Indústria transformadora | Actividade voltou a contrair em Maio

A actividade da indústria transformadora da China voltou a contrair em Maio, de acordo com dados oficiais divulgados ontem, ilustrando a recuperação débil da segunda maior economia mundial, após o fim da estratégia ‘zero covid’.

O índice de gestores de compras, elaborado pelo Gabinete Nacional de Estatística (GNE) da China, fixou-se nos 48,4 pontos, em Maio.

Quando se encontra acima dos 50 pontos, este indicador sugere uma expansão do sector, enquanto abaixo dessa barreira pressupõe uma contração da actividade. O índice é tido como um importante indicador da evolução da segunda maior economia do mundo.

Trata-se da segunda vez este ano que aquele indicador regista uma contração da actividade, depois de se ter fixado nos 49,2 pontos em Abril.

A indústria chinesa foi prejudicada pela queda na procura global, depois de os bancos centrais dos Estados Unidos, Europa e países asiáticos terem subido as taxas de juro, visando travar a inflação galopante.

O GNE publicou ainda o índice de gestores de compras para o sector não transformador, incluindo construção e serviços.

Os gastos dos consumidores chineses recuperaram em Maio, impulsionados pelos três dias de feriado, por ocasião do Dia do Trabalhador. Os subsectores dos transportes ferroviário e aéreo, alojamento e restauração mantiveram-se em expansão, enquanto a actividade no mercado imobiliário caiu.

A recuperação do consumo foi impulsionada pelo fim da política de ‘zero casos’ de covid-19, que vigorou ao longo de quase três anos na China.

Mas a recuperação do consumo foi mais fraca do que o esperado e os analistas estão a rever em baixa as suas expectativas para a economia. Os bancos de investimento Nomura e Barclays cortaram já as previsões de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) da China em 2023.

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