Ciência | Earth Lunar Space Economic Forum pode vir para Macau

[dropcap]A[/dropcap] sede do Earth Lunar Space Economic Forum pode vir para Macau num futuro próximo. Quem o diz é Jonathan Choi Koon-shum, presidente do Grupo Sunwah, vice-presidente do comité de educação, ciência cultural e saúde da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, citado pelo jornal Ou Mun.

O responsável destacou a posição central de Macau na Grande Baía, zona intimamente ligada à indústria aeroespacial chinesa. Além disso, Jonathan Choi Koon-shum referiu que a MUST tem um laboratório de excelência desta área científica, onde mais de uma dezena de investigadores colaboram na equipa que trabalha no projecto de exploração lunar Chang E 4.

O responsável revelou que devem ser organizados eventos em Macau, aproveitando a posição do território no sector de convenções, exposições e turismo.

20 Set 2019

Ciência | Earth Lunar Space Economic Forum pode vir para Macau

[dropcap]A[/dropcap] sede do Earth Lunar Space Economic Forum pode vir para Macau num futuro próximo. Quem o diz é Jonathan Choi Koon-shum, presidente do Grupo Sunwah, vice-presidente do comité de educação, ciência cultural e saúde da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, citado pelo jornal Ou Mun.
O responsável destacou a posição central de Macau na Grande Baía, zona intimamente ligada à indústria aeroespacial chinesa. Além disso, Jonathan Choi Koon-shum referiu que a MUST tem um laboratório de excelência desta área científica, onde mais de uma dezena de investigadores colaboram na equipa que trabalha no projecto de exploração lunar Chang E 4.
O responsável revelou que devem ser organizados eventos em Macau, aproveitando a posição do território no sector de convenções, exposições e turismo.

20 Set 2019

Espaço |Criação de central de energia solar em estudo

[dropcap]A[/dropcap] China está a estudar a viabilidade da criação de uma central de energia solar no espaço, com o objectivo de reduzir as emissões de gases estufa na Terra e reduzir a escassez de energia, noticiou ontem o jornal China Daily.

De acordo com a publicação, investigadores da Universidade de Chongqing, da Universidade Xidian e da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial estão a pensar construir um protótipo para a transmissão de ondas de energia solar.

Xie Gengxin, um dos investigadores, citado pelo jornal, disse que o protótipo da central será localizado em Chongqing e que o principal foco da investigação vai incidir na distância da entrega da energia.

“Planeamos lançar quatro a seis balões [agarrados ao protótipo] a uma altitude de mil metros”, disse o investigador.

Se estes primeiros testes forem bem-sucedidos, o próximo passo, de acordo com Xie, será enviar balões para a estratosfera para prosseguir com a investigação a uma distância maior.

No início do ano a China tornou-se no primeiro país a pousar uma sonda no lado mais afastado da Lua.

O objectivo é testar o crescimento de plantas e captar sinais de radiofrequência, normalmente bloqueados pela atmosfera terrestre.

A missão ilustra ainda a crescente ambição de Pequim no espaço, símbolo do progresso do país.

Este ano, Pequim planeia ainda iniciar a construção de uma estação espacial com presença permanente de tripulantes e, no próximo ano, enviar um veículo de exploração a Marte.

28 Fev 2019

Algodão na lua

[dropcap]A[/dropcap] China inaugura com êxito a sua era espacial. O lado oculto da Lua, esse recanto galáctico que alude à sua própria redundância, é no entanto uma expressão inglesa que remonta a 1959 nos anais da expansão espacial e quando a nave Lune 3, “darque side”, uma sonda soviética transmitiu as primeiras imagens de um ângulo lunar nunca visto na Terra. A China chegou agora a esse local ainda não transmitido e levou já peculiares visitantes como sementes de algodão. É efectivamente um momento de relevo pela audácia de pensar um solo plantável, e pela analogia do algodão, algidez, brancura, maciez… É um convite a coisas idênticas e inaugurais estes primeiros flocos de branco lunar.

Vivemos hoje um tempo com vias de transporte desconcertantes, pois que é mais barato ir de avião ao norte da Europa em duas horas do que apanhar um comboio para o Porto, ou mesmo apanhar um táxi em Lisboa, ou ir de barco até Cacilhas. Como o dinheiro, e sobretudo o dos jovens, é sempre pouco, eles preferem, e bem, ir para longe. As redes de transporte são tentáculos maciços que dão já a volta ao mundo em modo subterrâneo e aéreo e dos excessos acolchoados tão do agrado de uma inativa meia idade, parece também agora esmorecerem neste labirinto onde entre céu e subsolo nos encontramos a preços módicos e até confortáveis.

São temas que devem ser concertados com a inaugural viagem da China ao lado oculto da Lua, e o seu talento rápido de colocar em marcha uma fonte produtiva. Ela, que sempre nos pareceu um gigantesco útero sem perfil expansionista, é sem dúvida neste instante o nosso mais formidável luar de Janeiro. «Minha pequenina décima oitava irmã tu és a chuva no meio do céu», canção popular chinesa; dezoito é mesmo número de Lua e parece-nos já daqui uma vasilha de água cristalina prateada com flocos de algodão no nosso céu de antanho tão parecido com o que está para vir.

Voltaremos à parábola do semeador, um roteiro previsto pela voz de Isaías (terceiro de Isaías 10-11): «a palavra do Senhor é semente». Vejo então hoje que a semente morreu. As condições não estão ainda preparadas para a nova seiva e é preciso uma nova componente que prepare estes chãos para lançarmos os bens da Arca. A China não tardará a recuperar a marcha destas descobertas com sucessos tão garantidos como as árvores trepadeiras, e a facultar uma aceleração de acordo com a urgência humana, pois que os desígnios terrenos a prepararam para nobres missões. Juntas, vão outras, para iniciar a do algodão que não resistiu ao frio da noite lunar. A algidez das suas sombras oculta desassossegos, e os seres vivos precisam da sua fonte de calor e alguma travessia nos levará de ora em diante a outros sóis.

Da lã, nem falar por enquanto. A natureza dela exige comunidades agrárias bem mais estruturadas e modelo animal em rebanhos, mas deixemos que se instalem outros frios para que um ovular bicho da seda se misture algures nas dobras planetárias de locais remotos. E que poderemos fazer então num corpo vazio de ocultos labirintos? Ainda não se sabe bem, e o que não se sabe só a ciência dirá como contornar. A Lua, essa, terá sempre no imaginário os dons dos feiticeiros e dos xamãs do mundo que reservam as suas fases para o equilíbrio dos campos energéticos. O país do Sol Nascente estará menos preparado para esta alba onde não nasce a alvorada? Não está. Penso que estará a transformar as condições de uma possível fonte de progresso onde imóvel perante críticas saberá desenvolver os campos futuros a desocultar. Talvez campos de arroz e enxertos de cerejeiras, o que levaria em trafego, anos luz de produção em série para a outrora faminta humanidade escravizada sob o peso da necessidade. As fomes neste estado são outras, e a capacidade de as governar, um trunfo sem igual. Peregrinaremos sempre em torno de qualquer coisa, ora inspecionando, ora tirando dividendos da conquista, e se a Terra já treme é muito bom que se preparem as bases da partida e da escalada mais larga pois que giramos em torno a nós como um mecanismo cego.

Sentada numa tartaruga, a China chegou bem mais longe que a Lebre que se vê agora a braços para dar sentido ao movimento de um novíssimo propósito. Enrolada no labirinto dos dogmas e pouco audaz em escalar etapas, começa a soçobrar a um excesso de diálogo de surdos em várias línguas espalhadas, que em coro, produz o ruído que afugentará os fazedores. O futebol é uma missão remissiva nos tempos vindouros, o jogo acabará breve, e os campos vazios falarão de nós bem mais que a política, bem mais que a saturada economia que numa ânsia de fome lunar desertificou o que havia de vida e de doce algodão também aqui na camada terrestre.

Por isso a Terra se cobre da sua seiva e nos convida agora a ir deixando de mansinho os seus beirais.
Para 2020, a China preparou um satélite de iluminação oito vezes superior ao brilho da Lua e ela sempre estará nestes anos conectada com o satélite que a fará desdobrar-se à sua quimérica natureza de multiplicadora de factos e de condições. Se as alcateias correrem para lá o seu escarlate terá efeitos mais sombrios pois que duas Luas progredirão para um coro demasiado bravio num presente onde se escuta já o ribombar dos tambores.

29 Jan 2019

China lança nave espacial para aterrar no lado oculto da Lua

[dropcap]A[/dropcap]China lançou ontem uma nave espacial para aterrar no lado menos explorado da Lua e leva consigo, entre outras coisas, sementes de batata para plantar.

De acordo com a Administração Espacial Nacional da China, a missão Chang’e 4 realizará observação astronómica de rádio de baixa frequência, análise de relevo, detecção de composição mineral e da estrutura superficial da lua e medição de radiação de neutrões e de átomos neutros.

Com a sua missão Chang’e 4, a China espera ser o primeiro país a realizar uma aterragem com sucesso do lado oculto da Lua.

A bordo da nave espacial estão também ovos de bicho-da-seda com o objectivo de estudar a sua evolução, que será gravada para ser controlada a partir da Terra.

Pequim demonstra, desta forma, a sua crescente ambição espacial, para concorrer com a Rússia, a União Europeia e os Estados Unidos.

Se for bem-sucedida, a missão a bordo de um foguete Longa Marcha 3B impulsionará o programa espacial chinês para uma posição de liderança numa das áreas mais importantes da exploração lunar.

9 Dez 2018

Armazém do Boi | Um novo espaço artístico na rua do Volong

A Associação de Arte Armazém do Boi deixou a avenida Coronel Mesquita, sem adiantar se um dia vai voltar ao espaço que está, actualmente, em obras. Para já, as exposições e futuras residências artísticas acontecem na rua do Volong, num conciso edifício com três andares

[dropcap style=’circle’]P[/dropcap]ost-Ox Warehouse Experimental Site” é o nome da exposição que revela a nova fase da Associação de Arte Armazém do Boi. Ao longo de três andares pintados de branco espalham-se várias obras de diferentes estilos, da pintura à instalação de arte e vídeo. São, na sua maioria, da autoria de artistas locais, e muitas delas remetem-nos para a contemporaneidade de Macau.

Por exemplo, Ng Fong Chao, artista que se estabeleceu no território em 1984, oriundo de Zhejiang, apresenta um trabalho que remete não só para a passagem do tufão Hato como recorda, através de fotografias antigas, outras tempestades tropicais do passado. O trabalho tem um título sugestivo: “The Prosperity Alarm”.

Com esta exposição, a Associação de Arte Armazém do Boi rompe um pouco com o passado sem trair a sua génese, no que diz respeito à promoção do trabalho artístico que se vai fazendo em Macau.

Ao HM, Noah Ng, actual presidente da associação, traça o retrato daquilo que o público poderá ver nos próximos tempos na rua do Volong, no bairro de São Lázaro.

“Este espaço é muito mais pequeno do que o anterior, mas, ainda assim, será um lugar dedicado à experimentação. Temos aqui uma grande variedade de artistas, que usam diferentes tipos de materiais e conceitos, tal como a ligação aos media, por exemplo, para seguir os seus próprios processos de experimentação.”

O ponto de partida para a selecção dos artistas foi a relação que estes apresentam com a arte contemporânea, com temáticas como os media e a sociedade actual.

“Os artistas que vemos aqui expostos têm cerca de 30 anos e são artistas emergentes”, adiantou Noah Ng. O que está em exposição “não tem a ver com a cidade mas com a forma como exploram o processo das suas próprias criações e como desenvolvem métodos de experimentação”. “Tem tudo a ver com a forma como vão além dos seus próprios limites e como mostram curiosidade relativamente a cada fase de produção das suas obras”, concluiu o presidente da associação de arte.

No último andar do edifício fica um beliche, uma cozinha em ponto pequeno e uma varanda, lugar que dará casa a artistas de todo o mundo que serão convidados a participar em residências artísticas. Os responsáveis da associação querem ir além das fronteiras com China, Hong Kong e Taiwan e explorar alguma da arte que se faz na Europa, nomeadamente em Portugal.

E a Coronel Mesquita?

O enorme espaço para exposições de que dispunha a Associação de Arte Armazém do Boi está agora em obras custeadas pelo Governo, dado o envelhecimento do espaço da Avenida Coronel Mesquita. Noah Ng garante não saber se a sua associação pode voltar ao antigo edifício onde funcionou durante anos.

“Uma vez que o nosso antigo espaço está em obras, tivemos de mudar e, até agora, ainda não nos foram dadas mais informações sobre o processo. Não sabemos como é que o Governo vai usar o espaço, não sabemos se será usado por outras associações sem fins lucrativos, ou se haverá um concurso para a apresentação de trabalhos. Não sabemos o que vai acontecer nos próximos anos, não é certo o nosso regresso à Coronel Mesquita.”
Apesar de disporem agora de um espaço bem mais reduzido, a ideia é prosseguir o mesmo objectivo e até renovar as actividades culturais que ali acontecem. A organização de residências artísticas é prova disso mesmo.

“Trabalhamos muito com voluntários e, independentemente das dificuldades que enfrentamos, tentamos sempre fazer o melhor, mesmo que a situação seja agora ligeiramente diferente. Queremos ter um espaço onde possamos continuar a promover trabalhos artísticos e que possamos continuar a ser uma plataforma para o panorama das artes em Macau. Procuramos encontrar uma forma de trabalhar com projectos que se possam ajustar a este espaço.”

Além das exposições colectivas e das residências artísticas, o Armazém do Boi quer apostar em exposições individuais. Sobre a Coronel Mesquita e a possível criação de um local ligado às indústrias culturais e criativas, Noah Ng tem dúvidas sobre a implementação, na prática, da ideia de Alexis Tam, secretário para os Assuntos Sociais e Cultura.

“É sempre uma boa ideia desenvolver um centro criativo naquela zona, mas permanece a grande questão de como é que essas ideias serão postas em prática. Sinto que deveria haver uma comissão com experiência suficiente quanto à utilização de todos os espaços e que nos explique quais as diferenças relativamente entre essa e a actual localização. Mas é difícil porque é preciso que as associações do meio sigam as instruções criadas pelo Governo para que esse plano seja posto em prática”, concluiu.

A exposição “Post-Ox Warehouse Experimental Site” está disponível para visita gratuita até ao dia 7 de Outubro.

10 Set 2018

Espaço | Apresentado veículo que vai explorar o lado oculto da Lua

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]agência espacial chinesa revelou imagens do veículo de exploração com que espera chegar ao lado oculto da Lua, no final deste ano, no que seria um feito inédito, informou ontem a imprensa oficial. O veículo, que ainda não foi baptizado, viajará em Dezembro a bordo da nave não tripulada Chang E 4, e deverá alunar na bacia Aitken, e a partir dali percorrer o lado não visível da Lua. O veículo é semelhante ao Yutu, o primeiro explorador lunar chinês, lançado em 2013, e que continua a percorrer o lado visível da Lua. Em conferência de imprensa, Wu Weiren, chefe do programa chinês de exploração lunar, explicou que o novo veículo se distingue do Yutu pela sua maior adaptabilidade a terrenos difíceis. E destacou que, com 140 quilos, é o “mais leve” de sempre. De forma rectangular, o explorador tem seis rodas, dois painéis solares, um radar e várias câmaras, visando explorar o lado oculto da Lua.

17 Ago 2018

Novo instrumento para detectar planetas potencialmente habitáveis

[dropcap style≠’circle’]I[/dropcap]nvestigadores do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) participam num projecto internacional que visa criar um novo instrumento capaz de detectar planetas rochosos que orbitem estrelas próximas da Terra e que sejam potencialmente habitáveis.

Este novo “caçador de planetas”, designado NIPRS (“Near Infra Red Planet Searcher” ou pesquisador de planetas no infravermelho próximo), será instalado no telescópio de 3,6 metros do Observatório de La Silla (Chile), do Observatório Europeu do Sul (ESO), organização astronómica da qual Portugal faz parte, segundo um comunicado do IA divulgado ontem.

“O NIRPS vai ser o primeiro espectrógrafo do ESO dedicado a detectar planetas em torno das anãs M, o tipo de estrelas mais abundante na nossa galáxia”, indicou o investigador do IA e da Universidade do Porto (UP), Pedro Figueira.

Um espectrógrafo é um equipamento (instrumento) capaz de decompor a luz nas suas várias cores, ou comprimentos de onda (frequências), originando um espectro, considerado o “arco-íris da estrela”, indicou à Lusa o investigador do IA e da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), Nuno Cardoso Santos.

O NIRPS, que entrará em funcionamento no último trimestre de 2019, irá medir velocidades radiais de estrelas anãs vermelhas, para detectar planetas rochosos do tipo terrestre, que sejam potencialmente habitáveis.

O Método das Velocidades Radiais detecta exoplanetas (planetas fora do Sistema Solar) medindo pequenas variações na velocidade (radial) da estrela, originadas pelo movimento que a órbita desses planetas imprime na estrela.

“Se a estrela tiver um planeta à volta, o seu movimento é perturbado. Medindo a velocidade da estrela dia após dia, podemos ver se esta se move em torno do planeta”, explicou Nuno Cardoso Santos.

Outros domínios

O NIRPS irá juntar-se ao espectrógrafo de alta resolução HARPS, um “caçador de planetas” também instalado no telescópio ESO de 3,6 metros do Observatório de La Silla, estendendo as capacidades de observação deste para o infravermelho, lê-se na nota informativa.

Segundo Nuno Cardoso Santos, o NIRPS vai complementar dados do actual HARPS, tornando possível observar simultaneamente no infravermelho.

A observação no infravermelho possibilita o acesso a um outro domínio espectral, que permite “fazer ciência nova”, sublinhou o investigador.

Neste projecto, o IA participa na definição da parte científica e na construção e instalação do subsistema ADC (“Atmospheric Dispersion Corrector”), que tem como função “corrigir a dispersão causada pela atmosfera e, desse modo, permitir atingir os requisitos de precisão que estão definidos para o NIRPS”, disse por seu lado Alexandre Cabral, investigador do IA e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

O consórcio responsável pela criação do NIRPS é liderado pelas universidades de Montreal, no Canadá, e de Genebra, na Suíça.

20 Set 2017

China | Lançada com êxito missão ao Espaço com dois astronautas

Com o lançamento da nave tripulada “Longa Marcha 2F”, esta segunda-feira, a China continua a tentar aproximar-se da Europa e dos Estados Unidos nas conquistas espaciais

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China lançou ontem com êxito a missão espacial tripulada Shenzhou-11, com dois astronautas a bordo, que deverão passar um mês no espaço, no laboratório Tiangong-2.

O foguetão “Longa Marcha 2F” foi lançado sem problemas às 07:30 locais, a partir do centro de Jiuquan, na província de Gansu, no deserto de Gobi, segundo os responsáveis pela missão.

Uma câmara colocada dentro da cápsula permitiu ver os dois astronautas, Jing Haipeng e Chen Dong, durante todo o lançamento e chegada à órbita terrestre.

Esta é a sexta missão que a China envia para o espaço com astronautas a bordo e será a mais longa, se tudo correr como planeado.

Os dois tripulantes da nave Shenzhou-11 permanecerão 33 dias em órbita. A missão anterior demorou 15 dias.

Jing Haipeng, de 50 anos, faz a sua terceira viagem espacial e comanda a nave, levando consigo o estreante Chen Dong, de 37 anos.

O principal objectivo da missão Shenzhou-11 é verificar o correcto funcionamento dos sistemas do laboratório Tiangong-2 e começar os preparativos para a futura estação espacial chinesa, que as autoridades de Pequim esperam ter a funcionar até 2022.

Os dois astronautas farão ainda experiências científicas, que incluem projectos em colaboração com instituições académicas e outros propostos por estudantes do ensino secundário de Hong Kong sobre medicina, física espacial ou botânica.

Pequim tem vindo a investir no seu programa espacial, na tentativa de acompanhar os progressos dos Estados Unidos da América e da Europa.

Anunciou em Abril que quer enviar uma nave espacial “perto de 2020” para orbitar Marte, aterrar e colocar um ‘rover’ para explorar a superfície do Planeta Vermelho.

Pequim vê o programa espacial como um símbolo do progresso da China e da sua emergência como potência mundial.

No entanto, até agora, tem reproduzido apenas actividades em que os Estados Unidos e a União Soviética foram pioneiros há várias décadas.

Parabéns presidenciais

O presidente chinês Xi Jinping enviou uma mensagem de felicitações pelo lançamento bem-sucedido da nave espacial tripulada.

Xi expressou enviou mensagens de parabéns a todos os investigadores e funcionários envolvidos na missão assim como aos astronautas.

Pediu que os funcionários da missão garantam a boa realização das metas planeadas, encorajando-os a “abrir novos caminhos de forma constante para o programa espacial tripulado, para que o povo chinês dê maiores passos e avance mais na pesquisa do espaço, e faça novas contribuições para construir a China numa potência espacial”, relata a Xinhua.

O Presidente chinês enviou a mensagem de Goa, onde participou na 8º Cimeira dos BRICS.

18 Out 2016