GP Macau irá decidir o WTCR 2018

[dropcap]A[/dropcap] Corrida da Guia do 65º Grande Prémio de Macau vai ser palco da grande final da primeira edição da Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR). As três corridas a serem realizadas no Circuito da Guia, uma no sábado e duas no domingo, vão decidir o próximo campeão do mundo de carros de Turismo, depois da prova do passado fim-de-semana em Suzuka, no Japão, ter colocado Gabriele Tarquini isolado na frente da competição promovida pelo Eurosport Events.

Com 87 pontos em cima da mesa para a finalíssima, Tarquini lidera o campeonato com 291 pontos, mais 39 pontos que Yvan Muller e 53 de avanço sobre Thed Bjork. O espanhol Pepe Oriola, que conduz um Cupra TCR (ex-SEAT Leon TCR), é o quarto classificado com 64 pontos de atraso, e talvez o único capaz de se imiscuir na luta pelo título com o trio de pilotos que usa os competitivos Hyundai i30 N TCR.

“Já não corro em Macau há três ou quatro anos, mas ainda me lembro das curvas e do hospital”, disse em jeito de brincadeira Tarquini na conferência de imprensa após a prova de Suzuka, recordando-se do acidente na qualificação do WTCC em 2009, que o obrigou, a ele e a Yvan Muller, a uma visita forçada ao Centro Hospitalar Conde de São Januário. “Macau é especial para todos, com a excepção do Rob (Huff), que é o rei de Macau”, realçou o veterano italiano que lembrou também que Macau “é uma lotaria e tudo pode acontecer. Podes ter problemas, um acidente. Tens que sobreviver à partidas, especialmente na primeira curva. Provavelmente não é o melhor lugar quando se está em vantagem. Provavelmente é a melhor corrida para o Yvan que tem que recuperar.”

(Macau ) “é uma lotaria e tudo pode acontecer. Podes ter problemas, um acidente. Tens que sobreviver à partidas, especialmente na primeira curva. Provavelmente não é o melhor lugar quando se está em vantagem. Provavelmente é a melhor corrida para o Yvan que tem que recuperar.”
Gabriele Tarquini, piloto

Yvan Muller, que este ano saiu da reforma antecipada, para regressar a tempo inteiro ao automobilismo, com um Hyundai assistido pela sua própria equipa, atira para canto qualquer favoritismo. “Matematicamente o título ainda é possível, mas eu penso que será um pouco complicado”, diz o francês de 49 anos. “Mas Macau é Macau, a capital do jogo, portanto nunca sabemos…”

Ainda com hipóteses teóricas, mas muito remotas, de se sagrarem campeões estão mais três pilotos. O francês Jean-Karl Vernay (Audi), o argentino Esteban Guerrieri (Honda) e o húngaro Norbert Michelisz (Hyundai) têm 75, 78 e 79 pontos, respectivamente, de atraso para o líder Tarquini.

Tiago Monteiro, que regressou no passado fim-de-semana à competição com um décimo primeiro lugar na terceira corrida, apenas irá marcar presença na RAEM como espectador, pois os médicos aconselharam o portuense a não alinhar na sempre arriscada prova do Circuito da Guia. O piloto português cederá o seu Honda Civic Type-R TCR ao chinês Ma Qing Hua.

Preparação caseira

Macau terá seis representantes na prova final do WTCR: André Couto, Filipe Souza, Rui Valente, Billy Lo, Lam Kam Sam e Kevin Tse. Antes dos carros deixarem Zhuhai e rumarem a Macau, Filipe Souza teve a oportunidade de fazer um teste de preparação no circuito permanente da cidade vizinha. “Foi um teste muito positivo”, reconheceu o piloto macaense do Audi RS3 LMS TCR ao HM. “O carro está muito bem preparado e estou com muita confiança no meu carro.”

Entretanto, na cidade chinesa de Zhaoqing, o Volkswagen Golf GTi TCR da PCT-IXO Models Racing Team recebeu uma nova decoração. No entanto, Rui Valente só terá o primeiro contacto com o carro germânico nos treinos livres de quinta-feira da semana do Grande Prémio. André Couto também não irá conduzir o Honda Civic Type-R da MacPro Racing Team antes da prova, pois este fim-de-semana estará em Okayama para o evento de encerramento da temporada do campeonato japonês de resistência Super Taikyu Series.

1 Nov 2018

GP Motos | Schoots não recupera de lesão e falha Macau

[dropcap]A[/dropcap] 51ª edição do Grande Prémio de Motos de Macau iria contar com a participação de uma senhora à partida, facto inédito. Contudo, a holandesa Nadieh Schoots, que iria só pela sua presença ser certamente uma atracção na edição deste ano da prova de motociclismo mais antiga do sudeste asiático, irá acompanhar a prova pela televisão.

Antes do anúncio dos concorrentes da edição deste ano, a piloto de 27 anos terá comunicado à Comissão do Grande Prémio que não está totalmente recuperada da lesão sofrida numa prova de estrada no continente europeu este ano. Depois de novos exames médicos, à veloz holandesa foi diagnosticado um nervo danificado no músculo da perna esquerda, sendo por isso forçada a abdicar da presença na prova da RAEM este ano.

“Considerando a natureza incerta dos danos no nervo, principalmente o tempo de recuperação, a minha equipa e eu entramos em contacto com a organização do Grande Prémio de Macau”, explicou Nadieh Schoots no seu blog, consentindo que seria “muito arriscado para mim correr o Grande Prémio de Macau este ano. Parece que todos nós vamos ter que esperar até 2019 para que a primeira mulher corra neste incrível circuito e evento.”

“Obviamente, isso é muito difícil de aceitar, para ser honesta, estou completamente de coração partido, especialmente considerando que a minha lesão resultou de uma situação inaceitável. No entanto, o que está feito, está feito”, escreveu a corredora aos seus muitos fãs e seguidores.

Para ocupar a vaga deixado em aberto pelo infortúnio de Schoots foi chamado Erno Kostamo. Inscrito pela Markka Racing by Penz13 numa BMW S 1000 RR, o finlandês de 27 anos será um dos dez estreantes na prova deste ano, representando novamente o país nórdico após o compatriota Eero Hyvarinen ter obtido alguns lugares dentro dos dez primeiros nos anos 1980s.

Rival Americana

Nadieh Schoots não é a única senhora interessada em marcar presença na grelha de partida do Grande Prémio de Motos de Macau do próximo ano. Patricia Fernandez, de 33 anos, não abdicou do sonho de ser a primeira mulher à partida da prova.

Em Setembro passado, em entrevista ao site de motociclismo Cycle World, a norte-americana voltou a vincar as suas intenções de participar na desafiante prova do território.
“Definitivamente tenho aspirações para correr em Macau”, admitiu Fernandez que revelou que está em conversações com os organizadores da prova da Ilha de Man para alinhar no evento de 2019, apesar das dificuldades em encontrar apoios para a iniciativa.

Para ser admitida na prova de Macau, como mandam os regulamentos, Fernandez terá que ter participações passadas nas provas mais exigentes do motociclismo de estrada a nível mundial, como a Ilha de Man TT, a North West 200 ou o Grande Prémio do Ulster, prova em que alinhou em 2017.

26 Out 2018

Grande Prémio | Rui Valente e André Couto na Corrida da Guia

Seis pilotos locais vão correr na Taça Mundial de Carros de Turismo, que este ano volta a contar com Rui Valente e André Couto. Na Fórmula 3, Charles Leong representa as cores de Macau e estreia-se no circuito da Guia

[dropcap]M[/dropcap]acau vai estar representada na Corrida da Guia do Grande Prémio de Macau, que se realiza entre 15 e 19 de Novembro, com um contingente de seis pilotos. A principal novidade é o regresso de Rui Valente, que depois de ter falhado o apuramento para o evento, através da Taça de Carros de Turismo de Macau, conseguiu inscrever-se para a prova da Taça Mundial de Carros de Turismo. A participação vai ser ao volante de um Volkswagen Golf GTI, que já ontem testou em Zhuhai.

“A ideia é a mesma de sempre, vou correr para fazer uma boa prestação e alcançar o melhor resultado possível. Trata-se de um regresso à Corrida da Guia, em que não estou há vários anos, e vou ter de correr contra os melhores pilotos de carros de turismo”, disse Rui Valente, ontem, ao HM.

“Depois de ter falhado o apuramento para a para a Taça de Carros de Turismo de Macau, meti os papéis para me inscrever para a Corrida da Guia e a FIA e os organizadores aceitaram. Agora quero ser não só o melhor piloto de Macau, mas espero também ser melhor do que alguns dos outros pilotos”, acrescentou.
Além de Rui Valente, também André Couto regressa à Corrida da Guia, depois de ter falhado a edição do Grande Prémio de Macau no ano passado, devido a acidente. O vencedor da prova de Fórmula 3 em 2000 vai tripular um Honda Civic TCR da equipa MacPro Racing Team.

O restante contingente de Macau é constituído por Filipe de Souza (Audi RS3 LMS), Lam Ka San (Audi RS3 LMS), Lo Kai Fung (Audi RS3 LMS) e Kevin Tse (Audi RS3 LMS).

Estreia de Charles Leung

Ainda em relação aos pilotos de Macau, destaque para a estreia de Charles Leung na prova de Fórmula 3. O piloto local vai representar as cores Hitech GP e terá pela frente talentos como Mick Schumacher, que se sagrou campeão europeu de F3, na semana passada, e é filho de Michael Schumacher, ou Daniel Ticktum, vencedor da prova no ano passado.

“Esperamos que o Charles, como piloto de Macau, possa alcançar bons resultados, não só no Grande Prémio como noutras provas internacionais. Vamos continuar a apoiá-lo, como já fazemos”, disse Pun Weng Kun, presidente do Instituto do Desporto e Coordenador da Comissão Organizadora. Sobre a possibilidade de aumentar o apoio para que Charles Leong possa dar o salto para o Campeonato Europeu de F3, Pun frisou que também é o piloto que tem de encontrar “patrocínios”. Actualmente Leong é apoiado com o Fundo do Desporto com 2,5 milhões de patacas, verba insuficiente para participar no Europeu, pelo que teve de inscrever-se no Campeonato Asiático de F3.

Vendas acima dos 80 por cento

“Já vendemos mais de 80 por cento dos bilhetes”, afirmou, ontem, Pun Weng Kun, presidente do Instituto do Desporto e Coordenador da Comissão Organizadora do evento. “São números que nos deixam satisfeitos porque a maior parte das pessoas costuma comprar o bilhete quando vai ao circuito para ver as provas”, acrescentou.

19 Out 2018

Automobilismo | Tiago Monteiro falha regresso ao GP Macau

O piloto português deixa uma vaga em aberto na Honda da equipa Boutsen Ginion Racing que poderá ser ocupada por André Couto. Contudo, o piloto não confirma a notícia, nem a eventual participação na Guia

[dropcap]O[/dropcap] português Tiago Monteiro vai falhar pelo segundo ano consecutivo a participação no Grande Prémio de Macau, depois de ter vencido a corrida da Guia em 2016. A confirmação foi avançada ontem pelo piloto através de um comunicado de imprensa, e está relacionada com o acidente sofrido durante uma sessão de testes, em Setembro do ano passado.

“De acordo com os seus médicos, [Tiago Monteiro] não alinhará na ronda de Macau. Mas estará presente mais uma vez como embaixador da marca nipónica”, pode ler-se numa nota de imprensa em que é revelado o regresso à competição do último português a alinhar na Fórmula 1.

Com esta confirmação, a equipa Boutsen Ginion Racing fica com uma vaga em aberto num dos dois Honda Civic Type R TCR que vão participar na prova da Taça Mundial de Carros de Turismo (WTCR). Além do holandês Tom Coronel, a outra viatura da equipa poderá ser ocupada por André Couto ou pelo chinês Ma Qing Hua. Contactado pelo HM, o piloto de Macau não quis alongar-se sobre a situação: “Estou a trabalhar na minha participação em Macau”, limitou-se a responder o vencedor do Grande Prémio de Macau de 2000, em Fórmula 3.

A favor de Ma Qing Hua está o facto de já ter representado este ano a Boutsen Ginion Racing nas ruas rondas do Interior da China, nomeadamente nos circuitos de Ningbo e Wuhan.

A lista de inscritos para o Grande Prémio vai ser apresentada esta tarde em conferência de imprensa, e a prova está agendada para o fim-de-semana de 15 a 18 de Novembro.

Regresso no Japão

Tiago Monteiro não vai estar em Macau, contudo, nem tudo são más notícias para o português de 42 anos. O piloto da Honda vai regressar à competição entre 27 e 28 de Outubro no circuito de Suzuka, no Japão, o mesmo que marcou a sua estreia pela Honda, em 2012.

“Não há palavras para descrever a sensação de estar de volta. Houve alturas em que tudo pareceu mais complicado, mas nunca perdi a esperança nem o foco. Ter estado ao longo de todo o ano nas provas em que devia estar a correr e não o fazer, dilacerou-me, mas também me deu ainda mais força e motivação, por isso tenho a certeza que todos os meus sentimentos vão estar à flor da pele em Suzuka”, afirmou Tiago Monteiro.

“Este será um regresso cauteloso e sem objectivos desportivos. Quero sobretudo divertir-me e sentir-me confortável com o meu andamento para depois poder regressar em 2019 a tempo inteiro”, acrescentou.
Tiago Monteiro sofreu um acidente durante um treino, em Setembro do ano passado, em Barcelona, e ficou afastado da competição durante um ano e um mês.

18 Out 2018

Pressão da Red Bull beneficia Grande Prémio de Macau

[dropcap]A[/dropcap]Federação Internacional do Automóvel (FIA) deliberou, no Conselho Mundial realizado na pretérita semana em Paris, que o vencedor da Taça do Mundo FIA de Fórmula 3 do 65º Grande Prémio de Macau irá receber cinco pontos para a Super Licença.

O facto da prova do território, a mais importante a nível mundial da categoria e um dos dois eventos automobilísticos fora do calendário da Fórmula 1 que tem o título de Grande Prémio, não atribuir pontos para a Super Licença veio a lume este ano, quando a Red Bull estava interessada em promover à Fórmula 1 o vencedor da edição passada da prova, Dan Ticktum.

O jovem britânico esteve em liça para um lugar na Toro Rosso este ano e era um dos favoritos a uma vaga nas equipas da Red Bull para a próxima temporada, mas o facto de não ter pontos suficientes para a Super Licença retiraram Ticktum do leque de possibilidades para um volante numa das duas equipas da marca de bebidas energéticas. Dr Helmut Marko, o influente conselheiro desportivo da Red Bull, mostrou publicamente o seu desagrado pela FIA não atribuir qualquer ponto ao vencedor da prova de monolugares do Circuito da Guia.

A Super Licença é necessária a todos aqueles que queiram participar no Campeonato do Mundo FIA de Fórmula 1. A FIA autoriza que pilotos com seis provas de Fórmula 2 e 25 pontos acumulados nos últimos três anos participem nas sessões de treinos-livres da Fórmula 1 com uma super licença provisória, no entanto, a federação internacional exige 40 pontos, acumulados nos últimos três anos, a todos os pilotos que queiram participar numa corrida da categoria rainha do desporto automóvel.

O sistema de pontos da Super Licença deverá sofrer alterações em 2019, devido às alterações na Fórmula 3 a nível mundial. O equivalente a vencer à Taça do Mundo de Fórmula 3 corresponderá este ano ao sexto lugar na temporada da GP3 Series, ou ao quinto lugar nos campeonatos regionais de F3 asiático e norte-americano e Indy Lights, ao quarto lugar em qualquer campeonato FIA de Fórmula 4 e ao terceiro lugar nos vários campeonatos de Fórmula Renault 2.0.

Estes cinco pontos a oferecer à Taça do Mundo de Fórmula 3 servem como incentivo a todos pilotos que apesar de terem encerrado em Outubro as suas temporadas na disciplina, tenham uma motivação suplementar para se deslocarem no final do ano ao Extremo Oriente.

Schumacher campeão

Mick Schumacher, filho do heptacampeão mundial de Fórmula 1 Michael Schumacher, conquistou no passado fim-de-semana o título do Campeonato Europeu FIA de Fórmula 3. O piloto de 19 anos da Prema Theodore Racing teve uma segunda metade de temporada fortíssima, obtendo sete pole positions, oito vitórias e catorze posições de pódio. O futuro de Schumacher ainda está por definir, mas deverá passar por rumar ao Campeonato FIA de Fórmula 2 na próxima temporada. Todavia, o jovem germânico deverá apenas colocar um ponto final na sua carreira na Fórmula 3 no mês de Novembro, quando regressar ao Circuito da Guia para tentar igualar o feito do seu pai, que venceu o Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 em 1990.

16 Out 2018

Carro de corridas autónomo não virá ao Grande Prémio

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]inda não será este ano que iremos ver um carro de competição autónomo a percorrer o traçado do Circuito da Guia. Lucas Di Grassi, piloto e CEO da Roborace, a futura competição para este tipo de viaturas, disse em declarações ao HM em 2017 que gostaria de realizar este ano uma exibição entre nós, mas tal não irá suceder.

Para o piloto brasileiro, “os carros autónomos são o futuro do transporte comercial e faz sentido termos uma área dos desportos motorizados dedicada a este sector”. Em Novembro do ano transacto, Di Grassi, ele próprio um vencedor do Grande Prémio de Macau de Fórmula 3, disse estarem em andamento negociações para trazer uma demonstração de competição de carros autónomos a ter lugar no Grande Prémio de 2018. “Uma das acções dos desportos motorizados na área dos carros autónomos é trazer uma demonstração já no próximo ano ao circuito do Grande Prémio de Macau”, afirmou, na altura, o piloto.

Contudo, fonte da organização contactada pelo HM, confirmou que não há planos para qualquer actividade promocional este Novembro. “A Roborace não tem planos para este ano para participar no fim-de-semana do Grande Prémio de Macau”, esclareceu fonte da organização do campeonato. “Do que é do nosso conhecimento, não têm existido conversações no que respeita ao evento deste ano. Estamos concentrados no próximo ano.”

Engenharia à prova

O “The Robocar” será a base do futuro campeonato Roborace que se afirmará como o primeiro campeonato de viaturas autónomas e fará parte dos eventos do Campeonato FIA de Fórmula E. Ao contrário da filosofia de quase todos os campeonatos de automobilismo, este não se focará nos pilotos, mas sim nas equipas de engenheiros.

O carro, desenhado por Daniel Simon, o artista que desenhou os veículos de conhecidos filmes sci-fi de Hollywood como Tron Legacy e Oblivion, pesará 975kg e medirá 4.8m de cumprimento por 2m de largura. Com quatro motores de 300kW cada, uma bateria de 540kW, este veículo é maioritariamente construído em fibra de carbono e foi pensado para atingir velocidades na ordem dos 320km/h.

O carro utiliza uma série de tecnologias para se conduzir sozinho pelas pistas, como 5 lidars, 2 radares 18 sensores ultrassónicos, 2 sensores de velocidade ópticos, 6 câmaras IA, GNSS de posicionamento e é “conduzido” por um cérebro Nvidia Drive PX2, capaz de produzir 24 triliões de operações de inteligência artificial por segundo para ser programado pelas equipas de engenheiros de software usando complexos algoritmos.

A ideia dos organizadores desta iniciativa é iniciar o campeonato algures em 2019, utilizando as pistas de Fórmula E, que por natureza são muito menos exigentes que os circuitos convencionais. As curvas e contra curvas do Circuito da Guia seriam com certeza um grande desafio para um protótipo que ainda está na fase de desenvolvimento.

12 Out 2018

TCR China  | Filipe Souza compete em duas provas

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]m contagem decrescente para a 65ª edição do Grande Prémio de Macau, Filipe Clemente Souza vai participar nas duas próximas jornadas do campeonato de carros de turismo TCR China para melhor preparar o seu regresso à Corrida Guia.

O piloto macaense confirmou ao HM que vai estar à partida das provas pontuáveis para o campeonato chinês em Ningbo, no próximo fim-de-semana, e em Xangai, no fim-de-semana seguinte, uma prova que será realizada em concomitância com o TCR Ásia.

“Vou correr nestas duas corridas para preparar Macau”, explicou Souza ao HM. “Vou usar um Audi RS 3 LMS da Champ Motorsport que usei em Zhuhai para vencer na prova do campeonato de carros de turismo organizado pelo circuito.”

Acreditando que poderá lutar pelos lugares do pódio, o traçado de Ningbo não é estranho ao piloto da RAEM, pois “o ano passado conduzi o Lada na prova do WTCC. É uma pista muito técnica, mas não é muito difícil. Tem estratégica lá.”

Contudo, Souza reconhece que o desafio poderá ser maior caso as condições meteorológicas não lhe sejam favoráveis, “porque nunca andei com seco nesta pista. Se chover, como aconteceu no ano passado, acho que vou ter vantagem sobre os meus adversários.”

Audi na calha

A um mês e meio do evento automobilístico mais importante do ano para qualquer piloto do território, Souza diz que ainda não decidiu qual o carro que utilizará na prova pontuável para a Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR). Todavia, o ex-campeão de carros de Turismo de Macau está fortemente inclinado a escolher o Audi para a grande corrida do mês de Novembro.

“Os membros da Audi Sport na Ásia estão contentes comigo. Apoiam-me e gostariam que eu participasse em Macau com um Audi. Já guiei outros carros da categoria TCR e gosto muito do Audi. Na minha opinião é um carro que é muito competitivo e que me dá condições para obter bons resultados”, esclarece o experiente piloto.

Souza será um dos dois pilotos da casa que receberá um “wildcard” para participar na Corrida da Guia. O interesse dos pilotos locais por esta prova é grande, tendo o HM conhecimento de pelo menos mais seis pilotos interessado em acompanhar Souza na mais prestigiada corrida de carros de turismo do sudeste asiático.

27 Set 2018

Motos | André Pires vai representar Portugal no GP Macau

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] participação de André Pires, reconhecido especialista português de traçados urbanos de motociclismo, na edição deste ano do Grande Prémio de Macau de Motos está confirmada. O piloto de Vila Pouca de Aguiar foi o único português convidado pela Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau e estará presente com uma Yamaha R1 com as cores da Fast Bike e Beauty Machines.

Infelizmente, a presença no prestigiado evento, único que combina, a nível internacional, carros e motos no mesmo fim-de-semana, implica para Pires faltar à derradeira prova do nacional de velocidade, marcada para 10 Novembro, quando o piloto já estará em viagem para o território.

Pires está entusiasmado com a participação no evento do Circuito da Guia. “É um evento que se faz sempre com prazer, o ambiente é incrível e as corridas muito competitivas, em vista do alto nível dos pilotos estrangeiros convidados. Isso também limita as hipóteses de um bom resultado, mas representarei Portugal o melhor possível”, diz o piloto que se iniciou no motociclismo em 2005 para receber o seu primeiro convite para o Grande Prémio de Macau em 2013

Na edição de 2017, Pires fez a sua melhor volta na qualificação em 2.32,167 minutos, 9,086 segundos mais lento que o pole-position e vencedor, o irlandês Glenn Irwin (Ducati). O piloto de 28 anos acabaria, no entanto, por não alinhar na corrida devido a um problema de motor da sua Kawasaki. Há dois anos, numa edição ganha pelo britânico Peter Hickmann, em BMW, Pires levou uma Bimota, de motor BMW e preparada no Reino Unido, até ao 19º lugar final.

26 Set 2018

Automobilismo | Alex Fung aponta ao pódio do Grande Prémio de Macau

O piloto de Hong Kong foi o vencedor Campeonato de Carros de Turismo de Macau na categoria 1,6 Turbo e aponta ao pódio no Grande Prémio de Macau, para igualar, pelo menos, o resultado na época de estreia no circuito da Guia

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap]lex Fung, piloto que tripula um dos Peugeot RCZ da Teamwork Motorsport, ambiciona conseguir um lugar no pódio na prova da Taça de Carros de Turismo de Macau, do Grande Prémio. O objectivo do piloto que se estreou na prova em 2016 foi traçado em entrevista ao portal da própria equipa.

“Pessoalmente, espero conseguir regressar ao pódio, como fiz no meu ano de estreia, na 63.ª edição do Grande Prémio. Contudo, Macau é sempre uma prova muito dura, com um circuito muito difícil e cheio de incertezas, por isso temos de esperar que a sorte esteja do nosso lado, como tem estado este ano”, disse Alex Fung, que é filho do outro piloto da equipa Samson Fung.

“No ano passado o meu desempenho e resultados ficaram aquém das expectativas e espero conseguir corrigir essa prestação com um pódio este ano. Também espero que este ano consiga realizar um sonho de infância e estar no pódio ao mesmo tempo que o meu pai. Acredito que este ano temos uma boa hipótese de realizar este sonho”, acrescentou.

Em Macau, Alex Fung correu sempre com os Peugeot RCZ da Teamwork Motorsport. No ano de estreia ficou no 3.º lugar, já no ano passado desistiu durante a sexta volta.

Com vista a melhorar a classificação, Fung promete assim trabalhar no duro até à prova, que se realiza entre 15 e 18 de Novembro. “Vou continuar a fazer voltas e mais voltas no simulador e manter-me em forma”, frisou.

Vitória motivante

Alex Fung vai chegar ao Grande Prémio de Macau motivado devido à vitória no Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS). Nas quatro provas em que participou com a formação, conseguiu duas vitórias e dois segundos lugares. De resto os carros da Teamwork Motorsport ocuparam os três primeiros postos do campeonato, no que diz respeito à categoria 1.6 Turbo.

“Este ano a nossa equipa teve um desempenho muito bom no Campeonato de Carros de Turismo de Macau. O trabalho árduo de todos os membros da equipa durante a pré-época mostrou-se um sucesso e permitiu-nos vencer todas as corridas”, considerou face à participação no MTCS.

Face aos resultados obtidos na pista de Zhuhai, no MTCS, não é por isso uma surpresa que Alex considere que o Peugeot RCZ seja um dos carros mais aptos dos que vão competir em Macau. “O nosso RCZ provou que é um dos carros mais bem preparados de todo o plantel”, indicou.

Ainda em relação ao futuro, Alex Fung deixou um desejo, voltar a competir nos GT3. “Se tivesse uma oportunidade era mesmo com os GT3 que gostava de voltar a competir”, confessou.

21 Set 2018

Jerónimo Badaraco vai tentar renovar o título no GP

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] vencedor da edição 2017 da Taça CTM de Carros de Turismo de Macau do Grande Prémio de Macau, na classe para viaturas “até 1600cc Turbo”, o macaense Jerónimo Baddaraco, decidiu optar por defender o ceptro conquistado, em vez de tentar uma incursão por uma das corridas cabeça de cartaz do evento.

Após ter colocado em dúvida a sua permanência nas corridas locais, o piloto do Chevrolet Cruze preparado pela Son Veng Racing Team acabou por participar nas duas jornadas do Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS, na sigla inglesa), tendo-se qualificado com naturalidade para a Taça de Carros de Turismo de Macau do mês de Novembro.

Badaraco já alinhou no passado na Corrida da Guia e admitiu ao HM que “gostaria de correr noutras corridas, como o WTCR ou a Taça GT Macau, mas os orçamentos são muitos altos e é muito difícil conseguir obter bons resultados contra pilotos profissionais.”

“Nóni”, como é conhecido na cena automobilística local, acredita que na ex-“Taça CTM” tem “uma oportunidade maior de regressar novamente ao pódio”, o objectivo primordial para a participação deste ano.

Contudo, Badaraco também não esconde que regressará ao Circuito da Guia “com vontade de vencer, mas não será fácil, pois depende do carro e da sorte.”

Depois de ter subido ao degrau mais alto do pódio na Taça ACP em 1999, Badaraco repetiu a proeza o ano passado, numa corrida em que suplantou a favorita concorrência de Hong Kong apesar das condições climatéricas adversas.

 

Do descontentamento

A exemplo de vários outros pilotos do território, Badaraco já por várias vezes mostrou publicamente o seu descontentamento pela opção tomada em 2017 pela Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) em unir as duas categorias do MTCS – viaturas “até 1600cc Turbo” e viaturas de motorização “superior a 1950cc” – numa só corrida.

“Honestamente, não estou satisfeito com o que a AAMC está a fazer, colocando duas categorias numa só corrida”, diz o piloto macaense, alertando que para além de “achar que é perigoso”, devido aos andamentos díspares das viaturas, esta fusão de classes é “injusta para os pilotos da classe 1600cc Turbo” que perdem muito do mediatismo da sua participação.

Para preparar o Grande Prémio, visto que não há mais provas locais agendadas até à grande final, Badaraco esteve no fim-de-semana a participar numa corrida de carros de Turismo no circuito permanente de Zhuhai. O objectivo principal “foi rodar o novo motor, sem preocupações com os resultados”, até porque a corrida prevista para domingo foi cancelada devido à passagem do tufão Mangkhut.

Badaraco está a tentar viabilizar a participação na próxima prova do campeonato TCR China, no mês de Outubro, existindo a possibilidade de guiar um Volkswagen Golf GTi TCR no Circuito Internacional de Xangai.

Vintena de locais

As inscrições para a Taça de Carros de Turismo de Macau do 65º Grande Prémio de Macau encerraram no passado dia 7 de Setembro. A lista de inscritos só será revelada ao público no mês de Outubro, mas 26 pilotos da RAEM tinham entrada directa para ocupar as 36 vagas disponíveis desta corrida. Todavia, foram muitas as caras conhecidas que não tinham conseguido a qualificação, como Célio Alves Dias, Rui Valente, Eurico de Jesus e Mak Ka Lok na classe “até 1600 Turbo”, ou Jo Rosa Merszei e Luciano Castilho Lameiras na “superior a 1950cc”.

20 Set 2018

GP Motos | McGuiness e Jessopp confirmados para Novembro

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Ducati vai tentar revalidar o título do Grande Prémio de Motos de Macau em 2018, tendo confirmado na passada sexta-feira a sua equipa de pilotos que inclui duas caras bem conhecidas da prova.

John McGuinness e Martin Jessopp vão defender as cores do construtor de Borgo Panigale contra, o que se espera, uma armada numerosa de motos da BMW, inscritos pela equipa Be Wiser Ducati Racing Team, que na prática não é mais que a estrutura ganhadora Paul Bird Motorsport com o nome diferente, a mesma formação que venceu a prova de Macau em 2017.

Depois do triunfo na prova do ano passado aos comandos de uma Ducati 1199S, Glenn Irwin decidiu contra um regresso a Macau este ano. O piloto da Irlanda do Norte afirmou ainda não ter ultrapassado o trauma do acidente que vitimou David Hagerty, o que obrigou Paul Bird a encontrar substitutos à altura.

Ao contrário de Irwin, extremamente motivado para regressar ao Oriente está McGuinness, que foi o grande ausente da edição do ano passado por estar a recuperar de um despiste numa sessão de treinos causado por um problema electrónico na sua mota. Recuperado das mazelas desse despiste, o veterano de 46 anos está de volta às lides, tendo triunfado já este ano na Classic TT. McGuinness venceu no Circuito da Guia em 2001, regressando depois ao pódio por diversas ocasiões.

Já Jessopp, que em 2016 partiu da pole-position, quererá quebrar o enguiço e tentar vencer entre nós pela primeira vez. O britânico foi presença no pódio da prova em cinco das sete últimas edições da prova, mas nunca subiu ao degrau mais alto do palanque.

A confirmação de McGuiness e de Jessopp é uma mais valia para 52ª edição da corrida de motociclismo mais antiga do continente asiático, isto após Michael Rutter já ter atestado ao HM que voltaria à RAEM em Novembro.

18 Set 2018

Automobilismo | Charles Leong prepara Grande Prémio Macau F3 em Inglaterra

A jovem promessa do automobilismo de Macau, Charles Leong, vai fazer a próxima prova do Campeonato Europeu FIA de Fórmula 3 no próximo fim-de-semana no circuito inglês de Silverstone

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] piloto de 16 anos vai conduzir um Dallara F317 Mercedes da Hitech Bullfrog GP, uma experiente estrutura inglesa que já inscreve três monolugares no principal campeonato internacional de Fórmula 3 e com quem Leong tem já uma ligação no novo campeonato asiático da especialidade. Esta primeira incursão do campeão em título da Fórmula 4 na China e da Fórmula Renault na Ásia tem como objectivo preparar a participação no final do ano na Taça do Mundo FIA de Fórmula 3 da 65ª edição do Grande Prémio de Macau.

“Preciso fazer algumas provas na Europa para poder participar no Grande Prémio de Macau no final do ano”, afirma Charles, também conhecido no meio automobilístico do território pelo seu nome chinês Leong Hon Chio, que teve um primeiro contacto com o seu novo bólide no País de Gales na pretérita semana. “Testei o carro no circuito de Pembrey e é um carro fantástico, diferente daquele que conduzo na Ásia.”

“Correr no Campeonato Europeu FIA de Fórmula 3 em Silverstone será um novo passo para mim, uma experiência completamente nova. Estou muito satisfeito por correr com a Hitech Bullfrog GP e acredito que a equipa me pode levar a um outro nível”, disse Leong antes de arrancar para terras de Sua Majestade na segunda-feira.

O último piloto da RAEM a competir no Circuito da Guia na prova de Fórmula 3 foi Andy Chang, na edição de 2016, que aos comandos de um Dallara F312-NBE da ThreeBond with T-Sport terminou a prova na 12ª posição da geral.

Bom início no asiático

Charles Leong esteve em destaque na prova de abertura do novo Campeonato Asiático FIA de Fórmula 3, que decorreu no mês de Julho, no circuito malaio de Sepang. Leong foi segundo classificado na primeira corrida, subindo novamente ao pódio no segundo embate, desta vez terminando na terceira posição. Infelizmente, um toque no início da terceira corrida atirou-o para o fundo do pelotão, vendo a bandeira de xadrez no décimo segundo lugar.

Apesar do infortúnio na terceira corrida, naquela que foi a sua estreia na categoria, Leong regressou a casa na terceira posição do campeonato. A competição asiática que é composta por cinco eventos continua no último fim-de-semana de Setembro com mais uma jornada tripla, desta vez no circuito de Ningbo, na China Continental.

Leong não tem mais nenhuma corrida do Campeonato Europeu FIA de Fórmula 3 agendada após esta participação em Silverstone, no entanto, segundo apurou o HM, é provável que compareça em pelo menos mais um evento dos quatro que ainda ficam a faltar.

16 Ago 2018

Automobilismo | Mercedes AMG deverá regressar à Taça GT em Macau

A Mercedes AMG deverá regressar em Novembro ao Circuito da Guia para defender o título da Taça do Mundo FIA de GT da 65ª edição do Grande Prémio de Macau, apesar do construtor de Estugarda ainda não ter confirmado os seus planos para a prova

 

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]urante o fim-de-semana do campeonato DTM em Zandvoort, na Holanda, o HM teve a oportunidade de questionar Ulrich Fritz, o CEO da HWA, a equipa oficial da Mercedes-AMG, e um dos obreiros do regresso oficial da marca da estrelinha ao território há cinco anos.

“Neste momento, não posso ainda dar uma resposta final, mas este é um dos eventos principais da temporada de GT. Nós somos campeões e não há uma grande hipótese de não haver um Mercedes à partida”, explicou Fritz ao HM.

Para além de ser um evento comercialmente atractivo para o construtor germânico, para Fritz este “é o evento mais importante das corridas de GT no mundo, como corrida de sprint pelo menos, e é sobre ter os melhores pilotos. Isto, apesar de Macau já ter provado ser mais um jogo (de sorte ou azar); talvez seja algo relacionado com a cidade. É como uma roleta, como vimos o ano passado, com vários carros a baterem na primeira volta, e há dois anos, quando o vencedor venceu com o carro virado ao contrário.”

Características únicas

Alguns construtores já mostraram publicamente o seu desagrado sobre o facto de a Taça do Mundo ser disputada num circuito tão ‘suis generis’ como o da Guia, mas para Fritz essa é uma condicionante que não o incomoda.

“Foi algo criado em Macau e é por isso que todos gostamos de Macau. Como estamos a atribuir um título mundial deveria ser um pouco menos de jogo (de sorte ou azar), mas não me cabe a mim julgar”, esclareceu o responsável germânico.

Até ao dia 31 de Agosto os construtores interessados na prova terão que pagar os 2,500 euros por carro da pré-inscrição e esperar pelo dia 5 de Setembro, quando a FIA decidirá os 25 concorrentes seleccionados. Contudo, só em Outubro as identidades dos concorrentes serão divulgados ao público pela Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau.

A Mercedes AMG venceu a edição 2014 e 2015 da Taça GT Macau, com o alemão Maro Engel, e conquistou a primeira Taça do Mundo FIA o ano passado com o inevitável Edoardo Mortara.

19 Jul 2018

Fórmula 1 | FIA dá nega ao vencedor do GP Macau

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] vencedor do último Grande Prémio de Fórmula 3, Daniel Ticktum, viu a Federação Internacional do Automóvel (FIA) fechar-lhe as portas, por agora, à Fórmula 1. A Red Bull, que gere a carreira do inglês de 19 anos, está a estudar a possibilidade de substituir o piloto neo-zelandês Brendon Hartley na equipa Toro Rosso, devido aos parcos resultados que este tem obtido.

O piloto que antes de vencer Macau tinha feito as manchetes por ser banido um ano das corridas, após ter colidido propositadamente num rival quando militava na Fórmula 4, estava designado para participar no primeiro treino-livre do Grande Prémio da Hungria de Fórmula 1, mas a FIA não aprovou. Isto, porque Ticknum não tem pontos suficientes para pedir a Super-Licença necessária para participar na disciplina rainha do automobilismo.

Apesar do Grande Prémio de Macau ter uma importância reconhecida internacionalmente, não oferece qualquer pontos para a Super Licença aos vencedores. Estes pontos são atribuídos apenas aos primeiros três classificados de campeonatos designados.

O Dr Helmut Marko, o influente director desportivo da Red Bull, espera que Ticknum possa participar no testes da Fórmula 1 no final do ano no Abu Dhabi, testes esses que decorrem no princípio da semana do Grande Prémio de Macau e que poderão condicionar o regresso de Ticknum ao Circuito da Guia no mês de Novembro.

17 Jul 2018

Grande Prémio | Joker Lap do WTCR impossível no Circuito da Guia

A organização da Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) queria introduzir a Joker Lap na sua jornada dupla em Macau para apimentar o espectáculo, mas chegou à conclusão que tal ideia é impossível de aplicar no Circuito da Guia

 

[dropcap style≠’circle’]I[/dropcap]mplantada o ano passado pela primeira vez no WTCC, no circuito citadino português de Vila Real, o conceito da Joker Lap passa por criar mais um factor de imprevisibilidade nos circuitos urbanos, onde as ultrapassagens são mais difíceis, usando para isso uma variante que os pilotos utilizam, à semelhança do que já acontece noutras disciplinas do automobilismo, como no Rallycross, adicionando um factor de incerteza à corrida e obrigando as equipas a assentar estratégias para que os pilotos percam o menos tempo possível com a manobra.

Em Vila Real, até hoje o único circuito onde o conceito foi utilizado, os concorrentes são obrigados, uma vez por corrida, a contornar a Rotunda M. Coutinho pela faixa da esquerda, quando normalmente o fazer pela direita, perdendo com isso cerca de dois segundos, em comparação com uma volta normal.

Volta impossível

François Ribeiro, o Director do Eurosport Events, a empresa que tem os direitos do WTCR, diz que explorou a viabilidade de introduzir a Joker Lap em Macau, mas confessou que não encontrou um ponto adequado no Circuito da Guia para implementar uma via secundária onde os concorrentes teriam que cumprir a tarefa. “Eu estive a verificar com Macau, mas é simplesmente impossível”, disse Ribeiro à revista inglesa Autosport. “Não há fisicamente uma localização para fazer uma Joker Lap em Macau. Eu fiz uma volta ao circuito mais de dez vezes e não há mesmo um local.”

Sem possibilidades de transpor este conceito unicamente experimentado em Portugal para Macau, Ribeiro tem esperanças que tal seja possível fazê-lo no circuito citadino chinês de Wuhan que este ano recebe uma jornada do WTCR, no mês de Setembro.

17 Jul 2018

Grande Prémio | Design de material publicitário criticado pelo sector e alvo de paródia nas redes sociais

É a imagem de Macau que está a causa. É desta forma que os profissionais da área comentam os materiais publicitários da 65.ª edição do Grande Prémio, que tem sido alvo de fortes críticas. Ao HM, a organização evitou referir que empresa, ou pessoa, foi responsável pelo trabalho e quanto foi pago pelo serviço

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Grande Prémio de Macau só vai para a estrada em Novembro, mas a promoção à 65.ª edição do evento já está instalada no Edifício do Grande Prémio e os materiais de promoção começaram a ser distribuídos pela cidade. No entanto, o design destes materiais está a gerar controvérsia, mas também o divertimento dos cibernautas mais humorados nas redes sociais. Além disso, entre os profissionais da área em Macau existe um sentimento de incredulidade face ao resultado apresentado.

Em causa está não só o facto das fotografias dos carros que competem nas provas terem sido substituídas por imagens que se assemelham a desenhos pré-feitos, mas também pela proporção dos carros e pelas cores do arco-íris utilizadas. Por outro lado, a falta de elementos que possam ser associados ao Grande Prémio de Macau é outra das falhas apontadas pelos profissionais do sector ouvidos pelo HM.

“Não posso dar uma opinião profissional do trabalho porque não há ali qualquer referência que me permita dar uma opinião profissional. Este trabalho não tem base de comunicação, de conceito, não transmite uma mensagem. É simplesmente uma tentativa de decoração, sem haver qualquer ideia que promova Macau ou o Grande Prémio de Macau”, defendeu Henrique Silva, director criativo da empresa de design Goldfish.

“O cartaz tanto poderia ser utilizado para este Grande Prémio de Macau como para as corridas de karting no Zimbabué. Não transmite uma identidade, nem nenhum elemento, nem nada que promova ou valorize a tradição da prova, da tradição das corridas, nem do Macau moderno e criativo que queremos ter”, acrescentou. 

Incredulidade no sector

Já o designer Vincent Cheang confessou ao HM que a primeira reacção que teve quando viu a publicidade foi pensar que estavam a pregar uma partida. Segundo o próprio, a reacção foi comum a vários profissionais do sector com que convive.

“Todos os designers que comentaram comigo este material publicitário acharam que era uma brincadeira. Não foi só um, foram todos!”, confessou o designer, ao HM. “Estamos a falar de um material publicitário que não cumpre os níveis de profissionalismo exigidos e que vai estar exposto mundialmente”, considerou.

Para Vincent Cheang o primeiro problema deve-se ao facto do cartaz não conseguir apresentar as características do Grande Prémio de Macau, nem tão pouco de uma prova de automobilismo.

“Quando estamos a falar de provas de automobilismo e do Grande Prémio de Macau, em particular, são eventos com uma atmosfera muito particular, há ali todo um som, um cheiro, um ambiente característico”, começou por justificar. “Mas este é um tipo de design que nem toda a gente tem capacidade para fazer. Há pessoas no sector que têm capacidade para fazer um bom trabalho com materiais sobre outros assuntos, mas que não conseguem transmitir estas ideias das corridas. E quando olho para o material publicitário deste ano, não reflecte em nada o ambiente especial do Grande Prémio de Macau”, opinou.

Salada de elementos

Outra das críticas apontadas é a falha de ligação entre os diferentes elementos apresentados, nomeadamente nos carros que pretendem ser réplicas das viaturas que correm na Fórmula 3 e a Taça Mundial de Carros de Turismo (WTCR). No cartaz falta ainda qualquer elemento que remeta para a Taça do Mundo FIA GT, uma das três provas com chancela da entidade que regula o desporto motorizado que decorre durante o fim-de-semana do Grande Prémio.

“Olhando para o cartaz, nem posso dizer que vejo ali a intenção de se fazer uma coisa com um espírito retro. Não vejo essa intenção. Para mim só vejo mesmo mau gosto e utilização de elementos que me parecem clip arts [imagens de animação previamente feitas]”, aponta Henrique Silva.

“Eu posso não gostar de um trabalho a nível estético e compreender a intenção ou a linguagem utilizada, mas neste caso nem isso é possível. É uma salada de elementos” justificou sobre a opinião expressa.

Vincent Cheang aponta ainda o dedo ao arco-íris e ao facto dos carros seguirem uma direcção contrária à sensação de movimento do cartaz. “Quando vi as luzes a minha questão foi: mas o que é isto? É uma arco-íris? Qual a razão da escolha destas cores?”, confessou. “Se virmos bem, isto é um conjunto de elementos que foram colocados ali, mas que não se ligam. Não é suficiente meter os elementos juntos, sem que haja as proporções certas, sem que seja feita uma ligação entre eles. Honestamente, não sinto que tenha havido paixão neste trabalho”, frisou.

Problema não é do sector

Ao mesmo tempo que apontam as limitações do trabalho apresentado, os designers mostram-se preocupados com o impacto que o material de promoção do GP, que vai ser divulgado a nível mundial, terá para a imagem da RAEM. Uma situação que poderia ser evitada, até porque, dizem, o sector tem muito valor e talento.

“Há talento em Macau nesta área e há pessoas capazes de fazer muito melhor. Mas isso também não é muito difícil, porque um estudante do primeiro ano do curso que se dedique consegue fazer um trabalho melhor”, opinou Vincent Cheang.

“Não é só o Grande Prémio que é afectado pela falta de qualidade. É a imagem de Macau que fica em causa. Pior, estas imagens vão ser transmitidas em quase todo o mundo. Por isso, era importante que o trabalho tivesse grande qualidade e não fosse isto”, frisou.

Henrique Silva diz mesmo que a bem do Grande Prémio, e se houver falta de verbas na organização, que está disponível para fazer o trabalho “gratuitamente”. Por uma questão de contexto, importa referir que o evento tem um orçamento que ronda os 220 milhões de patacas.

“Não falo só por mim, de certeza que também há outras pessoas, mas estou na disposição, caso seja por falta de dinheiro, de numa próxima vez fazer este trabalho gratuitamente. Tenho a certeza que se o trabalho que se mostra, pelo menos internacionalmente, tiver boa qualidade, que esta seria a melhor forma de promover, desenvolver e internacionalizar esta indústria… melhor do que com subsídios”, afirmou. “E se há coisa que Macau sempre teve foram bons designers”, fez questão de realçar.

Os dois profissionais ouvidos consideraram ainda que a grande responsabilidade do trabalho apresentado tem de ser apontada a quem tomou a decisão de aprovar este design como material de promoção das corridas.

No segredo de Pun Weng Kun

O HM entrou em contacto com a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau, liderada pelo presidente do Instituto do Desporto, Pun Weng Kun, e perguntou duas vezes qual o preço da adjudicação deste serviços e qual a empresa ou pessoa responsável pelo design do cartaz. Nos dois emails recebidos pelo HM, a Comissão nunca respondeu às perguntas, escusando-se de apresentar o montante e a empresa responsável, apesar da insistência. Por esse motivo não nos foi possível entrar em contacto com o autor do trabalho.

 

Organização pede compreensão para a “obra”

“Cada obra recebida tem as suas próprias características, facto que se espera ser da máxima compreensão do público em geral”. Foi desta forma que a organização respondeu às críticas apontadas ao trabalho. Ainda de acordo com a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau, o design do cartaz é made in Macau. “O Governo da RAEM tem providenciado, ao longo dos anos, diversas plataformas para o sector local da indústria criativa e cultural, com o objectivo de apoiar o desenvolvimento do seu próprio espaço criativo. E por isso, sempre que é necessário criar um design temático para o Grande Prémio de Macau ou para um outro evento organizado pelo Instituto do Desporto, o nosso Instituto convida sempre uma empresa de design ou designer do território”, foi explicado.

Ao mesmo tempo, e apesar de não serem avançados valores, a organização diz que houve uma comissão que avaliou as diferentes propostas. “O Instituto de Desporto tem cumprido sempre a legislação de adjudicação de bens e serviços, no que diz respeito ao serviço da concepção gráfica do material publicitário do Grande Prémio de Macau, e mediante as propostas entregues, através da consulta a várias empresas locais de design, a Comissão de Apreciação de Propostas procedeu à avaliação conforme os respectivos critérios, tendo sido seleccionada a proposta que melhor correspondeu aos requisitos exigidos”, foi dito.

 

Paródias na Internet

Na semana passada, depois de terem sido afixados os cartazes publicitários no Edifício do Grande Prémio, a Internet respondeu com sentido de humor. “Vai ser uma prova com carrinhos de brincar”, escreveu um dos utilizadores, num grupo de conversação em língua chinesa. “Pensei que era uma publicidade sobre um posto para mudar óleo ao carro”, escreveu outro. Além disso, foram ainda partilhadas imagens associadas com a publicidade, nomeadamente uma em que são exibidos carros feitos de papel e outra com o popular jogo Mário Kart.

17 Jul 2018

Automobilismo | Aos 17 anos Sophia Flörsch irá correr no GP Macau F3

A primeira confirmação para a Taça do Mundo FIA de Fórmula 3 do 65º Grande Prémio de Macau é Sophia Flörsch, que será apenas a terceira senhora a competir na corrida principal do cartaz desportivo de carácter anual da RAEM

 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]pós dois anos a competir na Fórmula 4, a alemã irá correr pela Van Amersfoort Racing nas sete provas que faltam até ao final do ano do Campeonato Europeu FIA de Fórmula 3 e participará também na prova de fim de época em Macau, anunciou a equipa holandesa na passada sexta-feira.

Sophia Flörsch tem apenas 17 anos e é embaixadora da organização sem fins lucrativas “Dare to be Different” da ex-piloto Susie Wolff, que tem como objectivo proporcionar oportunidades a talentos femininos em todas as áreas dos desportos motorizados, um sector profissional de dominação masculina.

“Depois de um período em que tive de dar prioridade aos estudos para passar os exames da escola, é fantástico regressar à competição e concentrar-me inteiramente na minha carreira”, afirmou a nova recruta da Van Amersfoort Racing, a equipa que serviu de trampolim de Max Verstappen para Fórmula 1.

Sobre a ascensão à Fórmula 3, Sophia, que se iniciou no automobilismo a pilotar karts quando tinha apenas 5 anos e que chegou a estar na mira dos responsáveis pelo exigente programa de jovens pilotos da Red Bull, confessa que tem pela frente “um grande desafio”, e espera que a experiência da sua equipa a permita “aprender bastante”.

A estreia de Sophia ao volante do Dallara Mercedes-Benz acontece já no próximo fim-de-semana no circuito holandês de Zandvoort.

Depois de Cathy e Tatiana

Logo nas suas primeiras edições o Grande Prémio chegou a ter no programa uma corrida de 10 voltas ao Circuito da Guia só para senhoras. Contudo, desde que em 1982 o Grande Prémio de Macau adoptou a Fórmula 3, só mais duas senhoras participaram na prova. Cathy Muller, irmã do bem conhecido Yvan Muller e mãe do piloto do WTCR Yann Ehrlacher, foi a primeira a fazê-lo. A francesa alinhou na edição de 1983 e terminou num honroso 12º lugar entre 25 concorrentes.

Só trinta e um anos depois voltamos a ver uma representante feminina na corrida de Fórmula 3 do Circuito da Guia, foi a ela colombiana Tatiana Calderón. A exemplo de Cathy Muller, Tatiana Calderón não deslumbrou, mas ficou bem longe de desapontar, terminando na 13ª posição num pelotão constituído por 28 pilotos.

Independentemente da performance e do resultado final, só pela sua presença Sophia Flörsch acrescentará mais um motivo de interesse na corrida.

10 Jul 2018

Grande Prémio | Circuito da Guia vai ser palco de prova de atletismo

A 65.ª edição do Grande Prémio vai ser celebrada com uma corrida para duas mil pessoas ao longo do percurso. Em relação aos motores, a organização desvalorizou o facto do motociclista Glenn Irwin, vencedor no ano passado, não querer voltar a correr no território

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] circuito da Guia vai virar uma pista de atletismo como forma de celebrar a 65.ª edição do Grande Prémio do Macau. A iniciativa foi revelada, ontem, pela Comissão Organizadora do evento que vai decorrer no dia 11 de Novembro, ou seja, no domingo que antecede a prova, que se realiza entre 15 e 18 do mesmo mês.

“É a primeira vez que o circuito da Guia recebe este tipo de actividade e de certeza vai atrair muitos residentes. Como é a primeira edição os destinatários vão ser os residentes e as inscrições vão estar limitadas a duas mil pessoas”, disse Pun Weng Kun, presidente do Instituto do Desporto e Coordenador da Comissão Organizadora. A corrida vai ter como nome Fun Run.

“Vai ser uma volta completa ao circuito, que tem uma distância de 6,2 quilómetros. Queremos que os participantes possam sentir pelos seus pés a atmosfera do Circuito da Guia”, acrescentou.

Durante a conferência de ontem, na Torre de Macau, a Comissão Organizadora assinou os contratos de patrocínio para a Taça GT e Taça de Carros de Turismo de Macau. Em relação à primeira prova, a Sociedade de Jogos de Macau vai pagar 4,06 milhões de patacas pelo contrato. Já a prova para carros de turismo rende 1,9 milhões de patacas e vai ser patrocinada pela empresa Food4U.

À imagem dos anos anteriores, o Grande Prémio volta a ter um orçamento na ordem dos 220 milhões de patacas. “Não há um aumento no orçamento porque adaptámos o evento ao orçamento disponível”, justificou Pun Weng Kun.

Também os preços para o evento já se encontram à venda e variam entre as 350 e 900 patacas, para os dias de provas. Para os dias de treinos livres, o preço é de 50 patacas.

Glenn Irwin de fora

Por outro lado, Pun Weng Kun desvalorizou o facto do motociclista Glenn Irwin ter declarado que não tem intenções de correr mais em Macau, até haver uma melhoria significativa da segurança. Em declarações à BBC, norte-irlandês, que foi o vencedor do ano passado, justificou que o acidente que vitimou Dan Hegarty, e que obrigou ao fim imediato da corrida, ainda está muito presente na sua memória.

“Não estamos preocupados [com os pilotos que não querem vir] porque durante o Grande Prémio sabemos que há muitos pilotos interessados em participar. Portanto, essa não é uma grande preocupação para comissão organizadora”, defendeu o coordenador da Comissão Organizadora.

“O Grande Prémio de Macau tem 65 edições e há sempre pilotos internacionais interessados em participar. Há muitos pilotos que consideram que o circuito é muito bom. Também há alguns que devido a algumas situações ou casos pessoais que não estão interessados em vir para Macau”, apontou.

Pun Weng Kun sublinhou ainda que a organização está sempre à procura de formas para aumentar a segurança e que o circuito tem recebido elogios das federações internacionais de automobilismo e motociclismo.

6 Jul 2018

Automobilismo | Nissan confirma presença na Taça do Mundo de GT

A Nissan foi o primeiro construtor a confirmar a presença na edição deste ano da Taça do Mundo FIA de GT que decorrerá dentro do programa do 65º Grande Prémio de Macau. Esta será a primeira participação do construtor nipónico na Taça do Mundo da federação internacional

 

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]m parceria com a NISMO, o braço da competição da Nissan, a equipa KCMG vai inscrever três novos Nissan GT-R NISMO GT3 na prova do Circuito da Guia. A equipa de Hong Kong que já venceu a classe LMP2 das 24 Horas de Le Mans participa esta temporada com dois carros da marca nipónica no campeonato Blancpain GT Series Asia.

A formação liderada no terreno pelo japonês Ryuji Doi não confirmou os seus pilotos, mas é provável que a escolha recaia em dois pilotos da sua formação do Blancpain GT Series Asia e num piloto nomeado pela NISMO Motorsport. Alexandre Imperatori, Florian Strauss, Tsugio Matsuda e Edoardo Liberati são os pilotos da equipa do empresário e ex-piloto Paul Ip na competição asiática da SRO.

“Nós não somos novatos em Macau, tendo colocado carros a correr em diversas categorias anteriormente, mas a nossa parceria oficial com a NISMO permite-nos embarcar numa outra excitante oportunidade”, afirmou o responsável japonês.

Esta não será a estreia da NISMO na corrida de GT do Grande Prémio de Macau, pois em 2014, um Nissan GT-R NISMO GT3 privado participou naquela que ainda era apenas chamada Taça Macau GT. Contudo, o maior sucesso da marca na prova remonta a 1990, quando um R32 conduzido por Masahiro Hasemi venceu a célebre Corrida da Guia.

Mesmos moldes do passado

Apesar da Nissan ter sido por agora o único construtor a confirmar a sua presença na Taça do Mundo, há duas semanas, em entrevista à Rádio Macau, Domingos Piedade disse que Mercedes AMG planeava voltar em Novembro com Edoardo Mortara, vencedor da edição transacta, e Daniel Juncadella.

Igualmente é esperada a presença oficial da Audi, cujos responsáveis continuam a considerar esta corrida como “uma mais valia” para promover os seus produtos no continente asiático. BMW, Honda e Porsche poderão também fazer-se representar em parceria com equipas da região, a exemplo do ano passado.

A prova de GT voltará este ano a estar limitada a 25 inscrições, sendo que apenas pilotos classificados pela FIA como “ouro” e “platina” estão autorizados a participar. O programa será igual ao ano passado, com uma corrida de qualificação no sábado e a corrida decisiva de 18 voltas no domingo. O evento deverá começar com a tradicional exposição na Praça Tap Seac uma semana antes.

As inscrições para esta corrida abriram no dia 29 de Junho e só encerram a 31 de Agosto. Um comité de selecção irá depois escolher os participantes até ao dia 5 de Setembro, seguindo-se o período de registo, e só depois estes serão dados a conhecer ao público em geral.

5 Jul 2018

Rui Valente está por agora fora do Grande Prémio de Macau

Foi um fim-de-semana de decisões aqui ao lado no Circuito Internacional de Zhuhai para os pilotos de carros de Turismo locais. O segundo “Festival de Corridas de Macau” do ano trouxe muita animação, alegrias, tristezas e decidiu os apurados para a Taça de Carros de Turismo de Macau da 65ª edição da Grande Prémio de Macau

 

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] competição organizada pela Associação Geral de Automóvel de Macau-China (AAMC) que este ano está novamente dividida em duas classes – “AAMC Challenge 1.6 Turbo” e “AAMC Challenge 1950cc ou Superior” (anteriormente designada como Roadsport Challenge) – teve novamente quatro corridas e, mais uma vez, quatro vencedores diferentes.

À imagem do primeiro confronto, os pilotos de Hong Kong foram mais fortes entre os carros de motor 1600cc Turbo, enquanto na colorida categoria para viaturas de cilindradas superiores a 1950cc foram os pilotos de Macau a tomarem conta dos acontecimentos.

 

Classe do Suncity

A classe “AAMC Challenge 1.6 Turbo” reuniu os mesmos vinte e sete participantes do primeiro evento e a primeira corrida, no sábado, foi totalmente dominada pelos muito bem preparados Peugeot RCZ da equipa Suncity Racing Team de Hong Kong. Andrew Lo estreou-se a vencer, tendo a companhia na cerimónia do pódio dos seus companheiros de equipa Alex Fung e Paul Poon que tinha arrancado da pole-position.

Ryan Wong (Chevrolet Cruze) foi o quarto classificado e melhor dos representantes de Macau, terminado à frente de Leong Chi Kin (MINI Cooper S).

Dentro do Top-10 terminou o melhor dos nomes portugueses, Célio Alves Dias (MINI Cooper S), no nono posto. No que respeita à armada de macaenses, Hélder Assunção foi 13º, Jerónimo Badaraco (Chevrolet Cruze) finalizou no lugar seguinte, ao passado que Eurico de Jesus foi 16º. Rui Valente complicou as contas da qualificação, ao ser apenas 20º classificado devido a problemas de travões que destruíram ao longo da corrida um pneu. Filipe Souza (Chevrolet Cruze) continuou a sua senda de infortúnios e nem sequer arrancou para a primeira corrida do fim-de-semana devido a problemas de motor.

No domingo, dia decisivo para muitos, a corrida foi disputada em piso molhado, mas gradualmente a secar. A Suncity Racing Team fez outra dobradinha, com Alex Fung a ver a bandeira de xadrez à frente de Paul Poon. Sem andamento para ombrear com os dois primeiros, Cheong Chi On (Peugeot RCZ) foi o melhor dos representantes do território, conquistando o último lugar de honra.

Destaque para a corrida inglória de Rui Valente. O piloto português, que teve um acidente no treino matinal e que por isso não participou na qualificação, arrancou de último. Apostando em pneus slicks e com o asfalto a secar, Valente foi galgando posições durante as 12 voltas, terminando num doloroso 9º lugar. Mais uma volta e Valente teria subido a oitavo e com isso conseguido o ambicionado apuramento para o Grande Prémio. Naquele que é o seu 30º ano no automobilismo, Valente terá agora que esperar que algum dos 18 pilotos que ficou à sua frente não se inscreva para a Taça de Carros de Turismo de Macau do mês de Novembro.

Badaraco, o vencedor desta categoria na “Taça CTM” na pretérita edição do Grande Prémio, deu um ar da sua graça, terminando no quarto posto. Assunção foi 14º e “Bebe” Eurico finalizou em 23º, enquanto Dias terminou classificou no 19º posto, mas já com duas voltas de atraso. Filipe Souza somou mais um abandono.

 

Para os de cá

Na mais numerosa categoria “AAMC Challenge 1950cc ou Superior”, onde cinquenta concorrentes lutaram por apenas dezoito vagas, assistiu-se dois triunfos de pilotos da RAEM, a exemplo do que tinha acontecido no primeiro fim-de-semana no mês de Maio.

Na tarde de sábado Leong Ian Veng (Mitsubishi Evo9) voltou a impor-se, com uma certa naturalidade, vencendo a corrida a seu bel-prazer, obtendo o seu segundo triunfo do ano. Stephen Lee (Mitsubishi Evo9) e o japonês Mitsuhiro Kinoshita (Nissan GTR-34) perfizeram o pódio.

No domingo foi a vez do veterano Wong Wan Long (Mitsubishi Evo10) levar a melhor, por um segundo e meio sobre Samson Fung (Audi TTRS) de Hong Kong e Delfim Mendonça Choi (Mitsubishi Evo9). O piloto macaense já tinha sido quarto classificado na primeira corrida e voltou ao pódio numa corrida em que terminou a escassos dois segundos e meio do vencedor.

Luciano Castilho Lameiras teve um fim-de-semana desapontante, tendo-se qualificado para a corrida de sábado, mas não cumprindo qualquer volta, ao passo que no domingo só realizou três voltas. Por seu lado, Jo Merszei optou por não alinhar na prova por não ter uma viatura competitiva à disposição, como tinha ficado evidente no primeiro evento.

Nos próximos dias a AAMC deverá anunciar o início do período de inscrições para o Grande Prémio, onde os 18 melhores classificados de cada categoria têm acesso imediato. Aqueles que não conseguiram o apuramento directo terão que esperar por alguma desistência para terem acesso à grande corrida do ano.

3 Jul 2018

Grande Prémio | Equipa filmou na torre sem autorização e foi detida

[dropcap style=’circle’] O [/dropcap] canal chinês da Rádio Macau noticiou ontem que uma equipa de filmagem terá estado junto à torre do Grande Prémio a trabalhar sem autorização, o que levou o Instituto do Desporto (ID) a fazer queixa junto da Polícia Judiciária (PJ). O HM sabe que os suspeitos, oriundos de Hong Kong, estiveram detidos durante a noite de terça para quarta-feira, tendo sido libertados na manhã de ontem. Lau Cho Un, presidente substituto do ID, esclareceu que o pedido de autorização para a realização de filmagens foi de facto feito, mas que depois foi rejeitado, uma vez que o ID considerou que os trabalhos diários poderiam ser afectados. Ainda assim, a equipa de filmagens terá ignorado e entrou no espaço de reparação de viaturas depois do edifício do Grande Prémio, localizado na Avenida da Amizade, tendo usado ainda a ligação eléctrica. O ID diz ter avisado a equipa, mas como esta se manteve no local, a PJ foi chamada a intervir. O presidente substituto reitera que são bem-vindas filmagens, mas que é preciso cumprir as regras e não se pode afectar os outros. O ID enviou uma carta ao Instituto Cultural (IC) para dar explicação sobre o caso. Foi também noticiado que a equipa de filmagens terá causado um engarrafamento de trânsito no local.

29 Jun 2018

Tiago Monteiro espera participar em provas do WTCR

O piloto português Tiago Monteiro disse, em conferência de imprensa, no fim-de-semana da prova de Vila Real da Taça do Mundo de Carros de Turismo (WTCR), que almeja regressar à competição antes do final da presente temporada.

 

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] piloto português, de 41 anos, sofreu um violento acidente em Setembro de 2017, numa sessão de testes privados da Honda, em Barcelona, não tendo regressado ao volante em competição desde então. Contudo, Monteiro tinha esperanças reais de regressar à competição no circuito urbano de Vila Real no passado fim-de-semana, porque a evolução da sua saúde nos últimos meses tem sido muito positiva.

“A nível da visão estou quase 100 por cento recuperado, as cervicais e o ombro também, mas o traumatismo craniano foi muito forte e teve consequências maiores do que se pensava inicialmente”, referiu o portuense aos jornalistas. O piloto afirmou que a equipa médica que o tem acompanhado, tanto em Portugal, como em Miami, analisou todos os exames e concluiu que ainda era cedo para o regresso ao volante. “O impacto foi muito violento e deixa sempre sequelas. Apesar de estar a recuperar, era perigoso voltar a arriscar o impacto em menos de 12 meses após o acidente”, sublinhou.

Confiante, o ex-piloto de Fórmula 1 afirmou que se sente “completamente pronto e em plena forma” e adiantou que já teve autorização médica para fazer testes em pistas e que estes, “foram positivos”, salientando ainda que sentiu “uma adrenalina incrível” e que não teve “qualquer apreensão”.

O primeiro e único piloto português a triunfar no Circuito da Guia frisou a sua vontade de regressar à competição em algumas das provas finais do WTCR 2018. “A minha concentração e os meus objectivos estão no final da temporada. Agora, o meu objectivo é fazer algumas corridas no final da época para melhor preparar o próximo ano”, disse o piloto que não esconde a vontade de regressar ao circuito citadino da RAEM, lugar de boas memórias.

Enquanto não retorna ao activo no campeonato promovido pela Eurosport Events, Monteiro vai sendo substituído pelo jovem belga Benjamin Lessennes ao volante do Honda Civic da Boutsen Ginion Racing. A temporada inaugural do WTCR é composta por dez provas, sendo que as quatro últimas jornadas são disputadas no continente asiático; duas na China Continental (Ningbo e Wuhan), uma no Japão (Suzuka) e o Grande Prémio de Macau. 

Dois de Macau

Apesar de não ter pilotos a tempo inteiro na temporada 2018 do WTCR, existe a possibilidade de Macau ter dois pilotos na prova de encerramento da época. A organização do campeonato irá atribuir dois “wildcards” a pilotos locais que participem em provas de carros de Turismo e, segundo o que o HM apurou, há vários candidatos entre os pilotos do território. A introdução este ano do conceito TCR no “Mundial de Turismos” diminuiu os custos por prova, tornando agora a categoria rainha das corridas de Turismos muito mais apetecível aos pilotos privados em comparação com do defunto WTCC.

25 Jun 2018

Félix da Costa estreia-se nas 24h de Le Mans e admite “grande desafio na carreira”

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] piloto português António Félix da Costa vai estrear-se nas 24 Horas de Le Mans ao volante de um BMW, na terceira categoria da prova (LMGTE Pro), e admitiu que este é “um grande desafio na carreira”.

“Mais um enorme desafio na minha carreira. As 24 Horas de Le Mans são uma grande corrida em que todos querem participar, e eu não sou exceção, é um grande momento para mim”, disse o piloto, em declarações à sua assessoria de imprensa.

Ao lado do brasileiro Augusto Farfus e do britânico Alexander Sims, Félix da Costa vai entrar na emblemática prova de resistência francesa, que este ano organiza a sua 86.ª edição, ao volante de um BMW M8 de fábrica, arrancando hoje para os treinos livres antes da corrida, que começa no sábado, pelas 14:00.

Ainda hoje, Félix da Costa testa o carro em contexto competitivo, depois de “18 meses de testes de desenvolvimento”, na sessão de qualificação noturna, naquela que é uma estreia do português em Le Mans, que este ano será a segunda corrida da ‘supertemporada’ do Mundial de resistência 2018/19.

“Sabemos bem que a consistência, não cometer erros e a fiabilidade do carro serão as nossas maiores armas, e é com esse pensamento que encaramos esta mítica prova”, considerou Félix da Costa.

O português mostrou ainda vontade de “lutar pelo pódio” da categoria, “não apenas para participar” ao lado dos restantes 59 carros, que incluem ainda o português Pedro Lamy, na quarta categoria, e Filipe Albuquerque, na segunda.

Em Silverstone, primeira prova do Mundial, a equipa do piloto luso foi quinta classificada entre a GTE Pro, atrás de carros Ford, Ferrari e Porsche, naquele que é o regresso da BMW ao circuito de resistência.

14 Jun 2018

Motociclismo | Dan Kneen morre na Ilha de Man

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]an Kneen, motociclista que nas últimas duas edições do Grande Prémio de Macau terminou no 11.º lugar, perdeu a vida após um acidente, na quarta-feira, durante a sessão de treinos para a corrida TT na Ilha de Man.

Dan tinha 30 anos, competia com uma BMW e morreu após um acidente na primeira curva da sessão de treinos. “A ACU Events lamenta confirmar que Dan Kneen, 30 anos, de Onchan, na Ilha de Man, morreu esta tarde devido às lesões sofridas num acidente de Superbike durante a sessão de treinos”, comunicou a organização numa nota de imprensa.

1 Jun 2018