Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Cancelado protesto em dia de aniversário da transição A Frente Civil dos Direitos Humanos (CHRF) de Hong Kong cancelou, pela primeira vez em 18 anos, a manifestação de 1 de julho, data da transferência da soberania do território do Reino Unido para a China, em 1997. Esta é a primeira vez, desde do início das manifestações, em 2003, que o evento não se vai realizar, devido a “dificuldades administrativas e à atmosfera política na cidade”, disse um dos responsáveis da CHRF (sigla em inglês), citado pelo portal ‘online’ Hong Kong Free Press. Chung Chung-fai afirmou que as dificuldades enfrentadas pela organização, com alguns dos membros presos pela participação em manifestações não autorizadas pela polícia, e a certeza de que o protesto não teria a aprovação das autoridades levaram ao cancelamento. Chung acrescentou que a plataforma pró-democracia, que inclui várias organizações, vai analisar em setembro, durante uma reunião geral, a dissolução, ou não, das actividades, já que perdeu força com a saída de alguns dos membros, devido à situação política na cidade.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Apple Daily não consegue pagar salários depois de congelamento de bens O jornal Apple Daily, em Hong Kong, indicou ontem que não consegue pagar os salários dos jornalistas, depois dos bens do grupo terem sido congelados, o que poderá levar ao encerramento. O proprietário do jornal, Jimmy Lai, está a cumprir actualmente uma pena de vários meses de prisão por instigação aos protestos de 2019 e enfrenta ainda acusações por “conluio com forças estrangeiras”, por defender sanções contra dirigentes de Pequim e de Hong Kong. “O nosso problema não é falta de fundos, temos 50 milhões de dólares no banco”, explicou à cadeia de televisão CNN um conselheiro de Lai a viver no estrangeiro, Mark Simon. “O nosso problema é que o secretário responsável pela Segurança e a Polícia não nos deixa pagar aos jornalistas (…), ao pessoal (…) e fornecedores. Bloquearam as nossas contas”, disse. O congelamento dos bens foi ordenado em 17 de Junho, horas depois de a polícia ter efectuado buscas ao jornal e detido cinco pessoas. Dezoito milhões de dólares de Hong Kong de bens detidos pelo jornal foram congelados ao abrigo da Lei de Segurança Nacional. Dois responsáveis do Apple Daily, Ryan Law e Cheung Kim-hung, este último também director-geral da empresa-mãe do diário Next Digital, foram detidos e acusados de “conspirar com forças estrangeiras”, ao abrigo da lei de segurança nacional. Três outros responsáveis do jornal foram, entretanto, postos em liberdade sob caução. De acordo com a polícia local, o Apple Daily publicou “dezenas de artigos”, entre os quais uma coluna de opinião assinada pelo proprietário do jornal, uma das figuras mais conhecidas da oposição pró-democracia de Hong Kong, que provariam que o diário conspirou com forças ou elementos estrangeiros. Organizações não governamentais internacionais como a Amnistia Internacional consideraram rusgas e detenções como um “novo ataque à liberdade de imprensa” na antiga colónia britânica, mas as autoridades locais alegaram que a operação é parte de um “caso de conspiração” e não está relacionada “com o trabalho dos meios de comunicação ou dos jornalistas”. “O trabalho jornalístico normal é realizado com liberdade e respeito pela lei em Hong Kong”, disse o secretário da Segurança, John Lee, que deixou um aviso aos jornalistas locais. “Façam o vosso trabalho jornalístico com a liberdade que desejarem, de acordo com a lei e assumindo que não conspiram ou têm a intenção de violar a lei de Hong Kong, muito menos a lei de segurança nacional”, disse. Jornal poderá ser encerrado Alguns advogados e peritos jurídicos em Hong Kong consideram a suspensão da operação do jornal e um encerramento completo como “uma medida legítima e necessária dada a sua má conduta por suspeita de violação da lei de segurança nacional”. “A intenção do jornal é desafiar a lei de segurança nacional usando a ‘liberdade de expressão’ como ‘escudo’, mas nenhum direito ou liberdade, incluindo o de imprensa, pode atravessar a linha da segurança nacional”, disseram alguns peritos jurídicos que consideram ser a altura de encerrar o Apple Daily, pois “em vez de ser um meio de comunicação social, o jornal tornou-se uma ferramenta anti-governamental radical na divulgação de mentiras e ódio, ao fazer reivindicações atraentes e sediciosas com preconceitos para atingir objectivos políticos, e não abandonou as suas tentativas de conluio com forças estrangeiras desde que a lei de segurança nacional de Hong Kong entrou em vigor”. “O que o Apple Daily fez é absolutamente claro: o jornal toma a lei de segurança nacional como nada e continua a violá-la, indo muito além dos padrões éticos e jornalísticos”, disse Louis Chen, secretário-geral da Hong Kong Legal Exchange Foundation. “Há toneladas de provas que mostram o Apple Daily a conspirar com forças estrangeiras e a instigar à sedição, quer se trate da conversa ao vivo de Lai a pedir ajuda às forças ocidentais ou de alegações publicadas do chamado apoio de políticos ocidentais, todos eles suspeitos de violar a lei”, disse Chen, observando que as autoridades devem impedir a publicação do jornal. Outro jornal de Hong Kong, o Oriental Daily, noticiou no domingo que desde que pelo menos 10 quadros superiores do seu sector editorial desistiram, o que tem dificultado o seu funcionamento. “O caso envolve o chefe e os seus quadros superiores, o que torna toda a empresa uma plataforma suspeita de pôr em perigo a segurança nacional, que deveria ser encerrada, pelo menos suspensa para cooperar com a aplicação da lei”, disse Lawrence Tang, membro da Associação Chinesa de Estudos de Hong Kong e Macau, no domingo. De acordo com o artigo 31 da lei de segurança nacional de Hong Kong, um organismo incorporado ou não incorporado, como uma empresa ou uma organização que cometa uma infracção nos termos da lei, será multado, e o funcionamento da empresa ou organização será suspenso ou a sua licença ou licença de negócio será revogada se o organismo tiver sido punido por cometer uma infracção nos termos da lei. “Há fortes indícios de que dezenas de artigos publicados pelo Apple Daily desde 2019 desempenharam um papel crucial na conspiração que forneceu munições a países e instituições ou organizações estrangeiras para impor sanções à China e à região de Hong Kong”, disse o Superintendente Sénior da polícia de Hong Kong, Steve Li Kwai-wah, aos repórteres após as detenções de quinta-feira. Ex-Chefe do Executivo acusa jornal de conluio O antigo chefe executivo do governo da RAEHK, Leung Chun-ying, publicou várias vezes no seu próprio Facebook, questionando o papel legítimo do Apple Daily como meio de comunicação social quando publicou anteriormente os slogans dos protestos anti-governamentais e quando alguns fundos de caridade relacionados com o jornal subvencionaram os tumultos em 2019. Na sequência das últimas detenções e operações policiais, o Apple Daily publicou uma carta aos seus leitores dizendo que o seu pessoal se manteria fiel ao seu trabalho, o que Leung chamou de “vergonha até ao fim, vergonha de Hong Kong e vergonha dos meios de comunicação globais”. Entre três directores independentes não executivos, Louis Gordon Crovitz é americano e a sua esposa Minky Worden, que trabalha para a Human Rights Watch, tem “apelado constantemente para que a comunidade internacional pressione a China e ataque o país sobre as suas políticas de Xinjiang e Hong Kong, bem como apelando a um boicote aos Jogos Olímpicos de Inverno na China”, disse Leung num post, perguntando “quem mais se pode comparar ao Apple Daily sobre conluio com forças externas? Carrie Lam adverte ‘media’ A chefe do executivo de Hong Kong advertiu esta terça-feira que os meios de comunicação social não devem incitar à revolta contra o Governo, numa referência ao caso do jornal Apple Daily. “Criticar o Governo de Hong Kong não é um problema, mas se existe uma intenção de organizar ações que incitem à subversão do Governo, então é claro que é diferente”, disse Lam. “Os amigos dos meios de comunicação social devem ser capazes de distinguir entre os dois”, acrescentou, na conferência de imprensa semanal. Lam disse que o caso contra o Apple Daily não era um ataque ao “trabalho jornalístico normal”, mas acusou o diário de ter tentado minar a segurança nacional da China em artigos publicados. Questionada sobre o que considera o Governo de Hong Kong “trabalho jornalístico normal”, Carrie Lam respondeu apenas: “Penso que está em melhor posição para responder a essa pergunta”.
Hoje Macau China / ÁsiaPresidente das Filipinas ameaça prender quem recusar vacina contra a covid-19 O Presidente das Filipinas ameaçou prender quem se recusar a tomar a vacina contra a covid-19, numa altura em que o país combate o pior surto da doença desde o início da pandemia. “Se não se quiser vacinar, farei com que o prendam e depois injeto-lhe a vacina nas nádegas”, disse Rodrigo Duterte, conhecido pelas declarações polémicas e insultuosas, durante um discurso transmitido pela televisão, na segunda-feira. “Tu decides: toma a vacina ou ponho-te na prisão”, ameaçou o Presidente, de acordo com a agência de notícias EFE, que cita o portal Rappler. Embora nas Filipinas a vacinação seja voluntária, Duterte disse que vai procurar formas legais, no âmbito da lei de emergência, para forçar a população a inocular-se contra a doença. O aviso do Presidente, que insistiu que vai agir “dentro da legalidade”, surge numa altura em que a campanha de vacinação encontra resistência no arquipélago filipino, que acumulou 1,36 milhões de casos e 23.600 mortes desde o início da pandemia. Muitos filipinos estão relutantes em serem vacinados, após uma polémica em 2016 provocada por uma vacina contra o dengue, que mais tarde se descobriu aumentar o risco de sintomas graves em pacientes que não tinham tido a doença no passado. Até agora, o país, com quase 110 milhões de habitantes, só conseguiu vacinar 2,1 milhões de pessoas. O objetivo das autoridades é vacinar 70 milhões de pessoas antes do final do ano. No ano passado, o chefe de Estado filipino defendeu que as forças de segurança deviam abrir fogo contra quem criasse “desordem” em áreas sob confinamento, o que lhe valeu duras críticas de organizações de defesa dos direitos humanos. No mês passado, Duterte também deu ordens à polícia para deter pessoas a usar máscara de forma inadequada. Milhares de pessoas foram punidas por não cumprirem as regras decretadas para combater a covid-19, desde que as restrições foram reforçadas na capital e nas províncias vizinhas, no final de março, devido a um aumento nos casos do novo coronavírus SARS-CoV-2. O ministro da Justiça e o responsável pela polícia filipinos instaram os agentes policiais a impor multas ou serviços comunitários aos infratores, em alternativa à detenção, na sequência da morte de um homem que, por violar o recolher obrigatório, foi forçado a executar 100 flexões.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Província de Guangdong com dois casos locais A província de Guangdong registou dois casos locais de covid-19 nas últimas 24 horas, anunciou hoje a Comissão de Saúde da China. O país asiático diagnosticou ainda 23 casos positivos entre viajantes oriundos do exterior, na cidade de Xangai (leste) e nas províncias de Fujian (sudeste), Guangdong (sudeste), Sichuan (centro), Zhejiang (leste) e Mongólia Interior (norte). A Comissão de Saúde da China adiantou que o número total de casos activos é de 512, entre os quais 17 em estado grave. Desde o início da pandemia de covid-19, o país registou 91.629 casos da doença e 4.636 mortos. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.868.393 mortos no mundo, resultantes de mais de 178,4 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | José Ramos-Horta critica abstenção de Timor-Leste em voto na ONU O ex-Presidente timorense José Ramos-Horta considerou hoje “totalmente incompreensível” que Timor-Leste se tenha abstido numa resolução da Assembleia Geral da ONU que condena o golpe militar em Myanmar e pede o embargo de armas ao país. “Imagina a vergonha, a tristeza que sinto com isto. É totalmente incompreensível”, disse à Lusa Ramos-Horta, referindo-se à resolução aprovada com 119 votos a favor, a abstenção de 36 países (entre eles Timor-Leste) e um voto contra da Bielorrússia. “Um golpe militar, matança de civis, bombardeamento de helicóptero de populações civis, matanças com ‘snipers’ de jovens, e Timor-Leste abstém-se? A propósito de quê?, questionou. Numa publicação que fez na sua página no Facebook, José Ramos-Horta considera a votação de Timor-Leste “um voto de vergonha”, pedindo desculpa “ao povo de Myanmar” e a “kyal Sin, o jovem de 19 anos morto a 03 de março de 2021 em manifestações pacificas em Mandalay”. À Lusa, José Ramos-Horta sublinha que Timor-Leste ficou “isolado” dos seus principais parceiros, notando que “toda a CPLP e vários países da ASEAN [Associação de Nações do Sudeste Asiático], incluindo Indonésia, Malásia, Singapura” apoiaram a resolução. “Eu procurei saber, junto do primeiro-ministro, e o primeiro-ministro não foi consultado. Soube que o PR não foi consultado. O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros não foi consultado. A decisão foi feita pela ministra, com dois ou três elementos do MNE”, frisou. Até ao momento, e apesar de várias tentativas, não foi possível à Lusa obter um comentário da ministra dos Negócios Estrangeiros timorense, Adaljiza Magno. O também ex-chefe da diplomacia timorense disse que a resolução é um texto “politicamente sensível” e que resultou de amplas negociações com a ASEAN, com a União Europeia e com os Estados Unidos. “Nessas circunstâncias, em qualquer país minimamente organizado, a MNE faria um ‘briefing’ honesto ao primeiro-ministro e ao Presidente da República. Nada disso aconteceu e Timor-Leste ficou isolado na CPLP, na ASEAN e em geral na ONU”, disse. Ramos-Horta disse que a ministra deveria ter procurado consultas com a ASEAN, a CPLP e outros sobre a tendência de voto, acertando a posição de Timor-Leste sobre o texto. “Em tenros de diplomacia internacional, Timor-Leste está numa situação de inatividade. E esta votação na AG isolou Timor-Leste ainda mais”, considerou. “A MNE não tem experiência e tem assessores responsáveis da adesão de Timor-Leste à ASEAN, que aconselharam a ministra neste sentido, mesmo quando vários países da ASEAN votaram a favor. Só revela a miséria do estado atual da nossa diplomacia”, considerou. Aprovada no final da semana passada, a resolução mostra ampla oposição à junta militar e exige a restauração da transição democrática no país. A resolução foi o resultado de longas negociações por um denominado Grupo Central, incluindo a União Europeia e muitas nações ocidentais, e a Associação de Nações do Sudeste Asiático, que inclui Myanmar. Um diplomata da ONU disse que havia um acordo com a ASEAN para um consenso, mas na votação os seus membros dividiram-se, com alguns, incluindo a Indonésia e Vietname, a votar “sim” e outros, incluindo Tailândia e Laos, a optarem pela abstenção. A resolução não obteve o apoio esmagador que os seus apoiantes desejavam, mas a ação da Assembleia Geral da ONU, embora não seja legalmente vinculativa, reflete a condenação internacional do golpe de fevereiro que tirou o partido de Aung San Suu Kyi do poder, colocando-a na prisão, tal como muitos líderes do governo e políticos. Em meados de maio, uma primeira tentativa de fazer aprovar um texto abortou, tendo os países ocidentais preferido ter tempo para negociar com os membros da ASEAN, para obter a maior adesão possível a um texto de resolução. Na altura, o projeto previa “uma suspensão imediata do fornecimento, da venda ou da transferência direta e indireta de todas as armas, munições e outros equipamentos militares a Myanmar”. O novo texto, obtido pela agência noticiosa francesa AFP, é mais vago, exigindo que “seja impedido o afluxo de armas” a Myanmar. Numa carta recente à ONU, o embaixador birmanês junto das Nações Unidas, Kyaw Moe Tun, expulso após o golpe de Estado de fevereiro, mas ainda em funções, exigiu a tomada de “medidas eficazes” contra a junta, unindo a sua voz à de várias organizações não-governamentais em favor da imposição de um embargo às armas para autoridades birmanesas. Entre outros aspetos, o texto, copatrocinado por mais de 50 Estados, solicita ainda o acordo da junta para uma visita ao terreno da enviada da ONU Christine Schraner Burgener e acesso humanitário sem entraves a todo o país. Mais de 860 civis foram mortos em Myanmar desde a tomada do poder pelos militares, em 01 de fevereiro, segundo a ONU e a Associação de Assistência aos Prisioneiros Políticos (AAPP).
Hoje Macau China / ÁsiaRetomado voo entre Portugal e a China após duas semanas de suspensão A ligação aérea entre Portugal e a China foi retomada este fim de semana após ter estado suspensa por duas semanas, por terem sido detectados sete casos de covid-19, em Maio, num voo oriundo de Lisboa. Fonte da companhia aérea Beijing Capital Airlines confirmou à agência Lusa que o voo foi retomado, após ter cumprido o período de suspensão, imposto pela Administração de Aviação Civil da China. O voo entre Lisboa e a cidade de Xi’an, no centro da China, esteve suspenso entre 31 de Maio e 19 de Junho. A operação foi retomada com a frequência de um voo por semana, revelou a mesma fonte. O país asiático, onde a covid-19 surgiu em Dezembro de 2019, foi o primeiro a conter o surto, pelo que passou a temer uma ressurgência devido aos casos oriundos do exterior, sobretudo chineses que tentam regressar ao país. As autoridades chinesas reduziram as ligações aéreas com o exterior, no final de Março do ano passado, à medida que o novo coronavírus se alastrou pelo mundo. A Beijing Capital Airlines retomou, no final de Agosto passado, o voo entre Portugal e a China.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China ultrapassa as 1.000 milhões de doses de vacina administradas O Ministério da Saúde da China garantiu este domingo ter ultrapassado a administração de 1.000 milhões de doses de vacina contra a covid-19, sem adiantar, contudo, qual o número de pessoas já vacinadas com as duas doses. O número de doses injectadas representa mais de um terço do total em todo o mundo, que ultrapassou na sexta-feira os 2.500 milhões de vacinações, segundo uma contagem feita pela agência noticiosa France-Presse (AFP), com base em fontes oficiais. Inicialmente, as autoridades sanitárias chinesas não se apressaram com a vacinação, já que o vírus foi virtualmente erradicado do país por mais de um ano, graças a quarentenas obrigatórias, exames massivos ou aplicativos de controle móvel de viagens. A falta de dados inicialmente disponíveis sobre vacinas chinesas e os escândalos anteriores de doses adulteradas na China também ajudaram a refrear a campanha de vacinação. No entanto, o Governo e as empresas adotaram uma abordagem mais pró-activa, pressionando fortemente os residentes e os funcionários para se vacinarem, enfatizando a solidariedade nacional e o seu dever como cidadãos. Às vezes, as autoridades também oferecem ‘vouchers’ para incentivar a vacinação. O surgimento nas últimas semanas de alguns casos locais na densamente povoada província de Guangdong também serviu como um lembrete diante do risco de uma retoma da epidemia. No total, já foram administradas 1.010 milhões de doses, segundo o Ministério da Saúde chinês, que reportou também hoje que foram detetados nas últimas 24 horas mais 23 novos casos de covid-19, todos importados, que foram imediatamente postos em quarentena, sem contacto com o resto da população. A China espera imunizar pelo menos 70% de sua população até o final do ano, ou cerca de um 1.000 milhões de pessoas. Quatro vacinas, todas chinesas, estão atualmente autorizadas: a do laboratório privado Sinovac, duas da gigante pública Sinopharm e uma da farmacêutica CanSino Biologics. A vacina da empresa alemã BioNTech também poderá receber “luz verde” nos próximos meses, principalmente graças a um acordo com um parceiro local. Nos últimos 13 meses, segundo os dados oficiais chineses, apenas foram contabilizadas duas mortes associadas à covid-19 na China Lojas, restaurantes e bares reabriram na primavera de 2020 e a opinião pública está geralmente muito satisfeita com a gestão da crise pelo governo. A mesma entidade adiantou que o número total atual de casos ativos é de 510, entre os quais 18 em estado grave. Desde o início da pandemia de covid-19, o país registou 91.587 casos da doença e 4.636 mortos.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Filipinas adquirem 40 milhões de vacinas da Pfizer O Governo das Filipinas assinou um acordo para adquirir 40 milhões de doses da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Pfizer e BioNTech, a sua maior compra de vacinas até domingo, informaram fontes oficiais. O responsável pela gestão das vacinas no país, Carlito Gálvez, assegurou em comunicado que as doses vão começar a chegar em agosto e explicou que a aquisição só foi possível graças à quebra na procura “por muitos países grandes e ricos”. “A maioria (desses países) já adquiriu vacinas mais do que suficientes para sua população e já vacinou muitos dos seus cidadãos. Isso permitiu que o fabricante se comprometesse connosco para a entrega”, acrescentou Gálvez. Com o acordo, as Filipinas garantem o fornecimento de 113 milhões de doses de vacinas, entre as quais 26 milhões da chinesa Sinovac, 20 milhões da americana Moderna, 17 milhões da anglo-sueca AstraZeneca e 10 milhões da russa Sputnik. As Filipinas esperam obter também 44 milhões de doses através do Covax, o mecanismo acionado pela Organização Mundial de Saúde para os países com menores recursos. As Filipinas iniciaram na semana passada um programa para vacinar 33 milhões de pessoas que trabalham foram de casa e continuam a vacinar trabalhadores de setores prioritários, como a saúde, e idosos, com o objetivo de alcançar a imunidade de grupo este ano. As Filipinas foram um dos países mais afetados pela pandemia no sudeste asiático, com mais de 1,3 milhões de casos confirmados e 23.621 mortes por covid-19 até agora. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.853.859 mortos no mundo, resultantes de mais de 177,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Hoje Macau China / ÁsiaAeroporto em Shenzhen cancela voos após caso positivo de covid-19 O aeroporto de Shenzhen cancelou centenas de voos e aumentou, hoje, o controlo, depois de um funcionário de um restaurante ter testado positivo para a variante delta do coronavírus. Em comunicado publicado na conta oficial na rede social WeChat, o aeroporto informou que, para entrarem no espaço, as pessoas devem apresentar um teste negativo, realizado nas últimas 48 horas. De acordo com a informação, as restrições entraram em vigor às 13:00 e as passagens serão totalmente reembolsadas. Segundo as autoridades locais de saúde, o caso foi detectado na quinta-feira, numa pessoa de 21 anos, no âmbito da testagem de rotina a trabalhadores do aeroporto. De acordo com o ‘site’ VariFlight, foram cancelados quase 400 voos na sexta-feira, assim como dezenas de voos programados para hoje. Shenzhen acolhe grandes empresas asiáticas de tecnologia como a Huawei e a Tencent. A China registou 30 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, seis deles por contágio local na província chinesa de Guangdong, que faz fronteira com Macau e Hong Kong, anunciou hoje a Comissão de Saúde da China. A mesma entidade adiantou que o número total de casos activos é de 503, entre os quais 21 em estado grave. Desde o início da pandemia de covid-19, o país registou 91.564 casos da doença e 4.636 mortos.
Hoje Macau China / ÁsiaEspaço | Nave chinesa com três astronautas acopla na nova estação espacial O Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, enviou, ontem, ao Governo Popular Central, uma mensagem de felicitações a congratular o sucesso do lançamento da nave espacial tripulada Shenzhou-12. «Foi com enorme alegria que tomámos conhecimento do lançamento bem-sucedido da nave espacial Shenzhou-12. Eu, em nome do Governo da Região Administrativa Especial de Macau, endereço os maiores votos de felicitações, pela indústria espacial da nossa pátria que regista novo auge, no âmbito da engenharia espacial tripulada, concretizando a primeira missão de voo espacial tripulado durante a construção da estação espacial, que abre uma nova era da estação espacial da China, bem como aos três astronautas e a todos os investigadores científicos”, pode ler-se na mensagem enviada por Ho Iat Seng. A nave espacial chinesa que partiu ao início do dia de ontem com uma tripulação de três pessoas já acoplou na nova estação espacial da China, para uma missão de três meses, noticia a imprensa estatal chinesa. A nave Shenzhou-12 acoplou no módulo residencial da estação espacial Tianhe cerca de seis horas após ter descolado. A tripulação chinesa vai realizar experiências científicas, trabalhos de manutenção, caminhadas espaciais e preparar a instalação de dois módulos adicionais. “Perante isso, os compatriotas de Macau, como o povo do país inteiro, sentem-se bastante encorajados e entusiasmados por esta experiência espacial e o seu resultado! O Governo da Região Administrativa Especial de Macau e toda a população continuarão a apoiar com todo o empenho o desenvolvimento da indústria nacional do voo espacial tripulado, contribuindo devidamente para a prosperidade e fortalecimento da pátria e para a construção de um país forte no âmbito aeroespacial. Uma vez mais, desejamos que a tecnologia aeroespacial do nosso país e os nossos astronautas obtenham resultados mais frutíferos», acrescenta Ho Iat Seng na mensagem do Governo da RAEM. A crescer Embora a China admita que chegou tarde à corrida das estações espaciais, o país assegura que as suas instalações são de ponta e podem durar mais que a Estação Espacial Internacional, que está a chegar ao fim do seu período útil. O lançamento de ontem também relança o programa espacial tripulado da China após um hiato de cinco anos. Com a tripulação de ontem, a China aumenta para 14 o número de astronautas que lançou para o espaço, desde que alcançou o feito pela primeira vez, em 2003, tornando-se o terceiro país a fazê-lo, depois da antiga União Soviética e dos Estados Unidos. À medida que a economia chinesa começou a ganhar força, no início dos anos 1990, a China formulou um plano para a exploração espacial, que executou numa cadência constante e cautelosa. Na quarta-feira, o director-assistente da Agência Espacial Tripulada da China, Ji Qiming, disse aos jornalistas, no centro de lançamento de Jiuquan, que a construção e operação da estação espacial elevarão as tecnologias da China e “acumularão experiências úteis para todas as pessoas”. O programa espacial é parte de um esforço geral para colocar a China no caminho para missões ainda mais ambiciosas e fornecer oportunidades de cooperação com a Rússia e outros países, principalmente europeus, juntamente com o Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Sideral. O programa espacial da China tem sido grande fonte de orgulho nacional, ilustrando a ascensão desde a pobreza até se tornar segunda maior economia do mundo, nas últimas quatro décadas.
Hoje Macau China / ÁsiaEstaleiro de Dalian constrói maior plataforma petrolífera do mundo O estaleiro chinês Dalian Shipbuilding Industry Corporation (DSIC) anunciou o assentamento da quilha da maior plataforma de exploração de petróleo ‘offshore’ do mundo, encomendada pela petrolífera estatal brasileira Petrobras. Após o assentamento, marcado por uma cerimónia realizada na terça-feira num estaleiro em Dalian, no norte da China, a plataforma FPSO-8 será transferida para as docas, onde irão decorrer os restantes trabalhos, avançou num comunicado a subsidiária da construtora estatal China State Shipbuilding. A plataforma, também conhecida por Bacalhau, será instalada em Búzios, no litoral da Bacia de Santos, litoral dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, onde estão as maiores reservas já descobertas a grande profundidade, abaixo da camada de sal do subsolo marinho. A Petrobras tinha entregado o contrato de construção da plataforma a um consórcio formado pela petrolífera estatal norueguesa Equinor e à construtora japonesa Mitsui Ocean Development & Engineering. A Equinor disse em Outubro de 2020 que a plataforma deverá começar a produzir em 2024. Esta será a maior plataforma de exploração de petróleo ‘offshore’ já construída no mundo, com um comprimento de quase 340 metros, permitindo a extração em simultâneo de crude e de gás natural, avançou o DSIC. Búzios a bombar A Petrobras anunciou na sexta-feira a assinatura de um contrato no valor de 2,3 mil milhões de dólares para a aquisição de uma outra plataforma de exploração de petróleo ‘offshore’. A plataforma P-79, com capacidade de extração de 180 mil barris de óleo e 7,2 milhões de metros cúbicos de gás por dia, deverá ser entregue em 2025 e será a oitava a ser instalada em Búzios. O campo de Búzios conta actualmente com quatro plataformas, que respondem por quase 20 por cento dos quase 2,2 milhões de barris de petróleo que a Petrobras produz por dia. O plano estratégico da Petrobras prevê a instalação de 12 plataformas nesta área até 2030, quando a sua produção pode chegar a 2 milhões de barris por dia.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Província de Guangdong detecta quatro casos locais A província chinesa de Guangdong, que faz fronteira com Macau e Hong Kong, detectou quatro casos locais de covid-19, nas últimas 24 horas, anunciou hoje a Comissão de Saúde da China. O país asiático registou ainda 15 casos positivos, entre viajantes oriundos do exterior, nas cidades de Xangai (leste) e Pequim (norte) e nas províncias de Guangdong (sudeste), Fujian (sudeste), Yunnan (sudoeste), Jiangsu (leste), Hubei (centro) e Sichuan (centro). A Comissão de Saúde da China adiantou que o número total de casos activos é de 491, entre os quais 16 em estado grave. Desde o início da pandemia de covid-19, o país registou 91.511 casos da doença e 4.636 mortos. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.824.885 mortos no mundo, resultantes de mais de 176,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Hoje Macau China / ÁsiaChina admite que protecções de material nuclear rebentaram em central perto de Macau A China admitiu hoje que cinco barras combustíveis rebentaram na central nuclear de Taishan, próximo de Macau e de Hong Kong, mas negou qualquer fuga de radioatividade, depois de o incidente ter gerado preocupação. O nível de radiação aumentou dentro do reator nº 1 da central nuclear de Taishan, na província de Guangdong, sudeste da China, mas foi contido por barreiras que funcionaram conforme o planeado, explicou o ministério da Ecologia e do Ambiente da China, em comunicado. As autoridades de Macau e Hong Kong disseram na terça-feira que os níveis de radiação registados nas regiões eram normais. Hong Kong pediu detalhes às autoridades de Guangdong, depois de o coproprietário francês da central nuclear ter relatado, na segunda-feira, um aumento de “gases nobres” no reator. Especialistas disseram que as barras de combustível (as primeiras barreiras para impedir saída de material radioativo para o ambiente) rebentaram e deixaram escapar gás radioativo produzido durante a fissão nuclear. Gases nobres como xenónio e criptónio são subprodutos da fissão, tal como as partículas de césio, estrôncio e outros elementos radioativos. “Não há problema de derrame radioativo para o ambiente”, afirmou o ministério no comunicado, acrescentando que a radiação no reator aumentou, mas manteve-se dentro dos “níveis permitidos”. O envelope protetor de cerca de cinco das 60.000 barras de combustível do reator está danificado, disse o ministério. A mesma fonte avançou que os reguladores vão fiscalizar as medidas para controlar os níveis de radiação dentro do reator, mas não avançou detalhes. A central de Taishan, que começou a operar comercialmente em dezembro de 2018, é propriedade do China Guangdong Nuclear Power Group e da Electricite de France. O reator número 1 foi o primeiro EPR (Reator Pressurizado Europeu, na sigla em inglês) a entrar em serviço no mundo, enquanto o segundo está ativo desde setembro de 2019. Mais dois estão a ser construídos na Finlândia e em França. O ministério chinês negou uma notícia da estação televisiva norte-americana CNN que referia que os reguladores aumentaram o nível de radiação permitido fora da central nuclear para evitar que fosse desligada. O ministério disse que os reguladores analisaram um relatório sobre os níveis mais elevados de radiação no reator. A China é um dos maiores utilizadores de energia nuclear do mundo e está a construir mais reatores, numa altura em que poucos países planeiam ter novas instalações, já que o custo da energia solar, eólica e outras alternativas está a descer. A China tem 50 reatores operacionais e está a construir mais 18, de acordo com a Associação Nuclear Mundial.
Hoje Macau China / ÁsiaLíder da Coreia do Norte reconhece que país enfrenta “situação de tensão alimentar” O líder norte-coreano, Kim Jong-un, reconheceu que o país está a enfrentar uma “situação de tensão alimentar”, informaram hoje os meios de comunicação oficiais. O país, cuja economia é alvo de múltiplas sanções internacionais impostas em resposta aos programas nucleares e de mísseis, há muito que é atingido por graves carências alimentares. No ano passado, a pandemia da covid-19, bem como tufões e inundações, afetaram significativamente a economia. Numa reunião plenária do Comité Central do Partido dos Trabalhadores, no poder, o governante afirmou que a situação económica tinha melhorado, com a produção industrial a subir 2% em relação ao ano anterior, informou a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA. O líder reconheceu, contudo, que tinha encontrado uma “série de dificuldades” devido a “muitos desafios” pela frente. “A situação alimentar está agora tensa, uma vez que o setor agrícola não conseguiu cumprir o objetivo de produção de cereais devido aos danos causados pelos tufões no ano passado”, disse Kim. No verão de 2020, milhares de casas e terras agrícolas foram destruídas por tufões acompanhados por inundações. Kim pediu medidas para minimizar o impacto destas catástrofes naturais, dizendo que assegurar “boas colheitas” era uma “prioridade máxima”. Na reunião, foi discutida a “situação duradoura” da pandemia, de acordo com a KCNA. A Coreia do Norte foi um dos primeiros países a impor restrições sanitárias rigorosas, incluindo a decisão de fechar as fronteiras com a vizinha China, para impedir a propagação do novo coronavírus. O regime tem defendido que não foi atingido pela pandemia, algo que muitos especialistas duvidam. O comércio com Pequim, o principal apoiante económico e diplomático do regime, foi significativamente reduzido. O isolamento teve um custo económico elevado, ao ponto de Kim ter reconhecido em abril as dificuldades enfrentadas pelo país e apelado aos responsáveis norte-coreanos para “liderarem com uma nova e ainda mais dura ‘Marcha Forçada’ para ajudar o povo face às dificuldades”. A “Marcha Forçada” é o termo utilizado na Coreia do Norte para a fome dos anos 90 que resultou em centenas de milhares de mortos, na sequência da redução da ajuda de Moscovo após o colapso da União Soviética. É “muito provável” que a pandemia tenha “agravado” a situação humanitária no país, onde 10,6 milhões de pessoas precisam de ajuda, de acordo uma estimativa do Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU.
Hoje Macau China / ÁsiaChina envia esta semana primeiros astronautas para a sua nova estação espacial A China planeia enviar na quinta-feira os três primeiros membros de uma tripulação para a nova estação espacial construída pelo país, revelou hoje a agência espacial chinesa. Dois dos astronautas participaram em missões anteriores, enquanto o terceiro vai para o espaço pela primeira vez, revelou aos jornalistas o diretor assistente da Agência Espacial Tripulada da China, Ji Qiming, no Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, no noroeste da China. A secção principal da estação Tianhe, ou Harmonia Celestial, foi lançada em órbita em 29 de abril. Os três homens que vão partir para a estação espacial na quinta-feira planeiam permanecer por um período de três meses, para realizarem caminhadas no espaço, trabalho de manutenção e experiências científicas. Os astronautas vão viajar na nave Shenzhou-12, lançada pelo foguete Longa Marcha-2F Y12. Trata-se da terceira de 11 missões planeadas até ao final do próximo ano pela China, para construir e manter a estação espacial e enviar tripulantes e suprimentos. Os outros dois módulos da estação devem ser lançados no próximo ano. Trata-se da primeira missão chinesa tripulada em cinco anos. A China enviou 11 astronautas para o espaço desde que se tornou o terceiro país a fazê-lo, em 2003. Todos eles eram pilotos do Exército de Libertação Popular, o braço militar do Partido Comunista Chinês. Embora a primeira tripulação do Tianhe seja toda masculina, as mulheres vão integrar futuras tripulações, disseram as autoridades. O Tianhe baseia-se na experiência adquirida pela China ao operar duas estações espaciais experimentais no início do seu programa espacial. Astronautas chineses passaram 33 dias na segunda das estações anteriores, realizaram uma caminhada no espaço e deram aulas de ciência que foram transmitidas para estudantes de todo o país. A China pousou uma sonda, a Tianwen-1, em Marte, no mês passado, que transportava um ‘rover’, um veículo de exploração espacial. Nos últimos anos, a China também trouxe de volta amostras lunares, as primeiras do programa espacial de qualquer país desde os anos 1970, e pousou uma sonda e um ‘rover’ no lado oculto da lua. Pequim não participa da Estação Espacial Internacional, em grande parte devido às preocupações dos EUA com a opacidade do programa chinês e às suas relações com as Forças Armadas. Espera-se que missões científicas estrangeiras e possivelmente astronautas estrangeiros visitem a estação chinesa no futuro. Depois de concluído, o Tianhe vai permitir estadias de até seis meses, semelhante à muito maior Estação Espacial Internacional. A estação chinesa deverá ter uma durabilidade de 15 anos, enquanto a Estação Espacial Internacional está a chegar ao fim do seu período útil.
Hoje Macau China / ÁsiaJunta militar do Myanmar critica posição de países do G7 contra golpe de Estado A junta militar de Myanmar (antiga Birmânia) criticou a posição dos países do G7 contra o golpe militar, qualificando-a de “parcial” e assegurou que “se baseia em informações fabricadas”, noticiou hoje a imprensa oficial. Os líderes políticos do G7, reunidos em Londres, no domingo, “condenaram veementemente” a tomada do poder pelo exército birmanês e a subsequente violência das forças de segurança contra a população civil, e apelaram para a “libertação imediata” de todos os detidos, incluindo a líder deposta, Aung San Suu Kyi. O Ministério dos Negócios Estrangeiros birmanês, por seu lado, afirmou que “os desenvolvimentos políticos internos (…) baseiam-se em “informação fabricada e tendenciosa de fontes não verificadas”, noticiou o diário pró-governamental The Global New Light of Myanmar. A junta militar afirmou que “é errado” falar de um golpe de Estado militar quando o exército “assumiu responsabilidades estatais” através de um mecanismo que consta da Constituição de 2008. “O Exército e quem aplica a lei desempenham as funções estritamente dentro do quadro legislativo e regulamentos existentes. Em ocasiões em que o uso da força é necessário, as forças de segurança exercem uma utilização de máxima contenção para garantir a segurança pública”, observaram. Mais de quatro meses após a revolta que pôs fim à jovem democracia em Myanmar, o exército não conseguiu tomar o controlo de todo o país, apesar da repressão contra a oposição ao domínio militar. As forças de segurança dispararam a matar sobre manifestantes pacíficos que exigiam a restauração da democracia e a libertação dos líderes eleitos. Pelo menos 864 pessoas foram mortas na violência desencadeada pelas forças de segurança, de acordo com os dados da Associação para a Assistência aos Presos Políticos. Alguns dos manifestantes decidiram pegar em armas contra o exército, cansados do pouco progresso dos protestos pacíficos. O exército birmanês justificou o golpe com uma alegada fraude eleitoral nas eleições de novembro, que o partido liderado por Suu Kyi venceu, tal como em 2015. Observadores internacionais consideraram o escrutínio legítimo.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China soma 21 novos casos, todos oriundos do exterior A Comissão de Saúde da China anunciou hoje que foram diagnosticados 21 casos do novo coronavírus, nas últimas 24 horas, todos oriundos do exterior. As autoridades não relataram nenhum novo caso local na província de Guangdong, que registou um surto que resultou em mais de uma centena de infeções desde 21 de maio. Os 21 casos foram detetados em viajantes oriundos do exterior na cidade de Xangai (leste) e nas províncias de Sichuan (centro), Jiangsu (leste) e Guangdong (sudeste). As autoridades de saúde também informaram hoje sobre a deteção de 36 novas infeções assintomáticas, todas importadas, embora Pequim não as inclua como casos confirmados, a menos que manifestem sintomas. A Comissão Nacional de Saúde detalhou que, até à última meia-noite local, 17 pacientes tiveram alta, após superarem com sucesso a doença. O número total de infetados ativos na China continental fixou-se assim em 487, entre os quais 14 encontram-se em estado grave. Desde o início da pandemia, 91.492 pessoas ficaram infetadas na China, tendo morrido 4.636 doentes. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.813.994 mortos no mundo, resultantes de mais de 176,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Hoje Macau China / ÁsiaMorreu investidor que ficou conhecido como “Primeiro Accionista da China” Um antigo operário fabril que ficou conhecido como o “Primeiro Accionista da China”, depois de acumular uma fortuna a negociar nos incipientes mercados financeiros do país a partir da década de 1980, morreu no domingo, segundo a imprensa local. Yang Huaiding morreu com 71 anos, segundo o jornal estatal Securities Times e outras publicações da área financeira, que citaram uma declaração da sua família. Yang pediu demissão do armazém de uma fábrica em Xangai, a “capital” económica do país, em 1988, e usou as suas poupanças de 20.000 yuan para comprar e vender obrigações emitidas pelo Estado chinês, depois de o Partido Comunista ter permitido a transferência de propriedade, como parte das reformas económicas orientadas para o mercado. Yang tornou-se conhecido publicamente depois de pedir à polícia que o protegesse enquanto carregava caixas de dinheiro e títulos entre províncias. Foi então apelidado de “Yang Milhão”, depois de ganhar um milhão de yuans (165.000 euros, na época), no espaço de um ano. No início da década de 1990, Yang aumentou a sua fortuna ao negociar nas recém-abertas bolsas chinesas. A imprensa escreveu que o último grande feito de Yang foi em 2008, quando previu correctamente a queda dos preços das acções, que gerou a crise financeira global. Yang tornou-se a primeira pessoa na China a contratar um guarda-costas e um advogado particular e a processar uma companhia de valores mobiliários, de acordo com o Securities Times. O mesmo jornal escreveu que Yang foi o primeiro particular a actuar como consultor de bancos e autoridades fiscais. “Como uma das testemunhas da ‘era do despertar’ do mercado de valores mobiliários da China, a sua morte é lamentável”, descreveu o jornal.
Hoje Macau China / ÁsiaTermina primeira sessão do julgamento de Aung San Suu Kyi A primeira sessão do julgamento da líder birmanesa Aung San Suu Kyi chegou ao fim no Tribunal de Naypidaw, a capital administrativa do país, noticiou a estação Channel News Asia. Se for considerada culpada, a líder da Liga Nacional para a Democracia, detida desde o golpe de Estado de 01 de fevereiro, enfrenta uma pena de 10 a 15 anos de prisão e proibição de se candidatar nas eleições que a Junta Militar prometeu organizar, ainda sem data marcada. Aung San Suu Kyi, 75 anos, além do processo sobre divulgação e venda de documentos secretos, enfrenta um outro processo por violação das normas contra a propagação do novo coronavírus, importação de aparelhos de comunicações (rádios telefone) e violação da lei das Telecomunicações. A sessão do julgamento está encerrada, mas fontes judiciais ligadas à líder deposta disseram à Associated Press que os procuradores ainda não acabaram de expor o caso que começou hoje a ser julgado. A organização não-governamental Human Rights Watch considera “pouco provável” que o julgamento Aung San Suu Kyi seja justo e pede a libertação imediata da líder birmanesa deposta. Phil Robertson, subdiretor da Human Rights Watch (HRW) para a Ásia criticou através de um comunicado que as restrições impostas fazem com que Aung San Suu Kyi seja impedida de aceder aos advogados num tribunal controlado pela Junta Militar. “É pouco provável que tenha um julgamento justo”, disse Robertson. “As acusações contra Aung San Suu Kyi são falsas e têm motivação política com vista a anular os resultados eleitorais alcançados em novembro de 2020 impedindo-a de se apresentar outra vez. Todas as acusações deveriam ser retiradas”, afirmou acrescentando que a dirigente política deve ser libertada “imediatamente e incondicionalmente”. Além de Aung San Suu Kyi, 75 anos, vão também ser julgados o ex-presidente da Birmânia, Win Myin, e o ex-governador da capital, Myo Aung.
Hoje Macau China / ÁsiaSobe para 25 o número de mortos em explosão de conduta de gás na China O número de mortos na sequência de explosão de uma conduta de gás num bairro residencial na província de Hubei, no centro da China, subiu para 25, continuando a decorrer os trabalhos de resgate. Segundo o canal oficial daquela região, o número de vítimas mortais subiu para 25, mais do dobro do número divulgado anteriormente. Vários prédios ficaram danificados e cerca de 100 pessoas feridas após a explosão que destruiu um prédio de dois andares e um mercado movimentado na cidade de Shiyan, província de Hubei. A explosão atingiu comerciantes e moradores e para o local foram destacados dois mil elementos das equipas de resgate, que evacuaram cerca de 900 pessoas de edifícios vizinhos que começaram a desabar, explicou a autarquia. O prédio onde ocorreu a explosão era uma antiga fábrica de chassis de automóveis e diversos sobreviventes relataram que houve uma suspeita de fuga de gás quando a empresa mudou de instalações no ano passado. “Em março, funcionários da empresa de fornecimento de gás vieram e perguntaram-me se sentia cheiro de gás”, destacou um dos sobreviventes a um órgão de comunicação local. Na China, estes acidentes são relativamente comuns e são geralmente atribuídos à fraca adesão às normas de segurança e manutenção deficiente. Este incidente aconteceu um dia depois da morte de oito pessoas, após um produto tóxico ter sido derramado numa fábrica de produtos químicos em Guiyang, no sudoeste da China. Entre os piores acidentes, registou-se uma explosão em 2015 num armazém químico na cidade portuária de Tianjin que matou 173 pessoas, a maioria das quais bombeiros e agentes da polícia. A explosão foi atribuída à construção ilegal e ao armazenamento de materiais inflamáveis.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Director do Gabinete de Ligação explica avanço de “um país, dois sistemas” Luo Huining, director do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central em Hong Kong (RAEHK), enfatizou neste sábado a liderança do Partido Comunista da China (PCC) no avanço da causa de “um país, dois sistemas”. “O PCC introduziu, avançou e defendeu a causa de ‘um país, dois sistemas'”, disse Luo num discurso no fórum “PCC e ‘um país, dois sistemas'”, realizado na RAEHK para marcar o 100º aniversário da fundação do Partido. “Progresso constante foi feito na prática de ‘um país, dois sistemas’ em Hong Kong sob a liderança do PCC desde o retorno de Hong Kong à pátria”, prosseguiu Luo. “A base constitucional de ‘um país, dois sistemas’ foi ainda mais consolidada quando as autoridades centrais fizeram cinco interpretações da Lei Básica da RAEHK, promulgaram a lei de segurança nacional na RAEHK e melhoraram o sistema eleitoral de Hong Kong”, disse Luo. Segundo Luo, graças ao apoio da parte continental, a economia de Hong Kong resistiu a duas crises financeiras e a dois grandes surtos de epidemia. “Hong Kong foi incentivado a aproveitar ao máximo suas vantagens, aprimorar os intercâmbios e a cooperação com a parte continental. Aqueles que ainda falam mal de Hong Kong e alegam a ‘morte dos dois sistemas’ serão provados categoricamente errados pela história”, afirmou. “Equívocos e distorções também surgiram no processo como resultado da propaganda das forças anti-China”, disse Luo, observando que as acções decisivas das autoridades centrais consertaram as coisas e ajudaram Hong Kong a voltar do caos à ordem. “Um país” é a pré-condição e a base de “dois sistemas”, concluiu. Os fatos continuarão a provar que defender a liderança do PCC é na verdade defender “um país, dois sistemas” e a ordem constitucional da RAEHK conforme estipulado pela Constituição nacional e a Lei Básica da RAEHK, e salvaguardar o futuro brilhante de Hong Kong e o bem-estar fundamental do povo de Hong Kong, disse Luo. Mais de 650 pessoas de vários sectores em Hong Kong participaram no evento, incluindo Tung Chee-hwa e Leung Chun-ying, vice-presidentes do Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, bem como a Chefe do Executivo da RAEHK, Carrie Lam.
Hoje Macau China / ÁsiaChina regista mais 23 casos de covid-19, quatro de contágio local em Guangdong A China registou 23 infectados com o novo coronavírus nas últimas 24 horas, quatro deles de contágio local na província de Guangdong, anunciaram hoje as autoridades. Guangdong detetou mais de 100 infeções locais desde 21 de Maio passado, situação que levou as autoridades locais a isolar bairros inteiros e restringir a circulação de pessoas para fora da província. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.797.342 mortos no mundo, resultantes de mais de 175,5 milhões de casos de infecção, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Hoje Macau China / ÁsiaChina aprova lei para retaliar sanções estrangeiras O órgão máximo legislativo da China aprovou hoje uma lei que visa conter sanções estrangeiras, para “salvaguardar a soberania, a dignidade e os interesses fundamentais” do país, informou a imprensa oficial. A legislação foi aprovada na sessão de encerramento do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional (APN), mas os detalhes não foram ainda divulgados. A lei prevê fornecer ao país uma base legal para retaliar sanções como as recentemente impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia, devido a abusos dos Direitos Humanos de minorias étnicas de origem muçulmana em Xinjiang. “Alguns países ocidentais, devido à manipulação e preconceito político, usaram recentemente vários pretextos, incluindo questões relacionadas com Xinjiang e Hong Kong, para caluniar e suprimir a China, especialmente através das chamadas ‘sanções’ contra órgãos, organizações e funcionários do Estado”, apontou numa declaração a Comissão de Assuntos Jurídicos do Comité Permanente da APN. A nota indicou que “como essas sanções violam o direito internacional e interferem nos assuntos internos” do país, a China “considera necessário formular uma lei especial para se opor às sanções estrangeiras”. Este instrumento legal fornecerá “forte apoio jurídico e uma garantia para as contramedidas legais da China contra medidas discriminatórias estrangeiras”, acrescentou o comunicado. De acordo com a instrução do plenário da APN, realizado em março passado, a intenção é “atualizar os seus instrumentos jurídicos para fazer face aos desafios e proteger-se dos riscos”, com o objetivo de se “opor às sanções internacionais, à ingerência e à jurisdição de longo alcance”. Na preparação do texto, o corpo legislativo levou em consideração as recomendações de diversos sectores e analisou legislações internacionais e de outros países, segundo a imprensa local. Algumas empresas estrangeiras no país expressaram preocupação com o impacto potencial desta lei nos seus negócios na China. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Wang Wenbin disse que a aprovação do novo texto legal mostra a “determinação da China em proteger a sua soberania e interesses fundamentais” e “não afectará as suas relações com outros países”. Em 22 de março, a União Europeia impôs sanções contra as autoridades chinesas por supostas violações dos Direitos Humanos na região de Xinjiang. Foram as primeiras sanções impostas por Bruxelas ao país asiático em mais de 30 anos.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Província de Guangdong detecta seis casos locais A província chinesa de Guangdong, que faz fronteira com Macau e Hong Kong, detectou seis casos locais de covid-19 nas últimas 24 horas, anunciou hoje a Comissão de Saúde da China. Guangdong detetou mais de cem infeções locais desde 21 de maio passado, situação que levou as autoridades locais a isolar bairros inteiros e restringir a circulação de pessoas para fora da província. A China registou ainda quinze casos positivos, entre viajantes oriundos do exterior, na cidade de Xangai (leste) e nas províncias de Guangdong (sudeste), Shaanxi (centro), Zhejiang (leste), Sichuan (centro) e Yunnan (sul). A Comissão de Saúde da China adiantou que o número total de casos ativos é de 416, entre os quais doze em estado grave. Desde o início da pandemia de covid-19, o país registou 91.337 casos da doença e 4.636 mortos.