Hoje Macau China / ÁsiaChuvas torrenciais | Duas barragens colapsam no norte do país Duas barragens colapsaram, no domingo, devido às fortes chuvas na região da Mongólia Interior, norte da China, sem causar mortes mas destruindo infra-estruturas e afectando milhares de pessoas, anunciou ontem o Ministério de Gestão de Emergências da China. Pelo menos 16 mil pessoas foram atingidas pelas enchentes, que danificaram ainda pontes e estradas e 216 quilómetros quadrados de terras agrícolas, segundo o comunicado oficial das autoridades locais, difundido através da rede social Wechat. As autoridades activaram o estado de emergência após “chuvas torrenciais”, que começaram no sábado, de acordo com o ministério. Seguindo os protocolos estabelecidos, os habitantes de lugares que poderiam ser afectadas pelo rompimento das barragens de Yongan e Xinfa, localizadas na cidade de Hulunbuir, foram retirados das suas casas. Os reservatórios tinham capacidade combinada de 46 milhões de metros cúbicos, de acordo com o jornal oficial do Partido Comunista, Diário do Povo. De acordo com o Ministério, as tarefas de resgate e inspecção continuam nas áreas a jusante para evitar mais acidentes e perdas económicas.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | China propõe solução em quatro pontos para questão Síria Os esforços diplomáticos da China, com vista a tentar encontrar uma solução que traga de volta a harmonia a Damasco, foram protagonizados pelo ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, em conversa com o seu homólogo sírio na capital do país, no passado sábado O conselheiro de Estado e ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, disse sábado que a China apresentou uma proposta em quatro pontos para resolver a questão síria. O alto diplomata chinês detalhou a proposta no encontro com seu homólogo sírio, Faisal Mekdad, em Damasco, capital da Síria. Wang observou que a chave para resolver de forma abrangente a questão síria é a implementação do princípio “liderado pela Síria, pertencente à Síria”, estabelecido pelo Conselho de Segurança da ONU. O governante acrescentou que todas as partes relevantes devem fazer esforços concertados para avançar efectivamente na solução abrangente da questão síria. A este respeito, disse o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, a China apresentou uma proposta em quatro pontos. Em primeiro lugar, a soberania nacional e a integridade territorial da Síria devem ser respeitadas. A China exige o respeito pela escolha do povo sírio, o abandono da ilusão de uma mudança de regime e deixar que o povo sírio determine independentemente o futuro e o destino de seu país. A China apoia firmemente a Síria na exploração independente de um caminho de desenvolvimento e salvaguarda da unidade e dignidade nacional, disse Wang. Em segundo lugar, o bem-estar do povo sírio deve ser prioritário e o processo de reconstrução deve ser acelerado. A China acredita que a forma fundamental de resolver a crise humanitária na Síria está na suspensão imediata de todas as sanções unilaterais e do bloqueio económico contra a Síria. A ajuda internacional à Síria deve ser prestada com base no respeito à soberania nacional síria e em consultas com o governo sírio, a assistência humanitária transfronteiriça deve ser ampliada, a transparência das operações de resgate entre fronteiras deve ser aumentada e a soberania e a integridade territorial da Síria devem ser protegidas, apontou Wang. Em terceiro lugar, deve ser mantida uma posição firme no combate eficaz ao terrorismo. A China defende que todas as organizações terroristas listadas pelo Conselho de Segurança da ONU devem ser reprimidas e a duplicidade de padrões deve ser rejeitada. O papel de liderança do governo sírio no combate ao terrorismo no seu território deve ser respeitado, os esquemas de provocar divisões étnicas sob o pretexto de combater o terrorismo devem ser combatidos, e o sacrifício e a contribuição da Síria para a luta antiterrorista deve ser reconhecido, afirmou Wang. A China apoiará a posição antiterrorista da Síria e unir-se-á ao país para reforçar a cooperação global antiterrorista, disse. Por último Em quarto lugar, deve ser promovida uma solução política inclusiva e conciliatória para a questão síria. A China conclama o avanço da solução política da questão síria liderada pelos sírios, superando as diferenças entre todas as facções através do diálogo e consultas, e estabelecendo uma base política sólida para a estabilidade, desenvolvimento e revitalização da Síria a longo prazo. A comunidade internacional deve fornecer assistência construtiva à Síria neste sentido e apoiar as Nações Unidas no desempenho de seu papel como o principal canal de mediação, disse Wang. Por sua vez, Mekdad disse que a Síria concorda com a proposta em quatro pontos da China e está disposta a fortalecer ainda mais sua coordenação com a China sobre a questão síria. A China como um importante membro da comunidade internacional sempre esteve do lado da justiça, disse o diplomata sírio, que também expressou a esperança de que a China tenha um papel de maior peso na solução da questão síria e de outros assuntos internacionais.
Hoje Macau China / ÁsiaPelo menos 34 mortos após o deslizamento de terras na Índia ocidental Inundações em Mumbai provocaram este domingo pelo menos 34 mortos e um número desconhecido de desaparecidos na capital do estado indiano de Maharashtra, na sequência de deslizamentos de terras, segundo os dados mais recentes das autoridades indianas. Vinte e um corpos foram resgatados na zona de Chembur, no subúrbio oriental de Mumbai, e dez em Vikhroli, no norte da cidade, de acordo com a agência APF que cita o diretor da Força Nacional de Gestão de Desastres (NDRF). A cidade de Mumbai tem sido atingida por fortes chuvas, desde sábado, e o abastecimento de água potável foi afetado, assim como os serviços de transporte público. As autoridades locais ainda não conseguiram estimar quando é que o abastecimento de água potável será retomado e aconselharam os habitantes a ferver a água antes de a consumirem. As últimas previsões meteorológicas apontam para chuvas moderadas ou fortes para os próximos dois dias. No mês passado, 12 pessoas morreram na sequência do colapso de um edifício num bairro pobre de Mumbai e em setembro do ano passado 39 morreram após o colapso de um edifício de três andares em Bhiwandi.
Hoje Macau China / ÁsiaVinho português tem “oportunidade” na China, mas é preciso “trabalhar o terreno” O director-geral de uma das maiores importadoras de vinho da China considerou ontem haver “oportunidades” para os vinhos portugueses, mas ressalvou que é preciso fazer “trabalho de terreno” para conquistar presença no emergente mercado chinês. Embora apenas cerca de 3 por cento da população chinesa beba regularmente vinho, a China é já o quinto maior mercado do mundo, devido à sua dimensão populacional – 1,4 mil milhões de habitantes. O português Francisco Henriques, director-geral da China Wines & Spirits, uma das maiores importadoras da China, com sede em Xangai, a “capital” económica do país, aponta para o “potencial” dos diferentes tipos de vinho e castas de Portugal, num mercado “dinâmico” e “sempre à procura de coisas novas”. “Aqui, acho que Portugal tem uma palavra a dizer e tem uma oportunidade com as nossas castas”, nota Francisco Henriques. “Os alvarinhos portugueses, que começam a emergir, e estão também a aparecer a touriga e o aragonês”. O responsável refere ainda uma “grande oportunidade” para os vinhos verdes. “São vinhos fáceis de beber e que combinam com o próprio clima e gastronomia” da China, nota. “Acho que esses vinhos podem crescer bastante e os brancos de uma maneira geral”. Francisco Henriques lembra, no entanto, que “é preciso fazer muito trabalho” para que essas marcas e esses vinhos “tenham também muita informação disponível e que haja pessoas cada vez mais a falar sobre eles”. “Essa parte leva tempo e é preciso ser feita de forma mais consistente e mais regular”, aponta. “É preciso trabalho contínuo”, diz. “Não se pode fazer só uma acção, é preciso continuamente estar sempre a falar e só dessa forma é que os vinhos sobrevivem e as marcas se constroem. É preciso estar presente e nunca baixar os braços”. Vantagens electrónicas O comércio electrónico constitui também outra “grande revolução” na forma de vender e distribuir vinhos na China. O país asiático é responsável por cerca de metade do conjunto mundial de vendas pela Internet, dinamizadas por uma vasta rede logística e grupos como o Alibaba, Jingdong ou Meituan. “É realmente impressionante”, nota o português. “Não é só a parte electrónica, mas também a parte logística que funciona: A rapidez e a eficácia com que as mercadorias chegam aos clientes com o clicar no telemóvel é impressionante, praticamente sem erros e atrasos”. A proliferação do comércio electrónico beneficia também os empresários, que conseguem colocar os seus produtos em qualquer ponto da China, sem depender de retalhistas. “Isso faz com que consigam chegar também a cidades mais pequenas e longínquas, onde não temos grandes possibilidades de ir com presença física”, sublinha o director-geral da China Wines & Spirits. Apesar do potencial do mercado chinês, devido sobretudo à sua escala e espaço para expandir o consumo, o vinho continua a ter uma quota ínfima do mercado, à medida que cervejarias, bares de cocktails proliferam nas cidades chinesas. “Não podemos esquecer que, quando olhamos para o mercado das bebidas, o vinho pesa muito pouco”, nota o português. “No mundo dos espirituosos, a distribuição está mais concentrada, no vinho há muito mais operadores de mercado que não estão tão integrados”, aponta. “Isso também por vezes dispersa a comunicação e não se consegue o mesmo sucesso”, refere.
Hoje Macau China / ÁsiaChina planeia reforçar as suas vacinas com dose da Pfizer A China está a considerar reforçar a vacinação da sua população, principalmente inoculada com antígenos de vírus inativados fabricados localmente, com uma dose adicional da vacina desenvolvida pela Pfizer e BioNTech, informou hoje a imprensa local. Fontes próximas dos reguladores farmacêuticos chineses, citadas pelo portal de notícias Caixin, indicaram que as “autoridades chinesas planeiam usar a vacina [da Pfizer-BioNTech] como uma dose de reforço para pessoas que receberam vacinas de vírus inativados”. As fontes também observou que esta dose extra provavelmente será gratuita. Segundo Wu Yifang, presidente da Fosun Pharma – a parceira chinesa da BioNTech – a Universidade de Hong Kong está a realizar um estudo sobre o desempenho obtido pela mistura da vacina chinesa Sinovac com a da BioNTech e os “dados disponíveis até agora são positivos”. A comunidade científica debate há meses a necessidade e eficácia da injeção de uma terceira dose, que pode ser uma vacina diferente da inoculada anteriormente. O grupo Fosun explicou que os reguladores de medicamentos chineses concluíram a revisão da vacina Pfizer-BioNTech, que agora está em fase de revisão administrativa. “Os departamentos competentes estão prestes a aprovar a vacina”, disse Wu, na quarta-feira, durante uma reunião com os acionistas da empresa. A Fosun está confiante de que poderá iniciar a produção nacional antes do final deste mês. O objetivo é fabricar mil milhões de doses até ao final de 2021, segundo a Caixin. Em abril passado, o presidente executivo da BioNTech, Ugur Sahin, garantiu que estava confiante de que receberia sinal verde dos reguladores chineses antes do final de julho. Se a vacina for aprovada, é a primeira inoculação de RNA mensageiro – e a primeira desenvolvida por empresas estrangeiras – a ser aprovada na China continental. A vacina BioNtech já está a ser usada nas regiões semiautónomas de Macau e Hong Kong.
Hoje Macau China / ÁsiaÍndia e China discutem impasse na fronteira Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Índia e da China reuniram-se no Tajiquistão, na quarta-feira, com Nova Deli a enfatizar que um impasse militar na fronteira está a “perturbar profundamente” os laços bilaterais. “A restauração total e a manutenção da paz e tranquilidade nas áreas fronteiriças são essenciais para o desenvolvimento das relações bilaterais”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Índia, S. Jaishankar, numa mensagem difundida na rede social Twitter. O ministro indiano alertou que qualquer mudança unilateral no status quo por Pequim é “inaceitável”. Jaishankar e o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, reuniram-se paralelamente ao encontro entre os ministros dos Negócios Estrangeiros da Organização de Cooperação de Xangai, em Duchambé, no Tajiquistão. Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi afirmou que o impasse não beneficiou nenhum dos lados e que a China quer resolver a situação através do diálogo. “A relação China – Índia é definida pela não ameaça mútua e por proporcionar oportunidades de desenvolvimento aos dois lados”, apontou. “Os dois países são parceiros, não oponentes e, especialmente, não inimigos”, descreveu Wang. O impasse entre a Índia e a China prolonga-se há mais de um ano, apesar de as negociações militares envolvendo comandantes locais e reuniões políticas entre os ministros dos Negócios Estrangeiros e Defesa. Jaishankar disse que os dois lados concordaram, na quarta-feira, em realizar uma reunião entre os comandantes militares. No ano passado, 20 soldados indianos morreram, num confronto com soldados chineses, que envolveu lutas com paus e pedras, numa parte da fronteira disputada. A China disse que perdeu quatro soldados. Ambos os lados mobilizaram dezenas de milhares de soldados, artilharia e aviões de combate ao longo da fronteira disputada, conhecida como a Linha de Controlo Real, que separa os territórios controlados pela China e Índia de Ladakh e Arunachal Pradesh, que Pequim reivindica na totalidade. Índia e China travaram uma guerra em 1962.
Hoje Macau China / ÁsiaONU diz que nova vaga de covid-19 exige resposta internacional no Myanmar A nova vaga de covid-19 em Myanmar (antiga Birmânia), ligada à variante delta, exige uma resposta internacional de “emergência”, advertiu hoje o relator especial das Nações Unidas para os direitos humanos naquele país. “A crise (…) é particularmente letal devido à desconfiança generalizada em relação à junta militar”, sublinhou Tom Andrews num comunicado, apelando à ajuda da comunidade internacional para estabelecer um órgão politicamente neutro para coordenar a resposta à pandemia em que “os birmaneses podem confiar”. O forte ressurgimento do vírus em todo o país, mergulhado numa profunda crise política desde o golpe de Estado militar de 01 de fevereiro, é agravado pelo colapso do sistema de saúde devido a greves contra o comando militar e à desconfiança da população em relação ao regime, responsável por centenas de mortes de civis desde que eclodiram os protestos. A junta “carece dos recursos, capacidade e legitimidade” para controlar a crise, disse Andrews. A resposta sanitária foi prejudicada por uma greve geral indefinida de milhares de médicos e enfermeiros, muitos deles perseguidos pela junta militar, que se recusam a trabalhar para a ditadura militar. Para além da capacidade limitada para testar o vírus e da lenta campanha de vacinação covid-19, existe uma falta de fornecimento de oxigénio médico. O chefe da junta militar, o general Min Aung Hlaing, negou que os tanques de oxigénio não estivessem a ser produzidos, mas hoje o jornal pró-governamental The Global New Light of Myanmar, agora controlado pelo exército, fez eco de notícias sobre a sua escassez na cidade do norte de Kalay. A Birmânia registou 7.083 infetados e 145 mortos na quarta-feira, elevando o total desde o início da pandemia para 208.357 casos, que causaram 4.181 óbitos.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia da China cresce 7,9% no segundo trimestre O crescimento da economia chinesa, no segundo trimestre do ano, fixou-se em 7,9%, em termos homólogos, ilustrando a estabilização da atividade na segunda maior economia do mundo no período pós-pandemia. O crescimento caiu, em relação ao ritmo de 18,3% do trimestre anterior, um número sonante, já que a comparação homóloga remete ao início da pandemia, quando o país asiático encerrou fábricas, lojas e escritórios, para combater o novo coronavírus. O crescimento no trimestre entre abril e junho, em relação aos três meses anteriores, fixou-se em 1,3%, refletindo um retorno à normalidade para a atividade fabril e índices de consumo. “No geral, a economia da China parece estar no caminho da recuperação”, disse Chaoping Zhu, do departamento de gestão de ativos do banco de investimento JP Morgan, num relatório. Os dados mais recentes sugerem que a economia “já atingiu o pico e está a retomar a sua taxa média de crescimento de longo prazo”, frisou. No entanto, as perspectivas económicas da China são obscurecidas por uma prolongada guerra comercial e tecnológica com os Estados Unidos. O Presidente norte-americano, Joe Biden, não retrocedeu ainda nas taxas alfandegárias punitivas e sanções impostas a firmas tecnológicas do país asiático impostas pelo antecessor, Donald Trump. A China, onde foram detetados os primeiros casos de covid-19, foi também o primeiro país a suprimir surtos domésticos, repondo a normalidade a partir de março de 2020. O setor manufatureiro, vendas de automóveis e gastos do consumidor recuperaram já para níveis acima dos anteriores à pandemia. Os exportadores beneficiaram com a reabertura relativamente precoce do país, enquanto os concorrentes estrangeiros da China enfrentavam medidas de confinamento. O Fundo Monetário Internacional e os analistas do setor privado esperam um crescimento económico de cerca de 8% este ano, mas dizem que deve cair no próximo ano. Pequim está a encetar uma transição no modelo económico do país, visando uma maior preponderância do setor dos serviços e do consumo, em detrimento das exportações e construção de obras públicas. A economia da China encolheu 6,8%, no primeiro trimestre do ano passado, o pior desempenho desde pelo menos meados da década de 1960. A atividade começou a recuperar no segundo trimestre, quando a economia cresceu 3,2%, em relação ao mesmo período do ano anterior. No terceiro trimestre acelerou para 4,9% e, nos últimos três meses do ano passado fixou-se em 6,5%. No conjunto do ano, o crescimento foi de 2,3%, enquanto as economias dos Estados Unidos, Europa e Japão contraíram. As vendas a retalho recuperaram mais lentamente do que o setor manufatureiro, gerando preocupações que podem pesar sobre a recuperação. Isto levou Pequim a injectar liquidez na economia, na semana passada. As vendas a retalho aumentaram, em junho, 12,1%, abaixo dos 13,9% do conjunto do trimestre e bem abaixo do aumento de 33,9% no trimestre janeiro – março. “A procura doméstica permaneceu muda”, disse Louis Kuijs, da Oxford Economics, num relatório. Mesmo assim, o crescimento deve “ganhar ritmo” no segundo semestre. A produção das fábricas aumentou 8,3%, em junho, em relação ao ano anterior, e 0,6%, em relação ao mês anterior.
Hoje Macau China / ÁsiaChina vai lançar “em breve” maior programa de comércio de emissões do mundo A China vai lançar “em breve” um programa de comércio de emissões, anunciaram ontem as autoridades chinesas, criando o maior mercado de carbono do mundo ao dobrar a parcela de emissões globais cobertas por estes programas. O mercado visa ajudar o país, o maior emissor mundial de gases com efeito estufa, a alcançar a meta de atingir o pico de emissões antes de 2030 e a neutralidade de carbono, ou emissões líquidas zero, até 2060, disse o vice-ministro da Ecologia e Ambiente Zhao Yingming, em conferência de imprensa. O programa vai envolver, inicialmente, 2.225 empresas do setor elétrico. Estas empresas são responsáveis por um sétimo das emissões globais de carbono através da queima de combustíveis fósseis, segundo os cálculos da Agência Internacional de Energia. A agência de notícias Bloomberg apontou o lançamento para sexta-feira, de acordo com fontes não identificadas. De acordo com o programa, emissores como usinas de energia e fábricas recebem uma quota fixa de carbono que podem usar anualmente. As entidades podem, por sua vez, comprar ou vender estas licenças. Isto leva os emissores a controlar e reduzir as emissões devido ao apelo económico. Nos próximos três a cinco anos, o mercado deverá alargar-se a sete indústrias adicionais de alta emissão: petroquímica, química, materiais de construção, ferro e aço, metais não ferrosos, papel e aviação doméstica. Em vez de estarem sujeitos aos limites absolutos de emissões, como em outros programas de comércio, as empresas chinesas começarão com permissões que usam parâmetros de referência, baseados em desempenhos de anos anteriores, dando-lhes mais espaço de manobra. Com base em projetos-piloto regionais realizados nos dois anos anteriores, o preço médio pela emissão de uma tonelada métrica de carbono no mercado nacional deve fixar-se entre 5,23 euros e 6,55 euros, disse Zhao Yingmin. O preço inicial é muito inferior ao praticado no programa europeu, entre 50 e 60 euros. Os especialistas em comércio de emissões esperam um início lento, o focado em garantir a funcionalidade básica do mercado. O Ministério da Ecologia e Meio Ambiente da China actuará como regulador e supervisor da plataforma de negociação. Espera-se que as empresas compilem e enviem os seus dados de emissões aos ramos provinciais do ministério, que estão encarregues de verificar as informações e garantir que o sistema funciona conforme o planeado. Lançado pela primeira vez em 2011, os planos para um programa nacional foram confirmados numa declaração conjunta Estados Unidos – China, na preparação para as negociações climáticas de Paris, em 2015. A pandemia da covid-19 atrasou os planos para um lançamento em 2020.
Hoje Macau China / ÁsiaOCDE diz que África está a perder vantagens na sua relação com a China A chefe de Relações Exteriores da OCDE considerou ontem que a relação entre a China e o continente africano está desequilibrada, com os países africanos a perderem vantagens na relação comercial e financeira com o gigante asiático. “Em 2019, houve um decréscimo nos empréstimos chineses para África, há uma lógica mais comercial, mas nessa balança comercial há um défice, porque África não consegue exportar para a China”, disse Ana Fernandes. A chefe da Unidade de Prospectiva, Relações Exteriores e Reforma de Políticas na Direção de Cooperação para o Desenvolvimento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) falava nas Lisbon Speed Talks, organizadas pelo Clube de Lisboa em parceria com a Câmara de Lisboa e o Instituto Marquês de Valle Flor (IMVF). Ana Fernandes sublinhou que a exportação dos produtos africanos para a China “podia ser uma grande oportunidade nesta fase de recuperação da pandemia, mas as regras da China são contrárias à importação e a nova parceria global com o resto do mundo reforça ainda mais a ideia de que a China quer investir no mercado interno e evitar a importação de produtos de outros continentes”. Há, na opinião de Ana Fernandes, “uma perda na relação estratégica” entre África e China, com prejuízo para os países africanos. Ainda assim, os números sobre o envolvimento chinês no continente são volumosos: “A China investe mais nas infra-estruturas do que todos os outros, incluindo o Japão, que é o maior investidor da OCDE”, disse a responsável, lamentando a falta de transparência e de dados fiáveis sobre o investimento chinês no continente. “A China, em termos de ajuda pública ao desenvolvimento, contribuiu em 2019 com 4,8 a 7,9 mil milhões de dólares, e se olharmos para os 4,8 mil milhões de dólares, fica ao nível da contribuição da Suécia, que é um dos maiores contribuintes, mas se considerarmos os 7,9 mil milhões de dólares, já está ao nível do Japão”, explicou. Isto, continuou, “é um sinal inequívoco de que a China quer investir mais numa relação de parceria internacional que vai para além da lógica de empréstimos concessionais e começar a ter impacto noutras áreas da cooperação, como a educação, o clima ou a segurança”. A forte aposta da China em África, no entanto, tem mudado ao longo dos últimos anos, e “tornou-se menos visível o que África ganha com essa relação”, considerou a responsável da OCDE. “Há uma relação de longo prazo, menos burocratizante e mais flexível, estando a China presente quando é necessário, mas há uma preocupação grande que a China queira dominar setores produtivos fundamentais, com o digital, que é fundamental para a democracia em África”, argumentou. África, concluiu, deve participar na próxima reunião de alto nível com a China “com uma agenda de solicitações e exigências sobre aquilo que é até agora percebido como ‘win-win’ [em que ambas as partes ganham com a relação], e não é claro qual é o ‘win-win’ desta relação, falta equilíbrio e as populações africanas começam a perceber isto”.
Hoje Macau China / ÁsiaBernardo Mendia nomeado secretário-geral da Câmara de Comércio luso-chinesa O empresário Bernardo Mendia é o novo secretário-geral da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa (CCILC), sucedendo a Sérgio Martins Alves, anunciou esta entidade, em comunicado, no qual destaca a “extensa experiência” do gestor. “Com extensa experiência no universo associativo ligado à China, reconhecidamente dinâmico e amplamente conhecido pelas empresas e instituições que orbitam em torno do contexto luso-chinês, a Direção da CCILC viu em Bernardo Mendia o perfil ideal para conduzir a Secretaria-Geral da CCILC, num momento de grandes desafios e oportunidades para as relações económicas e comerciais entre Portugal e a China”, aponta-se no comunicado enviado hoje à agência Lusa. No texto, a Câmara diz que a nomeação permite “olhar para o futuro com ambição renovada”. Bernardo Mendia é licenciado em Direito e teve na gestão de logística internacional, em Hong Kong, a sua primeira imersão no universo asiático, há mais de dez anos. É também membro fundador e Presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portugal – Hong Kong, parceiros da CCILC, membro do Comité Executivo da Federation of Hong Kong Business Associations Worldwide e conselheiro da Direção da JEUNE – Young Entrepreneurs Association of the European Union.
Hoje Macau China / ÁsiaChina “perturbada” com ataque que matou trabalhadores chineses no Paquistão O Governo chinês disse hoje ter ficado “perturbado” com a explosão de um autocarro no Paquistão, que matou pelo menos 13 pessoas, incluindo nove cidadãos chineses, e condenou o ataque. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China Zhao Lijian instou o Paquistão a “punir severamente” os responsáveis pelo ataque e a proteger a segurança do pessoal chinês no país. As agências internacionais atualizaram o número de mortos de oito para 13, dos quais nove cidadãos chineses, e há informação de que 28 chineses também ficaram feridos. O veículo transportava engenheiros chineses, topógrafos e pessoal de manutenção mecânica que trabalhava na construção da barragem Dasu, na província de Khyber Pakhtunkhwa. “A explosão ateou fogo no motor, arrastando o veículo para uma ravina”, confirmou um funcionário do governo local, citado pela agência France Presse, sob a condição de anonimato, sem especificar a natureza da explosão. Pessoal chinês é alvo de grupos terroristas e separatistas no país vizinho, devido à sua grande presença no território, como parte do projeto Corredor Económico China – Paquistão. O projeto multimilionário de infra-estruturas, avaliado em 60.000 milhões de dólares, é financiado por Pequim, e envolve a construção de auto-estradas, barragens, portos ou linhas ferroviárias no país vizinho. O objetivo é construir uma rota comercial que ligará a cidade de Kasghar, na província de Xinjiang, no noroeste da China, ao porto paquistanês de Gwadar, no Baluchistão, fornecendo à China uma porta de entrada para o Mar Arábico. Em abril passado, cinco pessoas morreram e 15 ficaram feridas durante um ataque com carro-bomba no estacionamento de um hotel de luxo na cidade de Quetta, no oeste do Paquistão, onde o embaixador chinês era esperado. O embaixador chinês no Paquistão, Nong Rong, ainda não tinha chegado ao hotel quando ocorreu a explosão. Em 2018, um grupo de insurgentes atacou o consulado chinês na cidade de Karachi, no sul do país. O ataque resultou na morte dos três agressores.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Exportações sobem e crescimento das importações abranda As exportações da China aumentaram, em Junho, enquanto o crescimento das importações abrandou, mas manteve-se robusto, sinalizando a estabilização do comércio externo chinês após a pandemia do novo coronavírus. As exportações aumentaram 32,2 por cento, em relação ao mesmo mês do ano anterior, para 281,4 mil milhões de dólares, acelerando em relação ao crescimento de 28 por cento registado em Maio, segundo os dados das alfandegas chinesas revelados ontem. As importações cresceram 36,7 por cento, para 229,9 mil milhões de dólares, abaixo do aumento de 51 por cento registado no mês anterior. A China liderou a recuperação global, após superar prematuramente a pandemia, mas o consumo doméstico e outros indicadores económicos permanecem mais fracos do que o esperado. Os exportadores enfrentam interrupções no fluxo global de componentes industriais, incluindo ‘chips’ de processador, e as limitações nas viagens internacionais e negócios, para combater a variante delta mais contagiosa do vírus. O comércio “ainda enfrenta muitos factores incertos e instabilidade”, disse um porta-voz das alfandegas, Li Kuiwen. O crescimento do comércio “pode abrandar” no segundo semestre, mas “deve permanecer relativamente rápido”, apontou Li, em conferência de imprensa. A previsão é de que o crescimento abrande à medida que as indústrias de entretenimento e outros serviços globais reabrem e os hábitos de consumo voltam ao normal. No entanto, os números de Junho sugerem que “essa tendência de amortecimento pode ocorrer mais tarde do que o esperado”, disse David Chao, da empresa de serviços financeiros Invesco, num relatório. As exportações de Junho para os 27 países da União Europeia aumentaram 27 por cento, para 43,1 mil milhões de dólares, enquanto as importações de produtos europeus aumentaram 34,1 por cento, para 27,7 mil milhões de dólares. Mais crescimento O ‘superavit’ (excedente) comercial da China com a UE aumentou 16,7 por cento, em relação ao ano anterior, para 15,4 mil milhões de dólares. As exportações para os Estados Unidos aumentaram 17,8 por cento, em relação ao ano anterior, para 46,9 mil milhões de dólares, enquanto as importações de produtos norte-americanos cresceram 37,6 por cento, para 14,3 mil milhões, apesar da prolongada guerra comercial e tecnológica entre os dois países. O ‘superavit’ comercial global da China aumentou 11 por cento, em relação ao ano anterior, para 51,5 mil milhões de dólares, enquanto o ‘superavit’ politicamente sensível com os Estados Unidos cresceu 10,9 por cento, para 32,6 mil milhões de dólares. O crescimento da economia chinesa disparou para 18,3 por cento, em relação ao ano anterior, nos primeiros três meses de 2021, com a retoma da atividade de consumo e negócios. No entanto, o crescimento em comparação com o último trimestre de 2020 foi de apenas 0,6 por cento, mostrando que a recuperação estabilizou. O consumo doméstico tem atrasado a recuperação do sector manufactureiro. As vendas a retalho aumentaram 12,4 por cento, em Maio, em relação ao mesmo mês do ano anterior, mas ficaram aquém das previsões. Para reforçar a actividade económica, o banco central da China cortou, na semana passada, a quantidade de reservas que os bancos comerciais são obrigados a manter, libertando um bilião de yuans adicionais de liquidez. A recuperação da economia ainda não é certa porque a procura global continua fraca, já que alguns governos voltaram a impor medidas de prevenção contra o vírus, que estão a afectar o comércio.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Novas acusações de corrupção contra líder deposta em golpe de Estado Os advogados da líder deposta de Myanmar (antiga Birmânia) disseram na segunda-feira que foram informados pelo Governo instaurado pelos militares de quatro novas acusações de corrupção contra Aung San Suu Kyi. As forças armadas derrubaram o Governo eleito de Suu Kyi em fevereiro, detiveram a líder, bem como membros de topo do seu partido, a Liga Nacional para a Democracia, incluindo o presidente, Win Myint. A resistência popular generalizada contra a tomada do poder pelos militares continua, apesar das duras medidas das forças de segurança para a anular. Desde a tomada do poder, o novo Governo apresentou uma série de acusações criminais contra Suu Kyi. Os apoiantes de Suu Kyi, bem como analistas independentes, dizem que todas as acusações são politicamente motivadas e uma tentativa de a desacreditar e legitimar a tomada do poder por parte dos militares. A líder está atualmente a ser julgada na capital sob acusações de sedição – definidas como a divulgação de informação que poderia causar alarme ou agitação pública – duas acusações de desrespeito às restrições pandémicas da covid-19 durante a campanha eleitoral de 2020; importação ilegal de ‘walkie-talkies’ que eram para uso dos seus guarda-costas; e uso não licenciado dos rádios. Win Myint é corréu em várias das acusações. Suu Kyi tem também enfrentado acusações adicionais que ainda não foram julgadas: aceitar subornos, o que implica uma pena até 15 anos de prisão, e violar a Lei dos Segredos Oficiais, que implica um período máximo de 14 anos. Uma das suas advogadas, Min Min Soe, disse aos jornalistas na segunda-feira que haveria uma primeira audiência sobre as novas acusações a 22 de junho no Supremo Tribunal em Mandalay, a segunda maior cidade do país. A defensora disse que duas das acusações são exclusivamente contra Suu Kyi, e as outras duas incluem outras pessoas, mas não foram dados outros detalhes à sua equipa de defesa. Uma longa e abrangente conferência noticiosa realizada pelo Governo na segunda-feira não fez qualquer menção às novas acusações. A 10 de junho, os meios de comunicação oficiais informaram que a Comissão Estatal Anticorrupção tinha descoberto que Suu Kyi aceitava subornos e abusava da autoridade para obter vantagens em termos de negócios imobiliários. Os advogados de Suu Kyi já negaram as acusações quando estas foram feitas pela primeira vez em março. Notícias nos meios de comunicação estatais, incluindo o jornal Global New Light of Myanmar, disseram que o organismo anticorrupção tinha descoberto que Suu Kyi aceitou ilegalmente 600.000 dólares e sete barras de ouro do antigo líder da Região de Rangum, um aliado político. O artigo também indicava que a comissão tinha descoberto que Suu Kyi tinha abusado da sua posição para obter propriedades de arrendamento a preços inferiores aos do mercado para uma fundação de caridade com o nome da sua mãe e à qual presidia. A notícia dizia que a ação privou o estado de rendimentos. A televisão estatal apresentou vídeos de depoimentos de alegadas testemunhas dos pagamentos em dinheiro e ouro, mas não houve explicação das circunstâncias em que os vídeos foram feitos nem provas para corroborar o que foi dito.
Hoje Macau China / ÁsiaSobe para oito o número de mortos em desabamento na China O balanço de vítimas mortais do desabamento de um hotel na cidade chinesa de Suzhou, leste do país, subiu hoje para oito, continuando desaparecidas ainda nove pessoas, segundo revelaram as autoridades. O colapso ocorreu às 15:30 de segunda-feira, informou a televisão estatal CCTV. Seis pessoas foram resgatadas com vida dos escombros do Siji Kaiyuan Hotel, mas três estão em estado grave, de acordo com a mesma fonte. A propriedade foi inaugurada em 2018 e era composta por 54 quartos, além de um salão de banquetes, de acordo com a sua descrição na plataforma de reservas de hotéis e viagens Ctrip. A maioria dentro do hotel na altura do incidente eram hóspedes. Imagens transmitidas pela CCTV mostram dezenas de membros das equipas de resgate, em uniformes cor de laranja, a escavar os escombros. O colapso de edifícios é uma ocorrência regular na China. A maioria das investigações revela incumprimento das normas de construção.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Mais de 900 mortos desde golpe de Estado, diz ONG Pelo menos 902 pessoas perderam a vida em Myanmar (antiga Birmânia) em resultado da repressão exercida pelas forças de segurança após o golpe militar de 01 fevereiro, segundo a Associação para a Assistência aos Presos Políticos (AAPP). A organização não-governamental (ONG) AAPP avançou hoje com três novas mortes ocorridas nos últimos dias, na sequência de disparos efetuados por soldados ou quando estavam sob detenção das autoridades. “Este é o número verificado pela AAPP, é muito possível que o número de mortes [reais] seja muito mais elevado”, admitiu em comunicado. A ONG adiantou que 6.640 pessoas foram detidas desde o golpe de Estado. Destas, mais de 5.200 permanecem detidas, incluindo a líder deposta Aung San Suu Kyi. E mais de 1.960 mandados de captura foram emitidos. Apesar da violência e assédio por parte das forças de segurança contra movimentos dissidentes contra a junta militar, os protestos continuam por todo o país, e apesar dos confinamentos localizados decretados pelo atual regime para impedir a propagação da covid-19. A líder da junta militar, o general Min Aung Hlaing, comprometeu-se a 24 de abril a pôr fim à violência contra civis durante um encontro na Indonésia com líderes políticos do Sudeste Asiático, entre outras promessas para resolver a crise política birmanesa desencadeada pela tomada do poder. Contudo, o líder do golpe militar não cumpriu a sua palavra e dias após a reunião disse que dará prioridade à “manutenção da lei e da ordem”. Desde essa data e até esta terça-feira, mais de 150 pessoas morreram às mãos das forças de segurança, que dispararam para matar em numerosas ocasiões contra manifestantes pacíficos. Alguns dos opositores decidiram pegar em armas contra os militares, cansados dos poucos avanços dos protestos pacíficos e os confrontos entre as Forças Armadas e os grupos rebeldes intensificaram-se. O exército birmanês justificou o golpe com uma alegada fraude eleitoral nas eleições de novembro passado, que o partido liderado por Suu Kyi venceu, tal como em 2015, e que foram consideradas legítimas pelos observadores internacionais. De acordo com a nova Comissão Eleitoral, nomeada pelos militares após o golpe, quase um terço dos mais de 30 milhões de votos expressos nas eleições são fraudulentos. A comissão exigiu que a Liga Nacional para a Democracia, a formação de Suu Kyi, fosse declarada ilegal e os seus representantes julgados por traição.
Hoje Macau China / ÁsiaExército chinês diz ter expulsado navio de guerra dos EUA no Mar do Sul da China O exército da China disse ontem que expulsou um navio de guerra dos Estados Unidos de uma área disputada no Mar do Sul da China, depois de Washington ter alertado que um ataque às Filipinas motivaria uma retaliação. O Exército de Libertação Popular disse que enviou navios e aviões após o navio Benfold dos EUA entrar em águas reivindicadas por Pequim, em torno das Ilhas Paracel. As forças chinesas “avisaram e expulsaram” o navio de guerra, disseram os militares, em comunicado. Pequim reivindica quase todo o Mar do Sul da China, apesar dos protestos dos países vizinhos, incluindo as Filipinas, Malásia e Vietname. A China rejeitou a declaração de apoio do governo norte-americano, no domingo, à decisão de um tribunal internacional a favor das Filipinas nas suas disputas territoriais com Pequim. “Reafirmamos que um ataque armado às forças armadas filipinas, embarcações públicas ou aeronaves no Mar do Sul da China invocaria compromissos de defesa mútua dos EUA”, afirmou o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, em comunicado. O Artigo IV do Tratado de Defesa Mútua entre os Estados Unidos e as Filipinas obriga os dois países a ajudarem-se mutuamente, em caso de um ataque. As ilhas são “território inerente à China”, apontou o exército chinês, no comunicado difundido ontem, sublinhando que “as ações dos militares dos EUA violaram gravemente a soberania e a segurança da China”. A Marinha dos EUA, numa declaração do escritório de Relações Públicas da 7ª Frota, rejeitou a declaração chinesa como falsa, mas não deu detalhes de um possível encontro com o exército da China. O Benfold efetuou a operação “de acordo com o direito internacional e depois continuou a operar normalmente nas águas internacionais”, referiu o comunicado. A declaração chinesa foi a “mais recente de uma longa série de ações da [República Popular da China] para deturpar as operações marítimas dos EUA legais e afirmar as suas reivindicações marítimas excessivas e ilegítimas”, lê-se no comunicado da Marinha. No domingo, a administração Biden afirmou o seu apoio à decisão do tribunal de 2016, que rejeitou as reivindicações da China fora das suas águas territoriais reconhecidas internacionalmente. “Em nenhum lugar, a ordem marítima baseada em regras está mais ameaçada do que no Mar do Sul da China”, disse Blinken. Ele acusou a China de continuar a “coagir e intimidar os Estados costeiros do Sudeste Asiático, ameaçando a liberdade de navegação numa via comercial global crítica”. A decisão do painel foi uma “farsa política”, disse um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Zhao Lijian. Ele disse que as reivindicações territoriais da China têm “base histórica e jurídica suficiente”. “A China deplora e rejeita firmemente os erros dos Estados Unidos”, apontou.
Hoje Macau China / ÁsiaUm morto e dez desaparecidos em colapso de hotel na China Um hotel desabou ontem na cidade chinesa de Suzhou, leste do país, deixando pelo menos um morto e 10 desaparecidos, informou a imprensa local. “As operações de socorro continuam e uma investigação está em andamento para determinar as causas da tragédia”, que ocorreu às 15:33 locais, informou a televisão estatal CCTV. Sete pessoas foram resgatadas com vida dos escombros do Siji Kaiyuan Hotel, mas três estão em estado grave, de acordo com a mesma fonte. A propriedade foi inaugurada em 2018 e era composta por 54 quartos, além de um salão de banquetes, de acordo com a sua descrição na plataforma de reservas de turismo chinês Ctrip. Imagens transmitidas pela CCTV mostram dezenas de membros das equipas de resgate, em uniformes cor de laranja, a escavar os escombros. O colapso de edifícios é uma ocorrência regular na China. A maioria das investigações revela incumprimento das normas de construção.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Detidos suspeitos de ligações a grupo acusado de planear ataques terroristas A polícia de Hong Kong deteve hoje cinco suspeitos de estarem associados às nove pessoas detidas na passada semana acusadas der “fazerem bombas num hotel” e “planearem ataques terroristas em espaços públicos”, segundo as forças de segurança. Os detidos, quatro homens e uma mulher, ainda não foram formalmente acusados e estão detidos em diferentes esquadras de polícia, avançou o jornal local South China Morning Post (SCMP), que cita fontes policiais. As detenções foram efetuadas pela Divisão de Segurança Nacional. Na segunda-feira da semana passada, a polícia deteve nove pessoas, incluindo seis estudantes do ensino secundário, que formaram um “grupo organizado” e tinham reservado um quarto de hotel como “laboratório para fazer explosivos”, segundo o superintendente da Divisão de Segurança Nacional, Li Guihua. Os detidos tinham planeado atacar no início deste mês na cidade e fugir do território depois disso, disse Li. As detenções foram efetuadas ao abrigo da Lei de Segurança Nacional, que prevê penas de prisão perpétua para casos de secessão, subversão, terrorismo ou conluio com forças estrangeiras.
Hoje Macau China / ÁsiaTailândia | Restrições reforçadas incluindo recolher obrigatório em Banguecoque A Tailândia vai impor novas restrições face a um pico epidémico sem precedentes desde o aparecimento da covid-19, incluindo um recolher obrigatório noturno em Banguecoque, anunciaram sexta-feira as autoridades. A partir de segunda-feira, “as deslocações desnecessárias estão proibidas. As pessoas não poderão sair de casa entre as 21:00 e as 04:00, excepto em caso de necessidade”, declarou Apisamai Srirangson, porta-voz adjunto do grupo de trabalho da covid-19. Estas medidas dizem respeito aos 10 milhões de habitantes da capital tailandesa, mas também aos de nove outras províncias. A Tailândia registou um recorde de 72 mortes e 9.276 casos de infecção nas últimas 24 horas. “Pedimos desculpa pelas dificuldades enfrentadas pelas pessoas que vivem em áreas com as maiores restrições, mas isso permitirá combater efectivamente a doença. A Tailândia sairá vitoriosa”, acrescentou o porta-voz. O teletrabalho é encorajado e estão proibidas as concentrações de mais de cinco pessoas. Os transportes públicos não funcionam a partir das 21:00 e os centros comerciais encerram às 20:00. Devido às restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus, a Tailândia registou em 2020 os seus piores resultados económicos desde a crise asiática de 1997. Abertura em causa Há vários meses que o número de casos tem vindo a aumentar e o governo tailandês é criticado pela lentidão do seu plano de vacinação, pela fraca capacidade de testagem e pela má gestão da economia. As novas medidas surgem numa altura em que o país tenta reabrir as suas portas aos viajantes internacionais. O turismo representa quase um quinto da economia do reino e antes do encerramento das fronteiras, em Março de 2020, cerca de 40 milhões de pessoas viajavam para a Tailândia anualmente. No mês passado, o governo tailandês anunciou a intenção de reabrir o país aos visitantes completamente vacinados em Outubro.
Hoje Macau China / ÁsiaVendas de automóveis na China sobem 27 por cento As vendas de automóveis na China aumentaram 27 por cento no primeiro semestre de 2021, face ao homólogo, mas continuam abaixo dos níveis pré-pandemia, e a produção e as vendas caíram em Junho, devido à escassez global de ‘chips’ para processadores. Segundo a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis, as vendas de veículos utilitários desportivos, `minivans` e `sedans` no maior mercado automóvel do mundo subiram para 10 milhões de unidades, no período entre Janeiro e Junho. As vendas totais de veículos, incluindo camiões e autocarros, aumentaram 25,6 por cento, em relação ao ano anterior, para 12,9 milhões de unidades. Em comparação com os níveis pré-pandemia, referentes a 2019, as vendas de veículos de passageiros caíram 1,4 por cento, no primeiro semestre, segundo a mesma fonte. As vendas totais de veículos caíram 4,4 por cento. A produção de veículos de passageiros caiu 13,7 por cento, em Junho passado, em relação ao ano anterior, enquanto as vendas caíram 11,1 por cento para 1,6 milhão de unidades. As vendas revelaram uma “queda óbvia depois de Maio”, disse a Associação, em comunicado. “Os veículos de passageiros foram principalmente afectados por um fornecimento insuficiente de ‘chips'”, justificou. Alta voltagem A procura por automóveis da China já estava a enfraquecer devido à insegurança dos consumidores sobre a desaceleração do crescimento económico e a guerra comercial com os Estados Unidos, antes de as concessionárias encerrarem, no primeiro trimestre do ano passado, para combater o surto do novo coronavírus. A actividade económica da China recuperou relativamente cedo, depois de o Partido Comunista ter declarado vitória sobre o vírus, em Março de 2020. Mas as vendas de veículos caíram 22,4 por cento, no primeiro semestre de 2020, estabelecendo uma base baixa de comparação homóloga. As vendas anuais caíram em 2020 pelo terceiro ano consecutivo. A queda nas vendas é um golpe para as fabricantes globais, cujo aumento das receitas depende do mercado chinês, face a crescimentos anémicos nos Estados Unidos e na Europa. Fabricantes globais e chinesas estão a gastar milhares de milhões de dólares no desenvolvimento de veículos eléctricos para cumprir as quotas de vendas estipuladas por Pequim. A procura este ano foi impulsionada pelas vendas de veículos híbridos, embora ainda representem uma fracção do total. As vendas de eléctricos, no primeiro semestre de 2020, aumentaram 200 por cento para 1,2 milhão de unidades, mas a procura também está a cair, de acordo com a Associação. O crescimento das vendas em Junho desacelerou para 140 por cento, fixando-se em 256.000 veículos. As vendas de automóveis de passageiros por marcas chinesas no primeiro semestre de 2020 aumentaram 46,8 por cento, em relação ao ano anterior, para 4,2 milhões de unidades. A sua participação de mercado aumentou 5,7 por cento, para 42 por cento.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Estudo chinês apura que anticorpos podem subsistir até 12 meses de infecção Os anticorpos contra o coronavírus SARS-CoV-2 podem durar até 12 meses, em mais de 70% dos pacientes que superaram a doença, segundo um estudo publicado por pesquisadores chineses. A pesquisa também conclui que a vacinação pode “restringir efetivamente a propagação” do novo coronavírus, promovendo uma resposta imunológica semelhante à forma como o corpo gera anticorpos contra vírus vivos. O estudo foi realizado por uma subsidiária da farmacêutica estatal Sinopharm – que produz duas das vacinas aprovadas pelo Governo chinês – e pelo Centro Nacional de Pesquisa para Medicina Translacional da Universidade Jiaotong, em Xangai, a “capital” económica da China. Cerca de 1.800 amostras de plasma foram colectadas, entre 869 pessoas que superaram a covid-19, em Wuhan, a cidade no centro da China onde o primeiro surto global do coronavírus foi registado, em dezembro de 2019. Os pesquisadores verificaram a presença e a quantidade nessas amostras de RBDIgG, um tipo de anticorpo que indica a força da imunidade contra o vírus, informou o jornal oficial em língua inglesa China Daily. De acordo com os resultados, em nove meses os níveis de anticorpos caíram para 64,3%, em relação ao nível atingido após os pacientes contraírem o vírus e, a partir desse período, estabilizaram até ao décimo segundo mês. A resposta imunológica foi mais forte nos homens do que nas mulheres durante os estágios iniciais da infeção, mas a diferença diminui com o tempo, tornando-se praticamente igual após 12 meses. Pessoas na faixa etária entre os 18 e 55 anos desenvolveram níveis mais elevados de anticorpos, segundo o estudo. De acordo com o Grupo Nacional de Biotecnologia da China, a subsidiária da Sinopharm, este estudo é o mais extenso dos que verificaram a continuidade da resposta imunológica em pacientes recuperados.
Hoje Macau China / ÁsiaChina confisca 2,2 toneladas de escamas de pangolim na fronteira com o Vietname As autoridades alfandegárias do sul da China desmantelaram uma organização contrabandista envolvida no tráfico de espécies protegidas e apreenderam 2,2 toneladas de escamas de pangolim, informou hoje a agência noticiosa oficial Xinhua. Na sequência daquela operação, na Região Autónoma de Guangxi, foram presos dois suspeitos, que teriam aproveitado a localização da região, que faz fronteira com o Vietname, para comprar escamas no país vizinho e contrabandear para a China, informou a Xinhua, acrescentando que o caso ainda está sob investigação. As autoridades chinesas redobraram os seus esforços, desde o ano passado, para erradicar o comércio e o consumo de animais selvagens, ambos proibidos por Pequim após o novo coronavírus surgir em Wuhan. Alguns especialistas sugerem que as quintas que criam animais selvagens podem ser a origem do coronavírus. Peter Daszak, membro da delegação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que investigou a origem da pandemia na China, no início deste ano, declarou em março que a rota mais provável de transmissão do vírus seria a partir de morcegos para algum animal selvagem, criado em cativeiro no sul da China, e finalmente para o ser humano. No ano passado, a China listou os pangolins entre os animais protegidos de primeira categoria. O pangolim é consumido pelas suas supostas propriedades curativas, destacadas pela medicina tradicional chinesa.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul regista maior número diário de casos de covid-19 em 2021 A Coreia do Sul registou 1.212 casos em 24 horas, maior número diário deste ano, e as autoridades disseram hoje que vão manter as actuais restrições durante pelo menos mais uma semana. Do número total de casos nas últimas 24 horas, 44 foram importados e 1.168 foram infeções locais, das quais quase 85% estavam localizadas na região da capital, onde reside mais de metade da população do país, de acordo com dados divulgados pela Agência de Controlo e Prevenção de Doenças da Coreia (KDCA). O primeiro-ministro sul-coreano, Kim Boo-kyum, disse que as restrições em vigor no país vão continuar na área metropolitana de Seul, onde não são permitidas reuniões de mais de quatro pessoas e a restauração deve fechar às 22:00, pelo menos durante mais uma semana. O Governo vai considerar a possibilidade de apertar as restrições, caso o nível de infeção persistir ou se agravar durante os próximos dois ou três dias. A Coreia do Sul, um dos países que melhor geriram a pandemia, com apenas cerca de 150 mil casos e duas mil mortes, tinha planeado flexibilizar as atuais restrições para a região da capital a 01 de julho, mas recuou com o agravamento da situação. Além de estar concentrado em Seul e arredores, o aumento das infeções parece dever-se a um aumento da circulação da variante Delta mais contagiosa do vírus, que está a afetar principalmente as pessoas entre os 20 e 39 anos, um grupo ainda sem acesso à vacina. Como muitos outros territórios, a Coreia do Sul enfrenta o problema do fornecimento global de vacinas. Até agora apenas 15,4 milhões de pessoas (30,1% da população) receberam pelo menos uma dose e 5,46 milhões (10,6% da população) as duas necessárias para completar o processo de vacinação contra a covid-19. A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.987.613 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 184,1 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente feito pela agência France-Presse.