Hoje Macau Via do MeioFalando sobre as raízes da sabedoria – Cai Gen Tan 菜根譚 Tradução de André Bueno 41. Uma pessoa de pensamento magnânimo trata a si mesmo, e aos outros, com respeito; e por isso, sua grandeza está em toda parte. Uma pessoa de pensamento mesquinho trata a si mesmo, e aos outros, com pequenez; e por isso, sua malícia está em toda parte. Uma pessoa virtuosa evita o luxo e a ostentação, e se afasta do aborrecimento e do pessimismo. 42. Outros têm riquezas, eu tenho o humanismo. Outros têm cargos importantes, eu tenho a beleza interior. Um Educado não se apega as aparências. Uma pessoa verdadeira pode conquistar o Céu, sua vontade dirige seus pensamentos e emoções. [Por isso] O Educado não se sujeita aos ganhos materiais. 43. Estar no mundo, sem ideais dignos, é como limpar a roupa com pó, ou lavar os pés com lodo; como realizar-se [interiormente], dessa forma? Atuar no mundo, sem saber adaptar-se, é como ser uma mariposa que se lança na lama, ou como um carneiro que prende os chifres na cerca; como encontrar paz e alegria dessa forma? 44. Todos que estudam devem recolher seus pensamentos dispersos, e concentrá-los numa única direção. Se ao cultivar a virtude, espera-se uma boa reputação, com certeza falhará. Se ao estudar, pretendem-se apenas belos poemas, com certeza nada se arraigará no coração. 45. Todas as pessoas têm a capacidade da compaixão. Wei Mo*, um açougueiro, ou um carrasco não se distinguem em sua natureza humana. Em todo o lugar, existe algum tipo de comunhão com a natureza. Um palácio de ouro ou uma cabana não se distinguem na Terra que as assenta. Mas o desejo obstrui a generosidade pura, e se impondo a ela, separam-se uma da outra como se estivessem a mil li** de distância. *Vimalakirti, santo budista. ** Li=500 metros 46. Para ir pelo Caminho da virtude, a mente precisa ser como madeira e pedra*. Se a tentação pela fama e riqueza for maior, com o tempo se fica no mundo dos desejos. Aquele que quer ajudar o mundo, deve desejar como as nuvens e as águas**. Mas se a tentação pela notoriedade for insaciável, ele atrairá perigo. *Pureza e Fortaleza, respectivamente. **Apenas seguir o curso, sem impor a vontade própria. 47. As ações de uma pessoa correta são serenas, seus sonhos são calmos. As ações de uma pessoa má são perversas, e suas conversas sempre têm intenções nefastas. 48. Quando o fígado está doente, os olhos não vêem; quando os rins ficam doentes, os ouvidos não podem escutar. A doença está em um lugar eu não se pode ver, mas seus efeitos são visíveis. Assim, o Educado, se não deseja que suas faltas apareçam no exterior, corrige primeiro seus erros interiores. 49. Estar feliz ou não depende de quantas preocupações se têm. Estar entristecido depende do quanto o coração está disperso. Só quem está cheio de preocupações sabe que ter poucas levam a felicidade. Só quem tem um coração tranqüilo sabe que a agitação atrai problemas. 50. Em tempos tranqüilos, seja correto como um quadrado. Em tempos de desordem, seja correto como um círculo*. Em tempos de decadência, combine o quadrado e o círculo. Ao lidar com gente boa, seja correto e generoso; ao lidar com gente má, seja correto e rigoroso; ao lidar com gente comum, combine generosidade e rigor. *Quadrado=retidão, Círculo=flexibilidade 51. Não me recordo do que fiz pelos outros. Não me esqueço dos erros que cometi. Não me esqueço da bondade dos outros. Não me recordo das ofensas dos outros. 52. Um benfeitor não considera suas ações boas, nem que ajudou alguém. Desse modo, um punhado de grãos se transforma num celeiro. O ganancioso pensa no retorno do que dá, e calcula seus lucros sobre quem ajuda. Desse modo, uma fortuna eterna não vale uma moeda de cobre. 53. Cada um tem sua vida, com ou sem fortuna; como saber quem é mesmo afortunado? Cada um tem sua cabeça, com ou sem estudo; como exigir dos outros o entendimento? Desse modo, se pode comparar as pessoas, e observar suas condutas. 54. Somente uma pessoa de bom coração pode apreciar a sabedoria dos antigos pelo estudo dos clássicos. Os maus roubam os antigos, usam-nos em benefício pessoal, e disfarçam com palavras boas as suas ações nefastas. 55. Para quem vive no luxo e na extravagância, a riqueza nunca é suficiente. Para quem vive na frugalidade, o pouco que se têm pode ser repartido. Uma pessoa de talento se esforça, mas só consegue o ressentimento da sociedade. Uma pessoa simples age de modo simples, e dessa maneira, vive sem preocupação e mantém-se imaculado. 56. Estudar, sem buscar a virtude dos sábios, é ser um mero copista; ter um cargo oficial, sem amar o povo, é ser um ladrão bem vestido. Dar lições de virtude, sem praticá-la, é como recitar os clássicos sem compreendê-los; realizar um trabalho, sem visar à virtude, é tão efêmero como a vida das flores ante os olhos. 57. No coração das pessoas existe um livro da verdade; mas o texto está incompleto, e as folhas estão rasgadas. O espírito das pessoas guarda uma melodia da verdade; mas ela está encoberta por músicas e danças sensuais e superficiais. A busca da virtude deve apagar todas as coisas externas e penetrar na raiz das coisas, na origem de sua natureza íntima. Só assim se alcançará um verdadeiro aprendizado. 58. No meio das dificuldades, pode-se encontrar a alegria. No orgulho dos próprios estratagemas, pode-se encontrar a decepção. 59. Se a riqueza e a reputação vierem do cultivo da virtude, elas serão como flores nas montanhas e bosques; florescem naturalmente e em abundância. A riqueza obtida pela artimanha é como as flores dos jardins e canteiros; florescem rápido, e acabam logo. A riqueza obtida pelo poder e autoridade é como as flores de vasos e jarros; sem raízes fortes, apenas aguardam o dia de sua morte. 60. Quando chega a primavera, o clima é agradável, as flores cobrem a Terra de cores, e os pássaros entoam belos cantos. Os letrados se alegram de estar nas listas dos aprovados nos exames públicos, e voltam a se vestir e comer bem. Mas, se nesse tempo eles não prestarem atenção em dizer palavras justas, e realizar ações meritórias, ainda que vivam cem anos nesse mundo, suas vidas inteiras não terão mais significado do que viver um dia apenas. * O Cai Gen Tan菜根譚foi escrito no século XVI pelo erudito Hong Yingming 洪應明 (ou Hong Zicheng洪自誠, 1572-1620), próximo ao final da dinastia Ming大明 (1368-1644). (…) Hong buscava estabelecer uma analogia entre as três grandes correntes do pensamento chinês em sua época: Confucionismo, Daoísmo e Budismo Chan (Zen). O livro de Hong é uma apresentação de trezentos e sessenta aforismos sobre os mais diversos aspectos da vida, sempre baseado nos ensinamentos das três grandes linhas
António Graça de Abreu Via do MeioSu Dongpo | O vinho enquanto segunda vida Texto e tradução de António Graça de Abreu O grande poeta Su Dongpo gostava de se reunir com os amigos, comiam, bebiam gloriosamente, diziam ou compunham poemas, pintavam. Um deles, Huang Tingjian黄庭坚 (1045-1105), a seu respeito, escreveu: “Ele adorava viver mas, após três ou cinco copos, já ébrio, parecia meio morto. Deitava-se sem cerimónia num qualquer recanto e ressonava com o ruído de um trovão. Algum tempo depois despertava, sentava-se à mesa e começava a escrever ou a pintar com a velocidade do vento.” Nestes encontros de amigos e em momentos de solidão prevalecia a exaltação das bebidas fortes e encorpadas. O vinho, 酒 jiu em chinês, ou melhor, as vinte mil variedades de bebidas alcoólicas, fazia parte dos quotidianos de quase toda a gente. Nos seus poemas e na sua prosa, Su Dongpo faz referências frequentes ao vinho e aos prazeres do álcool. O que bebiam não era propriamente vinho de uvas, também existente em algumas regiões da China, mas sobretudo baijiu, aguardentes destiladas a partir do sorgo, do painço, do arroz, de uma série de plantas e frutas que, levedadas, produziam néctares de elevada graduação que chegavam aos sessenta graus. Fabricavam-se também os mais variados licores e xaropes com menor teor de álcool e era vulgar uma espécie de cerveja que se obtinha misturando aguardentes e fruta com água, o que resultava numa bebida leve que alegrava o espírito de quem a bebia, mas não embebedava. Todos estes derivados alcoólicos se chamam jiu, normalmente traduzido por “vinho” mas os chineses, tal como acontecia com o chá, sabiam muito bem diferenciar os diversos jiu. Num texto que intitulou “Em louvor do vinho forte” Su Dongpo vai longe na definição e valorização dos supremos néctares, em palavras que por certo grandes beberrões subscreveriam, poetas como Horácio, Ronsard, Baudelaire, Omar Kahyan, Alberti, o nosso Fernando Pessoa: “Nos homens é preferível um temperamento brando, mas no vinho não se devem evitar a potência e a força. É através do vinho que se esquecem os sonhos de uma noite e com ele se chega a entender as verdades do universo. O vinho é para os homens como uma segunda vida e frequentemente é só no estado de abençoado conforto e maravilhosa tranquilidade criada pelo vinho que alguém pode ter a sensação de encontrar a própria alma.” E escrevia assim, em sublimes poemas: Fraco, o vinho O pior de todos os vinhos, melhor do que água quente. Trapos, melhores que nada ter para vestir. Uma mulher feia, uma concubina conflituosa, melhores do que ter a casa vazia. Quanto mais fraco o vinho, mais fácil emborcar dois copos, quanto mais fino o tecido da cabaia, mais fácil vesti-la, a dobrar. Existe a contradição entre o feio e o belo, mas, quando embriagado, uma coisa tão boa como a outra. Esposas mal-parecidas, concubinas briguentas, quanto mais velhas, mais se assemelham. Impossível saber como será o final dos nossos anos, toma apenas por conselho o teu bom senso. Evita audiências imperiais, os grandes governantes do reino, o salão Florido do Leste, a poeira do tempo, o vento na Passagem do Norte. Cem anos, parece uma eternidade, mas, célere, tudo chega ao fim, nós acabamos por cumprir tão pouco. Vale tanto o cadáver de um rico como o cadáver de um pobre, no rico, para conservar o corpo, pedras de jade, pérolas colocadas na boca do ilustre defunto. Não são grande ajuda, mil anos depois enriquecem ladrões de túmulos, por recompensa, apenas uma ou outra referência literária. Felizmente gente tonta pouca importância dá a tudo isto, enganam meio mundo, enrubescem de contentamento, homens justos são seus inimigos. Para o mérito, um bom vinho por recompensa, em toda a parte, o bem, a alegria, a tristeza, simples manifestações de um mesmo todo, o Vazio. O mau vinho é como os maus homens Bebendo com Liu Ziyu, no templo da Montanha Dourada. Ébrio, adormeci no terraço da meditação. Despertei a meio da noite e escrevi este poema nas paredes do terraço. O mau vinho é como os maus homens, ataca, é mais mortífero que flechas ou facas. Alquebrado, desmaiei no terraço, foi necessário decretar tréguas. O velho poeta é um homem de coragem, gentis, profundas, as palavras do mestre budista. Demasiado ébrio para tudo entender, esbatida a mente em vermelhão e verde, horas depois, acordei, já a lua se afundava no rio. Diferente o bramido do vento, num altar do templo, ainda o leve fulgor de uma lamparina. Os meus dois heróis, desapareceram. [1] Imagens perfeitas Os vapores húmidos do vinho revolteiam-me as entranhas. Dos pulmões, do fígado, numa torrente, como numa avalanche, saltam rochas e bambus. Pinto-as na parede côr de neve, imagens perfeitas. [1] Lin Ziyu, amigo do poeta e Pao Xue, o superior do templo budista.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCrime | Ataque em loja de penhores causa três feridos ligeiros Uma mulher envolveu-se numa discussão com uma empregada de uma loja de penhores e acabou por esfaquear três pessoas. Com a confusão instalada, acabou por fugir antes de se entregar às autoridades. Na origem do ataque estarão motivos passionais Uma mulher entrou numa loja de penhores para discutir com uma das funcionárias e acabou por fazer três feridos ligeiros, entre os trabalhadores do espaço comercial. O caso aconteceu na sexta-feira à tarde, por volta das 16h15, na Rua de Foshan, na Península de Macau, foi revelado pelas autoridades. Segundo o relato apresentado, a mulher, trabalhadora não-residente, com cerca de 30 anos, entrou na loja, e começou a discutir com uma funcionária. Os motivos não foram totalmente esclarecidos, mas a discussão terá acontecido devido a razões passionais, com a atacante a mostrar-se muito alterada, durante a confrontação. Quando dois colegas da trabalhadora da loja se aperceberam dos ânimos exaltados, aproximaram-se para tentar acalmar a situação. Contudo, a atacante mostrou-se sempre muito nervosa e decidiu, nessa altura, recorrer a duas facas, que tinha consigo, e atacou os três funcionários. A confusão no interior do espaço fez com que as autoridades fossem alertadas por transeuntes para a situação, com relatos de um ataque armado. Porém, quando chegaram ao espaço a atacante tinha fugido, e deixado para trás as armas do crime. Ao mesmo tempo, as autoridades depararam-se com os três trabalhadores feridos, que foram transportados para o hospital Kiang Wu. As vítimas, com idades entre os 38 e 44 anos, apresentavam ferimentos nas mãos e ombros. Mea culpa Com o local isolado, e com as autoridades a investigarem o ataque, a mulher responsável pelo acto criminoso acabou por se apresentar na estação do Corpo de Polícia de Segurança Pública. Às autoridades, a atacante terá confessado o seu envolvimento nos acontecimentos na Rua de Foshan. A causa para o ataque foi apontada preliminarmente como estando relacionada com razões passionais. Contudo, à altura em que a informação foi revelada, as autoridades ainda estavam a realizar a investigação ao sucedido. Também ontem, as medidas de coacção aplicadas à mulher que se entregou voluntariamente ainda não tinham sido divulgadas.
Hoje Macau Manchete SociedadeAno Novo Lunar | Semana com mais de 450 mil visitantes Macau registou 451 mil visitantes durante a semana do Ano Novo Lunar, quase o triplo de 2022, mas ainda assim menos 62 por cento do que em 2019, o último ano antes da pandemia de covid-19. Os números foram avançados na sexta-feira pela Direcção dos Serviços de Turismo, com as autoridades a sublinharem que foram superadas as expectativas, naquele que foi o primeiro Ano Novo Lunar marcado pelo alívio das medidas de prevenção contra a covid-19. “Entre o total de 451 mil visitantes que entraram em Macau (…), 265 mil vieram do Interior da China e 165 mil de Hong Kong”, destacou a DST em comunicado. “No terceiro dia do Ano Novo Chinês (dia 24), o número de visitantes ultrapassou os 90 mil, marcando um novo recorde diário desde o início da pandemia”, pode ler-se na mesma nota. As autoridades salientaram ainda que a média da taxa de ocupação hoteleira foi de 85,7 por cento, com um pico no terceiro dia de 92,1 por cento. Macau, cuja economia depende do turismo, seguiu até meados de Dezembro a política chinesa de ‘zero covid’, com a imposição de quarentenas, confinamentos e testagem massiva. Exigências que se somaram aos constrangimentos de mobilidade impostos por Pequim e que ajudam a explicar os 5,7 milhões de visitantes em 2022, longe dos valores de 2019, quando entraram no território perto de 40 milhões de visitantes, quase 60 vezes a população da cidade.
Hoje Macau SociedadeTaxa de desemprego cresceu no ano passado Em 2022, a taxa de desemprego foi de 3,7 por cento e a taxa de desemprego dos residentes correspondeu a 4,8 por cento, resultando em aumentos de 0,8 e 0,9 pontos percentuais, respectivamente, face a 2021. Os números foram divulgados na sexta-feira pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). No ano passado, a situação não ficou apenas pior a nível do desemprego, também o rendimento mensal registou uma quebra, segundo as informações oficiais. “A mediana do rendimento mensal do emprego da população empregada situou-se em 15.000 patacas e a do rendimento mensal do emprego dos residentes empregados fixou-se em 19.000 patacas, menos 800 patacas e 1.000 patacas, respectivamente, em termos anuais”, foi reconhecido no comunicado da DSEC. Contudo, o período entre Outubro e Dezembro de 2022 terá apresentado uma melhoria face à análise feita com os dados entre Setembro e Novembro de 2022. Entre Outubro e Dezembro de 2022, a taxa de desemprego atingiu 3,5 por cento e a taxa de desemprego dos residentes foi de 4,5 por cento, decrescendo ambas 0,2 pontos percentuais. No período em análise, a população activa que vivia em Macau era de 373 mil pessoas com uma taxa de actividade de 68,5 por cento. A população empregada situou-se em 360,2 mil pessoas e o número de residentes empregados correspondeu a 281,1 mil pessoas, menos 1,700 e 900 pessoas, respectivamente, em comparação com o período anterior.
João Santos Filipe Manchete SociedadeWindsor Arch | Lai Weng Leong admite pedidos para acelerar processo O actual director dos Serviços de Solos e Construção Urbana considerou legais os pedidos de Li Canfeng para acelerar os procedimentos de atribuição de licença de ocupação para o edifício Windsor Arch Lai Weng Leong, actual director dos Serviços de Solos e Construção Urbana, admitiu ter recebido pedidos de Li Canfeng para acelerar o processo de atribuição de licença de utilização do projecto Windsor Arch. As declarações foram expressas em tribunal, no sábado, de acordo com a TDM, no âmbito do processo em que os ex-directores das Obras Públicas, Jaime Carion e Li Canfeng, são acusados de crimes de associação criminosa, corrupção e branqueamento de capitais. Segundo a acusação do Ministério Público (MP), Li Canfeng recebeu quase 2 milhões de renminbis para que o projecto Windsor Arch recebesse licença de ocupação, antes de terminar a licença para desenvolver o terreno. No entanto, a licença de utilização do projecto residencial foi emitida numa altura em que o livro de obra estava desaparecido. O MP considera que a licença de utilização só podia ser emitida, depois de terem sido impostas as sanções pelo extravio do livro das obras. Questionado pelo MP, Lai Weng Leong, que na altura era o chefe do Departamento de Construção Urbana, considerou que a situação decorreu dentro da legalidade. De acordo com as explicações de Lai, os procedimentos de emissão da licença de utilização e de imposição de sanções pela perda do livro de obras podem ser feitos em separado, não havendo interferência de um processo no outro. Lai Weng Leong reconheceu ainda que Li Canfeng lhe tinha pedido para se focar primeiro na atribuição de licença de utilização, e colocar de lado o processo de extravio do livro de obra. Porém, não considerou esta instrução do seu superior ilegal. Contactos frequentes Durante mais uma sessão do mediático julgamento, Lai Weng Leong reconheceu também que recebia contactos frequentes de Li Canfeng, por telefone ou pessoalmente, para discutirem os projectos ligados a Sio Tak Hong, William Kuan e Ng Lap Seng, que também são arguidos neste mega processo. Segundo Lai, o ex-director das Obras Públicas chegou a pedir para que fossem acelerados os processos relacionados com terrenos dos empresários em causa. Li Canfeng, sucessor de Jaime Carion nas Obras Públicas, é acusado de um crime de associação secreta, em concurso com o crime de associação criminosa, 11 crimes de corrupção passiva para acto ilícito, 10 crimes de branqueamento de capitais, um crime de falsificação de documentos e quatro crimes de inexactidão de elementos. Ao contrário do que normalmente acontece, a primeira sessão do julgamento após o Ano Novo Lunar foi marcada para a manhã de sábado pela juíza Lou Ieng Ha. O julgamento prossegue amanhã, às 14h45.
Andreia Sofia Silva PolíticaRon Lam U Tou quer divulgação do custo das casas económicas O deputado Ron Lam U Tou defende, numa interpelação escrita, que o Governo deve divulgar os valores das casas económicas aquando da realização de um novo concurso para a atribuição desse tipo de habitação. “A lista de candidatos à habitação económica de 2021 foi anunciada, tendo o Governo indicado que as habitações económicas na Zona A dos novos aterros estarão concluídas em 2024 e que já foram calculados os custos de construção e os valores da concessão dos terrenos para determinar os valores de venda das unidades de habitação. Assim, porque é que as autoridades não anunciaram ainda os valores das casas na Zona A dos novos aterros?”, questionou o deputado. Para Ron Lam U Tou, o Governo deve anunciar os preços “o mais rapidamente possível” para que os candidatos “se sintam à vontade e preparados” para a aquisição da casa. “Tendo em conta que a compra de habitação é uma decisão importante para os residentes, e considerando que o Executivo anunciou que vai lançar, este ano, um novo concurso para atribuir casas económicas, vão ser anunciados os preços de venda dos apartamentos?”, inquiriu ainda. Tabelas e critérios Ron Lam U Tou entende que é também fundamental que seja divulgado o despacho, assinado pelo Chefe do Executivo, com a tabela de preços, aquando da revisão da lei de habitação económica. “Será que as autoridades vão explicar à população, o mais rapidamente possível, os critérios para a definição dos preços das casas? Poderá o Governo reavaliar os preços da habitação pública em termos globais?”. O deputado lembrou, sobre este ponto, que o Governo não voltou a rever os valores por metro quadrado desde a revisão da lei de habitação económica, em 2019. Ron Lam U Tou diz temer que muitos residentes venham a desistir da compra de casas económicas caso o preço por metro quadrado aumente subitamente. “Alguns residentes dizem que a prática do Governo, ao não publicar os valores de venda dos imóveis, é menos transparente do que as informações das casas não regulamentadas no mercado privado”, acusou. A lista de candidatos relativa ao concurso de 2021 foi divulgada a 14 de Dezembro do ano passado e conta com 9.796 candidaturas aceites e 1.911 candidatos desclassificados. De frisar que este foi o primeiro concurso realizado pelo Governo desde a revisão da lei, que trouxe uma alteração do sistema de pontuação para a atribuição de casas aos residentes.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCabo Verde | David Chow abandona posição de cônsul honorário Com a demissão, o empresário avançou para o encerramento do consulado de Cabo Verde em Macau. Em causa, aponta o jornal A Nação, está o facto de David Chow sentir “um certo desagrado” com a forma como o seu investimento está a ser tratado O empresário David Chow abandonou a posição de Cônsul Honorário de Cabo Verde em Macau, de acordo com a informação publicada na última edição do jornal A Nação. O pedido foi feito através de uma carta, enviada a 18 de Janeiro, e implica também o encerramento do espaço onde funcionava até agora o consulado. De acordo com a publicação de Cabo Verde, a carta enviada pelo empresário nota “um certo desagrado”, “nas entrelinhas”, com a actuação do Governo do país insular, por entender que os seus investimentos têm sido desprezados. Em causa, está o tratamento que outro investidor está a receber. Este investidor comprometeu-se a construir um empreendimento turístico na zona do Gamboa, onde Chow também está a investir, com um investimento de 250 milhões de dólares americanos. “Apraz-me registar, entretanto, que o Governo de Cabo Verde acabou por conceder a um investidor local e cabo-verdiano a parte restante daquela praia, o que significa que, no futuro, toda aquela zona será considerada a joia de Santiago”, escreveu Chow, na carta citada pelo jornal A Nação. “Creio que, sendo um investidor/empresário cabo-verdiano, seria talvez menos árduo realizar um projecto desta envergadura”, acrescentou. Ao mesmo tempo, o jornal aponta que o investimento da empresa Macau Legend, em Cabo Verde, está cada vez mais perto de se tornar num “elefante branco”. Isto porque o hotel, que inclui casino e marina, devia ter ficado concluído dentro de três anos após o início das obras. Entretanto passaram sete anos, e “só foram edificados um enorme prédio e a ponte que liga Gamboa ao Ilhéu de Santa Maria”. Viagem de emergência Segundo a publicação local, a decisão de David Chow “terá tido um grande impacto no Governo” de Cabo Verde, que se apressou a agendar uma viagem a Macau, para avaliar as consequências. O Ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, Rui Figueiredo, vai assim deslocar-se à RAEM, “para tentar minimizar os eventuais estragos” que podem ser provocados pelo encerramento do consulado. O jornal não indica a data da viagem. Esta não é a primeira vez que David Chow e as autoridades de Cabo Verde têm problemas. No passado, o empresário tentou abrir um banco no país ilhéu, denominado Banco Atlântico. No entanto, o banco central de Cabo Verde recusou o projecto, por considerar que o empresário tinha falta de “idoneidade bancária”. Na altura, João Serra era o governador da instituição.
João Santos Filipe SociedadeFalta de recursos humanos reduz número de quartos de hotel Apesar de as férias do Ano Novo Lunar terem terminado, o Cotai continua com pouca oferta de quartos de hotel. Esta realidade está a fazer com que os preços por quarto nos principais hotéis do território facilmente ultrapassem as 4 mil patacas por noite. No entanto, de acordo com o Jornal Ou Mun, a pouca oferta de quartos não deverá sofrer mudanças a curto prazo, porque faltam trabalhadores para que os hotéis possam aumentar a oferta. A informação foi adiantada com base no depoimento de uma fonte do sector hoteleiro, que pediu para ficar anónima. De acordo com esta fonte, durante os três anos da pandemia os hotéis despediram funcionários e evitaram a renovação dos contratos dos trabalhadores não-residentes, para baixarem os custos de operação, face ao reduzido número de clientes. Ao mesmo tempo, impulsionados pela política do Governo, começaram a dispensar os trabalhadores não-residentes, que foram obrigados a deixar Macau. Esta realidade faz com que agora não haja mão-de-obra disponível no mercado de trabalho para responder em tão pouco tempo ao súbito aumento da procura. Outro factor que está a limitar a oferta do número de quartos, são as férias dos trabalhadores não-residentes. Impedidos de visitar as famílias durante praticamente três anos, estes trabalhadores estão a aproveitar o fim da exigência de quarentena para verem os entes queridos nos países de origem. Todos estes factores, aponta a fonte ouvida, fazem com que os quartos disponibilizados não representem 50 por cento do número existente. Reservas prioritárias Além das razões apresentadas, a fonte fala ainda de outros fenómenos antigos, que apesar das campanhas anti-jogo continuam a persistir em Macau. Segundo a fonte citada pelo Jornal Ou Mun, há pessoas ligadas à exploração das salas VIP dos casinos que estão a aproveitar toda a situação para especularem e ganharem com a situação. Nestes casos, os quartos são arrendados e depois subarrendados a preços mais elevados do que aqueles praticados no mercado. Além disso, existem ainda outros quartos que não são disponibilizados, porque estão reservados para os grandes apostadores, como parte das campanhas de marketing. Esta é uma prática normal de marketing, em que face aos grandes montantes apostados, os clientes acumulam pontos no cartão de cliente, que podem ser trocados pela reserva prioritária de quartos nos hotéis em causa.
João Santos Filipe Manchete PolíticaTurismo | Deputado pede maior supervisão face a escalada de preços Com o fim da política de zero casos de covid-19 no Interior e a celebração do Ano Novo Lunar, os preços dos hotéis dispararam. No entanto, o deputado Leong Sun Iok está preocupado e avisa que preços irrazoáveis podem afastar os turistas de Macau O deputado Leong Sun Iok está preocupado com a escalada “violenta” dos preços dos quartos de hotel, principalmente durante o período do Ano Novo Lunar. A questão foi mesmo alvo de uma interpelação escrita, em que o legislador pede ao Governo que tome medidas para proteger os consumidores. De acordo com o documento escrito, com os preços por quarto a dispararem para valores que ultrapassaram a cifra das 10 mil patacas, o deputado defendeu a necessidade de serem tomadas medidas e contactou a Direcção de Serviços de Turismo (DST). Segundo as inspecções feitas pela DST, e mencionadas por Leong, o Governo concluiu que os grandes aumentos se ficaram a dever, principalmente, aos portais online que permitem fazer as reservas de quartos. Porém, o legislador quer saber o que se pode fazer, para evitar estas situações. “Para prevenir que os preços sejam extremamente caros, como é que as autoridades vão intensificar as inspecções, sobretudo para incentivarem os hotéis a prestarem mais atenção aos preços de quartos apresentados nas plataformas online para reservar hotel […] com o objectivo de evitar a prática de preços abusivos?”, questiona. Outras dúvidas Leong Sun Iok salientou igualmente que a situação pode prejudicar a imagem de Macau, fazendo com que os turistas não queiram vir para o território, o que é visto como muito prejudicial, principalmente quando se “está numa fase de recuperação económica”. As conclusões apresentadas pela DST, que atirou responsabilidades pelo aumento dos preços para as plataformas de reservas online, também não convenceram o deputado da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM). Outro dos assuntos abordados tem que ver com os portais da DST, do sector do turismo e com a apresentação de preços de referências para os turistas. Sobre este aspecto, Leong apontou que os preços apresentados não são muito diferentes daqueles que constam nas plataformas online, pelo que alertou que esta pode ser uma referência enganadora. Neste sentido, Leong Sun Iok quer saber que medidas vão ser tomadas pelo Governo, para garantir que as informações são mais aproximadas da realidade.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Produção de ópio aumenta quase 90% em 2022 A produção de ópio em Myanmar (antiga Birmânia) cresceu 88 por cento em 2022, um aumento recorde explicado pela crise económica desde o golpe de Estado da junta militar em 2021, segundo um relatório das Nações Unidas. Os autores do estudo divulgado ontem estimam que a produção de ópio atingiu 790 toneladas no ano passado, contra as 420 toneladas de 2021 e quase o dobro da produção em 2020, quando atingiu o valor mais baixo desde que os relatórios começaram a ser realizados, com apenas 400 toneladas. “Agricultores em áreas remotas e propensas ao conflito tiveram pouca escolha senão voltar ao ópio. (…) Os agricultores vêem o ópio como uma garantia de rendimento sobre outras culturas”, disse Jeremy Douglas, representante do Sudeste Asiático e do Pacífico do Gabinete das Nações Unidas contra a Droga e o Crime, durante uma apresentação em Banguecoque, na Tailândia. “O ópio representa uma oportunidade de emprego”, acrescentou Douglas, que associou o aumento da produção à queda do investimento estrangeiro desde o golpe de Estado e à crise económica, reforçada pela pandemia de covid-19 e pela elevada inflação no país. Os esforços para erradicar as plantações também parecem ter diminuído, com as autoridades a eliminarem menos 70 por cento a colheita do que no ano anterior. Douglas reconheceu que a corrupção das autoridades “aumenta as rodas do comércio do ópio”, mas evitou críticas directas à junta militar, dizendo que o comércio ocorre em territórios controlados pela junta ou por diferentes grupos étnicos e que “todos ganham dinheiro” com o negócio. O representante da ONU indicou que estes dados são preocupantes para a região porque significam um aumento na oferta de heroína. “Se a tendência continuar, terá um impacto significativo nas sociedades”, alertou.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeAssinada parceria com Angola na área das startups A plataforma de empreendedorismo 928 Challenge, que todos os anos organiza uma competição entre startups e empresas da China, Macau e países lusófonos, co-gerida por Marco Duarte Rizzolio, acaba de assinar um acordo de cooperação com o Angola Innovation Summit, tido como o maior evento cem por cento digital sobre inovação e tecnologia no universo dos países de língua portuguesa. Citado por um comunicado, Marco Duarte Rizzolio disse que “é com grande satisfação” que assinou este acordo. “Uma das principais missões do ‘928 Challenge’ é incentivar o desenvolvimento de startups lusófonas não apenas com Portugal e o Brasil, mas também com países africanos de língua portuguesa. Não podemos esquecer que dois terços dos países lusófonos estão em África”, explicou. Com este acordo, Marco Duarte Rizzolio espera “trazer mais visibilidade para o mundo das startups lusófonas como um todo e fazer uma maior conexão com a China, que representa o segundo mercado de capital de risco do mundo, depois dos EUA”. Marco Duarte Rizzolio recorda que, na área empresarial, “enquanto o financiamento de capital de risco caiu 35 por cento globalmente em 2022, o financiamento para o sector africano cresceu oito por cento”. “Apesar do aumento no financiamento de capital de risco em África, os países africanos de língua portuguesa estão ainda muito atrás dos mercados anglófonos, como o Quénia, África do Sul e Nigéria. No entanto, isto não acontece por falta de qualidade, mas pelo facto de os investidores que promovem mais desenvolvimento serem principalmente falantes de inglês, baseados no Reino Unido ou EUA”, explicou. Objectivos comuns Dentro deste acordo com o Angola Innovation Summit, está ainda contemplado o “Innovation Awards” [Prémios de Inovação], lançado no ano passado e que visa “reconhecer e distinguir, em seis categorias, as mais brilhantes iniciativas promovidas com recurso à inovação e à tecnologia por organizações e startups que operam na região dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), e que contribuem para o desenvolvimento económico e social, bem como para a modernização do mercado” José Bucassa, dirigente da Angola Innovation Summit, disse que o acordo feito com a plataforma 928 Challenge “permite obter sinergias, pois ambas as iniciativas têm o mesmo objectivo, que é promover os ecossistemas de empreendedorismo e startups da lusofonia, particularmente a lusofonia africana”. Com esta parceria, as startups angolanas vencedoras dos Prémios de Inovação terão a oportunidade de uma entrada directa para o grupo de oito equipas do “928 Challenge”. Esta é, portanto, “uma oportunidade para que as startups angolanas estejam expostas e mais próximas dos outros mercados, nos quais podem identificar e estabelecer parcerias e, quiçá, captar investimentos”.
Carlos Coutinho VozesÉ obra! AGORA que o nosso ministro dos Negócios Estrangeiros revelou a sua ternura pelos beligerantes ucranianos e até acha muito boa a generosa política de beneficência da NATO na guerra da Ucrânia, mesmo que isso resulte em mais tempo para morrerem ucranianos, russos e outros infelizes de duvidosa proveniência (mercenários internacionais, polacos e letões com dupla nacionalidade arranjada à pressa), a CNN, que nem sequer esconde as suas simpatias e as dos seus donos por Zelensky, atreve-se a informar que João Gomes Cravinho participa no capital de uma empresa imobiliária juntamente com um sócio condenado por fraude fiscal. Francamente… A empresa em causa, de nome Eurolocarno, tem como sócio um tal Marcos Lagoa, condenado no processo que lesou os CTT, através da venda de imóveis e já teve também como sócio António Barão, que participou num negócio que lesou o Novo Banco em 270 de euros, deixando-nos a nós a pagar. Eu acredito piamente na sinceridade do ministro quando revelou à CNN que não tinha conhecimento dos problemas judiciais dos sócios. Então não é comovente a candura de uma alma que entra numa sociedade empresarial com tão notórios desconhecidos? Então isto não é tudo boa gente? E não bastava sabermos que o ministro João Gomes Cravinho, enquanto pôde, fingiu não saber que a derrapagem do Hospital Militar de Belém triplicou os custos, quando ele era ministro da Defesa? Despesa que foi orçamentada, recorde-se, como de 750 mil euros e passou rapidamente para mais de 3 milhões. Que nós todos tivemos de pagar, como não podia deixar de ser, até porque num estado de direito é assim mesmo que se procede. E não temos de lhe agradecer a sua imensa e magnânima influência nas decisões estratégicas da NATO que, sentindo que a credibilidade da Aliança Atlântica estava a entrar em défice, ordenou a Zelensky uma lavagem profunda na sujeira governamental de Kiev, dadas as personalidades que rodeiam o excelso Presidente? Vejamos os primeiros resultados: Em menos de 24 horas, segundo o britânico “The Guardian”, “contabilizam-se já 11 saídas do poder em Kiev. E nos últimos 4 dias, são já 12. A lista prossegue com a demissão de 5 governadores regionais: Valentina Reznichenko, da região de Dnipropetrovsk, Oleksandra Starukha, da região de Zaporíjia, Oleksiy Kuleba, governador de Kiev, Dymtro Zhivytskyi, da região de Sumy, e, por fim, Yaroslav Yanushevich, governador da região de Kherson. Por fim, para já, Oleg Nemchinov, secretário do gabinete da presidência, confirmou também a saída de Vitaliy Muzychenko, vice-ministro da Política Social.” Vyacheslav Negoda, ministro-adjunto do Desenvolvimento dos Territórios da Ucrânia, demitiu-se do cargo. Também Ivan Lukerya, ministro-adjunto das Comunidades, assim como o ministro adjunto da Defesa, Vyacheslav Shapovalov, apresentaram a demissão. O procurador-geral-adjunto da Ucrânia, Oleksiy Symonenko, foi ontem corrido do cargo, durante uma reunião de altos funcionários. Então, não seria de ter mais compreensão pelo nosso ministro dos Negócios Estrangeiros, pelo nosso Primeiro-Ministro e pelo nosso Presidente da República? À tarde ATÉ no Vaticano a guerra está muito acesa, embora se desenrole sobre as alcatifas e à meia luz na Cúria, ora rastejando, ora trepando pelas paredes carregadas de santos e beatificados, clérigos e não tonsurados. Ao que consta, uma carta com remetente do Vaticano deixou os bispos alemães em estado de choque e de candeias à avessas com o Papa Francisco e a sua governança da Igreja Católica, porque se diz na incendiária missiva que os bispos germânicos não podem de maneira alguma criar um órgão de governo independente para gerir a igreja no seu país. Tal órgão foi aprovado em Setembro, em Frankfurt, por bispos e leigos seus cúmplices, no sentido se superar “a estrutura rígida, fechada, opaca que terá contribuído para manter impunes, durante muitos anos, os casos de abusos sexuais no seu interior”. Muitos dos quais, ao que também constava, eram virilmente praticados por clérigos alemães. “Desejamos deixar claro que nem o caminho sinodal, nem nenhum organismo por ele estabelecido, nem nenhuma conferência episcopal tem competências para estabelecer um conselho sinodal a nível nacional, diocesano ou paroquial”, diz a tal carta datada de 16 de Janeiro. Quem fala assim não é gago. O Papa Francisco, que está perfeitamente de acordo, vem a Lisboa encontrar-se com a juventude mundial e já prometeu resignar a seguir. Encontra-se em adiantado estado de preparação um palco à beira do Trancão que vai custar mais de 6 milhões de euros. É obra! Viva a comissão fabriqueira! No final, os custos da vinda do Papa a Lisboa poderão ultrapassar os 80 milhões. Para isso e muito mais é que existem os contribuintes e os impostos, graças a Deus. Viva a Pátria que é uma nação valente! Vivam os heróis do mar e o nobre povo!
Andreia Sofia Silva EventosHold On to Hope | Fotografias de Gonçalo Lobo Pinheiro expostas de 5 a 26 de Fevereiro Mostrar a Macau antiga, mesclada com lugares do presente, é o mote da mostra de fotografia “O que foi não volta a ser”, do fotojornalista Gonçalo Lobo Pinheiro. Depois da exposição inaugural na Fundação Rui Cunha, as imagens regressam à galeria Hold On to Hope, na antiga leprosaria de Ka-Hó a convite da Associação de Reabilitação dos Toxicodependentes de Macau “O que foi não volta a ser…”, exposição de fotografia de Gonçalo Lobo Pinheiro, poderá ser vista novamente na galeria Hold On to Hope, nas casas amarelas da antiga leprosaria de Ka-Hó, a convite da Associação de Reabilitação dos Toxicodependentes de Macau (ARTM), entre os dias 5 e 26 de Fevereiro. A inauguração acontece dia 5 de Fevereiro às 16h. De frisar que 50 por cento da venda das fotografias reverte para a ARTM. Esta exposição resulta de um trabalho desenvolvido pelo jornalista e fotojornalista durante mais de um ano, em que se estabelece um contraste entre o passado de várias zonas icónicas de Macau e o presente. Em cada imagem, surge uma fotografia antiga da mesma zona fotografada, podendo ver-se as alterações que o tempo e as transformações sócio-económicas ocorridas no território provocaram em cada local. Além da mostra, foi também editado um livro com o mesmo nome. O autor pretende, com este projecto mostrar as mudanças sofridas por Macau nos últimos 50 anos. Esta exposição, conforme disse Gonçalo Lobo Pinheiro, aquando da primeira inauguração na Fundação Rui Cunha, no final do ano passado, representa “um encontro entre o passado e o presente”. Sobre o regresso da mostra, Gonçalo Lobo Pinheiro disse ao HM que sempre teve o objectivo de tornar esta exposição itinerante, além de abraçar um projecto solidário. “Não vai ser possível colocar toda a exposição em Ka-Hó porque as molduras são muito grandes, mas uma grande parte estará exposta. É com muito orgulho que, uma vez mais, me junto à ARTM com um carácter solidário. O meu livro também estará à venda no local.” O fotojornalista adiantou ainda que está na fase de negociação para levar a mostra a Hong Kong e Portugal. Uma adaptação “A ideia, que não é pioneira no mundo, acaba por ser em Macau. E o entusiasmo começou por aí. Durante pouco mais de um ano fui recolhendo imagens antigas do território, captadas entre os anos de 1930 e 1990, a preto e branco, com diferentes formatos. Adquiri em leilões, na Internet, a particulares, em lojas e até em Portugal”, explicou. O fotojornalista diz ter sido “ambicioso nos primeiros meses de execução do projecto”. “Idealizei um trabalho final que contemplasse, pelo menos, 100 fotografias. Não consegui, assumo. Ou melhor. Consegui ter em minha posse cerca de 100 imagens, mas, dessas, apenas optei por editar e publicar 40, expondo 20”. E o autor explica que, se há cenários que ainda são reconhecíveis, outros simplesmente já não existem. “Tudo mudou. Por isso, na maioria dos casos, o que foi não volta a ser…”. Gonçalo Lobo Pinheiro é um fotojornalista português, nascido a 4 de Abril de 1979 e radicado em Macau há mais de 12 anos. Começou por estudar Engenharia Geológica, mas formou-se em Ciências da Comunicação, variante Jornalismo, na Universidade Autónoma de Lisboa. Passou por várias publicações portuguesas e estrangeiras como colaborador, incluindo A Bola, o I, o Público, Correio da Manhã, O Comércio do Porto, Expresso, Washington Post, BBC, The Guardian, entre outros. Em Macau ingressou no jornal Hoje Macau, onde trabalhou como redactor, fotojornalista e editor entre 2010 e 2014. Vencedor de vários prémios ao longo da sua carreira, publicou também diversos livros de fotografia. Actualmente faz parte da redacção do jornal Ponto Final e tem uma colaboração com a agência noticiosa portuguesa Lusa.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Julgamento de português acusado de sedição adiado A primeira sessão do julgamento de um cidadão português de 40 anos, acusado do crime de sedição em Hong Kong, foi ontem adiada para 9 de Março, avançou a imprensa da região administrativa especial chinesa. Segundo o Immedia HK, um juiz do tribunal do distrito de West Kowloon, Peter Law Tak-chuen, concordou com o Ministério Público, que pediu mais tempo para transferir o caso para um outro tribunal de Hong Kong. O suspeito, detido desde o final de Outubro, voltou a não pedir fiança e irá continuar a aguardar julgamento na prisão, avançou o portal de notícias de língua chinesa. O homem, professor no Royal College of Music no Reino Unido, já tinha visto o mesmo tribunal negar-lhe fiança por duas vezes, primeiro a 4 de Novembro e depois a 11 de Novembro. Segundo a imprensa da região chinesa, o português não esteve presente na sessão de 11 de Novembro, dispensou o advogado de defesa e disse ao tribunal não precisar de um advogado oficioso. O juiz Peter Law é um dos juízes nomeados pelo governo de Hong Kong para lidar com casos ligados à lei de segurança nacional promulgada em 2020. No entanto, o cidadão português foi acusado ao abrigo de uma outra lei, da era colonial britânica. As autoridades de Hong Kong acusam o homem de “trazer ódio e desprezo” e “estimular o descontentamento” contra o governo, promover a “desobediência” civil e “incitar à violência” através de publicações em redes sociais feitas entre 9 de Outubro e 1 de Novembro. Em resposta enviada à Lusa a 04 de Novembro, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português disse ter “conhecimento da detenção de um cidadão portador de passaporte português em Hong Kong”. “De momento, o MNE, através do consulado-geral de Portugal em Macau, está a diligenciar junto das autoridades de Hong Kong para apurar mais elementos sobre este caso, bem como informar em conformidade a família, da qual foi recebido contacto”, referiram as autoridades portuguesas.
Hoje Macau China / ÁsiaEspaço | Novas fotos do rover lunar divulgadas com bênçãos de Ano Novo A Administração Espacial Nacional da China (CNSA, sigla em inglês) divulgou no passado sábado um grupo de novas fotos do rover lunar do país, o Yutu-2, juntamente com os seus bons votos para todo o povo chinês antes do Ano Novo Chinês, o Ano do Coelho. As fotos mostraram a marca da roda deixada pelo rover, algumas rochas e uma pequena cratera de impacto na superfície lunar, indica o Diário do Povo. Yutu, ou Coelho de Jade, é conhecido como o animal de estimação da Deusa Lunar Chang’e na mitologia chinesa. A ligação comum do coelho com o único satélite natural da Terra levou a China a nomear seu primeiro rover lunar como “Yutu”. Em 2019, a China enviou outro visitante coelho para a Lua. O rover Yutu-2 e o pousador Chang’e-4, ambos parte da sonda Chang’e-4, pousaram suavemente no lado escuro da Lua pela primeira vez na história da humanidade. O rover Yutu-2 e o pousador Chang’e-4 acordaram do seu modo dormente a 15 de Janeiro e 16 de Janeiro, respectivamente, inaugurando seu 51.º dia lunar de trabalho. Um dia lunar é igual a 14 dias na Terra, e uma noite lunar tem a mesma duração. A sonda lunar muda para o modo dormente durante a noite lunar devido à falta de energia solar. Até agora, o Yutu-2 já trabalhou mais de quatro anos, percorreu quase 1,5 mil metros no total e enviou mais de 940,1 gigabytes (GB) de dados científicos.
Hoje Macau China / ÁsiaLula da Silva quer acelerar acordos com UE e China O Presidente do Brasil disse quarta-feira que a conclusão da negociação do acordo entre União Europeia (UE) e Mercosul é uma prioridade e sinalizou disponibilidade do bloco em debater e firmar um eventual acordo de livre comércio com a China. “É urgente e necessário que o Mercosul [bloco formado pelo Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai] faça um acordo final com a União Europeia. Vamos intensificar nossas discussões com a União Europeia para assinar esse acordo e para que possamos discutir imediatamente um possível acordo entre a China e o Mercosul”, disse Lula da Silva durante uma visita ao Uruguai. O chefe de Estado brasileiro disse que o seu país estaria disposto a conversar com o país asiático sobre essa iniciativa promovida pelo Uruguai, e que tem gerado posições divergentes entre os países do Mercosul com clara oposição da Argentina. Em declarações ao lado do Presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, o Presidente brasileiro defendeu a posição do Uruguai em promover esse possível acordo com os chineses e disse que é uma reivindicação mais que justa a intenção uruguaia de defender a sua economia e seu povo. “Os pleitos do Presidente Lacalle são mais do que justos. Primeiro porque o papel de um Presidente é defender os interesses do seu país. Segundo, que é justo querer produzir e vender mais”, afirmou Luiz Inácio Lula da Silva. União latina O Presidente brasileiro destacou que o seu país concorda com as ideias de inovação e abertura do Mercosul apresentadas pelo governante uruguaio, razão pela qual também se referiu ao Acordo de Livre Comércio entre a UE e aquele bloco, pois, na sua opinião, “é necessário renovar o que precisa ser renovado”. Já o Presidente uruguaio expressou na mesma conferência de imprensa a sua satisfação com o apoio do Brasil à melhoria do Mercosul e insistiu na necessidade do seu país se abrir ao mundo. “Tentar fazer com todo o Mercosul, basicamente. Acho que entendo perfeitamente que o Uruguai está com as suas negociações e não tem nenhum impedimento em informar o que vem fazendo e negociando”, afirmou Lacalle Pou. Os chefes de Estado informaram que Brasil e Uruguai vão criar equipas técnicas para ver o que querem e precisam na relação com a China. Além do Mercosul, os dois líderes discutiram questões de infraestrutura como a hidrovia Laguna Merín e Los Patos localizada entre a região do sul do Brasil e o nordeste do Uruguai, além da ponte binacional na cidade de Rio Branco e um aeroporto binacional em Rivera.
Hoje Macau China / ÁsiaCELAC | Xi Jinping discursa por vídeo na Cimeira de Estados Latino-Americanos e Caribenhos Num discurso por vídeo-conferência, o Presidente chinês reiterou a posição da China de cooperação com os países Latino-Americanos e Caribenhos na construção de uma nova era com mais inovação, abertura e benefícios para o povo A 7.ª Cimeira da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) foi realizada esta terça-feira na capital da Argentina, Buenos Aires. A convite do Presidente Alberto Fernández, da Argentina, e também presidente rotativo da CELAC, o Presidente chinês, Xi Jinping, fez um discurso via vídeo. O Presidente Xi observou que os países da América Latina e Caribe (ALC) são membros importantes do mundo em desenvolvimento e tomam parte activa na governação global, com contribuições importantes. A CELAC transformou-se numa força motriz indispensável por detrás da cooperação global Sul-Sul. A CELAC tem desempenhado um papel importante na salvaguarda da paz regional, na promoção do desenvolvimento comum e no avanço da integração regional. Xi, citado pelo Diário do Povo, enfatizou que a China sempre apoiou o processo de integração regional da América Latina e do Caribe. “Valorizamos muito nossas relações com a CELAC e tomamos a CELAC como nosso parceiro-chave para reforçar a solidariedade entre os países em desenvolvimento e promover a cooperação Sul-Sul. É por isso que a China tem trabalhado com os países da ALC para fortalecer firmemente o Fórum China-CELAC e levar o relacionamento China-LAC a uma nova era caracterizada pela igualdade, benefício mútuo, inovação, abertura e benefícios para o povo”, indicou. Novos desafios Xi apontou que cada vez mais países da região se têm engajado na cooperação de alta qualidade com a China no âmbito da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, apoiado e participado da Iniciativa de Desenvolvimento Global e da Iniciativa de Segurança Global, e estão a trabalhar com a China na construção de uma comunidade China-CELAC com um futuro compartilhado. O líder chinês enfatizou que o mundo atravessa um novo período de turbulência e transformação. “Só podemos enfrentar os desafios e superar este período difícil através de uma maior solidariedade e de uma cooperação mais estreita”, manifestou. Xi acrescentou que a China está pronta para continuar a trabalhar com os países da ALC para se ajudarem mutuamente e fazer progressos conjuntos e defender “a paz, o desenvolvimento, a equidade, a justiça, a democracia e a liberdade” – os valores comuns da humanidade. A China está pronta para dar as mãos aos países da ALC para promover a paz e o desenvolvimento do mundo, construir uma comunidade com um futuro comum para a humanidade e abrir um futuro ainda mais brilhante para o mundo, anunciou Xi.
José Simões Morais Via do MeioPrevisões para o mundo em 2023 O ano de 2023 faz de fronteira entre o fim do 8º período (yun) de 20 anos, que começou a 4 de Fevereiro de 2004 às 19h56m e finalizará às 16h28m de 4 de Fevereiro de 2024, quando abre o 9º período. O Grande Ciclo de 540 anos, Da Yuan (大元) é dividido em três Zheng Yuan (正元), com 180 anos cada e dentro de cada um existe San Yuan Jiu Yun (三元九运), três ciclos de 60 anos: o ciclo alto (shang yuan 上元) contém os períodos (运, yun) 1, 2, 3 de vinte anos cada um; o ciclo médio (zhong yuan中元) inclui os períodos (yun) 4, 5 e 6; e o ciclo baixo (xia yuan下元) inclui o período 7 (1984-2004), o período 8 (2004-2024) e o período 9 (2024-2044). Encontradas no quadrado mágico Luo Shu as direcções do posicionamento das nove Estrelas Voadoras para 2023, deixamos aqui as previsões por nós entendidas das feitas por Lei Koi Meng (Edward Li), sobre o que ocorrerá no mundo. Na direcção Centro (com o Elemento Terra), onde se encontra a China, este ano está dominada pela benéfica estrela voadora 4 Verde (Si Lü) (Madeira), com aspectos positivos e negativos no actual período 8, representa refinamento e educação. Para a China é um ano de muitos desafios pois a política de combate à pandemia colocou o país nos últimos três anos com a economia estagnada e os efeitos negativos aparecerão totalmente este ano. Já quanto ao mercado imobiliário haverá fortes mudanças e o choque dessa grande onda trará um impacto negativo a envolver todos os sectores da sociedade, sobretudo industriais e comerciais. Prevê-se a ocorrência de um tremor de terra de grande amplitude. Na direcção Norte (com o Elemento Água), correspondente a Beijing [capital da República Popular da China] e à Federação Russa, estará a benéfica estrela voadora 9 Púrpura/Roxo (Jiu Zi) (Fogo). Representar harmonia e paz, cooperação e o visionar do advir, é uma Estrela Ampliadora dos efeitos das outras estrelas, pelo bem, assim como no mal. É também a secundária Estrela da Riqueza pois 2023 é um ano de mudança e no ano 2024 inicia-se o Período 9 que faz dela a Estrela da Riqueza do Futuro e Estrela da Felicidade. Nas relações exteriores, a China terá relações mais activas e profundas com os países do Sudeste asiáticos e haverá maior cooperação com a Federação Russa e Médio Oriente. A Rússia este ano economicamente estará melhor e a imagem que dela é transmitida irá mudar. Como em 2022, na altura em que a guerra na Ucrânia começou, o Fogo era forte, pois a Madeira estava sob Madeira, e este ano em Agosto o Fogo encontrar-se-á já muito fraco, espera-se daí poder ser um sinal para a guerra parar. Na direcção Sul (Fogo), que compreende a Grande Baía, Macau, Hong Kong e países da Oceânia, está a benéfica estrela voadora 8 Branco (Ba Bai) (Terra), Estrela da Prosperidade e Saúde, a melhor e de mais sorte entre todas as nove estrelas voadoras. Com o início da política de abertura, este ano na Grande Baía imediatamente os frutos aparecem, levando a rápidos ganhos e grandes proveitos económicos e sociais, sendo na China a zona que mais rapidamente chega à normalidade. Para o Feng Shui, a zona da Grande Baía no ano de 2025 será a mais bafejada de toda a China e este ano, contará com novos investimentos provenientes da Bolsa de Hong Kong, incluindo dinheiro do Médio Oriente e Coreia do Norte. Já a Austrália e Nova Zelândia mudarão a política com a China, resultando daí boas notícias para as suas economias. Na direcção Oeste (Metal), onde a Europa Ocidental e Grã-Bretanha se situam, está a benéfica estrela voadora 6 Branco (Liu Bai) (Metal), Estrela da Bênção Celeste com potencial de inesperadas vantagens e riquezas, mas enfraquecida no período 8 do ciclo do Feng Shui. A morte da Rainha, que representava o poder da Grã-Bretanha no mundo, levou à perda de influência nos restantes países normalmente seus aliados e assim, o seu foco vira-se para reparar a relação com a União Europeia. Ano em que espera para ver o que ocorrerá. A Europa economicamente fraca, com grande inflação, contará com constantes e variadas manifestações de protesto nas ruas. Havendo diferentes argumentos como resolver a situação, ocorrem nas discussões grandes divergências entre os países europeus, perdendo-se a unidade. França e Alemanha unir-se-ão e abrirão a comunicação com a China para uma cooperação económica. As relações com os EUA ficarão complicadas. Na direcção Leste (Madeira), EUA, Japão e Taiwan encontram-se sob a influência da maligna estrela voadora 2 Preto (Er Hei) (Terra), Estrela da Doença que traz longas e incuráveis enfermidades. Nos EUA será um dos anos mais perigosos para a economia e mesmo na política haverá grandes confrontações entre os dois partidos, tendo de enfrentar muitas manifestações contra a inflação e desemprego. Ao mesmo tempo terá de lidar com a pandemia e diversas catástrofes naturais. Nas relações exteriores enfrenta uma grande competição e para proteger o poder do dólar as suas finanças irão cair num buraco negro, puxando o mundo para esse redemoinho. Já o Japão escolhe não seguir as medidas para combater a inflação, usadas nas políticas do sistema financeiro mundial, levando a sua economia a ficar em maus lençóis. Nas relações com os países vizinhos envereda por uma política de confrontação, o que trará grandes trabalhos ao governo. Outros graves problemas que terá pela frente estão ligados aos desastres naturais devido à influência da estrela Er Hei. Taiwan continuará a criar pequeno ruído e a imagem clara aparecerá em 2024. Na direcção Sudoeste (Terra), que corresponde ao Médio Oriente e Índia, encontra-se a benéfica estrela voadora 1 Branco (Yi Bai) (Água), Estrela da Prosperidade para o que vem, traz sucesso pelo posicionamento político e boas relações de amizade. Para estes países este ano como há a cooperação com novos parceiros no plano económico ocorrerão mudanças, trazendo novas oportunidades e a conquista de novos espaços de actuação e investimento. Mas por outro lado, a instabilidade política causará problemas. A Índia estará muito ocupada a tratar dos desastres naturais e na economia terá uma nova política a alavancar um novo desenvolvimento. Na direcção Sudeste (Madeira), onde se posicionam os nove países do Sudeste da Ásia, estará a maligna estrela voadora 3 Jade (San Bi), (Madeira), Estrela de Conflito Beligerante, a trazer disputas e caos. Nas questões políticas os países como a Malásia, Myanmar, Camboja, Tailândia, Laos, têm os governos instáveis, com muitos problemas a ocorre, havendo constantes conflitos bélicos entre as diferentes facções em cada país, a não lhes dar estabilidade. A Indonésia, com a quarta maior população do mundo, após a reunião do G20 mostrou as suas qualificações conseguindo fazer o equilíbrio entre Ocidente e Oriente, criando aí uma base sustentável para o mundo, e colocou o país numa importante posição nas relações internacionais. Singapura, ao abrir mais cedo do que os restantes países, colocou-se um passo à frente, conseguindo assim na região ganhar mais espaço de actuação política e económica. Na direcção Noroeste (Metal), onde se situam os países da Escandinávia, está a maligna estrela voadora 5 Amarelo (Wu Huang), (Terra), Estrela da Fatalidade e da Ruína de forte pendor negativo. Traz má sorte, instabilidade e é causadora de obstáculos e problemas de maligna influência. Os cinco países do Norte da Europa continuarão como no ano anterior com relações externas tensas e mesmo mais agravadas, logo a situação piorará. Na direcção Nordeste (Terra), nas Coreias, encontra-se a maligna estrela voadora 7 Vermelho (Qi Chi) (Metal), estrela de energia violenta, a trazer injúrias, muitas disputas e perdas financeiras. O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un tem aparecido acompanhado pela filha e como para o bazi a filha representa o poder do pai (zhengguan) tal indica para este ano o país apresentar uma abertura ao mundo com uma nova imagem e daí o estar focado num novo desenvolvimento económico. Na Coreia do Sul politicamente o governo não está estável, levando a complicar as relações com o Norte, podendo originar atritos, mas sem graves problemas. A nível mundial, este ano será muito seco devido à falta de água, colocando problemas à agricultura e haverá devastadoras pragas de gafanhotos. Logo a comida, tal como a água irá rarear. Os problemas de saúde estarão também em primeiro plano por todo o mundo.
Nunu Wu SociedadeVenda de pivetes no Ano Novo desilude O dono de uma banca de venda de pivetes e outros artigos alusivos ao Ano Novo Chinês afirmou que, apesar da maior vinda de turistas, o negócio está muito difícil. As declarações foram prestadas pelo comerciante de apelido Ho, que detém uma banca junto ao Templo de A-Má, ao jornal Ou Mun. De acordo com o dono da banca, a maior entrada de turistas não se traduziu no aumento do comércio de alguns artigos como pivetes para queimar nos templos ou ventoinhas de papel que atraem fortuna. Segundo Ho, o cenário foi mesmo tão mau, que teve de começar a vender o material encomendado a preço de saldos, para pelo menos garantir que não perde dinheiro durante esta época festiva. Quando questionado sobre os motivos para as fracas vendas, Ho explicou que este tipo de comércio depende muito dos residentes locais. Como as fronteiras voltaram a abrir, muitos optaram por deixar o território, o que teve um impacto directo no nível das vendas. Ainda assim, o comerciante admitiu que vai chegar ao final da época sem registar perdas, porque o volume de vendas, na ordem de poucos milhares de patacas por dia, permite cobrir as despesas. Críticas ao IAM Ho criticou ainda o Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), devido às novas exigências relacionadas com as vendas nas bancas. Apesar de elogiar o crescimento do espaço, o comerciante considerou que o facto de todos os produtos terem de estar expostos no interior das bancas é prejudicial para o negócio. Segundo o comerciante, as bancas metálicas são locais com pouca iluminação e espaço, que acabam por afastar os clientes, que se sentem pouco confortáveis para entrar e comprar, ou que muitas vezes nem conseguem ver todos os produtos. Por outro lado, o Ho queixou-se da desigualdade nos produtos à venda. O empresário recordou que no concurso público foi definido que os amuletos da sorte e ornamentos pendurados não podiam ser vendidos. Contudo, muitas bancas continuaram a vendê-los. Apesar de ter feito queixa ao IAM, recebeu como resposta que “os produtos da queixa estão relacionados com as festividades, pelo que podem ser vendidos”.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeCPCP | Ausência de resposta do PS obriga a envio de carta Foi no ano passado que o Partido Socialista prometeu aos membros do Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas avançar com uma proposta de revisão da lei que define as competências e funcionamento do Conselho das Comunidades Portuguesas. O silêncio do partido político português obrigou os conselheiros a enviar nova carta a Eurico Brilhante Dias, deputado e líder parlamentar Os membros do Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas (CPCP) querem melhores condições de trabalho, mas, até à data, mantém-se o silêncio da parte do Partido Socialista (PS), actualmente com maioria absoluta no Parlamento português, sobre uma revisão da lei de 2007, que define as competências, o modo de organização e funcionamento do CPCP, e que ficou prometida para final do ano passado. Assim sendo, 14 conselheiros que representam as comunidades de emigrantes portugueses de todo o mundo, onde se inclui Rita Santos, em representação de Macau, China e Hong Kong, decidiram enviar uma nova carta a Eurico Brilhante Dias, deputado e líder do grupo parlamentar do PS a questionar por que razão o PS não apresentou a proposta de revisão do diploma até Dezembro conforme prometeu. “Não podemos deixar de registar o estranhamento a essa situação vinda do partido que tem a maioria absoluta no Parlamento e tem dado norte às políticas do Governo para as comunidades há mais de sete anos”, aponta a carta, a que o HM teve acesso. “Relembramos que há um consenso geral na Assembleia da República quanto à necessidade de se aprovar urgentemente alterações à regulamentação do CPCP, preferencialmente até final deste semestre, de modo que o secretariado do CPCP possa ter as condições ideais para avançar com a convocatória da eleição ao CPCP no segundo semestre deste ano. A palavra e a acção estão com esse grupo parlamentar”, apontam ainda os conselheiros. Apoios, precisam-se Rita Santos reitera ao HM as necessidades primordiais de uma entidade cujos membros são voluntários e não conseguem chegar a todos os emigrantes no apoio à resolução dos vários problemas sentidos pelas comunidades. Em Julho do ano passado, os conselheiros reuniram, em Lisboa, com deputados do PS, tendo sido feita a promessa de apresentação de uma proposta de revisão do diploma para Dezembro. Em Novembro, houve novas reuniões. “Pedimos aí uma alteração ao estatuto do CPCP, pois gostaríamos que pudéssemos ter um maior apoio logístico com pessoal para quando fizermos os nossos pareceres e documentos aquando das consultas. Precisamos de mais apoio, pois todos nós trabalhamos de forma voluntária.” Além disso, com o aumento do número de eleitores e recenseados, torna-se importante aumentar o número de conselheiros, disse Rita Santos. Havia também o desejo de implementar o voto electrónico, com um programa piloto, nas eleições para os conselheiros do CPCP, mas um técnico do Ministério da Administração Interna afastou essa possibilidade. “A marcação de uma data para a eleição dos conselheiros é um assunto precedente à alteração da lei, e até agora não foi marcada qualquer data. Decidimos então, por unanimidade, enviar esta carta a Brilhante Dias”, concluiu Rita Santos.
Hoje Macau SociedadeReserva financeira regista primeira subida em 10 meses A reserva financeira registou uma subida de 3,87 mil milhões de patacas em Novembro, o primeiro aumento após 10 meses consecutivos a perder valor, indicam dados divulgados ontem. A reserva financeira da RAEM cifrou-se em 562,7 mil milhões de patacas no final de Novembro, de acordo com a informação publicada no Boletim Oficial pela Autoridade Monetária de Macau. Apesar da subida, o valor da reserva financeira continua a ser inferior em 107 mil milhões de patacas ao recorde atingido de 669,7 mil milhões de patacas em Fevereiro de 2021. Na primeira metade deste ano, a reserva financeira perdeu 17 mil milhões de patacas só em investimentos, devido a oscilações no mercado internacional, de acordo com o Governo. O valor da reserva extraordinária no final de Novembro era de 398,1 mil milhões de patacas e a reserva básica, equivalente a 150 por cento do orçamento público de Macau para 2022, era de 185,1 mil milhões de patacas. Gastos em alta A reserva financeira de Macau é maioritariamente composta por depósitos e contas correntes no valor de 272,5 mil milhões de patacas, títulos de crédito no montante de 120,1 mil milhões de patacas e até 162,2 mil milhões de patacas em investimentos subcontratados. Mesmo no cenário de crise económica criada pela pandemia, a reserva financeira de Macau tinha crescido em 2020 e 2021, apesar do Governo ter injectado mais de 90 mil milhões de patacas no orçamento. O Governo gastou 5,92 mil milhões de patacas para dar a cada residente oito mil patacas, montante que pode ser usado para efectuar pagamentos, sobretudo no comércio local, desde 28 de Outubro. A Assembleia Legislativa de Macau aprovou em Novembro o orçamento da região para 2023, prevendo voltar a recorrer à reserva financeira em 35,6 mil milhões de patacas.
Hoje Macau Manchete SociedadeSands China | Anunciadas perdas de 12,68 mil milhões de patacas Apesar de ter voltado a acumular prejuízos, o director executivo da Sands China, Robert G. Goldstein, mostrou-se confiante no futuro e aponta que o Ano Novo Lunar, e o fim da política de zero casos de covid-19, trouxeram à indústria novos motivos para sorrir A concessionária Sands China anunciou ontem um prejuízo de 12,68 mil milhões de patacas (1,58 mil milhões de dólares americanos) durante o ano passado, mais 56,4 por cento do que em 2021. Num comunicado enviado à bolsa de valores de Hong Kong, a Sands China revelou igualmente ter registado um prejuízo de 2,79 mil milhões de patacas no último trimestre de 2022. O resultado é melhor do que o registado no trimestre anterior (3,79 mil milhões de patacas), mas pior do que no mesmo período de 2021 (1,97 mil milhões de patacas). As receitas também caíram significativamente no último trimestre de 2022, com a Sands China a arrecadar 3,52 mil milhões de patacas, menos 31,7 por cento do que no mesmo período de 2021. No comunicado, o director executivo da Sands China, Robert G. Goldstein, admitiu que “as restrições às viagens e a descida dos visitantes continuaram a afectar” o desempenho da operadora. No último trimestre, Macau recebeu quase 900 mil visitantes, menos 50,8 por cento em relação ao mesmo período de 2021, devido às restrições fronteiriças e à vaga de casos de covid-19 que atingiu a China continental, de onde chega a esmagadora maioria dos visitantes. Sempre a perder Desde o início da pandemia, as operadoras têm acumulado prejuízos sem precedentes em Macau, que seguiu até meados de Dezembro a política chinesa de ‘zero covid’, com a imposição de quarentenas, confinamentos e testagem massiva. Ainda assim, Goldstein disse no comunicado de ontem que a Sands China “continua confiante numa recuperação robusta dos gastos em viagens e turismo” e considera Macau “um mercado ideal para investimento adicional”. A Venetian Macau, uma subsidiária da Sands, anunciou a 17 de Dezembro que irá gastar 30,2 mil milhões de patacas, incluindo 27,8 mil milhões em investimentos em elementos não jogo. Esta aposta foi uma das exigências das autoridades de Macau para a renovação por 10 anos das licenças das seis concessionárias a operar no território, que entraram em vigor a 1 de Janeiro. Cenário mais positivo Com o fim da política de “covid zero”, o volume de visitantes atingiu 90.391 visitantes na terça-feira, um novo recorde diário desde o início de 2020, mas ainda assim quase menos metade do que no período equivalente antes da pandemia. “As primeiras indicações são todas positivas, pois observamos uma melhoria significativa nas visitas às nossas propriedades, volume de apostas, vendas a retalho e ocupação hoteleira”, disse Goldstein. A taxa de ocupação hoteleira, durante os feriados do Ano Novo Lunar, entre 22 e 25 de Janeiro, “atingiu 100 por cento”, segundo responsáveis das seis operadoras, citados num comunicado divulgado na quarta-feira pelo Governo. Numa sessão de perguntas e respostas com investidores, Goldstein revelou que a Sands China tem registado lucros no período do Ano Novo Lunar, após três anos consecutivos de prejuízos.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCovid-19 | Família impedida de se despedir de ente falecido Uma família está a ser impedida de dizer o último adeus a um ente, devido à implementação das medidas de segurança por mortes causadas pela covid-19. Porém, o relatório da autópsia não menciona o vírus como causa de morte Uma família está a ser impedida de se despedir do ente falecido em câmara ardente, uma vez que a morte do idoso, cuja idade não foi revelada, foi causada pela covid-19. No entanto, o relatório da autópsia nunca menciona a covid-19 e aponta antes uma “pneumonia” como causa da morte. A situação foi revelada ontem pelo jornal All About Macau, que recebeu uma denúncia da família frustrada com toda a situação e com os impedimentos, que considera não fazerem sentido, uma vez que a causa oficial de morte não foi a covid-19. De acordo com informação recebida pelos familiares, os protocolos em vigor definem que corpos das vítimas de covid-19 não podem ficar em câmara ardente antes do funeral e têm de permanecer selados dentro da mortalha. Também o funeral não pode ser feito através da tradicional cremação, optando-se pelo enterro, com o corpo a ser selado com cimento dentro da cova. Estas medidas foram definidas numa altura em que o território adoptava a política de zero casos. A mudança da política para a convivência com o vírus ainda não alterou esta situação. Confusão da autópsia No entanto, a família, que tem o funeral planeado para o próximo mês, contesta a situação e levanta dúvidas sobre todo o procedimento porque a covid-19 não é mencionada no relatório da autópsia. “O certificado de óbito que recebemos descreve a causa de morte como pneumonia, e não como covid-19. Então porque é que é adoptado este tratamento?”, questionou o denunciante, em declarações ao All About Macau. “Quando recebi o certificado de óbito, a causa da morte apontada é uma pneumonia em vez da covid-19”, reiterou. Desde que o território começou a conviver com o vírus que o Governo alterou os critérios da definição de mortes por covid-19. Porém, no hospital, a situação foi diferente. O idoso foi infectado com covid-19 em Dezembro. Numa questão de horas, a situação agravou-se, os sintomas pioraram, e o homem teve de ser transportado em estado crítico para o Centro Hospitalar Conde de São Januário, onde veio a falecer, dias depois. Na altura da morte, o denunciante conseguiu ver o familiar pela última vez, antes do corpo ser levado para a morgue. Após a primeira vaga de infecções por covid-19, em Dezembro, as morgues locais ficaram rapidamente com falta de espaço. Chegaram inclusive a surgir rumores, negados pelos Serviços de Saúde, sobre a perda de cadáveres. Tempos de frustração Depois da morte, mais nenhum familiar conseguiu ver o ente falecido, e também os pedidos feitos para entrar na morgue foram recusados. Por sua vez, um agente da funerária informou a família que os mortos por covid-19 têm sempre de ficar fechados dentro de um saco especial até à altura em que são enterrados. Esta exigência, faz com que não possa haver a tradicional despedida com o corpo em câmara ardente. Impedida de cumprir com a tradição, mesmo podendo recorrer à cremação, ao contrário do que acontece com as vítimas de covid-19, a família do idoso considera que está a ser impossibilitada de organizar uma cerimónia de despedida condigna. Segundo o denunciante ouvido pela publicação local, a família considera ainda incompreensível que as medidas que impedem o último adeus estejam em vigor, até porque o Governo definiu que a covid-19 se tornou endémica. Pandemia | Mais duas mortes quarta-feira Na quarta-feira morreram mais duas pessoas vítimas de covid-19, de acordo com a informação divulgada ontem pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. As vítimas são do sexo feminino e tinham 60 anos e 95 anos, estando ambas vacinadas contra o vírus. Tinham antecedentes de doenças crónicas. Desde o surgimento da pandemia, em 2019, os números oficiais apontam para a morte de 120 pessoas por covid-19. Os critérios para definir uma morte por covid-19 foram alterados antes do território começar a conviver com o vírus. Ainda de acordo com as informações oficiais, na quarta-feira foram também confirmados mais três casos de covid-19, que foram encaminhados para as instalações de isolamento e tratamento dos Serviços de Saúde.