João Santos Filipe DesportoFutebol | Queixa sobre jogadores inscritos de forma ilegal adia campeonato [dropcap style≠’circle’]T[/dropcap]odos os jogos da 4.ª divisão do futebol de Macau foram adiados, devido às suspeitas de utilização ilegal de jogadores que estão federados em campeonatos fora da RAEM. A informação foi avançada pelo portal Happy Macao, especializado em desporto local, e confirmada pelo vice-presidente da Associação de Futebol de Macau, Daniel Sousa, ao HM. “Os jogos foram adiados. Estamos a estudar um caso que tem que ver com a 4.ª Divisão, mas não queremos mencionar as equipas e os jogos envolvidos em concreto. São dados que vamos dar a conhecer depois de haver uma decisão da Comissão Disciplinar”, afirmou Daniel Sousa, presidente da AFM, ao HM. “Esperamos que haja uma decisão dentro de uma semana ou duas. Logo a seguir, iremos retomar o campeonato”, acrescentou. De acordo com o portal Happy Macao, a situação terá tido origem a 17 de Maio, após o encontro entre a União de Macau e o Cheng Loi, jogo em que a primeira equipa perdeu nos penáltis. Após a derrota, a formação da União apresentou queixa, por considerar que o Cheng Loi utilizou atletas inscritos em outros campeonatos, o que contraria o regulamento. “Houve uma queixa e agora estamos a recolher todas as informações necessárias, mesmo junto das outra associações fora de Macau. O regulamento diz que os jogadores estrangeiros só podem ser inscritos com a apresentação da autorização da transferência internacional ou com a declaração das associações”, informou o vice-presidente da AFM. Situação repetida Esta é uma situação que não é nova em Macau. No ano passado, o Sporting foi penalizado devido à utilização de Júnior Soares, que também estava inscrito em Hong Kong. Na altura, os leões foram penalizados com uma derrota por 3-0 diante do Lai Chi, formação que apresentou a queixa. Porém, Daniel Sousa admite que o controlo destas ocorrências é mais limitado na 4.ª divisão. “Este ano está a funcionar nas três primeiras divisões um sistema mais rigoroso para controlar estas situações. A quarta divisão, embora seja uma categoria que também faz parte do sistema de promoção e despromoção, é encarada mais como um torneio de entretenimento”, explicou o dirigente. “Não temos aplicado os regulamentos de uma forma tão rigorosa como nas três primeiras divisões, mas vamos reunir com os clubes. Se exigirem que a regra passe a ser aplicada de forma mais rigorosa, é o que vamos fazer”, frisou.
João Santos Filipe DesportoAniversário | Futebol Clube da Flora celebra 50 anos e junta grupo de amigos [dropcap style=’circle’] E [/dropcap] m 1965 um grupo de amigos macaenses juntou-se e conquistou o Campeonato Bolinha de juniores. O feito foi repetido no ano seguinte, só com vitórias, e o nascimento do Futebol Clube da Flora foi mesmo oficializado a 1 de Junho de 1968. Amanhã a instituição junta-se para celebrar as Bodas de Ouro. Fundado oficialmente em 1968, o Futebol Clube da Flora cumpre amanhã o 50.º aniversário, com um amigável no Campo D. Bosco e um momento para uma foto de família do clube. No entanto, as origens da instituição remontam a 1965, quando um grupo de jovens macaenses que viviam no Edifício da Flora – habitação para funcionários públicos – e nas zonas adjacentes se juntaram para participar no Campeonato de Bolinha na categoria de juniores. “Estive sempre muito longe de imaginar que o clube ia fazer 50 anos. Confesso que a data até me estava a passar despercebida. Foi o meu sobrinho que como está a tentar inscrever o clube na Bolinha me pediu para ver os estatutos do clube no Boletim Oficial. Foi nessa altura que reparámos na data”, afirmou, ontem, Francisco Manhão, um dos fundadores, ao HM. “Oficialmente são 50 anos, mas na verdade são 53 anos. No início era um clube de pessoas que viviam no edifício da Flora, no gaveto da Avenida de Sidónio Pais e naquela zona. Juntávamo-nos para jogar à bola, como grupo de amigos e estudantes que éramos. Dávamo-nos todos bem e um dia decidimos criar a equipa da Flora. Foi por acaso”, recorda Francisco José Manhão. “Depois ganhámos animação e mais tarde registámos o clube”, acrescentou. Bi-campeonato da Bolinha Essa animação ficou a dever-se aos resultados da equipa constituída pelos já falecidos Joaquim Dillon de Jesus, Alexandre Assis da Silva e também Daniel Albino Ferreira, César Augusto Pereira, Pedro da Rosa de Sousa, Júlio Noronha de Assunção e António Guerreiro, além de Francisco José Manhão. Entre 1965 e 1966, a equipa alcançou o bi-campeonato da Bolinha no escalão de juniores. “Em 1965 participámos pela primeira vez e ganhámos. Depois voltámos a conquistar a Bolinha em 1966. Foi um momento em que ficámos orgulhosos”, confessou Manhão, ao HM. “Disputámos dez jogos, cinco na fase regular e cinco nas eliminatórias, e ganhámos todos. Marcámos 75 golos e sofremos 8 golos. Foi uma marca que nos deixou um bocado orgulhosos”, reconhece. Com treinos no D. Bosco, a equipa era orientada por Manuel Matias da Silva: “Infelizmente já partiu. Foi um treinador muito importante para nós. Na altura, treinávamos muito cedo, porque ele tinha de trabalhar às nove. Então treinávamos logo às 7h da manhã no D. Bosco e ele depois ia a tempo para o trabalho”, aponta. Domingos complicados Com o avançar dos anos, a formação começou a jogar no escalão de seniores e alargou a participação ao Futebol de 11. A primeira participação no principal escalão valeu à equipa um terceiro lugar. Já no futebol de onze a estreia resultou num 4.º lugar. Mesmo assim, Manhão admite que um dos principais desafios passava pelo facto dos jogadores gostarem de sair nas noite de sábado, mesmo quando havia jogo no domingo: “Os jogos aos domingos eram os mais complicados porque ao sábado íamos para a paródia… É a vida. Íamos ouvir música, beber e outras coisas. Nessa altura tínhamos essa desvantagem. Mas não foi mau porque mesmo assim ficamos em quarto nos seniores”, considerou o membro fundador do clube, em tom divertido. Finalmente, em 1969 a equipa ficou praticamente parada devido ao facto dos atletas precisarem de cumprir o serviço militar. Mesmo assim, ao longo dos anos o clube foi participando em competições de forma intercalada. Essas participações esporádicas valeram mesmo um título da 2.ª Divisão da Bolinha, no finais dos anos 70 e inícios dos anos 80, numa equipa que contava além de Francisco Manhão com Jaime Madeira, Jeremias Madeira, Humberto Évora, Mário Évora, Mário Alberto, Rui Izidro ou Aleixo Nunes. Domingos Tang Borges era o treinador. Por outro lado, a instituição foi expandindo as participações a outras competições como o hóquei em campo, hóquei em patins ou, mais recentemente, o voleibol. As últimas duas modalidades ainda estão activas e este ano o Futebol Clube da Flora ganhou o título de Macau de hóquei patins no escalão que integra os sub-14 até aos sub-19. Nesta altura, também tem a possibilidade de alcançar o título de hóquei patins no escalão até aos sub-14. Festa no D. Bosco Vários membros do clube voltaram a reunir-se ontem para assinar, numa conferência de imprensa, o aniversário. Mas as principais festividades estão agendadas para a sexta-feira, com uma foto de família e amigável no D. Bosco e, mais tarde, um jantar. Apesar disso, os membros costumam encontrar-se de forma regular. “Ainda nos encontramos com regularidade e, de vez em quando, almoçamos aqui na APOMAC”, contou Manhão.
João Santos Filipe DesportoLiga de Elite | Miguel Noronha foi o herói da vitória do Monte Carlo frente ao Ka I O Estádio de Macau assistiu a um espectáculo de golos no sábado à noite com os Canarinhos a imporem-se por 6-5, já em período de descontos [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Monte Carlo venceu o Ka I por 6-5 no sábado à noite, num encontrou que ficou marcado pelo golo tardio apontado por Miguel Noronha. Quando o cronómetro indicava os 94 minutos, o atacante rematou à entrada da área e apontou o 6-5, que permitiu a vitória tardia canarinha. Com o golo, Miguel Noronha tornou-se o herói da vitória, num jogo que ficou marcado também pela grande eficácia dos canarinhos, que em seis remates à baliza marcaram seis golos. Por sua vez, o Ka I rematou mais mas mesmo assim não o suficiente para evitar uma derrota surpreendente, apesar dos quatro tentos apontados por William. Apesar de uma entrada mais ofensiva da equipa que actuou de vermelho, foi o Monte Carlo que se colocou primeiro em vantagem. Aos 10 minutos, Miguel Noronha isolou Vernon Wong, numa jogada de contra-ataque, e o avançado na frente do guardião Sou Kwok Ho rematou para o 1-0. Um golo que nasceu do primeiro remate à baliza feito pelo Monte Carlo. Se no primeiro lance de golo a defesa do Ka I se tinha mostrado algo desconcentrada, a confirmação desse facto chegou aos 27 minutos. Vernon Wong teve tempo para, dentro da área, fintar três adversários e ainda rematar quase em câmara lenta para o 2-0, sem que o guardião Sou pouco mais pudesse fazer do que tentar sair-lhe aos pés. Em desvantagem, a recuperação do Ka I começou aos 33 minutos. Fábio Ribeiro surge isolado perante o Ho Mai Fan, que consegue cortar a bola. Contudo, William chega mais rápido que toda a gente ao ressalto e reduz para 1-0. Mais tarde, a um minuto do intervalo, Kou Cheng Hong apontou o tento do 2-2, quando tirou dois adversário do caminho e rematou, já dentro da pequena área, para o golo. Esforço inglório No regresso do intervalo, o Ka I veio com a mesma atitude e demorou pouco tempo a chegar à vantagem. William, no espaço de dez minutos, aos 46 e 56, colocou os encarnados na frente por 4-2. Contudo, o esforço do brasileiro foi inglório. Na defesa a equipa do Ka I deixou-se adormecer e sofreu três golos, que colocaram o resultado em 5-4, com sete minutos do tempo regulamentar para jogar. Geofredo Cheung, Miguel Noronha e Iong Oi Chit foram os marcadores de serviço. O Ka I não baixou os braços e três minutos depois, aos 86 minutos, chegou ao empate através de William, que fez o 5-5. Com este resultado, o encontro parecia caminhar para o fim, mas, aos 94 minutos, chegou o golo que haveria de imprimir surpresa ao marcador. Noronha remata, à entrada da área, com pouca força e de forma rasteira, mas e a bola toma a direcção da baliza, só parando lá dentro. O guardião Sou pouco fez e assim o Monte Carlo garantiu os três pontos num encontro em que nem sempre se defendeu da melhor maneira. Jogo entre Casa de Portugal e Tim Iec adiado A Casa de Portugal tinha encontro agendado diante do Tim Iec para ontem, no Canídromo, mas o jogo foi adiado devido ao aviso de tempestade içado pelos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG). A nova data deverá ser agendada durante esta semana, sendo provável que o encontro se realize em Julho. Já na quinta-feira à noite o Consulado de Portugal tinha derrotado o Hong Ngai por 2-0, com golos de Pedro Maia, aos 66 minutos, e Diego Miranda, aos 78 minutos.
Leocardo PolíticaSporting! Agora que tenho a vossa atenção… [dropcap style≠’circle’]H[/dropcap]oje decidi falar do Sporting, o tema quente do momento. Estava a pensar a guardar a minha costela de pseudo-jornalista desportivo para o mundial de futebol, que arranca no próximo mês na Rússia, mas é impossível ficar indiferente. Até porque o tema não se esgota dentro das quatro linhas. Falar hoje do futebol em Portugal no seu geral, e da situação do Sporting em particular tem muito mais que se lhe diga. Mesmo quem não percebe patavina do desporto-rei, tem certamente uma opinião formada sobre os últimos acontecimentos envolvendo o clube da capital, um dos ditos três grandes em Portugal. Tenho amigos sportinguistas, gente de bem, e tenho a certeza que se estiverem a ler estas linhas, vão ter em conta de que isto se trata de um artigo de opinião. Mais nada. O problema, ou os problemas do Sporting, sobretudo os mais recentes, parecem orbitar todos em volta da mesma pessoa: o seu presidente, Bruno de Carvalho. Respeito a escolha do sportinguistas, que o elegeram por duas vezes, a última delas no ano passado, mas é difícil entender porque é que alguns deles ainda ficam do seu lado. Há um mês e meio Bruno de Carvalho criticou duramente a equipa de futebol após uma derrota em Madrid numa partida a contar para a Liga Europa, e após uma declaração conjunta de repúdio a essas declarações por parte dos jogadores, ameaçou suspender toda a equipa principal, chegando mesmo a colocar-se a hipótese do clube alinhar com as reservas – isto numa altura em que o Sporting ainda discutia o campeonato nacional. Os ânimos ficaram mais ou menos serenados até à semana passada, quando após uma derrota na última jornada da Liga, que relegou o Sporting para o 3º lugar da classificação final, um grupo de alegados adeptos leoninos invadiu as instalações do centro de estágio da equipa, em Alcochete, agredindo jogadores, equipa técnica e outros funcionários do clube. O caldo estava definitivamente entornado. O caso extravazou para fora do mundo do futebol; afinal tratou-se de um ataque a profissionais, e pouco importa do quê, dentro do seu local de trabalho. É também uma questão de segurança, no fundo. O presidente Bruno de Carvalho começou, e mal, por desvalorizar o sucedido, e suspeita-se que os actos cometidos contra os jogadores e outro património do clube terá ocorrido com a sua anuência, o que é extremamente grave. Os atletas ameaçam agora com rescisões por justa causa, e para piorar a situação a equipa veio a perder na final da Taça de Portugal no último Domingo, frente ao Desp. das Aves. Foi a cereja no topo do bolo daquele que tem sido o “annus horribilis” do clube de Alvalade. Estranhamente, Bruno de Carvalho não se demitiu, e tudo indica que não o fará de ânimo. Se o problema fosse com o treinador ou com um jogador, certamente que este já não estaria no Sporting. O caso, que em tudo se assemelha a uma novela mexicana, ou a um qualquer folhetim de pouca qualidade, tem tido todos os dias novos desenvolvimentos, e entre o tempo que escrevo estas linhas e amanhã, quando sairem nas páginas deste jornal, sabe-se lá o que mais terá acontecido. O Sporting, quer se goste ou não, é uma instituição centenária, e que durante a sua longa história formou milhares de homens e mulheres, que se orgulharam e orgulham de vestir as suas cores. Os adeptos e simpatizantes do clube merecem muito mais do que Bruno de Carvalho lhes pode oferecer, que não é nada que se aproveite. Com o estado actual de coisas, nenhum atleta profissional no seu perfeito juízo ponderaria representar um clube que não lhe garantisse desde a primeira hora estabilidade. Os sportinguistas precisam de virar esta página negra do clube e recomeçar, enquanto é tempo. E com Bruno de Carvalho fora da equação, naturalmente.
Valério Romão h | Artes, Letras e IdeiasUma crónica (quase) sobre bola [dropcap style=’circle’] N [/dropcap] ão costumo escrever sobre futebol. Nem com os meus amigos falo muito de bola. Gosto de ver um bom jogo, gosto quando o Benfica ganha, gosto sobretudo de ver a alegria que invade as ruas quando os adeptos de um clube que ganha campeonato ou taça saem para festejar. Não gosto do que gravita em redor do campo e que de certo modo serve de lume brando entre o apito final de um jogo e o inicial do próximo. Os programas sobre futebol são demasiados e demasiado longos. Os formatos são previsíveis e desinteressantes: um painel de “peritos” – vulgo caceteiros profissionais e caras-de-pau encartados – insultam-se hora ou hora e meia perante a anuência complacente de um “moderador” – pago para evitar que cada programa desemboque numa batalha campal. É mais edificante e muito mais interessante assistir a um documentário sobre sexo entre insectos exóticos. Esta semana, no entanto, acabou por ser de uma invulgar violência, mesmo para os níveis a que nos habituámos. Meia centena de encapuzados invadiram o centro de treinos do Sporting para “exprimirem o seu descontentamento”, como me foi dado a ler em entrevistas com a rapaziada que lida mal com o insucesso. Como com tudo quanto é bola, foi dada uma ampla cobertura noticiaria à coisa. Todo e qualquer bicho-careta que tivesse relevância mediática foi ouvido exaustivamente. Até o presidente da Assembleia da República disse umas banalidades sobre o assunto. O país ficou reduzido a uma tasca a céu aberto onde todos se acotovelam para vociferam as suas opiniões. Portugal, quando toca a bola e doenças, é um país de especialistas. As televisões, reféns das audiências, ofereceram-se para apresentar em directo o mais pobre espectáculo de pirotécnica possível; vídeos de telemóvel em loop horas a fio, comentadores de todas as especialidades imagináveis, rodapés pejados de erros ortográfico-estagiários e a denunciarem o caos instalado no país. Um chorrilho pastoso de trivialidades desfiadas como se estivéssemos a assistir a um 9/11 em solo luso. Cada país tem o terrorismo possível. O rapaz Bruno de Carvalho, dotado de uma demasiado óbvia instabilidade mental para o cargo que ocupa, falou, falou, falou. Surpreendeu apenas aqueles que esperavam dele alguma contenção verbal e um módico savoir-faire na altura de apaziguar os ânimos. Como qualquer narcisista profissional, a gravidade do assunto não o melindrou um instante que fosse; a doçura do holofote apazigua qualquer tragédia. Tudo é forma, imagem, prestação, eu. Nada é conteúdo. Dir-se-ia do rapaz Bruno de Carvalho que seria possível vê-lo feliz da vida num velório desde que estivesse a ser filmado. Os psicopatas narcisistas pululam um pouco por todo o lado, mas são particularmente felizes em posições de topo nas quais podem exercer poder e crueldade sem perder um minuto de sono à noite. Uma grande empresa não dispensa um punhado de psicopatas para posições de chefia. Dão-se particularmente bem como CEOs e gestores de recursos humanos. Entretanto, o mundo lá fora continua a girar. Na sexta-feira passada, mais um tiroteio numa escola dos Estados Unidos, país onde há tantas armas como pessoas. Os republicanos sacaram previsivelmente da cartada “thoughts and prayers”, resposta pronta para qualquer tragédia evitável. Um utilizador do twiter meteu uma foto com dois gatos: “I named my cats ‘thoughs’ and ‘prayers’, because they are useseless”. Felizmente há pelo menos duas Americas: a dos que querem mais armas e a dos que querem menos violência. Cada país devia ser muitos. Por aqui, não é que esta e outras notícias não tenham sido vistas ou comentadas. Mas não logram sobreviver à asfixia que se abate sobre o rectângulo quando o assunto é bola. A cura do cancro não teria força para competir com uma final da taça de Portugal. A descoberta de vida alienígena não é nada comparada com a lesão de Jonas. O apocalipse zombie, perto de um confronto entre claques, parece coisa de meninos.
João Santos Filipe DesportoTaça AFC | Benfica de Macau termina participação com vitória por 3-0 Com o triunfo de ontem diante dos norte-coreanos do Hwaepul, as águias encerraram a participação na competição continental com quatro vitórias em seis partidas. O matador Carlos Leonel foi o melhor jogador em campo e apontou todos os golos [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] partida de despedida do Benfica de Macau na histórica participação na Taça AFC terminou com mais uma vitória, desta feita diante do Hwaepul por 3-0, no Estádio de Macau. Em mais uma noite de magia de Carlos Leonel, que marcou os três golos dos encarnados, as águias confirmaram o segundo lugar do Grupo I, com quatro vitórias em seis jogos. Diante de 300 pessoas, a formação de Bernardo Tavares entrou em campo no esquema habitual de 4-4-2, com Batista na baliza, Chan Man, Vítor Almeida, Gilchrist e Lei Chi Kin na defesa; Hugo Silva, Edgar Teixeira, Cuco e Tetteh no meio-campo, e a dupla atacante a ser constituída por Nikki e mais à frente o goleador Carlos Leonel. No lançamento do encontro, o técnico português tinha afirmado que o Benfica de Macau já não eram visto como um clube “coitadinho” do futebol asiático, e a equipa não perdeu tempo a dar razão ao treinador. Apesar de um equilíbrio inicial entre as duas formações, as águias mostraram-se superiores e mais objectivas na altura de atacar. Mesmo quando em certos momentos perderam bolas no meio-campo, que facilmente poderiam criar problemas junto à sua baliza. Com os ataques longe de terem o melhor seguimento em ambos os lados, a oportunidade de golo mais evidente só surgiu aos 40 minutos. Após a marcação de um livre por Edgar Teixeira, Tetteh surge isolado à frente da baliza, mas cabeceia por cima. Se Tetteh revelou falta de pontaria, Carlos Leonel não cometeu o mesmo erro, dois minutos depois. Após um cruzamento na área de Tetteh, a redimir-se, o avançado cabeceou sem levantar os pés para o 1-0, já dentro da pequena área. Aos intervalo, as águias justificavam em pleno a vantagem, contra uma equipa norte-coreana com muita vontade, mas longe em termos de qualidade do Benfica. Instinto matador No segundo tempo, as equipas subiram ao relvado sem alterações nos onzes titulares, mas o Hwaepul encostou nos primeiros minutos o Benfica à defensiva e conseguiu três pontapés de canto seguidos. Aos 55 minutos, numa fase em que o Benfica tinha aliviado um pouco a pressão, o Hwaepul esteve mesmo muito perto de marcar, com Choe Kwang Jin a rematar, isolado. Contudo, Batista fez a defesa da noite, ao sair para fazer a mancha aos pés do adversário. Apesar de ter feito o primeiro remate à baliza na segunda parte apenas aos 62 minutos, a oportunidade não foi desperdiçada e o Benfica matou o jogo. O primeiro remate deu origem a um canto, batido por Hugo Silva, que cruzou ao segundo poste. Mais uma vez, Carlos Leonel surgiu a cabecear e fez o 2-0, apesar de um defesa norte-coreano ainda ter tentado aliviar a bola em cima da linha de golo. O Benfica voltou a marcar novamente antes do fim da partida, quando, aos 81 minutos, Pang Chi Hang é derrubado na área depois de uma boa arrancada e o árbitro marca penálti. Na marcação, Carlos Leonel rematou colocado e fez o 3-0. Até ao final, o encontro não sofreu alterações no marcador e partida acabou com o triunfo encarnado. Bernardo Tavares: Milagre merecido No final do encontro, o treinador do Benfica de Macau mostrou-se orgulhoso com os 12 pontos alcançados em 18 possíveis. Por essa razão, Bernardo Tavares afirmou que as pessoas de Macau deviam sentir-se orgulhosas do clube. “Doze pontos nestas condições que temos, num grupo da Taça da AFC, é uma marca histórica. Foi um momento histórico e Macau devia olhar para estes rapazes de outra maneira”, disse o técnico. “Agora, há todo um crédito diferente do Benfica de Macau e as pessoas já falam do clube de outra maneira. Não digo que seja um milagre, porque foi tudo merecido, mas o facto de disputarmos o segundo lugar do grupo desta maneira e de termos ganho por 3-0 é muito positivo”, acrescentou. Em relação à partida, o treinador considerou que o resultado está longe de espelhar a diferença entre as duas formações e que o desafio só foi tornado fácil devido à qualidade da exibição dos seus atletas. “Foi um jogo contra uma equipa complicada em que olhamos para o resultado e parece que foi fácil. Só que foi um jogo complicado, que os jogadores tornaram fácil. O posicionamento sem bola foi quase excelente”, defendeu. “Na segunda parte, o golo foi muito importante, porque eles entraram de forma muito pressionante e com vários cantos”, frisou. Carlos Leonel: Momento para celebrar Com mais três golos ontem, Carlos Leonel somou um total de sete tentos ao longo dos seis jogos da competição. No final, mostrou-se muito satisfeito a nível pessoal, mas preferiu dar o mérito à equipa e ao clube. “Sinto-me muito feliz pela minha participação na AFC mas estou mais feliz pelo que fizemos em equipa e pelas pessoas que investiram não só em mim mas neste projecto. Estou orgulhoso por saber que faço parte de um projecto que começou há oito anos e que atingiu este ponto. Todas as pessoas que estão no futebol de Macau devem estar orgulhosas pelo que foi conseguido. Parece um milagre mas é fruto de muito trabalho”, frisou. Ao mesmo tempo, o avançado admitiu que a prestação do Benfica de Macau deve ser uma inspiração para os jovens que gostam de futebol, mas que consideram que no território não vale a pena apostar na modalidade: “Hoje [ontem] é um dia para celebrar e sair com um sorriso na cara. Escrevemos uma página muito bonita no futebol de Macau”, considerou. Mun Ho Il: Talvez outro dia “Hoje não foi o nosso dia. Se tivéssemos outra oportunidade, num jogo diferente do de hoje, acredito que poderíamos ter um resultado diferente”, afirmou Mun Ho Il, treinador do Hwaepul. O técnico norte-coreano admitiu igualmente que a equipa teve dificuldades para se adaptar ao tempo de Macau e às condições do relvado natural, uma vez que os coreanos estão acostumados à relva artificial. Grupo I – Classificação Final Posição Clube Pontos Jogos Vitórias Empates Derrotas 1.º 25 de Abril 18 6 6 0 0 2.º Benfica de Macau 12 6 4 0 2 3.º Hwaepul 6 6 2 0 4 4.º Hang Yuen 0 6 0 0 6
João Santos Filipe DesportoLiga de Elite | Benfica de Macau e Chao Pak Kei empatam 2-2 No jogo entre os primeiros classificados, o C.P.K. conseguiu a igualdade e afastou as águias do sonho do campeonato perfeito só com vitórias. O golo do empate foi festejado pela equipa de Gilmar Tadeu como se de uma vitória se tratasse [dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]oi ao minuto 92 do encontro com o Chao Pak Kei que chegou ao fim o sonho do campeonato perfeito para o Benfica de Macau. Após uma partida equilibrada, as águias conseguiram superiorizar-se e aos 76 minutos venciam por 2-0. Contudo, a expulsão de Iuri Capelo relançou o encontro e permitiu aos comandados por Gilmar Tadeu alcançar mais tarde o empate por 2-2. Na sexta-feira, os encarnados entravam em campo no Estádio de Macau com a missão de bater o C.P.K. e dar um passo de gigante rumo ao quase certo pentacampeonato. Por sua vez, o Chao Pak Kei tinha como objectivo adiar ao máximo a conquista do título por parte das águias e impedir que a vantagem de sete pontos crescesse para dez. Apesar da primeira parte ter sido bastante equilibrada, com as duas equipas a praticar um futebol interessante, foram as águias a fazer a diferença. O primeiro golo surgiu aos 26 minutos, através de Edgar Teixeira. Após uma bola aérea a cerca de 30 metros da baliza do C.P.K., uma defessa carregou Carlos Leonel por trás, que caiu. O árbitro marcou prontamente falta, com livre directo para as águias. Apesar de alguma hesitação, a defensiva do C.P.K. fez uma barreira apenas com três homens. Na marcação, Edgar Teixeira rematou directo e fez o 1-0, aproveitando a falha do guarda-redes Lei Tin U. Passados 10 minutos, o Benfica dilatou a vantagem, com a concretização do segundo golo. Mais uma vez, Carlos Leonel ganha uma falta de costas para a baliza, desta feita a meio do meio-campo ofensivo. O árbitro apontou o castigo e, na marcação, Edgar Teixeira bombeia a bola para a área. É nesse momento que Carlos Leonel surge na área contrária, entre a defensiva do C.P.K., e cabeceia junto ao poste da baliza defendida por Lei Tin U, fazendo o 2-0. Expulsão e surpresa No segundo tempo, o encontro continuou equilibrado, com o C.P.K. mais ofensivo e à procura de voltar a entrar na partida. No entanto, o Benfica de Macau, apesar de permitir algumas oportunidades ao adversário, mostrava controlo dos acontecimentos. Com a intenção de mexer na equipa, Gilmar Tadeu apostou forte no ataque com a entrada de Ho Ka Seng, para o lugar de Lam Ka Seng, Kwok Siu Tin por Emanuel Líbano e Felipe Souza para substituir Danilo. As alterações acabaram por confirmar o pendor ofensivo que a formação necessitava. Finalmente, aos 76 minutos começou o fim do sonho do Benfica. Bruno Nogueira isola-se num contra-ataque rápido e só é parado, em falta, por Iuri Capelo, à entrada da área. Sem qualquer dúvida, o árbitro Robesh mostrou o vermelho ao extremo encarnado. Na marcação desse livre, surgiu o pontapé de canto em que Diego Patriota aproveitou, ao segundo poste, para desviar de peito para o 2-1. Apesar de ter feito três substituições a seguir ao golo com o objectivo de equilibrar a equipa, Bernardo Tavares não conseguiu evitar a igualdade. Já no período de descontos, o C.P.K. lançou um contra-ataque rápido na direita do ataque e Alexandre Matos cruza rasteiro para a área, onde surge, ao segundo poste, Ho Ka Seng a desviar para o 2-2. Um golo que foi festejado pelo C.P.K. como se de uma vitória se tratasse. Com este resultado a diferença de sete pontos entre as formações mantém-se, numa altura em que a Liga de Elite deve parar durante três semanas e restam apenas seis jornadas para o fim do campeonato. Lugar Equipa Pontos Jogos Vitórias Empates Derrotas Golos 1.º Benfica 34 12 11 1 0 59-8 2.º C.P.K. 27 12 8 3 1 77-11 3.º Sporting 25 12 8 1 3 34-11 4.º Ching Fung 24 12 7 3 2 27-12 5.º Ka I 21 12 6 3 3 44-18 7.º Monte Carlo 16 12 5 1 6 18-13 6.º Polícia 12 11 4 0 7 12-26 8.º Hang Sai 7 11 2 1 8 10-51 9.º Alfândega 3 12 1 0 11 4-54 10.º Lai Chi 1 12 0 1 11 5-77 Resultados da Jornada C.P.K. 2-2 Benfica de Macau Lai Chi 0-9 Ching Fung Ka I 5-0 Alfândega Sporting 3-0 Monte Carlo Hang Sai 0-0 Polícia* Jogo encontrava-se empatado à hora de fecho.
João Santos Filipe DesportoTaça AFC | Benfica de Macau procura regressar às vitórias em Taiwan [dropcap style=’circle’] A [/dropcap] s águias vão à Ilha Formosa procurar mais uma vitória para se manterem no luta pelo segundo lugar do Grupo I da Taça AFC. Em declarações ao HM, Bernardo Tavares admite que a equipa vai ter pela frente um desafio muito difícil. O Benfica de Macau está em Taiwan e defronta esta tarde, pelas 19h, o Hang Yuen, no quinto jogo do Grupo I da Taça AFC. Ao HM, o treinador Bernardo Tavares previu uma tarefa muito difícil para as águias, mas garante que a motivação dos atletas está em alta, apesar das duas derrotas seguidas frente ao 25 de Abril, por 8-0 e 2-0. “A atitude da equipa tem sido fantástica e a motivação está nos 200 por cento. Até os jogadores que estão lesionados querem ir para o relvado e participar nos encontros para a Taça AFC. O esforço do atletas tem sido inexcedível”, afirmou o treinador das águias. No primeiro jogo oficial do Benfica de Macau na Taça AFC, a formação local conseguiu ganhar em Macau diante da equipa de Taiwan por 3-2, após ter estado a perder por 2-0. No entanto, Bernardo Tavares espera agora uma tarefa mais complicada, até porque o Hang Yuen já começou a participação na Liga da Ilha Formosa. “Vai ser um jogo mais difícil. Apesar de termos vencido por 3-2 em Macau, esta equipa já começou o campeonato e tem um entrosamento maior. Também estão melhor fisicamente e isso ficou demonstrado pelo último jogo, em que só perderam por 1-0, diante do Hwaepul”, explicou. “É uma equipa muito agressiva que tem jogadores muito físicos como Lin Shih-Kai e Chen Ching-Hsuan. Também no meio-campo têm o Jean-Marc Alexandre, um jogador possante e com experiência da liga norte-americana”, acrescentou o técnico sobre os pontos fortes do Hang Yuen. Menos de 72 horas Por outro lado, Bernardo Tavares reconheceu que a tarefa das águias é mais complicada pelo facto da equipa ter tido menos de 72 horas de descanso, após o último encontro para a Liga de Elite. Este foi um jogo em que os encarnados derrotaram o Ka I por expressivos 8-2. Ao mesmo tempo, o Benfica tem vários jogadores em dúvida, como Cuco, Edgar Teixeira, David Tetteh, Lei Chi Kin e Nicholas Torrão. Confirmadas estão as ausências de Vítor Almeida, Filipe Duarte, por lesões, e Gilchrist Nguema, suspenso por acumulação de amarelos. “As baixas fazem com que tenhamos de adaptar jogadores a posições em que não estão habituados a jogar. Por isso, será uma partida que vai exigir um grande espírito de sacrifício dos atletas. Também tivemos um descanso inferior a 72 horas com viagens pelo menos, após o último jogo e poderá haver cansaço. Não serve como desculpa, mas é uma situação nova com que temos de lidar”, disse o treinador do Benfica. Bernardo Tavares faz ainda um balanço positivo da participação na competição, mesmo que os resultados no jogo de hoje e depois frente ao Hwaepul, a 16 de Maio, não sejam os que a equipa deseje. “Se olharmos para o que se passou nos dois jogos que ganhámos e para o resultados em si, acho que as pessoas em Macau e o Futebol de Macau têm de estar orgulhosos com o que se conseguiu fazer”, considerou. No outro encontro do grupo, o Hwaepul recebe o já apurado 25 de Abril, às 14h de Macau. As águias e a formação do Hwaepul estão neste momento a lutar pelo segundo lugar do grupo.
João Santos Filipe DesportoLiga de Elite | Benfica fecha segunda volta com goleada por 5-1 ao Sporting [dropcap style=’circle’] N [/dropcap] o Estádio de Macau as águias tiveram uma primeira parte de grande nível, com o extremo Pang Chi Hang em destaque. Do lado do Sporting, o resultado final acabou por ser mais pesado do que o merecido, devido a duas faltas de atenção, já nos descontos O Benfica venceu o Sporting por 5-1, ontem à noite, no Estádio de Macau, depois de um primeira parte avassaladora e de um tempo de desconto sofrível dos leões. No rescaldo da goleada na Coreia do Norte por 8-0, Pang Chi Hang foi o homem em destaque nas águias, por ter marcado um golo, feito uma assistência e sofrido a falta, já na segunda parte, que deu origem ao penálti, que Edgar Teixeira não conseguiu converter. No encerramento da primeira volta da Liga de Elite, o Benfica entrou em campo com o habitual de estatuto de favorito e com o objectivo de deixar para trás a goleada diante do 25 de Abril. Já o Sporting tinha em mente manter-se na luta pelo 2.º lugar e aproveitar o empate a uma bola entre o Ka I e Chao Pak Kei. Como é habitual, o Benfica impôs desde o início o controlo dos acontecimento e, aos quatro e cinco minutos, Hugo Silva e Carlos Leonel, tiveram oportunidades flagrantes para colocarem as águias na frente. Em ambos os casos, o guardião Rui Oliveira, negou-lhes a intenção. Por sua vez, o Sporting, aos nove minutos, teve a melhor ocasião da primeira parte, quando Malachy bateu um livre frontal que passou muito perto da baliza de Batista. Foi aos 11 minutos, que o espectáculo Pang Chi Hang começou. Após um lance na área do Sporting a bola é rematada por um jogador das águias e sobra para o internacional de Macau. Pang não facilita e remata para o 1-0, sem dar hipóteses ao guardião leonino. O segundo golo chegou vinte minutos depois, aos 31, numa altura em que as arrancadas de Pang desconcertavam por completo a defensiva leonina. No entanto, no 2-0, o mérito pertenceu a Chan Man, que ganhou a bola na linha do fundo e cruzou para Carlos Leonel. Ao segundo poste, o avançado não perdoou e cabeceou para o golo. Cinco minutos depois, Pang arrancou novamente pela direita, deixou para trás a defesa contrária e cruzou para a área, onde surgiu Tetteh, que desviou para o 3-0. Desconto desastroso No segundo tempo, o Sporting de Macau conseguiu equilibrar os acontecimentos e tornou-se mais atrevido. Mesmo assim, aos 46 minutos, Pang Chi Hang voltou a arrancar e foi derrubado na área, por Fong Chan Fai. O árbitro não teve dúvidas e assinalou penálti, com o jogador a ver o amarelo. Na marcação, Edgar Teixeira permitiu a defesa de Rui Oliveira. À passagem do minuto 75 os leões conseguiram marcar o golo do 3-1. Após um livre na esquerda do ataque leonino, Prince marcou o golo que salvou a honra leonina. No entanto, o trabalho bem feito pela equipa do Sporting ficou manchado nos últimos três minutos, já em tempo de compensação. Com a defesa leonina a dormir, Nicholas Torrão foi o primeiro a aproveitar e fez 4-1, após passe de Carlos Leonel. No lance seguinte, foi a vez de Nikki devolver a assistência a Leonel, que fez o 5-1 final. Nos outros encontro, o Monte Carlo venceu a Alfândega por 5-0, o Lai Chi empatou diante do Hang Sai por 1-1 e o Ching Fung bateu a Polícia por 3-0.
João Santos Filipe DesportoLiga de Elite | C.P.K isola-se em segundo com vitória por 2-1 frente ao Sporting [dropcap style=’circle’] O [/dropcap] Chao Pak Kei isolou-se no segundo lugar com um golo de Diego Patriota já nos tempos de desconto. Por sua vez, o Benfica de Macau é cada vez mais líder, após vencer a Polícia por 2-0. Diego Patriota foi o herói do Chao Pak Kei e apontou os dois golos que permitiram à formação orientada por Ignacio Hui vencer o Sporting de Macau, por 2-1. O golo da vitória chegou no último lance da partida e vale o segundo lugar da Liga de Elite isolado ao C.P.K. Com a luta pelo segundo lugar ao rubro, C.P.K. e Sporting de Macau defrontaram-se no sábado à noite, no Estádio de Macau, naquele que foi o primeiro encontro entre as duas formações esta temporada, em jogos oficiais. A partir dos minutos iniciais, o C.P.K. assumiu o controlo do encontro, com a equipa instalada no meio-campo defensivo do Sporting. Por sua vez, a formação orientada por Nuno Capela preocupava-se em não dar espaços defensivos, apostando em contra-ataques conduzidos pelos nigerianos Prince e Malachy, jogadores com uma velocidade muito acima da média. Foi nesta toada que a primeira oportunidade de golo surgiu para o C.P.K., aos 8 minutos, com Bruno Nogueira a rematar no bico da área do Sporting. O remate do brasileiro tomou a direcção da baliza, mas o guardião Rui Oliveira, atento, agarrou sem grandes dificuldades. Volvidos mais seis minutos, o C.P.K. voltou a ter uma nova oportunidade de golo. Após um livre na esquerda do ataque, marcado à Camacho, ou seja com um toque para a entrada da área, Diego Patriota surgiu na cara do golo. Com todo o tempo do mundo, o brasileiro rematou fraco, permitindo a Rui Oliveira mais uma defesa. Até ao intervalo a formação o Chao Pak Kei continuou a carregar e aos 34 minutos, Lam Ka Seng teve mesmo o golo nos pés. Contudo, à imagem de Patriota, rematou fraco no momento decisivo. Reviravolta Logo após o intervalo, a estratégia de Nuno Capela deu frutos. Num contra-ataque rápido, Prince passa por três defesas do C.P.K. e encontra, num misto de cruzamento e remate, Malachy, ao segundo poste. O nigeriano não perdoou e encostou para o 1-0. Um golo que premiou a eficácia leonina, contra o maior caudal ofensivo do adversário. No entanto, o empate chegou 10 minutos depois. Num lance com uma bola bombeada para a área, Eric Peres toca com um braço o peito de Danilo, que cai na área. O árbitro não tem dúvidas e apita para grande penalidade. Na consequência do lance, Peres teve mesmo de ser substituído devido a lesão no tornozelo. Na marcação do castigo máximo, Patriota rematou rasteiro para a direita da baliza e enganou o guarda-redes, que se atirou para o lado oposto. Estava feito o empate a 1-1, quando o relógio indicava os 56 minutos. Com o jogo empatado o C.P.K. continuou mais pressionaste. A vitória poderia ter chegado logo aos 78 minutos, porém, Danilo teve um falhanço incrível, quando se conseguiu isolar. Finalmente, aos três minutos de desconto, surgiu o momento decisivo. Após um primeiro cruzamento de longe, a defesa do Sporting não consegue aliviar a bola, que sobra para Lam Ka Seng. O jogador do C.P.K. em vez de rematar passa à entrada da área para Patriota, que coloca bola junto ao poste esquerdo e faz o 2-1. Benfica firme na liderança Já na sexta-feira, o Benfica de Macau tinha ganho à Polícia por 2-0, num jogo mais sofrido do que inicialmente seria espectável. Os golos só surgiram no segundo tempo, primeiro por Pang Chi Hang, aos 49 minutos, e depois por Filipe Duarte, aos 89 minutos. No jogo dos últimos classificados o Hang Sai venceu os Serviços de Alfândega por 2-1 e o Ka I bateu o Lai Chi por 11-1. À hora de fecho da edição do HM, Monte Carlo e Ching Fung ainda estava a disputar o último jogo da jornada.
João Santos Filipe DesportoSelecção de Macau derrotada no apuramento para a Taça Asiática por 1-0 [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] selecção de Macau encerrou a participação na fase de grupos de apuramento para a Taça da Confederação Asiática de Futebol (AFC) com mais uma derrota. Ontem, em Myanmar, os comandados por Chan Iu Ming foram derrotados por 1-0, com o golo a ser apontado pelo avançado Kyi Lin. Se até ontem a selecção local contava com cinco derrotas em outros tantos encontros, os problemas que afectaram a formação da Flor do Lótus não faziam prever um cenário muito diferente. À partida para o encontro, a selecção local tinha baixas de peso, como os atletas Nicholas Torrão, Chan Man, Pang Chi Hang, Lei Kam Hong, Lee Keng Pan, entre outros, que não conseguiram autorização para serem dispensados dos respectivos trabalhos. Também por esta razão, a equipa local entrou sempre muito focada em defender, num esquema de 5-4-1, com Carlos Leonel na frente, e a tentar evitar cometer erros que permitissem ao Myanmar colocar-se na frente do marcador. No entanto, o golo da equipa da casa esteve muito próximo de acontecer, logo aos quatro minutos, quando Aung Thu fez um passo para as costas da defesa, onde encontrou Kyaw Ko Ko, já dentro da área de Macau. O avançado birmanês, mal enquadrado com a baliza, desviou com o calcanhar e ultrapassou Ho Man Fai. Porém, quando a bola se encaminhava para entrar na baliza o defesa 3 salvou a equipa do território. Estava dado o primeiro aviso. Aos 12 minutos, a defesa de Macau voltou a ser surpreendida quando novamente Aung Thu fez um passe a rasgar para Kyaw Ko Ko, que na área deixa-se de cair, depois de sentir um toque nas costas de Lei Chi Kin. Apesar dos pedidos dos adeptos, o árbitro considerou que não era penálti. Até ao final da primeira parte a situação não sofreu grandes alterações. Macau não se limitava apenas a defender, mas a verdade é que também não mostrou poderio ofensivo para perturbar a defesa do adversário. Aos 68 minutos a estratégia da formação de Chan Iu Ming ruiu. Após um passe longo, Kyi Lin surgiu isolado à entrada na área de Macau. Ainda antes de ter tempo de dominar a bola, o avançado conseguiu fazer um chapéu a Ho Man Fai, que tinha saído da baliza. Até ao final, Macau já não conseguiu inverter o resultado, terminando a participação no Grupo A no último lugar, com zero pontos e seis derrotas. A equipa local apontou quatro golos e sofreu 16.
Hoje Macau DesportoMundial2018: Portugal realiza último treino antes de defrontar Holanda [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] seleção portuguesa de futebol realiza hoje o último treino antes de defrontar a Holanda, na segunda-feira, em Genebra, em jogo particular de preparação para o Mundial2018. A equipa das ‘quinas’ cumpre o primeiro treino no ‘palco’ do encontro, depois de a sessão de recuperação, no sábado, ter ocorrido em Genebra, onde venceu o Egito, por 2-1, com dois golos de Cristiano Ronaldo. O treino está marcado para as 16:45 locais (15.45 em Lisboa) e vai ser antecedido de conferência de imprensa de antevisão do encontro com os holandeses. O jogo segunda-feira, agendado para as 20:30 será o último antes de o selecionador Fernando Santos anunciar os 23 eleitos para o campeonato do mundo. Depois deste encontro, a equipa lusa já tem agendados mais três jogos de preparação, com a Tunísia, em Braga (28 de maio), na Bélgica (03 de junho), e com a Argélia, em solo luso (07 de junho). No Mundial2018, que decorrerá ma Rússia entre 14 de junho a 15 de julho, Portugal integra o Grupo B com a Espanha, o Irão, de Carlos Queiroz, e Marrocos.
João Santos Filipe DesportoBenfica vence clássico por 2-0 frente ao Monte Carlo As águias derrotaram ontem os canarinhos mas tiveram de esperar 84 minutos para inaugurar o marcador. No Estádio de Macau, os comandados por Bernardo Tavares acusaram o cansaço da participação nas competições asiáticas. [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Benfica de Macau derrotou ontem o Monte Carlo por 2-0, no Estádio de Macau, com golos de Gilchrist Nguema e Nicholas Torrão. Apesar de terem dominado o encontro a seu bel-prazer, as águias acusaram o cansaço físico da participação nas competições asiáticas e só conseguiram colocar-se na frente do marcador a seis minutos do fim. Na ressaca da vitória história na Coreia do Norte, na passada Quarta-feira, o Benfica de Macau entrou em campo na sua toada habitual para a Liga de Elite, ou seja, com maior posse de bola e a jogar em ataque organizado. Por sua vez, o Monte Carlo, que esta época aposta numa formação de talentos locais e jovens, mantinha-se na expectativa e apostava em contra-ataques, sem grande sucesso. Apesar do maior domínio, o Benfica de Macau nunca conseguiu ser muito objectivo na altura de atacar a baliza, aparentando algum cansaço físico. Um aspecto que se pode explicar com o facto da equipa só ter regressado ao território na Quinta-feira à noite. Para se ter uma ideia, na primeira parte um dos poucos lances dignos de registo do encarnados foi aos 16 minutos, através de um remate de Cuco, que saiu muito por cima da baliza. Destaque ainda para os cruzamentos para as mãos do guarda-redes Ho Man Fai, aos 33 e 42 minutos. Nó górdio No segundo tempo, a situação não se alterou muito, mas com o passar dos minutos, o Monte Carlo foi recuando mais e mais. No pólo oposto, o Benfica instalava-se por completo no meio-campo ofensivo. Numa jogada de ataque, aos 77 minutos, a polémica instalou-se no Estádio de Macau. Após um passe longo na direita do ataque do Benfica, Pang Chi Hang entrou na área do Monte Carlo e rodou para driblar um adversário. Nesse momento, o atleta do Benfica caiu e pediu-se penálti. Contudo, o árbitro mandou seguir. Finalmente, aos 84 minutos, Hugo Reis assistiu Gilchrist Nguema com um passe a pingar para a entrada da área. Mais forte do que a concorrência, o atacante do Benfica ganhou o lance e fez um chapéu a Ho Man Fai, fazendo o 1-0. Até ao final, o Benfica ainda dilatou o resultado para 2-0, com Hugo Reis novamente em destaque. O meio-campista fez um passe a rasgar para as costas da defesa e isolou Nicholas Torrão. Perante Ho Man Fai, o avançado não facilitou e apontou o golo que confirmou a vitória. Com este triunfo o Benfica continua na frente da Liga Elite, com seis vitórias em seis jogos disputados. Nos restantes encontros, o Sporting de Macau derrotou o Lai Chi por 6-0, o Ka I bateu o Hang Sai por 7-1, a Polícia foi esmagada pelo Chao Pak Kei por 7-0 e os Serviços de Alfândega perderam diante do Ching Fung por 3-0.
João Santos Filipe DesportoFC Porto | Filial dos Dragões vai participar no campeonato de veteranos [dropcap style=’circle’] A [/dropcap] filial azul-e-branca vai marcar o regresso ao desporto local com a participação no campeonato de veteranos. Os projectos para o futuro são comunicados esta noite ao sócios, num jantar de convívio. O FC Porto em Macau vai apresentar aos sócios, esta noite, o projecto para a participação no campeonato local de veteranos, durante o jantar de celebração do Ano Novo Chinês. O evento está agendado para as 19h30, no Clube Militar, e tem na agenda a apresentação da situação do clube ao sócios, de acordo com Diana Massada, recém-eleita presidente da filial dos dragões no território. “A nível do futebol temos uma equipa preparada para entrar no campeonato de veteranos, que é futebol de sete. Os treinos da equipa já começaram. Estamos também a trabalhar para ter uma equipa no campeonato Bolinha”, disse Diana Massada, ao HM. “Na Bolinha vamos ter de começar pela 2.ª divisão. Mas queremos apresentar uma equipa com qualidade que possa dar luta aos adversários e defender as cores e o nome do FC Porto em Macau”, acrescentou. Já o regresso ao futebol local e à 4.ª divisão só deverá acontecer na temporada de 2019. Eleita em Dezembro, mês em que começam as inscrições para os campeonatos de futebol, Diana Massada reconhece que não houve tempo para montar um projecto. “O regresso à 4.ª Divisão será em 2019. Pareceu-nos a melhor decisão porque os actuais órgãos sociais tomaram posse quando já se estava na altura das inscrições”, apontou. Sobre o regresso à Liga de Elite, onde actualmente militam Benfica e Sporting, Diana mostrou-se mais cautelosa: “Se quisermos pensar no futebol e em ir subindo de divisão, no médio prazo, precisamos de outro tipo de apoios e patrocinadores. Temos de ter capacidade para fazer face às despesas inerentes ao futebol e às modalidades”, justificou. O futebol é um dos pratos principais do jantar de hoje, que vai servir para fazer um ponto da situação e apresentar os órgãos sociais. A presidente do FC Porto Macau admite também o apoio a outras modalidade, nomeadamente ténis, hóquei patins ou vela. Casa-mãe entusiasmada A reactivação da filial em Macau do FC Porto foi recebida com agrado pela casa-mãe. As duas partes têm estado em contacto e, apesar de ainda não haver nenhuma parceria concreta, no futuro, poderão ser desenvolvidos projectos ao nível da formação. “Neste momento, estamos a desenhar um processo de formação infanto-juvenil com a casa-mãe. Após a tomada de posse, tivemos reuniões com o responsável das casas do FC Porto em Portugal, Alípio Jorge, que se mostrou entusiasmado com a reactivação da casa do FC Porto em Macau. A casa-mãe mostrou todo o seu apoio à reactivação”, revelou a nova mulher-forte do futebol azul-e-branco no território. “Também tivemos reuniões com elementos ligados à administração, em que discutimos eventuais parcerias. Mas neste ponto ainda não há nada de muito concreto para apresentar”, admitiu. A filial do FC Porto em Macau tem cerca de 90 sócios registados, contudo, está a decorrer uma actualização das listas. Também os mecanismos de comunicação com os sócios estão a ser melhorados, através da presença nas redes sociais.
João Santos Filipe Desporto MancheteTaça AFC | Benfica estreia-se com vitória por 3-2 frente ao Hang Yuen Ontem à noite fez-se História no Futebol de Macau. O Benfica estreou-se na fase de Grupos da Taça AFC com uma vitória, depois de ter estado a perder por 2-0. O jogo contou com uma assistência de 1200 pessoas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Benfica de Macau venceu ontem por 3-2 o Hang Yuen, no Estádio de Macau. No encontro que marcou a estreia de uma equipa local na fase de grupos da Taça AFC, as águias estiveram a perder por 2-0, mas 13 minutos à Benfica, no segundo tempo, permitiram uma vitória histórica. Antes do início do encontro, Bernardo Tavares tinha prometido uma equipa à procura do domínio do jogo e não desiludiu. Os encarnados apostaram num 4-4-2, com uma linha mais ofensiva constituída por Leonel e Torrão. No centro do terreno Cuco e Edgar Teixeira davam estabilidade à equipa, enquanto nas alas a aposta passava pela velocidade de Pang e a técnica de Hugo Silva. Por sua vez, o Hang Yuen entrou com um esquema de 3-5-2, que nos momento defensivos se transformava num 5-3-2, com os alas a juntarem-se à última linha defensiva. Ao contrário do Benfica, os taiwaneses não tiveram problemas em entregar o controlo do jogo, apostando na eficácia ofensiva. Logo aos dois minutos do encontro, o Benfica deu uma amostra daquilo que ia fazer durante a primeira parte. Num ataque de três para dois, Carlos Leonel não teve dificuldades em servir Torrão, na área, mas o avançado atirou por cima da baliza de Huang Chiu-Lin. Os comandados por Bernardo Tavares conseguiram criar boa jogadas, ganharam as segundas bolas no ataque, mas, no momento da verdade, falharam. E nem o goleador Carlos Leonel, ao contrário do habitual, conseguiu concretizar as oportunidades claríssimas de golo aos 25 e 42 minutos do encontro. Já a equipa orientada por Hung Ching-huai mostrou-se muito eficaz. Após um primeiro aviso aos 12 minutos, Chen Ching-Huang marcou, aos 19 minutos. O avançado taiwanês aproveitou um cruzamento e, ao segundo poste, cabeceou sozinho para o 1-0. Chen bisaria, minutos depois, aos 34, aproveitando uma perda de bola do Benfica em zona proibida. A perder por 2-0 as coisas ficaram ainda mais complicadas, quando a seis minutos do intervalo Nicholas Torrão saiu do jogo, em lágrimas, devido a lesão sendo substituído por Bruce Tetteh. A reviralvolta Ao intervalo, as águias eram penalizadas pela incapacidade de concretizar. Mas tudo mudou no segundo tempo. Se em Portugal, o Benfica ficou conhecido por resolver encontros em 15 minutos, levando à criação da famosa expressão “15 minutos à Benfica”, ontem, a filial de Macau fez melhor. Foram necessários apenas 13. Logo aos 50 minutos, Gilchrist Nguema aproveitou uma bola perdida após um lançamento de linha lateral, e à entrada da área rematou para o 2-1. Com a determinação em altas, o Benfica não tirou o pé do acelerador. Já o Hang Yuen, à excepção de um contra-ataque perigoso, pouco mais fazia do que defender. O empate esteve mesmo perto de acontecer 53 minutos. Após uma saída em falso do guarda-redes adversário, Leonel domina a bola e remata para a baliza. Valeu a acção de defesa do Hang Yuen que salvou a equipa em cima da linha de golo. Aos 60 minutos, após vários falhanços, Carlos Leonel fez aquilo que melhor sabe fazer: marcar. O avançado surgiu ao segundo poste, após um cruzamento de Hugo Silva e cabeceou para o 2-2. Finalmente, três minutos depois, o internacional de Macau bisou e estabeleceu o resultado final. O golo surgiu após um canto na esquerda do ataque encarnado, a que o avançado correspondeu com um remate fulminante de pé esquerdo que resultou no golo da vitória e na explosão de euforia das bancadas do Estádio de Macau. Após os 13 minutos de luxo, o Benfica voltou à toada da primeira parte. Criou muitas oportunidades de golo, algumas claríssimas, mas no final falhou na concretização. Já a formação de Taiwan adoptou uma postura mais ofensiva, mas não conseguiu recuperar o resultado. Com este resultado o Benfica lidera o Grupo I, com três pontos, os mesmo que 25 de Abril, vencedor do outro encontro e marca um momento histórico no futebol de Macau. Resumo do jogo https://www.youtube.com/watch?v=jijqHsyw58M “Cometemos erros” “Na segunda parte, cometemos erros que permitiram ao Benfica dar a volta ao resultado. Fomos muito passivos e não pressionámos o suficiente para ganhar as segundas bolas no ataque”, disse Hung Ching-huai, treinador do Hang Yuen, no final da partida. “Sentimos que poderíamos ter ganho o encontro. Mas pagámos devido aos nossos erros na defesa. Deixámos muito espaço para o adversário”, acrescentou. “Com o golo tudo mudou” “Foi a estreia de muitos jogadores e senti que alguns estavam nervosos. Cometemos dois erros colectivos, na minha visão, que causaram os golos. Mas o primeiro golo tirou o nervosismo do jogadores e criámos oportunidades para marcar mais golos”, afirmou Bernardo Tavares, técnico do Benfica. “Ao intervalo cheguei ao balneário e tinha sete jogadores com a cabeça em baixo. Mas três minutos foram suficientes para mudar a atitude e com o golo tudo mudou. Foi uma vitória histórica”, acrescentou. • FICHA DE JOGO
João Santos Filipe DesportoEquipa do Sporting Clube de Portugal vem jogar a Macau Convite partiu do embaixador chinês em Lisboa e visa celebrar o 40.º aniversário da primeira visita de uma equipa europeia de futebol à China, que foi realizada pelo clube de Alvalade [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Sporting Clube de Portugal vai visitar o território entre Maio e Junho, a convite do embaixador chinês em Portugal, Cai Run. Esta é a forma encontrada pelo clube e pelas autoridades chinesas para celebrarem o 40.º aniversário da primeira visita de uma equipa de futebol europeia à China. Na altura, a 25 de Junho de 1978, foi Sporting. A visita foi anunciada, na Segunda-feira, pelos leões, numa conferência de imprensa em Lisboa, no Auditório Artur Agostinho. A visita a Macau integra uma digressão à China de 10 dias do clube de Alvalade, que vai passar ainda por Pequim e Xangai, com a realização de jogos nas três cidades chinesas. “Levaremos uma equipa à China para disputar encontros, que não podem ser considerados contra conjuntos amadores porque a realidade da Liga Chinesa ganhou uma outra dimensão”, disse Carlos Vieira, vice-presidente do Sporting e administração da SAD, durante a apresentação dos eventos. “Foi uma visita histórica e sem precedentes. Não promoveu apenas a colaboração e o câmbio na área do futebol, mas também o conhecimento mútuo e a amizade entre os povos”, considerou, por sua vez, Cai Run, sobre a visita de há quarenta anos que contou com a participação de históricos do clube de Alvalade como Manuel Fernandes ou Augusto Inácio. Além da visita da equipa de futebol, vai haver uma exposição itinerante sobre a primeira viagem à China, que chega a Macau a 1 de Julho. Antes, a 10 de Junho, dia de Portugal, vai estar exposta em Pequim e a 29 de Junho passa por Xangai. Expectativa no Sporting de Macau A novidade anunciada pelo Sporting de Portugal foi recebida com entusiasmo e expectativa junto da filial do clube em Macau. No entanto, neste altura, é muito pouco provável que haja um jogo entre as duas formações, reconheceu José Reis, director dos leões locais, ao HM. “A existência de um jogo em Macau é muito aliciante e o Sporting de Macau está disponível para colaborar com digressão. Consideramos difícil que haja um jogo entre as equipas devido ao evidente desnível”, afirmou José Reis. “Estes são jogos de demonstração para entreter o público, mas também têm uma componente desportiva, por isso é importante que sejam entre equipas equilibradas”, frisou. Por outro lado, o director fala em diferentes maneiras, do SCM participar na digressão, entre as quais a oportunidade de visitas dos atletas à academia local ou a realização de um jantar de convívio. Entretanto, foi pedido ao SCM que nomeie alguns nomes para integrarem a comissão de honra da celebração dos 40 anos da primeira visita à China. Augusto Inácio ficou encantado há 40 anos Entre a comitiva do Sporting que visitou a China há 40 anos estava integrado Augusto Inácio, antigo jogador e treinador dos leões. Ao HM, o actual comentador desportivo recordou a alegria do território e as quatro horas passadas no Casino Lisboa. “Na altura, Macau era completamente diferente da China. Era uma cidade completamente aberta. Lembro-me da alegria da cidade, do jogo e de ter passado quatro horas no Casino Lisboa”, afirmou Augusto Inácio, a rir. “Macau era uma cidade apaixonante, tinha tudo a mais do que a China, era uma cidade muito alegre, viva e muito virada para o Ocidente. Fiquei muito encantando”, acrescentou. Já em relação à visita ao Interior da China, Augusto Inácio realça a simpatia dos chineses e a forma como sabem receber os visitantes. “Foi uma viagem fantástica, em que correu tudo bem. Deu para percebermos que o povo chinês é muito simpático e acolhedor. Tentámos retribuir a simpatia com a nossa maneira de ser e de estar”, recordou. “Era uma China muito diferente. Na altura, estava em desenvolvimento, era um país muito fechado. O Sporting deu um passo importante para contribuir para as relações diplomáticas entre a República Popular da China e Portugal”, considerou o ex-jogador. Depois da década de 70, Augusto Inácio não regressou à China, nem a Macau. Contudo, se for convidado e não estiver impedido por motivos profissionais, espera integrar a comitiva. Ao HM, afirmou ainda ter disponibilidade para assumir as funções de treinador na China: “No passado, chegou a haver a possibilidade a nível profissional de voltar, mais do que uma vez. Gostaria muito de regressar, mesmo que fosse a nível profissional”, apontou.
João Santos Filipe DesportoLiga de Elite | Sam Kei assume interinamente orientação da equipa Monte Carlo Os Canarinhos escolheram Sam Kei como o novo treinador que vai, assim, suceder a Cláudio Roberto. No entanto, segundo Firmino Mendonça, ainda existe a possibilidade do brasileiro regressar ao Monte Carlo, num futuro muito próximo [dropcap style≠’circle’]S[/dropcap]am Kei é o nome escolhido para suceder nos comandos do Monte Carlo depois do treinador Cláudio Roberto ter anunciado no Domingo de manhã, a saída do clube. A informação foi avançada, ontem, pelo presidente, Firmino Mendonça, ao HM, que explicou que solução encontrada é interina. O novo treinador, que já orientou a formação na vitória por 4-0 diante do Lai Chi, no Domingo à noite, foi escolhido entre a equipa técnica que trabalhava com Cláudio Roberto. Também por essa razão, Firmino Mendonça espera que a transição seja feita sem problemas de maior. “Não são alterações que tenham consequências graves para os objectivos do Monte Carlo. A equipa técnica já estava a trabalhar com o treinador há mais de dois anos e há uma filosofia de treino implementada, que a equipa técnica conhece bem. Também os jogadores estão cada vez mais habituados aos métodos de treino, a nível táctico e técnico”, disse o presidente do Monte Carlo, ao HM. “Considerámos que a equipa técnica tem todas as condições para tomar conta da equipa e Sam Kei vai ser o responsável máximo”, acrescentou. O treinador interino está há mais de 30 anos no Monte Carlo e já assumiu algumas vezes, ao longo deste período, o controlo da equipa principal. No entanto, tem-se dedicado na maior parte do tempo a ser o responsável pela formação. Sobre a saída de Cláudio Roberto, o presidente canarinho desdramatizou o cenário e revelou que existe a possibilidade do brasileiro regressar a Macau e ao Monte Carlo, após quatro meses. “Não ficámos tristes. Houve um acordo com ele. Existe a possibilidade dele só estar ausente de Macau durante quatro meses. Ele pode voltar ao Monte Carlo, conforme um convite que lhe foi feito. Vai depender dessa situação. É uma questão que se vai resolver no futuro”, sublinhou. Além de treinador da equipa principal, Cláudio Roberto era igualmente o homem à frente do projecto de formação do Monte Carlo. Também nesta parte do projecto do clube não se esperam grandes alterações. “Foram deixadas orientações para o clube ao nível da formação de atletas e vamos segui-las. Mas não estou à espera de um grande impacto”, afirmou o presidente da formação. Vitória por 4-0 No Domingo, já depois da hora do fecho do HM, o Monte Carlo venceu o Lai Chi por 4-0, um resultou que permitiu aos canarinhos subir ao 6.º posto da classificação, com sete pontos e a oito do líder Benfica de Macau. Por sua vez, o Lai Chi continua a ocupar o último lugar da Liga de Elite, com zero pontos. No Estádio de Macau, os marcadores de serviço foram Jorge Sin, aos 38 minutos, Miguel Noronha, aos 45, Cheang Yui, aos 78, e Cheang Hoi San, aos 85. Apesar do resultado, Firmino Mendonça admite que começa a ser difícil a equipa lutar pelos quatro primeiros lugares: “Estamos satisfeitos com a prestação do plantel. Neste momento, parece que é difícil ficar entre os primeiros quatro classificados. Portanto, o mais importante é manter-nos na Liga de Elite. Neste momento, o Monte Carlo está quatro pontos acima da linha de água e a três pontos do quarto lugar, ocupado pelo Ka I, com 10 pontos. Cláudio Roberto com projecto na China Apesar de ter estado incontactável desde domingo, Cláudio Roberto Silveira deixou o Monte Carlo para se dedicar a um projecto de futebol no Interior da China. Nesta altura, os pormenores ainda são escassos, mas durante quatro meses o treinador vai estar envolvido num projecto que, segundo o HM apurou, está ligado de forma indirecta à Confederação Brasileira de Futebol.
João Santos Filipe DesportoLiga de Elite | Benfica de Macau goleia segundo classificado por 7-0 No jogo entre os dois primeiro classificados da Liga de Elite, as águias aproveitaram um período negro do Ching Fung e impuseram uma goleada. O resultado isola ainda mais as águias e relança a luta pelo segundo lugar [dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]oram precisos 37 minutos para que Hugo Silva surgisse a cabecear ao segundo poste e colocasse o Benfica de Macau a vencer o Ching Fung por 1-0. No entanto, a partir desse momento, aquela que era uma das defesas menos batidas da liga deu de si e o Ching Fung acabou mesmo por ser goleado por 7-0. Antes do encontro de Sábado à noite, havia a expectativa de perceber como é que o Benfica de Macau iria actuar diante da outra única equipa sem derrotas no campeonato. No plano teórico, as águias eram claramente favoritas, mas no campo o resultado poderia ser outro. Todavia, a resistência do Ching Fung ao Benfica de Macau durou 37 minutos, num encontro em que as águias conseguiram, através de muita posse de bola e sem problemas de maior, impor o seu futebol. Com tal domínio foi com naturalidade que surgiu o primeiro tento. Após um cruzamento para a área do Ching Fung, Hugo Silva surgiu ao segundo poste, depois de deixar o marcador directo para trás, e diante do guarda-redes Fong Chi Hang cabeceia para o 1-0. Cinco minutos depois, foi a vez de Bruce Tetteh aumentar a vantagem. Numa jogada de contra ataque, Nicholas Torrão cruza na linha, de forma rasteira, e surge Tetteh a fazer o 2-0. Foi depois do intervalo que o jogo ficou definitivamente decidido. Três minutos após o recomeço da partida, o Benfica tem um livre frontal, que Edgar Teixeira se encarregou de bater. Na marcação, o jogador dos encarnados rematou para o poste mais longe e fez o 3-0. O primeiro golo de Edgar Teixeira marcou também o início de um período de 13 minutos especialmente negro para o Ching Fung. Nessa fase a formação derrotada concedeu nada menos do que quatro golos. Com Tetteh (51 minutos), Nicholas Torrão (55 e 61 minutos) e o próprio Edgar Teixeira (56 minutos) a bisarem. Com este resultado, o Benfica isola-se ainda mais na liderança do campeonato, agora com cinco pontos para o grupo de perseguidores, que é constituído por C.P.K., Sporting e Ka I. Luta pelo segundo Na luta pelo segundo lugar, o Chao Pak Kei voltou às vitórias, com a goleada por 9-0 diante dos Serviços de Alfândega. Ontem, o C.P.K., que estava há duas jornadas sem vencer, não deu qualquer hipótese. No entanto, a formação está em igualdade pontual com o Sporting, que derrotou o Hang Sai por 6-0 e com o Ka I. A formação de Josecler bateu a Polícia por 2-0, logo na sexta-feira. Casa de Portugal e Consulado sofrem derrotas A Casa de Portugal e a formação do Consulado foram ambas derrotadas no fim-de-semana, em encontro a contarem para a 2.ª Divisão. Depois de ter vencido na primeira jornada, a Casa de Portugal perdeu, no Sábado, diante do Hong Lok por 1-0. O golo da vitória foi apontado por Lam Wai Kit, logo aos 26 minutos. Porém, a formação orientada por Pelé não conseguiu reagir e inverter o resultado. Já a equipa do Consulado, que entrou em acção na Sexta-Feira, perdeu o segundo encontro, em outros tantos disputados, desta feita diante do Tim Iec, por 3-1. O cônsul Vítor Sereno foi o autor do golo que colocou a formação com as cores portuguesas em vantagem, aos 26 minutos. Mas Lei Chi Seng, aos 39 e 64 minutos e Leong Chi Chong, aos 74 minutos, confirmaram a segunda derrota da formação orientada por Rocha Diniz. Demissão | Cláudio Roberto Silveira deixa comando do Monte Carlo O treinador Cláudio Roberto Silveira demitiu-se, ontem, do comando do Monte Carlo, de acordo com uma mensagem colocada na página oficial no Facebook do técnico. A decisão foi justificada “com o objectivo de dar um novo passo” na carreira e pela busca de “novos desafios e caminhos”. O HM tentou entrar em contacto com o técnico, que se mostrou incontactável. Porém, na mensagem de despedida, Cláudio Roberto Silveira assume ter sido “muito feliz” ao longo dos dois anos e dois meses em que orientou os jogadores do clube e deixou um agradecimento ao presidente Firmino Mendonça. O treinador brasileiro teve como ponto alto desta passagem pelo Monte Carlo a conquista do Campeonato de Futebol de Sete, conhecido como Bolinha, em 2016, numa final disputada diante do Benfica de Macau, que terminou com o resultado de 2-0.
João Santos Filipe DesportoLiga de Elite | Únicas equipas invictas defrontam-se amanhã A 5.ª jornada da Liga de Elite coloca frente-a-frente Benfica de Macau e Ching Fung no Sábado à tarde. As duas equipas ocupam o topo da classificação e ainda não sofreram derrotas nesta temporada [dropcap style≠’circle’]B[/dropcap]enfica de Macau e Ching Fung, as únicas duas equipas da Liga de Elite que ainda não sofreram qualquer derrota, têm encontro marcado para amanhã, no Estádio de Macau, pelas 18h30. Numa semana em que ficaram a conhecer os adversários da Taça AFC, as águias vão ter pela frente a melhor defesa do campeonato, a par de Sporting de Macau e Ka I. No entanto, o Benfica de Macau tem de ser considerado o favorito para a partida, depois de ter somado quatro vitórias em outros tantos jogos. A equipa orientada por Bernardo Tavares deu mesmo uma prova de força, ao golear por 4-1 o Chao Pak Kei, o outro candidato ao título. Por sua vez, a equipa do Ching Fung, de João Rosa, conta com duas vitórias e dois empates, até ao momento, apesar de ter tido um início de campeonato teoricamente complicado. O Ching Fung bateu Sporting de Macau, por 1-0 e o Lai Chi por 6-1, e empatou com Ka I, 0-0, e C.P.K., por 1-1. Uma vitória, amanhã, relança a Liga de Elite, numa altura em que o Benfica lidera a classificação com 12 pontos, seguido por Ching Fung, com 8 pontos. Lutar pelo terceiro lugar Apesar do principal jogo da jornada só ter lugar no Sábado, as emoções do futebol local arrancam esta noite. No Estádio de Macau, pelas 21h00, Polícia e Ka I procuram somar os três pontos. Neste momento, os canarinhos ocupam o 4.º lugar da liga com 7 pontos, em igualdade pontual com os rivais Sporting de Macau e Chao Pak Kei. Uma vitória diante da Polícia é encarada como a forma de não deixar fugir o comboio da frente e, ao mesmo tempo, tentar abrir uma distância para os rivais. Já os agentes da PSP vão querem aproveitar todas as oportunidades para somarem pontos e conseguirem fazer uma temporada descansada, longe dos lugares de despromoção para a segunda divisão. Voltando novamente ao Sábado, às 21h00, está também agendado o encontro entre Sporting e o recém-promovido Hang Sai. Os leões apresentam-se com confiança redobrada, após terem goleado a Polícia por 5-0. Por sua vez, o HS vai tentar colocar um fim à série de três jogos sem ganhar. Finalmente, no Domingo, o C.P.K. tem pela frente os Serviços de Alfândega, tendo uma oportunidade de ouro para voltar às vitórias. Após ter goleado nas primeiras jornadas, o Chao Pak Kei está numa série de dois encontros sem vencer, após ter sido goleado pelo Benfica e ter empatado com o Ching Fung. A partida tem lugar às 19h00. Mais tarde, quando forem 21h00, Monte Carlo e Lai Chi defrontam-se, naquele que é o último encontro da jornada.
João Santos Filipe DesportoTaça AFC | Equipas da Coreia do Norte no mesmo grupo causam apreensão A participação de duas formações coreanas no Grupo I da Taça AFC e o facto dos resultados contarem para o ranking das nações pode levantar suspeitas sobre combinação de resultados. Ao HM, Bernardo Tavares, treinador das águias, reconhece também que as convocatórias das águias podem ter apenas 13 jogadores, se não houver dispensa do trabalho dos atletas locais [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] facto de haver duas equipas da Coreia do Norte, o 25 de Abril e o Hwaepul, a integrarem o Grupo I da Taça da Confederação de Futebol Asiática (AFC) causa apreensão ao treinador das águias, Bernardo Tavares. Em declarações ao HM, o técnico explicou que como só se apura uma equipa no grupo e que como os pontos das equipas contribuem para o ranking dos respectivos países, que pode haver indicações para que uma das formações facilite nos dois encontros entre ambas, com o objectivo de uma equipa ajudar a outra a apurar-se. “A situação das formações da Coreia do Norte ficarem no mesmo grupo quando só se apura uma e os resultados contribuem para os rankings nas nações, mostra porque é que a AFC é tida como uma entidade com menos credibilidade do que, por exemplo, a UEFA”, afirmou Bernardo Tavares, em declarações ao HM. “É inconcebível que duas equipas do mesmo país estejam no mesmo grupo em que só se apura uma e cujo resultado acaba por contar para o ranking dos países na AFC. Como é óbvio, para a Coreia do Norte é importante que seja uma equipa do país a passar e pode ficar sempre aquele dúvida se não poderá ter havido uma concertação de resultados”, explicou. Ainda em relação às formações da Coreia do Norte existem dificuldades para recolher informações sobre os plantéis e jogadores: “Não é fácil obter informação sobre as equipas da Coreia do Norte, mesmo recorrendo às plataformas para treinadores onde há informações sobre as diferentes equipas não há muitos vídeos de jogos disponíveis ou estatísticas”, reconheceu. No entanto, o treinador do Benfica de Macau viu através de gravações a primeira mão do play-off, em que o Hwaepul derrotou o Erchim por 4 – 0. Também tendo em conta o regime militarizado da Coreia do Norte o treinador não tem dúvidas em apontar os adversários como equipas “fisicamente muito fortes”. Jogadores em risco Mas as dificuldades do Benfica de Macau não se ficam pelo lado regulamentar. Nesta altura, existe ainda o risco da formação apresentar-se em alguns encontros apenas com 12 ou 13 atletas convocados. Em causa está o facto de alguns jogadores não conseguirem autorização para serem dispensados dos respectivos empregos. “Precisamos que os jogadores que trabalham sejam dispensados para poderem ir aos jogos. É um aspecto em que gostaríamos de contar com o apoio do Governo, também porque uma boa prestação do Benfica vai dar mais visibilidade a Macau. Se isso não acontecer, podemos ter convocatórias com 12 ou 13 jogadores”, justificou Bernardo Tavares. “Mesmo nos jogos em Macau, se os treinos de adaptação ao relvado acontecerem durante a tarde, existe a possibilidade de mais de metade do plantel estar indisponível para essas sessões de treino”, reconheceu. Ao nível dos treinos, o técnico dos encarnados apontou como principal dificuldade o facto da equipa estar a treinar em campos com dimensões mais reduzidas do que as oficiais. Contudo admite que é uma realidade para a qual já tinha sido preparado, antes de assumir o cargo. “Era importante que a equipa tivesse mais tempo de treino num campo de futebol. É importante que se perceba que esta participação é uma oportunidade para todos e que o futebol de Macau pode beneficiar com mais pontos para o ranking”, considerou. O Benfica de Macau inicia a participação na fase de grupos da Taça AFC diante do Hang Yuen, a 7 de Março, às 20h00. De acordo com o portal da AFC, a partida vai decorrer no Estádio da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau.
João Santos Filipe DesportoFutebol | Consulado apresentou equipa com 22 atletas mas a porta está aberta para reforços A formação do Consulado de Portugal fez ontem a apresentação para este ano. O embaixador e capitão Vítor Sereno garante que mesmo que tenha de sair a meio da temporada, que as bases para terminar a época estão estabelecidas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Consulado de Portugal em Macau e Hong Kong apresentou ontem a formação com que vai atacar a nova temporada do futebol de Macau. Neste momento, o plantel ainda está em aberto, mas conta com 22 atletas, 19 portugueses e 3 brasileiros. Entre as principais novidades em termos do plantel, destacam-se as saídas de Alex Irimbeira, atacante que foi um dos atletas mais influentes na temporada passada, e do guarda-redes Juninho, que se mudou para o Ching Fung, da primeira divisão. Por outro lado, regressa para orientar a equipa José Rocha Diniz. O treinador veterano regressa a um lugar que já tinha ocupado em 2016, na época em que o Consulado subiu da 3.ª para a 2.ª Divisão, em que se encontra actualmente. A apresentação foi feita pelo próprio embaixador e capitão de equipa, Vítor Sereno, que garantiu que mesmo que ele abandone Macau a meio da época, que estão reunidas as condições para que a equipa técnica e os atletas terminem a temporada. “Este projecto está assegurado até ao final da época, não fazia sentido se não fosse assim. Mesmo sem mim, tenho 23 fervorosos irmãos que vão dar tudo para defender estas cores”, disse Vítor Sereno, embaixador, quando confrontado com a questão. Vítor Sereno deixou ainda elogios a todos os que constituem o plantel esta temporada, e sublinhou o fair-play da equipa. “Aos nossos colegas desta família desportiva, um grupo coeso, uma família unida constituída por 19 portugueses e 3 brasileiros. Têm um espírito competitivo e um fair play é inigualável”, frisou. Vítor Sereno fez igualmente questão de apontar os méritos deste projecto, que diz contar com a autorização e apoio do Ministério dos Negócios Estrangeiros, e mostrou-se orgulhoso dos convites recebidos pela equipa para disputar competições em outras jurisdições. “Os convites das autoridades de Hengqin, Cantão, Hainan, Filipinas, Camboja, entre outras, mostram a dimensão que este projecto diplomático alcançou”, disse. A equipa volta a contar com os patrocinadores do ano passado, nomeadamente a SuperBock, EDP e CESL Asia. Fazer o melhor Por sua vez, o treinador José Rocha Diniz recusou estabelecer qualquer objectivo para a época, justificando esta posição com o facto do futebol ser “imprevisível”. No entanto, garantiu que nem a pinhões gosta de perder. Ao mesmo tempo, aproveitou a conferência de imprensa para deixar explicar a razão de ter aceitado o convite e deixou um primeiro aviso aos atletas: “Não se pode dizer que não a uma pessoa que tem dado tanto à comunidade portuguesa. Isto é também um alerta para os jogadores. Não se pode dizer que não a este homem [Vítor Sereno]”, disse. O novo treinador do Consulado elogiou também a qualidade dos atletas: “Esta equipa ainda está em aberto, mas tem jogadores com muito talento. Resta saber se eu, como treinador, vou conseguir tirar de cada um o talento que eles têm. Há jogadores muito interessantes”, apontou. José Rocha Diniz afirmou também que apesar das diferenças de idades todos os atletas começam do mesmo ponto de partida, e que para ele “são todos iguais”. Ainda não há data prevista para o arranque da 2.ª Divisão, mas deverá acontecer depois do Ano Novo Chinês.
João Santos Filipe DesportoAgente promete estar atento a atletas de Macau O canadiano Graham Heydorn é o responsável pela empresa de intermediação de jogadores 10 Management, que assinou uma parceria com o Sporting de Macau para colocar três jogadores no território. Ao HM, reconheceu esperar com o acordo catapultar atletas para ligas mais desenvolvidas, como a chinesa, coreana, japonesa e mesmo tailandesa [dropcap style≠‘circle’]P[/dropcap]orque decidiu fazer esta parceria com o Sporting de Macau, numa liga que está longe de ser das mais desenvolvidas? GH: É o facto da liga não estar totalmente desenvolvida que a torna interessante. Macau é um local cheio de oportunidades para os jogadores e o Sporting de Macau é o clube ideal, é muito organizado e, ao longo do processo das negociações, foi sempre muito profissional. Não está Macau longe de ser o local ideal para promover os atletas? Não considero isso. Aqui, os jogadores podem ser reconhecidos e facilmente despertar a atenção de ligas mais profissionais, como no Interior da China, Japão, Coreia do Sul ou mesmo de clubes da Tailândia. Também não há nada que impeça os jogadores que se destaquem em Macau de se mudarem para os escalões inferiores da Europa. Macau é um bom local de adaptação para os atletas que querem fazer uma carreira na Ásia. Mas existe mesmo essa visibilidade nesta liga? O que eu aprendi nesta área é que tudo é possível, desde que o jogadores tenham qualidade. É possível darem o salto para a China, Coreia do Sul e Japão. No entanto, temos pensar passo a passo, não é fácil para um atleta que está a começar alcançar tudo de um dia para o outro. O salto pode acontecer para as ligas secundarias desses países. Qual é a duração da parceria com o Sporting de Macau? No mínimo dois anos, mas vai ser tudo feito passo a passo. Dois anos é um prazo que nos parece razoável para no final fazer um balanço rigoroso. Antes disso não faz sentido porque estes acordos precisam de tempo para crescer e desenvolver-se. Vamos começar por colocar três jogadores, mas no futuro queremos colocar mais. A parceria é uma forma da 10 Management entrar no mercado asiático? Não, até porque já temos uma parceria na China, que nos permite acompanhar os jogadores na Ásia. Representamos jogadores no Interior da China, mas por vezes as regras limitam aquilo que queremos fazer porque há um limite no número de estrangeiros que podem ser inscritos. Nesse sentido, colocar jogadores em Macau é um bom início para se adaptarem à cultura, linguagem e comida. São aspectos essenciais para jogadores que querem fazer carreira na Ásia. Faltam agentes de jogadores em Macau que possam promover o jogador local em mercados mais profissionais? Sim e por isso vamos estar atentos aos jogadores locais. Há exemplos em todo o mundo de jogadores de ligas mais pequenas ou clubes de menor dimensão que conseguem dar o salto, contra todas expectativas, e acabar nas grandes ligas. Não há razões para que um jogador talentoso que passe por Macau não chegue a uma grande liga. Contudo reconheço que quanto mais alto é o nível da liga, maior é a probabilidade disso acontecer. Quantos jogadores representa? Nesta altura entre 40 e 50 jogadores. São atletas que estão a jogar em Portugal, França, Inglaterra, Espanha, República Checa, entre outros. Em todos estes países temos jogadores nas principais ligas. Entre os jogadores que representa está Jean Michael Seri do Nice, que tem sido associado a grandes clubes como Manchester United ou Chelsea. Em que situação está uma futura transferência? Ainda durante o mercado de Inverno ou no próximo Verão acredito que vai ser transferido. No último Verão o Barcelona apresentou uma proposta de 40 milhões de euros por ele, mas o Nice rejeitou. Aposta em África O recrutamento de atletas em África é uma das principais apostas da 10 Management, que nos últimos anos tem feito esses atletas entrarem na Europa principalmente através das ligas portuguesa e espanhola. O FC Porto tem sido um dos clubes mais utilizados por Graham Heydorn que já fez passar pela cidade invicta Christian Atsu, agora no Newcastle, Jean Michael Seri, que está no Nice, e Chidozie Awaziem. O último jogador representa o Nantes de França, por empréstimo do FC Porto.
João Santos Filipe DesportoLiga de Elite | Benfica, Monte Carlo e Sporting apresentaram-se Ontem foi dia de apresentações para a nova época do futebol local, com Monte Carlo, Benfica e Sporting a darem a conhecer as novas caras. As águias têm ambição de ganhar tudo internamente e honrar o território na Taça de AFC, os leões estão à procura de melhorar sétimo lugar do ano passado e os canarinhos apostam em desenvolver jogadores locais [dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]om a Liga de Elite a começar na sexta-feira, Benfica, Sporting e Monte Carlo realizaram as tradicionais conferências de imprensa de lançamento da nova época futebolística. A principal novidade passa pelas águias e a forma como vão lidar no ataque ao ‘penta’ com o facto de estarem a disputar simultaneamente a Taça AFC, competição continental. “É a primeira vez que uma equipa de Macau está a competir oficialmente em tantas frentes e estamos cientes das dificuldades que vamos enfrentar”, disse Duarte Alves, director técnico do Benfica de Macau, ao HM. “ “Vamos ter uma carga extra de jogos e quando formos jogar lá fora vamos enfrentar um nível muito mais competitivo do que o interno. Vai ser um ano difícil e um desafio, que estamos prontos para aceitar”, acrescentou. O desafio vai ter como homem-do-leme Bernardo Tavares, que entrou para o lugar de Henrique Nunes: “É a pessoa ideal para atacarmos esta época. É jovem, ambicioso e o que pesa mais é que tem experiência da Taça AFC e no futebol asiático”, justificou Duarte Alves. Por outro lado, a participação na competição continental exige uma gestão diferente do número de jogadores estrangeiros. Tito Okello, do Gana, e David Tetteh, do Quirguistão, vão ser os reforços, o que é uma tendência diferente dos anos recentes, visto que os encarnados estão acostumados a contratar portugueses: “O jogador português está a ficar mais caro”, explicou Duarte Alves. Em relação aos reforços locais, o Benfica vai contar com o regresso de Iuri Capelo, no que Duarte Alves definiu como “um regresso a casa” e com Vítor Almeida. “Estamos a ter uma abordagem diferentes ao nível de reforços porque temos de encontrar um equilíbrio entre as necessidades para a Liga de Elite e Taça AFC. Mas estamos a seguir as directrizes da equipa técnica”, contou o director técnico das águias. Sporting quer melhorar Também o Sporting de Macau apresentou ontem o plano para a nova época, com o objectivo de melhorar o 7.º lugar alcançado na temporada transacta. Segundo o director técnico leonino, José Reis, o plantel é mais equilibrado do que no ano anterior. “Consideramos que temos um plantel mais equilibrado do que no ano passado e a expectativa passa por melhorar a prestação do ano passado. Pessoalmente gostava que fosse possível terminar entre os cinco primeiros”, afirmou José Reis, ao HM. “Na Taça de Macau alinharemos com a mesma equipa com que vamos apostar no campeonato. Não se vai dar o caso de rodarmos jogadores, a não se que sejamos obrigados por lesões,” acrescentou. Contudo, as expectativas para a Taça, reconheceu José Reis, vão estar dependentes do sorteio dos adversários ditados pelo sorteio. Em relação aos reforços, destaque para as contratações de Taylor Gomes (ex-Kei Lun), o Jean Peres (ex-Atlético de Macau) e o João Antonelli (jogador livre). Quanto ao Monte Carlo, a formação vai continuar a ser orientada pelo brasileiro Cláudio Roberto. Na apresentação o presidente do clube Firmino Mendoça definiu como objectivo para a época a aposta nos atletas locais. Suncity patrocina experiência na Taça AFC A participação do Benfica de Macau na Taça AFC conta com um reforço de peso ao nível dos patrocínios, o grupo promotor de jogo Suncity. Nos encontros para a competição continental o principal patrocinador vai ser a empresa liderada por Alvin Chao. “Temos uma parceria nova com o Grupo Suncity, que vai ser o nosso principal parceiro na participação na Taça AFC. As cores dos equipamentos vão ser as mesmas, mas depois o patrocinador vai variar consoante a competição. Na AFC o patrocinador principal vai ser a Suncity”, disse Duarte Alves, ao HM.
João Santos Filipe DesportoSegunda Divisão | Casa de Portugal e Consulado defrontam-se à quinta jornada [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Casa de Portugal e o Consulado de Portugal vão começar a participação na presente época da Segunda Divisão diante de Chong Wa e Cheac Lun, respectivamente, de acordo com o sorteio de Domingo. O primeiro encontro entre as duas formações de matriz portuguesa está agendado para a quinta jornada. Porém, até ontem à noite, a Associação de Futebol de Macau ainda não tinha revelado os dias e as horas dos encontros da jornada inaugural. Esta temporada, a Casa de Portugal vai ter como objectivo a manutenção na Segunda Divisão e o treinador Pelé está à espera de uma estreia difícil diante do Chong Wa. “Se mantiverem a mesma equipa da temporada passada vão ser um forte candidato aos três primeiros lugares da liga porque jogam muito bem”, disse Pelé, ao HM, sobre a estreia na competição. No pólo oposto, a Casa de Portugal, que chegou a estar na luta pela promoção na temporada passada, parte para a competição com objectivos muito mais modestos. O primeiro passa mesmo pela manutenção devido às várias alterações na constituição do plantel. 15 caras novas “Temos 15 jogadores novos, dos quais três são regressos ao clube, como são os casos de Jean Peres e Gonçalo Coteriano, que na temporada passada estiveram no Atlético de Macau”, explicou o técnico da Casa de Portugal. “Depois temos sete jogadores sub-16 e cinco jogadores que são estudantes vindos de Cabo Verde. Ao contrário do ano passado, também não contamos com os jogadores estrangeiros que vinham do Interior da China para os jogos na época passada”, acrescentou sobre o plantel. O treinador explicou igualmente que a época foi prepara a pensar no futuro e médio prazo do projecto. Pelé sublinhou também a qualidade dos jovens que vão defender as cores da Casa de Portugal. “São jovens com grande qualidade que tiveram convites de alguns clubes da Liga de Elite, mas que preferiram acreditar no nosso projecto, também muito pela garantia que aqui têm mais oportunidades para jogar”, frisou. Em relação aos outros encontros da Segunda Divisão, os Sub-23 vão ter pela frente os Artilheiros, o Hong Lok defronta o Hong Ngai e o Tim Iec joga com o Lun Lok.