Coreia do Norte testou míssil hipersónico de médio e longo alcance

A Coreia do Norte fez na terça-feira o lançamento de um míssil hipersónico de médio e longo alcance, informaram os meios de comunicação estatais do país.

Segundo as mesmas fontes, o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, esteve presente no teste. “Um novo teste de lançamento de um míssil hipersónico de médio e longo alcance, com valor estratégico, foi realizado com sucesso”, disse a agência oficial de notícias KCNA, um dia após o ensaio militar.

Kim Jong Un afirmou que a Coreia do Norte tinha agora “obtido mísseis estratégicos com combustível sólido, ogiva manobrável e capacidade nuclear”. O exército sul-coreano afirmou que o míssil, lançado na madrugada de terça-feira, percorreu cerca de 600 quilómetros antes de se despenhar nas águas entre a Coreia do Sul e o Japão. Segundo a KCNA, o projéctil teria percorrido cerca de mil quilómetros.

O último lançamento de Pyongyang, de um míssil Hwasong-16, ocorre menos de duas semanas depois de os meios de comunicação social estatais norte-coreanos terem anunciado que Kim Jong Un tinha supervisionado um teste bem-sucedido de um motor de combustível sólido para um “novo tipo de míssil hipersónico de alcance intermédio”.

Velocidade furiosa

Há muito que a Coreia do Norte tenta dominar tecnologias hipersónicas e de combustível sólido mais avançadas, com o objectivo de tornar os seus mísseis mais capazes de neutralizar os sistemas de defesa antimíssil da Coreia do Sul e dos Estados Unidos, bem como ameaçar as bases militares regionais americanas.

Os mísseis hipersónicos deslocam-se a uma velocidade de pelo menos Mach 5, mais de 6 mil quilómetros por hora e são capazes de manobrar em pleno ar, tornando-os mais difíceis de seguir e de interceptar. Dependendo do modelo, podem transportar ogivas convencionais ou nucleares.

Os mísseis de combustível sólido não precisam ser reabastecidos antes do lançamento, o que torna a sua utilização mais rápida e mais difíceis de identificar e de destruir pelos adversários.

O Ministério da Defesa sul-coreano afirmou ter feito um exercício aéreo conjunto com Washington e Tóquio, envolvendo um bombardeiro B-52H com capacidade nuclear e caças F-15K perto da península coreana.

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