Exposição de Edgar Martins em Lisboa antes de chegar a Macau Hoje Macau - 31 Dez 2019 [dropcap]“W[/dropcap]hat Photography has in Common with an Empty Vase” (O que a fotografia tem em comum com um vaso vazio) é o nome da mais recente exposição do fotógrafo Edgar Martins, que tem raízes em Macau e ganhou inúmeros prémios internacionais. A mostra estará patente na Galeria Filomena Soares, em Lisboa, até ao dia 11 de Janeiro, e revela o resultado de um “trabalho multifacetado” desenvolvido a partir de uma colaboração com a Grain Projects e a HM Prison Birmingham (a maior prisão de categoria B na região de Midlands, Reino Unido), com os seus presos e respectivas famílias, bem como uma miríade de outras organizações e indivíduos locais. De acordo com um comunicado, Edgar Martins faz “uso do contexto social da encarceração como ponto de partida e explora o conceito filosófico de ausência e aborda uma consideração mais ampla do posicionamento da fotografia, quando se cruzam questões de visibilidade, ética, estética e documentação”. Neste sentido, “ao dar voz aos reclusos e às suas famílias e ao abordar a prisão como um conjunto de relações sociais, e não como um mero espaço físico, o trabalho de Martins propõe repensar e combater o tipo de imagem normalmente associada à encarceração”. “What Photography has in Common with an Empty Vase” pretende evitar “intencionalmente imagens cujo único objectivo, argumenta Martins, é confirmar as opiniões defendidas pela ideologia dominante sobre crime e punição: violência, drogas, criminalidade, raça – uma abordagem que serve apenas para reforçar o acto de fotografar e a fotografia em si como dispositivos apotropaicos”, aponta o mesmo comunicado. Mostra chega a Macau Esta exposição estará patente em Macau no próximo ano, entre os meses de Junho e Setembro, tendo já sido publicado um livro, intitulado “What Photography & Incarceration have in Common with an Empty Vase”. O livro está dividido em três capítulos, que variam entre imagens de arquivo, fotografias feitas durante os três anos de trabalho, que incluem a documentação de objectos simbólicos para os presos, como um par de sapatos de criança ou um maço de cigarros, além de uma reprodução do diário de um recluso escrito especificamente para este projecto. “Estava interessado em explorar todo um conjunto de estratégias e metodologia que fossem para além do documental e que contribuíssem para o debate acerca da ontologia da imagem fotográfica”, explicou este ano o fotógrafo à agência Lusa.
Museu de Macau | Exposição retrata a evolução urbana do território Hoje Macau - 31 Dez 2019 O Museu de Macau recebe, até ao dia 19 de Abril do próximo ano, uma exposição que conta a história do desenvolvimento urbano de Macau desde os meados do século XIX até aos nossos dias. “Uma Pérola do Mar – Exposição Dedicada à Evolução Urbana de Macau” apresenta mais de 100 peças divididas em quatro áreas distintas [dropcap]C[/dropcap]hama-se “Uma Pérola do Mar – Exposição Dedicada à Evolução Urbana de Macau” e é a mais recente exposição promovida pelo Instituto Cultural (IC), e que estará patente no Museu de Macau até ao dia 19 de Abril de 2020. De acordo com um comunicado oficial, a exposição apresenta 101 itens ou peças distribuídas por quatro áreas, intituladas “Mudança Geográfica”, “O Passado e o Presente em Imagens”, “Construção de Infra-estruturas” e “Um Novo Capítulo”. O objectivo é “dar a conhecer aos residentes e turistas as conquistas de Macau em vários domínios nos últimos 20 anos desde a Transferência da Administração e apresentando assim uma nova perspectiva de Macau”. A fim de complementar a exposição, são disponibilizadas uma área educativa e instalações multimédia no interior do Museu, proporcionando aos visitantes uma experiência mais realista e intrigante relativa ao desenvolvimento urbano de Macau, aponta o IC. Evolução constante “Uma Pérola do Mar – Exposição Dedicada à Evolução Urbana de Macau” revela uma história que começou a ser contada a partir de meados do século XIX, altura em que o território começou “a testemunhar um aumento dos seus recursos terrestres através de aterros, o que posteriormente veio a ter um profundo impacto no seu desenvolvimento urbano em geral”. Para o IC, “a integração de diferentes culturas ao longo dos últimos séculos reflectiu-se nas edificações de Macau que foram combinando estilos ocidentais e chineses e o desenvolvimento urbano trouxe novas paisagens”. Depois do desenvolvimento das ilhas de Taipa e Coloane, já no século XX, sem esquecer os projectos da ilha de Hengqin, com a edificação da Universidade de Macau, o território atravessa agora uma nova fase de desenvolvimento com os novos aterros urbanos. “O tecido urbano de Macau tem melhorado com a conclusão de grandes projectos de infra-estruturas. Através de novos cais, pontes, aeroporto, e metro ligeiro, a ligação de Macau às regiões vizinhas e a outros pontos do globo tem vindo a melhorar”, adianta o mesmo comunicado.
Museu de Macau | Exposição retrata a evolução urbana do território Hoje Macau - 31 Dez 2019 O Museu de Macau recebe, até ao dia 19 de Abril do próximo ano, uma exposição que conta a história do desenvolvimento urbano de Macau desde os meados do século XIX até aos nossos dias. “Uma Pérola do Mar – Exposição Dedicada à Evolução Urbana de Macau” apresenta mais de 100 peças divididas em quatro áreas distintas [dropcap]C[/dropcap]hama-se “Uma Pérola do Mar – Exposição Dedicada à Evolução Urbana de Macau” e é a mais recente exposição promovida pelo Instituto Cultural (IC), e que estará patente no Museu de Macau até ao dia 19 de Abril de 2020. De acordo com um comunicado oficial, a exposição apresenta 101 itens ou peças distribuídas por quatro áreas, intituladas “Mudança Geográfica”, “O Passado e o Presente em Imagens”, “Construção de Infra-estruturas” e “Um Novo Capítulo”. O objectivo é “dar a conhecer aos residentes e turistas as conquistas de Macau em vários domínios nos últimos 20 anos desde a Transferência da Administração e apresentando assim uma nova perspectiva de Macau”. A fim de complementar a exposição, são disponibilizadas uma área educativa e instalações multimédia no interior do Museu, proporcionando aos visitantes uma experiência mais realista e intrigante relativa ao desenvolvimento urbano de Macau, aponta o IC. Evolução constante “Uma Pérola do Mar – Exposição Dedicada à Evolução Urbana de Macau” revela uma história que começou a ser contada a partir de meados do século XIX, altura em que o território começou “a testemunhar um aumento dos seus recursos terrestres através de aterros, o que posteriormente veio a ter um profundo impacto no seu desenvolvimento urbano em geral”. Para o IC, “a integração de diferentes culturas ao longo dos últimos séculos reflectiu-se nas edificações de Macau que foram combinando estilos ocidentais e chineses e o desenvolvimento urbano trouxe novas paisagens”. Depois do desenvolvimento das ilhas de Taipa e Coloane, já no século XX, sem esquecer os projectos da ilha de Hengqin, com a edificação da Universidade de Macau, o território atravessa agora uma nova fase de desenvolvimento com os novos aterros urbanos. “O tecido urbano de Macau tem melhorado com a conclusão de grandes projectos de infra-estruturas. Através de novos cais, pontes, aeroporto, e metro ligeiro, a ligação de Macau às regiões vizinhas e a outros pontos do globo tem vindo a melhorar”, adianta o mesmo comunicado.
Gripe | Menos de metade das crianças até aos três anos não foram vacinadas Pedro Arede - 31 Dez 2019 Os Serviços de Saúde apelaram uma vez mais à vacinação e afirmam que a situação da gripe este ano é menos grave do que em anos anteriores. No entanto, o pico de contágio da doença deverá acontecer em Janeiro, por altura do Ano Novo Chinês [dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Saúde (SS) estimam que o pico da gripe aconteça no final de Janeiro, durante o período do Ano Novo Chinês e apelam por isso à vacinação da população em tempo útil. O anúncio aconteceu ontem por ocasião da apresentação das situações epidémicas em Macau e contou com a exposição de Leong Iek Hou, coordenadora do núcleo de prevenção e doenças infecciosas, que recordou que a região já entrou na época da gripe. “Macau já entrou na época da gripe e estima-se que vá atingir um pico por volta do Ano Novo Chinês, mas outros vírus ainda estão muito activos como a varicela e a escarlatina. Nas regiões vizinhas a situação de febre do dengue, sarampo e pólio é muito grave, por isso os cidadãos devem estar atentos”, alertou a responsável. Leong Iek Hou revelou ainda que desde 30 de Setembro e até 29 de Dezembro, foram detectados 10 casos graves de gripe com pneumonia associada, sendo que destes, apenas uma pessoa tinha sido vacinada. Ainda assim a responsável avançou que, das 190 mil doses de vacina contra a gripe adquiridas pelo Governo, tinham sido ministradas, desde 30 de Setembro, cerca de 128 mil doses, traduzindo-se num aumento de 10 por cento relativamente ao mesmo período do ano passado. Além do apelo à população para que os residentes “sejam vacinados o mais rapidamente possível”, pois para ser eficaz a vacinação deve ser efectuada com duas a três semanas de antecedência, os SS apelaram ainda à higiene pessoal, à boa ventilação do ar. As autoridades aconselham ainda que sejam tomadas medidas preventivas contra picadas de mosquitos, caso os residentes se dirijam para outras regiões do sudeste asiático e ainda, que evitem levar crianças em viagem para esses locais ou para outros lugares turísticos. Balanço optimista No balanço das situações epidémicas feito ontem pelos SS, foi também revelado que entre as crianças até aos três anos, apenas menos de metade (48,5 por cento) tinham sido vacinadas contra a gripe. No entanto, para a coordenadora do núcleo de prevenção e doenças infecciosas, o número até mostra ser elevado tendo em conta os anos anteriores e a comparação com as regiões vizinhas. “Este ano a vacinação é mais alta, porque nos anos anteriores os pais tinham de levar as suas crianças aos centros de saúde, mas este ano enviámos pessoal para as creches e por isso a taxa de vacinação é mais alta”, explicou Leong Iek Hou. Os Serviços de Saúde, fizeram ainda o ponto de situação de outras doenças epidémicas como o sarampo, tendo havido registo, até agora, de 36 casos no total, sendo que destes 18 são importados de países como a China, Malásia, Tailândia, Japão, Nepal, Suíça e Reino Unido. Quanto à varicela, os SS avançaram que a situação “está controlada”, acrescentado ainda que o número de casos de escarlatina “tem vindo a diminuir gradualmente” e que este ano foram importados 27 casos de dengue.
Gripe | Menos de metade das crianças até aos três anos não foram vacinadas Pedro Arede - 31 Dez 2019 Os Serviços de Saúde apelaram uma vez mais à vacinação e afirmam que a situação da gripe este ano é menos grave do que em anos anteriores. No entanto, o pico de contágio da doença deverá acontecer em Janeiro, por altura do Ano Novo Chinês [dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Saúde (SS) estimam que o pico da gripe aconteça no final de Janeiro, durante o período do Ano Novo Chinês e apelam por isso à vacinação da população em tempo útil. O anúncio aconteceu ontem por ocasião da apresentação das situações epidémicas em Macau e contou com a exposição de Leong Iek Hou, coordenadora do núcleo de prevenção e doenças infecciosas, que recordou que a região já entrou na época da gripe. “Macau já entrou na época da gripe e estima-se que vá atingir um pico por volta do Ano Novo Chinês, mas outros vírus ainda estão muito activos como a varicela e a escarlatina. Nas regiões vizinhas a situação de febre do dengue, sarampo e pólio é muito grave, por isso os cidadãos devem estar atentos”, alertou a responsável. Leong Iek Hou revelou ainda que desde 30 de Setembro e até 29 de Dezembro, foram detectados 10 casos graves de gripe com pneumonia associada, sendo que destes, apenas uma pessoa tinha sido vacinada. Ainda assim a responsável avançou que, das 190 mil doses de vacina contra a gripe adquiridas pelo Governo, tinham sido ministradas, desde 30 de Setembro, cerca de 128 mil doses, traduzindo-se num aumento de 10 por cento relativamente ao mesmo período do ano passado. Além do apelo à população para que os residentes “sejam vacinados o mais rapidamente possível”, pois para ser eficaz a vacinação deve ser efectuada com duas a três semanas de antecedência, os SS apelaram ainda à higiene pessoal, à boa ventilação do ar. As autoridades aconselham ainda que sejam tomadas medidas preventivas contra picadas de mosquitos, caso os residentes se dirijam para outras regiões do sudeste asiático e ainda, que evitem levar crianças em viagem para esses locais ou para outros lugares turísticos. Balanço optimista No balanço das situações epidémicas feito ontem pelos SS, foi também revelado que entre as crianças até aos três anos, apenas menos de metade (48,5 por cento) tinham sido vacinadas contra a gripe. No entanto, para a coordenadora do núcleo de prevenção e doenças infecciosas, o número até mostra ser elevado tendo em conta os anos anteriores e a comparação com as regiões vizinhas. “Este ano a vacinação é mais alta, porque nos anos anteriores os pais tinham de levar as suas crianças aos centros de saúde, mas este ano enviámos pessoal para as creches e por isso a taxa de vacinação é mais alta”, explicou Leong Iek Hou. Os Serviços de Saúde, fizeram ainda o ponto de situação de outras doenças epidémicas como o sarampo, tendo havido registo, até agora, de 36 casos no total, sendo que destes 18 são importados de países como a China, Malásia, Tailândia, Japão, Nepal, Suíça e Reino Unido. Quanto à varicela, os SS avançaram que a situação “está controlada”, acrescentado ainda que o número de casos de escarlatina “tem vindo a diminuir gradualmente” e que este ano foram importados 27 casos de dengue.
Grande Baía pouco atractiva para os jovens de Macau, diz estudo Inam Ng e Pedro Arede - 31 Dez 2019 [dropcap]U[/dropcap]m estudo intitulado “Ouvir as vozes dos jovens”, financiado pela Fundação Macau e organizado pela Associação dos Jovens de Macau oriundos de Jiangmen revelou que entre os jovens de Macau existe pouca vontade de desenvolver a sua carreia profissional numa das 11 cidades da Grande Baía. Numa escala de 0 a 10, em que 10 representa uma probabilidade elevada de vir a desenvolver uma carreia profissional numa das cidades da região, os resultados revelaram que em termos numéricos, em média, a vontade dos jovens de Macau em partir para a Grande Baía situa-se num valor bastante baixo: 2,3. Segundo o mesmo estudo citado pelo jornal do Cidadão, a pouca vontade de trabalhar na Grande Baía deve-se sobretudo ao facto de os jovens considerarem que em Macau existem melhores oportunidades profissionais do que noutras cidades incluídas no projecto regional. Além disso, segundo os 602 inquéritos efectuados por ocasião do mesmo estudo, comparativamente com os jovens do Continente, os de Macau consideram-se mais competentes em termos de visão global e de adaptação multicultural, mas menos competentes em termos linguísticos, de análise de dados e capacidade de aprendizagem. Cerca de 30 por cento de entrevistados consideraram ainda que a competitividade profissional, a falta de amigos e a separação familiar são as principais causas que servem de impedimento para trabalhar na Grande Baía. Mais oportunidades Em relação à forma mais eficaz de promover a vontade de entrar no mercado de trabalho da Grande Baía, mais de 47 por cento dos entrevistados apontaram “mais oportunidades de fazer estágios”. Por outro lado, mais de 30 por cento dos jovens consideraram que a “facilidade de contrair empréstimos” e o “recrutamento por parte de empresas da Grande Baía” seriam alguns dos principais incentivos. Quanto às cidades de eleição na região, mais de 40 por cento dos jovens de Macau elegem Cantão e Zhuhai, ao passo que mais de 30 por cento escolhem Hong Kong e Shenzhen.
Concessão da Cinemateca Paixão prolongada por mais seis meses Andreia Sofia Silva - 31 Dez 201926 Fev 2020 Mok Ian Ian, presidente do Instituto Cultural, disse ontem que em Janeiro deverá ser aberto um novo concurso público para a gestão da Cinemateca Paixão. Mas, para já, a actual concessionária, Associação Audiovisual Cut, vê o contrato ser prolongado por mais seis meses [dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) emitiu ontem um comunicado a referir que “iniciará o concurso público sobre a prestação de serviço de exploração da Cinemateca Paixão o mais rápido possível, a fim de fornecer ao público um serviço cultural de qualidade”. Em declarações reproduzidas pela TDM Rádio Macau, Mok Ian Ian, presidente do IC, assegurou que o concurso público para uma nova concessão poderá ser aberto ainda antes do Ano Novo Chinês. Para já, é certo que a Associação Audiovisual Cut, concessionária desde a abertura da Cinemateca, pode continuar com o seu trabalho, uma vez que o contrato será renovado a curto prazo. “Em resposta às recentes opiniões e necessidades do sector cinematográfico e do público sobre a Cinemateca Paixão, o IC prolonga o serviço de exploração da empresa actual por um período de seis meses, de acordo com os procedimentos administrativos”, lê-se. No que diz respeito às obras de manutenção do espaço onde funciona a Cinemateca, os trabalhos começarão a ser feitos já a partir de Fevereiro do próximo ano. “Serão realizadas as inspecções e manutenção de pequenas dimensões da Cinemateca por fases, prevendo-se que as restantes obras sejam realizadas entre Junho e Agosto”, explica o IC. Infiltrações por resolver As obras de reparação e manutenção de que a Cinemateca Paixão será alvo devem-se, afinal, às infiltrações ocorridas devido às fortes chuvadas de Junho de 2019. “Nos últimos meses têm ocorrido falhas mais frequentes, incluindo falhas de flash do projector e desconexão frequente entre o projector e o servidor. Depois de várias reparações, o problema não foi ainda resolvido completamente.” Além disso, “as infiltrações de água no edifício causaram também a descamação de argamassa das paredes”. Todos os trabalhos de reparação serão feitos em três fases. As obras terão início apenas em Fevereiro devido ao facto de a produção do espectáculo “A Dupla Cinematográfica”, integrado no cartaz do 19º Festival Fringe, decorrer na Cinemateca. O IC pretende, além das obras, e “tendo em conta a evolução da indústria cinematográfica nos últimos anos, proceder à revisão do conteúdo do serviço para garantir que a Cinemateca ofereça ao público uma qualidade ainda melhor das instalações de projecção de filmes no futuro”. Cortar nas despesas Ontem a presidente do IC disse ainda à TDM Rádio Macau que a nova secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U, “deu instruções” para controlar os custos. “Temos de ter muito mais cuidado com cada despesa. Nós vamos fazer uma revisão das despesas. Temos tido uma atitude de reajustamento das despesas”, frisou Mok Ian Ian. A responsável admitiu, porém, que para já não existe um “plano especial para cortar na programação”.
Porto Interior | Passagem marítima com ligação a Zhuhai reabre a dia 23 Andreia Sofia Silva e Pedro Arede - 31 Dez 2019 A passagem marítima entre a zona do Porto Interior e Wanzai, em Zhuhai, recomeça a operar oficialmente no dia 23 de Janeiro, foi ontem anunciado. As autoridades estimam um aumento da frequência de barcos de 34 para 110 por dia, com um horário de funcionamento entre as 7h e as 22h [dropcap]E[/dropcap]stão praticamente concluídos os trabalhos que vão permitir a reabertura da passagem marítima entre o terminal marítimo do Porto Interior e a passagem alfandegária de Wanzai (ilha da Lapa) em Zhuhai já no dia 23 de Janeiro. O Governo promoveu ontem uma conferência de imprensa onde explicou os detalhes de funcionamento deste novo serviço. Será possível apanhar barco neste posto alfandegário entre as 7h e as 22h, com as autoridades a prever a operacionalização diária de 110 rotas de barcos, um aumento três vezes superior face às 34 rotas em funcionamento antes de 2016. Susana Wong, directora dos Serviços para os Assuntos Marítimos e da Água (DSAMA), acrescentou que, ao nível do funcionamento das rotas, haverá um período de descanso menor na hora de almoço. “A frequência das ligações marítimas será de 15 minutos, o que aumentará as ligações marítimas em três vezes mais”, aponta um comunicado. A directora da DSAMA frisou que está ainda a ser analisado o pedido apresentado pela Agência de Transporte de Passageiros Yuet Tung para a operacionalização dos barcos. Susana Wong explicou também que “em breve será efectuada uma análise à segurança dos barcos e o seu funcionamento, incluindo os equipamentos de salva vidas e contra-fogo, de forma a assegurar as condições adequadas”. No que diz respeito ao preço dos bilhetes foram fixados preços baixos. Um bilhete simples de Macau para Wanzai será de 20 patacas, enquanto que um bilhete de ida e volta terá o preço de 30 patacas. Já um bilhete normal de Wanzai para Macau custará 15 renmimbis, enquanto que um bilhete de ida e volta terá um custo de 25 renmimbis. Encerrado em Janeiro de 2016, esta passagem marítima funcionava apenas entre as 8h e 16h, com uma afluência anual de passageiros a rondar as 700 mil pessoas. Desta vez, o terminal passa a funcionar por um maior período de tempo, 15 horas diárias, estando prevista a passagem de 50 mil pessoas por dia. “São quatro frequências por hora e o maior barco suporta cerca de 280 passageiros. Com o modelo automático de passageiros podemos suportar estes números”, disse Lao Ian Seong, segunda-comandante do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP). Rápidas formalidades André Cheong, secretário para a Administração e Justiça, adiantou que a abertura da travessia marítima corresponde aos desígnios do Governo Central. Citado pelo mesmo comunicado oficial, o governante disse que “estas medidas facilitam as deslocações da população local a Zhuhai, numa passagem alfandegária em condições mais confortáveis que pretendem não só promover a interacção entre as pessoas e a economia dos dois territórios, mas também concretizar uma das exigências do Presidente Xi Jinping, no que diz respeito ao reforço da cooperação entre Guangdong e Macau”. Lao Ian Seong adiantou que tanto os balcões de controlo de documentos nas zonas de partidas e chegadas de passageiros poderão receber, por hora, 3840 passageiros. Tal “demonstra um grande aumento da capacidade de passagem alfandegária em comparação com o passado”, disse a responsável. Já Lo Seng Chi, responsável da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), alertou para o facto de o trânsito na zona do Porto Interior poder vir a sofrer grandes alterações. “Com o aumento da frequência das ligações marítimas, após a abertura da nova passagem, haverá um incremento do fluxo de passageiros, pelo que as estações de autocarros e a zona destinada à tomada e largada de passageiros serão reajustadas”, frisou. Ainda assim, Lo Seng Chi considerou que a estação de táxis existente será mais um factor que poderá facilitar o transporte de pessoas.
Porto Interior | Passagem marítima com ligação a Zhuhai reabre a dia 23 Andreia Sofia Silva e Pedro Arede - 31 Dez 2019 A passagem marítima entre a zona do Porto Interior e Wanzai, em Zhuhai, recomeça a operar oficialmente no dia 23 de Janeiro, foi ontem anunciado. As autoridades estimam um aumento da frequência de barcos de 34 para 110 por dia, com um horário de funcionamento entre as 7h e as 22h [dropcap]E[/dropcap]stão praticamente concluídos os trabalhos que vão permitir a reabertura da passagem marítima entre o terminal marítimo do Porto Interior e a passagem alfandegária de Wanzai (ilha da Lapa) em Zhuhai já no dia 23 de Janeiro. O Governo promoveu ontem uma conferência de imprensa onde explicou os detalhes de funcionamento deste novo serviço. Será possível apanhar barco neste posto alfandegário entre as 7h e as 22h, com as autoridades a prever a operacionalização diária de 110 rotas de barcos, um aumento três vezes superior face às 34 rotas em funcionamento antes de 2016. Susana Wong, directora dos Serviços para os Assuntos Marítimos e da Água (DSAMA), acrescentou que, ao nível do funcionamento das rotas, haverá um período de descanso menor na hora de almoço. “A frequência das ligações marítimas será de 15 minutos, o que aumentará as ligações marítimas em três vezes mais”, aponta um comunicado. A directora da DSAMA frisou que está ainda a ser analisado o pedido apresentado pela Agência de Transporte de Passageiros Yuet Tung para a operacionalização dos barcos. Susana Wong explicou também que “em breve será efectuada uma análise à segurança dos barcos e o seu funcionamento, incluindo os equipamentos de salva vidas e contra-fogo, de forma a assegurar as condições adequadas”. No que diz respeito ao preço dos bilhetes foram fixados preços baixos. Um bilhete simples de Macau para Wanzai será de 20 patacas, enquanto que um bilhete de ida e volta terá o preço de 30 patacas. Já um bilhete normal de Wanzai para Macau custará 15 renmimbis, enquanto que um bilhete de ida e volta terá um custo de 25 renmimbis. Encerrado em Janeiro de 2016, esta passagem marítima funcionava apenas entre as 8h e 16h, com uma afluência anual de passageiros a rondar as 700 mil pessoas. Desta vez, o terminal passa a funcionar por um maior período de tempo, 15 horas diárias, estando prevista a passagem de 50 mil pessoas por dia. “São quatro frequências por hora e o maior barco suporta cerca de 280 passageiros. Com o modelo automático de passageiros podemos suportar estes números”, disse Lao Ian Seong, segunda-comandante do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP). Rápidas formalidades André Cheong, secretário para a Administração e Justiça, adiantou que a abertura da travessia marítima corresponde aos desígnios do Governo Central. Citado pelo mesmo comunicado oficial, o governante disse que “estas medidas facilitam as deslocações da população local a Zhuhai, numa passagem alfandegária em condições mais confortáveis que pretendem não só promover a interacção entre as pessoas e a economia dos dois territórios, mas também concretizar uma das exigências do Presidente Xi Jinping, no que diz respeito ao reforço da cooperação entre Guangdong e Macau”. Lao Ian Seong adiantou que tanto os balcões de controlo de documentos nas zonas de partidas e chegadas de passageiros poderão receber, por hora, 3840 passageiros. Tal “demonstra um grande aumento da capacidade de passagem alfandegária em comparação com o passado”, disse a responsável. Já Lo Seng Chi, responsável da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), alertou para o facto de o trânsito na zona do Porto Interior poder vir a sofrer grandes alterações. “Com o aumento da frequência das ligações marítimas, após a abertura da nova passagem, haverá um incremento do fluxo de passageiros, pelo que as estações de autocarros e a zona destinada à tomada e largada de passageiros serão reajustadas”, frisou. Ainda assim, Lo Seng Chi considerou que a estação de táxis existente será mais um factor que poderá facilitar o transporte de pessoas.
Livros sobre governação de Xi Jinping distribuídos em Macau Hoje Macau - 31 Dez 2019 [dropcap]F[/dropcap]oi ontem lançada em Macau a edição, em chinês tradicional, dos dois volumes do livro “A Governança da China”, de Xi Jinping. De acordo com a TDM Rádio Macau, coube à Associação Zhi Gong a iniciativa de trazer as obras para o território. Ip Sio Man, presidente da associação, disse que serão distribuídas entre 20 a 30 mil cópias. “O livro já existia em caracteres simplificados, mas a partir de hoje [ontem] oferecemos em chinês tradicional”, destacou. Para o responsável, o facto de estas obras estarem à venda em Macau permite à população “um conhecimento sobre as directivas e o pensamento do Presidente Xi sobre a organização e administração do nosso país”. Também a Associação dos Advogados de Macau (AAM) vai distribuir a obra do Presidente chinês. Paulino Comandante, secretário-geral, disse à TDM Rádio Macau que a AAM vai apenas colocar à disposição dos sócios as cópias que receber, afastando qualquer conotação política. “É bom para aprendermos (…). Devemos fazer um esclarecimento: a associação em si não actua politicamente. Mas aprendermos o que está aqui [no livro] e a política de Xi, como advogado e cidadão, não vejo qualquer conflito”, distingue.
CCAC | Novos adjuntos e chefe de gabinete tomam posse Hoje Macau - 31 Dez 2019 [dropcap]O[/dropcap]s adjuntos Ao Ieong Seong e Lam Chi Long e ainda o Chefe do Gabinete do Comissário contra a Corrupção, Chan In Chio, tomaram posse no passado dia 27 de Dezembro como novos membros do Comissariado contra a Corrupção (CCAC). A cerimónia foi presidida pelo Comissário contra a Corrupção, Chan Tsz King, que referiu esperar que o pessoal do CCAC continue a desempenhar fielmente as suas funções e que exista uma boa coordenação e cooperação entre todos para que os trabalhos do organismo sejam bem-sucedidos. As informações foram divulgadas através de um comunicado oficial enviado pelo CCAC, que refere ainda que a nova ajunta Ao Ieong Seong, passando a ser ao mesmo tempo Directora dos Serviços contra a Corrupção, desempenhava anteriormente funções de Delegada do Procurador no Ministério Público desde Setembro de 2013. Já Lam Chi Long, tem desempenhado funções como Adjunto do Comissário contra a Corrupção e Director dos Serviços de Provedoria de Justiça desde o quarto Governo da RAEM.
CCAC | Novos adjuntos e chefe de gabinete tomam posse Hoje Macau - 31 Dez 2019 [dropcap]O[/dropcap]s adjuntos Ao Ieong Seong e Lam Chi Long e ainda o Chefe do Gabinete do Comissário contra a Corrupção, Chan In Chio, tomaram posse no passado dia 27 de Dezembro como novos membros do Comissariado contra a Corrupção (CCAC). A cerimónia foi presidida pelo Comissário contra a Corrupção, Chan Tsz King, que referiu esperar que o pessoal do CCAC continue a desempenhar fielmente as suas funções e que exista uma boa coordenação e cooperação entre todos para que os trabalhos do organismo sejam bem-sucedidos. As informações foram divulgadas através de um comunicado oficial enviado pelo CCAC, que refere ainda que a nova ajunta Ao Ieong Seong, passando a ser ao mesmo tempo Directora dos Serviços contra a Corrupção, desempenhava anteriormente funções de Delegada do Procurador no Ministério Público desde Setembro de 2013. Já Lam Chi Long, tem desempenhado funções como Adjunto do Comissário contra a Corrupção e Director dos Serviços de Provedoria de Justiça desde o quarto Governo da RAEM.
Metro Ligeiro | Transporte vai continuar a ser gratuito até ao fim de Janeiro Andreia Sofia Silva, Pedro Arede e Inam Ng - 31 Dez 2019 André Cheong, secretário para a Administração e Justiça, assegurou que o período experimental de funcionamento do Metro Ligeiro será alargado até ao dia 31 de Janeiro, o que implica que as viagens vão continuar a ser grátis. Face às avarias ocorridas, o governante exige respostas rápidas e acção da empresa gestora para garantir a segurança dos passageiros [dropcap]A[/dropcap] ocorrência de uma terceira avaria do Metro Ligeiro no espaço de um mês levou ontem o secretário para a Administração e Justiça, André Cheong, a prestar explicações. O governante adiantou também que as viagens no Metro Ligeiro vão continuar a ser grátis até 31 de Janeiro. Sobre as avarias, André Cheong pediu respostas rápidas à empresa gestora de forma a garantir, em primeiro lugar, a segurança dos utilizadores. “Face a essa situação e aos transtornos causados à população pedimos desculpas. Temos de, em primeiro lugar, assegurar a segurança dos passageiros. Exigimos que a companhia responsável inicie já uma análise sobre a situação e possa apresentar uma proposta de resolução. O objectivo é constatar um problema de funcionamento e resolvê-lo de imediato. Se descobrirmos que se trata de uma falha mecânica ou de gestão, veremos quais são as medidas a serem adoptadas de forma atempada.” Apesar dos alertas, André Cheong desvalorizou a ocorrência de avarias. “O Metro Ligeiro é uma novidade em Macau e todos sabemos que, mesmo a nível internacional, sempre que este tipo de transporte funciona pela primeira vez há sempre pequenos entraves e problemas que podem surgir. É um complexo sistema de transporte e carecemos de tempo para a sua articulação.” Exigidas explicações As sucessivas avarias do sistema de Metro Ligeiro levaram, entretanto, o deputado Lei Chan U a interpelar o Governo sobre o assunto. O legislador ligado aos Operários questiona as causas dos incidentes e os resultados do sistema de contingência do Metro Ligeiro. Lei Chan U pretende também saber se o relatório de análise às avarias será tornado público. Ng Chio Wai, membro do Conselho Consultivo de Serviços Comunitários da Ilhas e membro da direcção da associação Aliança do Povo de Instituição de Macau defendeu, citado pelo Jornal do Cidadão, que tanto o Governo como a empresa gestora do Metro Ligeiro devem explicações ao público. O responsável disse ainda que é importante a criação de um sistema de contingência e de fiscalização. Ng Chio Wai alertou para o facto de a ocorrência de três avarias ter prejudicado a imagem do sistema de transporte e argumentou que a abertura do Metro Ligeiro aconteceu para cumprir compromissos políticos. Entretanto, o Corpo de Bombeiros, através do seu comandante, Leong Iok Sam, esclareceu as razões pelas quais não foram prestados esclarecimentos aos meios de comunicação social aquando da terceira avaria do Metro Ligeiro. “Os nossos funcionários têm estado ocupados e por isso não conseguimos atender as chamadas. Mas vamos continuar a melhorar os nossos serviços”, disse, citado pelo jornal Cheng Pou.
Metro Ligeiro | Transporte vai continuar a ser gratuito até ao fim de Janeiro Andreia Sofia Silva, Pedro Arede e Inam Ng - 31 Dez 2019 André Cheong, secretário para a Administração e Justiça, assegurou que o período experimental de funcionamento do Metro Ligeiro será alargado até ao dia 31 de Janeiro, o que implica que as viagens vão continuar a ser grátis. Face às avarias ocorridas, o governante exige respostas rápidas e acção da empresa gestora para garantir a segurança dos passageiros [dropcap]A[/dropcap] ocorrência de uma terceira avaria do Metro Ligeiro no espaço de um mês levou ontem o secretário para a Administração e Justiça, André Cheong, a prestar explicações. O governante adiantou também que as viagens no Metro Ligeiro vão continuar a ser grátis até 31 de Janeiro. Sobre as avarias, André Cheong pediu respostas rápidas à empresa gestora de forma a garantir, em primeiro lugar, a segurança dos utilizadores. “Face a essa situação e aos transtornos causados à população pedimos desculpas. Temos de, em primeiro lugar, assegurar a segurança dos passageiros. Exigimos que a companhia responsável inicie já uma análise sobre a situação e possa apresentar uma proposta de resolução. O objectivo é constatar um problema de funcionamento e resolvê-lo de imediato. Se descobrirmos que se trata de uma falha mecânica ou de gestão, veremos quais são as medidas a serem adoptadas de forma atempada.” Apesar dos alertas, André Cheong desvalorizou a ocorrência de avarias. “O Metro Ligeiro é uma novidade em Macau e todos sabemos que, mesmo a nível internacional, sempre que este tipo de transporte funciona pela primeira vez há sempre pequenos entraves e problemas que podem surgir. É um complexo sistema de transporte e carecemos de tempo para a sua articulação.” Exigidas explicações As sucessivas avarias do sistema de Metro Ligeiro levaram, entretanto, o deputado Lei Chan U a interpelar o Governo sobre o assunto. O legislador ligado aos Operários questiona as causas dos incidentes e os resultados do sistema de contingência do Metro Ligeiro. Lei Chan U pretende também saber se o relatório de análise às avarias será tornado público. Ng Chio Wai, membro do Conselho Consultivo de Serviços Comunitários da Ilhas e membro da direcção da associação Aliança do Povo de Instituição de Macau defendeu, citado pelo Jornal do Cidadão, que tanto o Governo como a empresa gestora do Metro Ligeiro devem explicações ao público. O responsável disse ainda que é importante a criação de um sistema de contingência e de fiscalização. Ng Chio Wai alertou para o facto de a ocorrência de três avarias ter prejudicado a imagem do sistema de transporte e argumentou que a abertura do Metro Ligeiro aconteceu para cumprir compromissos políticos. Entretanto, o Corpo de Bombeiros, através do seu comandante, Leong Iok Sam, esclareceu as razões pelas quais não foram prestados esclarecimentos aos meios de comunicação social aquando da terceira avaria do Metro Ligeiro. “Os nossos funcionários têm estado ocupados e por isso não conseguimos atender as chamadas. Mas vamos continuar a melhorar os nossos serviços”, disse, citado pelo jornal Cheng Pou.
UNICEF | Organização alerta para aumento de ataques contra crianças Hoje Macau - 31 Dez 2019 Os diversos conflitos bélicos que se fazem sentir no mundo não são perigosos apenas para os adultos. A UNICEF alertou ontem para o facto de os ataques contra crianças terem triplicado face a 2010. Esta foi, sem dúvida, uma “década mortífera”. Uma sequência de raids aéreos na véspera de Natal no nordeste da Síria foi um dos tristes exemplos recentes que mereceram a crítica da UNICEF [dropcap]A[/dropcap] década que agora termina foi “mortífera” para as crianças que vivem nas várias zonas de conflito no mundo, denunciou ontem a UNICEF, revelando que, desde 2010, foram registadas mais de 170.000 violações graves contra menores. Em plena contagem decrescente para o fim de 2019, o Fundo das Nações Unidas para a Infância alerta que as crianças continuam a pagar um “preço mortal” à medida que os conflitos armados avançam em todo o mundo e que o ano que está prestes a acabar conclui uma “década mortífera” que testemunhou “uma média de 45 violações graves por dia contra crianças”. Segundo os dados da UNICEF, os ataques contra crianças aumentaram quase três vezes desde 2010. A agência da ONU identifica como violações graves seis situações específicas: assassínio e mutilação de crianças; recrutamento e utilização de crianças por forças e grupos armados; violência sexual contra crianças; ataques contra escolas ou hospitais; rapto de crianças; e negação do acesso humanitário às crianças. Num comunicado divulgado a partir de Nova Iorque, a organização frisa que, desde a adopção da Convenção sobre os Direitos da Criança (em 1989), nunca houve tantos países em conflito, com dezenas de focos armados violentos que matam, mutilam e forçam as crianças a abandonarem as respectivas casas. “Em todo o mundo, os conflitos estão a durar mais tempo, causando mais derramamento de sangue e ceifando mais vidas de crianças”, afirma a diretora executiva da UNICEF, Henrietta Forre. “Os ataques contra crianças continuam sem abrandar, enquanto as partes em conflito desrespeitam uma das mais básicas regras em cenário de guerra: a protecção das crianças. Por cada ato de violência contra crianças que chegam aos jornais e geram ondas de indignação, há muitos mais que não são reportados”, frisa a representante. Triste exemplo Pelo menos oito civis, entre os quais cinco crianças, foram mortas na véspera do dia de Natal na sequência de raides aéreos russos numa aldeia no noroeste da Síria, abrigo de deslocados, indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). A UNICEF foi uma das primeiras organizações a reagir à ofensiva que vitimou crianças, manifestando-se alarmada com o “peso da intensificação” da violência. De acordo com a organização não-governamental, os ataques visaram a aldeia de Joubass, no sul da província de Idleb, matanto civis deslocados, que se tinham abrigado numa escola e junto a esse edifício. As forças do regime síria, com o apoio da aviação russa, têm intensificado os bombardeamentos na região, ao mesmo tempo que decorrem violentos combates no terreno contra grupos jihadistas e rebeldes. Cerca de 80 civis foram já mortos em consequência desta nova escalada dos combates. A Turquia indicou que se encontra em conversações com a Rússia para obter um novo cessar-fogo em Idleb, sublinhando que estes combates violam uma trégua em vigor desde agosto. “Estes bombardeamentos devem cessar imediatamente”, sublinhou o porta-voz da Presidência turca, Ibrahim Kalim, numa conferência de imprensa acompanhada pela agência France Press. As forças do regime sírio retomaram o controlo de quatro dezenas de vilas e aldeias numa área de 320 quilómetros quadrados, de acordo com um comunicado divulgado pelo exército sírio, que garante a determinação de continuar a avançar até que a totalidade da província de Idleb esteja “limpa de terroristas e dos seus apoiantes”. Situação não é nova O exemplo dado acima não tem sido caso raro no passado recente. Já em 2018, a UNICEF tinha denunciado a situação de fragilidade em que viviam milhões de menores afectados por conflitos em todo o mundo, tendo criticado na altura os líderes mundiais por não serem capazes de evitar os actos de violência cometidos contra essas crianças e de falharem na responsabilização dos autores de tais agressões. De acordo com a UNICEF, em 2018, foram registadas mais de 24 mil violações graves contra crianças, o que já representava então “um número duas vezes e meio superior ao registado em 2010”. Ainda em relação a 2018, os dados recolhidos apontam para mais de 12 mil crianças mortas ou mutiladas. “O uso continuado e generalizado de ataques aéreos e de armas explosivas (como minas terrestres, morteiros, dispositivos explosivos improvisados, ataques com mísseis, armas de fragmentação e artilharia) é a principal causa de vítimas infantis em conflitos armados”, indica a organização. Segundo afirmou a UNICEF, este cenário não se alterou em 2019, denunciando que, só durante os primeiros seis meses do ano, foram contabilizadas mais de 10 mil violações contra crianças. A agência da ONU admite, no entanto, que os números reais devem ser “provavelmente muito maiores”. Da Síria ao Iémen, passando também pelo Iraque, Afeganistão, Burkina Faso ou pelo leste da Ucrânia, a UNICEF relata várias situações que ao longo dos 12 meses de 2019 afectaram violentamente as crianças e que fizeram vítimas entre os mais jovens. Criada em 1946, a UNICEF está presente em 190 países e territórios, prestando no terreno serviços de saúde, nutrição, educação e proteção às crianças mais vulneráveis.
UNICEF | Organização alerta para aumento de ataques contra crianças Hoje Macau - 31 Dez 2019 Os diversos conflitos bélicos que se fazem sentir no mundo não são perigosos apenas para os adultos. A UNICEF alertou ontem para o facto de os ataques contra crianças terem triplicado face a 2010. Esta foi, sem dúvida, uma “década mortífera”. Uma sequência de raids aéreos na véspera de Natal no nordeste da Síria foi um dos tristes exemplos recentes que mereceram a crítica da UNICEF [dropcap]A[/dropcap] década que agora termina foi “mortífera” para as crianças que vivem nas várias zonas de conflito no mundo, denunciou ontem a UNICEF, revelando que, desde 2010, foram registadas mais de 170.000 violações graves contra menores. Em plena contagem decrescente para o fim de 2019, o Fundo das Nações Unidas para a Infância alerta que as crianças continuam a pagar um “preço mortal” à medida que os conflitos armados avançam em todo o mundo e que o ano que está prestes a acabar conclui uma “década mortífera” que testemunhou “uma média de 45 violações graves por dia contra crianças”. Segundo os dados da UNICEF, os ataques contra crianças aumentaram quase três vezes desde 2010. A agência da ONU identifica como violações graves seis situações específicas: assassínio e mutilação de crianças; recrutamento e utilização de crianças por forças e grupos armados; violência sexual contra crianças; ataques contra escolas ou hospitais; rapto de crianças; e negação do acesso humanitário às crianças. Num comunicado divulgado a partir de Nova Iorque, a organização frisa que, desde a adopção da Convenção sobre os Direitos da Criança (em 1989), nunca houve tantos países em conflito, com dezenas de focos armados violentos que matam, mutilam e forçam as crianças a abandonarem as respectivas casas. “Em todo o mundo, os conflitos estão a durar mais tempo, causando mais derramamento de sangue e ceifando mais vidas de crianças”, afirma a diretora executiva da UNICEF, Henrietta Forre. “Os ataques contra crianças continuam sem abrandar, enquanto as partes em conflito desrespeitam uma das mais básicas regras em cenário de guerra: a protecção das crianças. Por cada ato de violência contra crianças que chegam aos jornais e geram ondas de indignação, há muitos mais que não são reportados”, frisa a representante. Triste exemplo Pelo menos oito civis, entre os quais cinco crianças, foram mortas na véspera do dia de Natal na sequência de raides aéreos russos numa aldeia no noroeste da Síria, abrigo de deslocados, indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). A UNICEF foi uma das primeiras organizações a reagir à ofensiva que vitimou crianças, manifestando-se alarmada com o “peso da intensificação” da violência. De acordo com a organização não-governamental, os ataques visaram a aldeia de Joubass, no sul da província de Idleb, matanto civis deslocados, que se tinham abrigado numa escola e junto a esse edifício. As forças do regime síria, com o apoio da aviação russa, têm intensificado os bombardeamentos na região, ao mesmo tempo que decorrem violentos combates no terreno contra grupos jihadistas e rebeldes. Cerca de 80 civis foram já mortos em consequência desta nova escalada dos combates. A Turquia indicou que se encontra em conversações com a Rússia para obter um novo cessar-fogo em Idleb, sublinhando que estes combates violam uma trégua em vigor desde agosto. “Estes bombardeamentos devem cessar imediatamente”, sublinhou o porta-voz da Presidência turca, Ibrahim Kalim, numa conferência de imprensa acompanhada pela agência France Press. As forças do regime sírio retomaram o controlo de quatro dezenas de vilas e aldeias numa área de 320 quilómetros quadrados, de acordo com um comunicado divulgado pelo exército sírio, que garante a determinação de continuar a avançar até que a totalidade da província de Idleb esteja “limpa de terroristas e dos seus apoiantes”. Situação não é nova O exemplo dado acima não tem sido caso raro no passado recente. Já em 2018, a UNICEF tinha denunciado a situação de fragilidade em que viviam milhões de menores afectados por conflitos em todo o mundo, tendo criticado na altura os líderes mundiais por não serem capazes de evitar os actos de violência cometidos contra essas crianças e de falharem na responsabilização dos autores de tais agressões. De acordo com a UNICEF, em 2018, foram registadas mais de 24 mil violações graves contra crianças, o que já representava então “um número duas vezes e meio superior ao registado em 2010”. Ainda em relação a 2018, os dados recolhidos apontam para mais de 12 mil crianças mortas ou mutiladas. “O uso continuado e generalizado de ataques aéreos e de armas explosivas (como minas terrestres, morteiros, dispositivos explosivos improvisados, ataques com mísseis, armas de fragmentação e artilharia) é a principal causa de vítimas infantis em conflitos armados”, indica a organização. Segundo afirmou a UNICEF, este cenário não se alterou em 2019, denunciando que, só durante os primeiros seis meses do ano, foram contabilizadas mais de 10 mil violações contra crianças. A agência da ONU admite, no entanto, que os números reais devem ser “provavelmente muito maiores”. Da Síria ao Iémen, passando também pelo Iraque, Afeganistão, Burkina Faso ou pelo leste da Ucrânia, a UNICEF relata várias situações que ao longo dos 12 meses de 2019 afectaram violentamente as crianças e que fizeram vítimas entre os mais jovens. Criada em 1946, a UNICEF está presente em 190 países e territórios, prestando no terreno serviços de saúde, nutrição, educação e proteção às crianças mais vulneráveis.
Abolido sistema penal e reeducativo para prostitutas e clientes no Interior da China Hoje Macau - 30 Dez 2019 [dropcap]A[/dropcap] República Popular da China aprovou no sábado passado legislação para abolir o sistema penal e reeducativo que permitia à polícia deter prostitutas e os seus clientes sem acusação formal por um período até dois anos, informou a agência oficial Nova China. Segundo adianta a Nova China, este sistema arbitrário de detenção, em vigor durante quase três décadas, foi abolido a partir de ontem, e os detidos em “centros de educação” devem ser libertados imediatamente. As vozes críticas do sistema que estava em vigor no país alegavam que esses centros tinham pouco a ver com educação e reinserção. “As trabalhadoras do sexo nesses centros são submetidas a violência policial (…) trabalho forçado, testes obrigatórios para doenças sexualmente transmissíveis (…) humilhação e violência física”, alertou Shen Tingting, dirigente da “Asia Catalyst”, uma associação que defende os direitos das comunidades marginalizadas. A abolição deste sistema “é um passo positivo”, acrescentou aquela responsável. Pequeno passo A opinião pública contribuiu decisivamente para o encerramento desses centros desde a abolição na China do “sistema de reeducação por meio de campos de trabalho” em 2013. Contudo, as autoridades chinesas mantiveram o sistema de detenção arbitrária de profissionais do sexo e seus clientes. Em 2014, a polícia anunciou que o actor popular Huang Haibo havia sido detido por seis meses por solicitar uma prostituta, um episódio que recebeu comentários negativos nos media estatais, dando-lhes oportunidade de questionar o sistema em vigor. A prostituição, ilegal na China, é generalizada, com um número estimado de profissionais do sexo na ordem dos milhões. As prostitutas e os seus clientes estão sujeitos a uma multa equivalente a 720 euros e a quinze dias de detenção administrativa. A abolição dos centros de detenção é considerada um pequeno passo, notou Shen, concluindo: “A lei da China enfatiza a proibição e a punição … em vez de fornecer uma estrutura para garantir a saúde e a segurança dos profissionais do sexo como profissionais”.
Quem gastou mais? Andreia Sofia Silva - 30 Dez 2019 [dropcap]H[/dropcap]o Iat Seng começa o seu primeiro mandato como Chefe do Executivo a lançar farpas a Alexis Tam por ter gasto demasiado enquanto secretário para os Assuntos Sociais e Cultura. Ho Iat Seng vai mais longe e diz que o excesso de despesas na Administração também pode ser equiparado ao crime de corrupção, deixando no ar algo que ainda não percebemos exactamente o que é. Convém lembrar que, antes dos gastos de Alexis Tam, já o Governo havia esbanjado imensas patacas em empresas de capitais públicos, aquelas que ninguém percebe exactamente o que fazem ou onde investem, ou em derrapagens orçamentais de obras públicas. Não faltam exemplos na Administração de despesismo. Acusar agora Alexis Tam de gastar muito, tendo em conta que este teve a tutela da saúde, da educação, da cultura e do turismo é deveras estranho. Convém lembrar que só as áreas da saúde e da educação representam enormes gastos em qualquer orçamento, de qualquer país ou região. Macau continua a não ter um novo hospital público, mas mesmo assim Alexis Tam fez por contratar mais médicos e inaugurar novas infra-estruturas. Além do mais, se Alexis Tam esbanjou tanto dinheiro, porquê escolhê-lo para a Delegação Económica e Comercial de Macau em Lisboa e Bruxelas?
Maravilhoso contador das horas José Simões Morais - 30 Dez 2019 [dropcap]D[/dropcap]e Lisboa com destino à Índia partiu a 24 de Março de 1578 a 30ª expedição de missionários jesuítas onde seguiam os padres Michele Ruggieri, Francisco Pasio, Duarte de Sande e ainda sem estar ordenado Matteo Ricci. O Visitador das missões das Índias orientais, o padre Alessandro Valignano chegara a Macau em Setembro de 1578 e “aí, rapidamente se deu conta, por um lado, da vastidão do império da China e da sua importância estratégica, e por outro, das enormes barreiras com que esse mesmo império se defendia de todo o contacto com povos estrangeiros”, segundo Horácio Peixoto de Araújo, que transcreve a visão do Visitador altamente positiva do reino da China, tão diferente de os demais reinos existentes no Oriente, assim como a qualidade das gentes e costumes, “a fertilidade da terra e a perfeição do governo. E tudo isto, acentuava [Valignano], sem o concurso da doutrina cristã.” Vendo as enormes potencialidades que se abriam à evangelização, o Visitador mandou vir da Índia o padre Michele Ruggieri (1543-1607), que chegou a Macau em Julho de 1579 e por ordem de Valignano começou de imediato a estudar a língua dos mandarins, “com o auxílio de um letrado chinês que, depois de reprovar nos exames para alcançar grau se tinha fixado em Macau”, segundo refere Rui Manuel Loureiro, que num aparte relembra, “Quando o padre Francisco Pérez tentou conseguir autorização para permanecer em Cantão em 1565, os mandarins cantonenses tinham-lhe perguntado se dominava a língua chinesa; perante a resposta negativa do jesuíta, o seu pedido tinha sido rotundamente indeferido.” Para Ruggieri, se ler e escrever os carácteres chineses não trazia grandes obstáculos (ao fim de dois anos dominava doze mil caracteres), já os tons exigiam prática no falar. Daí, nada melhor do que acompanhar os comerciantes portugueses à feira de Cantão [iniciada em 1580 e então a durar dois meses] e procurar encontrar algum Mandarim com quem praticar. “Pela Páscoa de 1580 (3 de Abril), o Pe. Miguel Ruggieri, jesuíta italiano aplicado ao Real Padroado de Portugal e com os meios diplomáticos e materiais que este lhe forneceu, dirigiu-se a Cantão e habitou numa casa junto ao Rio Si-Kiang” [em mandarim Xijiang, que significa Rio Oeste]. E continuando com Benjamim Videira Pires S.J., Ruggieri aí voltou em 1581, duas vezes, “a primeira das quais com o Irmão Paes e a segunda, antes de 25 de Outubro com o já Pe. André Pinto, todos jesuítas.” Segundo o padre Domingos Álvares, Superior da residência de Macau, “alguns mandarins o receberam e comunicaram com ele. Demorou-se, uma vez, três meses e, a outra, dois, residindo no palácio do Embaixador do Sião.” A sua fama começava a despertar o interesse entre os mandarins de Cantão. Angústia em Macau Em 1582, o novo Vice-rei de Guangdong e Guangxi Chen Rui mandou uma chapa para Macau a convocar o bispo (desde 1581 D. Leonardo de Sá) e o Capitão-mor (D. João de Almeida) para comparecerem em Zhaoqing. O chamar as mais importantes personalidades de Macau “criou uma certa angústia pois parecia ser mais rápida a saída dos portugueses de Macau do que os padres conseguirem missionar na China”, relatava o Pe. Francisco de Sousa. Segundo o padre Manuel Teixeira, “Os cidadãos de Macau, não achando conveniente a ida das duas supremas autoridades da colónia, enviaram em seu lugar, como delegados de Macau, o Ouvidor Matias Panela, representando o Capitão-mor, e o jesuíta Miguel Ruggieri, representante do bispo”, a quem Valignano ordenou que tratasse de ver se poderia lá quedar. Assim, segundo Benjamim Videira Pires, “em Abril-Maio de 1582, Ruggieri voltou, pela quarta vez, a Cantão e aí ficou mês e meio. No dia 2 de Maio, encontrou-se Ruggieri em Cantão com o Pe. Alfonso Sanchez S.J. e dois franciscanos, um dos quais foi o terciário João Diaz Pardo, que pela segunda vez se aventurava a entrar na China.” Montalto de Jesus refere, por ser “importante para a segurança da colónia, que alguém se dirigisse a Shao-king-foo (Zhaoqing), na altura a sede vice-real”, de Cantão Ruggieri para lá se dirigiu em Junho com o Juiz português Matias Panela, “homem de idade e grande experiência, que sempre se relacionara muito bem com os mandarins.” Na audiência, o novo Vice-rei acusou os portugueses de terem tribunais em Macau, terra sobre alçada do imperador, assim como condenava a permanência de cafres e japoneses, não queridos pelos chineses. “Para poder controlar eficazmente os Portugueses que começaram a ter um comportamento cada dia mais arrogante a partir da repressão dos marinheiros amotinados de Zhelin, serviu-se habilmente da política de ‘garrotes mais cenouras’ para os Portugueses ficarem com medo e respeito da nossa magnanimidade e gratos às nossas acções virtuosas. (…) Através desta convocação, fez saber aos Portugueses que eles estavam a residir em Macau na qualidade de vassalos do Imperador chinês. Este acto reforçou a soberania chinesa sobre Macau”, segundo Jin Guo Ping e Wu Zhiliang, que referem, “Durante este processo, os representantes de Macau não perderam a oportunidade de prestar vassalagem política ao vice-rei e, através dele, ao Imperador chinês [Wan Li, 1573-1620], o que agradou sobremaneira a Chen Rui, que representava o Filho do Céu em Cantão.” A delegação levou presentes como sedas e cristais que o Vice-Rei pagou para mostrar que as ofertas não era suborno e deu-lhes alguma prata para fazer compras em Macau. Segundo D. João de Deus Ramalho: “Entrementes Ruggieri vê-se detido por uma doença grave e Matias Panela teve de voltar sozinho a Shiu-Hing [Zhaoqing] a dar conta das suas compras, informando o motivo por que faltava o Delegado Ruggieri. Matias Panela aguçara-lhe a curiosidade e o desejo de rever o Padre na sua corte, porquanto lhe anunciou que outro Padre [o português Rui Vicente] trouxera um raro objecto da Índia. Um relógio maravilhoso que tinha a arte de tanger as horas por si mesmo.” O Vice-Rei mostrou-se muito interessado por esse engenho e por isso convidou-os para uma segunda visita, a fim de lhe trazerem o maravilhoso contador das horas. Ruggieri, depois de restabelecido, partiu a 18 de Dezembro de 1582 para Zhaoqing com o Padre Francisco Pasio, [que com Matteo Ricci tinha chegado a Macau em 7 de Agosto de 1582 proveniente de Goa]. Assim, em 27 de Dezembro de 1582, pelas mãos dos dois padres italianos foi entregue o primeiro relógio mecânico, “uma máquina de aço toda de rodas por dentro, que continuamente se moviam por si mesmas e mostravam por fora todas as horas do dia e da noite e o som de uma campainha dizia o número de cada uma delas”. O Vice-Rei Chen Rui, com o precioso relógio, instrumento nunca visto na China (e ainda muito raro no Ocidente) e a confirmação dos delegados portugueses de Macau reconhecer a soberania chinesa, ficou de tal modo contente que não pôde negar a Ruggieri a ambicionada satisfação de se estabelecer em Zhaoqing, capital dos dois Guangs. Tal viria a ocorrer no ano seguinte.
Mais lugares que marinheiros Anabela Canas - 30 Dez 2019 [dropcap]D[/dropcap]ias antes e já a pantalha luminosa se acendia intermitente a deixar ver. As luzes no máximo como para não nos perdermos no caminho. Um prévio cometa Halley a guiar. As pessoas são tão contidas. Em si próprias, muito embora por vezes a exorbitar numa espécie de sudação subliminar. Em que se pressente uma enormidade de inferências, de subentendidos e de consequências que temos que saber aparar no regaço. Estendo a mão. Mas não toco no que não se quer tocado. Nós não somos tristes, somos fundos e por isso não somos simples. Conto. Volto a contar. São as contas do Natal. Porque exorbitaram as continhas vermelhas do azevinho, tão raro, em grandes bolas de árvore de natal? Porque de tão raro, o que era espontâneo quase se extingue. Agora as poinsétias. Grandes e extravagantes estrelas de outro continente. Ceia de Natal. Não há lugares vazios. O tilintar de copos e as conversas inconsequentes, coisas práticas e insignificantes. Também já contamos histórias. Shhhh…é só um pequeno movimento para dentro e oiço-os chegar devagarinho. Como um nó na garganta. Sentar-se sossegados, com as expressões inesperadas que o inconsciente laborioso lhes coloca nas faces antigas. Antigas, mas por vezes tão jovens, afinal. Não se sabe, antes, com que rosto vão surgir. E ficam ali quase luminescentes, a ocupar solidamente um espaço para o qual foram convidados. E ficam. Até que o nó se desfaça e alguém diga um disparate divergente. E eles não suportam o esquecimento. E assim se vão. Mas não muito longe. Vamos olhar uns para os outros, felizes mas secretamente a fazer contas aos que faltam. Ainda não habituados. A ter que contar quantos somos agora, várias vezes porque é um número novo. Um dado novo para este jogo. Mas felizes de ainda nos termos uns aos outros. Os mais velhos foram-se retirando definitivamente da mesa. Ao seu tempo. Deixam-nos como sozinhos em casa para continuar. Mas na verdade, começamos outros de nós, então, a ser os mais velhos e a olhar em volta com desconfiança como quem diz vamos lá a ver se ninguém sai daqui sem autorização. Vamos estendendo a toalha agora comprida demais, pondo a mesa caoticamente e retocando cozinhados e compondo pratos com uma enorme seriedade e como se uma epopeia que não se destinasse somente a nós. Mas sabemos secretamente que ainda há vários lugares vazios, por mais que se não coloquem visíveis à mesa. Que ainda não foram absorvidos pelas ausências que os ocupam. Fingimos que não é nada connosco. Sabe-se lá se cada um reza aos seus santinhos. Que chegam e ficam ali como parceiros discretos a aconselhar sobre o ombro qual a carta a jogar. Depois sentamo-nos. Só nós e quem naquele exacto momento se abeira de cada um à vez e sopra um invisível murmúrio. A saudade é seguramente nossa. Como um altar íntimo e doméstico. Do culto aos que passaram e nos deixaram. Só não temos coragem de deixar laranjas e papéis de queimar visíveis, para não nos entristecermos uns aos outros. Somos tão púdicos. Ninguém vai dizer nada. Já se disse, outras vezes. Mas lá para o final da primeira garrafa, algo um pouco desajeitado há-de surgir. Mal planeado, e irreprimido. Só nós agora. Qualquer coisa assim. Como miúdos à solta. Ainda um pouco desajeitados desta ausência dos mais velhos. Que somos agora nós. A fazer este papel no seu melhor, porque é mais difícil fora da marcação. E precisamos dele. Que nos ligue e continue a ligar. Depois nunca se deixam as velas arder até ao fim. Um pouco de luz possível para o dia a seguir. Reacender. E sobra sempre tanta cera mesmo depois. Aprendi que a única coisa que se esgota demasiado depressa é o pavio, de algodão. Mas substituindo por um novo, há muita cera para arder ainda. Derreter sem arder, moldar a nova forma, pavio novo e nova vela. Sem as cores nítidas da antiga, mas a luz é sempre luz. Família, quando temos, é o que temos. E depois da consoada, ficamos de novo a sós. Meto a chave à porta. Abro a porta de casa e descalço os sapatos para não fazer barulho. Estás aí. Que não gostas do natal. E fazes bem, à falta de melhor. Dispo a roupa simbólica de estar especial e fico para ali, sem nada. E aí sim, essencial. Se estás. Deito-me ao lado exausta. Voltada para ti. Suspiro fundo. Agora só daqui a um ano. Sorri por favor. Vejo-te mesmo no escuro. Tocamo-nos ao de leve e não há nada melhor. Do que a enormidade da distância que se vence, percorre e anula nesse gesto invisível e definitivo em si. Em que se nasce ao espelho táctil do outro ali. Reinado enorme e eu pequena. No simples espaço curto da cama. Não é preciso ser maior. Já basta a amplitude dos temores, das noites, do abandono de deuses. E chega. Chegando de mansinho. Não estou só porque tive a sorte de não nascer só. Solitária, sempre. Uma coisa da espécie. Monticola solitarius. E digo, agora nós. Não digo finalmente sós, o que seria ingratidão. Mas digo. Agora nós. Só. E fico. E porque todos os anos mesmo os temores se renovam como recém-desembrulhados no meio das outras prendas de natal, pergunto como sempre: estás aí? E tudo está certo como sempre, a postos para recomeçar como se do início de tudo. Depois, fim do ano, ano novo e vida nova. Até ver. Naquele escasso momento em que troam e florescem as últimas luzes do fogo-de-artifício. Vistas da janela pequenina. Acordo no dia já bem claro. Encolho as pernas, puxo a roupa e viro-me para o lado a pensar que o dia vem longo. Percorrer o mercado de doces à procura de algo que se aproxime dos sonhos da infância. Leves e cremosos e pastéis de massa estaladiça. Em caixas de cartão para logo. Há que guardar tempo para me arranjar. É preciso que cada um esteja no seu melhor. Um pouco de maquilhagem para a consoada. A família merece. Ou eles, saber que estamos bem. Ou eu.
Passagem de Ano | Macau e Taipa recebem 2020 com música e fogo de artifício Pedro Arede - 30 Dez 2019 Fogo de artifício, actividades em família e concertos do grupo de Hong Kong “Mirror”, da cantora Linda Wong e do artista local Siu Fai vão marcar os festejos do ano novo, tanto em Macau como na Taipa. As celebrações serão também transmitidas em ecrãs gigantes instalados no Largo do Senado e no Centro Náutico da Praia Grande. A entrada é livre [dropcap]A[/dropcap]s últimas horas de 2019 estão à porta e prometem não ser discretas. Para garantir que os festejos de ano novo não passam ao lado de ninguém que por estes dias esteja em Macau, serão realizados no dia 31 de Dezembro, o “Concerto da Passagem de Ano – Macau 2019” e a “Festa da Passagem de Ano – Taipa 2019”, respectivamente na Praça do Lago Sai Van e nas Casas da Taipa. Os dois eventos comemorativos da entrada em 2020 estão a ser organizados pelo Instituto Cultural (IC) e pelos Serviços de Turismo e co-organizados pelo Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) e pela Teledifusão de Macau (TDM). O “Concerto da Passagem de Ano – Macau 2019” terá lugar no dia 31 de Dezembro, a partir das 22 horas, na Praça do Lago Sai Van, e vai contar com as actuações do conhecido grupo de Hong Kong, “Mirror” e do cantor de Macau, Siu Fay. O grupo “Mirror” estreou-se no espectáculo de talentos de Hong Kong “Good Night Show – King Maker”, afirmando-se como um grupo de dança masculina da nova geração. Momentos antes da entrada em 2020, os artistas irão juntar-se ao público para a contagem decrescente e para o espectáculo de fogo de artifício que terá lugar junto à Torre de Macau. Já a “Festa da Passagem de Ano – Taipa 2019” terá início pelas 20h30, nas Casas da Taipa, procurando proporcionar também algumas actividades destinadas à participação em família. Assim, entre as 20h30 e as 23h30, haverá lugar para a exposição de stands temáticos da Austrália, Coreia do Sul, Filipinas, Índia, Indonésia, Myanmar e Vietnam, onde serão exibidos produtos artísticos de personalidades estrangeiras com residência em Macau e proporcionado o acesso a jogos, petiscos e bebidas típicas. A festa propriamente dita terá início pelas 21h30 e conta com a presença da cantora de Hong Kong, Linda Wong, que vai interpretar canções clássicas e encerrar o espectáculo já perto da meia-noite. Antes disso, o espectáculo vai incluir ainda actuações de vários artistas de Macau, como Elvin Chio Song Hou, Elise Lei, do grupo Rebel Rabbit, da banda de jazz “The Bridge”, Mágico Van, do gupo de dança indiana “Victor Kumar & Bollywood Dreams Group”, do grupo de palhaços “Tru & Tru”, do grupo de dança da “Associação de Ajuda Mútua dos Chineses Ultramarinos da Birmânia em Macau” e ainda do grupo de dança filipina “Bisdak Association of Macau”. Ano novo para todos Com o objectivo de levar os festejos a mais pessoas, serão ainda instalados ecrãs gigantes no Largo do Senado e no Centro Náutico da Praia Grande, que irão transmitir ao vivo os espectáculos da noite de ano novo. Além disso, a TDM irá também transmitir o evento em directo através dos seus vários canais e plataformas. A entrada para ambos os eventos é livre. Segundo o IC, na noite da passagem de ano, serão implementadas várias medidas adicionais de controlo de trânsito e inspecção de segurança, que serão anunciadas em breve.
Passagem de Ano | Macau e Taipa recebem 2020 com música e fogo de artifício Pedro Arede - 30 Dez 2019 Fogo de artifício, actividades em família e concertos do grupo de Hong Kong “Mirror”, da cantora Linda Wong e do artista local Siu Fai vão marcar os festejos do ano novo, tanto em Macau como na Taipa. As celebrações serão também transmitidas em ecrãs gigantes instalados no Largo do Senado e no Centro Náutico da Praia Grande. A entrada é livre [dropcap]A[/dropcap]s últimas horas de 2019 estão à porta e prometem não ser discretas. Para garantir que os festejos de ano novo não passam ao lado de ninguém que por estes dias esteja em Macau, serão realizados no dia 31 de Dezembro, o “Concerto da Passagem de Ano – Macau 2019” e a “Festa da Passagem de Ano – Taipa 2019”, respectivamente na Praça do Lago Sai Van e nas Casas da Taipa. Os dois eventos comemorativos da entrada em 2020 estão a ser organizados pelo Instituto Cultural (IC) e pelos Serviços de Turismo e co-organizados pelo Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) e pela Teledifusão de Macau (TDM). O “Concerto da Passagem de Ano – Macau 2019” terá lugar no dia 31 de Dezembro, a partir das 22 horas, na Praça do Lago Sai Van, e vai contar com as actuações do conhecido grupo de Hong Kong, “Mirror” e do cantor de Macau, Siu Fay. O grupo “Mirror” estreou-se no espectáculo de talentos de Hong Kong “Good Night Show – King Maker”, afirmando-se como um grupo de dança masculina da nova geração. Momentos antes da entrada em 2020, os artistas irão juntar-se ao público para a contagem decrescente e para o espectáculo de fogo de artifício que terá lugar junto à Torre de Macau. Já a “Festa da Passagem de Ano – Taipa 2019” terá início pelas 20h30, nas Casas da Taipa, procurando proporcionar também algumas actividades destinadas à participação em família. Assim, entre as 20h30 e as 23h30, haverá lugar para a exposição de stands temáticos da Austrália, Coreia do Sul, Filipinas, Índia, Indonésia, Myanmar e Vietnam, onde serão exibidos produtos artísticos de personalidades estrangeiras com residência em Macau e proporcionado o acesso a jogos, petiscos e bebidas típicas. A festa propriamente dita terá início pelas 21h30 e conta com a presença da cantora de Hong Kong, Linda Wong, que vai interpretar canções clássicas e encerrar o espectáculo já perto da meia-noite. Antes disso, o espectáculo vai incluir ainda actuações de vários artistas de Macau, como Elvin Chio Song Hou, Elise Lei, do grupo Rebel Rabbit, da banda de jazz “The Bridge”, Mágico Van, do gupo de dança indiana “Victor Kumar & Bollywood Dreams Group”, do grupo de palhaços “Tru & Tru”, do grupo de dança da “Associação de Ajuda Mútua dos Chineses Ultramarinos da Birmânia em Macau” e ainda do grupo de dança filipina “Bisdak Association of Macau”. Ano novo para todos Com o objectivo de levar os festejos a mais pessoas, serão ainda instalados ecrãs gigantes no Largo do Senado e no Centro Náutico da Praia Grande, que irão transmitir ao vivo os espectáculos da noite de ano novo. Além disso, a TDM irá também transmitir o evento em directo através dos seus vários canais e plataformas. A entrada para ambos os eventos é livre. Segundo o IC, na noite da passagem de ano, serão implementadas várias medidas adicionais de controlo de trânsito e inspecção de segurança, que serão anunciadas em breve.
Realizadores portugueses consideram Macau dispendiosa para filmar Hoje Macau - 30 Dez 2019 [dropcap]M[/dropcap]acau tem muito potencial cinematográfico, mas ao contrário do que acontece com a literatura, não é um polo atraente para o cinema português, e será cada vez menos, com o afastamento dos portugueses e os baixos orçamentos cinematográficos. A solução no futuro poderá passar por coproduções entre Portugal e Macau, onde há “toda uma nova geração de macaenses que estão a fazer filmes em Macau”, disse à agência Lusa o realizador João Rui Guerra da Mata, que viveu naquele território até à revolução de Abril, e que, juntamente com João Pedro Rodrigues, é autor de alguns dos poucos filmes portugueses centrados naquela região. “Quero acreditar que o cinema de Macau tem potencial para se desenvolver, se calhar o mais interessante era que fossem coproduções Portugal-Macau, que ambas as comunidades percebessem que têm uma historia comum e pontos de vista diferentes sobre essa historia comum e que essas coproduções iriam dar uma vida e um olhar até mais saudável sobre o território”, afirmou João Rui Guerra da Mata. A dupla João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata está actualmente a trabalhar em dois projetos cinematográficos de base histórica: um tem a ver com os acontecimentos mais recentes em Hong Kong e as suas repercussões em Macau, o outro prende-se com a história de Macau durante a II Guerra Mundial. Orçamento decisivo De qualquer modo os realizadores apontam aquela que é a razão mais válida para o desinteresse geral dos portugueses pelo cinema em Macau, que é a falta de dinheiro. “Há livros de escritores portugueses de histórias passadas em Macau que dariam filmes extraordinários, mas quase sempre são filmes que precisariam de um ‘budget’ muito elevado. A questão do dinheiro é mesmo fulcral”, considera João Guerra da Mata. A falta de orçamento é também a justificação apontada por Luís Filipe Rocha, que realizou em Macau “Amor e dedinhos de pé”, baseado no romance homónimo do escritor macaense Henrique de Senna Fernandes, mas em coprodução com Espanha e França. “Não é simples, implica deslocações longas, estadias, viagens, obtenção de licenças, é complicado montar um produção cinematográfica em Macau”, afirmou. Para o cineasta, a história do colonialismo português sempre foi de “distância e trânsito mercantil”, sem haver uma “relação ativa importante cultural”, mas antes “uma forma [de relação] superficial e utilitária ligada ao comércio e ao trânsito marítimo” e também ao facto de “a própria China nunca ter sido um país propício a inter-relações”, defendeu Luís Filipe Rocha.
Metro Ligeiro | Sistema de transporte regista outra falha de funcionamento Andreia Sofia Silva e Juana Ng Cen - 30 Dez 2019 O Metro Ligeiro voltou a parar temporariamente devido a falha no fornecimento de energia. O serviço foi restabelecido cerca de uma hora e meia depois. Esta foi a segunda falha de funcionamento do Metro Ligeiro, depois da avaria verificada no dia da inauguração [dropcap]A[/dropcap] entrada em funcionamento do Metro Ligeiro está a ser marcada por uma série de percalços técnicos. Depois da avaria registada no dia de inauguração, eis que o sistema de transporte registou ontem uma nova falha, obrigando os passageiros a saírem das carruagens e a percorrem a pé o resto do percurso até à próxima estação. De acordo com um comunicado emitido pela Sociedade do Metro Ligeiro de Macau, a suspensão temporária ter-se-á devido a uma falha no fornecimento de energia por volta das 13h, registada entre as estações Posto Fronteiriço de Lótus e Cotai Oeste da Linha Taipa. As duas estações estiveram fechadas até às 14h35, mas depois o serviço voltou a funcionar normalmente. Nessa altura, a fim de retirar os passageiros em segurança, o Centro de Operação e Controlo do Metro Ligeiro organizou a saída ordenada dos passageiros até à plataforma mais próxima da estação, tendo contado também com o apoio do Corpo de Bombeiros. O incidente será ainda alvo de investigações para apurar ao detalhe a sua causa, aponta o mesmo comunicado. Vários vídeos da saída dos passageiros foram amplamente partilhados nas redes sociais. Avaria junto ao Ocean Garden No que diz respeito à primeira avaria, registada no passado dia 11 de Dezembro, aconteceu junto à zona residencial dos Ocean Garden, tendo soado um alarme na composição com duas carruagens, que travou subitamente. A composição voltou a circular, mas, segundo a operadora do Metro Ligeiro, parou logo a seguir na estação do posto fronteiriço da Flôr de Lótus, onde os passageiros foram retirados “por razões de prudência”. A decisão foi tomada devido ao “alerta do sistema de monitorização de segurança”, disse a empresa, sem divulgar mais pormenores. Alguns passageiros tiveram de esperar algum tempo para voltar a embarcar, admitiu a Sociedade do Metro Ligeiro de Macau, S.A., porque as composições seguintes estavam cheias. Num comunicado divulgado posteriormente ao incidente, a empresa prometeu “proceder à revisão de todas as medidas” implementadas no primeiro dia de operação e sublinhou que o apoio dado aos passageiros pelos trabalhadores “ainda pode ser melhorado”.