Hoje Macau EventosRevista de Cultura | Aceites artigos para edição sobre centro histórico O Instituto Cultural (IC) está a aceitar submissões de artigos académicos para uma edição especial da Revista de Cultura sobre o centro histórico de Macau, nomeadamente sobre o 20.º aniversário da inscrição desta zona repleta de património na Lista do Património Mundial da UNESCO. A revista será lançada no próximo ano pretendendo o IC, com esta edição, “promover o património cultural de Macau e os estudos históricos relacionados” com esta temática. Assim, serão aceites artigos sobre o “património cultural tangível e intangível, património documental e análise teórica do termo património no contexto histórico, geopolítico e cultural de Macau”. Foi a 15 de Julho de 2005 que o centro histórico de Macau passou a estar inscrito na Lista do Património Mundial da UNESCO, tornando-se no 31º sítio designado como Património Mundial na China. No centro histórico incluem-se alguns templos chineses e as Ruínas de São Paulo, por exemplo. Aceitam-se trabalhos académicos em chinês, português e inglês até 30 de Outubro deste ano. A Revista de Cultura está sujeita ao sistema de revisão por pares.
Andreia Sofia Silva EventosIC | Primeira edição do Festival Internacional de Artes para Crianças arrancou ontem Estão aí os primeiros espectáculos relativos à primeira edição do Festival Internacional de Artes para Crianças de Macau. A iniciativa organizada pelo Instituto Cultural traz, até domingo, a peça de teatro infantil “A Lua numa Caçarola”, da companhia La Petita Malumaluga, de Espanha. Segue-se, na próxima semana, a peça “Laika”, da companhia espanhola Teatro Xirriquiteula Já começou a primeira edição de um festival recheado de eventos destinados a crianças, mas também aos graúdos que as acompanham. O Festival Internacional de Artes para Crianças teve ontem a sua primeira exibição, que se apresenta até domingo. Trata-se da peça de teatro infantil “A Lua numa Caçarola” da companhia espanhola La Petita Malumaluga. Segundo uma nota do Instituto Cultural (IC), entidade promotora do evento, trata-se de um espectáculo que combina “música, dança, teatro e efeitos especiais”, sendo indicado para crianças a partir de um ano de idade. Assim, estas poderão “explorar os recantos mais emocionantes da lua através de uma abordagem interactiva”. Existem vários horários disponíveis para assistir a este espectáculo, que se apresenta no pequeno auditório do Centro Cultural de Macau (CCM). Com cerca de 40 minutos de duração, o espectáculo tem “a felicidade como ingrediente principal para a autodescoberta”, convidando as famílias a sentarem-se em palco com os mais pequenos. Depois, usa-se uma “poção mágica para ‘borrifar’ meninos e meninas nas suas novas abordagens ao teatro infantil”. Esta companhia é considerada uma das pioneiras nas artes performativas para os mais pequenos, tendo “espalhado a sua visão artística e imaginação pelo mundo fora, actuando em alguns dos maiores festivais e salas de teatro”. A companhia espanhola já fez um espectáculo intitulado “Beatles para Bebés”, que passou por Macau. Mas desta vez, é altura dos mais pequenos se deslumbrarem “com os segredos de uma bonita e misteriosa lua”. Laika em Moscovo Na próxima semana, nomeadamente nos dias 13 e 14 de Julho, é apresentada a peça “Laika”, também de uma companhia espanhola, o Teatro Xirriquiteula. “Recorrendo a várias formas de expressão artística, como teatro de sombras, fantoches e montagem cinematográfica, o espectáculo levará o público através do túnel do tempo até à década de 1950 para uma experiência histórica animada, adequando-se a qualquer pessoa a partir dos quatro anos de idade”, descreve o IC. A história de “Laika” passa-se em Moscovo, Rússia, em 1957. “Laika” é uma “cachorrinha vadia, inteligente e gentil” que “após completar o treino num programa espacial, recebe um bilhete para ir ao espaço”. A sua missão é “explorar e desvendar os mistérios das estrelas cintilantes que adornam o céu nocturno”, sendo que, “ao embarcar nesta viagem interestelar, Laika marcará o seu nome na história como o primeiro ser vivo a aventurar-se no grande desconhecido cósmico”. Esta é a primeira iniciativa do género, em formato de festival, apenas dedicado aos mais pequenos. Com duração até Agosto, inclui, além dos espectáculos, um festival de cinema, que decorre na Cinemateca Paixão, bem como workshops que convidam toda a família a participar. Para o IC, trata-se de “um programa de actividades emocionantes”. O IC quer também estimular o interesse dos mais novos pela leitura, com foco nos livros artísticos, pelo que a Livraria para Crianças, num formato “pop-up”, ou seja, temporário, estará aberta todos os fins-de-semana durante este mês no DOT ART, no primeiro andar do Centro Cultural de Macau. Incorporando elementos de um parque de diversões, a livraria incluirá mais de 200 géneros de livros ilustrados, para jovens leitores, com imagens, cartilhas e outros produtos culturais e criativos de mais de dez países e regiões. Haverá também dispositivos para fotografias e uma área de leitura para pais e filhos, onde pequenos e graúdos poderão desfrutar juntos da leitura. Estão programados 20 workshops, num total de 60 sessões, “proporcionando às crianças e aos seus pais a oportunidade de participarem em diversas actividades, incluindo música, teatro, pintura e dança”. Um deles é o “Alma Musical”, exclusivo para adolescentes e destinado a promover o prazer da música através de expressões como a representação, canto e dança. Haverá ainda o workshop “Dança Conexão Corpo-Mente”, destinado aos mais idosos, que, assim, são convidados “a mover o seu corpo e a revelar o seu charme”. Para estas actividades é necessário fazer inscrição na plataforma “Conta Única de Macau”.
Hoje Macau EventosFestival Artes para Crianças | Abertas inscrições para “Campo de Música” Estão abertas as inscrições para o “Campo de Música” integrado na primeira edição do Festival Internacional de Artes para Crianças de Macau”, que terá instrução por parte dos músicos da “Academy of St Martin in the Fields” e actuação com o violinista Joshua Bell. O “Campo de Música”, organizado pelo IC e que conta com a participação da operadora de jogo Wynn Resorts, é produzido pela empresa gestora da Orquestra de Macau e decorre entre os dias 16 e 21 de Agosto. Segundo uma nota do IC, Joshua Bell é um conhecido mestre de violino distinguido com vários Prémios Grammy. Os participantes podem ter orientação individual dos músicos da Academia e tornarem-se membros de uma orquestra de cordas com estes músicos. Além disso, os participantes com melhor desempenho ainda terão a oportunidade de actuar com Joshua Bell. Relativamente ao conteúdo transmitido no âmbito do “Campo de Música”, os participantes podem ter cursos de instrumento e aulas individuais, bem como uma “Master Class” com músicos da orquestra de câmara da “Academy of St Martin in the Fields”, formando-se uma orquestra de cordas. Haverá ainda ensaios com Joshua Bell. O “Campo de Música” inclui ainda passeios aos sítios de Macau que são património mundial da UNESCO, para que os participantes possam testemunhar “a coexistência harmoniosa das culturas chinesa e ocidental, para aprenderem mais sobre a história e a cultura de Macau”. O “Campo de Música” tem um total de 40 vagas, cujos destinatários são jovens locais e do exterior, nascidos entre 2006 e 2016, que tenham estudado instrumentos de cordas. As inscrições terminam dia 12 de Julho. Os candidatos admitidos serão informados por email até ao dia 25 de Julho. A taxa de inscrição para o “Campo de Música” é de dez mil patacas. Será atribuído um desconto de duas mil patacas aos alunos admitidos titulares do Bilhete de Identidade de Residente Permanente ou Não Permanente da RAEM.
Hoje Macau SociedadeIC | “Duplo Aniversário” com apoios para eventos culturais O Instituto Cultural (IC) vai conceder subsídios a entidades que organizem eventos em celebração do chamado “Duplo Aniversário”, ou seja, os 75 anos da Implantação da República Popular da China e o 25.º aniversário da transferência de administração portuguesa de Macau para a China. As candidaturas para os apoios, concedidos pelo Fundo de Desenvolvimento da Cultura (FDC), arrancam hoje e duram até ao dia 19 deste mês. Podem concorrer associações formadas até 31 de Dezembro de 2023 que apresentem ideias “nas áreas das artes e da cultura”, com actividades como “espectáculos e actuações culturais e artísticas, realização de exposições, feiras, concursos e actividades festivas do património cultural intangível”. Haverá também espaço para extensões desses eventos ao nível da produção audiovisual, cinematográfica, televisiva, de animação, realização de palestras ou cursos de formação e de seminários, bem como publicações de livros e periódicos. O limite máximo do subsídio é de 500 mil patacas, dependendo a concessão do montante do tipo de actividade. O orçamento global para este plano de subsídios é de 25 milhões de patacas. O apoio financeiro dura entre os dias 2 de Julho e 31 de Dezembro deste ano, sem prorrogação, pelo que, segundo o IC, “o projecto deve estar concluído até 31 de Dezembro de 2024”.
Hoje Macau EventosIC | Criada plataforma de livros electrónicos “Lendebook” O Instituto Cultural (IC) decidiu apostar na leitura digital e criar uma nova plataforma de livros electrónicos. Trata-se da “Lendebook”, onde se encontram disponíveis sobretudo publicações em chinês tradicional, incluindo obras de ficção literária, livros sobre parentalidade, educação infantil, divulgação científica, gestão de negócios, arte e design. A plataforma contém cerca de 12.000 livros electrónicos de diferentes géneros, “proporcionando a residentes uma experiência de leitura online simples e acessível”, descreve o IC, em comunicado. Os utilizadores podem aceder à “Lendebook” através de uma aplicação com o mesmo nome ou do website da Biblioteca Pública para ler as obras disponíveis online. O acesso pode também ser feito através da plataforma da “Conta Única”. Na “Lendebook” podem ser requisitados até cinco livros de uma só vez, por um período máximo de sete dias. Uma vez expirado este prazo, os livros electrónicos são devolvidos automaticamente, evitando assim que o leitor incorra em multas de devolução em atraso. A aplicação permite também visualizar o “histórico de empréstimos” para que os utilizadores possam consultar os livros electrónicos já requisitados e devolvidos. Além da nova plataforma, o IC, através da Biblioteca Pública, tem ainda à disposição uma série de recursos para leitura online, nomeadamente a “OverDrive eBooks”, com obras sobretudo em português e inglês e as plataformas de audiolivros chineses “jinfm”, “udn Library” e “iRead eBook”. Todas podem ser utilizadas gratuitamente, bastando para isso iniciar sessão com uma conta de leitor da Biblioteca Pública.
Hoje Macau EventosTim Ip convidado para dar palestra sobre estética em Macau Tim Ip, director de arte de teatro e cinema conhecido internacionalmente, é o nome convidado pelo Instituto Cultural (IC) para dar uma palestra sobre estética no próximo dia 20 de Maio a partir das 19h30 no pequeno auditório do Centro Cultural de Macau (CCM). O evento, intitulado “Palestra sobre Estética – Três Modelos de Futuro”, integra-se no leque de actividades do “Mês de Promoção Cultural”. Na sessão, Tim Ip, que é também designer de moda, irá partilhar “a estética oriental com o público”, descreve o IC, em comunicado. Tim Yip tem vindo a explorar e desconstruir o conceito estético do “Novo Orientalismo”, interpretando a cultura antiga como um meio de inspirar o futuro. Ao longo dos anos, tem organizado exposições individuais e palestras em diferentes regiões. As suas criações abrangem áreas tão diversificadas como o cinema, o teatro, a arte contemporânea e a literatura, tendo passado pela China, Áustria, França, Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, Japão e Israel. Na palestra, o professor Yip irá apresentar, através dos “Três Modelos de Futuro”, obras artísticas suas de diferentes fases e multidimensões, bem como o contexto de desenvolvimento da criação artística e a extensão do seu pensamento. Prémios no cinema Tim Yip já foi bastante premiado pelo trabalho desenvolvido na área do cinema, tendo ganho um óscar para “Melhor Direcção de Arte” pelo filme “Crouching Tiger, Hidden Dragon”, tendo obtido também o prémio da Academia Britânica de Cinema e Televisão para Melhor Design de Guarda-roupa. Desta forma, tornou-se no primeiro artista chinês a obter estas distinções. O artista participou ainda em outras produções cinematográficas como artista de arte, coordenador do guarda-roupa ou director artístico, nomeadamente “A Better Tomorrow”, “Rouge”, “Red Cliff”, “The Banquet” e “FengShen Trilogy”, tendo conquistado vários prémios internacionais. As inscrições para a palestra arrancaram na terça-feira, podendo ser feitas através da plataforma da Conta Única. A língua utilizada na palestra será o cantonense, existindo tradução em simultâneo para português. As inscrições terminam amanhã.
João Santos Filipe PolíticaIC vai lançar portal online com roteiro do património cultural Até ao final do ano, o Instituto Cultural (IC) planeia abrir um portal online com um roteiro do património cultural do território. A revelação foi feita pela presidente do IC, Deland Leong Wai Man, em resposta a uma interpelação do deputado Ho Ion Sang. “Em 2024, o IC irá criar uma página electrónica dedicada ao ‘Roteiro Temático do Património Cultural’ a qual abrangerá o conteúdo do ‘Roteiro de Passeio pelos Pontos Históricos da Rota da Seda Marítima de Macau’, permitindo ao público ter acesso a informações sobre visitas guiadas a vários locais arqueológicos”, foi garantido. Na interpelação, Ho pretendia que o Governo explicasse se “vai ponderar a criação de itinerários arqueológicos”, além de “reforçar a educação sobre o património cultural e criar novos elementos históricos e culturais”, de forma a promover o “desenvolvimento do turismo”. O deputado pretendia também que o Governo contasse se tinha planos para desenvolver a exposição online sobre os canhões antigos que têm sido recuperados ao longo dos anos em Macau. Na perspectiva do deputado, a “atractividade” do portal “é limitada”. Em resposta, Deland Leong não prometeu mudanças ao portal, mas garantiu que as informações sobre os canhões são “actualizadas de modo contínuo”, desde 2020. No portal podem encontrar-se as informações sobre os canhões em causa, assim como os trabalhos de restauro. Desde 2020 foram encontrados, pelo menos, cinco canhões em estaleiros de obras, o mais recente na Rua do Comandante João Belo, com cerca de 1,38 metros de comprimento. Arqueologia por aí Ainda no que diz respeito ao desenvolvimento do turismo, principalmente nos bairros residenciais, o Governo indica estar a apoiar as associações a criar novos roteiros e pontos de interesse. “O Governo da RAEM tem vindo a estimular o desenvolvimento do turismo nos bairros comunitários no que diz respeito a vários aspectos. Inclusivamente, a DST lançou o Programa de Apoio Financeiro para o Turismo Comunitário ‘Viajar por Macau’ para o ano de 2024”, foi garantido pela governante. Entre estas iniciativas, o Governo realça “visitas a locais arqueológicos recuperados”, dando apenas o exemplo da “Antiga Farmácia Chong Sai”, que fica situada a cinco minutos, a pé, das Ruínas de São Paulo.
Andreia Sofia Silva PolíticaInstituto Cultural acusado de não responder a conselheiros O Instituto Cultural (IC) ainda não respondeu às críticas apresentadas por dois conselheiros numa reunião em Fevereiro do Conselho Consultivo dos Serviços Comunitários da Zona Central, relativamente aos impactos negativos das celebrações do Ano Novo Chinês na zona das Ruínas de São Paulo. O jornal Cheng Pou analisou os documentos da reunião e verificou a ausência de respostas das autoridades cerca de dois meses depois da reunião. Um dos conselheiros que apresentou queixas foi Au Weng Hei, que, no encontro, acusou o IC de não avaliar bem o impacto destas actividades antes da sua aprovação. O conselheiro disse ainda que as autoridades devem evitar perturbar os moradores com espectáculos de rua, dando também o exemplo do concerto da banda “Seventeen” no Estádio de Macau, na Taipa. O conselheiro frisou que a realização do concerto nas Ruínas de São Paulo e a instalação do palco reduziram o espaço de circulação, além de que foi deixado bastante material eléctrico na zona, o que poderia ter causado problemas de segurança. Outro conselheiro que interveio na reunião de Fevereiro foi Chang Ka Wa, que alertou para a necessidade de revitalização da antiga casa de penhores na Rua Cinco de Outubro e do portão do antigo mercado na Rua do Tarrafeiro. Só ID respondeu O HM consultou a documentação das reuniões do Conselho Consultivo dos Serviços Comunitários da Zona Central, e verificou que a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego não respondeu aos dois conselheiros quando estes sugeriram a melhoria das infra-estruturas de circulação pedonal e a elaboração de um plano rodoviário para melhorar o sistema de transportes durante grandes eventos e concertos. Apesar das críticas e da reunião ter ocorrido há cerca de dois meses, os regulamentos permitem ainda às autoridades dar uma resposta aos conselheiros. Apenas o Instituto do Desporto deu respostas sobre a perturbação causada pelo concerto dos Seventeen.
João Santos Filipe Manchete PolíticaIC | Deland Leong realça existência de linhas vermelhas intoleráveis Após ter censurado nudez, linguagem obscena e conteúdos transexuais, a presidente do IC diz que não há temas proibidos na programação da agenda cultural da cidade. Quanto aos pedidos de guiões para aprovação prévia, foram justificados com segurança e ordem públicas Depois de ter adaptado conteúdos artísticos e cancelado espectáculos devido a nudez, linguagem obscena e conteúdos transexuais, a presidente do Instituto Cultural (IC) negou que haja temas proibidos na agenda cultural do território. As declarações foram prestadas por Deland Leong Wai Man, à margem do Festival Internacional de Curtas-Metragens de Macau, organizado pelo IC. “Penso que esses temas [com nudez, linguagem obscena e conteúdos transexuais] foram abordados anteriormente em espectáculos e não houve problema”, começou por dizer Deland Leong, citada pelo Canal Macau da TDM. A responsável admitiu ainda existirem linhas vermelhas nos eventos organizados pelo IC, que justificam que o organismo solicite antecipadamente os guiões dos espectáculos realizados no território e organizados pelo IC. “A nossa linha vermelha está, talvez, traçada em conteúdos que ameaçam a segurança da sociedade no seu todo ou a ordem pública”, acrescentou, sem mais detalhes. Por explicar ficou igualmente o facto de o IC ter obrigado o cancelamento de um espectáculo com linguagem obscena e conteúdos transexuais que tinha sido autorizado no Interior. Nas declarações de sexta-feira, Leong Wau Man respondeu também à preocupação mostrada por Miguel de Senna Fernandes, um dos fundadores do grupo de patuá Dóci Papiaçám, sobre o facto de o guião da sua mais recente peça incluída no cartaz do Festival de Artes de Macau ter sido pedido de antemão, o que aconteceu pela primeira vez. “Por exemplo, no teatro dos Dóci Papiaçám, o sarcasmo é um dos elementos habituais presentes no conteúdo. Por isso, vamos aceitá-lo”, concedeu. “Seleccionámos qualquer tipo de projecto, quer seja para o Festival de Artes de Macau, o Festiva Fringe ou festivais de cinema, mas precisamos de conhecer o guião e o conteúdo do espectáculos”, justificou. Cancelamentos e alterações Em Janeiro, o espectáculo Made By Beauty foi cancelado pelo IC do Festival Fringe devido a cenas de nudez, ao contrário do que aconteceu no Interior, onde o espectáculo foi permitido. Antes deste cancelamento, tinha havido um outro, de uma peça relacionada com suicídio. “The Morning As Usual” era um projecto da associação Artistry of Wind Box Community Development Association [Associação de Desenvolvimento das Artes Comunitárias Windy Box] e durante dois dias devia ter levado a plateia a pensar sobre a questão do suicídio, um dos principais problemas sociais do território. A peça acabou cancelada devido à polémica do tema. No mês passado, em declarações ao HM, também o coreógrafo Victor Hugo Pontes admitiu que o espectáculo de dança contemporânea “Os Três Irmãos”, que vai ser exibido no Festival de Artes, foi adaptado para corresponder às exigências do IC para esconder cenas de nudez.
João Luz Manchete SociedadeCultura | IC diz ser normal Governo alterar conteúdos de espectáculos Como o Governo convida artistas para actuar em Macau, pode negociar o conteúdo e alterar os espectáculos para os adequar ao público local. Foi desta forma que a presidente do Instituto Cultural respondeu a acusações de censura na programação de festivais artísticos, depois de vários casos terem vindo a público A presidente do Instituto Cultural (IC), Deland Leong Wai Man, considera que o Governo pode negociar o conteúdo de obras apresentadas nos festivais artísticos de Macau, enquanto entidade organizadora que convida artistas e companhias para actuar no território. Foi desta forma que a responsável máxima do IC respondeu a acusações de censura na programação de Festival de Artes de Macau. Em declarações à margem da Parada Internacional de Macau, que se realizou no domingo, Deland Leong Wai Man disse acreditar que o conteúdo das obras interpretadas nos festivais pode ser negociado, uma vez que os artistas são convidados pelas autoridades. Nestas negociações para alterar o conteúdo dos espectáculos, a presidente do IC garante que o respeito mútuo entre autoridades e artistas, assim como o gosto do público, são factores essenciais. As declarações da responsável, citadas pelo canal chinês da Rádio Macau, surgiram na sequência da publicação no All About Macau de um artigo em que Jenny Mok, directora da Associação de Arte e Cultura Comuna de Pedra, afirma que um espectáculo da companhia que dirige foi retirado do programa do ano passado do Festival de Artes de Macau sem uma explicação clara das autoridades para tal. Sensibilidade local Como o HM noticiou, um dos espectáculos que consta da programação do Festival de Artes de Macau deste ano foi alterado a pedido do IC. “Os Três Irmãos”, um espectáculo de dança contemporânea, com coreografia de Victor Hugo Pontes e texto de Gonçalo M. Tavares, foi “adaptado” para caber nos critérios do IC. “Uma das cenas de intimidade é quando tomam banho juntos e se lavam uns aos outros. Nesta versão de Macau não existe nudez integral. Essa parte terá de ser adaptada”, indicou o coreógrafo ao HM. “Penso que existe uma quota para nudez nos espectáculos e, no nosso caso, essa quota já tinha sido ultrapassada. Parece que tem de ser feita uma certa gestão em todos os espectáculos em que há nudez. Acredito que tenha a ver com a questão cultural, extremamente forte, em que a nudez não é ainda um lugar-comum e que, para não criar demasiados constrangimentos entre a plateia e a programação, tenham de fazer uma certa selecção”, acrescentou. No início do ano, o espectáculo “Feito pela Beleza”, da companhia Utopia da Miss Bondy, foi cancelado pelo IC e retirado da programação do último Festival Fringe. Por essa ocasião, Deland Leong Wai Man afirmou que o cancelamento se ficou a dever ao facto de o conteúdo do espectáculo ser “divergente” face ao que foi apresentado na fase de candidatura ao festival. O espectáculo burlesco foi cancelado depois de ter sido exibido um vídeo com “drag queens” nas redes sociais, apesar de ter a classificação para maiores de 18 anos e de apresentar a advertência de conter “linguagem obscena e nudez que poderia ofender a sensibilidade de alguns espectadores”. A mesma peça entrou no cartaz do Festival de Teatro de Shekou, que se realizou entre Outubro e Novembro do ano passado na cidade vizinha de Shenzhen.
Hoje Macau EventosFringe | IC aceita trabalhos para exposição até dia 12 Quem estiver interessado em apresentar trabalhos artísticos na “Exposição de Arte para Todos” pode submetê-los até esta sexta-feira junto do Instituto Cultural (IC). De frisar que esta mostra integra-se no cartaz da 22.ª edição do Festival Fringe da Cidade de Macau, que decorre entre os dias 17 e 28 deste mês, sendo que a “Exposição de Arte para Todos” estará patente ao público entre os dias 17 e 22 de Janeiro na antiga Fábrica de Panchões Iec Long e de 23 a 28 de Janeiro no Parque Urbano da Areia Preta, perto do Centro de Saúde. O festival Fringe apresenta este ano um total de 17 espectáculos e uma série de actividades do Festival Extra. Esta exposição pretende dar resposta ao mote “Todos ao redor da Cidade, os nossos palcos, os nossos espectadores, os nossos artistas”. Além de poderem submeter os seus trabalhos junto do IC, os interessados podem ainda criar as suas obras artísticas nos dois locais de exposição. Segundo uma nota do IC, nos locais da exposição haverá “uma zona criativa para permitir que o público possa manifestar o seu potencial criativo de forma improvisada, promovendo a ideia de que todos podem ser artistas”. Destaque ainda para a realização, nos dias 13 e 14 deste mês, de três sessões da iniciativa “Workshops Criativos para Todos”, nomeadamente o “Workshop Criativo de Plasticina para Crianças”, “Workshop Criativo de Carpintaria para Famílias” e o “Workshop Criativo de Electrónica”. Os trabalhos produzidos nos workshops podem ser expostos na “Exposição de Arte para Todos”.
Hoje Macau PolíticaCultura | Cheong Kin Hong continua a presidir a fundo O Governo decidiu manter Cheong Kin Hong como presidente do Conselho de Administração do Fundo de Desenvolvimento da Cultura por mais um ano. Segundo um despacho publicado ontem em Boletim Oficial (BO), assinado por Ho Iat Seng, Chefe do Executivo, a renovação para um novo mandato entra em vigor no dia 1, sendo este desempenhado a tempo parcial, recebendo Cheong Kin Hong um salário correspondente ao índice 660 da tabela indiciária da função pública, bem como demais regalias associadas ao desempenho de um cargo de gestão. Relativamente ao Conselho de Administração do Fundo de Desenvolvimento da Cultura, foi renovada a comissão de serviço de Chan Ka Io, na qualidade de membro, por mais um ano. Esta renovação entra em vigor a 19 de Janeiro, sendo que Chan Ka Io vai desempenhar funções a tempo inteiro. Para o Conselho Fiscal do mesmo Fundo, foram ainda renovados os mandatos de Tong Io Cheng, no cargo de presidente, Rebeca Vong, representante da Direcção dos Serviços de Finanças, e ainda Vong Hou Piu. Estas renovações produzem efeitos a partir de 1 de Janeiro.
Hoje Macau Manchete SociedadeTurismo | Programa “Uma Base Cultural” inclui fado no Teatro D. Pedro V O Instituto Cultural anunciou ontem o programa “Uma Base Cultural”, composto por espectáculos e iniciativas culturais organizados em parceria com as operadoras de jogo e que decorrem em diversos pontos do território. Destaque para a realização, entre Janeiro e Fevereiro, de noites de fado no Teatro D. Pedro V, iniciativa que poderá tornar-se permanente Foi ontem anunciado pelo Instituto Cultural (IC) o programa para os meses de Inverno que inclui a realização de espectáculos e diversas iniciativas artísticas em vários locais do território. Em parceria com as seis operadoras de jogo, “Uma Base Cultural” inclui, para já, um total de 25 eventos, e segundo a Lusa, o programa integra noites de fado. Entre os dias 19 de Janeiro e 11 de Fevereiro dois fadistas portugueses, Bárbara Santos e Tiago Correia, cantam fado num projecto que pode tornar-se permanente, anunciou ontem a directora do IC. Os fadistas irão actuar no histórico Teatro D. Pedro V todas as sextas, sábados e domingo, durante quatro semanas, disse Leong Wai Man em conferência de imprensa. Antes de se cantar o fado, os espectadores vão poder provar “vinho e petiscos portugueses”, numa combinação de música e gastronomia para criar “uma experiência completa, uma noite especial”, explicou. Leong afirmou também que o IC vai colaborar com agências de viagens para vender aos turistas pacotes de bilhetes para estes espectáculos, que podem “mostrar que Macau é diferente das outras regiões chinesas”. A governante sublinhou que o projecto pretende “aproveitar as vantagens e singularidades de Macau”, começando pelo Teatro D. Pedro V, “um espaço patrimonial com significado histórico”, por ser o primeiro teatro de estilo ocidental na China. Embora as noites de fado sejam “um projecto a título experimental”, cujo impacto será revisto após ter terminado, a dirigente garantiu que o objectivo é “ter actuações de marca permanentes”. Leong acrescentou que os espectáculos poderão ser alargados a outros locais e edifícios do centro histórico de Macau, considerado Património Mundial pela Organização da ONU para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). “Este é um projecto a que damos grande importância, porque queremos construir Macau como uma base cultural entre a China e os países de língua portuguesa”, disse. Inverno cultural As noites de fado são um dos 25 eventos que constam do programa de Inverno “Uma Base Cultural”, agora apresentado pelo IC, em colaboração com as seis concessionárias de casinos. O programa inclui um concerto de passagem de Ano Novo, que irá terminar com a actuação da cantora e compositora franco-brasileira Lia Sophia, a partir das 22h de 31 de Dezembro, na praça do Lago Sai Van. Na mesma noite, as Casas Museu da Taipa vão acolher gastronomia, música e dança, tendo “como mote a integração de várias culturas,”, disse Leong Wai Man, que destacou o envolvimento das comunidades com raízes na Austrália, Filipinas, Indonésia, Myanmar (antiga Birmânia) e Vietname. Outro dos destaques, é o pianista japonês Makoto Ozone, de 62 anos, descrito pelo IC como “uma lenda do jazz” e nomeado em 2002 para um Prémio Grammy na categoria “Best Classical Crossover Album” (‘Melhor Álbum Clássico Transversal’). Leong Wai Man sublinhou que o concerto de Makoto Ozone com a Orquestra de Macau irá situar-se precisamente nesse cruzamento de sons, que “reúne jazz e música clássica”.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadePatrimónio | Criado museu junto às Ruínas de S. Paulo O Governo vai construir o Museu do Património Mundial de Macau nos números 16 a 22 da rua D. Belchior Carneiro, e que irá incluir os vestígios arqueológicos existentes no local. Segundo um comunicado oficial, o projecto foi ontem apresentado em sede de reunião do Conselho do Património Cultural, tendo uma área de 7600 metros quadrados. O futuro museu vai ter salas de exposições e de leitura, um armazém de colecções, um auditório e salas multifuncionais, prevendo-se ainda a construção de uma passagem superior que ligue esta infra-estrutura ao Museu de Macau, localizado junto à Fortaleza do Monte. Leong Wai Man, presidente do Instituto Cultural, disse ainda que o projecto será alvo de melhorias no próximo ano. Segundo o comunicado, “os membros do Conselho expressaram a sua emoção no que diz respeito ao plano e apresentaram sugestões sobre o conteúdo do Museu e o design da respectiva fachada, esperando também que as instalações circundantes possam ser planeadas de forma a facilitar a visita de residentes e turistas”. Para o IC, o projecto pretende chamar a atenção para o facto de o Centro Histórico de Macau já se encontrar inscrito na lista do Património Mundial da UNESCO há mais de dezoito anos. A ideia é “proteger e valorizar melhor o património mundial” do território, tendo em conta as consultas feitas “à experiência e trabalhos de salvaguarda do património mundial do Interior da China e do estrangeiro”.
Hoje Macau SociedadeDezenas de artistas manifestam-se contra aviso do Governo Dezenas de artistas, associações culturais e companhias teatrais publicaram uma carta aberta contra o aviso enviado pelo Fundo de Desenvolvimento da Cultura, plataforma de financiamento gerida pelo Instituto Cultural (IC). As signatárias da missiva incluem o Grupo de Teatro Experimental “Pequena Cidade”, Brotherhood Art Association, Associação de Arte e Cultura —“Comuna de Pedra”, Rota Artes Associação, Associação de Irmandade de Teatro Criativo, Estúdio de Arte de PO, Theatre Styles Theatre, entre outros. Segundo a carta, divulgada nas redes sociais, o IC enviou emails a diversas entidades a avisar que devem “evitar incluir nas criações [artísticas] elementos impróprios [considerados] indecentes, [como] a violência, pornografia, obscenidade, jogos de azar, insinuações ou violação dos direitos de outras pessoas”, “a fim de evitar o cancelamento do subsídio”. Os signatários da carta dizem-se “muito preocupados com este aviso” e apontam que já existe a Comissão de Classificação Etária de Espectáculos e Exibições Públicas de Filmes Realizados em Macau, “que visa proteger o público de conteúdos impróprios e distinguir se uma obra é ou não adequada para ser vista [por pessoas de determinadas faixas etárias]”. “Será ainda necessário impor uma restrição generalizada às obras que não contenham nenhum dos elementos inadequados acima referidos? Sugerimos que se respeite a existência das comissões para que o público possa escolher, por si, quais as obras adequadas para assistir”, acrescenta-se. Mães de Bragança Segundo a TDM Canal Macau, o aviso enviado pelo IC prende-se com queixas feitas por encarregados de educação de alunos menores de idade relativamente à realização de peças de teatro com conteúdo “indecente” onde foi permitida a entrada de crianças, disse a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U. A governante disse que não é intenção do Executivo restringir conteúdos, mas que, ao mesmo tempo, não pode apoiar ou incentivar projectos culturais que contenham “palavrões” ou causem “mau estar ao público”. Na carta assinada pelos artistas refere-se também que a inclusão de “elementos inadequados” não é sinónimo de que estes “sejam defendidos” pelos artistas e entidades. “Muitas vezes os artistas apresentam elementos impróprios de uma forma genuína e directa, com o objectivo de explorar fenómenos sociais, valores culturais e experiências humanas.” Os signatários temem que a “aplicação demasiado rigorosa” das restrições resulte “num impacto negativo” ao nível das indústrias das artes e espectáculo, audiovisual e cinema. “Sugerimos que o fundo reforce o seu mecanismo de comunicação com o sector e reúna com os responsáveis [de associações]. Assim, poderemos compreender melhor as suas preocupações quanto aos ‘elementos inadequados’ e explorar, de forma conjunta, a forma de manter a liberdade criativa e, ao mesmo tempo, proteger o público”, rematam.
Hoje Macau SociedadeEdifícios históricos | Lançado plano de apoio financeiro O Instituto Cultural (IC) vai lançar um apoio financeiro, que conta com um orçamento de 20 milhões de patacas, para apoiar os proprietários na revitalização de edifícios históricos. Segundo a TDM Rádio Macau, a informação foi avançada pela própria presidente do IC, Leong Wai Man, no âmbito de uma reunião do Conselho do Património Cultural. Haverá no território cerca de 600 prédios com valor histórico e, segundo Chan Ka Io, administrador do Fundo de Desenvolvimento da Cultura, o apoio aos projectos de recuperação não pode ser superior à metade do custo total das obras. Na reunião de ontem, foi também dado apoio à proposta de revitalização da Casa da Família Chio, situada na avenida de Almeida Ribeiro. Leong Wai Man afirmou que parte do edifício já foi adquirida pelo Executivo por oito milhões de patacas, enquanto a outra parte do prédio, por estar num terreno público, reverteu para a Administração. O grande objectivo a atingir com a revitalização da Casa da Família Chio é dar mais destaque cultural e turístico junto à avenida Almeida Ribeiro.
Hoje Macau EventosArte Macau 2023 | Quatro propostas exibidas em Setembro Já são conhecidos os quatro projectos artísticos que fazem parte da edição deste ano da “Arte Macau: Bienal Internacional de Arte de Macau 2023”, evento que acontece este Verão. Assim, a equipa de curadoria seleccionou “The Revelations for X”, um projecto, ainda com título provisório, da autoria de MyLand Culture; “O Tufão do Destino”, da autoria de ARTE YIIMA; “Sincronicidade — Topologia da Mente”, da autoria da Alice Kok; e “O Segredo da Flor de Ouro”, da autoria da Chang Chan. Após a realização da Arte Macau 2023, estes projectos “repletos de imaginação e fantasia”, conforme descreve o Instituto Cultural (IC), estarão expostos em quatro mostras por um período não inferior a oito semanas entre os meses de Setembro e Novembro. A ideia desta iniciativa visa, entre outros objectivos, “estimular a inovação e promover o desenvolvimento da arte contemporânea”, sendo que, para esta edição da Arte Macau 2023, o tema é “A Estatística da Fortuna”. Foram apresentadas 28 propostas, com a avaliação inicial dos curadores a ser realizada a 31 de Maio por nomes como Susanna Un, directora do Museu de Arte de Macau e Qiu Zhujie, curador principal da Arte Macau 2023 e vice-director da Academia Central de Belas Artes, entre outras figuras da arte local, onde se inclui o artista James Wong. A 17 de Junho foram seleccionadas as quatro propostas agora divulgadas.
Andreia Sofia Silva Manchete PolíticaIC / Cinema | Novas regras de apoio incluem segurança nacional Os trabalhos cinematográficos e televisivos submetidos ao Instituto Cultural para obtenção de financiamento do Fundo de Desenvolvimento da Cultura vão ter de respeitar matérias como a segurança nacional e crenças locais, passando este a ser um critério na hora de aprovar os projectos. A realizadora Tracy Choi desvaloriza potencial controlo A nova lei relativa à defesa da segurança do Estado entrou esta terça-feira em vigor e, no mesmo dia, o Instituto Cultural (IC) anunciou novas regras para a submissão de projectos cinematográficos e televisivos a financiamento do Fundo de Desenvolvimento da Cultura. Segundo a TDM Rádio Macau, os conteúdos a concurso deverão respeitar matérias como a segurança nacional e as crenças locais, adiantou Hoi Kam Un, chefe de departamento do referido fundo. A informação foi avançada no âmbito de uma conferência de imprensa do Conselho Consultivo para o Desenvolvimento Cultural, onde foi anunciado que este ano haverá dois planos de financiamento ao sector audiovisual, um para filmagens feitas em Macau, com um orçamento total de 12 milhões, com um limite individual de financiamento de dois milhões, e outro para a divulgação e distribuição dessas obras, com um orçamento de 2,5 milhões de patacas, 250 mil por pessoa. O orçamento global dos dois planos de financiamento é de 14,5 milhões de patacas. Ao HM, Tracy Choi, uma das mais conhecidas realizadoras da nova geração, desvaloriza o risco de controlo excessivo dos conteúdos audiovisuais apresentados a concurso, por grande parte dos projectos incidirem mais sobre as áreas da cultura e entretenimento e não tanto a política. “O Governo disse que não vai controlar os conteúdos [submetidos], mas claro que alguns dos projectos podem não estar de acordo [com as regras]. Mais do que a questão da lei [da segurança nacional] em si, penso que não haverá um grande controlo, especialmente porque o fundo permite que empresas de fora concorram ao financiamento e teremos uma maior de conteúdos sobre a área do entretenimento.” Convites de fora Leong Wai Man, presidente do IC, referiu ainda que a ideia deste programa de financiamento é atrair realizadores e cineastas do exterior para que possam filmar em Macau, a fim de contribuir para uma maior aprendizagem e assimilação de experiências da parte dos realizadores locais no contacto com as equipas de outros países. A presidente do IC disse ainda que as indústrias televisiva e cinematográfica são um dos rumos do Governo no que diz respeito ao desenvolvimento do sector cultural. Tracy Choi considera que os dois planos de financiamento ontem apresentados são positivos para o sector. “O primeiro plano inclui o financiamento para que os realizadores do exterior venham a Macau e usem o território como cenário para as suas filmagens, com as empresas locais a apoiá-los nos projectos. Desse ponto de vista é uma boa oportunidade para os profissionais locais, e a indústria vai obter maior experiência, lidando com diferentes equipas.” A realizadora destaca também o apoio financeiro para facilitar a distribuição de filmes locais. “Em dez anos começaram a surgir no território muitas produções independentes, mas muitos dos filmes de Macau não podem ser vendidos ou distribuídos noutros países, nem mesmo na China. Por isso penso que este plano de financiamento vai trazer mais oportunidades para as distribuidoras e fazer com que o cinema de Macau seja mais visto noutros locais”, concluiu.
Hoje Macau EventosIC | Publicada colecção “Património de Macau 2023” O Instituto Cultural (IC) acaba de editar a colecção de obras intitulada “Património de Macau 2023”, uma actualização dos conteúdos já editados na colecção “Património de Macau 2021”, tendo em conta o aumento do número dos bens imóveis classificados de Macau nos últimos anos. Assim, a nova colecção integra a totalidade dos 159 bens imóveis classificados de Macau, entre os quais se incluem 69 monumentos, 53 edifícios de interesse arquitectónico, 12 conjuntos e 25 sítios, com vista a aprofundar e a promover os conhecimentos da população sobre o valor dos bens imóveis classificados de Macau. Em “Património de Macau 2023”, cada edifício incluído “tem uma introdução sumária sobre a história, as características arquitectónicas e os aspectos mais relevantes de cada item, devidamente ilustrados com belas imagens que reforçam o interesse da leitura”. Esta colecção de livros surge compilada em quatro volumes independentes, com base nos diferentes tipos de bens imóveis classificados acima referidos. Cada um dos volumes é escrito em chinês e português. A colecção de livros está disponível gratuitamente no edifício sede do IC ou nas bibliotecas públicas do IC.
João Luz Manchete SociedadeExposição / Ruínas | Historiador ganhou 800 mil patacas como consultor O historiador e membro de vários conselhos consultivos do Governo, Ieng Wen Fat, recebeu 800 mil patacas, por ajuste directo, para apresentar o estudo que esteve na génese “Visitando as Ruínas de S. Paulo no Espaço e no Tempo – Exposição de Realidade Virtual nas Ruínas de S. Paulo”. Apesar da falta de rigor histórico, o IC defende as credenciais do historiador O estudo que esteve na base para a concepção da exposição “Visitando as Ruínas de S. Paulo no Espaço e no Tempo – Exposição de Realidade Virtual nas Ruínas de S. Paulo” custou aos cofres públicos 800 mil patacas. O vencimento foi pago ao historiador Ieng Wen Fat, que é membro do Conselho Consultivo para o Desenvolvimento Cultural, Conselho do Património Cultural e Conselho Consultivo para os Assuntos Municipais. Ieng Wen Fat é descrito no website da Universidade de Macau como um académico especialista em arquitectura histórica de Macau, contando no currículo com trabalhos como “Research on Macau Urban Architecture in Ming and Qing Dynasties” e a história da Associação Comercial de Macau. O historiador foi o escolhido como adjudicatário, por ajuste directo, para prestar “serviços ao Instituto Cultural para o estudo do Colégio de S. Paulo e consultadoria na reconstrução do modelo arquitectónico”. Os prazos de execução e prestação dos serviços decorreram entre Setembro de 2021 e Dezembro de 2022, avançou ontem o jornal All About Macau. O Instituto Cultural (IC) explica que a adjudicação foi feita tendo em conta “a experiência prática e única” do candidato na matéria relevante, assim como o facto de ser um académico versado na história de Macau, com trabalho publicado sobre a arquitectura do Colégio de S. Paulo e a Antiga Alfândega no Pátio do Amparo. “Como tal, o professor Ieng Wen Fat é um conhecido e reputado perito e académico de Macau na área da arquitectura histórica”, indicou o IC ao All About Macau. Foram estas credenciais que valeram ao historiador a adjudicação para fazer um estudo que esteve na base da reconstrução da Igreja da Madre de Deus e que, segundo o IC, não será publicado. Gota no oceano A exposição, cuja segunda fase foi inaugurada na semana passada, motivou algumas críticas em relação ao rigor da reconstrução virtual das características históricas da antiga Igreja da Madre de Deus, antes de ter sido destruída por um incêndio. Uma das críticas veio da paróquia de São Lázaro que argumentou na conta de Facebook do IC que o altar reproduzido na simulação jamais poderia estar numa igreja anterior à segunda metade do século XX, pois este só passou a ser uma realidade “depois do Concílio Vaticano II” na década de 1960. Em declarações ao HM, o IC explicou que a “produção da presente exposição virtual, integrando tecnologias de simulação avançadas, como modelos tridimensionais, autoestereoscopia, realidade virtual e realidade aumentada, reconstrução de imagem de RV, concepção e produção de programas, bem como todos os equipamentos de hardware relacionados com a exposição, teve um custo de cerca de 8,8 milhões de patacas”. A esta despesa juntou-se a factura relativa aos “trabalhos de montagem e decoração do espaço da exposição”, que “custaram cerca de 1,1 milhões de patacas”.
João Luz Manchete SociedadeRealidade virtual | Exposição das Ruínas de S. Paulo custou 9,9 milhões A produção da mostra “Visitando as Ruínas de S. Paulo no Espaço e no Tempo – Exposição de Realidade Virtual nas Ruínas de S. Paulo” custou 8,8 milhões de patacas, enquanto a decoração e montagem do espaço ficou por 1,1 milhões. Quanto ao rigor histórico, o IC espera “aperfeiçoar de forma contínua” a exposição, com o contributo de “pessoas e entidades” A exposição “Visitando as Ruínas de S. Paulo no Espaço e no Tempo – Exposição de Realidade Virtual nas Ruínas de S. Paulo” custou aos cofres públicos quase 10 milhões de patacas. A “produção da presente exposição virtual, integrando tecnologias de simulação avançadas, como modelos tridimensionais, autoestereoscopia, realidade virtual e realidade aumentada, reconstrução de imagem de RV, concepção e produção de programas, bem como todos os equipamentos de hardware relacionados com a exposição, o custo é de cerca de 8,8 milhões de patacas”, revelou o Instituto Cultural (IC) ao HM. A esta despesa juntou-se a factura relativa aos “trabalhos de montagem e decoração do espaço da exposição”, que “custaram cerca de 1,1 milhões de patacas”. A exposição, cuja segunda fase é inaugurada hoje, motivou algumas críticas em relação ao rigor da reconstrução virtual das características históricas da antiga Igreja da Madre de Deus, antes de ter sido destruída por um incêndio. Uma das críticas foi da paróquia de São Lázaro que argumentou na conta de Facebook do IC que o altar reproduzido na simulação jamais poderia estar numa igreja anterior à segunda metade do século XX, pois só passou a ser uma realidade “depois do Concílio Vaticano II” na década de 1960. Fazer o possível Entre outras incongruências históricas e factuais na reconstrução de edifícios e zona circundante às actuais Ruínas de São Paulo, a falta de fontes de informação e relatos históricos sobre a igreja constituíram desafios reconhecidos pelo IC. Neste aspecto, a entidade liderada por Deland Leong Wai Man indicou ao HM que entre as fontes consultadas para a exposição constam “materiais e a documentação do Boletim Eclesiástico da Diocese, documentos históricos chineses e estrangeiros, relatórios de escavações arqueológicas do Colégio de S. Paulo, bem como as respectivas pinturas históricas e obras académicas, entre outros dados recolhidos pela equipa de pesquisa”. Ainda assim, o IC reconhece as dificuldades na reconstrução da “Igreja da Madre de Deus do Colégio de S. Paulo, que desapareceu há cerca de duzentos anos, sendo bastante escassas as fontes históricas e os vestígios físicos que documentam a sua fisionomia original”. Com informações limitadas e dentro do prazo estabelecido, a equipa de produção tentou “reproduzir, tanto quanto possível, a fisionomia e o ambiente do espaço da Igreja, de forma digital e virtual, tendo em consideração a experiência de visualização do público e o efeito estético da exposição, por meios artísticos de modelação, coloração e composição”. O resultado foi um produto inacabado, que o Governo pretende que “seja sempre optimizado”, ao mesmo tempo que, para “enriquecer os efeitos visuais e os interesses da exposição digital, permitindo ao público ter uma experiência relativamente intuitiva em relação à imagem da Igreja”, “parte dos pormenores foram ajustados ligeiramente, tendo em conta o equilíbrio entre a realidade e a integridade da mesma”. Porém, tendo em conta que o conteúdo da exposição é para ser melhorado, o IC “espera que diferentes pessoas e entidades possam apresentar mais opiniões, documentação e sugestões, a fim de aperfeiçoar e optimizar, de forma contínua, o conteúdo da exposição”.
João Santos Filipe Manchete PolíticaPatrimónio | Classificação da Casa Comemorativa Sun Yat Sen equacionada A possibilidade de classificação do imóvel dota o Governo da RAEM de poderes para expropriar o proprietário, o Governo de Taiwan. Deland Leong, presidente do Instituto Cultural, afirmou que o mecanismo de expropriação nunca foi utilizado O Instituto Cultural (IC) propõe classificar a Casa Comemorativa Sun Yat Sen como imóvel protegido na categoria de monumentos. A novidade foi avançada ontem pela presidente do IC, Deland Leong, e da lista constam mais cinco imóveis, como a Casa da Família Chio, na Travessa da Porta, ou o Antigo Matadouro Municipal, na Rua de São Tiago da Barra. Com o início do processo de classificações, o Governo fica com poderes, à luz da Lei de Salvaguarda do Património Cultural para expropriar o proprietário, que em Setembro do ano passado era a empresa APHS Serviços de Viagem de Hong Kong, que tem sede em Singapura e é detida a 100 por cento pelo Conselho para os Assuntos do Interior de Taiwan. Como acontece nestes casos, a informação oficial apenas aponta que o edifício é propriedade de um privado. Com o processo de classificação em andamento, o Governo fica também com o direito de preferência sobre o imóvel, no caso de o proprietário decidir vendê-lo. Isto quer dizer que, no caso de o Governo de Taiwan acordar a venda do edifício a um terceiro, o Governo da RAEM pode adquiri-lo, desde que iguale o preço acordado. Sobre a possibilidade de haver uma expropriação, Deland Leong afirmou que esse mecanismo nunca foi utilizado. “Nós nunca aplicámos este artigo [da aquisição e expropriação]. Só numa situação muito especial é que podemos aplicá-la”, declarou a presidente. “Quanto aos edifícios, como o da Rua Silva Mendes [Casa Comemorativa Sun Yat Sen] e os outros cinco, já iniciámos os trabalhos de classificação e o tratamento vai ser igual ao do passado”, acrescentou. Deland Leong explicou igualmente que quando o Governo pretende ficar com um imóvel recorre à compra. “Normalmente aplicamos o artigo 41.º da lei sobre o direito de preferência. De acordo com esta lei é necessário consultar o Governo da RAEM para ver se o direito de preferência é exercido”, apontou. Venda equacionada A proposta de classificação do imóvel surge depois de em Setembro passado ter sido noticiado, na imprensa da Ilha Formosa, que o Governo de Taiwan estava a equacionar vender o imóvel, por temer que fosse expropriado. Na altura, os representantes de Taiwan em Macau enfrentavam dificuldades para renovar os vistos de permanência, por recusarem assinar uma carta de compromisso com o princípio ‘Uma China’. A questão foi, entretanto, ultrapassada. O imóvel tem cerca de 400 metros quadrados e estará avaliado em cerca de 30 milhões de patacas, de acordo com o jornal Liberty Times, que noticiou a possível venda. A Casa Comemorativa Sun Yat Sen foi construída em 1912, como residência de Lu Muzhen, primeira mulher do homem conhecido como o “Pai da China Moderna”. Apesar de Sun se ter divorciado da mulher em 1915, para casar com Soong Ching-ling, uma das três irmãs Soong e mais tarde uma das figuras em destaque no Partido Comunista Chinês, Lu e os filhos permaneceram na residência de Macau. Foi nesta habitação que Lu Muzhen morreu, em Setembro de 1952, então com 85 anos de idade. Desde 1958 que a casa recebeu o nome Casa Comemorativa Sun Yat Sen, e actualmente está aberta ao público, como museu, tendo em exibição livros, cartas, fotografias e pertences de Sun Yat Sen que mostram o caminho revolucionário para derrubar a Dinastia Qing e estabelecer a República da China. Matadouro e Casa Chio Na lista dos seis imóveis a serem classificados, constam ainda a Casa Chio ou o Antigo Matadouro Municipal. A Casa Chio foi construída em 1875, pelos membros desta família que são descendentes do clã imperial da Dinastia Song (960-1279) e se estabeleceram em Macau há mais de 300 anos. Os membros mais destacados são Zhao Yuanlu e Zhao Yunjing porque obtiveram resultados de destaque nos exames imperais chineses e foram elevados à categoria “Juren”, tendo contribuído para a educação imperial. Quanto ao Antigo Matadouro Municipal da Barra, foi inicialmente construído em 1873 e reconstruído depois entre 1916 e 1917. Actualmente, faz parte das instalações do Instituto para os Assuntos Municipais. A classificação é justificada com o “testemunho notável de vivências ou de factos históricos” e a “importância do imóvel do ponto de vista da investigação cultural, histórica, social ou científica”. Na lista de imóveis surge também o Antigo Posto de Saúde de Coloane, construído em 1939 e situado no Largo do Cais, dois conjuntos de antigas moradias para funcionários públicos na Avenida do Coronel Mesquita, erigidas em 1953, e na Estrada de Coelho do Amaral (1950). Em relação a estas moradias foi destacado os elementos mistos da arquitectura portuguesa e chinesa. A consulta pública sobre a classificação dos imóveis decorre até 14 de Maio.
Hoje Macau EventosRevista de Cultura | 200 anos do jornal “A Abelha da China” é destaque O mais recente número da Revista de Cultura, publicação editada pelo Instituto Cultural (IC), é dedicado aos 200 anos do primeiro jornal de língua portuguesa editado em Macau, “A Abelha da China”. No nº 70 da revista podem ler-se vários artigos reunidos pelo académico Duarte Drumond Braga, que foi editor convidado da publicação. O leitor poderá, assim, fazer uma viagem pelos antecedentes, formação, contributo e extinção do jornal entre as datas de 12 de Setembro de 1822 e 27 de Dezembro de 1823. Este número da Revista de Cultura inclui ainda uma crítica ao livro “A Abelha da China nos Seus 200 Anos: Casos, Personagens e Confrontos na Experiência Liberal de Macau”, lançado no ano passado e coordenado por Duarte Drumond Braga e o jornalista Hugo Pinto, e que conta com contributos de autores como Tereza Sena, Cátia Miriam Costa, Jin Guoping, Jorge Arrimar e Pablo Magalhães. A obra conta com a chancela do Centro Científico e Cultural de Macau em parceria com a Universidade de Macau. Esta edição da Revista de Cultura aborda ainda a imprensa estrangeira na China ao incluir um artigo sobre o primeiro jornal em língua inglesa na costa da China, “The Canton Register”. Para assinalar os 400 anos sobre a invasão holandesa a Macau, pode também ler-se um artigo que fornece novas percepções sobre o fracasso da investida em 24 de Junho de 1622. Incluem-se ainda dois trabalhos de pesquisa também no campo historiográfico, nomeadamente o primeiro que examina referências toponímicas e posições geográficas de um pequeno arquipélago a leste de Zhuhai e, o segundo, que estuda as redes de comércio em Malaca na primeira metade do século XVI. Este ano a Revista de Cultura vai adoptar o processo de revisão por pares, usado no meio académico pelas principais revistas científicas, aceitando ainda a submissão de textos em português, chinês e inglês.
Hoje Macau EventosIC | Abertas candidaturas para apoios na área do cinema O Instituto Cultural (IC) abriu as inscrições para o programa “Macau — O Poder da Imagem”, que tem como objectivo “promover o desenvolvimento da arte cinematográfica, bem como de incentivar os produtores cinematográficos independentes de Macau a produzirem mais filmes locais”. As inscrições podem ser submetidas no Edifício do Instituto Cultural, na Praça do Tap Siac, até 8 de Março. O IC especifica que os “candidatos devem ser associações locais legalmente constituídas e registadas ou portadores do Bilhete de Identidade de Residente da RAEM com idade igual ou superior a 18 anos”. Em relação às propostas, o IC dividiu-as em três categorias: “Documentário”, “Curta-metragem de ficção” e “Animação”, todas separadas por nível de proficiência (avançado, livre e iniciados). O júri irá seleccionar até 14 projectos e oferecer um montante total até 1,32 milhões de patacas para produção, com um valor máximo de 280 mil patacas para algumas entidades produtoras, dependendo da categoria e do grupo. Além disso, os projectos seleccionados vão poder contar com aconselhamento individual. Desde a sua primeira edição, em 2007, o programa Macau — O Poder da Imagem” apoiou a produção de cerca de 150 obras, “muitas foram ainda exibidas ao público, nos festivais de cinema de Macau e do exterior”, indica o IC. O formulário de inscrição ao programa pode ser descarregado no portal do IC.