Pedro Arede PolíticaFronteira | Governo garante eficácia no combate ao contrabando [dropcap]E[/dropcap]m resposta a uma interpelação escrita enviada pelo deputado Sulu Sou, o Governo considerou que têm sido eficazes, tanto as medidas, como o mecanismo de cooperação alfandegária entre Zhuhai e Macau no combate ao contrabando que tem lugar nas Portas do Cerco e em Toi San. Segundo a resposta do Governo, em 2019, foram efectuadas com sucesso, e de forma regular, inúmeras acções de combate conjuntas nos postos fronteiriços que resultaram na apreensão de 155 mil quilos de produtos alimentares frescos não inspeccionados, 220 quilos de carne, 1,4 milhões de cigarros e ainda “um elevado número de cosméticos e produtos derivados de espécies ameaçadas, tanto de fauna como de flora”. Recorde-se que na interpelação escrita enviada a 10 de Dezembro, Sulu Sou pediu uma “investigação profunda” acerca do contrabando na zona norte de Macau e confrontou o Governo sobre o facto de as medidas de combate em vigor não estarem a surtir o efeito desejado. Em resposta à interpelação, o Governo assegura ainda que no ano passado foram feitas 45 acções surpresa com o objectivo de dispersar a venda de artigos contrabandeados e que o Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) registou 886 casos de ocupação ilegal do espaço público.
admin PolíticaFronteira | Governo garante eficácia no combate ao contrabando [dropcap]E[/dropcap]m resposta a uma interpelação escrita enviada pelo deputado Sulu Sou, o Governo considerou que têm sido eficazes, tanto as medidas, como o mecanismo de cooperação alfandegária entre Zhuhai e Macau no combate ao contrabando que tem lugar nas Portas do Cerco e em Toi San. Segundo a resposta do Governo, em 2019, foram efectuadas com sucesso, e de forma regular, inúmeras acções de combate conjuntas nos postos fronteiriços que resultaram na apreensão de 155 mil quilos de produtos alimentares frescos não inspeccionados, 220 quilos de carne, 1,4 milhões de cigarros e ainda “um elevado número de cosméticos e produtos derivados de espécies ameaçadas, tanto de fauna como de flora”. Recorde-se que na interpelação escrita enviada a 10 de Dezembro, Sulu Sou pediu uma “investigação profunda” acerca do contrabando na zona norte de Macau e confrontou o Governo sobre o facto de as medidas de combate em vigor não estarem a surtir o efeito desejado. Em resposta à interpelação, o Governo assegura ainda que no ano passado foram feitas 45 acções surpresa com o objectivo de dispersar a venda de artigos contrabandeados e que o Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) registou 886 casos de ocupação ilegal do espaço público.
admin PolíticaFronteira | Governo garante eficácia no combate ao contrabando [dropcap]E[/dropcap]m resposta a uma interpelação escrita enviada pelo deputado Sulu Sou, o Governo considerou que têm sido eficazes, tanto as medidas, como o mecanismo de cooperação alfandegária entre Zhuhai e Macau no combate ao contrabando que tem lugar nas Portas do Cerco e em Toi San. Segundo a resposta do Governo, em 2019, foram efectuadas com sucesso, e de forma regular, inúmeras acções de combate conjuntas nos postos fronteiriços que resultaram na apreensão de 155 mil quilos de produtos alimentares frescos não inspeccionados, 220 quilos de carne, 1,4 milhões de cigarros e ainda “um elevado número de cosméticos e produtos derivados de espécies ameaçadas, tanto de fauna como de flora”. Recorde-se que na interpelação escrita enviada a 10 de Dezembro, Sulu Sou pediu uma “investigação profunda” acerca do contrabando na zona norte de Macau e confrontou o Governo sobre o facto de as medidas de combate em vigor não estarem a surtir o efeito desejado. Em resposta à interpelação, o Governo assegura ainda que no ano passado foram feitas 45 acções surpresa com o objectivo de dispersar a venda de artigos contrabandeados e que o Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) registou 886 casos de ocupação ilegal do espaço público.
João Santos Filipe Manchete SociedadeFronteiras | Mais de 900 pessoas sujeitas a inspecção de seis horas Entre a meia-noite e as 16h00 de ontem, 916 turistas e residentes tinham sido sujeitos à nova medida de inspecção, em que se fica retido durante um período de seis a oito horas em observação [dropcap]N[/dropcap]o dia em que as medidas de inspecção na fronteira ficaram mais exigentes, 916 turistas e residentes que pretendiam entrar no território foram submetidos a uma observação, de entre seis a oito horas. Esta observação aplica-se às pessoas que vêm de zonas consideradas com alta incidência do coronavírus, como Cantão, ou a residentes com múltiplas entradas e saídas para o Interior da China. Segundo os dados disponibilizados pelo chefe substituto do Departamento para os Assuntos e Residência e Permanência do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), entre os observados, 784 entraram pelas Portas do Cerco, sendo que 738 vieram de zonas de alta incidência. Outros 46 que foram inspeccionados no mesmo local foram residentes com entradas múltiplas. Finalmente, 184 pessoas foram observadas quando entraram na RAEM através do Terminal Marítimo do Pac On. Houve ainda 544 pessoas que quando foram informadas sobre a necessidade de estarem seis horas em observação decidiram regressar ao Interior. Entre os observados, três residentes foram levados para o Centro Hospitalar Conde São Januário, um por apresentar problemas tracto-respiratórios e dois por se sentirem mal. À hora da conferência, os resultados dos testes ainda não eram conhecidos. Desde a meia-noite de ontem que só havia um lugar de observação, o que gerou queixas, não só pela longa espera, mas também por falta de acessos a água e à concentração de pessoas no local. Porém, Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde de Macau, defendeu que as seis horas são intencionais. “Temos de fazer uma observação activa de seis a oito horas porque existe a possibilidade de haver pessoas que tomaram medicamentos que reduzem os sintomas antes de passar a fronteira. Nós temos de considerar todas as hipóteses para evitar um surto”, justificou o director. Face à situação, o Governo optou por abrir um segundo campo de observação, que só entrou em funcionamento horas mais tarde. Avaliação positiva No último dia antes medidas mais restritivas passarem a vigorar, e quando ainda se permitia aos trabalhadores não-residentes (TNR) entrarem em Macau, sem ficarem sujeitos a um período de quarentena, registaram-se 55 mil entradas, entre as quais 32 mil de TNR. Houve ainda 1.500 entradas de turistas e 5,8 mil de residentes. Já ontem, com as novas medidas, contabilizaram-se 406 entradas de TNR, no que representou uma descida de 98 por cento. “Houve uma redução significativa das entradas e saídas, o que confirma que as medidas do Governo estão a ser eficazes”, considerou Wong Kim Hong. Ainda em relação à situação actual, Lei Chin Ion admitiu que o risco de epidemia actualmente é “reduzido”, mas que é necessário continuar a tomar medidas e manter as precauções, como ficar em casa. “Neste momento Macau tem um risco reduzido, porque foi ultrapassado um período de 14 dias sem qualquer caso na comunidade. No entanto, há um risco devido à situação das regiões vizinhas”, explicou.
admin Manchete SociedadeFronteiras | Mais de 900 pessoas sujeitas a inspecção de seis horas Entre a meia-noite e as 16h00 de ontem, 916 turistas e residentes tinham sido sujeitos à nova medida de inspecção, em que se fica retido durante um período de seis a oito horas em observação [dropcap]N[/dropcap]o dia em que as medidas de inspecção na fronteira ficaram mais exigentes, 916 turistas e residentes que pretendiam entrar no território foram submetidos a uma observação, de entre seis a oito horas. Esta observação aplica-se às pessoas que vêm de zonas consideradas com alta incidência do coronavírus, como Cantão, ou a residentes com múltiplas entradas e saídas para o Interior da China. Segundo os dados disponibilizados pelo chefe substituto do Departamento para os Assuntos e Residência e Permanência do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), entre os observados, 784 entraram pelas Portas do Cerco, sendo que 738 vieram de zonas de alta incidência. Outros 46 que foram inspeccionados no mesmo local foram residentes com entradas múltiplas. Finalmente, 184 pessoas foram observadas quando entraram na RAEM através do Terminal Marítimo do Pac On. Houve ainda 544 pessoas que quando foram informadas sobre a necessidade de estarem seis horas em observação decidiram regressar ao Interior. Entre os observados, três residentes foram levados para o Centro Hospitalar Conde São Januário, um por apresentar problemas tracto-respiratórios e dois por se sentirem mal. À hora da conferência, os resultados dos testes ainda não eram conhecidos. Desde a meia-noite de ontem que só havia um lugar de observação, o que gerou queixas, não só pela longa espera, mas também por falta de acessos a água e à concentração de pessoas no local. Porém, Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde de Macau, defendeu que as seis horas são intencionais. “Temos de fazer uma observação activa de seis a oito horas porque existe a possibilidade de haver pessoas que tomaram medicamentos que reduzem os sintomas antes de passar a fronteira. Nós temos de considerar todas as hipóteses para evitar um surto”, justificou o director. Face à situação, o Governo optou por abrir um segundo campo de observação, que só entrou em funcionamento horas mais tarde. Avaliação positiva No último dia antes medidas mais restritivas passarem a vigorar, e quando ainda se permitia aos trabalhadores não-residentes (TNR) entrarem em Macau, sem ficarem sujeitos a um período de quarentena, registaram-se 55 mil entradas, entre as quais 32 mil de TNR. Houve ainda 1.500 entradas de turistas e 5,8 mil de residentes. Já ontem, com as novas medidas, contabilizaram-se 406 entradas de TNR, no que representou uma descida de 98 por cento. “Houve uma redução significativa das entradas e saídas, o que confirma que as medidas do Governo estão a ser eficazes”, considerou Wong Kim Hong. Ainda em relação à situação actual, Lei Chin Ion admitiu que o risco de epidemia actualmente é “reduzido”, mas que é necessário continuar a tomar medidas e manter as precauções, como ficar em casa. “Neste momento Macau tem um risco reduzido, porque foi ultrapassado um período de 14 dias sem qualquer caso na comunidade. No entanto, há um risco devido à situação das regiões vizinhas”, explicou.
Hoje Macau SociedadeCPSP | Mais de 2 milhões de entradas e saída [dropcap]E[/dropcap]ntre o dia 22 de Janeiro e 15 de Fevereiro, quando surgiu o alerta para a epidemia de Wuhan, mais de 2,08 milhões de pessoas entraram e saíram do território. Os números foram fornecidos ontem pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) e representa uma quebra de 81 por cento face ao mesmo período do ano passado. Entre este número a quebra de turistas é mais representativa, e alcançou a proporção de 90 por cento.
admin SociedadeCPSP | Mais de 2 milhões de entradas e saída [dropcap]E[/dropcap]ntre o dia 22 de Janeiro e 15 de Fevereiro, quando surgiu o alerta para a epidemia de Wuhan, mais de 2,08 milhões de pessoas entraram e saíram do território. Os números foram fornecidos ontem pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) e representa uma quebra de 81 por cento face ao mesmo período do ano passado. Entre este número a quebra de turistas é mais representativa, e alcançou a proporção de 90 por cento.
Pedro Arede Manchete PolíticaFronteiras | Deputados querem medidas de controlo mais apertadas Sulu Sou e Ng Kuok Cheong querem maior controlo fronteiriço ou até mesmo proibir a entrada de visitantes provenientes do Interior da China, para evitar a propagação do novo tipo de coronavírus em Macau. Mais medidas para garantir o nível de stocks alimentares e de bens essenciais e o alojamento de trabalhadores não residentes são também exigidas [dropcap]O[/dropcap]s deputados à Assembleia Legislativa (AL), Sulu Sou e Ng Kuok Cheong querem medidas mais restritivas à entrada de visitantes provenientes do interior da China como forma de combater a propagação da pneumonia que teve o seu epicentro em Wuhan. As solicitações, entregues ao Governo sob a forma de interpelação escrita, surgem numa altura em que o novo tipo de coronavírus já ultrapassou o SARS (Síndrome Respiratório Agudo Severo) em número de vítimas mortais (811) e no seguimento da entrada em vigor de medidas semelhantes em Hong Kong e Taiwan e que obrigam todos visitantes oriundos do continente chinês a fazer quarentena de 14 dias. No caso de Taiwan, os próprios residentes de Macau e Hong Kong têm também de ficar sujeitos ao período de isolamento. “De acordo com vários especialistas epidemiológicos, os próximos seis meses poderão ser um período crítico da epidemia e nas regiões vizinhas foram aplicadas medidas de controlo de entrada (…) como em Hong Kong, para controlar a entrada de residentes do Interior da China, argumenta Sulu Sou. “A fim de evitar um surto massivo na comunidade, o Governo deve, de forma decisiva, bloquear a fonte e aplicar medidas mais rigorosas de controlo de entrada, envidando todos os esforços para minimizar o movimento de pessoas nos postos fronteiriços”, acrescenta. Lembrando que na província de Guangdong foram registados mais de 1100 casos, o deputado pede assim ao Governo para “proibir a entrada temporária de residentes do Interior da China”. Sobre o tema, apesar de não ir tão longe, Ng Kuok Cheong defende também que o Governo deve “reforçar urgentemente a protecção contra a epidemia e aplicar um controlo sanitário geral aos visitantes do Interior da China”. Fixar TNR Já quanto a medidas a tomar para minimizar o fluxo de trabalhadores não residentes (TNR) provenientes do Interior da China, Ng Kuok Cheong pede ao Governo que crie mecanismos de apoio que permitam alojar temporariamente trabalhadores com “necessidades reais” na região e questiona se não será necessário rever a estratégia de desenvolvimento da região. “Quanto à estratégia de desenvolvimento da RAEM, será necessário proceder a uma revisão, incentivando os residentes de Macau a viver em Macau e reduzir o número de trabalhadores não residentes?”, pergunta o deputado. Já Sulu Sou, recordou que existem casos confirmados em Zhuhai, Hong Kong e Taiwain e que, mesmo no dia seguinte ao encerramento dos casinos, ainda entraram em Macau 31 mil pessoas, das quais 16 mil eram residentes e trabalhadores do continente. O deputado pede assim ao Governo que institua o período de quarentena obrigatória para os trabalhadores oriundos do continente, providencie alojamento e incite as concessionárias a fazer a sua parte. “O Governo poderá fornecer habitação social e solicitar às concessionárias que proporcionem alojamento temporário (…) aos funcionários públicos e trabalhadores das empresas privadas, a fim de reduzir ainda mais as suas necessidades de ida e volta durante a epidemia?”, questiona Sulu Sou. Com o objectivo de evitar a “ocorrência de novos ataques de pânico por parte dos residentes”, relacionado com o abastecimento de produtos alimentares, Sulu Sou questiona ainda o Governo se tem a capacidade necessária para assegurar “o fornecimento de produtos alimentares e materiais essenciais” Por seu turno, Ng Kuok Cheong dirige ainda uma última preocupação na sua interpelação escrita direccionada para o facto de os Serviços de Saúde terem revelado que o vírus pode ser transmitido através de excrementos. “Quais são as medidas do Governo para tratar com urgência os casos de fuga de esgotos não resolvidos de Macau?”, questionou ainda Ng Kuok Cheong.
admin Manchete PolíticaFronteiras | Deputados querem medidas de controlo mais apertadas Sulu Sou e Ng Kuok Cheong querem maior controlo fronteiriço ou até mesmo proibir a entrada de visitantes provenientes do Interior da China, para evitar a propagação do novo tipo de coronavírus em Macau. Mais medidas para garantir o nível de stocks alimentares e de bens essenciais e o alojamento de trabalhadores não residentes são também exigidas [dropcap]O[/dropcap]s deputados à Assembleia Legislativa (AL), Sulu Sou e Ng Kuok Cheong querem medidas mais restritivas à entrada de visitantes provenientes do interior da China como forma de combater a propagação da pneumonia que teve o seu epicentro em Wuhan. As solicitações, entregues ao Governo sob a forma de interpelação escrita, surgem numa altura em que o novo tipo de coronavírus já ultrapassou o SARS (Síndrome Respiratório Agudo Severo) em número de vítimas mortais (811) e no seguimento da entrada em vigor de medidas semelhantes em Hong Kong e Taiwan e que obrigam todos visitantes oriundos do continente chinês a fazer quarentena de 14 dias. No caso de Taiwan, os próprios residentes de Macau e Hong Kong têm também de ficar sujeitos ao período de isolamento. “De acordo com vários especialistas epidemiológicos, os próximos seis meses poderão ser um período crítico da epidemia e nas regiões vizinhas foram aplicadas medidas de controlo de entrada (…) como em Hong Kong, para controlar a entrada de residentes do Interior da China, argumenta Sulu Sou. “A fim de evitar um surto massivo na comunidade, o Governo deve, de forma decisiva, bloquear a fonte e aplicar medidas mais rigorosas de controlo de entrada, envidando todos os esforços para minimizar o movimento de pessoas nos postos fronteiriços”, acrescenta. Lembrando que na província de Guangdong foram registados mais de 1100 casos, o deputado pede assim ao Governo para “proibir a entrada temporária de residentes do Interior da China”. Sobre o tema, apesar de não ir tão longe, Ng Kuok Cheong defende também que o Governo deve “reforçar urgentemente a protecção contra a epidemia e aplicar um controlo sanitário geral aos visitantes do Interior da China”. Fixar TNR Já quanto a medidas a tomar para minimizar o fluxo de trabalhadores não residentes (TNR) provenientes do Interior da China, Ng Kuok Cheong pede ao Governo que crie mecanismos de apoio que permitam alojar temporariamente trabalhadores com “necessidades reais” na região e questiona se não será necessário rever a estratégia de desenvolvimento da região. “Quanto à estratégia de desenvolvimento da RAEM, será necessário proceder a uma revisão, incentivando os residentes de Macau a viver em Macau e reduzir o número de trabalhadores não residentes?”, pergunta o deputado. Já Sulu Sou, recordou que existem casos confirmados em Zhuhai, Hong Kong e Taiwain e que, mesmo no dia seguinte ao encerramento dos casinos, ainda entraram em Macau 31 mil pessoas, das quais 16 mil eram residentes e trabalhadores do continente. O deputado pede assim ao Governo que institua o período de quarentena obrigatória para os trabalhadores oriundos do continente, providencie alojamento e incite as concessionárias a fazer a sua parte. “O Governo poderá fornecer habitação social e solicitar às concessionárias que proporcionem alojamento temporário (…) aos funcionários públicos e trabalhadores das empresas privadas, a fim de reduzir ainda mais as suas necessidades de ida e volta durante a epidemia?”, questiona Sulu Sou. Com o objectivo de evitar a “ocorrência de novos ataques de pânico por parte dos residentes”, relacionado com o abastecimento de produtos alimentares, Sulu Sou questiona ainda o Governo se tem a capacidade necessária para assegurar “o fornecimento de produtos alimentares e materiais essenciais” Por seu turno, Ng Kuok Cheong dirige ainda uma última preocupação na sua interpelação escrita direccionada para o facto de os Serviços de Saúde terem revelado que o vírus pode ser transmitido através de excrementos. “Quais são as medidas do Governo para tratar com urgência os casos de fuga de esgotos não resolvidos de Macau?”, questionou ainda Ng Kuok Cheong.
Pedro Arede PolíticaHo Iat Seng não descarta a hipótese de fechar as fronteiras [dropcap]Q[/dropcap]uestionado pelos jornalistas, Ho Iat Seng não descartou a hipótese de vir a encerrar as fronteiras com a China, apesar de admitir ser uma decisão que pode implicar consequências graves. Segundo o Chefe do Executivo, depois de dado o primeiro passo de suspender a actividades dos casinos, é preciso analisar agora a situação, com o objectivo de reduzir a circulação de pessoas. A partir daí podem vir a ser tomadas novas medidas no sentido de fechar, total ou parcialmente, as fronteiras com o Interior da China.”Fechar as fronteiras, ou fechar parcialmente as fronteiras não é uma hipótese que colocamos de lado. Esta é uma das ponderações, mas precisamos de estudar as consequências, não estou a negar essa hipótese”, admitiu Ho Iat Seng. No entanto o líder do Governo alertou para as consequências que uma medida desta natureza possa vir a ter, ao nível do impacto no fornecimento de alimentos ao território e na rotina diária de muitos residentes de Macau e de muitos trabalhadores de que vivem na China. “Se fecharmos as fronteiras o que é que vamos comer? Macau está dependente do fornecimento da China. Para além disso temos trabalhadores dos sectores da limpeza, da segurança (…) que vivem na China, em Zhuhai. Se fecharmos as fronteiras quem é que fica responsável pela segurança, pela comida ou pelo fornecimento de comida? Estes também são pontos de consideração”, argumentou o Chefe do Executivo.
João Luz VozesLealdade canina [dropcap]C[/dropcap]omo todos sabemos, o cão é o melhor amigo do homem. O mesmo se passa com regimes políticos e os seus fiéis amigos. Leais até ao fim, mesmo com a chibata a rasgar o lombo. Desde o início do ano, o mundo normal tem-se desdobrado em preocupações e unido esforços para combater a propagação de um vírus inédito. A razão é simples: ninguém quer uma pandemia e o amor à vida é maior que a porra da ideologia, pelo menos para uma mente sã. Rapidamente, idólatras insurgiram-se contra a propaganda externa com o objectivo de espalhar o pânico e a desordem. Os ataques contra a ciência agigantaram-se com preocupações de que as autoridades chinesas estariam a omitir a verdadeira dimensão da coisa, algo que aconteceu com a SARS. Ciência terrorista ao serviço de Washington, etc. A verdade é que desde o alerta para a possibilidade de encobrimento, o número de infectados que teimava ficar-se nos 40 e picos durante semanas, tem subido quase a uma ordem de mais de uma centena por dia. Caiu por terra a primeira falácia de que isto seria um rumor do Soros/Bannon/Aliens reptilianos de Taiwan, mas cheira-me que agora surjam teorias de guerra biológica. Esta realidade é ancestral, uma característica tão humana como o medo. Sempre, e onde quer que seja, que o poder ganhe contornos de absolutismo, mais duro que o ferro, os ossos dos fiéis transformam-se em gelatina. Uma espécie de osteoporose de falta de dignidade. Já agora, Macau tem fechado portas a jornalistas e activistas por questões de segurança, sem justificações específicas. Jornalistas são um perigo se reportarem coisas “sensíveis”. Mas não se pondera limitar a entrada de pessoas que venham da zona onde eclodiu o coronavírus e que é hoje uma cidade fantasma, isso já não mexe com a segurança e a saúde pública de Macau. Curiosos critérios.
João Luz PolíticaJornalista de Hong Kong impedido de entrar em Macau Um repórter da estação Now TV de Hong Kong foi impedido de entrar em Macau num posto de controlo situado na Ponte HKZM. Por cá, um jornalista local conta que foi abordado por um indivíduo que o terá avisado que seria melhor não visitar a China nos próximos tempos, e que se devia comportar como um “bom menino” [dropcap]F[/dropcap]ui abordado por um homem que me avisou que era melhor não ir à China nos próximos dias, que devia trabalhar normalmente, como um bom menino, sem fazer parvoíces”, conta Roy Choi, jornalista de um portal de informação dedicado ao jogo. Apesar de já não ter contacto profissional com política, nem estar interessado, Roy Choi trabalhou até Junho do ano passado no portal Macau Concealers. Seguindo a toada do comunicado da Associação dos Jornalistas de Macau, que denunciou pressões a profissionais locais, Roy Choi referiu que ontem de manhã um jornalista de um órgão de comunicação social de língua chinesa terá deixado Macau, sob pressão da entidade patronal, e ficará fora do território durante a visita de Xi Jinping. Também um repórter de Hong Kong, da Now TV, foi ontem impedido de entrar em Macau. Jack Tsang, que vinha ao território cobrir as celebrações do 20º aniversário da RAEM, foi retido durante quase três horas num posto fronteiriço de uma ilha artificial da Ponte HKZM e, segundo o South China Morning Post, terá sido interrogado por oficiais chineses. Depois de lhe terem dito que estaria impedido de entrar em Macau nos próximos dias, o jornalista diz ter sido fotografado e revistado antes de ser enviado de regresso a Hong Kong. À margem da tomada de posse de magistrados, entre eles José Maria Dias Azedo como juiz do Tribunal de Última Instância, Neto Valente, presidente da Associação dos Advogados de Macau, endereçou o assunto. Primeiro, confessou não conhecer a estação televisiva. “Não sei quem passou e quem foi impedido. Não sei o que é a Now TV, não conheço. Presta para alguma coisa? Eu nunca vi. Nem sei o que é. Se fosse a TVB conhecia e outras também, mas a Now TV não”, começou por dizer. De seguida, o advogado questionou os motivos para a recusa de entrada. “Já ouviram as razões que os impediram de entrar? Não sei se a segurança está a ser exagerada. Eu passo e não tenho tido nenhum problema nem para cá nem para lá. Nos últimos dias não tenho passado. Sei que mandei um carro levar pessoas para lá e para cá e não tenho tido problemas. Entraram e saíram”. Registo feito Um fotógrafo da mesma estação que Jack Tsang, e que o acompanhava na viagem a Macau não foi impedido de entrar no território. De acordo com a Now TV, ambos os profissionais haviam feito registo junto das autoridades de Macau para cobrir os eventos. Importa referir que a Now TV faz parte do conglomerado PCCW Media, que tem como director o filho do bilionário Li Ka-shing. Segundo a estação de Hong Kong, os dois profissionais chegaram às 14h45 de segunda-feira ao posto temporário na ilha artificial, mais próximo do segmento de Hong Kong da Ponte HKZM. Às 17h30, as autoridades chinesas pediram a Jack Tsang para regressar à região vizinha. A Now TV sublinhou ainda que vai enviar outro repórter para cobrir as celebrações e que não acredita que a recusa de entrada se deve à cobertura que a estação fez dos protestos em Hong Kong. Segundo a Agence France-Presse, no posto de controlo temporário estão várias dezenas de polícias de intervenção especial, e há registo de revistas a bagagens de passageiros de autocarros, controlo de documentos e rastreio através de um sistema de reconhecimento facial.
João Santos Filipe Manchete SociedadeJornalistas da RTP ficaram retidos duas vezes em dois dias na fronteira As autoridades de Macau pediram a um profissional da RTP para que entregasse telemóvel para uma verificação. O pedido foi recusado, mas o material de directos ficou retido e só foi libertado depois da intervenção do cônsul [dropcap]U[/dropcap]ma equipa da RTP foi interrogada por duas vezes pelas autoridades locais na semana passada, ficou com o material de reportagem apreendido e só a intervenção do Cônsul de Portugal desbloqueou a situação. A notícia foi avançada pela Rádio Macau, na sexta-feira, e as autoridades de Macau pediram mesmo a um dos repórteres o acesso ao telemóvel, o que foi recusado. Logo na quarta-feira, dia em que chegaram a Macau, os repórteres ficaram retidos à entrada durante quatro horas. Apesar de terem apresentado a documentação da alfândega portuguesa com a lista do material transportado, o equipamento para fazer directos acabou mesmo apreendido. Segundo a Rádio Macau, o material para os directos só acabou por ser desbloqueado na sexta-feira, já depois do meio-dia, devido à acção de Paulo Cunha Alves. Face a este situação, o secretário para a Segurança responder tratar-se de um “procedimento normal”. Contudo, o Governo acabou por emitir um comunicado na plataforma para a imprensa com as exigências no transporte de material vindo do exterior e a necessidade de enviar a documentação ao Gabinete de Comunicação Social (GCS). Esta foi uma situação nova, uma vez que ainda recentemente a RTP esteve em Macau a fazer um directo e não houve relatos de situações semelhantes nem de apreensões. Apesar de não ter os materiais para os directos, a equipa da RTP foi na quinta-feira a Hong Kong para fazer um trabalho sobre a situação na região vizinha e acabou por ser novamente interrogada. Quando deixavam Hong Kong foram durante breves minutos questionados pelos serviços de alfândega locais. Mais tarde, quando pisaram solo de Macau tiveram direito a um novo interrogatório de uma hora e meia, antes de serem autorizados a entrar. Sobre este incidente as autoridades disseram as duas retenções em dois dias foram “controlos aleatórios”. Situação confirmada Em declarações à Lusa, a RTP acabou por confirmar o incidente do regresso a Hong Kong, mas a peça publicada no sábado não refere os acontecimentos de quarta-feira e as menções ao material dos directos. Depois da situação ter sido revelada, a Associação de Imprensa em Português e Inglês de Macau (AIPIM) apelou às autoridades de Macau que permitam o livre exercício da profissão. “A Associação de Imprensa em Português e Inglês de Macau lamenta essas situações e faz um apelo às autoridades de Macau para que seja respeitada a livre circulação de jornalistas e que o livre exercício da profissão esteja assegurado na plenitude”, pode ler-se no comunicado emitido na sexta-feira, dia em que a situação se tornou pública. O caso acabou por receber cobertura internacional com notícias em Portugal e em Hong Kong. Denúncia de ameaças Vários jornalistas de Macau terão sido ameaçados por “pessoas não-identificadas” sobre o seu comportamento durante as celebrações do 20.º Aniversário da RAEM. Alguns terão sido mesmo recordados que viajam frequentemente ao Interior da China e que as coisas poderiam complicar-se, durante uma dessas visitas. O caso foi revelado ontem pela Associação dos Jornalistas de Macau que diz estar a “acompanhar de perto” as situações e que “condenou a intimidação” com qualquer origem aos profissionais do sector. Na mesma mensagem, a associação apelou ainda ao Governo Central e ao Governo da RAEM para que cumpram o princípio ‘Um País, Dois Sistemas’ e que garantam a liberdade de imprensa, tal como consta na Lei Básica.
Carlos Morais José VozesLobos [dropcap]D[/dropcap]ois membros da Câmara de Comércio dos EUA em Hong Kong foram proibidos de entrar em Macau. O facto levantou um coro de críticas nas redes sociais, sobretudo ao Governo local. De facto, é prática já habitual do nosso Executivo proibir a entrada de certos indivíduos, geralmente de Hong Kong, aparentemente conotados com o movimento pró-democracia, alegando que poderiam perturbar a ordem pública ou não alegando nada. Especificidades de Macau… normalmente criticadas porque não se entende como não existe liberdade total de circulação entre as duas RAEs que, afinal, fazem parte do mesmo país. Contudo, desta vez, o Governo local não tem nada a ver com isto. Para os menos atentos, a China indignada, em resposta aos Acts americanos sobre HK e o Xinjiang, resolveu dificultar os movimentos de diplomatas e membros de ONGs americanas no seu território. Portanto, tudo indica que a proibição de entrada em Macau dos membros da Câmara de Comércio se insere nesta medida. O que, obviamente, iliba desta vez o Governo de Macau. Este é um dos problemas: por tudo e por nada se grita lobo, exagerando a presença da alcateia. Depois, o problema não é toda a gente ignorar os gritos quando o lobo realmente vier, como no caso do menino Pedrinho, mas o facto de o lobo se sentir convidado a vir porque, segundo os críticos, já cá está e morde a torto e a direito.
Hoje Macau SociedadeFronteira | Jornalista retido durante duas horas [dropcap]U[/dropcap]m jornalista do South China Morning Post, Phila Siu, esteve ontem retido durante cerca de duas horas no Terminal do Porto Exterior, depois de ter viajado para Macau de Ferry, mas acabou por conseguir entrar. A situação foi revelada pelo deputado José Pereira Coutinho, com quem o profissional do jornal de Hong Kong tinha uma entrevista agendada. “O jornalista chegou às 11 da manhã ao Terminal Marítimo de Macau e ficou retido pelos Serviços de Emigração. Ligou-me às 13h00, dizendo que estava dentro de uma pequena sala detido pelas autoridades policiais”, disse o deputado. Depois de receber a chamada, Coutinho foi ao terminal e o jornalista acabou por conseguir entrar: “Por felicidade após 45 minutos libertaram o jornalista que conduzi no meu carro particular. Ainda bem que ficou tudo resolvido”, revelou.
admin SociedadeFronteira | Jornalista retido durante duas horas [dropcap]U[/dropcap]m jornalista do South China Morning Post, Phila Siu, esteve ontem retido durante cerca de duas horas no Terminal do Porto Exterior, depois de ter viajado para Macau de Ferry, mas acabou por conseguir entrar. A situação foi revelada pelo deputado José Pereira Coutinho, com quem o profissional do jornal de Hong Kong tinha uma entrevista agendada. “O jornalista chegou às 11 da manhã ao Terminal Marítimo de Macau e ficou retido pelos Serviços de Emigração. Ligou-me às 13h00, dizendo que estava dentro de uma pequena sala detido pelas autoridades policiais”, disse o deputado. Depois de receber a chamada, Coutinho foi ao terminal e o jornalista acabou por conseguir entrar: “Por felicidade após 45 minutos libertaram o jornalista que conduzi no meu carro particular. Ainda bem que ficou tudo resolvido”, revelou.
Hoje Macau PolíticaAmCham | Activista e deputados criticam recusas de entradas Agnes Lam e Sulu Sou criticaram ontem a decisão de impedir a entrada de responsáveis da Câmara Americana de Comércio, considerando que pode prejudicar a imagem da região e o futuro dos casinos detidos por empresas norte-americanas [dropcap]D[/dropcap]a direcção da Associação Sinergia de Macau, movimento cívico e político, Johnson Ian disse à Lusa acreditar que a decisão está ligada à proibição de navios e aeronaves militares norte-americanas de estacionar em Hong Kong, anunciada pela China a 2 de Dezembro. Na mesma altura, Pequim decidiu ainda punir cinco organizações não-governamentais com sede nos Estados Unidos, incluindo a Human Rights Watch. “Mas a China não barrou a entrada de empresários norte-americanos por isso é difícil vislumbrar que razões terá Macau para o fazer”, disse à Lusa o antigo candidato à Assembleia Legislativa de Macau. Já a deputada de Macau Agnes Lam considerou a decisão “um erro”, enquanto o mais jovem deputado pró-democracia da cidade, Sulu Sou, afirmou que o incidente pode dar a entender que o Governo do território está envolvido na guerra comercial entre a China e os Estados Unidos. No sábado, os líderes da Câmara Americana de Comércio de Hong Kong (AmCham), Tara Joseph e Robert Grieves, foram impedidos de entrar em Macau, onde iriam participar no baile anual promovido pela AmCham Macau. A Lusa tentou contactar o presidente da AmCham Macau, mas a organização indicou que Paul Tse não se encontrava na cidade. Também o consulado-geral dos Estados Unidos em Hong Kong e Macau preferiu não fazer qualquer comentário, ao ser contactado pela Lusa, e indicou que a AmCham de Hong Kong tinha já emitido uma nota sobre o incidente. Divulgado no sábado à noite, o comunicado sublinhou que não foram dadas razões para impedir a entrada em Macau dos dois responsáveis da AmCham. No passado, Tara Joseph e Robert Grieves tornaram pública a oposição à proposta de alteração da lei de extradição, que desencadeou os protestos que há precisamente seis meses afectam Hong Kong. A AmCham de Hong Kong assinalou esperar que o incidente se trate de “apenas uma reacção exagerada aos eventos actuais e que os negócios internacionais possam avançar construtivamente”. Cidade internacional Johnson Ian sublinhou que “a comunidade internacional poderá pensar que Macau é uma cidade fechada, pouco amigável e mais difícil até que a China continental”. Embora a cidade não tenha um papel económico tão importante como a vizinha Hong Kong, “não importa quanto mude o contexto internacional, Macau sempre foi uma janela da China para o mundo e essa janela deve permanecer aberta o mais possível”, acrescentou. Johnson Ian afirmou ainda temer que o caso possa “criar dúvidas” sobre o futuro dos casinos geridos por empresas norte-americanas em Macau. Para Agnes Lam, este incidente mostra que as autoridades já estão em alerta máximo, numa altura em que Macau prepara as comemorações do 20.º aniversário da transferência para a China do território anteriormente administrado por Portugal, em 20 de Dezembro próximo, coincidindo com a posse do novo chefe do Governo, Ho Iat Seng. “Acredito que tenha sido um erro porque havia muita gente norte-americana vinda de Hong Kong, incluindo o cônsul-geral dos Estados Unidos” em Hong Kong, Hanscom Smith, disse à Lusa a professora universitária, que esteve no baile anual promovido pela AmCham em Macau. Por seu lado, Sulu Sou antecipou a presença do Presidente chinês, Xi Jinping, nas comemorações dos 20 anos da transferência de Macau, mas considerou um “exagero inexplicável” começar já a proibir a entrada de pessoas em Macau. Sulu Sou lamentou ainda que seja difícil saber quantas pessoas foram impedidas, nos últimos anos, de entrar em Macau. A falta de informação “torna impossível à Assembleia Legislativa verificar se tem ou não havido abusos”, afirmou o deputado pró-democracia à Lusa. No domingo, o secretário para a Segurança de Macau recusou comentar a decisão das autoridades de fronteira de impedirem a entrada, no sábado, no território, dos dois responsáveis da AmCham. Em comunicado, Wong Sio Chak reiterou que, na aplicação da Lei de Bases da Segurança Interna da Região Administrativa Especial de Macau, “a identidade do indivíduo e a profissão não são objectos de ponderação, os riscos e ameaças à segurança são a única consideração e a aplicação deste regulamento sempre foi analisada caso a caso”.
admin PolíticaAmCham | Activista e deputados criticam recusas de entradas Agnes Lam e Sulu Sou criticaram ontem a decisão de impedir a entrada de responsáveis da Câmara Americana de Comércio, considerando que pode prejudicar a imagem da região e o futuro dos casinos detidos por empresas norte-americanas [dropcap]D[/dropcap]a direcção da Associação Sinergia de Macau, movimento cívico e político, Johnson Ian disse à Lusa acreditar que a decisão está ligada à proibição de navios e aeronaves militares norte-americanas de estacionar em Hong Kong, anunciada pela China a 2 de Dezembro. Na mesma altura, Pequim decidiu ainda punir cinco organizações não-governamentais com sede nos Estados Unidos, incluindo a Human Rights Watch. “Mas a China não barrou a entrada de empresários norte-americanos por isso é difícil vislumbrar que razões terá Macau para o fazer”, disse à Lusa o antigo candidato à Assembleia Legislativa de Macau. Já a deputada de Macau Agnes Lam considerou a decisão “um erro”, enquanto o mais jovem deputado pró-democracia da cidade, Sulu Sou, afirmou que o incidente pode dar a entender que o Governo do território está envolvido na guerra comercial entre a China e os Estados Unidos. No sábado, os líderes da Câmara Americana de Comércio de Hong Kong (AmCham), Tara Joseph e Robert Grieves, foram impedidos de entrar em Macau, onde iriam participar no baile anual promovido pela AmCham Macau. A Lusa tentou contactar o presidente da AmCham Macau, mas a organização indicou que Paul Tse não se encontrava na cidade. Também o consulado-geral dos Estados Unidos em Hong Kong e Macau preferiu não fazer qualquer comentário, ao ser contactado pela Lusa, e indicou que a AmCham de Hong Kong tinha já emitido uma nota sobre o incidente. Divulgado no sábado à noite, o comunicado sublinhou que não foram dadas razões para impedir a entrada em Macau dos dois responsáveis da AmCham. No passado, Tara Joseph e Robert Grieves tornaram pública a oposição à proposta de alteração da lei de extradição, que desencadeou os protestos que há precisamente seis meses afectam Hong Kong. A AmCham de Hong Kong assinalou esperar que o incidente se trate de “apenas uma reacção exagerada aos eventos actuais e que os negócios internacionais possam avançar construtivamente”. Cidade internacional Johnson Ian sublinhou que “a comunidade internacional poderá pensar que Macau é uma cidade fechada, pouco amigável e mais difícil até que a China continental”. Embora a cidade não tenha um papel económico tão importante como a vizinha Hong Kong, “não importa quanto mude o contexto internacional, Macau sempre foi uma janela da China para o mundo e essa janela deve permanecer aberta o mais possível”, acrescentou. Johnson Ian afirmou ainda temer que o caso possa “criar dúvidas” sobre o futuro dos casinos geridos por empresas norte-americanas em Macau. Para Agnes Lam, este incidente mostra que as autoridades já estão em alerta máximo, numa altura em que Macau prepara as comemorações do 20.º aniversário da transferência para a China do território anteriormente administrado por Portugal, em 20 de Dezembro próximo, coincidindo com a posse do novo chefe do Governo, Ho Iat Seng. “Acredito que tenha sido um erro porque havia muita gente norte-americana vinda de Hong Kong, incluindo o cônsul-geral dos Estados Unidos” em Hong Kong, Hanscom Smith, disse à Lusa a professora universitária, que esteve no baile anual promovido pela AmCham em Macau. Por seu lado, Sulu Sou antecipou a presença do Presidente chinês, Xi Jinping, nas comemorações dos 20 anos da transferência de Macau, mas considerou um “exagero inexplicável” começar já a proibir a entrada de pessoas em Macau. Sulu Sou lamentou ainda que seja difícil saber quantas pessoas foram impedidas, nos últimos anos, de entrar em Macau. A falta de informação “torna impossível à Assembleia Legislativa verificar se tem ou não havido abusos”, afirmou o deputado pró-democracia à Lusa. No domingo, o secretário para a Segurança de Macau recusou comentar a decisão das autoridades de fronteira de impedirem a entrada, no sábado, no território, dos dois responsáveis da AmCham. Em comunicado, Wong Sio Chak reiterou que, na aplicação da Lei de Bases da Segurança Interna da Região Administrativa Especial de Macau, “a identidade do indivíduo e a profissão não são objectos de ponderação, os riscos e ameaças à segurança são a única consideração e a aplicação deste regulamento sempre foi analisada caso a caso”.
Hoje Macau PolíticaHengqin | Proposta prevê que a RAEM passa a gerir fronteira [dropcap]O[/dropcap] Governo da RAEM deverá passar a ter a responsabilidade do posto transfronteiriço da ilha de Hengqin. É o que consta da proposta que foi ontem analisada na 14º sessão da 13ª Assembleia Popular Nacional (APN). A garantia foi dada pelo vice-director do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado, Deng Zhonghua. A proposta inclui a autorização de gestão concedida pelo Governo Central à RAEM nas zonas do Posto Fronteiriço da Ilha da Montanha, Ponte Flor de Lótus, ponte de ligação entre a Universidade de Macau e o posto fronteiriço de Hengqin (excluindo o cais), e o espaço reservado para a extensão do metro ligeiro e o posto fronteiriço de Hengqin. Esta autorização deverá vigorar até ao dia 19 de Dezembro de 2049, ano em que chega ao fim o período de semi-autonomia do território determinado na Declaração Conjunta, assinada em 1987. Esse prazo poderá ser renovado por decisão do Comité Permanente da APN. Cabe ao Conselho de Estado decidir as datas para a mudança de jurisdição consoante as zonas.
Hoje Macau PolíticaHengqin | Proposta prevê que a RAEM passa a gerir fronteira [dropcap]O[/dropcap] Governo da RAEM deverá passar a ter a responsabilidade do posto transfronteiriço da ilha de Hengqin. É o que consta da proposta que foi ontem analisada na 14º sessão da 13ª Assembleia Popular Nacional (APN). A garantia foi dada pelo vice-director do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado, Deng Zhonghua. A proposta inclui a autorização de gestão concedida pelo Governo Central à RAEM nas zonas do Posto Fronteiriço da Ilha da Montanha, Ponte Flor de Lótus, ponte de ligação entre a Universidade de Macau e o posto fronteiriço de Hengqin (excluindo o cais), e o espaço reservado para a extensão do metro ligeiro e o posto fronteiriço de Hengqin. Esta autorização deverá vigorar até ao dia 19 de Dezembro de 2049, ano em que chega ao fim o período de semi-autonomia do território determinado na Declaração Conjunta, assinada em 1987. Esse prazo poderá ser renovado por decisão do Comité Permanente da APN. Cabe ao Conselho de Estado decidir as datas para a mudança de jurisdição consoante as zonas.
João Luz SociedadePSP | Artista de Hong Kong impedido de entrar em Macau [dropcap]N[/dropcap]a passada sexta-feira, Chen Shisen viajou para Macau para assistir ao Untitled Poems – Macau International Performance Art Festival, que decorreu de sexta-feira a domingo no Armazém do Boi. Porém, as intenções do artista performativo esbarraram no Departamento de Controlo Fronteiriço no Terminal Marítimo da Taipa “Dirigi-me para Macau para me encontrar com os meus amigos no Festival Internacional de Artes Performativas, mas fui parado pelos serviços de imigração assim de cheguei”, contou Chen Shisen numa publicação no Facebook. O artista acrescentou que as autoridades o detiveram numa “pequena sala, sem água ou comida, durante mais de quatro horas, antes de receber um papel onde está escrito esta razão ridícula, sem me ser dada mais nenhuma explicação”, referiu publicando uma foto da notificação de recusa de entrada. No documento, o impedimento de entrada no território é justificado “por existirem fortes referências em como pretendia entrar na RAEM para a prática de actos que, pela sua natureza, podiam por em risco a segurança ou ordem pública da RAEM”. Uma justificação que se tem repetido com frequência para o impedimento de pessoas com alguma ligação a activismo político, em especial desde que começaram os protestos em Hong Kong. “Sou um artista performativo. A minha ida a Macau tinha como objectivo rever velhos amigos, falar e beber um copo com eles”, declarou o artista ao HM. Em relação ao impedimento de entrada em Macau, quando questionado como sentiu esse “episódio”, Chen Shisen referiu que “foi como receber um prémio honroso ou uma homenagem”.
João Luz SociedadePSP | Artista de Hong Kong impedido de entrar em Macau [dropcap]N[/dropcap]a passada sexta-feira, Chen Shisen viajou para Macau para assistir ao Untitled Poems – Macau International Performance Art Festival, que decorreu de sexta-feira a domingo no Armazém do Boi. Porém, as intenções do artista performativo esbarraram no Departamento de Controlo Fronteiriço no Terminal Marítimo da Taipa “Dirigi-me para Macau para me encontrar com os meus amigos no Festival Internacional de Artes Performativas, mas fui parado pelos serviços de imigração assim de cheguei”, contou Chen Shisen numa publicação no Facebook. O artista acrescentou que as autoridades o detiveram numa “pequena sala, sem água ou comida, durante mais de quatro horas, antes de receber um papel onde está escrito esta razão ridícula, sem me ser dada mais nenhuma explicação”, referiu publicando uma foto da notificação de recusa de entrada. No documento, o impedimento de entrada no território é justificado “por existirem fortes referências em como pretendia entrar na RAEM para a prática de actos que, pela sua natureza, podiam por em risco a segurança ou ordem pública da RAEM”. Uma justificação que se tem repetido com frequência para o impedimento de pessoas com alguma ligação a activismo político, em especial desde que começaram os protestos em Hong Kong. “Sou um artista performativo. A minha ida a Macau tinha como objectivo rever velhos amigos, falar e beber um copo com eles”, declarou o artista ao HM. Em relação ao impedimento de entrada em Macau, quando questionado como sentiu esse “episódio”, Chen Shisen referiu que “foi como receber um prémio honroso ou uma homenagem”.
Hoje Macau SociedadeFronteira | Mais uma advogada de Winnie Ho impedida de entrar em Macau Uma ex-colaboradora da irmã do magnata do jogo Stanley Ho, com ligações ao campo pró-democracia de Hong Kong, foi impedida na quinta-feira de entrar em Macau, decisão que o seu advogado classificou de discricionária [dropcap]É[/dropcap] uma medida muito discricionária. Nunca vamos saber qual a razão verdadeira, nem conseguimos obrigar a Administração a revelar”, afirmou à Lusa José Abecasis, que acrescentou existir a possibilidade de “reagir contra” a decisão. A notícia foi avançada pela Rádio Macau, depois de Donna Yau ter publicado na rede social Facebook uma imagem da notificação de recusa de entrada em Macau, após três horas retida no terminal marítimo. “Porquê eu”, questionou no breve texto que acompanha a fotografia do documento oficial. De acordo com a nota, foi-lhe negada a entrada “por existirem fortes referências em como pretendia entrar na RAEM para a prática de actos que pela sua natureza podiam pôr em risco a segurança ou ordem públicas”. “Não deram razão nenhuma”, afirmou José Abecasis sobre a decisão das autoridades de Macau. “Deve estar numa lista qualquer”, disse o advogado, admitindo que “pode ter a ver com ligações a Albert Ho”, antigo presidente do Partido Democrático de Hong Kong, já que Donna Yau “não é política e não é conhecida como uma activista” na RAEM. Déjà vu No final do mês passado, Albert Ho foi impedido de entrar em Macau, pelas mesmas razões apresentadas à empresária, uma decisão que o ex-deputado assumiu, à data, ser “obviamente política”. Donna Yau era a representante legal da falecida empresária Winnie Ho, irmã do magnata do jogo Stanley Ho, mas continua a administrar algumas empresas de Winnie, que morreu no ano passado. De acordo com a Macau News Agency, Donna Yau já prestou assistência jurídica a alguns activistas pró-democracia em Hong Kong e apoiou, em 2015, uma petição assinada por membros da Ordem dos Advogados e da Comissão Eleitoral do Chefe do Executivo do território vizinho contra a repressão exercida pela China sobre advogados e activistas dos direitos humanos. Na sequência da recusa de entrada a Albert Ho, o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, negou a existência de uma ‘lista negra’, mas salientou que “as autoridades têm a responsabilidade de salvaguardar a segurança, a estabilidade e paz do território, sendo esses pressupostos do desenvolvimento e prosperidade local”. E reiterou que os casos de recusa de entrada no território são “uma decisão das autoridades policiais, baseada em critérios objectivos e em análise de factos”, de acordo com um comunicado publicado em 29 de Setembro.
Hoje Macau SociedadeFronteira | Mais uma advogada de Winnie Ho impedida de entrar em Macau Uma ex-colaboradora da irmã do magnata do jogo Stanley Ho, com ligações ao campo pró-democracia de Hong Kong, foi impedida na quinta-feira de entrar em Macau, decisão que o seu advogado classificou de discricionária [dropcap]É[/dropcap] uma medida muito discricionária. Nunca vamos saber qual a razão verdadeira, nem conseguimos obrigar a Administração a revelar”, afirmou à Lusa José Abecasis, que acrescentou existir a possibilidade de “reagir contra” a decisão. A notícia foi avançada pela Rádio Macau, depois de Donna Yau ter publicado na rede social Facebook uma imagem da notificação de recusa de entrada em Macau, após três horas retida no terminal marítimo. “Porquê eu”, questionou no breve texto que acompanha a fotografia do documento oficial. De acordo com a nota, foi-lhe negada a entrada “por existirem fortes referências em como pretendia entrar na RAEM para a prática de actos que pela sua natureza podiam pôr em risco a segurança ou ordem públicas”. “Não deram razão nenhuma”, afirmou José Abecasis sobre a decisão das autoridades de Macau. “Deve estar numa lista qualquer”, disse o advogado, admitindo que “pode ter a ver com ligações a Albert Ho”, antigo presidente do Partido Democrático de Hong Kong, já que Donna Yau “não é política e não é conhecida como uma activista” na RAEM. Déjà vu No final do mês passado, Albert Ho foi impedido de entrar em Macau, pelas mesmas razões apresentadas à empresária, uma decisão que o ex-deputado assumiu, à data, ser “obviamente política”. Donna Yau era a representante legal da falecida empresária Winnie Ho, irmã do magnata do jogo Stanley Ho, mas continua a administrar algumas empresas de Winnie, que morreu no ano passado. De acordo com a Macau News Agency, Donna Yau já prestou assistência jurídica a alguns activistas pró-democracia em Hong Kong e apoiou, em 2015, uma petição assinada por membros da Ordem dos Advogados e da Comissão Eleitoral do Chefe do Executivo do território vizinho contra a repressão exercida pela China sobre advogados e activistas dos direitos humanos. Na sequência da recusa de entrada a Albert Ho, o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, negou a existência de uma ‘lista negra’, mas salientou que “as autoridades têm a responsabilidade de salvaguardar a segurança, a estabilidade e paz do território, sendo esses pressupostos do desenvolvimento e prosperidade local”. E reiterou que os casos de recusa de entrada no território são “uma decisão das autoridades policiais, baseada em critérios objectivos e em análise de factos”, de acordo com um comunicado publicado em 29 de Setembro.