Jogo | Ng Kuok Cheong quer fiscalização de equipamentos electrónicos

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo tem de fiscalizar as novas mesas de jogo dos casinos. O apelo é de Ng Kuok Cheong. A razão, aponta o deputado pró-democrata, tem que ver com suspeitas de que os novos equipamentos prejudiquem a saúde dos trabalhadores do sector. De acordo com o deputado, é necessário que o Executivo proceda a uma fiscalização séria destes equipamentos.

As queixas já se fazem ouvir entre os trabalhadores da linha da frente. “Ultimamente, o pessoal do sector do jogo tem manifestado as sua opiniões aos deputados da Assembleia Legislativa (AL) esperando que o Governo efectue uma fiscalização à qualidade da segurança das mesas de jogo, sobretudo das mesas mais inovadoras”, diz Ng Kuok Cheong.

O problema, avança, está na tecnologia. De acordo com os trabalhadores dos casinos, refere o deputado, as mesas electrónicas de jogo como a roleta e bacará estão a ganhar popularidade nalguns casinos, mas “causam incómodo notório à saúde dos funcionário que para lá foram destacados a longo prazo”. Este tipo de equipamentos exige a colocação de uma grande quantidade de fios e de cabos que geram um calor excessivo ou, sublinha Ng Kuok Cheong “até radiação”, justifica.

Para o deputado, trata-se de um assunto de saúde que exige uma fiscalização urgente por parte do Executivo, o que nunca aconteceu. “Nunca se viu que o Governo efectuasse qualquer inspecção ou fiscalização, in loco, a estas mesas”, lamenta.

Como tal, Ng Kuok Cheong apela ao Executivo para que tome medidas o quanto antes.

22 Fev 2018

Chefe do Executivo | Discurso de Ano Novo pautado pela diferença

Imobiliário, habitação e património. Três áreas consideradas centrais para o Governo e que marcaram o discurso oficial de Ano Novo Chinês do Chefe do Executivo. Uma mensagem que aos olhos de Larry So e Carlos Marreiros trouxe algo de novo em relação aos anos anteriores

 

[dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]ão bastaram os votos de boa sorte na chegada do Ano do Cão ou a garantia de que o território mantenha a estabilidade e prosperidade económica. O discurso oficial de Ano Novo Chinês do Chefe do Executivo, Chui Sai On, pautou-se este ano pela diferença, tendo abordado as últimas medidas adoptadas pelo Governo para lidar com o aumento dos preços das casas e a especulação imobiliária.

Foi também referida a necessidade de seguir as regras da UNESCO no que diz respeito à protecção do património e do centro histórico “com seriedade e rigor”.

De acordo com o analista político Larry So, este foi um discurso diferente do habitual e marcado por mensagens específicas, que espelham as preocupações da população.

“Normalmente esperamos que o Chefe do Executivo fale sobre a questão da prosperidade económica, mas desta vez Chui Sai On teve um discurso que mais parece estar ligado às Linhas de Acção Governativa (LAG) ou a determinadas políticas, ao afirmar que nos próximos anos há preocupações sobre a habitação, o desenvolvimento económico ou o património”, referiu.

Na visão de Larry So, Chui Sai On “mostrou preocupação em relação a questões como a habitação, património ou mercado imobiliário simplesmente porque a sociedade tem essa grande procura, essas grandes aspirações”.

Uma alteração visível no discurso do Chefe do Executivo foi a referência às medidas já apresentadas no hemiciclo para controlar a especulação imobiliária. “O Governo apresentou à Assembleia Legislativa o diploma com as medidas de controlo do mercado de habitação, desta vez com carácter de urgência, esperando que essas políticas possam conduzir a um desenvolvimento saudável do mercado imobiliário e também facilitar a aquisição de casa por parte dos jovens”, pode ler-se.

Este “carácter de urgência” poderá estar relacionado com uma eventual pressão recebida do Governo Central para que o Executivo local resolva um problema que se arrasta há anos, mas para o qual nunca foi encontrada uma solução concreta por, de acordo com os governantes, estarmos perante um mercado livre. Contudo, Larry So não dá certezas.

“Ninguém pode confirmar isso [se o Chefe do Executivo recebeu avisos directos de Pequim para legislar sobre os preços da habitação], mas estou certo que o Governo Central deixou claro [no último encontro que Chui Sai On teve em Pequim] que algumas questões tinham de ser resolvidas. O Governo teve de expressar que, pelo menos, há esta preocupação.”

Questão de património

A referência à protecção do património, numa altura em que está em consulta pública o plano de preservação do centro histórico, foi uma das novidades do discurso do Chefe do Executivo, que, por norma, não faz grandes referências a esta área.

“Há muitas pressões, muitas vozes que dizem que o Governo não está a fazer o suficiente nesta área, e é por isso que é uma das razões que alargou o seu discurso a este assunto”, disse Larry So.

O analista político, ex-docente do Instituto Politécnico de Macau (IPM), considerou que, também neste caso, Chui Sai On tentou mostrar que o Governo está atento àquilo que a população deseja que seja feito.

“Muitos jovens, especialmente os que estão mais ligados a questões ambientais, estão verdadeiramente preocupados. Há preocupação com a vida das comunidades, e este discurso mostra que o Chefe do Executivo sabe que a sociedade tem preocupações relacionadas com a cultura. Ele sabe que existe esta apreenção e quer que a comunidade tenha esse conhecimento.”

Também o arquitecto Carlos Marreiros aplaudiu a inclusão do tema património no discurso oficial de Ano Novo Chinês.

“O centro histórico e as tradições culturais são importantes para as memórias de Macau e para a fixação da sua diferença. Estamos num contexto altamente competitivo, não temos recursos humanos nem os meios desejados para que possamos competir em algumas áreas como cidades vizinhas, daí que estas questões mereçam cada vez mais aparecer no discurso da primeira autoridade de Macau, que é o Chefe do Executivo. Acho que é extremamente importante.”

O arquitecto e membro do Conselho do Património Cultural voltou a frisar que não basta Macau ser conhecido como o território do jogo.

“Temos de lutar cada vez mais para que haja outras alternativas para o turismo de massas, nomeadamente no que diz respeito ao centro histórico e potenciá-lo com mais ofertas de qualidade. Por isso vejo esta notícia como sendo muito positiva espero que, depois deste assunto ser abordado pelo Chefe do Executivo, possa inspirar mais serviços públicos a falar sobre estes grandes problemas”, concluiu Marreiros.

22 Fev 2018

Banca | Pedro Cardoso vai deixar o BNU com resultados positivos, mas sem consenso

Ao longo de quase sete anos, o presidente do BNU conseguiu como feitos maiores aumentar os lucros de 373,1 milhões de patacas para 706 milhões e abrir a primeira representação na Ilha da Montanha. Porém, os cortes nos apoios locais, os formulários a pedir dados dos clientes e a crescente burocratização valem-lhe críticas

 

[dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]edro Cardoso está de saída do Banco Nacional Ultramarino e para o seu lugar espera-se que entre Carlos Cid Álvares. Quando ocorrer a troca, que deve acontecer durante o Verão, o actual presidente do banco detido pelo Grupo Caixa Geral de Depósitos vai cumprir sete anos na liderança dos destinos do BNU. Para trás, Pedro Cardoso vai deixar, segundo as pessoas ouvidas pelo HM, resultados financeiros muito positivos. Quando chegou à presidência do BNU, em 2011, no ano anterior à sua chegada, o banco tinha fechado 2010 com lucros na ordem dos 373,1 milhões de patacas. Quando sair, o actual presidente deixa um lucro de 706 milhões, ou seja quase o dobro, referente a 2017.

Contudo as polémicas com o preenchimento dos formulários “Conheça o Seu Cliente”, e o consequente congelamento de algumas contas, assim como os cortes recentes do banco, apesar dos lucros recorde no ano passado, impedem um consenso total face à prestação do gestor em Macau.

Aposta no Interior da China

Colega de profissão de Pedro Cardoso e administrador do agora banco Well Link, antigo Novo Banco Macau, José Morgado não tem dúvidas que o actual presidente do BNU vai deixar um legado positivo, muito pelos números apresentados e pela relação com o sector financeiro local.

“A avaliação tem de ser positiva e a forma mais lógica de fazer uma análise é olhar para os resultados que conseguiu. Foram sempre em crescendo. Por outro lado tem uma grande aceitação no mercado financeiro local, muito também pelo facto de se ter dedicado a aprender chinês”, contou José Morgado ao HM.

“Aprendeu chinês, ou pelo menos um pouco, e eu próprio assisti a apresentações que fez em chinês em Xangai. Foi um facto que contribuiu para que fosse muito bem aceite no sector financeiro desta região. Afirmou o carácter regional do banco com a dinamização do escritório da representação em Xangai e com a abertura da sucursal na Ilha da Montanha”, justificou.

Uma opinião semelhante à de José Morgado é partilhada pelo economista Albano Martins. O também presidente da Associação Anima considera que sob o comando de Pedro Cardoso o banco ficou mais profissional, mas também mais burocrático, principalmente junto das empresas.

“A impressão que tenho é que o trabalho do Pedro Cardoso foi positivo. Os resultados e a evolução dos lucros é notória”, disse Albano Martins, ao HM. “O banco tornou-se mais profissional, mas provavelmente terá também ficado demasiado burocrático, é a minha ideia como cliente. Por exemplo, para se ter acesso a uma conta pela Internet no BNU, e estamos a falar do acesso, ou seja não é para fazer transacções online, são necessárias montanhas de papéis que têm de ser preenchidas. O processo poderia ser muito mais facilitado, mesmo com as preocupações de segurança e com a movimentação de capitais”, defendeu.

Outras interpretações

Apesar dos recordes, também há quem considere que o BNU tem acompanhado a tendência de crescimento da banca local e mesmo da instituição, antes da chegada do actual presidente.

“O BNU, independentemente dos presidentes que por lá passam, conseguiu resultados que têm batido recordes nos últimos anos”, começou por constatar Paulo Azevedo, presidente do grupo de comunicação De Ficção.

A mesma tendência nos resultados do banco foi explicada pelo gestor da representação em Macau do banco português BCP, José João Pãosinho, que por motivos de ética profissional se recusou a comentar a prestação de Pedro Cardoso.

“Desde 2003, o BNU entrou numa dinâmica de crescimento apreciável e com o Dr. Pedro Cardoso continuou essa dinâmica. O banco está a recolher os frutos de uma estratégia acertada, quando por volta de 2002 e 2003 apostou no apoio à abertura do mercado do jogo”, apontou José João Pãozinho.

O outro lado do lucro

A notícia da saída do presidente do BNU chegou numa altura em que foi alvo de críticas no âmbito dos cortes a apoios e patrocínios locais, principalmente entre a comunidade portuguesa. Uma medida que muitos acreditam ter sido motivada pela situação financeira difícil do Grupo Caixa Geral de Depósitos.

“O BNU pertence a um grupo em reestruturação em Portugal, e é necessário que actue mais segundo os critérios do grupo e menos por critérios localizados. É natural que por força desse condicionalismo que tenham orientações para adoptar uma postura mais regredida e uma actividade não tão contributiva em termos de ajuda a patrocínios”, considera José Morgado.

Apesar de admitir a possibilidade de existirem orientações superiores, Paulo Azevedo recorda a função que o BNU tem assumido em Macau: “O BNU tem outro tipo de responsabilidade que a restante banca portuguesa não tem e está a divorciar-se disso por causa de cortes que o Grupo Caixa em Lisboa decidiu, sem olhar à natureza histórica de liderança da comunidade portuguesa aqui”, notou.

“Muitas vezes, em Portugal, as decisões tomam-se porque Lisboa está muito longe de Macau e os gestores continuam um bocado divorciados da realidade local. É por isso que é importante que o presidente do BNU dê, de vez em quando, um murro na mesa e defenda o posicionamento do banco. Se o BNU perde a reputação e o crédito junto da comunidade portuguesa são os interesses do banco a médio e longo prazo que ficam prejudicados”, considerou.

Também Albano Martins sublinha a necessidade do banco conservar uma boa imagem junto da comunidade portuguesa e dos clientes.

“Provavelmente não é um corte significativo e é politicamente errado. Se calhar é minimalista em termos de exploração para o BNU, não vai representar muito e, por outro lado, cria uma sensação de mal-estar, porque a comunidade de Macau é diferente da de Portugal”, apontou.

“É preciso que as pessoas desçam à terra e percebam que as coisas funcionam de forma diferente. As atitudes e as posturas de quem decide têm de ter em atenção essas questões”, frisou.

Apesar destas versões, ao HM uma fonte informada sobre os processos de decisão do banco, que não quis ser identificada, garantiu que os cortes se devem exclusivamente a Pedro Cardoso e à vontade do gestor em “apresentar lucros mais positivos todos os anos”.

O HM contactou Pedro Cardoso, mas o presidente do BNU não quis fazer qualquer comentário.

Cartas da polémica

Foi em 2016 que os clientes do BNU começaram a receber cartas com “ameaças” de que seriam impedidos de continuar a ser clientes do banco, se não preenchessem o formulário “Know Your Client”. O documento pedia informação e autorização para transmitir ao Grupo Caixa Geral de Depósitos os dados dos consumidores.

Na altura, o tom da carta gerou críticas por parte de alguns clientes, e também Albano Martins considera que houve um erro na comunicação do banco.

“A comunicação não foi a melhor. Foi uma questão que poderia ter sido colocada de uma outra forma… mas foi a maneira que o banco encontrou de comunicar com os clientes”, afirmou o economista.

“Mas também não é uma nódoa pequenina na comunicação que vai deixar marca no desempenho do Pedro Cardoso, que me parece bastante positivo”, frisou.

Já José Morgado considerou normal a parte do documento em que é referido que sem a assinatura do formulário, o BNU ficaria em posição de cancelar as contas dos clientes.

“A situação consolidada da Caixa, que está ligada à UE, exige que os dados sejam relatados e que os clientes cumpram com as regras do fornecimento deste tipo de informação. Se os clientes não pretendem cumprir, naturalmente que o relacionamento pode quebrar-se. Os bancos não podem actuar fora do contexto dos territórios em que estão”, justificou.

 

Momentos Marcantes

Agosto de 2011: Pedro Cardoso é nomeado presidente do Banco Nacional Ultramarino, substituindo Artur Santos, que estava no cargo há cerca de um ano.

Julho de 2013: Esquema de phishing utiliza nome do BNU na tentativa de enganar os clientes do banco. BNU garante que não houve clientes afectados.

Julho de 2015: BNU e sucursal de Macau do Banco da China assinam protocolo para a promoção de negócios entre a China e os Países de Língua Portuguesa.

Início de 2016: Envio de cartas a pedir aos clientes o preenchimento do formulário “Conheça o Seu Cliente”. No documento as pessoas são avisadas que se optarem por não preencher o formulário que a relação entre as partes será terminada.

Julho de 2016: Abertura da primeira agência em Seac Pai Van.

Finais de 2016: Surgem os relatos das primeiras contas de clientes congeladas pelo BNU devido ao facto dos clientes não terem preenchido o formulário KYC, que autoriza a transmissão de dados pessoais à casa-mãe.

Janeiro de 2017: Abertura da primeira sucursal na República Popular da China, na Ilha da Montanha.

Junho de 2017: BNU anuncia logótipo comemorativo dos 115 anos da instituição, apenas em chinês e inglês.

Setembro de 2017: Banco realiza cerimónia comemorativa dos 115 anos, com a presença do presidente da Caixa Geral de Depósitos, Paulo Macedo.

Janeiro de 2018: BNU anuncia lucros recorde de 706 milhões de patacas em 2017, com um crescimento de 26 por cento face a 2016.

Janeiro de 2018: Instituição começa uma série de cortes ao nível dos apoios e publicidades em Macau.

Fevereiro de 2018: Anúncio da saída de Pedro Cardoso do cargo de presidente do BNU. Carlos Cid Álvares será o homem que se segue.

22 Fev 2018

Saúde | Idoso de 90 anos morreu vítima de gripe

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde (SS) registaram o segundo caso mortal devido à gripe desde que começou o pico desta patologia. De acordo com um comunicado, um idoso de 90 anos dirigiu-se aos serviços de urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ) no passado dia 12 de Fevereiro por sentir falta de apetite. “O médico procedeu ao diagnóstico, verificando que este paciente estava com polipneia (falta de ar), resultado da gripe B positiva com pneumonia, tendo sido internado no Serviço de Medicina Interna para tratamento.”

Os SS explicam que “a situação clinica melhorou, mas posteriormente manifestaram-se sintomas de pneumonia e choque”, sendo que “a família concordou em desistir da intubação endotraqueal e Ressuscitação cardiopulmonar (RCP)”.

O idoso faleceu ontem de manhã “devido à exacerbação aguda de doença pulmonar obstrutiva crónica e pneumonia”. Além de não ter tomado a vacina contra a gripe, “o paciente possuía antecedentes clínicos relacionados com doença pulmonar obstrutiva crónica e demência”.

Um outro paciente, com 64 anos de idade, também se encontra internado desde o dia 19, tendo sido considerado um caso crítico. Na terça-feira “a sua condição clinica agravou-se, necessitando agora de respirar através de uma máquina de ventilação”. “O diagnóstico deste paciente é influenza A e pneumoconiose com falha respiratória. O paciente também não foi sujeito à vacina”, explicam os SS.

21 Fev 2018

Previsões para o ano do Cão

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]no instável, de grandes mudanças a variar entre extremos, o que coloca as pessoas nervosas. A felicidade encontra-se no lugar muito baixo e para este ano, os nativos de Coelho, Búfalo e Serpente estarão bafejados, ficando os de Dragão com as piores expectativas.

O Deus do Ano (Tai Sui) é Jiang Wu, um general que procura resolver os conflitos e evitar as guerras entre países.

 

Previsões por signos e por anos

O artigo que se segue foi construído a partir do que entendemos das previsões feitas por Lei Koi Meng (Edward Li) e, se muitas das ideias poderão assemelhar-se com as deste geomante, na tradução bastante ficou transfigurado e fora do que ele transmite.

 

Cão

Os nativos deste signo encontram-se em Zhi Tai Sui, o mais forte Fan Tai Sui a significar ter o Deus do Ano (Tai Sui) sentado no topo da cabeça. Se não houver Fu (Felicidade) terá o oposto Huo (desastre); não há meio-termo, apenas extremos, o que significa grandes mudanças. Não se esqueça de a 23 de Fevereiro (oitavo dia do primeiro mês lunar do ano) ir ao templo oferecer sacrifícios ao Deus do Ano, para ficar protegido pelas suas boas graças.

Carreira: Tem três estrelas da sorte que o apoiam: Hua Gai, a representar talento e habilidade, torna-o criativo com muito boas ideias, a trazer-lhe a atenção dos outros; Tai Ji Gui Ren, significa ter alguém a ajudá-lo e Tian Guan, melhoria na carreia. Assim, apenas precisa de trabalhar arduamente para conseguir colocar-se numa boa posição e daí alcançar o posto de comando.

Amor: Para o nativo feminino de Cão, cuidado com a influência da estrela Hua Gai que pode levar a criar conflitos com o seu marido, pois o seu talento e criatividade fazem-na poderosa e, por isso, tentada a impor-se ao companheiro, e, devido à má estrela Jian Feng (Fio da lâmina da Espada), originam-se discussões conflituosas. Terá de ser paciente e agir com calma na sua relação conjugal ou rapidamente ocorrerá o divórcio. Para os não casados, não é ano de encontrar a sua cara-metade.

Saúde: Conta com duas más estrelas, Jian Feng (Fio da lâmina da Espada), operação clínica e Fu Shi (Corpo Morto), representa morte que poderá correr por desastre. Os nativos nascidos no Verão serão os que podem ter mais problemas, pois estão mais propensos a ataques de coração e AVC (Acidente Vascular Cerebral), assim como problemas respiratórios. Por isso, evite fazer exercícios físicos fora de portas e conduza menos o seu veículo motorizado. Emocionalmente refresque-se com banhos de água e coma gelados.

Dinheiro: Conforme a sua relação com o Deus do Ano, também assim irá ser a quantidade de dinheiro a receber.

Entre os nativos de Cão, os que nasceram em 1970 terão as melhores oportunidades de progredir na carreira e por isso, maiores rendimentos do que todos os outros.

1958 – Deverá ter cuidado especialmente com a saúde. É bom fazer uma festa de aniversário. A carreira contará com ajuda.

1982 – Encontrará espaço na carreira para se revelar, mas mesmo trabalhando muito, pouco será o que recebe e por isso, deverá ser paciente.

1994 – Terá ajudas e dinheiro extra. Bom ano para prosseguir com as suas ideias.

Os nativos de Coelho são os melhores para o acompanhar, devendo evitar as pessoas do signo Dragão.

 

Porco

Parece-lhe que este ano vai tudo na boa direcção mas, de facto, o desenvolvimento não será muito, pois não terá fortes estrelas da sorte a suportá-lo na carreira. Procure dar o seu melhor e o resto aparecerá por que tem de ser. Tal é devido à auspiciosa estrela da sorte Tian Xi (Virtude Celeste), que transforma pequenos infortúnios em felizes e harmoniosos acontecimentos, sendo propícia para o casamento e boas relações com todas as pessoas. Através desta estrela vai conseguir um ano mais fácil do que o anterior e fazer mais amigos, do que inimigos. Precisa é de sair mais, participar em mais festas e construir novas amizades. Não terá melhorias na carreira, mas o dinheiro surpreendentemente aparecerá. Se não houver grandes expectativas é um ano em que poderá manter sempre um sorriso na face. Mas terá duas más estrelas, a Bing Fu, a sinalizar doença, coloca os nativos cansados e sem vontade de nada fazer, e a Gua Su, da arrogância, levando-o a viver sozinho, pois sem dar atenção ao que os outros fazem, desconsidera-os. Os seus bons trabalhos levam-no a tornar-se picuinhas perante tudo. Para mudar essa má energia terá de limpar o lixo no seu coração e da sua casa. Deve começar por pensar nas boas razões e não pelo seu negativo. Dê o seu melhor e goze a vida, investindo no convívio com os outros.

Carreira: Crie boas relações sociais para fazer uma base forte de relacionamentos, pois em 2019 será o seu ano de Fan Tai Sui, logo de grandes mudanças. Em convívio, não queira mostrar-se pelo que sabe, mas pelo seu simples estar.

Amor: A estrela da sorte Tian Xi (Virtude Celeste) coloca os nativos atractivos e por isso, se ainda não está casada/o pode ser mais activa/o para encontrar a/o sua/seu companheira/o e mesmo casar-se. O único problema reside em si, pois a má estrela Gua Shu coloca os nativos muito sensíveis e mesmo não havendo vento, ocorrem ondas. Tenha cuidado com a sua disposição e na relação conjugação não seja ranzinza, criando problemas onde eles não existem.

Saúde: A má estrela Bing Fu alerta os nativos a terem muito cuidado com a saúde, sobretudo com o coração e os canais de irrigação do sangue. Aos nativos nascidos no Verão, aconselha-se usar a água como balança ao fogo e por isso, tome duches e faça natação. Com tal ano de fogo, deve reter na mente, manter o coração em paz, sem discussões, nem zangas.

Dinheiro: Terá dinheiro da sorte, podendo ser tão grande, que o vai surpreender. Normalmente não pensa em dinheiro; chegou a boa altura para o usufruir, usando-o para gozar um pouco a vida e viajar.

Para os nativos nascidos em 1971, há a forte hipótese de se tornar rico e essa encontra-se espelhada na face pelo arredondado da zona à entrada das narinas. Ano de grande confiança na sua promissora carreira, a poder desenvolver em diferentes áreas o que pretende fazer. Poderá contar este ano com dinheiro proveniente da sorte.

1983 – Terá fartas oportunidades para se revelar. Receberá boas notícias e a sua posição subirá um degrau.

1959 – Terá amigos a ajudá-lo, assim como de alguém qualificado, encontrando espaço para continuar a desenvolver a carreira. Saia e converse para conseguir ficar informado, o que lhe permite evoluir. Faça uma festa de aniversário para elevar as suas energias.

1995 – Trabalhará bem e o ordenado razoável permite-lhe uma activa vida social, por isso, não gaste tempo em jogos na máquina.

Os melhores parceiros serão os dos signos de Coelho e Tigre.

 

Rato

Os nativos tiveram no ano anterior cinco estrelas da sorte a ajudá-los, o que lhes deu oportunidade para passá-lo sempre com um sorriso na face. Este ano continua a ter uma muito poderosa estrela da sorte, Ba Zuo, relacionada com a carreira, representando ser promovido e ficar na posição de comando. Outras duas estrelas da sorte, Tian Jie (solucionar os problemas) e Jie Shen (resolver a crise), ajudam-no e se tiver planos, ou sonhos, deverá realizá-los neste ano de sorte. Mas terá também sete más estrelas: Tian Gou, fácil criar conflitos, representa acidentes, gastos monetários imprevistos, alguém o engana ou, casa assaltada; Diao Ke relaciona-se com a morte de um familiar; Gua Su, leva-o a viver sozinho pois, arrogante, desconsidera os outros. Outras duas más estrelas são, Xue Ren (Fio da lâmina com sangue), a significar ter que passar por uma cirurgia e Fey Ren (lâmina voadora) com a possibilidade de sofrer um acidente.

Não importa como, com o seu inigualável valor pessoal deverá aproveitar completamente este ano para se expressar e atingir o que pretende. Um caminho cheio de desafios e quantos mais problemas se depara, mais sucesso conseguirá. Aja este ano como um tigre e não como um rato.

Carreira: Sobre o domínio da poderosa estrela da sorte Ba Zuo, os nativos de Rato, sobretudo os nascidos em 1960, têm facilitado o campo profissional e podem contar com uma promoção na carreira, ficando na posição de comando.

Amor: Em oposição à carreira, no amor este ano não será fácil para si. Não importa se é solteira/o ou casada/o, deverá ser paciente, sem discussões, talvez consiga manter o que tem, senão enfrentará grandes problemas. Apenas os nascidos em 1960 terão um harmonioso e grande amor, o que poderá levar ao nascimento de uma criança.

Saúde: A má estrela Xue Ren traz problemas com a saúde, devendo ter cuidado com os olhos, o coração e o pulmões e as mulheres com o útero. Deve controlar a sua maneira de comer, não abusar dos fritos e de alimentos pouco saudáveis. Já para Fevereiro e Junho, devido à estrela Fey Ren, deve tomar muito cuidado com os acidentes.

Dinheiro: Ano em que o uso do dinheiro irá aumentar, tanto no que recebe, como no que irá gastar. Se profissionalmente ganhará mais, também terá imprevistos que levam a despender mais.

1960 – É o melhor de todos os nativos de Rato e não lhe faltará dinheiro. Pode desenvolver os seus projectos, a colocá-la/o numa posição mais firme.

1972 – Terá uma aceitação muito facilitada na sua carreira, que progride bem e leva-a/o a torna-se famosa/o e popular na vida social.

1984 – Consegue, com ajuda, um bom trabalho e receberá dinheiro da sorte. Se trabalhar arduamente este ano, terá um promissor futuro.

1996 – Não precisa de se preocupar com a vida; mostre a sua criatividade e crie uma boa base. Ano para trabalhar, sem questionar quanto vai receber e poderá usufruir de novos paladares.

Combinam bem com os nativos de Búfalo, Dragão e Macaco.

 

Búfalo

Este ano está colocado em segundo lugar, a seguir ao Coelho. No ano do Cão, o búfalo está em Fan Tai Sui, denominado Xing Tai Sui, mas protegido com sete estrelas da sorte a ajudar. As estrelas da sorte, Tian De e Fu Xing, que limpam o caminho e Fu De, a trazer riqueza material e protecção, dar-lhe-ão grande confiança e criatividade. Por isso, tudo o que desejar fazer realizar-se-á sem dificuldades.

A estrela da sorte Ban An representa boas novas vindas do exterior, podendo abrir a sua marca, estender o seu mercado e desenvolver novas áreas. Pelas outras três estrelas, Tian Yi Gui Ren, ligada à criatividade, Tai Ji Gui Ren, a significar ter alguém a ajudá-lo e Guo Yin Gui Ren, ser elevado por uma pessoa poderosa, pois tem o carimbo do país, permitem-lhe contar com enormes ajudas, tanto profissionais como financeiras, e elevam-no à fama internacional.

Sendo um ano em que os nativos de Búfalo estão em Fan Tai Sui, no caso Xing Tai Sui, significando Xing responsabilidade criminal, quando assinar um contrato, ou der garantias por escrito com a sua assinatura, deverá prestar o máximo de atenção e ter muito cuidado. Também ao ver a grande e futura fortuna que está perante si, não deverá correr precipitadamente para ela, sem primeiro pensar bem. Quanto mais rápido chegar, pior.

Contará com três más estrelas, apesar de ser fraco o poder destas. Juan Tun e Jiao Sha trazem aos que a/o rodeiam a inveja, a poder-lhe causar pequenos problemas. Como pessoa que facilmente confia, poderá ter problemas com os parceiros e amigos e por tal, não se desligue totalmente da parte dos negócios ou tarefas que lhes legar, mantendo-se atento, sem facilitar no controlo dessa empresa. A má estrela Gua Su leva-o a viver sozinho, pois crê-se melhor e desconsidera os outros.

Carreira: Desenvolva ou crie uma nova carreira, já que se encontra favorecido, sobretudo para os nativos nascidos em 1985.

Amor: Devido má estrela Gua Su, cuide dos outros e não espere que estes tratem de si. Os nascidos em 1985 têm grandes oportunidades em fazer novos amigos, mas não os confunda com amantes. A harmonia é o mote e para o ser feminino, ao querer agarrar, mais facilmente perde o controlo.

Saúde: Cuidado e previna-se de ataques de coração e AVC, devendo fazer um exame médico. Sugere-se, no início do ano ir ao templo prestar homenagem ao Deus do Ano. A boa saúde torna a sua carreira mais brilhante.

Dinheiro: Ano bom para investir, mas conte que está sobre as más estrelas Juan Tun e Jiao Sha e lembre-se que deve ter cuidado ao assinar os contratos e papéis, pois está num ano de Xing Tai Sui.

1985 – É o melhor ano dos nativos de Búfalo, com grandes oportunidades na carreira e de fazer novos amigos.

1961 – Ano propício para trabalhar e cheio de habilidade e súper confiança atingirá um novo patamar.

1973 – Após uma série de anos a trabalhar arduamente, chegou a hora de receber e começa a conquistar fama. Boa oportunidade para lançar as redes e encontrar novas oportunidades.

1997 – Pense mais detalhadamente no seu projecto criativo. Ano para semear e por isso, não se foque no que poderá agora receber. A sua festa de aniversário fortalecerá amizades.

1949 – Com uma vida social activa, continue a estudar e aprenda novas matérias, como ajuda a enfrentar os novos tempos e esses estudos melhorarão o seu estar.

Conviva com os nativos de Rato e evite os da Cabra.

 

Tigre

A boa combinação com os nativos de Cão e de Cavalo leva os de Tigre a facilmente criar relações e conhecer novas pessoas. Este ano apenas conta com uma estrela da sorte, Hua Gai, ligada ao talento e habilidade, mas, sem ajudas, terá um trabalhar árduo, levando a ficar muito cansada/o. Gostando de planear a longo termo, sem colaboração exterior, coloca uma grande distância entre o que pensa e os factos. Deve evitar expandir os negócios até estes ficarem fora do seu controlo. Terá a má estrela Bai Hu (Tigre Branco), a significar haver pessoas nas costas a dizer mal de si e outras três, Huang Fan, Fei Lian e Da Sha a representar acidentes. Por isso, cuidado com o fogo, na condução, ou nas viagens. Não provoque discussões e lembre-se que pequenas discussões podem evoluir até se transformarem num tornado.

Carreira: Trabalhe calada/o e não se vanglorie, para não recaírem sobre si as atenções, o que pode atrair problemas.

Amor: A boa combinação com o Tai Sui do ano permite uma agradável vida social. Já o seu fogoso temperamento, num ímpeto furor inflamado, cria tempestades nas relações com a sua família e amigos. Também a influência da má estrela Bai Hu (Tigre Branco) pode colocá-la/o em relações duvidosas. O ser nativo feminino deve evitar a guerra fria com o seu parceiro.

Saúde: Os nativos de Tigre e de Cão combinam-se bem, mas entre eles também provocam fogo e assim, se nasceu no Verão, facilmente poderá ter um ataque de coração ou um AVC. Para prevenir, é melhor fazer um exame clínico. Coma mais fruta e vegetais e menos carne. Pratique mais natação. Evite vestir-se de vermelho, sobretudo no Verão e use menos o telemóvel, que também é fogo.

Dinheiro: Não será fácil conseguir dinheiro e se o mantiver, não estará mal.

Os nativos nascidos em 1950 são este ano os mais favorecidos deste signo, tanto na carreira, como no dinheiro. Encontrar-se-á cheia/o de energia e consegue ajuda em diferentes áreas. A sua posição está firme.

1962 – Pode conseguir uma promoção e ficar em lugar de chefia, conquistando o respeito de todos.

1974 – Os seus rendimentos provêm de diferentes fontes e terá oportunidade de conhecer alguém influente, a abrir-lhe a oportunidade para desenvolver a carreira. Necessário fazer a festa de aniversário.

1986 – Precisa de trabalhar muito, sem caminhos fáceis por onde atalhar. As mudanças, para o ser feminino serão maiores. Cuide da sua saúde mental e controle as emoções.

1998 – Estudará bem e atingirá altas notas. Parece que a cabeça se abre, tal é a qualidade com que entende o que lhe ensinam. Cuidado com o estar emocional e não o coloque sobre pressão.

Terá como bom amigo os nativos de Porco, mas evite os do Macaco.

 

Coelho

É o número um dos animais. Comparado com o ano anterior, que era Fan Tai Sui, este é o que melhor combina com o Deus do Ano (Tai Sui). Haverá grandes mudanças e das melhores. Duas poderosas e grandes estrelas da sorte, Zi Wei e Long De, representam conquistar poder e ser promovido, sendo excelentes para a carreira. Terá muita gente a ajudar e o controlo nas suas mãos. Conta com três más estrelas: a Bao Bai (falhar, perdedor) leva a ocorrer algumas mudanças, que não consegue controlar, e Tian E (catástrofes provenientes do Céu) poderá colocar os seus planos ou projectos com problemas fora dos expectáveis, a advertir que deve ser minucioso quando os preparar. A sensibilidade dos nativos de Coelho, traz-lhes a dificuldade de tomar uma decisão peremptória e com a má estrela Huang Fan a criar ondas, tal levará a ficar triste. Neste caso é melhor falar com os seus amigos e pedir-lhes ajuda.

Carreira: O signo do Coelho é o que melhor combina com o do Cão, o que representa ter boas relações com as pessoas e comparado com o ano anterior, em que estava em Fan Tai Sui, este combina-se bem com o Tai Sui. Tal faz com que haja uma total mudança e a/o torna numa nova pessoas, ganhando dos outros mais respeito, torna-se o foco principal. Se trabalhar arduamente e tiver cuidado, a sua carreira poderá atingir o grau mais alto que até agora conseguiu, sendo os nascidos em 1975 os mais bafejados.

Amor: Este ano será bem recebido por todos e carinhosamente tratado, tendo por isso muito por onde escolher. Os solteiros terão grandes hipóteses de se casar. Os casados deverão levar essas amizades para o campo da carreira, o que lhes trará ainda mais melhorias.

Saúde: A combinação dos nativos de Coelho com os de Cão cria fogo e isto é mau para a saúde, especialmente para os nascidos no Verão, trazendo problemas de fígado, de mãos e pés, assim como no respirar. Como sugestão, não coma tanta carne e troque-a por queijo, soja e vegetais regados com vinagre. Sobretudo para os nascidos no Verão, quando este chegar, viaje para um local onde esteja Inverno.

Dinheiro: Um bom ano de colheita, que tanto provêm da boa carreira, como no agarrar das oportunidades, assim como do dinheiro da sorte que lhe virá parar às mãos.

1975 – Com uma boa carreira e o dinheiro do ordenado e o da sorte, é o mais bafejado entre todos os nativos de Coelho. Fará facilmente novos amigos, mas não os misture com a sua vida amorosa, pois muitos momentâneos amantes só complicam a vida.

1963 – Conseguirá ser promovido e obter mais posições de chefia. Há a possibilidade de mudanças e poderá tornar-se dono da sua própria casa.

1951 – Mantenha-se em forma e a trabalhar, pois encontrará tempo para desenvolver os seus pessoais interesses e actividades, que há muito aguardavam por ser realizados.

1987 – Ano para poder expressar-se completamente e progredir na carreira, mas descanse mais, com menos noitadas.

1999 – Será ano cheio de felicidade. Terá uma vida social activa e os estudos correrão bem, devido à sua grande inteligência.

Os nativos de Cão, Cabra e Porco são os seus bons companheiros para cooperar, mas evite os de Galo.

 

Dragão

Lembre-se da palavra: Paciente. Não avance pelo caminho se não o percebe ainda, dê um passo atrás, onde o espaço do Céu e dos oceanos é maior. Não é um bom ano para os nativos deste signo, pois o Fan Tai Sui está em Chong Tai Sui, em oposição e a colidir com o Deus do Ano. Para os nativos nascidos no Outono e Inverno será menor esse efeito de mudança, do que para os nascidos na Primavera e Verão. As pessoas idosas deverão ter ainda mais cuidado com a saúde. Para os jovens, essas novas e enormes ondas servem de aprendizagem e pela riqueza com que as grandes mudanças alimentam a consciência da essência, mais substancial se torna a matéria.

O poder da estrela da sorte é tão fraca, que pode considerar não ter para este ano essa ajuda. Conta com quatro más estrelas: Da Hao, gastar uma fortuna; Lan Gan, haver grades/vedações; Bao Wei, cauda do leopardo; e Po Sui a referir uma separação. Significa que algo fora do espectável poderá acontecer e a/o levará a gastar muito dinheiro, complicando as suas finanças. Pelo caminho apresentam-se diferentes problemas a terem de ser resolvidos e poderá haver amigos contra si, levando a parar com os seus projectos.

Carreira: Bom ano para estudar, pois não receberá nenhuma ajuda e, por isso, nada melhor que aprender.

Amor: Ano de Fan Tai Sui, a significar grandes ondas, podendo levar os casais à separação, devido à má estrela Po Sui. Deverá manter a calma e tratar bem o que tem.

Saúde: Duas coisas são importantes. Se possível, a 23 de Fevereiro (dia 8 do primeiro mês lunar) deverá ir ao Templo oferecer sacrifícios e pedir protecção ao Tai Sui do ano. Faça um exame clínico ao corpo e previna-se de ataques de coração e AVC.

Fevereiro, Junho e Outubro são três meses em que deve tomar especial atenção e cuidado. Se ficar seriamente doente, pode ajudar colocar junto de si uma estátua de cobre a representar um macaco.

Dinheiro: Estude e trabalhe e não questione o quanto poderá receber. Um ano de paz é o que necessita.

1964 – Encontra-se na melhor posição entre os nativos de Dragão e traz a criatividade para a sua carreira; no entanto tal irá atrair os seus inimigos.

1952 – Continue com os negócios, mas cuidado no assinar papéis, a poder trazer responsabilidades criminais.

1976 – Muito criativo, bom será trabalhar só, mas primeiro estude e aprenda mais, tornando os seus conhecimentos fortes.

1928 – Respeitado pelos outros, mantém uma mente ainda clara e continua a gostar de dar passeios.

1988 – Bom ano para estudar e investir nas suas relações públicas. Poderá ter ajuda na sua carreira, mas deve ser modesto durante a aprendizagem.

O seu bom amigo é do signo do Galo e deve evitar os do Cão.

 

Serpente

Está nos três animais bafejados do ano. Consegue o que quer, pois é um ano de sorte para os nativos deste signo. Mantenha-se em harmonia com as pessoas e será sempre um/a vencedor/a.

Conta com poderosas estrelas da sorte, como a Hong Luan, sorte no Amor, a Lu Shen, bom rendimento e excelentes relações públicas, relacionada também com a Yue De e a Ban An, a representar boas novas vindas do exterior. Mas terá duas más estrelas: Shi Fu (sinal de morte) e Xiao Hao (esbanjar dinheiro). Com um sinal proveniente da saúde, lembre-se que deve evitar colocar a vida em risco, por brincadeiras em perigosos exercícios a poder causar acidentes e nos desportos radicais, não tente ultrapassar os limites. Controle os seus desejos e não gaste dinheiro no que não precisa.

Carreira: Com as estrelas da sorte Ban An e Yue De, verá os seus negócios crescerem e num novo patamar, pode-os expandir para o exterior. Abra um novo interesse. Impulsionado por Lu Shen, o incremento das relações públicas, trazem-lhe bons rendimentos. Diversifique e desenvolva uma nova área.

Amor: Pela estrela Hong Luan, é a oportunidade de investir no seu casamento, o que significa os solteiros encontrarem o parceiro para se casar e os casados terem filhos. Faça uma nova Lua-de-Mel e não procure fora o que tem em casa. Não se esqueça que no casal, a esposa é a riqueza e o marido, o poder. É um muito bom ano para o amor e o relacionamento com outras pessoas. Realize festas para tornar os que estão à sua volta mais felizes.

Saúde: Cuidado com a saúde, sobretudo o sistema respiratório e a gordura no sangue, pois está sobre a influência da má estrela Shi Fu, que traz problemas. Se é gordo, emagreça, evitando de uma vez só comer por dois dias. Não participe em exercícios arriscados, sobretudo quando viaja. Conduza com extrema segurança. Faça exercícios, mas no Verão evite realizá-los ao ar livre.

Dinheiro: Não haverá problemas e o pouco dinheiro que esbanja não vai contar nas suas finanças. É um ano de colectar o que plantou e o dinheiro entrará no seu bolso. Ano relaxante, bom para viajar e usufruir o dinheiro que tem.

O melhor ano para os nativos de Serpente é o de 1965, pois correr-lhe-á bem e terá grandes lucros. Com carreira e dinheiro no topo, procure desenvolver novas áreas.

1953 – Terá uma grande promoção e o bom relacionamento com os outros levará a alcançar o respeito das pessoas. Continue a desenvolver os seus interesses, ou negócios, pois terá suporte de muita gente.

1977 – Criativo, agarre esta oportunidade para formar uma boa base. Deverá realizar a festa de aniversário.

1989 – Ano para investir em relações públicas. Estude mais e crie mais oportunidades para os seus trabalhos.

Compartilhe o seu tempo com os nativos de Galo e Búfalo.

 

Cavalo

Combinando bem com os nativos de Tigre e de Cão, os nativos de Cavalo conseguirão fazer muitos amigos, a ajudar neste ano. Terá duas boas estrelas da sorte: a poderosa San Tai (Quem tem o Carimbo) e Hua Gai (talento e habilidade). No entanto, não lhe faltam estrelas de má influência como: Wu Gui (Cinco fantasmas), a lembrar que tem pelas costas quem lhe quer faz mal; Guan Fu, poder ser responsabilizado criminalmente nos tribunais e por isso, deve tomar muito cuidado e não colocar como garantia a sua palavra; Fei Fu (propenso a ter problemas de foro criminal); Yang Ren (ser operado); Huang Fan (bandeira amarela) a transmitir tristes novas, incómodas e desgostosas a causar dano; Pi Tou (deixar solto o cabelo), significa algo incómodo ocorrerá e lhe provocará mágoa.

Sendo de elemento fogo o signo de Cavalo, para balançar coloque um aquário na parte Norte da casa e alimente os peixes. Mantenha-se longe de gatos e cães.

Carreira: Com duas poderosas estrelas da sorte, San Tai, que lhe proporciona ser promovido e tomar o lugar de chefia num projecto importante, e Hua Gai, a salientar o seu talento e habilidade, perante tal prever-se-ia ser um bom ano. No entanto, as três estrelas de má influência, Wu Gui (Cinco fantasmas), a representar ser apanhado distraído e fazerem-lhe mal pelas costas; Guan Fu, a ter que tomar muito cuidado e não colocar como garantia a sua palavra, pois tal o pode levar a ser responsabilizado criminalmente nos tribunais; Fei Fu (propenso a ter problemas de foro criminal), todas elas avisam que terá problemas nos seus projectos pois, haverá sempre alguém a criá-los. Pode ser levado à barra criminal e ser responsabilizado, muito devido à tomada de decisões por impulso. Pesquise detalhadamente antes de planear.

Amor: Os solteiros encontrarão muitas pessoas para se tornarem amigas/os mas, ainda não achará a pessoa certa para casar. Entre os casais, a esposa deve ser paciente e manter a calma, senão facilmente se desenrolam discussões entre o casal e não pode pensar só em trabalho, devendo dar tempo para a família.

Saúde: Devido à estrela Yang Ren, a representar uma operação clínica, facilmente pode ter problemas de coração, de sangue e fígado, assim como no útero, para as nativas. De Abril a Junho são os meses mais perigosos. Deverá beber mais água e realizar mais desportos dentro d’ água, evitando ainda a cor vermelha.

Dinheiro: Ano de plantação. Proteja-se e isso será o mais importante, melhor que dinheiro.

1990 – Com inúmeras oportunidades na sua carreira, consegue o melhor retorno de todos os nativos de Cavalo. Não as deixe fugir, deixando para amanhã o que tem de fazer hoje.

1966 – Trabalhará mais, pois aparecerão mais oportunidades para mostrar a sua criatividade e talento.

1954 – Será suportado por pessoas qualificadas, que lhe trarão uma boa carreira. Investir dá-lhe mais dinheiro do que ganhará a trabalhar. Continue a gozar a vida, pois é um ano cheio de riqueza.

1978 – A sua mente está clara e o quer aprender mais leva a encontrar mais amigos. Celebre o seu aniversário com uma festa.

Os melhores parceiros para cooperar são as pessoas do signo da Cabra

 

Cabra

Ano fácil e alegre, já que conta com cinco estrelas da sorte: Jie Shen ajuda a resolver os problemas causados por desastres, sem haver crise; Tai Yin, a Lua, representa boas relações sociais e transforma o negativo em situações positivas, Tai Ji Gui Ren, (a significar ter alguém a ajudá-lo) e Tian Yi Gui Ren, ligada à criatividade, promovem-no na carreira e elevam-na a um novo nível, permitindo mudar o antigo por um novo sistema. Conta ainda com Jin Yu Lu (grande fortuna).

A má estrela Huang Fan (黄幡, bandeira amarela) representa alguma coisa que causa mágoa, tristeza, que é incómoda. Já outras duas, Guan Suo (armadilha) e Gou Jiao, representam mudanças que aparecem de repente, sem serem esperadas, assim como cair, sofrer uma queda, ter um acidente.

Carreira: Não encontrará ajuda pelos que estão ao seu lado, mas pode contar com pessoas em posições superiores, sendo ainda um ano para fazer dos inimigos, seus amigos.

Amor: Para as/os solteiras/os é uma boa altura de se enamorar, mas cuidado, não se magoe, pois, podem os outros estar a mentir.

Saúde: Facilmente lhe ocorrerá acidentes, por isso cuidado para não tropeçar e cair. Atenção aos pulmões, fígado e vesícula biliar, já que facilmente lhe pode aparecer problemas. Controle a qualidade da comida que ingere.

Dinheiro: Sem dúvida, com tantas estrelas da sorte, o dinheiro não faltará e por isso, não pense como o vai ganhar, mas como o vai despender.

1955 – É o melhor ano para a carreira dos nativos de Cabra e não só consegue dinheiro pelo seu trabalho, mas também proveniente da sua sorte.

1967 – Cheio de criatividade deve aproveitar a oportunidade e usufruir o que com ela pode ter e entrar numa nova carreira, cortando com a antiga forma e criar um novo estar.

1979 – Siga os seus interesses para desenvolver a carreira.

Bons amigos serão os do signo do Cavalo.

1991 – Terá suporte de pessoas idosas e confiante poderá expressar bem a sua criatividade. Deverá realizar a sua festa de aniversário.

 

Macaco

Os nativos de Macaco deverão preparar-se, pois não irá ser um ano fácil. Sem poderosas estrelas da sorte, conta no entanto com cinco: An Lu (Dinheiro da Sorte, ou de Sombra) a significar conseguir muito dinheiro fora das suas expectativas; Fu Xing, estrela protectora a limpar o caminho; Ci Guan (perfeitas palavras); e Wen Chang, o Deus dos Letrados e da Literatura, a conferir dignidade, poder e posicionamento social. Já a estrela da sorte Tian Chu (Cozinha do Céu), permite saborear boa comida, mas só encontrará os ingredientes para alcançar esses paladares ao socializar, em reuniões ou festas.

No ano de Cão, os nativos de Macaco trazem um dom da palavra que leva a captar a atenção dos outros e apenas pelo falar, já as pessoas lhe ganham respeito. Os estudos correrão muito bem, pois facilmente capta o ponto e as suas reflexões são mais rápidas que a dos outros.

Quanto às más estrelas, deve contar com a Tian Ku (Chora o Céu), Bao Wei (cauda do leopardo), Di Sang (perder terra) e Sang Men (alguém que traz má sorte). Significa poder ocorrer algo mau, perdas, que a/o levará a chorar. Evite as discussões com amigos por questões de dinheiro. Este ano é de perda de algo, ou de alguém, e só entenderá o valor da vida na sua relação com a Felicidade, que nada tem a ver com o material do quanto tem, sendo pelo coração que se a alcança. Cuidado com cada degrau e evite importantes e grandes investimentos. Com tão fracas estrelas da sorte, menos é mais. Por isso, deve trabalhar arduamente e resolver por si mesmo os problemas.

Carreira: Sem ajudas, sozinho, terá um árduo ano e por isso, empreenda-o pelos estudos, preparando-se para o advir.

Amor: Para os solteiros, é um ano sem relações estáveis, crendo por vezes encontrar-se numa, logo perceberá que afinal ainda não é, trazendo-lhe a insegurança de não estar a controlar. Com menos expectativas, poderá encontrar boas surpresas. Para os casados, ambos sentem-se aborrecidos e por isso, procure encontrar algo de novo para fazer em conjunto. Vá dançar, invista na cozinha com a confecção de um novo prato, ou viaje.

Saúde: Envolvido pelas más estrelas, não apenas terá que tomar conta da sua saúde, como também a da sua família. Cuide das enormes vagas emocionais ocorridas pelas mudanças. Só com elas controladas, será boa a sua saúde. Procure estudar e esteja aberta/o às medicinais alternativas, como uma nova maneira de se prevenir e para isso, tente saber mais sobre as Tradicionais.

Dinheiro: Na sua normal maneira de o ganhar, não há surpresas. Ele pode também aparecer fora das suas expectativas, através do Dinheiro de Sombra ou da Sorte, e ninguém vai saber que o tem. Jogue nas lotarias, mas com moderação, sem colocar grandes somas, pois se for conduzido pela descontrolada emoção, tal o levará à ruína.

1980 – É o melhor ano, para os nativos de Macaco, sendo fácil desenvolver a carreira, deve manter-se paciente e focado nela, sem alaridos e resguardado do exterior.

1968 – Com uma boa vida social, terá ajuda para desenvolver a carreira e logo mais hipóteses para mostrar as suas ideias. Haverá uma grande mudança na sua vida e por isso, deve tomar cuidado para a ter segura. Comemore o seu aniversário, pois a festa dar-lhe-á boas energias.

1956 – Cheio de trabalha árduo, deverá dar tempo para relaxar e não se coloque sobre pressão.

1992 – Devido ao seu bom desempenho, terá hipóteses de ser promovido mas, deve ir com cuidado, passo a passo, pois a muita velocidade, pode atrasá-lo a chegar. Cuide o seu falar.

Tem o melhor amigo nos nativos de Serpente e deve evitar os de Tigre.

 

Galo

Os nativos de Galo esperam sempre tudo perfeito e por isso, falam mais do que agem. Bom ano para desenvolver a carreira. Com a confiança que traz, conseguirá colocar os seus sonhos a realizarem-se.

A super-estrela da sorte Tai Yang (太阳), o Sol, traz-lhe grandes e brilhantes energias, atingindo a sua Luz todas as direcções. No trabalho e na carreira estará colocado na varanda a olhar para baixo.

A estrela da sorte Ban An representa boas novas vindas do exterior e torna-o famoso fora da sua terra. Com grandes hipóteses para a internacionalização, crie um novo mercado, uma companhia…

Mas o Galo, no ano do Cão, está em Fan Tai Sui, conhecido por Hai Tai Sui, significa magoado pelo Deus do Ano. Simboliza alguém que lhe quer fazer mal e por isso, na sua vida social deverá ter cuidado na escolha dos amigos e sócios.

Tem três más estrelas: Tian Kong (Vazio Céu) e Hui Qi (Energia Suja) colocam-no a não conseguir tomar uma decisão, pois não alcança ainda onde está a verdade. Pi Tou (披头, deixar solto o cabelo). pode levar a que de repente surjam problemas de difícil resolução, a atirá-lo emocionalmente para baixo.

Carreira: Com a ajuda de Tai Yang, o Sol, deve lembrar-se em colocar os olhos nos mercados internacionais, mais do que no doméstico. Deve deixar as antigas formas e empreender pelas novas maneiras de fazer.

Amor: Vai ser um ano activo. Para os solteiros, com tantas escolhas será difícil tomar uma decisão. Os casados devem planear uma viagem longa e usar a criatividade para cativar o parceiro.

Saúde: Mais do que tudo, deverá ir ao templo pedir ajuda ao Deus do Ano. Cuidados com os seus ossos e não se magoe, sobretudo nas mãos e pés, assim como esteja atento para evitar AVC’s. Sentindo-se triste, adorne-se com ouro.

Dinheiro: O muito trabalho traz-lhe bom retorno. Se não conseguir encontrar a solução para um problema, viaje e verá que ela virá ter consigo.

1969 – Serão os mais bem colocados entre os nativos para desenvolver a carreira e avançar em novas ideias. Com uma vida social activa, contará com ajuda e sucesso.

1957 – Não pode imaginar quanto trabalho terá; deve aprender a pedir ajuda e não tentar fazer tudo sozinho. Cuidado com a saúde e não trabalhe em demasia.

1981 – Terá suporte de pessoas mais velhas, com mais experiência que o ajudarão e espaço para expressar completamente o seu talento.

1993 – Com um salto, aparecerá de repente e toda a gente lhe presta atenção.

Os melhores parceiros serão os nativos de Búfalo e Serpente e evite os de Cão.

21 Fev 2018

Fotografia | Gonçalo Lobo Pinheiro participa em exposição nos EUA

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]uas fotografias do fotojornalista português radicado em Macau Gonçalo Lobo Pinheiro foram escolhidas para integrarem uma exposição colectiva na Black Box Gallery, em Portland, Estados Unidos, de 01 a 20 de Março.

Sob o tema “Portrait: Image and Identity” [Retrato: Imagem e Identidade], a exposição teve como curadora a fotógrafa Amy Arbus.

A Black Box Gallery dedica-se à exposição e promoção de fotografia contemporânea, apoiando a produção criativa, a exposição e a apreciação crítica da fotografia contemporânea.

O fotojornalista foi recentemente distinguido com uma menção honrosa na categoria “Editorial: Photo Essay/Story” no IPOTY – International Photographer of the year 2017, por algumas fotos sobre a passagem do tufão Hato por Macau.

Nascido em Lisboa, em 1979, Gonçalo Lobo Pinheiro colaborou com vários órgãos de comunicação social e é actualmente coordenador fotográfico da Revista Macau, do Gabinete de Comunicação Social.

21 Fev 2018

Residentes podem dar sugestões sobre Direitos Humanos

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] terceiro relatório da República Popular da China (RPC) relativo ao mecanismo de Revisão Periódica Universal (Universal Periodic Review – UPR) do Conselho dos Direitos do Homem (CDH) será entregue em Julho deste ano e inclui os relatórios das suas duas Regiões Administrativas Especiais.
A RAEM encontra-se a elaborar o seu relatório que corresponde a 3 páginas do relatório nacional da RPC. O teor do documento abrange o período compreendido entre Janeiro de 2013 e Abril 2018 e pode contar com sugestões da população. Para o efeito, foi elaborado uma plataforma de consulta com as linhas mestras dos temas/assuntos a abordar no relatório e que se coloca ao dispor da população no website do portal do Governo e da DSAJ. Os comentários e sugestões podem ser entregues até 21 de Março de 2018.
De acordo com o comunicado oficial, o mecanismo de Revisão Periódica Universal tem como objectivo uma análise e avaliação periódica das políticas governamentais relativas à promoção e protecção dos direitos humanos, incluindo a aplicação dos principais tratados internacionais sobre os Direitos do Homem pelos Estados- Membros das Nações Unidas.

21 Fev 2018

“Quotidianos” | Nova obra de António Conceição Júnior lançada segunda-feira

O autor e artista macaense afirma não se cansar de pensar sobre o território que habita e que é também uma parte de si. Em “Quotidianos”, António Conceição Júnior reflecte sobre a sua Macau em exercícios de cidadania que se espelham em 43 artigos. A obra é lançada na próxima segunda-feira no consulado-geral de Portugal em Macau

 

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]m “Escritos do Amor e do Desafecto – Crónicas de Cidadania”, António Conceição Júnior, artista macaense, pensou a sua cidade num dos momentos mais importantes enquanto território, aquando da transferência de soberania de Macau para a China.

Depois dessa obra, lançada com a chancela da Livros do Meio, o autor volta a reflectir sobre o território que habita e do qual faz parte. “Quotidianos” reúne um total de 43 textos escritos num período compreendido entre 2015 e 2017. Trata-se, como o autor disse ao HM, “de um somatório de textos datados, quase um registo de bordo de uma navegação existencial”.

Nascido e criado em Macau, depois de ter feito os estudos na área das artes em Portugal, Conceição Júnior nunca se separou das suas raízes e da sua essência macaense. O autor de “Quotidianos” pensa a sua cidade como se respirasse.

“Sou um reincidente e não me canso (embora, talvez, possa cansar, mas assumo o risco!) de falar e reflectir sobre Macau, a cidade e como nela podemos intervir. Trata-se como que de um registo datado daquilo que, em cada momento, me impeliu a escrever”, acrescentou ao HM.

No comunicado enviado à imprensa, lê-se que este livro pretende levar o leitor a “uma incursão pelos pressupostos fundamentais da própria existência numa cidade”.

“Quotidianos” é uma edição de autor, por opção do próprio António Conceição Júnior. A apresentação do livro tem lugar no auditório do consulado-geral de Portugal em Macau, contando com prefácio do professor António Aresta e apresentação do historiador Luís Sá Cunha.

Conceição Júnior explana a ligação que mantém com o autor do prefácio da sua obra desde há muito. “Tenho mantido correspondência relativamente assídua com Dr. António Aresta desde há alguns anos, ambos manifestando o nosso envolvimento com Macau e a sua essencialidade. Admirando o seu trabalho sobre a minha terra, perguntei-lhe se me dava o gosto de escrever o prefácio, ao que anuiu prontamente e que muito agradeço.”

“Este livro é não só ‘um exercício de cidadania corajosa, culta, actualizada e com um poder de contágio simpático’, mas também um meio para atenuar fronteiras por se apresentar ‘desigualmente repartido entre a antropologia filosófica, a ciência política, a literatura de ideias e o pensamento urbano’”, conforme escreveu António Aresta no prefácio.

Um dever, mais do que exercício

António Conceição Júnior não tem em mente criar linhas de pensamento de coisa nenhuma, mas sim a de mostrar as reflexões sobre um território que tão bem conhece. Nascido em 1951, filho da escritora Deolinda da Conceição, o artista havia de regressar a Macau depois de se licenciar em Artes Plásticas e Design pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Por convite do governador Garcia Leandro, Conceição Júnior tornou-se, a partir de 1978, responsável pela formulação da política cultural do território, tendo sido também, entre 1984 e 1997, chefe do departamento de cultura do Leal Senado e, posteriormente, assessor para a cultura do Governador de Macau.

Aquilo que escreveu em “Quotidianos” não é considerado um mero exercício de escrita, muito menos uma obrigação de publicar enquanto autor, mas sim um dever. “É dever de cada um participar neste colectivo em que todos nos integramos, seja de que forma for. Não tenho a veleidade de propor uma reflexão inovadora sobre o contexto da cidade, mas não me abstenho de ir partilhando as minhas perspectivas sobre o gostaria de ver posto em prática para uma melhor qualidade de vida.” Nesse sentido, Conceição Júnior pretende tão somente mostrar pensamentos sobre uma cidade cheia de diversidade e de contrastes.

“Quotidianos” é, portanto, “uma de muitas outras maneiras de reflectir esta cidade onde coabitam múltiplas culturas, lugar único onde a raiz ocidental se posicionou na costa meridional do Império do Meio.”

“Essa forma de coexistência, de legado histórico, traz à superfície o modo como as culturas em presença se interpretam, e interpretam e interpelam a cidade. Trata-se de um conjunto de escritos independentes entre si, mas ligados por uma preocupação, em oposição à indiferença, pela edificação diária de uma cidade com uma história multi-centenária. É também dirigido àqueles que têm a missão de entender a essência da cidade e de a valorizar”, frisou.

O autor recorda mesmo a sua participação em 2001, num congresso da União das Cidades Capitais Luso-Afro-Américo-Asiáticas (UCCLA), que decorreu em Macau.

“A propósito de Cidades Criativas, tive oportunidade de – como participante – dizer que ‘a cidade criativa é não só um novo contrato social mas também um método de planificação estratégica, examinando o modo como as pessoas podem pensar, planear e agir criativamente na cidade. Em suma, é a instalação do diálogo pleno com vista a conduzir a uma compreensão sobre a maneira como se pode humanizar e revitalizar as cidades tornando-as mais produtivas e eficientes, recuperando o talento e a imaginação dos cidadãos’”.

Sobre as cidades criativas, e sobre o próprio território em que habita, Conceição Júnior cita o escritor britânico Ian Morris, também professor de História e Arqueologia na Universidade de Stanford. “There is no more need for writing; what is left is to pratice” (Não há mais necessidade de escrever; o que falta é praticar).

21 Fev 2018

David Chow promete investir mais em Cabo Verde

[dropcap style≠‘circle’]D[/dropcap]avid Chow esteve em Cabo Verde, onde tem em construção o Complexo Turístico do Ilhéu de Santa Maria, o maior projecto de turismo actualmente naquele país da África Ocidental. O empresário local deixou a promessa de mais investimento e em diferentes áreas naquele território

Depois do lançamento do Complexo Turístico do Ilhéu de Santa Maria, um projecto avaliado em 250 milhões de euros, que representa quase 15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde, o empresário radicado em Macau promete continuar a investir no país em áreas como a banca, protecção ambiental e agricultura.

A abertura de um banco figura como o primeiro passo concreto, depois de ter revelado que submeteu, na sexta-feira, o pedido de autorização para o efeito junto do banco central cabo-verdiano. O pedido surge na sequência da assinatura, em Junho, de um memorando de entendimento com o Governo de Cabo Verde para a criação de uma instituição de crédito denominada Banco Sino-Atlântico.

O anúncio foi feito por David Chow à margem do lançamento da primeira pedra da ponte que vai ligar a praia da Gamboa ao ilhéu de Santa Maria, onde ficará instalado o casino, numa cerimónia que assinalou a introdução de algumas alterações ao projecto inicial.

 

Abertura prevista para 2019

A primeira pedra do Complexo Turístico do Ilhéu de Santa Maria, que inclui um ‘resort’, marina, centros de convenções e um casino, foi lançada em Fevereiro de 2016, estando a abertura prevista para o próximo ano. Apesar de atrasos nas obras, justificados com ajustamentos, o empresário prometeu acelerar o projecto de modo a cumprir o prazo de conclusão previamente definido. De acordo com a imprensa cabo-verdiana, a equipa de trabalho vai inclusive ser reforçada com técnicos especializados procedentes de Macau.

“Este projecto é estruturante para a ilha, para a cidade da Praia e para o nosso país. O senhor David Show está a dar um bom exemplo e a contribuir para que possamos crescer. O Governo está a trabalhar para que os investidores se sintam em casa no nosso país e que tenham sucessos nos seus negócios”, escreveu o ministro das Finanças cabo-verdiano, Olavo Correia, no Facebook.

O vereador do urbanismo da Câmara Municipal da Praia destacou, por seu turno, o impacto “importantíssimo” daquele “grande projecto” nomeadamente na criação de emprego. A expectativa preliminar é a de que venha a gerar 2100 postos de trabalho directos, à luz de dados anteriormente divulgados.

Segundo a agência de notícias Inforpress, David Chow garantiu estar determinado em investir em áreas diferentes que tenham impacto directo na economia e, sobretudo, na geração de emprego, deixando ainda a promessa de dotar o país de infra-estruturas de qualidade, capazes de o projectar no mundo dos negócios, segundo destaca o Governo de Cabo Verde no seu portal.

21 Fev 2018

SJM | Operadora vai continuar a apoiar o território, afirma Ambrose So 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] director executivo da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), fundada pelo magnata Stanley Ho, afirmou no jantar de ano novo lunar que a operadora vai continuar a apoiar o Governo e o território.

“À medida que o Governo de Macau continua a liderar um caminho de êxito para a economia e a sociedade, a SJM está pronta a caminhar ao lado de Macau para se transformar num centro mundial de turismo e lazer”, disse Ambrose So, perante dezenas de convidados, incluindo o Chefe do Executivo, Chui Sai On, e o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam.

O director executivo lembrou que a região administrativa especial chinesa vai beneficiar da iniciativa ‘Uma faixa, Uma rota’ e do desenvolvimento da região da “Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”.

Sobre o primeiro empreendimento da SJM no Cotai, Ambrose So afirmou que a construção do Grand Lisboa Palace continua.

Em Outubro, o responsável tinha indicado esperar a conclusão do projecto até final deste ano, depois dos atrasos causados pelo tufão Hato, em Agosto, e por um incêndio, em Setembro.

Iniciado em Fevereiro de 2014, o Grand Lisboa Palace tem um orçamento estimado em 36 mil milhões de dólares de Hong Kong.

Também a administradora-delegada da SJM e deputada à Assembleia Legislativa, Angela Leong, considerou que “Stanley Ho, a Sociedade de Turismo e Diversões de Macau e a SJM são parte integrante do crescimento e da história de êxito de Macau”.

O contrato de concessão de jogo da SJM, que opera 20 dos 40 casinos em Macau, termina em 31 de Março de 2020.

21 Fev 2018

Línguas | Criados dicionários ‘online’ Português/Chinês e Chinês/Português

Mais um trabalho pioneiro e feito a partir de Macau. Foram lançados, no dia de ano novo chinês, os dicionários ‘online’ Português/Chinês e Chinês/Português. A autoria é de Ana Cristina Alves que contou com a colaboração da também académica Ao Sio Heng. O objectivo foi disponibilizar um instrumento acessível a todos

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s primeiros dicionários ‘online’ Português/Chinês e Chinês/Português agora disponibilizados foram feitos a partir de Macau por Ana Cristina Alves. Demoraram cerca de um ano, e da equipa que o produziu consta uma professora chinesa de português e mandarim.

Doutorada em Filosofia da História e da Cultura Chinesa, Ana Cristina Alves disse à agência Lusa que quando lhe foi feito o desafio pensou que “não iria ser capaz”, pois à data leccionava na Universidade de Macau e “não tinha tempo”.

“Mas logo me foi dito que teria a equipa de informática da Porto Editora a trabalhar comigo e, ao fim de um ano o trabalho estava feito, em menos tempo do que aquele que me davam”, salientou a autora de vários livros e manuais sobre a língua e cultura chinesas.

O facto de o desafio ter sido “bastante aplacado” pela colaboração que lhe chegava do Porto, foi no “trabalho de pesquisa” na tradução para chinês moderno das entradas que lhe chegavam de Portugal que encontrou as “maiores dificuldades”.

“Foi uma pesquisa enorme pois cada entrada tem vários sentidos e havia que verificar quais eram as oportunas para cada uma delas”, explicou a docente, vincando que o trabalho feito foi no “sentido de criar um dicionário que seja básico e essencial, para os contemporâneos”.

Palavras para todos

E prosseguiu: “não se trata de um dicionário erudito, mas sim para comunicação, em que tanto os estudantes, turistas e empresários o possam utilizar”.

Para a autora dos livros “A Sabedoria Chinesa” (2005), “A Mulher na China” (2007) e do manual Chinês/Português e Português/Chinês (2010), a preparação do dicionário informático representou “um desafio muito diferente”, dada a sua “experiência ser no campo teórico, de ensino e na preparação de manuais”, recorrendo à metáfora para explicar de que modo teve de se readaptar para que a obra surgisse.

“Para o efectuar tive de despir um pouco o meu lado teórico e académico para ir ao encontro das necessidades práticas da nossa sociedade”, descreveu Ana Cristina Alves cujo critério da escolha levou a que a obra publicada obrigasse a que “25 mil dessas entradas fossem retiradas, ficando só as expressões essenciais”.

Ajuda local

A parte do dicionário feita em Macau contou ainda com outra ajuda “preciosa” da universidade local, ficando a revisão a cargo da colega chinesa Ao Sio Heng, professora de português e chinês de iniciação.

Agitada pelo “nervoso miudinho” que a acompanhou na coordenação do dicionário, a especialista confessou à Lusa que para conseguir dar resposta ao trabalho houve dias em que teve de “acordar às 02:00 para traduzir e depois ir dar aulas”.

E com a obra a ser lançada em Portugal no dia em que se assinala o Ano Novo Chinês é de um maior investimento na cultura chinesa que a autora do livro de investigação “Culturas em Diálogo. A Tradução Chinês-Português” (2016) fala.

“Os chineses gostam muito da língua deles e os carateres são uma das características da sua cultura e pode ainda muito ser feito em termos de dicionários etimológicos, de provérbios, adágios e aforismos”, desafiou.

Nos dicionários hoje disponibilizados no ‘site’ Infopédia.pt constam mais 25.500 entradas e cerca de 36.500 traduções.

21 Fev 2018

WildAid preocupada com vendas de barbatanas de tubarao

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] organização não governamental WildAid está preocupada com o crescimento do mercado de barbatanas de tubarão em Macau, em contraste com o que acontece no Interior da China. Segundo um relatório publicado na semana passada com o título “Sharks in Crisis: Evidence of Positive Behavioral Change in China as New Threats Emerge”, há uma nova tendência para o desenvolvimento de novos mercados, nomeadamente em Macau, Hong Kong e Tailândia.
“Em 2016, pela primeira vez, Macau ultrapassou o Interior da China no topo das reexportações de barbatana de tubarão com origem em Hong Kong, registando um aumento de 62 por cento de 88.029 quilograma, em 2015, para 143.396 quilograma, um ano depois”, pode ler-se no relatório.
Entre as razões apontadas para este crescimento está o desenvolvimento do sector do turismo, após a liberalização do jogo, assim como o crescente hábito dos locais consumirem barbatana de tubarão: “Os locais estão a consumir barbatana de tubarão nos restaurantes, onde estes pratos são servidos de forma regular, assim como nos banquetes tradicionais: estima-se que 70 por cento dos banquetes de casamento em Macau incluam barbatana de tubarão”, é revelado.
“Também os 30,95 milhões de turistas que visitaram Macau, em 2016, são um dos públicos-alvo: muitos sites dedicados ao turismo promovem restaurantes famosos pela sopa de barbatana de tubarão, encorajando os turistas a experimentarem os pratos”, é explicado.
No Interior da China, segundo os dados do Governo Central, houve uma tendência diferente, com o registo de uma quebra de 80 por cento no consumo de barbatana de tubarão, assim como uma redução de 81 por cento nas importações e venda de barbatana de tubarão em Pequim, Xangai e Cantão, entre 2010 e 2014.

21 Fev 2018

Ponte HZM tem capacidade para suportar super-tufões e sismos de magnitude 8

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] ponte do Delta, com uma vida útil de 120 anos, pode aguentar sismos de magnitude 8 e super-tufões. A garantia foi dada pelo engenheiro Yu Lie, vice-director da Autoridade da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, que trabalha no projecto desde os preparativos em 2004.

“À medida que a ponte fica pronta para a abertura, as expectativas das pessoas crescem em termos da sua função para o transporte e como pode isso beneficiar a população”, afirmou o engenheiro Yu Lie, sustentando que “não vai ser apenas uma via de transporte”, mas também “uma ligação social, económica, cultural e turística entre as três zonas”, sublinhou, citado pela agência noticiosa oficial chinesa Xinhua.

Segundo vários ‘media’, a ponte tem data de abertura prevista para 1 de Julho, dia em que se assinala o aniversário da transferência de Hong Kong para a China.

“O nosso país é muito forte na construção de pontes”, disse Yu, apontando que “esta ponte destaca as conquistas da China em termos de tecnologia, equipamento, investigação e representa também um novo futuro”. Além de aumentar a integração no Delta do Rio das Pérolas, é também considerada uma das infra-estruturas vitais no âmbito da Rota da Seda Marítima do século XXI.

Su Yi, diretor adjunto da Autoridade da Ponte, afirmou que os governos das três cidades estão a debater pormenores relativos às autorizações de circulação, autocarros de ligação ou planos de emergência.

A Direcção dos Serviços para os Assuntos do Tráfego (DSAT) anunciou, na semana passada, que 600 veículos de Macau vão poder circular entre o território e Hong Kong.

De acordo com estimativas das três zonas, o volume diário de tráfego na ponte deve atingir os 29.100 veículos em 2030 e 42 mil em 2037, enquanto o volume diário de passageiros pode vir a rondar os 126 mil e os 175 mil, respectivamente.

21 Fev 2018

Licenças do IACM. Renovação até ao final do mês

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s titulares das licenças anuais emitidas pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) têm até ao final deste mês para as renovar, sob pena de pagarem uma taxa adicional pelo atraso, sendo que a caducidade da licença implica a cessação da actividade em causa.

O IACM recorda que mesmo os que se encontram isentos da taxa carecem de efectuar a renovação da respectiva licença anual dentro do prazo definido. Ao IACM compete a atribuição de uma série de licenças, como para vendas a retalho, afixação de publicidade e propaganda ou relativas a animais.

21 Fev 2018

Emprego | Governo das Filipinas alerta para propostas de trabalho fraudulentas

As autoridades filipinas lançaram um comunicado a denunciar o caso de uma empregada em Macau a quem foi oferecida uma proposta de trabalho no Interior da China. No Continente, a trabalhadora nunca foi paga e os patrões ficaram-lhe com o passaporte e o telemóvel

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Departamento do Trabalho e Emprego das Filipinas lançou um alerta para o facto de uma mulher filipina, em Macau, estar a oferecer a conterrâneas falsas propostas de emprego no Interior da China. Segundo as autoridades filipinas, foi registado um caso em que uma empregada se despediu do emprego em Macau depois de ter recebido uma proposta para trabalhar no Interior. Já no Continente, a empregada acabou por não ser paga, apesar de lhe terem prometido um salário mensal de 7.500 yuans, e ainda viu os patrões ficarem-lhe com o passaporte e o telemóvel.

“Os trabalhadores filipinos e os turistas que procuram trabalho em Macau devem ter muito cuidado quando aceitam ofertas de emprego de outros filipinos para supostamente trabalharem no Interior da China”, pode ler-se no aviso publicado pelo departamento em causa.

A proposta foi apresentada através de uma filipina com o apelido Ciabacal, que está ligada a uma recrutadora chinesa chamada Fancy. Segundo as informações das autoridades filipinas, Fancy é proprietária de um estabelecimento com o nome MMC Entreprises, localizado na zona do Mercado Vermelho, que recruta de forma clandestina empregadas filipinas e vietnamitas para trabalharem no Continente.

Esta é uma situação que não é nova e os membros da comunidade em Macau ouvidos pelo HM recomendam muito cuidado a quem considerar responder a propostas no Interior da China.

“Não ouvi falar dessa situação em concreto, mas conheço outras com amigos de amigos, que ocorreram em Macau. É um tema que tem sido muito discutido entre a comunidade e mesmo o Consulado das Filipinas tem alertado para estas situações”, afirmou Ana Fivilia, representante da Associação Bisdak, ao HM.

“O caso típico é surgirem propostas tentadoras do Interior da China com bons salários. Mas, depois, quando se aceita o emprego e se começa a trabalhar, as pessoas não são pagas e os benefícios prometidos não se concretizam”, apontou.

Na dúvida, recusar

Por sua vez, Rodantes, membro do movimento Couples For Christ (CFC) Global em Macau defende que a melhor forma de lidar com estas situações é não aceitar propostas de emprego do Continente.

“É muito complicado trabalhar no Interior da China. Há alguns anos houve casos de algumas pessoas a trabalharem em Macau que foram levadas pelos patrões para o Interior da China. Nessa altura houve muitas queixas sobre as condições de trabalho encontradas do outro lado da fronteira”, recorda Rodantes.

“Temos noção das condições que encontram no Interior da China e já deixámos avisos aos membros da comunidade. Mesmo que haja ofertas com um salário muito bom, nós recomendamos que não aceitem”, frisou.

Segundo a lei das Filipinas, os cidadãos só podem trabalhar no estrageiro quando aceitam propostas de emprego através de agências reconhecidas pelo próprio Governo. Contudo, para evitar o pagamento de taxas e a demora do processo, há cidadãos que entram nos países onde desejam trabalhar como turistas e tentam encontrar empregos por si.

“A procura de emprego com visto de turista é uma situação que, apesar dos esforços os Governos de Macau e das Filipinas, não conseguem controlar. Por uma questão de segurança recomendamos que as pessoas só venham para Macau através das agências reconhecidas pelas autoridades”, explicou Rodantes.

O representante da CFC Global em Macau alerta também que este tipo de problemas não é exclusivo dos cidadãos filipinos e que acontecem igualmente com imigrantes da Indonésia e do Vietname.

21 Fev 2018

Pós-parto contemporâneo

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] sexo que leva à procriação, que leva à maternidade e à paternidade, passa por um processo de gestação, parto, e a aturar filhos para sempre. Mas há sempre um início. Início esse que não é quando sabemos que estamos ‘grávidos’. O verdadeiro início vem quando é preciso cuidar de um ser vivo pequenino e totalmente dependente de nós. As nossas prioridades mudam, e a nossa forma de ver o mundo também muda. Não falarei de experiência própria, por isso não me vou armar em especialista no assunto. Mas estive a ler umas coisas e a pensar em outras coisas, e parece que, socialmente e ocidental-mente falando, não é dada muita importância ao período depois do parto. Isto porque depois de uma gravidez, que necessita de imensos cuidados, e de um parto que será doloroso e mais ou menos complicado, o pós-parto é visto como o culminar, e não um início.

Já num outro momento referi que a parentalidade não é um mar de rosas tão singelo e simples. No mundo ocidental 50% a 85% das novas mães passam por uma melancolia particular, e 25% caiem muitas vezes em depressão pós-parto. Há muito ainda por perceber acerca destes momentos de definição maternal. Há um artigo clássico em antropologia que analisa vários rituais familiares depois do parto, em contextos culturais distintos. Parece que sabedoria popular destas populações – tida como ‘rudimentar’ – activava certos mecanismos sociais que providenciavam algum tipo de apoio à recente mamã. Cada cultura, cada tradição, é bem certo. Mas descreviam-se mulheres de família ou da comunidade que se mobilizam para apoiar nas coisas mais simples, ou na lida da casa, ou num ou outro mimo, ou a providenciar alguma paz e sossego. No ocidente foram-se perdendo os rituais que pudessem existir. As mães têm direito a uma licença, e os pais, com alguma sorte, têm direito a uns dias, mas rapidamente deixam a mãe e o bebé sozinhos em casa. A globalização e os nossos estilos de vida cada vez mais nómadas tem feito com que a família directa também não esteja tão presente. Num mundo de individualismos parece que existe uma natural tendência para que logo após o nascimento do bebé seja uma altura de maior isolamento e solidão. A psicologia evolutiva explica que no pós-parto, a mãe torna-se num exímio radar aos perigos que possam existir. Ao sentir-se numa posição mais vulnerável, o corpo fica mais alerta a tudo: o sono fica mais leve e a ansiedade é maior. Por isso parece-me bastante natural que a nossa tendência biológica para a protecção e preocupação, combinada com algum isolamento, faça o pós-parto dos períodos mais desafiantes para as recentes mamãs.

As soluções para contrariar estas formas de parentalidade não são simples. Mexem com políticas sociais, tradições culturais e com condições de trabalho e de vida. Uma amiga minha, especialista nestas questões perinatais, também me alertou para a imagem da parentalidade que os meios de comunicação social nos tenta vender. Mães e pais perfeitos que para além de proporcionarem o melhor do mundo aos seus filhos, têm o cabelo lavado e parecem fabulosos e radiantes com tudo. Não que queira pintar uma imagem negra e desgraçada da parentalidade, longe de mim de tentar influenciar as mentes com o meu pessimismo inevitável. O objectivo é mostrar que é absolutamente natural que a vida pós-parto seja mais desgraçada do que maravilhosa – com toda a maravilha que a parentalidade garante. Quanto ao cabelo lavado… parece que na Guatemala rural, o tratamento de cuidado pós-parto inclui apoio em banhos ritualizados, massagens no abdómen e até lavar o cabelo! Estas actividades por si só protegem-nos da ansiedade até certo ponto, o apoio percebido é que interessa. Uma apropriação cultural a considerar?

21 Fev 2018

Novo Macau | Sulu Sou pede solução rápida terminal das Portas do Cerco

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] terminal de autocarros das Portas do Cerco está em funcionamento numa localização temporária desde Agosto e, de acordo com Sulu Sou, aquela zona está também caótica desde a mesma data.

O deputado suspenso, e com ligações à Associação Novo Macau, apela ao Executivo uma solução temporária eficaz e não a que está a ser aplicada. De acordo com Solu Sou, além de não se saber ainda nada acerca do planeamento daquela zona nem a agenda para a reactivação do terminal que ficou danificado com a passagem do tufão Hato pelo território, os “remendos” que têm vindo a ser utilizados não surtem, efeito. É necessária uma solução abrangente e imediata, aponta Sulu Sou.

21 Fev 2018

Alexis Tam | Gripe está controlada no território, mas é preciso cautela

[dropcap style≠’circle’]G[/dropcap]ripe está estabilizada no território mas ainda não é altura para descuidos. A mensagem foi deixada pelo secretário para os assuntos sociais e cultura Alexis Tam. A epidemia da gripe está estável mas [Alexis Tam] ressalvou que como continuamos no auge da ocorrência da doença, não se deve negligenciar a situação”, refere o comunicado enviado à comunicação social. Em causa está a previsão de uma nova descida de temperatura esta semana.

Este Inverno, os Serviços de Saúde adquiriram um total de 165 mil vacinas.

De acordo com o mesmo comunicado, o secretário falou comentou a polémica que envolve a exclusão do corredor visual entre a Colina da Penha e a Ponte Governador Nobre de Carvalho dos 11 principais corredores referidos no Plano de Salvaguarda e Gestão do Centro Histórico que se encontra em consulta pública. Para o secretário, não há razões para preocupação visto ainda não existir uma proposta final definida.

O secretário deixou ainda a promessa de punições agravadas para as acções contra o património. Referindo-se aos grafites que recentemente foram feitos numa das paredes do edifício da Cinemateca Paixão, “o dirigente lembrou ainda que ainda que a situação não seja inédita, no futuro a punição ou multa para este tipo de casos possa vir a ser aumentada”, lê-se.

Por ouro lado, Alexis Tam deixou ainda clara a necessidade de reforço no que respeita a educação cívica. O objectivo, apontou, é sensibilizar a população para que não pintem ou causem estragos em edifícios históricos.

21 Fev 2018

Instituto do Desporto mexe no regulamento da atribuição de subsídios aos pilotos

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] atribuição de subsídios aos pilotos locais que participem em corridas no exterior tem ao longo dos anos causado um incómodo braço de ferro entre pilotos e as entidade responsáveis do território. Este tema controverso teve um novo desenvolvimento este ano, mas, para variar, positivo para o lado dos pilotos.
Para se habilitarem a receber este vital apoio monetário, os pilotos portugueses e chineses da RAEM tinham, entre outros critérios obrigatórios a cumprir, que participar no Grande Prémio de Macau e, desde 2013, de chegar ao fim da prova onde participavam.

Estas duas cláusulas foram sempre veemente contestadas pelos pilotos, principalmente a segunda, que obrigava os corredores da casa a dosearem o seu andamento no fim-de-semana do Grande Prémio para não comprometerem um suporte financeiro vital para a temporada seguinte e, ao mesmo tempo, rezarem a todos os Deuses do Olimpo para que o azar não lhes batesse à porta no mais importante fim-de-semana de Novembro.
Felizmente, o bom senso sobrepôs-se ao orgulho e o contestado ponto 2.4 da “atribuição de subsídios aos pilotos locais que participem em corridas no exterior durante 2018” deixou cair a obrigatoriedade de terminar a corrida do Grande Prémio de Macau. Diz agora o dito ponto que basta “Ter participado nas corridas oficiais do Grande Prémio de Macau (GPM) realizadas durante 2017 (com partida efectuada)”.
O ano passado, o polémico ponto 2.4 referia ser obrigatório “Ter terminado e obtido uma classificação oficial que se situe numa posição entre as 70% melhores classificações finais dos pilotos participantes de Macau numa das corridas do Grande Prémio de Macau (GPM) realizadas durante 2016.”
Caso os requisitos não tivessem sido alterados este ano, apenas vinte pilotos estariam à partida qualificados para acederem ao apoio do Governo da RAEM. Com esta alteração, passam a ser trinta e sete aqueles que até 28 de Fevereiro se podem candidatar à verba disponibilizada pela Fundação Macau.

IDM está atento

Se os pilotos portugueses foram os primeiros a mostrar publicamente o desagrado pela forma como este subsidio era e é atribuído, o mal-estar estendeu-se rapidamente também aos pilotos de etnia chinesa. Esta alteração nos critérios dos requerentes foi obviamente bem recebida, não só por quem dela beneficiará, mas também pela comunidade dos desportos motorizados de Macau no geral.
Questionado pelo HM sobre qual a razão que motivou este ajuste de peso, o Instituto do Desporto (ID) esclareceu por escrito que “o esquema de alocação dos subsídios para os pilotos locais participação em provas no exterior é concebido para apoiar os pilotos de Macau com recursos e condições para participarem em eventos de desportos motorizados, com o objectivo último de elevar o níveis competitivos dos pilotos locais.”
O IDM admite que está aberto a sugestões e deixa a promessa que irá estar atento ao assunto, deixando no ar que o actual sistema para poderá evolver para melhor.
“À medida que o tempo passa, nós temos trabalhado continuamente em formas de melhorar o sistema, incluindo tendo em consideração as ideias e sugestões que recebemos dos pilotos. No futuro nós iremos continuar a olhar para encontrar métodos para apoiar os pilotos locais e a criar condições para um desenvolvimento a longo termo dos desportos motorizados de Macau”, explicou o organismo responsável por executar a política desportiva do território.

Não chega a todos

Esta medida salutar não é no entanto suficientemente abrangente para evitar que os três pilotos da RAEM mais representativos da actualidade estejam automaticamente desclassificados a candidatar-se ao subsídio, o que demonstra a incongruência do sistema ainda em vigor.
André Couto, Rodolfo Ávila e o jovem Leong Hon Chio não participaram na edição transacta do Grande Prémio, por diferentes razões, e nem os triunfos que conquistaram em 2017 – Ávila foi vice-campeão do mais popular campeonato de automobilismo da República Popular da China e Leong venceu de uma assentada o Campeonato da China de F4 e o Campeonato Asiático de Fórmula Renault na sua estreia em monolugares – nem o vasto currículo internacional, como no caso de Couto, são argumentos suficientes para serem merecedores de qualquer apoio do território que representam fora de portas.
Este pequeno volte-face das entidades responsáveis de Macau irá apaziguar ligeiramente a insatisfação crescente, mas não será ainda suficiente para trazer a tão desejada paz e um pouco de consenso ao automobilismo do território.

21 Fev 2018

Barajas em modo de espera

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] espera é milimétrica. Crónica. Escadas volantes sem apoio. Tractores que puxam carris. Mercadoria e malas de viagem. Passageiros a partir sem malas. E chegam ainda sem elas.

Alguém varre o chão. Há décadas a ver gente partir e chegar sem poder adivinhar a não ser o serem gente.

As mesmas horas da madrugada podem ser o princípio ou o fim do dia. Ou a continuação.

Várias línguas imperceptíveis à distância.

Tanto barulho para tirar um café espresso. O empregado bate com o manípulo para sacudir as borras do café. A máquina do café é accionada de novo.

Passageiros puxam ou empurram malas.

Mini-saias com pernas e calções bem moldados. Há mini saias que ficam tão bem em quem as traz vestidas.

DEVANEIO E FUGA: “Tenho de pagar o telefone. Não tenho ligação à internet. O céu “é” azul. Ser céu não é ser azul (sintético a posteriori). Não ecoa nenhuma música.

A realidade não mexe uma palha.”

Não sei como hei-de estar sentado.

DEVANEIO E FUGA: “As hospedeiras levitam. Umas pernas com vergão, por terem estado sentadas em cadeiras de vime, erguem-se de trás triunfantes. Ah! a glória daquelas pernas!

As sanduíches entram pela boca de pessoas empenhadas em fazer desaparecer tudo para o lado de dentro delas!”

A fila inteira à espera e a empregada diz num Castelhano franquista: “tienen” não sei o quê “esperar”.

Há 20 minutos que esta mesa espera comigo. Estou de viagem. Mas estou e não estou a ir. Estou a viajar enquanto espero pela ligação aérea? Parado, vou no tempo até daqui às 15h45. É uma crença, uma fé ou uma superstição? Com o tempo vem o avião e o momento para entrar para dentro do avião. Mas eu não estou a andar.

Deveria fazer-me ao caminho? Sentado, estou de viagem entre destinos. Não me entra dentro da cabeça, mas sei que é o tempo para chegar do destino de origem ao destino final.

DEVANEIO: “Nove minutos.”

Onde estive? Caio outra vez na realidade e ouço alguém perguntar a outrem: “O que bebes?” – “Uma coca cola zero.” Uma francesa diz ao namorado atrás de mim: “Je suis choisie?” – “qu’ est-ce que ça veut dire?”.

Faltam 4 horas e 15 minutos para o embarque. Estou em viagem?

Agora, 4 horas e 12 minutos.

Vou ser deslocado. De resto, vou a pé daqui até ao “Gate”, palavra internacional. Depois sento-me dentro do avião. Deslocam-me.

Agora, faltam 4 horas e 10 minutos. 250 minutos. Mas falta mais para chegar.

INTERPRETAÇÃO: “Este tem mesmo cara de português.”

Japoneses com máscaras na boca. SINISTROS.

Vou estar assim nos próximos 248 minutos. Não dormi nada.

DEVANEIO E FUGA: “a miniatura do carro dos bombeiros é aqui real e está lá fora.”

DEVANEIO E FUGA: “Família simpática troca de lugar com uma anciã. A velha não fica e vocifera não sei o quê. É contra o marido que não está nada bem. Péssimo aspecto. As muletas apoiam-se nele e a mesa dá-lhe com a aresta na barriga.”

Falho um letra no teclado.

 

Adormeci por um lapso de tempo.

São 10h41m no AIR.

Estou a ir para Lisboa e ainda não saí daqui.

DEVANEIRO E FUGA: “Percorro o teclado com os dedos e bato nas mesmas letras em tempos sempre diferentes. Palavras diferentes integram as mesmas letras. A mesma letra tem posições diferentes para poder intervir elementarmente em palavras diferentes.

Nunca se bate uma letra da mesma maneira, nem no mesmo tempo. Por exemplo, a letra “o” em “P-o-r” e em “exempl-o” e em “o”. 1, 2, 3, 4, 5, 6. Seis vezes bati na palavra “o” e, agora, mais duas.”

Afinal…

Enganei-me. Falta mais tempo do que eu pensava. “Que contas faço?”. Acho que vou adormecendo e acordando. Só não adormeço por completo, para estar alerta. Está aqui muita gente. Não gosto de dormir ao pé de gente. É íntimo.

Faltam afinal 5 horas. São 300 minutos.

Recontagem. Começa do princípio e com mais tempo por decorrer.

Faltam 4 horas e 35 minutos. 25 minutos desde que não olho para as horas.

As casas de banho estão todas em serviço ao mesmo tempo. Nunca percebi por quê. Ou então estão ocupadas. Andei de um lado para o outro. O aeroporto nunca mais acaba. Andei muito. 25 minutos, mas não foi para ir para casa. Vou de avião. Por isso andar por andar e andar para ir têm sentidos diferentes. Só um me leva. O outro fixa-me.

Qual o sentido desta circunstância? Eu sabia que isto ia ser assim. Não pude evitar.

Faltam 4 horas e meia para as 15h45m. Agora, agora, agora, agora, agora, agora, agora, agora. Tantos “o’s” em h-o-ras e em ag-o-ra. A: [A superfície das coisas é insuportável]. Nem um pensamento ocorre. Pessoas, empregada de mesa, a miúda ali à frente.

Um tipo deixa cair o casaco e segue em frente. “Perdoname”, grita um tipo atrás de mim. O estrangeiro não o ouve. Tenho de gritar: “HEY!”. -“Thank you”, responde. – “You’re welcome.” Este foi o momento alto da manhã. Fez afluir sangue ao cérebro.

Ia dizer que B: [A: [a superfície das coisas é insuportável]]. Só quando estão estagnadas. O casaco que caiu desequilibrou o universo. Foi “interessante”. O enfoque estava na película entre mim e a totalidade da apresentação, do lado de dentro de cá, silencioso, não interventivo. O casaco que cai mudou o enfoque. Anulou-se a minha absorção ainda do lado de cá do ecrã: “HEY!” (Gritei mesmo!). Mas o tipo olhou. Seria uma maçada ter de me levantar para o fazer ir buscar o casaco.

Bons cinco minutos os que entretanto passaram.

Qualidade de tempo???????????????????

Parou.

Altifalantes. Castelhano. Copos de plástico.

Há quanto tempo estou nisto?

São 11h27. Assinalei 10h41m.

O que sucedeu das 10h41m e às 11h28, agora?

Nada de interessante.

11:30

Please pay attention…diz o speaker.

Que mulher tão disformemente GRANDE.

11:32.

11:33.

11:34.

Vou para outro sítio.

11:56

Minutos divertidos. Fui buscar um carro para a mala. Depois, fui andar nos tapetes rolantes. Espectáculo! Só um grupo de três criaturas me iam estragando a brincadeira. Mas assinalei pesado a minha presença. Um desviou-se e os outros queriam brincadeira. Começaram a andar depressa também. Nada como acelerar. Deram passagem. Chato são os que se deixam ultrapassar e depois ultrapassam. Mas pronto também se divertem.

Vi duas louras espampanantes.

O melhor de tudo foi ver o voo anunciado no ecrã. 3 horas e 45 minutos para a partida. Mas 3 horas e 15 minutos para o embarque. A contar com o facto de que a expectativa de primeira ordem altera a percepção. Estimula-a intrinsecamente.

12:03

Sono. Muito sono. Não dormi nada esta noite.

12:52

Passou-me pela cabeça andar nos tapetes rolantes ao contrário. Mas não tive coragem. Houve muitos mais “cortados”.

Reparei que as pessoas ao fundo do corredor parecem ser mínimas. À medida que se aproximam parecem aumentar de tamanho. Será que quando passam por mim e ficam atrás das minhas costas continuam a aumentar de tamanho? Olho para trás. Não. Diminuem de tamanho. As coisas só têm o mesmo tamanho se não se mexerem.

1:04 pm

Dói-me tudo.

Nada de glorioso nem nobre, nem estético. Nada.

A seca. A seca de uma outra forma de vazio que não a que provoca a sede. A seca total.

2:20 pm

It moved.

2:21 pm

A expectativa altera a apresentação intransitiva do mesmo.

O tédio frita todo o desespero, toda a melancolia. A não ser que seja o tédio a melancolia sem apelo nem agravo.

6:29 hora local. Passaram mais de cinco horas.

21 Fev 2018

Chui Sai On | Chefe sublinha habitação e centro histórico na sua mensagem de Ano Novo Chinês

Chui Sai On está satisfeito com o desenvolvimento económico local em prol da população. Nos votos de ano novo, o Chefe do Executivo salientou as soluções que o Governo tem dado para controlar o mercado imobiliário e proteger o centro histórico. Macau, considera Chui Sai On, tem ainda vantagens únicas. Exemplo disso é a integração em projectos como a Grande Baía e “Uma Faixa, Uma Rota”

 

[dropcap style≠’circle’]H[/dropcap]abitação e património foram os destaques dados pelo Chefe do Executivo, Chui Sai On, na mensagem de bom ano novo dirigida à população.

O governante sublinhou o trabalho que o Executivo tem vindo a fazer de forma a melhorar a situação da habitação em Macau. “O Governo apresentou à Assembleia Legislativa o diploma com as medidas de controlo do mercado de habitação, desta vez com carácter de urgência, esperando que essas políticas possam conduzir a um desenvolvimento saudável do mercado imobiliário e também facilitar a aquisição de casa por parte dos jovens”, referiu.

Não obstante, Chui Sai On deixou ainda um apelo à cautela, deixando o alerta aos jovens para que ponderem bem duas premissas aquando da compra da casa, nomeadamente a capacidade financeira e a capacidade de resposta aos riscos que poderão advir desse acto.

De qualquer forma, apontou, “o Executivo vai continuar a prestar profunda atenção à situação da reserva de terrenos e à quantidade de oferta de fracções autónomas, pretendendo ainda, ao mesmo tempo, acelerar o processo de aprovação de projectos de construção e aperfeiçoar progressivamente a relação entre a oferta e a procura”, refere um comunicado oficial.

Património, responsabilidade colectiva

No que diz respeito ao Plano de Salvaguarda e Gestão do Centro Histórico de Macau, que se encontra em fase de consulta pública, o Executivo espera conseguir reunir opiniões concretas, nomeadamente vindas de profissionais que trabalhem no sector para assegurar uma gestão adequada do centro histórico local.

Por outro lado, Chui Sai On não deixou de lembrar que a protecção do património local não é tarefa única do Governo. “A protecção do centro histórico tem um valor universal e que, a par do Governo, todos são responsáveis por essa tarefa, tanto a sociedade em geral como os cidadãos em particular”, disse.

Sobre o futuro, o responsável adiantou que Governo irá continuar a seguir as disposições da UNESCO “com seriedade e rigor no caminho de protecção do património cultural”.

Além destes aspectos Chui Sai On frisou a aposta local no desenvolvimento económico como garante de melhoria da vida dos residentes. “O esforço incansável que temos vindo a investir, ao longo dos anos, no desenvolvimento da economia tem como objectivo o melhoramento constante das condições de vida dos nossos cidadãos”, declarou.

Macau usufrui de uma situação especifica que não pode desconsiderar e Chui Sai On não deixou de recordar “as vantagens oferecidas pelo princípio ‘um país, dois sistemas’ e o “constante e forte apoio do Governo central” para desenvolver “uma governação vocacionada e virada” para a população.

Para que os bons auspícios não se percam, Chui Sai On desejou a toda a população votos de boa sorte, de felicidades e de bem-estar e acrescentou que “embora o Governo não consiga resolver, no imediato, todas as questões”, está comprometido em “dar respostas eficazes de acordo com as prioridades”.

“A aspiração a uma vida melhor, anseio da população, tem sido sempre a nossa meta, incentivando-nos a trabalhar com maior empenho para transformar Macau numa cidade com condições ideais de vida, de trabalho, de mobilidade, de entretenimento e de recreação”, sublinhou.

21 Fev 2018

A última morada

[dropcap style≠‘circle’]E[/dropcap]u não quis dizer nada, mas achei a cova pequena. Tal como percebemos, a olho, que o espaço entre dois carros não vai ser suficiente para conseguirmos estacionar, a cova, assim que me acerquei dela, pareceu-me estreita para receber o caixão do avô Malaquias. Mas não disse nada. Afinal, tenho a certeza de que não é o primeiro buraco que os coveiros abrem, e não me apetecia de todo encetar conversa sobre um assunto tão melindroso quanto este e poder estar equivocado.

Enquanto o padre dizia as coisas que sói dizer-se nestas ocasiões, eu fazia contas de cabeça. O avô Malaquias tinha à vontade mais de metro e setenta. Um palmo aberto da minha mão tem cerca de vinte centímetros. Tendo em conta de que o caixão não pode ser exactamente do tamanho da criatura que recebe, e dando pelo menos quinze centímetros de desconto para a parte dianteira e para a traseira, cheguei à conclusão que a cova, no mínimo, teria de medir dois metros e dez. Ou, em contas de mão, dez palmos e meio. E por mais que me esforçasse em ver ali dez palmos bem medidos, ficava sempre aquém.

O pouco interesse que poderia ter pelas palavras do padre não sobreviveu a curiosidade que tinha em ver o avô Malaquias, esticadinho e sossegado como nunca o fora em vida, descer para dentro daquela cova sem precisar de flectir os joelhos. As restantes pessoas alheavam-se como podiam: uns compilavam listas de supermercado imaginárias, outros pensavam em como iriam chegar ao final do mês, outros ainda passavam em revista as resoluções de ano novo que haviam sido tão lestamente adoptadas como abandonadas. Ninguém, num funeral, quer estar atento ao que se passa no funeral. A convivência com a morte no outro não é salutar. A não ser por cauterização afectiva decorrente da profissão que se escolheu, a caixa-de-ressonância que é o humano não lida confortavelmente com a presença da morte.

Mal começaram a baixá-lo disse: “não vai caber”. O tio João, normalmente reservado, não se coibiu em corrigir os coveiros: “rapazes, isso vai muito torto”. E ia. Como de facto o caixão era ligeiramente maior do que a cova e não cabia na horizontal, os coveiros (na minha cabeça subitamente tão experientes a abrir buracos como a enchê-los de forma pouco ortodoxa) baixavam a cabeça do avô Malaquias primeiro, fazendo fé de que na diagonal aquele tetris inusitado encontrasse uma solução elegante. O tio João, embora ciente das dificuldades encontradas, estava pouco convencido da bondade da manobra. “Vão dar cabo da cabeça ao homem”, dizia, “pelo menos orientem os pés para baixo”, e os coveiros, ainda assim atentos à civilidade das observações do tio João, lá se esforçaram por inverter a posição do caixão, e o avô Malaquias lá entrou de pés para a cova.

Mesmo assim, e porque a geometria não se compadece do esforço dos homens, o caixão, apesar de inclinado – uma posição que me parecia assaz desconfortável para o tempo que o avô Malaquias ia passar naquele buraco – teimava em não caber totalmente. Uma pequena parte dele ficava de fora, malgrado o esforço dos coveiros em empurrá-lo para baixo. “Não é muito”, dizia um dos presentes; “mas não pode ficar assim”, ripostava outro. “Se cavarem um bocadinho mais no fundo, já não fica com nada de fora”, aconselhava um rapaz, visivelmente orgulhoso pela simplicidade e economia de esforço com as quais pretendia resolver o problema.

Quando voltaram, os coveiros vinham com marretas. À vez, como os trabalhadores dos caminhos-de-ferro enfiando tachas no solo, batiam com as marretas no caixão. “Vão parti-lo”, receava uma velhota. “Eles têm que resolver isto”, confidenciava o meu pai ao meu tio. Aos poucos, a terra cedia e o caixão, às sacudidelas, ia desaparecendo na cova. O tio João, à saída do cemitério, confidenciava-me, visivelmente perturbado: “não devia ter insistido em que o virassem”.

21 Fev 2018

O assentar dos tijolos

CCB, Lisboa, 8 Fevereiro

Convém ouvir, orelha no chão, o pulsar da botânica, que soa hoje como cavalo-de-ferro. Antes entrar sussurrante por este Obra Aberta – que viu o Tónan Quito ser substituído à última hora pelo Miguel Castro Caldas, a pretexto dos clássicos e da Oresteia em cena – a solidão do Sandro William Junqueira acompanhou a minha por estes dias. Quero dizer: habitei os não-lugares comuns de «Quando as Girafas Baixam o Pescoço» (ed. Caminho). No coração do betão que construiu pulsa um sangue de personagens cujo nome resulta ser característica-ferramenta, com que faz e desfaz o entorno, com a qual se auto-desmontam para nos dar a ver o dentro, em bricolage de largo espectro. Parecem pequenos contos, de título pesado, significativo («Um pai atravessado na garganta»), tendo apenas a partilha do síto como fio de ligação. Parecem pequenos contos, mas são pinceladas de uma tela maior e caleidoscópica, de um romance que parece temer sê-lo, que se aproxima do real pelo avesso. Será este o mais estranhamente neorrealista dos romances contemporâneos? As personagens ganham a carne da proximidade e a narrativa enche-se de episódios e momentos, embrulha-se em novelo, ora de lã, ora de arame farpado. A prosa apresenta-se terreno húmido de subtilezas, de observações incandescentes, de atenção à natureza das coisas, à Natureza, de uma poética que nos explode algures (nas mãos?, nos olhos?): «A rosa é um fio de terra que se levanta». O Sandro trouxe o Manoel de Barros, esse «aparelhado para gostar de passarinhos», com interesse em falar da sua Poesia Toda (ed. Caminho) e acabou fazendo dele chave-de-fendas para o seu próprio texto, para o seu olhar sobre as palavras. E a leitura. Sandro calcorreia escolas e bibliotecas e outros lugares, talvez de betão, a dizer das vidas que se ganham e perdem no jogo da leitura. Da planta que se folheia, que se rega, que cresce. Uma inutilidade, sabemo-lo bem: «o que nos fode é a inteligência.» (Quem nos manda aceitar a utilidade para governo das nossas vidas?) Sobra por aqui muita melancolia. No finzinho do conto final, o Velho deita-se no canteiro de arma na mão e diz à laia de tenho dito: «Seja como for, estamos sempre sós./ Já ninguém ouve as rosas.» Não preciso comprar arma, tenho livro. Velho que sou, procuro canteiro.

 

Horta Seca, Lisboa, 11 Fevereiro

Tão pouco nos conhecemos que só posso rasgar aqui lamento. Culpa minha. Falámos de Stuart, longamente, de livros, por causa de bibliotecas, umas feitas, mudadas, vividas, mexidas, outras por fazer. Nunca falámos do José Gomes Ferreira, que iluminou e continua cada uma das minhas infâncias-lego. Perdeu-se inocências na tradução das gerações. Perde-se tanto no não falarmos. Partilhámos amigos, amigos queridos, gostos, batalhas, dores, lugares. Falámos tão pouco, por exemplo de. Arquitectura, sim, talvez possa ser, fio-de-prumo, o primevo contorno no mundo, bater de asas na neve, maceta e escopro na pedra bem escolhida, assentar do tijolo ainda que burro, cálculo do arco, leitura do espaço e aconchego. Não conheço mais humana casa da cultura do que a de Beja, desenhada nos múltiplos cruzamentos da tradição e da engenharia, ao gosto popular e com as visões do pensamento, seios que se amamentam da via láctea. Raul Hestnes Ferreira, discreto escultor do betão, deixou hoje de desenhar.

 

Instituto Industrial, Lisboa, 14 Fevereiro

Livrerso: o Pedro [Proença], aranhiço dos múltiplos sentidos, tem travestido como ninguém a rede em teia. Quantos dias passaram sem que produzisse projecto, exposição, palavra que me escapa, conceito que já foi, além daquele que mais interessa agora: livro no lugar nenhum e todos do em linha? Um dos seres ali nados e criados, John Rindpest (acessível no issuu), ganhou as dimensões do passeável em versão livro expandido e lá fomos ouvir a versão amiga do artista a dissertar acerca do vinil sobre parede, meia dúzia de pontos de não retorno a responder ao eterno Kafka e um mala de couro, chamada «Fuga», pronta a partir («poetry as art as poetry» na  Fundação Portuguesa das Comunicações, em parceria com a Galeria Bessa Pereira, até dia 23). O Pedro mastiga as artes (e o mundo) à velocidade do pensamento, pelo que não será de fácil digestão esta sua arte combinatória. Custa aceitar que o kairos pode acontecer em versão Ikea, pendurada em frases, armadas em inteligentes. «O que nos fode é a inteligência.» A ideia de livro que o Pedro tem abordado em cruzamento de espeleólogo e neurocirurgião merecia o exagero de uma Cordoaria para que também a sua mão talentosa pudesse servir a três dimensões esta visão crítica do universo das artes plásticas, desenvolvesse até ao máximo a contaminação entre texto e imagem, e mais entusiasmante, prolongasse o jogo que cria universos a partir do objecto-livro, respectiva gramática, pensadores ou artesãos.

 

Horta Seca, Lisboa, 15 Fevereiro

«Azul em jaguar turquesa», o Daniel [Lima] apareceu meio de surpresa para me trazer os papéis que resultaram das exposições perdidas por estes olhos que a terra há-de comer. «Figurasavulsas», na biblioteca de Viana [do Castelo], e a de Guimarães, da qual usei nome em abertura de parágrafo. A tarde desfez-se em camadas, planos, figuras, modos de representar na nossa conversa os assuntos. Montaram-se projectos, pedi empurrões em amigos, recolhi informações de nada sobre as experiências vividas a Norte. A visão e o modo de operar do Daniel, de tão literários, perturbam as nossas monotonias, insistem em parar a corrida para que possamos absorver, interpretar, deixar assentar. Na televisiva feérica pele do mundo, as suas composições rasgam um palco no qual o teatro é apenas uma das personagens (o cinema outra), mas tudo cosido pelo desejo de ficção (veja-se nesta página exemplo para «Por Mão Própria», de Luís Carmelo, ed. Abysmo). Nem todas as ilustrações são lanterna, algumas rasgam janelas.

 

Horta Seca, Lisboa, 17 Fevereiro

O Mário [Reis] mãos-de-barro reduziu, assim tornando pessoal e portátil, a banheira termal das Caldas da Rainha, um formato de ressonâncias romanas ou apenas romanescas. Pediu-me texto para inscrição na peça, desconhecendo o fascínio que dedico às águas. O desafio tocou na pele com estilete, suscitando com singular rapidez palavras de pó: «as nuvens pousam na quietude/ sob tal superfície perco corpo/ o banho tomou-me e o navio quedo se vai// verso ou sarcófago?»

 

CCB, Lisboa, 18 Fevereiro

O jeito que me dava acabar assim, na entrada anterior. Contudo, experimentei em palco a Isabel [Abreu] no palco da Oresteia a fazer-se o mais carnal dos insectos, corpo esticado ao limite da plasticina, voz de barro no coro do bom senso (não são todos?), ser transcendido a fio de palavra, a estender-se ao sopro dos elementos, mulher esquecida e amante, mãe assassina por mor de uma dor, mãe vítima de vingança óbvia (não são todas?), carne das trevas no plástico do negro. Actriz, que modo mais visceral há de dizer mulher?

21 Fev 2018

Presidente da Xinhua diz que notícias devem servir o povo

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap]s organizações de notícias devem adoptar uma abordagem orientada para o povo e servir melhor as suas necessidades através de fornecer novos produtos de notícias mais diversificados, de acordo com o presidente da Agência de Notícias Xinhua, Cai Mingzhao.
A opinião foi escrita num artigo da Qiushi, a revista oficial do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCC), analisando o discurso do presidente chinês, Xi Jinping, sobre o trabalho dos media em 2016.
No dia 19 de fevereiro de 2016, Xi, também secretário-geral do Comitê Central do PCC, visitou o Diário do Povo, a Agência de Notícias Xinhua e a Televisão Central da China, os três principais veículos de imprensa do país. Mais tarde naquele dia, Xi presidiu uma reunião sobre o trabalho de mídia.
Cai disse no artigo que as organizações de notícias devem dar uma orientação correcta ao povo, colocar sempre o interesse social em primeiro lugar e encorajar toda a sociedade a esforçar-se pela excelência.
O presidente da Xinhua pediu aos jornalistas para melhorem a reportagem de investigação de forma a reflectir os desejos e vozes das pessoas. O artigo também destacou a importância da autenticidade das notícias.
Cai pediu que se acelere o desenvolvimento dos novos meios de comunicação social, com o impulso da tecnologia 5G.
“A agência tem como objetivo estabelecer uma redação inteligente, com cooperação entre o humano e a máquina e foco na crescente produção e maior eficiência de comunicação”, escreveu.
Cai disse ainda que a Xinhua se irá esforçar para construir um novo tipo de agência de notícias de classe mundial, ao nível da apuração, edição e publicação de notícias globalmente.

21 Fev 2018