinham rejeitado a junta militar no poder, desde o golpe de 01 de fevereiro. Dados da Associação de Assistência aos Presos Políticos (AAPP) indicaram que, desde o golpe de fevereiro, as forças de segurança colocaram sob custódia 6.421 pessoas, das quais 5.554 ainda estão detidas, e emitiram mandados de captura para 1.988. Pelo menos 883 pessoas morreram na repressão do movimento de oposição pelas forças de segurança birmanesas, indicou a AAPP. Cinco meses depois de o golpe militar que pôs fim à jovem democracia em Myanmar, o exército ainda não controla totalmente o país, com protestos em várias regiões. Alguns dos manifestantes, cansados dos poucos avanços obtidos com protestos pacíficos, pegaram em armas contra os militares, ao mesmo tempo que confrontos entre as Forças Armadas e os grupos rebeldes eclodiram ou intensificaram-se em todo o país. O exército birmanês justificou o golpe com uma alegada fraude eleitoral nas eleições de novembro, em que o partido liderado pela Prémio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi obteve uma vitória esmagadora, tal como em 2015, e que foram consideradas legítimas pelos observadores internacionais. Suu Kyi e outros líderes do Governo deposto continuam detidos e acusados de vários crimes.
Hoje Macau China / ÁsiaOMS diz que China conseguiu erradicar malária 70 anos depois A China conseguiu erradicar a malária, depois de 70 anos a tentar suprimir a doença, transmitida por mosquitos e que mata centenas de milhares de pessoas todos os anos, anunciou hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS). O país, que tinha 30 milhões de casos anuais na década de 40 do século passado, não registou um único caso local, nos últimos quatro anos. Esta doença, transmitida pelo mosquito Anopheles, matou mais de 400 mil pessoas, em 2019, sobretudo em África. “Felicitamos o povo chinês por ter livrado o país da malária”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “A China junta-se ao número crescente de países que mostram que um futuro sem malária é possível”, apontou o responsável, que atribuiu o êxito chinês a “décadas de ação focada e sustentada”. Os países que registaram três anos consecutivos sem transmissão local podem inscrever-se para obter a certificação da OMS que valida o seu estatuto de nação livre da malária. O pedido de certificação deve ser acompanhado com provas dos resultados, e demonstrar a capacidade de prevenir qualquer transmissão posterior. A China é o 40.º território a obter esta validação da agência da ONU. Os últimos foram El Salvador (2021), Argélia e Argentina (2019) e Paraguai e Uzbequistão (2018). A China é o primeiro país da região do Pacífico Ocidental, na nomenclatura da OMS, a receber esta certificação em mais de 30 anos. Apenas três países daquela região receberam a certificação até agora: Austrália (1981), Singapura (1982) e Brunei (1987). No relatório de 2020 sobre a malária, a OMS constatou que os avanços na luta contra a doença estagnaram, sobretudo nos países africanos, que apresentam as maiores taxas de contaminação e morte. Após um declínio constante, desde 2000, quando a doença causou 736 mil mortes, o número de mortos subiu a 411 mil em 2018, e 409 mil em 2019. Mais de 90% das mortes ocorreram em África e foram sobretudo crianças (265 mil). Em 2019, houve 229 milhões de casos de malária, patamar que se mantém há quatro anos. Pequim começou na década de 1950 a identificar os locais onde havia casos de malária e a combatê-la com tratamentos antimaláricos preventivos, observou a OMS. O país também eliminou áreas favoráveis à criação de mosquitos e aumentou o uso de inseticidas nas residências. Em 1967, a China lançou um programa científico para encontrar novos tratamentos e que levou à descoberta, na década de 1970, da artemisinina, o principal medicamento contra a doença, extraído de uma planta. O número de casos caiu para 117 mil, no final de 1990, e as mortes foram reduzidas em 95%. Esforços adicionais, realizados em 2003, permitiram reduzir para cerca de 5.000 contaminações por ano, em dez anos. “A capacidade da China de se aventurar fora do caminho tradicional foi bem-sucedida na sua luta contra a malária e também teve um importante efeito dominó a nível global”, disse o diretor do programa global de malária da OMS, Pedro Alonso. Depois de quatro anos sem contaminação local, Pequim candidatou-se à certificação, em 2020. O risco de casos importados, especialmente dos vizinhos Laos, Myanmar (antiga Birmânia) e Vietname, continua a ser uma fonte de preocupação. Uma vacina, anunciada no final de abril pela Universidade de Oxford, demonstrou uma eficácia de 77% em testes em África. Esta inoculação poderá ser aprovada nos próximos dois anos.
Hoje Macau China / ÁsiaChina pede aos membros do G20 para não restringirem vacinas O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, pediu ontem aos produtores de vacinas contra a covid-19 que evitem “restrições à exportação” ou que as monopolizem “excessivamente”, para eliminar diferenças entre países ricos e pobres. “Os membros do G20 devem perseverar na cooperação e liderar a luta global contra a pandemia. A China apela aos países capazes de fornecer vacinas para evitar restrições à sua exportação ou acumulação excessiva”, disse Wang, durante a sua intervenção por vídeo na reunião de ministros de Negócios Estrangeiros do G20, que se realiza presencialmente em Matera (Itália). “Até agora, a China forneceu mais de 450 milhões de doses de vacinas para quase 100 países”, enfatizou Wang, acrescentando que “todas as partes devem responder à pandemia e fornecer mais apoio aos países em desenvolvimento”. Wang Yi defendeu o multilateralismo – tema ao qual o fórum é dedicado – como um “elemento estabilizador” da ordem internacional, mas destacou que “o G20 deve dar o exemplo e realmente colocá-lo em prática”. “O multilateralismo não é um ‘slogan’ bombástico ou uma embalagem para o unilateralismo. Consiste em proteger o sistema internacional, com as Nações Unidas no centro, ou em aderir à abertura e tolerância perante políticas exclusivas”, disse o chefe da diplomacia chinesa. Da mesma forma, Wang defendeu “a construção de uma economia mundial aberta” na qual “a estabilidade das cadeias globais de abastecimento” seja mantida e “evitada a fragmentação do mercado internacional ou a politização dos mecanismos de cooperação”. Todos juntos A Itália, que detém a presidência rotativa do G20, dedicou este fórum às questões do multilateralismo e, pela primeira vez, organizou um encontro conjunto entre os ministros dos Negócios Estrangeiros e os do Desenvolvimento. O ministro dos Negócios Estrangeiros anfitrião, Luigi Di Maio, abriu a sessão de hoje afirmando que “a Itália apoia o multilateralismo efectivo”, enquanto o seu homólogo norte-americano, Antony Blinken, também defendeu o multilateralismo como “a melhor ferramenta para enfrentar os desafios” que o mundo enfrenta, desde a pandemia de covid-19 até à crise climática e à recuperação económica.
Hoje Macau China / ÁsiaPCC 100 anos | Xi Jinping apela à adesão ao marxismo O Presidente chinês, Xi Jinping, distribuiu ontem medalhas pelos membros leais do Partido Comunista (PCC), que celebra o centésimo aniversário, e apelou à adesão ao marxismo e ao movimento pelo “rejuvenescimento da nação chinesa”. Xi, que na segunda-feira presidiu a uma celebração no Estádio Olímpico de Pequim, enfatizou a ascensão da China à segunda maior economia do mundo, após as reformas promulgadas há mais de 40 anos. “Todos os camaradas do Partido devem ter fé no marxismo e no socialismo com características chinesas”, afirmou Xi, no seu discurso. O líder chinês disse que os membros do Partido devem liderar o movimento pelo “grande rejuvenescimento” da China, uma referência à sua agenda que visa retomar o papel secular da China como potência regional e internacional a nível cultural, económico e militar. “Na nova marcha para uma nação socialista moderna, totalmente estabelecida, continuaremos a avançar em direção às metas do segundo século”, disse Xi. As celebrações terminam com uma comemoração, na quinta-feira, na Praça Tiananmen, em Pequim. O Partido Comunista da China possui quase 92 milhões de membros, pouco mais de 6% da população chinesa, de 1,4 mil milhões de pessoas. A grande maioria dos funcionários do Governo e líderes da indústria estatal são membros do partido, fornecendo o que a liderança considera uma fonte de coesão social, em contraste com as divisões partidárias nos EUA e em outros países. O desenvolvimento económico ou o sucesso na luta contra a pandemia de covid-19 aumentaram a confiança dos líderes e funcionários chineses, que passaram a promover abertamente o seu modelo de governação como alternativa viável à democracia ao estilo ocidental. Crescer, crescer, crescer sempre Entretanto, o Banco Mundial elevou ontem a previsão de crescimento da economia chinesa este ano, de 8,1% para 8,5% e disse que uma recuperação total requer progresso na vacinação contra o novo coronavírus. O relatório constitui outro sinal positivo para a segunda maior economia do mundo e a primeira grande economia a recuperar da pandemia da covid-19. A actividade nas fábricas e o consumo interno voltaram a fixar-se acima dos níveis anteriores à pandemia da covid-19, embora as autoridades chinesas tenham voltado a restringir viagens em algumas áreas, para conter pequenos surtos de novas variantes do vírus. O crescimento económico deve cair para 5,4%, no próximo ano, à medida que a recuperação da histórica recessão global do ano passado abranda e a atividade económica regressa ao normal, disse o Banco Mundial. Em Abril, o Banco Mundial referiu que a China e o Vietname foram as únicas economias do Leste Asiático a alcançar uma recuperação “em forma de V”, em 2020, com resultados acima dos níveis pré-pandemia. A China está a caminho de vacinar 40% da população, até ao início do verão, mas “uma recuperação completa também exigirá progresso contínuo para alcançar uma imunização generalizada”, disse o Banco Mundial. O doce cheiro do sucesso A New China Research (NCR), think tank da Agência de Notícias Xinhua, divulgou nesta segunda-feira um relatório de pesquisa sobre o compromisso político do Partido Comunista da China (PCC) antes do centenário do Partido. Intitulado “Povo em Primeiro Lugar: Compromisso Político do Centenário Partido Comunista da China”, o relatório examina o desenvolvimento do PCC de um partido de mais de 50 membros para o maior partido político do mundo, com mais de 91 milhões de membros. Segundo o NCR, “quando as teorias académicas ocidentais não podem explicar o sucesso do PCC, novos paradigmas de pesquisa devem ser estabelecidos para procurar respostas das próprias teorias e práticas do Partido”. Assim, ao longo de três capítulos, o relatório explica que “o PCC desfruta do apoio sincero da maioria mais ampla possível do povo, o que não mudou com o passar do tempo”, “deixou claro o seu compromisso com a sua missão fundadora”, “construiu uma relação de confiança entre o Partido e o povo” e “formou um sistema de supervisão eficaz”. O relatório afirma que o segredo para o sucesso do PCC em tornar a China cada vez mais próspera e forte “pode fornecer a outros países uma referência útil para a construção partidária e a governação do Estado”, isto apesar de salientar que o PCC não procura exportar o modelo da China nem pede a outros países que sigam os seus passos”.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Bebé de 7 meses morre infectado com SARS-CoV-2 em Timor-Leste Um bebé de sete meses tornou-se a 22.ª pessoa a morrer infectada com a covid-19 em Timor-Leste desde o início da pandemia, depois de não ter conseguido recuperar de uma broncopneumonia, anunciaram as autoridades. A criança, natural de Bahamori, na zona de Venilale em Baucau, segundo cidade timorense, tinha sido testada no âmbito de um rastreio de contactos em 21 de junho, com um resultado positivo de infeção SARS-CoV-2, mas sem registar sintomas. Segundo informou hoje o Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC), o bebé desenvolveu febre e tosse e em 23 de junho foi sujeito a um novo teste, que teve resultado negativo. Ainda assim o bebé voltou a ser testado dois dias depois confirmando-se a presença da infeção, tendo sido examinado no Hospital de Baucau, onde lhe foi diagnosticada uma broncopneumonia “A sua condição deteriorou-se em 26 de junho e em 28 de junho, já em Vera Cruz, em Díli, faleceu com síndrome de insuficiência respiratória aguda”, explica o CIGC, em comunicado. No resumo diário da situação epidemiológica, o CIGC regista nas últimas 24 horas um total de 42 novos casos em Díli, 12 em Baucau, quatro em Covalima e cinco noutros municípios do país. Foram ainda dadas como recuperadas 73 pessoas, com o total de casos activos a baixar para 790 e o total acumulado a subir para 9118. Nas últimas 24 horas realizaram-se em Timor-Leste um total de 1.248 testes. Díli continua a registar o maior número de casos ativos (449), seguindo-se Baucau (131) e Covalima (71), sendo que apenas o município de Lautem, na ponta leste do país, não tem atualmente qualquer caso ativo. A taxa de incidência é agora de 3,7 por 100 mil habitantes, a nível nacional e de 8,9 por 100 mil habitantes em Díli. No centro de isolamento de Vera Cruz, em Díli, estão atualmente 13 pessoas, das quais três em estado grave/crítico. Já no que se refere à vacinação, até às 10:00 de hoje já tinham recebido a primeira dose em Timor-Leste um total de 200.382 pessoas (26,5% da população com mais de 18 anos) com 25.646 pessoas já com as duas doses (3,40%). Em Díli, receberam a primeira dose 110.442 pessoas (51,7% da população com mais de 18 anos) e 13.996 pessoas já têm as duas doses (6,55%).
Hoje Macau China / ÁsiaBanco Mundial eleva perspectiva de crescimento económico da China para 8,5% O Banco Mundial elevou hoje a previsão de crescimento da economia chinesa este ano, de 8,1% para 8,5% e disse que uma recuperação total requer progresso na vacinação contra o novo coronavírus. O relatório constitui outro sinal positivo para a segunda maior economia do mundo e a primeira grande economia a recuperar da pandemia da covid-19. A atividade nas fábricas e o consumo interno voltaram a fixar-se acima dos níveis anteriores à pandemia da covid-19, embora as autoridades chinesas tenham voltado a restringir viagens em algumas áreas, para conter pequenos surtos de novas variantes do vírus. O crescimento económico deve cair para 5,4%, no próximo ano, à medida que a recuperação da histórica recessão global do ano passado abranda e a atividade económica regressa ao normal, disse o Banco Mundial. Em abril, o Banco Mundial referiu que a China e o Vietname foram as únicas economias do Leste Asiático a alcançar uma recuperação “em forma de V”, em 2020, com resultados acima dos níveis pré-pandemia. A China está a caminho de vacinar 40% da população, até ao início do verão, mas “uma recuperação completa também exigirá progresso contínuo para alcançar uma imunização generalizada”, disse o Banco Mundial.
Hoje Macau China / ÁsiaAntigo político sul-coreano condenado a três anos de prisão por assédio sexual O antigo presidente da câmara de Busan, a segunda maior cidade da Coreia do Sul, foi hoje condenado a três anos de prisão por assédio sexual a duas subordinadas. Oh Keo-don demitiu-se no ano passado do cargo de líder da autarquia desta cidade portuária, conhecida também pelo festival internacional de cinema. Três meses mais tarde, o presidente da câmara de Seul, Park Won-soon, suicidou-se depois de ter sido acusado de assédio sexual por uma subordinada. Os dois homens pertenciam ao Partido Democrático, de centro-esquerda, do Presidente sul-coreano, Moon Jae-in. Oh, de 72 anos, alegou sempre que o contacto com as funcionárias foi acidental, enquanto ao chegar ao tribunal disse aos jornalistas que a culpa era “de todos”. O juiz do Tribunal Distrital de Busan, Ryu Seung-woo, considerou que o arguido tinha abusado da “posição de superior” para assediar as subordinadas. “As pessoas, que não deviam ter sofrido, ainda estão a sofrer”, acrescentou, de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap. A sociedade sul-coreana permanece profundamente conservadora nas questões sociais, apesar de uma economia em expansão. As vítimas de assédio sexual enfrentam frequentemente fortes pressões para permanecerem em silêncio. O movimento #metoo, de denúncia de assédio e violência sexual contra as mulheres, tem levado a algumas mudanças na Coreia do Sul, desde que uma procuradora, Seo Ji-hyun, acusou publicamente um supervisor de a apalpar insistentemente num funeral. Outro caso de grande visibilidade foi o do antigo candidato presidencial Ahn Hee-jung, acusado de violação pela secretária e condenado em fevereiro de 2019 a três anos e meio de prisão.
Hoje Macau China / ÁsiaDuterte admite candidatar-se à vice-presidência das Filipinas O Presidente das Filipinas disse que poderá considerar concorrer à vice-Presidência do país, no próximo ano, quando terminar o actual mandato, “se houver espaço” para uma candidatura. “Não é de todo uma má ideia e se houver espaço para mim lá, talvez”, disse, na segunda-feira, Rodrigo Duterte, de 76 anos, sobre as perspectivas de se candidatar à vice-presidência. Os chefes de Estado filipinos estão impedidos pela constituição de 1987 de concorrer à reeleição após um mandato único de seis anos. Pelo menos dois ex-presidentes, Joseph Estrada e Gloria Macapagal Arroyo, candidataram-se com êxito a cargos públicos depois de terem chefiado o Estado. Ao abrigo da lei filipinas, o vice-Presidente, que pode ser chamado à presidência caso o Presidente morra ou fique incapacitado, é eleito separadamente do chefe de Estado. Os líderes do partido PDP-Laban de Duterte vão reunir-se entre 16 e 17 de julho para nomear os candidatos à presidência, vice-presidência e às eleições gerais de 09 de maio de 2022. As candidaturas devem ser apresentadas até 08 de outubro. Numa reunião preliminar no final do mês passado, o partido apoiou uma possível candidatura de Duterte a vice-presidente no próximo ano. Inicialmente, o chefe de Estado filipino indicou que pretendia reformar-se, depois do fim do mandato presidencial e estava “a resistir” ao apelo, embora sem o rejeitar categoricamente. Uma nova coligação de oposição, 1Sambayan, criticou a perspetiva de uma candidatura à vice-Presidência de Duterte. “A alegada candidatura a vice-Presidente do Presidente não só ridiculariza a Constituição, como também é uma piada da pior espécie. É risível”, disse o líder da coligação, Howard Calleja, depois do partido no poder ter anunciado apoiar uma candidatura à vice-presidência de Duterte. Duterte ganhou notoriedade pela sangrenta campanha antidroga, que resultou na morte de milhares de suspeitos, e uma retórica vulgar, mas os índices de popularidade têm permanecido elevados.
Hoje Macau China / ÁsiaPutin e Xi Jinping reafirmam parceria com tratado de boa vizinhança O Presidente chinês, Xi Jinping, e o homólogo russo, Vladimir Putin, enfatizaram ontem a sua aliança, durante uma videoconferência, na qual concordaram prolongar o tratado de boa vizinhança e cooperação amigável. “O tratado de boa vizinhança, amizade e cooperação [assinado há 20 anos] estabeleceu um conceito de amizade, transmitido de geração em geração, que responde aos interesses fundamentais de ambos os países”, apontou Xi. Segundo o chefe de Estado chinês, este acordo “está em linha com as tendências da época, visa a paz e o desenvolvimento e é também um exemplo prático e vivo de um novo tipo de relações internacionais”. Xi indicou na conversa que a “cooperação próxima” entre os dois países representa um “impulso positivo” para a comunidade internacional, num momento em que o “mundo passa por mudanças complexas” e quando “a humanidade enfrenta múltiplas crises”. Putin defendeu que, nas “actuais condições de crescente turbulência geopolítica, quebra de acordos sobre o controlo de armas, aumento do potencial de conflito em várias partes do planeta, a cooperação russo-chinesa desempenha um papel estabilizador a nível internacional”. Aliança forte A conversa ocorre um mês depois de os dois líderes inaugurarem um projecto para construir quatro unidades de geração de energia nuclear, com tecnologia russa, em solo chinês. As relações entre Pequim e Moscovo atravessam um bom momento, ilustrado pela visita à China, em Março deste ano, do ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, para discutir estratégias, numa altura de crescentes tensões mútuas com os Estados Unidos. Segundo o jornal chinês Global Times, ambas as partes foram informadas sobre o estado das suas respectivas relações com Washington, pedindo aos Estados Unidos para “reflectirem sobre os danos que causaram à paz internacional”. O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, anunciou em Março que os laços sino-russos estão coesos “como uma montanha” e que as boas relações entre Pequim e Moscovo são “imperativas nas actuais circunstâncias” e constituem “um pilar para a paz mundial”.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte | Aparência de Kim Jong-un notada na televisão estatal A televisão da Coreia do Norte transmitiu um comentário fora do comum sobre a aparência “emaciada”, ou magreza relacionada com doença, de Kim Jong-un, uma observação surpreendente num país em que é proibida qualquer menção à privacidade e ao estado de saúde do líder. A vida privada de Kim é tabu para os media norte-coreanos, mas na semana passada a KCTV transmitiu declarações de um habitante da capital afirmando que todo o país fica com “o coração partido” quando vê a sua aparência “emaciada”. “Ver o nosso respeitável secretário-geral emaciado é o que mais magoa o coração do nosso povo”, disse. Segundo analistas, a observação reflecte a vontade das autoridades de aproveitarem a perda de peso do líder norte-coreano para fortalecer a lealdade ao regime em dificuldades. Com uma economia sobrecarregada com as múltiplas sanções internacionais contra os seus programas militares, a Coreia do Norte está cada vez mais isolada após o encerramento das fronteiras para impedir a propagação do novo coronavírus. Em meados de Junho, Kim reconheceu que o país vivia uma crise alimentar, fazendo soar os alarmes num país cujo sector agrícola enfrenta graves dificuldades. O estado de saúde do líder norte-coreano é seguido atentamente a nível internacional. O seu súbito desaparecimento levantaria problemas quanto à sucessão e estabilidade do regime. Fumador inveterado, Kim sofre há muito de obesidade e o seu peso tem aumentado nos últimos anos. O seu pai e o seu avô, que governaram a Coreia do Norte antes dele, morreram devido a problemas cardíacos. Recentemente, Kim Jong-un apareceu significativamente mais magro em fotografias divulgadas pela agência oficial norte-coreana KCNA ou em imagens da televisão estatal.
Hoje Macau China / ÁsiaÚltima edição do jornal Apple Daily de Hong Kong esgota às primeiras horas da manhã Milhares de pessoas fizeram fila em Hong Kong para comprar a última edição impressa do jornal Apple Daily, que imprimiu um milhão de exemplares para a despedida, esgotada às primeiras horas da manhã. Os residentes no bairro Mong Kok começaram a fazer fila horas antes de o jornal chegar às bancas, ainda de madrugada. Às 8h30 da manhã a última edição do Apple Daily estava esgotada na maioria dos quiosques da cidade, de acordo com a agência de notícias Associated Press (AP). Na noite de quarta-feira, mais de uma centena de pessoas estiveram à porta do edifício do jornal, à chuva, para apoiar os jornalistas que trabalhavam na edição final, a tirar fotografias e gritando palavras de encorajamento. A primeira página da última edição mostra um funcionário do jornal a acenar aos apoiantes que rodearam o edifício, com o título “Residentes de Hong Kong fazem despedida dolorosa à chuva: ‘Apoiamos o Apple Daily'”. Fundado em 1995, o Apple Daily foi um firme apoiante do movimento pró-democracia e dos protestos antigovernamentais que abalaram o território em 2019. O proprietário do diário, o magnata Jimmy Lai, cumpre atualmente uma pena de vários meses de prisão pela participação nas manifestações, e enfrenta ainda acusações por “conluio com forças estrangeiras”, alegadamente por defender sanções contra dirigentes de Pequim e de Hong Kong. O jornal anunciou o fim das operações na quarta-feira, após o congelamento dos bens pelas autoridades de Hong Kong. Na semana passada, mais de 500 polícias invadiram as instalações do diário, numa operação que resultou na detenção de cinco responsáveis e no congelamento de bens no valor de 18 milhões de dólares de Hong Kong de três empresas ligadas ao Apple Daily. Dois responsáveis do jornal foram detidos e acusados de “conspirar com forças estrangeiras”, ao abrigo da lei de segurança nacional. Três outros responsáveis do jornal foram, entretanto, postos em liberdade sob caução. Esta foi a primeira vez que opiniões políticas publicadas por um órgão de comunicação social de Hong Kong levaram a um processo judicial, ao abrigo da controversa lei da segurança nacional.
Hoje Macau China / ÁsiaÚltimo número do jornal Apple Daily de Hong Kong sai na quinta-feira O último número do jornal Apple Daily de Hong Kong vai ser publicado na quinta-feira, anunciou hoje o diário. A decisão do conselho de administração surgiu menos de uma semana depois de a polícia ter detido cinco responsáveis e congelado bens no valor de 18 milhões de dólares de Hong Kong. O “Apple Daily decidiu que o jornal vai terminar a actividade a partir da meia-noite e que 24 de Junho será o último dia de publicação”, escreveu o diário na página digital, onde precisou que o sítio na internet do jornal “deixará de ser atualizado a partir da meia-noite”. Alguns minutos antes, o conselho de administração tinha anunciado, num curto comunicado, que o último número impresso seria o de sábado, 26 de junho de 2021, deixando a versão digital de estar acessível a partir das 23:59, também de sábado. Durante anos, o Apple Daily foi um firme apoiante do movimento pró-democracia na região e tem sido crítico dos líderes chineses. O proprietário e magnata dos ‘media’ Jimmy Lai está actualmente detido, condenado a várias penas de prisão pelo envolvimento nos protestos de 2019. Foi também acusado, ao abrigo da lei de segurança nacional, que prevê a pena de prisão perpétua para crimes de secessão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras. Na quinta-feira, mais de 500 polícias invadiram os escritórios do jornal, numa operação que resultou na detenção de cinco responsáveis e no congelamento de bens no valor de 18 milhões de dólares de Hong Kong de três empresas ligadas ao Apple Daily. Um dia depois, o diretor do jornal, Ryan Law, e o director-geral, Cheung Kim-hung, foram acusados de “conluio com um país estrangeiro ou elementos externos para pôr em perigo a segurança nacional” chinesa. Um tribunal de Hong Kong negou, no sábado, fiança para os dois responsáveis.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China soma 24 novos casos, todos oriundos do exterior A China detectou 24 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, todos oriundos do estrangeiro, anunciaram hoje as autoridades de saúde do país. Os casos foram diagnosticados em viajantes provenientes do estrangeiro na cidade de Xangai (leste) e nas províncias de Sichuan (centro), Guangdong (sudeste), Jiangsu (leste) e Fujian (leste). A Comissão de Saúde da China adiantou que o número total de casos activos é de 514, incluindo 16 em estado grave. Desde o início da pandemia da covid-19, o país registou 91.653 casos da doença e 4.636 mortos. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.875.359 mortos no mundo, resultantes de mais de 178,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Hoje Macau China / ÁsiaSurto de covid-19 em porto de Guangdong complica transporte marítimo mundial Um surto de covid-19 num dos mais movimentados portos da China causou congestionamento de navios de carga e incertezas na logística, nas vésperas de época alta para o transporte marítimo, relatou ontem a imprensa local. O porto de Yantian – o maior do mundo entre os que possuem um único terminal de contentores – fica em Guangdong. É através de Yantian que passa um terço do comércio internacional de Guangdong e um quarto das exportações chinesas para os Estados Unidos. Os surtos do novo coronavírus em Guangdong – causados, sobretudo, pela variante Delta -, nas últimas semanas, colocaram pressão adicional em outros portos chineses, como Nansha, Shekou ou Hong Kong. De acordo com a consultora chinesa Oneshipping, que fornece informações sobre o sector de logística, mais de 300 viagens foram canceladas ou desviadas para outras rotas e portos. Desvio para Nansha Na segunda-feira, o porto garantiu que retomou 70 por cento da sua capacidade total e que espera voltar à normalidade no final deste mês, antes da época alta para o transporte marítimo, concentrada anualmente nos meses de Agosto e Setembro, quando as empresas nos EUA e Europa se reabastecem para o Natal. O referido porto de Nansha, localizado na cidade de Cantão – a capital da província -, acrescentou 38 navios à sua frota para “garantir o fluxo desimpedido do comércio internacional”, o que conduziu a congestionamentos nas estradas que conduzem às instalações. A isto soma-se aos problemas logísticos decorrentes do congestionamento do cargueiro Ever Given, no Canal de Suez, que causou já dificuldades em escoar contentores nos portos chineses. A Maersk, uma das principais empresas de frete marítimo do mundo, expressou esperança de que os engarrafamentos no porto de Yantian, “um dos centros mais importantes do mundo”, sejam resolvidos “nas próximas semanas”.