Hoje Macau EventosComércio | DFS abre duas lojas de produtos de beleza no Cotai O grupo DST vai abrir duas novas lojas T Galleria no Galaxy Macau e Londoner Macau nos dias 4 de Novembro e 18 de Novembro, respectivamente. Após um período de renovação, a loja de cosméticos T Galleria Beauty, do grupo de artigos de luxo DFS, volta a abrir portas no Galaxy Macau na próxima quarta-feira, 26 de Outubro, apesar da notória falta de visitantes e clientes nos empreendimentos de jogo e de lazer do território nos últimos tempos. O espaço tem mais de 20 mil metros quadrados e disponibiliza cosméticos, maquilhagem e diversos produtos de beleza de mais de 70 marcas de todo o mundo, além de trazer ao mercado local 30 novas marcas. A primeira vez que esta loja abriu portas foi em 2015, tendo sido alvo de diversas remodelações. Johan Pretorius, director-executivo do grupo DFS, disse estar satisfeito pelo regresso dos clientes à nova loja T Galleria Beauty, “para que possam descobrir as últimas novidades na área da beleza”, além de serem disponibilizados novos produtos e serviços.
Hoje Macau SociedadeJLL | Imobiliárias optimistas com leilão dos terrenos O chefe do departamento de investimento da JLL, Oliver Tong, afirma ter recebido vários pedidos de informações sobre os quatro lotes para habitação que vão ser leiloados no próximo mês. Em declarações ao Jornal Ou Mun, Tong explicou que os pedidos de informações partiram não só de promotores locais, mas também do Interior da China. Também o número de consultas foi maior do que o esperado, dado a situação económica que está a afectar Macau, principalmente com as medidas de controlo da pandemia. O volume de pedidos de informações, representa para Tong uma prova de grande interesse no leilão, que também é justificado com o facto de não haver um leilão de terrenos no território há mais de dez anos. Ao mesmo tempo, Oliver Tong mostrou-se optimista, porque apesar da crise, considera que os construtores pensam a longo prazo e que não se importam de fazer um investimento, se tiverem a expectativa de obter lucros. Por outro lado, o representante da imobiliária alertou que nesta altura da pandemia, o Governo precisa de encontrar equilíbrio entre a habitação existente e a oferta de mais terrenos para habitação. Isto porque se a oferta for muita, existe o risco de desvalorização das unidades existentes no mercado, o que prejudica os proprietários. Apesar de tudo, Oliver Tong reconheceu que com o número de terrenos recuperados nos últimos anos, que o Governo tem condições para realizar leilões de terrenos todos os anos. E mesmo sem os rendimentos da indústria do jogo, Tong afirmou acreditar que várias indústrias vão promover o crescimento económico da região e fazer com que haja sempre interesse no imobiliário.
Hoje Macau Grande Plano MancheteMIF | Lei Wai Nong realça cooperação com os países de língua portuguesa O secretário para a Economia e Finanças destacou ontem a necessidade de aperfeiçoar a funcionalidade da Plataforma Sino-Lusófona e a cooperação económica e comercial. Lei Wai Nong falou na abertura da Feira Internacional de Macau Enquanto a polémica perda de residência dos membros lusófonos do Fórum Macau está na ordem do dia, o secretário para a Economia e Finanças destacou a importância estratégica da Plataforma Sino-Lusófona no discurso de abertura da Feira Internacional de Macau. “A construção da Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa é uma importante meta que permite a Macau potenciar as suas vantagens e servir as necessidades do país”, afirmou ontem Lei Wai Nong. O governante adiantou ainda que, “com base na longa relação de cooperação já estabelecida até aqui, Macau irá continuar a aproveitar juntamente com Zhejiang outras províncias parceiras e os países de língua portuguesa”, as oportunidades surgidas Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin. Lei Wai Nong mencionou ainda as promessas proporcionadas pela Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e pelo desenvolvimento integrado do Delta do Rio Yangtze. Como o contexto do discurso foi a abertura da Feira Internacional de Macau, que reúne três eventos de interacção de negócios, Lei Wai Nong focou também a importância deste tipo de evento para estabelecer parcerias internacionais. “Em breve, entidades públicas, empresas, associações e câmaras de comércio da natureza económica e comercial de Macau e Zhejiang irão celebrar vários acordos de cooperação, com o objectivo de consolidar cooperações em áreas como a construção da Plataforma Sino-Lusófona, desenvolvimento regional e industrial, entre outras”, indicou Porta entreaberta Esta edição do evento conta com uma área total de 29.300 metros quadrados e 1.871 stands, disponíveis para 1.047 expositores participantes, número que representa um aumento de 12,8 por cento em comparação com o ano passado. Na sala de exposições online, serão exibidos virtualmente 3.728 produtos e 1.264 empresas. À margem da cerimónia de abertura dos três certames, o director do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau realçou o entusiasmo dos participantes, que não diminuiu devido aos múltiplos surtos de covid-19 que afectam várias regiões chinesas, inclusive cidades vizinhas de Macau. No total, vieram de 18 províncias chinesas 87 delegações de expositores que se inscreveram previamente nos eventos com a intenção de negociar e firmar parcerias nas áreas das finanças modernas, investigação tecnológica, medicina chinesa, cultura e MICE. Turismo | Governo faz apelo para regresso de excursões Helena de Senna Fernandes, directora dos Serviços de Turismo, fez ontem um apelo para que as agências de viagens do território se comecem a preparar para o regresso das excursões, oriundas de Cantão, já em Novembro. Segundo a TDM Rádio Macau, a responsável, que falou à margem do início de mais uma edição da Feira Internacional de Macau (MIF, na sigla inglesa), pede que as agências se preparem com novos produtos e itinerários. Quanto aos turistas estrangeiros, Helena de Senna Fernandes assume que a pandemia continua a condicionar o seu regresso, mas afirmou que as autoridades já têm planos para atrair visitantes de outros países e regiões de fora da China com descontos em hotéis concedidos através da compra de bilhetes de avião da Air Macau. Economia | Rui Pedro Cunha espera alívio das restrições Rui Pedro Cunha, presidente da Câmara de Comércio Europeia em Macau, disse, à margem da cerimónia de abertura da Feira Internacional de Macau, que decorreu ontem, que espera um alívio das restrições de entrada e saída do território para melhorar a economia local. Segundo a TDM Rádio Macau, o responsável adiantou que os números de trocas comerciais nos últimos anos sofreram uma quebra, mas a redução do número de dias de quarentena são “um sinal positivo”. “Macau tem feito um excelente trabalho na parte da contenção da pandemia. Graças a isso é que estamos aqui todos a ter uma vida relativamente normal e segura. Agora, há que também ver quando é vamos começar a conseguir diminuir um bocado as restrições actuais, porque essa diminuição é importante para conseguirmos retomar o vigor económico em Macau”, afirmou. Rui Pedro Cunha adiantou ainda que há espaço para uma maior cooperação entre a China e os países europeus relativamente à área das energias renováveis e da tecnologia para a reciclagem de resíduos. Neste sector Macau tem ainda espaço de desenvolvimento, adiantou.
Hoje Macau China / ÁsiaDéfice da balança comercial do Japão mais que triplica em setembro O Japão registou um défice comercial de 2,1 biliões de ienes (14,3 mil milhões de euros) em setembro, mais de três vezes superior ao registado em igual mês do ano passado, avançou hoje o Governo. De acordo com dados oficiais divulgados pelo Ministério das Finanças japonês, o valor de setembro foi ainda assim 25,7% inferior ao de agosto, mês em que o país tinha registado um défice recorde, de 2,82 biliões de ienes. Setembro foi o quarto mês consecutivo em que a terceira maior economia mundial teve um défice na balança comercial. Apesar do défice as exportações cresceram 28,9%, para 8,8 biliões de ienes. No entanto, as importações subiram ainda mais, 45,9%, para 10,9 biliões de ienes. O défice japonês deveu-se sobretudo às trocas com a China, o maior parceiro comercial nipónico, nas quais Tóquio teve um défice de 575,8 mil milhões de ienes, quase o dobro do registado em setembro de 2021. Pelo contrário, o Japão teve um resultado positivo de 606,9 mil milhões de ienes nas trocas comerciais com os Estados Unidos, a maior economia do mundo, mais 54,8% do que em igual mês do ano passado. Com a União Europeia, o terceiro maior parceiro comercial japonês, o país asiático registou um défice de 183,5 mil milhões de ienes, uma descida homóloga de 16%. Já o défice do Japão com o Brasil subiu 38,6% em setembro para 88,7 mil milhões de ienes.
Hoje Macau China / ÁsiaChefe do executivo de Hong Kong aposta na atração de talento estrangeiro e inovação O chefe do executivo de Hong Kong, John Lee, comprometeu-se ontem a atrair talentos estrangeiros, promover a cidade como centro de inovação, aumentar a oferta de habitação e aprofundar os laços da região administrativa chinesa com a China continental. Num discurso político no Conselho Legislativo (LegCo), Lee anunciou uma série de estratégias, incluindo permitir que os trabalhadores com rendimentos elevados e os licenciados das 100 melhores universidades do mundo permaneçam em Hong Kong durante dois anos sem inicialmente receberem uma oferta de emprego. “Nos últimos dois anos, a força de trabalho local diminuiu em cerca de 140.000 pessoas”, afirmou Lee, assegurando que “para além de encorajar e reter ativamente os talentos locais, o governo irá procurar incessantemente por talentos em todo o mundo”. Lee, eleito chefe do executivo em maio, também revelou um plano milionário para reindustrializar a região de Hong Kong e estabelecê-la como um centro de inovação e tecnologia. O projeto terá como objetivo atrair empresas estrangeiras de tecnologias de informação para criar empresas em Hong Kong, financiar investigadores universitários e desenvolver as “Metrópoles do Norte” (“Metropolis of the North”) na parte norte da cidade. Ao mesmo tempo, alguns escritórios governamentais atualmente localizados no distrito empresarial de Hong Kong serão relocalizados para a metrópole, que tirará partido da sua proximidade com a fronteira continental para criar sinergias com cidades do sul da China, como Shenzhen e Cantão. Este plano de inovação anunciado por Lee surgiu duas semanas depois do governo dos EUA ter anunciado um movimento para cortar o acesso da China a semicondutores (‘chips’) feitos em qualquer parte do mundo com equipamento dos EUA. Quanto à habitação, Lee prometeu aumentar a oferta pública em 25% e reduzir os tempos de espera dos candidatos num território recentemente classificado como a cidade mais cara do mundo para se viver, de acordo com um relatório anual da empresa de mobilidade global ECA International. No entanto, o político de Hong Kong não fez qualquer menção a uma nova mudança nas restrições impostas para enfrentar a pandemia, apesar das últimas semanas de esperança e especulação de que as medidas anticovid de Hong Kong seriam ainda mais relaxadas. Desde 26 de setembro, Hong Kong retirou a exigência de quarentena obrigatória nos hotéis como medida de precaução e requer apenas um período de observação de três dias para as chegadas ao estrangeiro. Não obstante, para viajantes internacionais, as pessoas que atravessam a fronteira para a China continental ainda têm de fazer uma semana de isolamento num hotel. Comentando o discurso político de Lee, George Leung, diretor da Câmara Geral de Comércio de Hong Kong, disse que a atual fuga de cérebros de Hong Kong tem sobretudo a ver com as regras anticovid da cidade. Acrescentou que embora novas medidas para atrair talento ajudassem, não são particularmente mais atrativas do que as oferecidas por lugares como Singapura e Londres.
Hoje Macau EventosIC | Festival sino-lusófono de cinema entre 4 e 18 de Novembro Sob o tema “Todos os Rios Correm para o Mar”, decorre, nos primeiros dias de Novembro, o Festival de Cinema entre a China e os Países de Língua Portuguesa que promete trazer “excelentes filmes chineses e lusófonos”. A iniciativa é do Instituto Cultural em parceria com várias salas de cinema do território Arranca dia 4 de Novembro a quarta edição do Festival de Cinema entre a China e os Países de Língua Portuguesa que, até ao dia 18 desse mês, promete apresentar cerca de 30 filmes em chinês e português, todos sujeitos ao tema “Todos os Rios Correm para o Mar”. A organização está a cargo do Instituto Cultural (IC) e acontece em várias salas de cinema do território. O festival divide-se em três secções, intituladas “Tão Inclusivo Quanto o Oceano”, “Filmes Chineses” e “Filmes Lusófonos”. O filme de abertura intitula-se “In Search of Lost Time”, produção chinesa de Derek Yee Tung Sing e será exibido nos cinemas Galaxy a 4 de Novembro. No último dia do festival, o público poderá assistir à película “A Viagem de Pedro”, na Cinemateca Paixão, sendo esta uma co-produção entre Portugal e o Brasil da autoria de Laís Bodanzky. A ideia é que, com o cartaz, se possam aproveitar “os filmes para dar destaque ao espírito de intercâmbio, inclusão, compreensão mútua e pioneirismo entre a China (incluindo Macau) e os países e regiões de língua portuguesa”, destaca o IC. Os bilhetes para o Festival de Cinema encontram-se à venda na Cinemateca Paixão e também estão disponíveis para venda online desde ontem. Película gratuita O IC pretende criar uma sinergia com outros eventos integrados no “Encontro em Macau – Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa” e, por essa razão, irá exibir de forma gratuita, dia 29 de Outubro, às 14h45, o filme “O Menino e o Mundo” no anfiteatro das Casas-Museu da Taipa, onde decorre o Festival da Lusofonia. Além disso, os membros do público que participem nas actividades dos estabelecimentos de restauração parceiros da Feira Gastronómica do Hotel Broadway, entre os dias 18 de Outubro e 3 de Novembro, são elegíveis para receber um cupão e trocar, posteriormente, por dois bilhetes para o filme de abertura do festival de cinema. Estão também disponíveis descontos na compra de bilhetes. Entre os dias 18 de Outubro e 18 de Novembro, o público que atinja o valor de consumo estipulado nos estabelecimentos de restauração específicos no Hotel Galaxy e na Feira Gastronómica do Hotel Broadway, poderá receber um “Cartão de desconto do Festival de Cinema”. Mediante a apresentação deste cartão, o público pode usufruir do desconto “compre um, receba dois” na compra de bilhetes para quaisquer sessões do Festival de Cinema na Cinemateca Paixão. Durante o período de 18 a 30 de Outubro, em cada compra de bilhetes para qualquer sessão do Festival de Cinema entre a China e os Países de Língua Portuguesa no valor de 120 patacas ou superior, os membros do público poderão receber um cupão de desconto para a Exposição de Livros Ilustrados em Chinês e Português.
Hoje Macau China / ÁsiaMercado rural na China é agora um espaço de oportunidades de negócios O mercado rural chinês, devido às políticas recentes da China, está a transformar-se num espaço vibrante para o consumo, o que tem atraído alguns empresários ocidentais, mas sobretudo chineses. Recentemente, a Harvard Business Review (HBR) explicou aos seus leitores como ter lucros no mercado chinês, despertando as multinacionais ocidentais para o papel frequentemente negligenciado do enorme mercado rural da China na sustentação do sucesso empresarial. Segundo a HBR, o mercado chinês está para além dos seus centros urbanos, devido à rápida ascensão do consumo no mercado rural, resultado da luta contra a pobreza, fomentada pelo governo chinês na última década. O enorme mercado rural, o local de nascimento de muitos trabalhadores com rendimentos médios e de um grande número de pessoas que aspiram a uma vida melhor, será cada vez mais utilizado pelas empresas nacionais e estrangeiras para venderem os seus produtos, refere a HBR. O artigo da HBR, datado de 12 de Outubro, serve como um alerta para as empresas ocidentais alinharem as suas estratégias de mercado na China de acordo com o recente e vibrante mercado de consumo rural do país. “Talvez valha a pena considerar a ideia de que em muitos casos o problema não é tanto geopolítico como estratégico”, lê-se no artigo do HBR, que cita exemplos contrastantes de multinacionais que tiveram de se retirar do mercado chinês ou continuar a ter sucesso nesse mesmo mercado. A escolha da estratégia de entrada no mercado decidiu o destino diferente do gigante americano da electrónica Best Buy e da empresa de semicondutores AMD, também sediada nos EUA. A Best Buy optou por “concentrar-se nos centros urbanos chineses, mais ricos mas disputados” enquanto a AMD “concentrou-se na venda de produtos mais baratos para atrair consumidores sensíveis aos preços nos mercados rurais”. Eventualmente, a Best Buy decidiu sair do mercado chinês, anos depois da sua incursão nos maiores centros urbanos da China, com a abertura de enormes lojas com gigantescas salas de exposições. Em forte contraste, “o sucesso da AMD forçou a Intel a responder com uma estratégia semelhante, desenvolvendo processadores e telefones de preços acessíveis para o mercado rural”. O artigo da HBR aponta o enorme mercado rural da China como uma parte frequentemente negligenciada das histórias de sucesso da China. “Demasiadas empresas apostaram nos mercados urbanos, o que fez com que as exigências do mercado urbano se tornassem saturadas, enquanto que a concorrência nos mercados rurais é escassa”, afirma Li Guoxiang, um investigador do Instituto de Desenvolvimento Rural da Academia Chinesa de Ciências Sociais. O sucesso chinês na batalha contra a pobreza, bem como o seu projecto de prosperidade comum, foi fulcral para a construção deste emergente mercado. “A população rural é de cerca de 500 milhões na China, cuja escala é ainda relativamente grande. Isto irá provocar uma grande quantidade de consumo básico”, explica Chen Ming, um investigador do Instituto de Ciência Política da Academia Chinesa de Ciências Sociais. “A capacidade de consumo da população rural tem vindo a aumentar significativamente, o que significa que parte da população rural terá passado de uma prosperidade moderada para a riqueza”, acrescenta Chen Ming. No relatório ao 20º Congresso Nacional do CPC no domingo, Xi Jinping disse que o PCC no seu centenário deu início a uma nova era de socialismo com características chinesas, erradicando a pobreza absoluta e construindo uma “sociedade moderadamente próspera em todos os aspectos, completando assim o Primeiro Objectivo do Centenário”, disse ele, chamando aos três grandes eventos “façanhas históricas”. Xi prometeu construir “uma economia de mercado socialista de alto nível, modernizar o sistema industrial, promover a revitalização rural, promover o desenvolvimento regional, e promover um nível de vida elevado”. De acordo com o relatório, estão também “a ser envidados esforços no sentido de promover a revitalização constante de empresas, talentos, cultura, ecossistemas e organizações”. Segundo Xi, “o país continuará a colocar o desenvolvimento agrícola e rural em primeiro lugar, prosseguirá o desenvolvimento integrado das zonas urbanas e rurais”. O caminho chinês para o desenvolvimento rural Segundo o governo chinês, “o caminho socialista para o desenvolvimento rural depara-se como tendo incubado um vasto mercado no interior, uma componente menos conhecida, mas substancial da ascensão da economia como motor do crescimento global”. Hong Tao, director do Instituto de Economia Empresarial da Universidade de Tecnologia e Negócios de Pequim, disse que, tendo sido direccionado um grande volume de investimento para a revitalização, os mercados rurais tornar-se-ão cada vez mais activos. “Mas o desenvolvimento rural tem as suas próprias características distintivas, e os investidores devem preparar-se para investimentos a longo prazo neste sector”, adverte. “Tudo considerado, face ao contexto de revitalização rural e ao desenvolvimento integrado das indústrias primárias, secundárias e terciárias nas zonas rurais, o PIB da China rural congregar-se-á e a sua proporção aumentará gradualmente. Em particular, as indústrias secundárias e terciárias das zonas rurais assistirão a uma melhoria da qualidade e escala industrial”, disse Hong. Além disso, a escala e a proporção do mercado de consumo rural também irá aumentar gradualmente. “É possível que as zonas rurais contribuam para mais de 15% do consumo total da China a curto prazo”, afirmou Hong. Tian Yun, economista, disse que “embora o consumo rural não seja o maior contribuinte em termos de proporção de consumo, o seu crescimento ultrapassará o do consumo urbano”. Uma das razões por detrás deste fenómeno é a política de diminuição da pobreza e revitalização da economia rural, o que resultou na colocação de um grande número de recursos públicos nas zonas rurais do país, tais como infra-estruturas. Por outro lado, os salários rurais aumentaram significativamente, já que muitas pessoas estão a trabalhar na indústria ou no sector dos serviços, depois da produtividade agrícola aumentar continuamente, graças à mecanização, observou Tian. Com este pano de fundo, os economistas salientam que os mercados rurais podem efectivamente proporcionar um mercado com enorme potencial para as empresas, tanto da China como estrangeiras, e tornar-se no seu novo ponto de crescimento, agora que os mercados urbanos estão praticamente saturados após estas décadas de desenvolvimento. Na fase actual, os clientes rurais podem ainda preferir produtos de baixo custo. Mas, no futuro, necessitarão também de mais produtos com elevado valor acrescentado à medida que os seus rendimentos vão aumentando. Espera-se que “o crescimento do consumo na China rural ultrapasse o consumo urbano em um a dois pontos percentuais nos próximos anos”, referiu o economista. “Penso que as zonas rurais serão um poderoso impulso para o crescimento do consumo futuro da China, uma vez que a base da população rural é muito elevada, e as suas exigências para uma vida de qualidade estão longe de ser satisfeitas”, concluiu. Segundo Tian, “este mercado proporcionará oportunidades tanto para empresas nacionais como estrangeiras. Especialmente para estas últimas que, no entanto, necessitam de equipas de localização que possam compreender as exigências e desejos dos clientes rurais”.
Hoje Macau SociedadeSSM | Gastroenterite em creche afectada 12 crianças Os Serviços de Saúde (SSM) detectaram um caso colectivo de gastroenterite em cinco turmas da creche I da Associação Geral das Mulheres de Macau, localizada na avenida de Venceslau de Morais. No total foram infectadas 12 crianças com idades compreendidas entre um e dois anos. Segundo uma nota dos SSM, desde sábado que as crianças “apresentaram sintomas como vómitos e diarreia”, tendo sido tratadas em instituições médicas, mas só uma criança necessitou de internamento por estar com muitos vómitos. As autoridades apontam que “o estado clínico de outras crianças é relativamente ligeiro”. Quanto às causas, “foi excluída a possibilidade de gastroenterite alimentar em conformidade com as horas de refeições de pacientes”. Desta forma, “de acordo com as horas de ocorrência da doença, os sintomas, o período de incubação, é provável que o agente patogénico esteja relacionado com uma infecção viral”. Nesta fase os SSM estão a investigar o caso, analisando amostras de fezes das crianças. A creche recebeu ainda orientações para a limpeza e ventilação do espaço.
Hoje Macau SociedadeOito estudantes vítimas de assédio sexual Pelo menos oito estudantes do sexo feminino foram assediadas numa universidade de local, de acordo com a informação revelada ontem pela Polícia Judiciária, e citada pelo canal chinês da Rádio Macau. A primeira queixa foi recebida no passado domingo e ontem o suspeito dos crimes foi detido. O alegado agressor é um homem com 34 anos, residente local, que se encontra desempregado. Após a detenção foi entregue ao Ministério Público. O ataque que levou à denúncia aconteceu no domingo, quando uma das estudantes caminhava no campus universitário, por volta das 16h. Nessa altura, sem que esperasse, sentiu um apalpão no peito alegadamente cometido pelo suspeito. Após a ocorrência, a vítima contactou imediatamente a polícia e apresentou queixa. Durante a investigação, as autoridades entraram em contacto com mais alunos da universidade que relataram situações semelhantes nos últimos dias. Segundo as descrições apresentadas, as autoridades concluíram que se tratava da mesma pessoa. Depois da detenção, o homem reconheceu que estava no campus apesar de não ser funcionário nem professor do estabelecimento de ensino superior. Contudo, negou ter cometido qualquer crime ou atacado as jovens, com idades entre 18 e 22 anos. As autoridades defendem que as imagens recolhidas pela videovigilância contrariam a versão do detido.
Hoje Macau PolíticaIdosos | Ho Ion Sang preocupado com isolamento O deputado Ho Ion Sang está preocupado com a situação dos idosos isolados no território, e considera que é necessário melhorar os mecanismos para identificar os vários casos em Macau. A mensagem foi expressa através de uma interpelação escrita, divulgada ontem pelo legislador. Segundo o deputado, desde 2018 que para “perceber melhor a situação dos idosos isolados”, as autoridades estabeleceram uma base de dados sobre os casos existentes no território, que também incluem as famílias constituídas por dois idosos. Porém, Ho considera que a tarefa é complicada: “Ao longo dos anos também participei em trabalhos de identificação de famílias isoladas, de forma a poder apoiá-las e percebo que é uma tarefa muito difícil. Há sempre casos que acabam por escapar”, reconheceu. Apesar disso, o deputado acredita que é possível melhorar os trabalhos, e questiona o Governo sobre as medidas a tomar para tornar os “serviços mais flexíveis, diversificados e abrangentes”, e chegar a mais idosos isolados. Ho Ion Sang considera igualmente que com a população a envelhecer, devido à redução da natalidade, que é preciso melhorar o mecanismo, para preparar o futuro. O deputado recordou também o incidente de Agosto, em que dois idosos foram encontrados mortos em casa, mais de um mês depois de terem falecido. A irmã tomava conta do irmão, que tinha dificuldades de mobilidade. Face a este episódio, Ho perguntou ao Governo o que deve ser feito para prevenir este tipo de situações.
Hoje Macau China / ÁsiaSecretário-geral da ONU critica histórico dos direitos humanos na Índia O secretário-geral da ONU, António Guterres, criticou hoje o histórico dos direitos humanos da Índia, que, segundo observadores, regrediu durante o mandato do primeiro-ministro nacionalista hindu, Narendra Modi. “Como membro eleito do Conselho de Direitos Humanos, a Índia tem a responsabilidade de respeitar os direitos humanos em todo o mundo e de proteger e promover os direitos de todos os indivíduos, incluindo membros de comunidades minoritárias”, disse Guterres durante um discurso em Mumbai. Saudando o desenvolvimento da Índia desde a sua independência do Reino Unido em 1947, o responsável da ONU, no entanto, lamentou que a noção da “diversidade ser uma riqueza” não esteja a “ser garantida” no país. Este pensamento, segundo o secretário-geral da ONU, deve “ser nutrido, fortalecido e renovado a cada dia”. Os ativistas dos direitos humanos dizem que desde que Narendra Modi chegou ao poder em 2014 num país de maioria hindu e com cerca de 1,4 mil milhões pessoas, houve um aumento da perseguição e do discurso de ódio contra minorias religiosas. A minoria muçulmana foi particularmente atingida na parte indiana da Caxemira, desde que o Governo de Modi impôs a sua autoridade direta na região em 2019. A pressão também aumentou sobre críticos do Governo e jornalistas, especialmente mulheres jornalistas, que estão a ser violentamente assediadas na internet. A Índia deve “proteger os direitos e liberdades de jornalistas, dos ativistas de direitos humanos, de estudantes e de académicos” e garantir “a manutenção da independência do sistema judicial indiano”, declarou ainda António Guterres. “A voz da Índia no cenário mundial só pode ganhar autoridade e credibilidade a partir de um forte compromisso com a inclusão e o respeito pelos direitos humanos no país”, disse. Guterres enfatizou que “muito ainda precisa ser feito para promover a igualdade de género e os direitos das mulheres”. “Peço aos indianos que sejam vigilantes e invistam mais em comunidades e sociedades inclusivas, pluralistas e diversas”, afirmou o secretário-geral da ONU. Em fevereiro, especialistas em direitos humanos da ONU pediram o fim dos ataques “misóginos e sectários” na internet contra uma jornalista muçulmana que criticou fortemente o primeiro-ministro Modi. Os Repórteres Sem Fronteiras classificaram a Índia no 142.º lugar do seu índice mundial de liberdade de imprensa, sublinhando que está a “aumentar a pressão sobre os meios de comunicação para seguir a linha do Governo nacionalista hindu”.
Hoje Macau China / ÁsiaPelo menos oito mortos e 18 feridos em explosão numa cadeia da Birmânia Pelo menos oito pessoas morreram e 18 ficaram feridas na sequência de uma explosão ocorrida hoje numa prisão em Insein, Rangum, a maior de Myanmar e onde se encontra a grande parte dos presos políticos do regime militar vigente. A explosão foi registada às 09:40, perto de uma dependência onde o pessoal da cadeia recolhe as encomendas com comida e outros bens enviados aos reclusos pelos familiares. De acordo com um comunicado da junta militar, a sala onde ocorreu a detonação fica próxima da entrada principal do estabelecimento prisional, tratando-se de um ataque terrorista. “O terrorista colocou a bomba dentro de uma das encomendas e provocou a explosão”, refere o documento acrescentando que durante a evacuação do edifício foi encontrada “outra bomba dentro de um outro pacote e que foi desativada”. Na sequência da explosão morreram três trabalhadores da prisão e cinco civis. A maior parte dos 18 feridos são civis, exceptuando cinco que são funcionários do estabelecimento prisional. Imagens do local mostram manchas de sangue e vidros partidos. De acordo com o jornal independente birmanês Myanmar Now foram ouvidos disparos de armas de fogo após a explosão. Os disparos foram feitos pelos guardas que se encontravam numa torre de vigilância e provocaram a fuga dos visitantes que se encontravam na entrada do edifício. Outro testemunho, recolhido pela mesma publicação, indica que os guardas dispararam “de forma indiscriminada” contra a “população” e que as balas atingiram várias pessoas. No comunicado oficial, a Junta Militar não refere os disparos de armas de fogo. As autoridades encerraram o estabelecimento prisional aos visitantes dos presos.Na maior cadeia de Myanmar (antiga Birmânia), situada a norte da cidade de Rangum, encontram-se cerca de dez mil reclusos. Segundo a imprensa local, o “ataque” não foi reclamado sendo que a Junta Militar anunciou que vai “tomar medidas contra os terroristas, de acordo com a lei”. Desde o golpe de Estado militar de fevereiro de 2021 que derrubou o governo democrático, vários grupos políticos da oposição optaram por recorrer à luta armada contra o regime no poder. O autodenominado Governo de Unidade Nacional, leal à líder detida Aung Saan Suu Kyi criou as próprias Forças Armadas que costumam atuar nas zonas de fronteira. A Associação de Assistência aos Presos Políticos, um grupo de defesa de direitos humanos birmanês, indica que, pelo menos, 2.367 morreram na sequência da repressão das autoridades militares e que mais de 12.600 pessoas foram presas de forma arbitrária.
Hoje Macau China / ÁsiaHá mais jovens timorenses a compreender o português, mas falta a prática escrita Especialistas disseram hoje que mais jovens timorenses do que nunca entendem português, mas que é necessária mais prática de uso da língua, em todos os níveis de ensino, para fomentar o uso oral e escrito. No arranque das VII Jornadas Pedagógicas, na Universidade Nacional Timor Lorosa’e (UNTL), académicos referiram-se ao progresso feito no ensino do português em Timor-Leste, destacando o crescente número de jovens que conhecem a língua. Mas, ao mesmo tempo, apontaram preocupações sobre um processo que tem que ser reforçado a todos os níveis de ensino, da pré-primária em diante, para que possa depois ser consolidado no ensino superior. “Desde que existe a UNTL que temos trabalhado na introdução da língua portuguesa, apesar das dificuldades iniciais. Tem sido algo gradual e já estamos num patamar diferente, com a língua portuguesa mais desenvolvida”, sublinhou o vice-reitor para Assuntos Académicos, Samuel Freitas, na abertura das jornadas. “Mas cabe a cada um fazer esse trabalho. A língua portuguesa vai para a frente, dependendo da vontade de cada um. E há muitos estudantes que entendem, mas para quem falar ou escrever é mais difícil, o que mostra a falta de prática da língua”, disse. Intervindo na mesma ocasião, Benjamim Corte-Real, diretor do Centro de Língua Portuguesa da UNTL, disse que a evolução dos últimos anos, com cada vez mais jovens a entenderem a língua portuguesa, mostra que o português “deixou de ser a língua da elite”. “Essa visão, de há 10 anos, era uma ilusão. Até porque na prática a decisão do português como uma das duas línguas oficiais foi feita na Assembleia Constituinte que, de facto, era uma representação da vontade democrática do povo timorense”, disse o docente. “E não nos devemos ficar por dizer só que é a língua oficial. É a língua do povo, porque o povo assim o quis, porque entrou no seu reportório diário. Não é a elite que canta em português nos bailes e nas festas de casamento aos sábados. É o povo, jovens e adolescentes”, ilustrou. Mostrando-se convicto na contínua progressão do português em Timor-Leste, Corte-Real disse que a língua portuguesa “não pode ser desvinculada da afirmação de identidade” do povo timorense. “O português, pela sua parceria linguística, cultural, histórica com o tétum, já é uma realidade. É uma realidade pela sua complementaridade com o tétum, na afirmação do pilar da entidade e é com este objetivo e visão que continuamos a trabalhar”, afirmou. Também Afonso de Almeida, vice-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da UNTL, destacou a progressão registada no ensino e no uso do português na instituição, afirmando que toda a direção e várias faculdades continuam muito empenhadas neste processo. O dirigente destacou recentes apresentações de trabalho de mestrado em que os alunos usaram o português, mas vincou que é preciso fazer mais, especialmente fora de faculdades “pioneiras” nesta questão como as de Direito, Educação e Ciências Exatas. “Fizemos um estudo para ver se as faculdades estão a ensinar em língua portuguesa, mas dizem-nos que em várias ainda estão em fase de transição [o indonésio é uma das opções]. Mas essa transição vai até quando? Vamos ter que estar com esta transição até quando?”, questionou Afonso de Almeida. “Obviamente isto não depende só da UNTL, mas das qualidades do ensino secundário, de jovens que até tentam fazer trabalho em português, mas depois com professores não dão essa oportunidade de trabalhar em português. É algo que temos que melhorar”, disse. Para a embaixadora de Portugal em Díli, Manuela Bairos, estes esforços podem ser apoiados com a “produção de materiais didáticos”, permitindo enquadrar e apoiar professores a todos os níveis de ensino. Fortalecer a capacitação de professores, mas também de funcionários e do público em geral é “fundamental e necessita de ser encarado com meios e recursos agressivos”, disse Bairos. A diplomata defendeu mais programas infantis em língua portuguesa nas televisões, planos de leitura, bibliotecas municipais e o reconhecimento de que o sistema de ensino “não vive em compartimentos fechados”, tendo por isso que se atuar a todos os níveis de escolaridade. “Vejo com satisfação a vontade de jovens, pais e sociedade em geral em investir na aprendizagem da língua portuguesa como parte da sua identidade de nação”, disse ainda, reiterando o compromisso de Portugal em apoiar no fortalecimento do ensino e da consolidação do português “em aliança com o tétum”, em Timor-Leste. Organizadas pelo Centro de Língua Portuguesa da UNTL e na sua sétima edição, as jornadas são subordinadas ao tema “Ler e falar o mundo em português”. Promovidas no âmbito do projeto FOCO-UNTL e em articulação com a Embaixada de Portugal em Díli, as jornadas incluem seminários e debates sobre vários temas, incluindo a situação geral do ensino da língua portuguesa em Timor-Leste.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte dispara artilharia na fronteira com o Sul pelo segundo dia consecutivo A Coreia do Norte disparou hoje, pelo segundo dia consecutivo, projéteis de artilharia na fronteira marítima com a Coreia do Sul, que iniciou na segunda-feira exercícios militares anuais, com a participação de forças norte-americanas. O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul avançou, em comunicado, que o regime de Pyongyang disparou cerca de 100 projéteis na costa oeste, por volta das 12:30 (04:30 em Lisboa), que caíram no mar. O Estado-Maior Conjunto voltou a insistir que este disparo de artilharia é “uma clara violação” de um acordo militar de 2018, no qual os dois países prometeram evitar manobras ou exercícios com fogo real em águas próximas às fronteiras marítimas. Na terça-feira, a Coreia do Norte tinha disparado cerca de 100 projéteis na costa oeste e 150 na costa leste. Sobre este últimos disparos, Pyongyang disse tratar-se de um “sério alerta” e de uma resposta aos exercícios militares anuais que Seul iniciou. Os militares norte-coreanos acrescentaram, num comunicado divulgado horas depois dos disparos, terem ordenado às unidades no leste e oeste do país que disparassem “tiros ameaçadores e de advertência” em direção ao mar. Um porta-voz do Estado-Maior da Coreia do Norte indicou que o objetivo foi servir como “uma poderosa contramedida militar” a exercícios militares do Sul junto à fronteira leste, considerados “uma provocação” por Pyongyang. “A situação na península coreana está a piorar devido às repetidas provocações militares dos inimigos na área avançada”, sublinhou o comunicado norte-coreano. “Os inimigos devem parar imediatamente as provocações imprudentes e incitadoras que aumentam a tensão militar”, acrescentou o porta-voz militar norte-coreano. Esta é a segunda vez que a Coreia do Norte dispara projéteis nas zonas de fronteira desde sexta-feira, quando disparou centenas de projéteis, em violação direta do acordo de 2018. Na segunda-feira, as forças militares da Coreia do Sul iniciaram exercícios de campo, de 12 dias, para aprimorar as capacidades operacionais de resposta a vários tipos de provocações norte-coreanas, com a participação de forças norte-americanas. As duas Coreias continuam tecnicamente em guerra, uma vez que o conflito de 1950-53 terminou com a assinatura de um armistício e não de um tratado de paz.
Hoje Macau China / ÁsiaManchester | China defende direito de proteger consulados A China defendeu ontem que as suas missões diplomáticas no exterior têm o direito de “tomar as medidas necessárias” para manter a segurança, após a polícia britânica ter anunciado uma investigação à agressão dum manifestante num consulado chinês. O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China Wang Wenbin disse, em conferência de imprensa, que o manifestante “entrou ilegalmente” no consulado e “comprometeu a segurança das instalações diplomáticas chinesas”. “As missões diplomáticas de todos os países têm o direito de tomar as medidas necessárias para manter a paz e a dignidade das instalações”, afirmou Wang. “Quero enfatizar que a paz e a dignidade das embaixadas e consulados chineses no exterior não devem ser violadas”, acrescentou. Wang disse que o Governo britânico deve aumentar a protecção para os postos e funcionários diplomáticos chineses no Reino Unido. A polícia da cidade inglesa de Manchester disse que o protesto pacífico, realizado à porta do consulado por um grupo de Hong Kong, no domingo, se transformou numa situação “hostil” quando homens não identificados saíram do terreno da missão diplomática chinesa, puxaram um dos manifestantes para dentro do consulado e o agrediram. A polícia disse que um dos seus agentes interveio para retirar o homem. O manifestante foi levado para o hospital e não foram ainda feitas detenções. Na TV Um vídeo difundido pela cadeia televisiva BBC mostra uma luta em frente ao consulado, depois de homens mascarados terem saído do edifício e retirado os cartazes dos manifestantes. O mesmo vídeo mostra os homens a arrastar o manifestante para dentro do consulado e a agredi-lo. O Governo britânico disse que o incidente é “profundamente preocupante”, acrescentando que a polícia intensificou as patrulhas na área. Em conferência de imprensa, o líder de Hong Kong, John Lee, afirmou ontem que não tinha todos os pormenores sobre o caso, mas confia que o governo do Reino Unido lidará com o incidente de acordo com a Convenção de Viena sobre Relações Consulares e a lei britânica. Andy Burnham, prefeito da Grande Manchester, disse que era importante que todos os factos fossem estabelecidos, mas acrescentou: “Com base no que vi, quero deixar claro que nunca é aceitável que manifestantes pacíficos sejam agredidos. Os responsáveis devem ser responsabilizados pelas suas ações”. O porta-voz para as relações externas do Partido Trabalhista, da oposição, David Lammy, pediu ao Governo britânico que convoque o embaixador chinês para explicar o que aconteceu. De acordo com uma declaração difundida pelos organizadores do protesto, cerca de 60 manifestantes reuniram-se do lado de fora do consulado de Manchester para protestar contra a “reeleição de Xi Jinping”. O actual secretário-geral do Partido Comunista Chinês deve assegurar um terceiro mandato durante o congresso da organização, que se realiza esta semana, quebrando com a tradição política das últimas décadas na China.
Hoje Macau China / ÁsiaTradutores estrangeiros salientam aspectos do discurso de Xi Jinping O relatório lido no domingo por Xi Jinping, no 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCC), foi imediatamente vertido para diversas línguas (inglês, francês, russo, espanhol, árabe, alemão, japonês e lao) por tradutores estrangeiros que não deixaram de dar a sua opinião sobre o que leram ao fazer o seu trabalho. Ao irlandês Sean Slattery, por exemplo, pareceu um documento “muito voltado para o futuro”. “O relatório mostra grande visão, mas é também muito prático”, disse o irlandês. “Vai ter uma grande influência no desenvolvimento da China no futuro”. A cada um a sua modernização A “modernização chinesa” foi considerada pela maioria dos tradutores estrangeiros como sendo uma das principais mensagens do relatório de domingo. Descrevendo a modernização chinesa como “de grande importância” para o mundo, Slattery disse que as suas características especiais são distintamente diferentes dos caminhos que outros países escolheram no passado ao prosseguirem a modernização. “Conseguir a modernização para os 1,4 mil milhões de habitantes do país é um enorme passo em frente para a humanidade”, referiu, mas não deixou de considerar que “ao prosseguir a sua própria via de modernização, a China está a sublinhar a importância de cada país se modernizar através de um caminho que seja adequado às suas próprias condições e que o seu povo aceite e apoie”, concluiu Slattery. “Para os outros países em desenvolvimento, a modernização chinesa oferece uma nova escolha, baseada nas suas próprias condições e mais cooperação internacional, em vez de pilhagem, guerra e sangue”, disse Mustafa Yahia, 65 anos, que foi responsável pela tradução da versão árabe. Já Peggy Cantave Fuyet sempre quis saber como é o maior país socialista do mundo. O relatório ofereceu-lhe uma visão. “As pessoas”, “o ambiente” e “a paz” foram as suas principais conclusões do relatório. Para a especialista em língua francesa, as palavras indicam que a modernização chinesa é uma modernização que beneficia todos no país em vez de apenas alguns, que a China honrará as suas palavras ao atingir os objectivos de atingir o pico das emissões de carbono e ganhar neutralidade de carbono, e que o caminho que a China escolheu não é o imperialismo, o colonialismo ou o hegemonismo, mas um caminho de desenvolvimento pacífico. Uma década marcante O relatório resume as grandes realizações ao longo dos primeiros 10 anos da nova era na China. Uma grande mudança que tem sido testemunhada pelos próprios peritos estrangeiros. Francisco J. Ayllon, de Espanha, que está na China há 18 anos, maravilhou-se com o feito da eliminação da pobreza, já que assistiu a cerca de 100 milhões de residentes rurais saírem da pobreza em menos de 10 anos. “Este é um contributo significativo para a redução da pobreza global”, considerou. A especialista em língua russa K. Angelina observou que o povo chinês desfruta agora de céus mais azuis e água mais pura, e tem mais veículos de energia novos nas estradas. Para Verena Menzel, da Alemanha, que vive na China há 11 anos, os pagamentos móveis, as bicicletas partilhadas e as plataformas em linha trouxeram “muita surpresa e conveniência”. A alemã disse também que tem detectado também um sentimento cada vez mais forte de confiança cultural na China. Taguchi Nao, do Japão, diz-se impressionada com o sistema de segurança social da China, a Iniciativa China Saudável e as medidas para enfrentar o envelhecimento da população, um problema que também afecta o seu país. Pongtay Chaleunsouk, do Laos, assistiu recentemente a uma palestra espacial ao vivo na televisão, com interacções entre astronautas chineses a bordo da estação espacial da China e crianças na Terra. Para ele, foi “inesquecível”. “Embora tenha iniciado o seu programa espacial muito mais tarde, a China tornou-se líder na indústria espacial e está pronta a expandir a sua cooperação científica e tecnológica com outros países”, afirmou. “As tremendas mudanças na última década são de um marco importante, que provêm da forte liderança do PCC e dos incessantes esforços do povo chinês”, acrescentou. Compreender a China, compreender o PCC Uma das visões partilhada entre os tradutores estrangeiros passa pela noção de que “compreender a China implica uma boa compreensão do PCC, da sua história e da sua lógica de governo”. Entre as frases do relatório que, segundo eles, causaram maior impressão encontram-se: “O apoio do povo é da maior importância política”, “uma filosofia de desenvolvimento centrada no povo”, e “Este país é o seu povo; o povo é o país”. “Termos como estes sublinham realmente o quanto o Partido valoriza a sua estreita relação com o povo, estando de todo o coração empenhado em tornar as suas vidas melhores e em servi-lo”, disse Slattery. Mustafa lembra-se da primeira vez que esteve envolvido na tradução do relatório do congresso há cinco anos, quando o PCC prometeu no seu 19º congresso nacional assegurar uma vitória decisiva na construção de uma sociedade moderadamente próspera em todos os aspectos. “Como esse objectivo foi alcançado como previsto, o PCC está agora a conduzir o país numa nova viagem para construir um país socialista moderno em todos os aspectos”. Acredito que irá honrar a sua promessa novamente”. Angelina, da Rússia, encontrou novos conteúdos cada vez que traduzia um importante documento do PCC. “Devo continuar a enriquecer-me para entregar boas traduções”. “O PCC é um partido com uma forte capacidade de investigação, acção, inovação, e de acompanhar os tempos”, referiu Cantave Fuyet, que obteve um doutoramento sobre a adaptação do marxismo ao contexto chinês. Chaleunsouk disse que, embora muitos termos no relatório sejam expressões únicas do PCC, tais como “tirar tigres” e “caçar raposas”, são vívidos e fáceis de compreender, ilustrando a resolução de exercer uma auto-governação e auto-reforma total e rigorosa do partido. Paz e inovação Para tornar a China num grande país socialista moderno em todos os aspectos, o PCC adoptou um plano estratégico em duas etapas: basicamente realizar a modernização socialista de 2020 a 2035, e “tornar a China num grande país socialista moderno que seja próspero, forte, democrático, culturalmente avançado, harmonioso, e belo de 2035 até meados deste século”. “A palavra ‘inovação’ apareceu muitas vezes no relatório”, disse Menzel, observando que está “ansiosa por mais cooperação entre a China e a Alemanha, ambos países impulsionados pela inovação”. “A China precisa de um mundo pacífico para se desenvolver e, ao mesmo tempo espera contribuir para a paz mundial com o seu desenvolvimento”, disse Slattery, tirando esta conclusão dos objectivos que o PCC está a tentar alcançar, especificados no relatório do congresso. “O mundo é como uma família que partilha o bem e o mal”, disse Cantave Fuyet, observando que “ao promover uma comunidade com um futuro partilhado para a humanidade, o PCC mostra que se preocupa com o bem-estar do mundo inteiro e que está determinado a tornar a sua grande visão numa realidade”. Mustafa recorda que Pequim, há 20 anos, só tinha duas linhas de metro, quando chegou à China pela primeira vez. Agora, a rede de metro de Pequim estende-se em todas as direcções, e o município tornou-se na única cidade do mundo a receber tanto os Jogos Olímpicos de Verão como os de Inverno. À medida que o país se desenvolveu nas últimas décadas, Mustafa disse estar confiante de que a China conseguirá a modernização. “Espero testemunhar o grande momento histórico juntamente com o povo chinês”, concluiu.
Hoje Macau China / ÁsiaRapazes na China rural têm mais 7,5 cm de altura e são 6,6 kg mais pesados do que há uma década A melhoria nutricional aumentou a altura e o peso médios dos rapazes de 13 anos na China rural, que são agora 7,5 cm mais altos e 6,6 kg mais pesados do que há uma década atrás, segundo um estudo oficial. Embora o ganho tenha sido maior entre os rapazes de 13 anos, as crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 15 anos são agora em média pelo menos 3cm mais altas e 1kg mais pesadas devido a uma dieta melhorada, de acordo com um inquérito realizado entre 2012 e 2021, junto de crianças em idade escolar provenientes de zonas rurais de cerca de 700 concelhos em toda a China. Entre as raparigas, as de 12 anos foram as que mais beneficiaram, ganhando 6,3 cm de altura e 5,8 kg de peso em média, descobriu o estudo, que foi publicado no portal do Ministério da Educação chinês. O aumento significativo do peso das crianças foi principalmente graças a uma iniciativa de melhoria da nutrição lançada em 2012, dirigida a estudantes de regiões rurais mais pobres, afirma o estudo. A prevalência de crescimento atrofiado diminuiu 5,7% em relação a 10 anos atrás, afectando apenas 2,3% das crianças monitorizadas no ano passado. No entanto, no final do ano passado, cerca de 12% ainda sofriam de anemia, uma condição em grande parte ligada a deficiências nutricionais, embora esta tivesse diminuído quase 5% desde 2012. Apesar de um aumento considerável na disponibilidade e diversidade dos alimentos fornecidos às crianças em áreas de menor rendimento, menos de um terço teve acesso a leite e fruta todos os dias no ano passado. A iniciativa não só ajudou as crianças em idade escolar a tornarem-se mais saudáveis, como também tem sido, “uma medida importante para parar a transmissão intergeracional de pobreza e promover a igualdade na educação”, afirma o estudo. Crianças mais altas e maiores têm sido consideradas como provas tangíveis do progresso da China na redução da pobreza nas últimas décadas, após as reformas económicas de finais da década de 1970. Embora as memórias de malnutrição e fome ainda estejam frescas entre as gerações mais velhas, a maior parte das dietas alimentares das pessoas têm sofrido grandes melhorias desde então, uma vez que centenas de milhões foram retiradas da pobreza com base nos padrões do governo chinês. A investigação internacional sobre a evolução das alturas médias em 2020 cria um quadro ainda mais impressionante para a China, pois constata que o país testemunhou o maior aumento da altura masculina entre 1985 e 2019 entre 200 países e territórios examinados. Os homens chineses com 19 anos cresceram quase mais 9 cm de altura durante o período, de acordo com uma pesquisa publicada na revista médica Lancet. As mulheres chinesas, na mesma faixa etária, ganharam 6 cm, marcando o terceiro maior aumento de altura a nível mundial.
Hoje Macau EventosLivro de Giorgio Sinedino apresentado esta sexta-feira Será lançado esta sexta-feira, a partir das 18h30, na Fundação Rui Cunha, o livro “Confúcio – O Fundador da Tradição”, da autoria de Giorgio Sinedino, académico e ex-assessor. Esta é uma iniciativa do Centro de Ensino e Formação Bilingue Chinês-Português da Universidade de Macau (UM) que, desde Janeiro de 2020, tem produzido um programa de rádio em português intitulado “Ideias Chinesas” (Temporada 1-4) em co-produção com a Radio China International (CRIpor). Com um vasto conteúdo que percorre alguns dos maiores clássicos chineses, “Confúcio e os Analectos”, “Laozhi e Dao de Jing”, “Meng Ke e o Livro de Mencius” e “Zhaungzhi e o seu Livro”, o programa visa descodificar e dar a conhecer a todo o público lusófono, o pensamento confucionista e as respectivas tradições intelectuais chinesas. Os 15 episódios que compõem cada temporada têm sido regularmente disponibilizados nos sítios web CRIpor e CPC, encontrando-se integralmente acessíveis a todos os interessados. Em Agosto deste ano, a primeira temporada foi integralmente convertida neste livro sobre Confúcio e a sua obra, como forma de promoção e divulgação, através da palavra escrita, do programa de rádio a todos quantos ainda dele não tivessem conhecimento. Paixão pela China A obra será apresentada por Yao Jing Ming, poeta e tradutor, além de professor do departamento de português da UM, bem como por João Veloso, director do mesmo departamento. Fluente em doze línguas, incluindo mandarim, cantonês e japonês, Giorgio Sinedino vive na China desde 2005. Com um doutoramento em Religião pela Universidade Renmin – China e um mestrado em Filosofia pela Universidade de Pequim, Giorgio Sinedino estudou Budismo no Templo da Fonte do Dharma e Daoísmo no Templo da Nuvem Branca, tendo também aprendido acerca das várias tradições chinesas com múltiplos mestres sem filiação institucional. O autor publica regularmente sobre o pensamento e literatura chineses, mantendo este podcast sobre os autores clássicos e suas obras na Radio China International. Pela estampa da Unesp, publicou os best-sellers Os Analectos (2012), Dao De Jing (2016) e Immortal do Sul da China (2022).
Hoje Macau EventosDocomomo | Palestra sobre Chui Tak Kei na Fundação Rui Cunha É já amanhã que decorre na Fundação Rui Cunha a palestra “Construir o Século XX: Chui Tak Kei”, promovida pelo centro de investigação Docomomo Macau. O arquitecto Rui Leão e o assessor de informação João Guedes vão falar dos contributos de Chui Tak Kei no sector da construção civil e em toda a sociedade A Fundação Rui Cunha (FRC) e o Centro de Investigação Docomomo de Macau apresentam amanhã, às 19h, a palestra “Construir o Século XX: Chui Tak Kei”, com a participação de João Guedes, assessor de informação e autor de livros sobre a história de Macau, e do arquitecto Rui Leão. Os dois oradores vão abordar os contributos do empresário Chui Tak Kei para a sociedade civil. Nascido em 1912 e falecido em 2007, Chui Tak Kei foi uma figura de destaque da sociedade e participou na construção e desenvolvimento de Macau como um importante agente político e cultural. Além disso, estabeleceu sempre uma relação próxima com a comunidade portuguesa. Tio do anterior Chefe do Executivo, Chui Sai On, Chui Tak Kei distinguiu-se como empresário e construtor. No plano político foi vice-presidente da Assembleia Legislativa, tendo participado no processo de transferência de soberania de Macau e na elaboração da Lei Básica. Da caridade Durante a II Guerra Mundial Chui Tak Kei dirigiu a Associação Tung Sin Tong, instituição de beneficência que prestou auxílio aos refugiados, um papel importante porque foi aí que iniciou a sua vida pública e a sua intervenção social e política. Figura preponderante do mundo empresarial de Macau, tendo presidido à Associação Comercial de Macau, uma espécie de governo sombra da comunidade chinesa ao longo do século XX. Mais tarde, foi fundador da Associação de Construtores Civis de Macau, de que seria o presidente executivo e, depois, presidente honorário. Foi membro da Comissão da Redacção da Lei Básica da RAEM e da Comissão Preparatória da RAEM, bem como Presidente do Comité Consultivo para a Lei Básica da RAEM. Amante de música e das Belas Artes, dedicou-se nos tempos livres ao desenho, pintura e caligrafia chinesa, além de ser um grande apreciador e coleccionador de arte chinesa. De destacar que, em relação aos oradores, João Guedes é autor da fotobiografia sobre esta personalidade, intitulada “Chui Tak Kei – A História numa Biografia”, onde recolheu para memória futura os grandes feitos desta personalidade de relevo da comunidade chinesa em Macau. Por sua vez, Rui Leão, arquitecto, é Presidente do Centro de Investigação Docomomo Macau.
Hoje Macau SociedadeFarol da Guia | UNESCO atenta às questões de visibilidade A UNESCO assegura que continua em estreita comunicação com Pequim sobre a questão da visibilidade do Farol da Guia posta em causa com dois projectos de construção: a altura do edifício embargado na Calçada do Gaio e os dois edifícios situados na avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues. O compromisso da organização internacional surge face às cartas enviadas pelo Grupo de Salvaguarda do Farol da Guia nos dias 20 de Setembro e 11 de Outubro. Na carta enviada ao grupo, lê-se que “a UNESCO tem vindo a comunicar com a China sobre os projectos de construção em causa, nomeadamente o edifício ainda em construção na Calçada do Gaio, tendo em conta a proximidade e [o impacto] na visibilidade do mesmo, bem como a construção dos edifícios altos na Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues”, tal como “indicado nas nossas cartas anteriores, incluindo a de 8 de Setembro de 2020, 15 de Março de 2021 e 29 de Julho de 2022”, apontam ainda. A UNESCO explicou ainda que a comunicação e o pedido de informações a Pequim têm sido feitos à luz da legislação que sustenta o trabalho de protecção do património feito pela UNESCO, a quem as autoridades de Macau devem responder em relação à salvaguarda do centro histórico e restantes monumentos nas zonas de protecção.
Hoje Macau SociedadeExposições MIF, MFE e PLPEX arrancam amanhã no Venetian A 27.ª Feira Internacional de Macau (27.ª MIF), a Exposição de Franquia de Macau 2022 (2022MFE) e a Exposição de Produtos e Serviços dos Países de Língua Portuguesa (Macau) 2022 (2022PLPEX) terão lugar entre amanhã e sábado. Segundo o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), a organização dos três eventos seguirá o “modelo de realização sinergética”, com a integração de acções online e offline, “com o apoio de sete factores principais: cooperação regional, Plataforma Sino-Lusófona, modelo de cooperação ‘indústrias + convenções e exposições’, indústria de big health, indústrias culturais e criativas, indústria de tecnologia de ponta e apoio às PMEs, para promover, com base na dinâmica das actividades de convenção e exposição, o desenvolvimento da diversificação adequada da economia de Macau”. Os três eventos vão ocupar a partir de amanhã 29.300 metros quadrados do Cotai Expo do The Venetian Macao, área onde vão estar instalados 1.800 stands, dos quais 389 são reservados às PMEs de Macau, representando um aumento de 27,5 por cento em comparação com o número do ano passado. Até ontem, os três eventos paralelos totalizaram mais de 1.000 empresas expositoras offline, 1.200 empresas na exposição online e um total de 3.700 produtos exibidos. O IPIM indicou que entre os participantes estão empresas do Interior da China, Angola, Brasil, Moçambique, Portugal, Hong Kong e Macau, “envolvidas em diversas indústrias como medicina tradicional chinesa, inovação científica e tecnológica, indústrias culturais e criativas, produtos alimentares e restauração e comércio a retalho”. Presença física Um dos dados apresentados ontem que vinca alguma evolução em relação ao ano transacto é o aumento de 12,8 por cento de empresas com expositores físicos instalados no The Venetian Macao. Durante os três de exposição, serão realizadas mais de 50 sessões de bolsas de contactos, fóruns, conferências, sessões de apresentação e de intercâmbio. Amanhã os eventos serão exclusivos para visitantes profissionais e entidades oficiais, mas na sexta-feira e sábado abrem ao público geral. Para tal, serão disponibilizados autocarros directos gratuitos, para a deslocação entre o recinto dos eventos e vários pontos das zonas norte e central da Península de Macau e da Taipa.
Hoje Macau SociedadeBranqueamento | Transacções suspeitas caem 13,4 por cento O número de relatórios de transacções suspeitas caiu para 1.677, de acordo com as estatísticas do Gabinete de Informação Financeira. Da parte das operadoras de jogo, chegaram 866 participações de operações duvidosas Nos primeiros nove meses do ano, o número de transacções suspeitas sofreu uma redução de 13,4 por cento, de acordo com as estatísticas publicadas ontem pelo Gabinete de Informação Financeira (GIF). O valor apresentado é o mais baixo desde 2020. Entre Janeiro e Setembro deste ano, houve 1.677 relatórios de transacções suspeitas submetidos ao GIF por entidades locais, o que representa uma redução de 13,4 por cento, face aos 1.937 relatórios apresentados nos primeiros nove meses do ano passado. Entre os 1.677 relatórios enviados ao GIF, mais de metade partiram das operadoras de jogo, num total de 866. Este número representa uma proporção de 51,6 por cento. No ano passado, tinha havido um total de 1.025 relatórios das operadoras de jogo, no que tinha sido uma proporção de 52,9 por cento do total das queixas. Por parte das instituições financeiras e companhias de seguros, foram submetidos para avaliação 611 relatórios de transacções suspeitas, 36,5 por cento do total das queixas. A proporção das queixas nos primeiros nove meses de 2021 tinha sido de 34,3 por cento, o que correspondeu a 665 queixas. As restantes 200 queixas dos primeiros nove meses do ano, partiram de “outras instituições”, numa proporção de 11,9 por cento, uma redução face ao ano transacto, quando as “outras instituições” tinham submetido 247 relatórios, numa proporção de 12,8 por cento das 1.937 queixas totais. A descer O número de 1.677 relatórios de transacções suspeitas apresentado ontem pelo GIF é o mais reduzido desde 2020, o primeiro ano afectado pela pandemia da covid-19. Há dois anos, naquele que é o registo mais baixo desde 2018 para os primeiros meses do ano, foram registadas 1.663 transacções suspeitas. À semelhança do que se verifica agora, e como padrão normal, a maior parte das denúncias de transacções suspeitas partiu das operadoras de jogo, com uma proporção de 56,3 por cento das queixas, ou seja, 936 relatórios. Desde 2018, que o número de transacções suspeitas nos primeiros nove meses do ano fica abaixo das 3.000 transacções. Nesse ano, e só nos primeiros nove meses, houve 3.079 transacções suspeitas, com as operadoras do jogo a relatarem 1.687 transacções suspeitas, mais do que as registadas nos primeiros meses deste ano. Também nesse período, os bancos e as seguradoras reportaram 912 transacções suspeitas.
Hoje Macau EventosPoesia | Sara F. Costa lança “Ser-Rio, Deus-Corpo” em Portugal e na Índia O sexto livro de poesia de Sara F. Costa intitula-se “Ser-Rio, Deus-Corpo” e será lançado no próximo mês de Novembro em Portugal, na cidade do Porto, e depois na Índia, na sua versão inglesa. A obra é resultado de uma bolsa de criação literária “Ser-Rio, Deus-Corpo” é o nome do novo livro de poesia de Sara F. Costa, ex-colaboradora do HM que tem vindo a crescer no mundo da poesia. A autora, que viveu em Pequim e é fluente em mandarim, lança no próximo mês, no Porto, aquele que é o seu sexto livro de poesia. A obra ganha uma versão inglesa que será lançada mais tarde na cidade de Bengaluru, na Índia. No ano passado, Sara F. Costa ganhou uma bolsa de criação literária financiada pela Direcção Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas do Ministério da Cultura Portuguesa, o que deu origem a “Ser-Rio, Deus-Corpo”, livro editado pela editora Labirinto. Nesta obra, a autora incorpora vários registos poéticos de “tradição simbolista, surrealista, imagista e objectivista” interpretando a psique e a índole humana “a partir do corpóreo”. Na carta de candidatura à bolsa de criação literária, Sara F. Costa descreveu este projecto de poesia como sendo “uma ode à fertilidade” ou “um trabalho sobre a criação intrauterina do ponto de vista estritamente matriarcal”, numa clara referência à maternidade. “Ser-Rio, Deus-Corpo” retrata “a experiência intimista de uma mãe durante o período de gestação do feto, incorporando, por vezes, elementos da tradição modernista como a objectividade, intelectualidade, abstração e distanciamento necessários para transformar a experiência em arte”. Contudo, “nunca se abandona o registo privado, quase doméstico, em que a voz poética procura transcender a casa-corpo”. A autora, num comunicado de imprensa, dá conta de que os temas que se relacionam com a maternidade, no campo da literatura ocidental, começaram a surgir nos anos 70 do século XX, “quando surge a segunda onda do movimento feminista”. Desta forma, “pretendia-se combater as pré-noções que sentenciavam certos tópicos como inapropriados enquanto motivos literários”. Mais internacional Sara F. Costa trabalha, com este livro, a ideia de “mãe-poeta” que “não é uma personagem muito presente”, uma vez que a mãe “é mais representada por autores masculinos do que femininos”. “O objectivo deste trabalho é trazer a representação da mãe que não precisa de ser representada porque o é. A poeta é universal, mas é mulher”, diz a autora no mesmo comunicado. De frisar que a ilustração da capa é da autoria da artista Constança Araújo Amador. Em relação ao lançamento da obra na Índia, este surge do convite feito a Sara F. Costa para participar no Festival Internacional de Literatura organizado Asia Pacific Writers & Translators, que tem como tema “Meridian – Writing Outside the Frame” e que decorre entre os dias 28 a 30 de Novembro. O livro é editado pela “Red River”, uma editora independente de Nova Deli, sendo apresentado no dia 28 de Novembro em Bengalore, no Festival Internacional de Literatura Asia Pacific Writers & Translators. Além das edições em português e inglês, “Ser-Rio, Deus-Corpo” será também editado em Espanha. Os textos de Sara F. Costa têm vindo a ser publicados e traduzidos um pouco por todo o mundo, tendo a autora sido convidada para participar em festivais literários em países como Espanha, Polónia, Turquia, China e Índia. O seu livro “A Transfiguração da Fome” obteve o Prémio Literário Internacional Glória de Sant’Anna para melhor obra de poesia publicada em países de língua portuguesa em 2018. Sara F. Costa publicou ainda uma antologia de poesia chinesa contemporânea por si organizada e traduzida, fruto do contacto com os meandros literários e artísticos de Pequim, onde viveu até 2020. Nesse ano, quando começa a pandemia da covid-19, a autora regressou a Portugal, quando estava grávida de oito meses.
Hoje Macau China / ÁsiaAstronauta quer partilhar estação espacial chinesa com colegas estrangeiros Wang Yaping é astronauta e delegada do 20º Congresso Nacional do Partido Comunista Chinês. Actualmente, um dos seus maiores desejos é partilhar, com colegas astronautas estrangeiros, a estação espacial chinesa que está quase concluída. “Temos sorte de ter entrado numa nova era. Do meu primeiro vôo em 2013 ao meu mais recente vôo há um ano, as missões espaciais tripuladas da China têm frequentemente alcançado, nos últimos dez anos, novos patamares,” afirmou Wang. “Temos uma plataforma de vôo mais ampla, mais experiência e a própria estação espacial. Nesta década, gerações de astronautas continuaram a lutar”, afirmou, lembrando os inícios da sua aventura: “Quando a nave Shenzhou-5 voou pela primeira vez, teve o seu próprio sonho de voar. Porém, na época, nunca imaginei que alguma vez poderia voar para o espaço. Hoje, muitas das primeiras crianças que ouviram as minhas declarações no espaço tornaram-se meus companheiros de equipa na frente espacial”. Para Wang, “a indústria aeroespacial representa a força dos tempos e a força do legado”. Num futuro próximo, quando a estação espacial chinesa estiver totalmente concluída, Wang disse que espera entrar na estação espacial chinesa “com colegas estrangeiros para explorarem juntos o vasto universo”.