Nunu Wu Manchete SociedadeJulgamento | Gestores de sala VIP negaram acusações de burla Dezoito clientes burlados em cerca de 27 milhões de dólares de Hong Kong (HKD), um homem numa fuga milionária, e dois gestores sentados no banco dos arguidos. Esta é a configuração do julgamento do caso das salas VIP Dongbo, que teve mais uma sessão na quarta-feira. A Dongbo operou duas salas VIP, na City of Dreams e Galaxy, entre 2019 e Setembro de 2021 através de uma licença de promoção de jogo alugada. Durante esse período, o Ministério Público argumenta que os dirigentes da empresa procuraram atrair avultados depósitos entre mais de duas centenas de clientes, angariando um valor total de 287 milhões de HKD. Os problemas surgiram com as queixas de jogadores impossibilitados de recuperar o dinheiro depositado, situação que culminou na denúncia de 18 vítimas que terão perdido 27 milhões de HKD. O principal arguido e fundador da Dongbo, um cidadão chinês de apelido Shi, terá fugido de Macau com o dinheiro em falta, deixando no banco dos arguidos dois gestores de apelidos Chan e Lam que eram vice-presidente executivo e director de operações, respectivamente. Na quarta-feira, Chan e Lam, negaram as acusações de burla no Tribunal de Primeira Instância. A maioria das testemunhas ouvidas não corrobou a tese de que as salas VIP não usavam os depósitos como investimentos que renderiam juros e que as quantias depositadas seriam apenas para jogar. Apesar disso, as testemunhas referiram que as salas da Dongbo ofereciam um bónus de 1,1 a 1,25 por cento quando o dinheiro era trocado por fichas, desconto considerado atraente. O outro lado Porém, uma ex-funcionária da Dongbo, de apelido Lei, apresentou em tribunal uma versão diferente, afirmando ter depositado 5 milhões de HKD porque o director de operações lhe terá garantido que poderia receber um juro mensal de 50 mil HKD. A testemunha afirmou ter confiado no director de operações da Dongbo, porque ambos teriam trabalhado no Grupo Suncity, de onde saíram depois de assinarem rescisões amigáveis que terminaram os contratos com a empresa de Alvin Chau. Parte das testemunhas perdeu dinheiro porque depois de efectuar o depósito a sala VIP foi encerrada. Uma testemunha afirmou em tribunal que falou com o fundador da Dongbo, que terá revelado estar em Shenzhen, e que este lhe garantiu o reembolso da quantia depositada. A devolução dos fundos nunca terá acontecido. Outra das testemunhas ouvidas em tribunal, foi o detentor da licença de promoção de jogo usada pela Dongbo nas suas operações. A testemunha, que alega ter perdido 200 mil HKD, indicou ter alugado a licença por 50 mil HKD por mês e que na altura da celebração do contrato ficou estabelecido que a Dongbo não teria entre as suas operações a possibilidade de receber depósitos.
João Santos Filipe SociedadeTurismo | Índice de preços com subida de quase 20% O Índice de Preços Turísticos (IPT) foi de 137,24 no segundo trimestre de 2023, o que significa um crescimento de 19,47 por cento, face ao trimestre homólogo de 2022. De acordo com os dados revelados ontem pelos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) a subida deveu-se ao facto de os preços dos quartos de hotel e dos doces de pastelarias terem ficado mais caros. Em comparação com o preço do trimestre homólogo de 2022, os preços do alojamento aumentaram 150,74 por cento, enquanto os preços das actividades de divertimento e culturais cresceram 17,06 por cento. Por sua vez, o preço do vestuário e calçado aumentou em termos anuais 7,07 por cento. No segundo trimestre de 2023, o IPT desceu ligeiramente 0,70 por cento, quando comparado com o primeiro trimestre do ano. O índice de preços da secção alojamento diminuiu 10,56 por cento, em termos trimestrais, em virtude da queda de preços dos quartos de hotel. Por seu turno, o índice de preços da secção vestuário e calçado cresceu 8,92 por cento, em termos trimestrais, graças ao lançamento do vestuário de Verão. O IPT reflecte a variação de preços dos bens e serviços adquiridos pelos visitantes em Macau.
João Santos Filipe Manchete SociedadeNova Biblioteca | Agnes Lam questiona falta de estacionamento A ex-deputada Agnes Lam questionou a decisão do Governo de abdicar de parque de estacionamento subterrâneo na futura Biblioteca Central. A posição foi tomada através de um artigo da académica publicado no jornal Ou Mun. Entre 2007 e 2020, os planos apontavam para que a futura Biblioteca Central fosse construída no Edifício do Antigo Tribunal, na Avenida da Praia Grande, e até foi realizado um concurso público para a concepção do projecto naquele local. Contudo, em 2020, com a nomeação de Ho Iat Seng como Chefe do Executivo, foi anunciado que a futura Biblioteca Central seria mudada para a praça do Tap Seac, onde se encontra o antigo Hotel Estoril. Agora, Agnes Lam veio recordar que um dos argumentos utilizados para deslocalizar o projecto foram os potenciais problemas do trânsito e de falta de estacionamento na Avenida da Praia Grande. Face a este argumento, a ex-deputada questiona o facto de agora se abdicar voluntariamente da construção de um parque de estacionamento subterrâneo na nova biblioteca. “Se olharmos para o passado, a principal razão para mudar o local da biblioteca não foram as dificuldades na reconstrução no Antigo Tribunal, na verdade foi o problema do trânsito”, escreveu Lam. “Com esta decisão [de não construir o parque de estacionamento] há um desencontro entre as expectativas da população e a nova biblioteca”, acrescentou. Por outro lado, a académica alertou para a possibilidade da futura Biblioteca Central criar problemas para o trânsito daquela zona. “A capacidade de estacionamento na Praça de Tap Seac está praticamente esgotada e corre-se o risco de não haver mais locais de estacionamento disponíveis. Temo que a nova biblioteca vá criar graves problemas de trânsito no futuro”, alertou. Mais explicações Neste cenário, Agnes Lam admite que que se avance para a construção da biblioteca mesmo sem estacionamento, mas considera que é necessário explicar muito bem à população a opção. Ao mesmo tempo, a ex-legisladora apela ao Governo para que “oiça a população” sobre este assunto, antes de tomar uma decisão definitiva. Por outro lado, a académica afirmou é necessário preparar o futuro daquela zona de Macau, em matéria de trânsito, principalmente porque ao pé do edifício Holland Garden existe grande falta de estacionamento, o que tende a esgotar os lugares existentes ao pé do Tap Seac.
João Luz SociedadeDSAL | Três feiras vão oferecer 444 empregos A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) irá organizar três feiras de emprego nos dias 20 e 21 de Julho, onde serão oferecidas 444 ofertas de emprego. As inscrições para as três sessões, organizadas em parceria com a Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), estão abertas a partir de hoje, às 09h, e encerram na próxima quarta-feira ao meio-dia. Na manhã do dia 20 de Julho, a sessão de emparelhamento será dedicada ao sector hoteleiro, com a oferta de 116 vagas de emprego para postos como “supervisor de balcão de atendimento, supervisor dos serviços de quarto, supervisor de vigilância de andares, empregado administrativo, recepcionista, agente dos serviços de atendimento aos clientes, empregado dos serviços de quarto, bagageiro e empregado dos serviços de limpeza”. Esta sessão realiza-se no Centro para o Desenvolvimento de Carreiras da FAOM, na Istmo de Ferreira do Amaral 101-105. Na manhã de 21 de Julho, serão oferecidas mais 177 vagas de trabalho para o sector hoteleiro. As ofertas são para “empregado de assuntos de recursos humanos e administrativo, empregado de assuntos financeiro, técnico de redes, coordenador da secção de limpeza e arrumação de quartos, agente dos serviços no lobby do hotel, agente dos serviços de VIP, funcionário de Linen Room e secção de uniforme, agente dos serviços de restauração e cozinheiro. No mesmo dia à tarde, a feira de emprego oferece 151 vagas para o sector dos serviços integrados de entretenimento. Os interessados podem concorrer aos postos de “agente de aquisição, agente de armazém, operador de caixa, agente dos serviços de loja, embaixador de serviços de cinema, projeccionista, agente de serviços de restauração, cozinheiro e detalhista automóvel. Estas duas sessões serão realizadas no salão de banquete do Hotel Macau Roosevelt, na Taipa.
João Santos Filipe Manchete SociedadeFunção Pública | Recuperação leva a pedidos de aumentos salariais A Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Origem Chinesa espera que os funcionários públicos tenham um aumento dos salários de 3,3 por cento no próximo ano. O apelo foi feito por Cheong Koc Iun, presidente da associação, através de um artigo publicado no jornal Ou Mun, em que é sublinhada a necessidade haver uma “recompensa verdadeira” face ao trabalho dos últimos anos. Segundo Cheong Koc Iun, os salários dos funcionários públicos estão congelados há três anos e durante este período a associação compreendeu a necessidade de implementar políticas de austeridade, devido ao ambiente económico relacionado com a covid-19. Todavia, com os sinais da recuperação económica, o responsável considera que está na altura de reconhecer os esforços dos funcionários públicos. “A pressão da vida quotidiana aumentou bastante, mas a equipa de funcionários públicos não deixou de ser dedicada no cumprimento dos seus deveres, mostrando coragem e espírito de combate face à pandemia”, justificou o dirigente associativo. “Durante este período da pandemia os funcionários mereceram muitos elogios e distinções. Por isso, as associações têm sempre a esperança que o Governo reconheça os esforços e recompense os trabalhadores. Todos os reconhecimentos feitos até agora não passaram de elogios verbais, pelo que não se pode falar de uma recompensa verdadeira”, sublinhou. Estimativas de crescimento Além de mencionar o esforço do passado, a Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Origem Chinesa justifica o pedido de aumentos de 3,3 por cento com o novo ambiente económico, e o fim do período mais complicado da crise económica. Para justificar as palavras, o presidente da associação indica que as estimativas da Universidade de Macau apontam para um crescimento anual da economia que pode chegar a 47 por cento, além de haver uma recuperação do número de visitantes. “A situação da economia e do emprego está a melhorar de forma gradual. As receitas brutas do jogo durante os primeiros seis meses ultrapassaram os 80 mil milhões de patacas”, apontou Cheong. “As receitas anuais do jogo devem ultrapassar os 170 mil milhões de patacas, o que reflecte que a economia está a recuperar e a crescer de formal satisfatória. As receitas fiscais do governo para este ano vão melhorar a olhos vistos”, destacou. Por outro lado, o dirigente associativo defende ainda que se siga o exemplo de Hong Kong, onde apesar da grave crise não deixou de haver aumentos, que variaram entre 2,87 por cento e 4,65 por cento. “Apesar das situações de Hong Kong e Macau serem diferentes, temos de compreender que as pessoas de Macau também estão a ser afectadas pela inflação e o aumento das taxas de juros, que tornam o custo de vida mais caro”, frisou.
Nunu Wu SociedadePornografia | Detido por chantagear menor com vídeo Um residente foi detido no domingo por suspeitas de ter ameaçado uma menor de idade com a divulgação de vídeos de pornografia caseira se a jovem terminasse a relação. O caso foi divulgado foi ontem e, segundo as autoridades policiais, a detenção aconteceu nas imediações do Posto Fronteiriço de Hengqin, quando os dois se encontraram causalmente. A menor queixou-se às autoridades no local e o suspeito, de 32 anos, acabou por ser detido. No telemóvel do suspeito terão sido encontrados os vídeos. De acordo com o jornal Ou Mun, o indivíduo e a vítima começaram uma relação amorosa em 2020. Porém, a jovem descobriu que o suspeito teria outra namorada e tentou romper a relação. O suspeito ameaçou divulgar os vídeos e agredir familiares da jovem. Segundo as autoridades, a menor passou a ignorar os contactos do indivíduo há cerca de um ano, até se terem encontrado no passado domingo. O caso foi encaminhado para o Ministério Público com o homem suspeito dos crimes de ameaça, coacção, acto sexual com menores e pornografia de menor.
João Luz SociedadeCrime | Idoso de 84 anos agrediu mulher que ficou inconsciente Uma discussão verbal entre um homem de 84 anos e uma mulher de 66 anos escalou para violência física, com o idoso a desferir um soco que deixou a vítima inconsciente. A mulher foi assistida no hospital e o suspeito detido. A criminalidade violenta aumentou 44 por cento no início do ano No final da tarde de terça-feira, uma discussão verbal, que terá tido origem num desentendimento a propósito de dinheiro, escalou para uma agressão que deixou uma mulher de 66 anos inconsciente. O alegado agressor, um idoso de 84 anos, foi interceptado pelas autoridades policiais no local, a Rua de Malaca, perto do Hotel Golden Dragon, sem que até ao fecho da edição tivessem sido divulgadas informações adicionais que esclarecessem a situação do suspeito. O caso aconteceu às 18h30 e equipas do Corpo de Bombeiros e do Corpo de Polícia de Segurança Pública ocorreram de pronto ao local. Segundo o jornal Ou Mun, a equipa de emergência médica encontrou a vítima inconsciente no chão, com uma contusão no lado esquerdo do rosto, e conduziu-a de imediato às urgências do Centro Hospitalar Conde de São Januário. Segundo o relato de uma testemunha ouvida pelo jornal Ou Mun, a vítima e o suspeito encontraram-se na rua, desencadeando-se de seguida uma acesa discussão, que acabou com o idoso a perder a cabeça e a desferir um soco na mulher. O caso continua a ser investigado pelas autoridades policiais. Histórias de violência Há cerca de duas semanas, Macau foi abalada por um caso de extrema violência, depois de um homem ter tentado assassinar a ex-mulher desferindo golpes de martelo na cabeça da vítima, enquanto que na passada segunda-feira, um jovem esfaqueou uma aluna do Colégio Mateus Ricci. Nas últimas estatísticas da criminalidade divulgadas pelo Governo, verificou-se que no primeiro trimestre deste ano o número de crimes aumentou 17,2 por cento. Além dos tradicionais delitos criminais associados à indústria do jogo, a criminalidade violenta registou uma subida considerável, 44,2 por cento, nos primeiros três meses de 2023, face ao período homólogo do ano transacto.
João Santos Filipe SociedadeEnsino | Elsie Ao Ieong reuniu com CCISP A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U, apelou a um reforço da cooperação entre o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) de Portugal e as instituições de ensino superior locais. O apelo foi feito durante um encontro, na terça-feira, com Maria José Fernandes, presidente do CCISP. Segundo o relato do gabinete da secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U salientou que a “Universidade Politécnica de Macau (UPM) e as outras instituições de ensino superior locais têm mantido um bom intercâmbio e cooperação com o CCISP “o que tem “contribuído positivamente para a formação de quadros qualificados bilingues em chinês e português”. Neste sentido, Elsie deixou a esperança que “a cooperação entre ambas as partes continue a ser reforçada, a fim de elevar o nível de internacionalização das instituições de ensino superior de Macau e de reforçar a sua cooperação académica com as instituições de ensino superior de todo o mundo”. Por sua vez, Maria José Fernandes terá destacado “a importância desta visita do CCISP a Macau” detalhando que o CCISP abrange 15 institutos superiores politécnicos com cerca de 150 mil estudantes. Por outro lado, a responsável deixou o desejo que “as duas partes possam, com base na boa cooperação já existente, reforçar ainda mais o intercâmbio de professores e estudantes, nomeadamente, reforçar a orientação conjunta de estudantes de doutoramento e o intercâmbio de estudantes de doutoramento”.
Nunu Wu Manchete SociedadeAutocarros| Governo recusa aumentar idade limite de condutores Nick Lei pretendia prolongar as carreiras dos condutores de veículos pesados, mas o Governo recusou essa possibilidade. Os motoristas de veículos de turismo deixam de estar habilitados para exercer a profissão aos 65 anos O Governo afastou a possibilidade de aumentar a idade limite para os condutores de autocarros de turismo. A posição foi tomada na resposta a uma interpelação do deputado Nick Lei, ligado à comunidade de Fujian. Na interpelação, o legislador pedia, de forma a prolongar as carreiras profissionais de condutores de autocarros, um aumento da idade limite para desempenho das funções, que actualmente é de 65 anos. Contudo, a Direcção de Serviços de Turismo (DST), recusou a possibilidade. “É necessário considerar de forma geral em termos de condições físicas e mentais de condutores profissionais, os interesses sociais gerais e a segurança de utentes da via pública,” justificou Maria Helena de Senna Fernandes, sobre a posição tomada. Segundo a interpelação de Nick Lei, após três anos da pandemia, em que muitos condutores ficaram impedidos de exercer a profissão, o regresso à normalidade pouco mudou, porque vários profissionais ultrapassaram a idade limite. Esta é também uma realidade que afecta a mão-de-obra disponível. Quanto ao número de novos profissionais no sector, Helena de Senna Fernandes citou os números da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), e apontou que desde 2005 e até Maio foram formados cerca de 2.500 motoristas de veículos pesados. A responsável indicou ainda que para incentivar os locais a enveredarem pela profissão de motorista de veículos pesados os residentes podem fazer formação e serem reembolsados do custo do curso, depois de assinarem o contrato com uma empresa de autocarros. “Desde que o Governo lançou este mecanismo, em 2011, um total de 1.393 pessoas participou na formação e 1.096 pessoas conseguiram passar obter a licença”, afirmou a directora da DST. “Um total de 760 destas pessoas trabalham como condutores profissionais e 632 deles conduziam veículos pesados de passageiros como autocarros, autocarros turísticos e autocarros escolares, 128 deles conduziam em outras categorias como camião e táxi,” foi acrescentado. Acções de formação A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) lançou também três sessões de recrutamento de condutores de autocarros turísticos no primeiro semestre do ano, com 50 vagas e às quais responderam 26 candidatos. Entre estes, foram recrutados 11 motoristas. Outro dos assuntos abordados na interpelação, foi o estacionamento de autocarros turísticos. Nick Lei sugeriu a criação de zonas para estes autocarros nos bairros comunitários e a criação de estacionamento provisório nos terrenos recuperados pelo Governo. Sobre as sugestões, Helena de Senna Fernandes citou uma resposta da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego a indicar que qualquer decisão só será tomada depois de serem consideradas as condições ambientais, a taxa de utilização das instalações actuais e os utentes da via pública, porque as terras e recursos públicos em Macau são limitados.
João Santos Filipe SociedadePolícia | Dirigentes tomaram posse Chan Io e Kong Wai Chon tomaram ontem posse como subdirector e do chefe de departamento da Direcção dos Serviços das Forças de Segurança de Macau (DSFSM). A cerimónia foi realizada ontem tendo o evento sido presidido pela directora dos Serviços, superintendente-geral alfandegária Kok Fong Mei, que assistiu à prestação do compromisso de honra e à assinatura do termo de posse, por parte dos novos subdirector e chefe de departamento. O subdirector Chan Io começou a prestar serviço na DSFSM em 1996, sendo licenciado em Ciências Policiais e tendo concluindo o 6.º Curso de Comando e Direcção, ambos pela Escola Superior das Forças de Segurança de Macau (ESFSM), e a Licenciatura em Direito em Língua Chinesa da Universidade de Macau. Entre 2001 e 2018, desempenhou funções de chefia em diversas subunidades do CPSP, como chefe, substituto, do Departamento de Informações, chefe, substituto, do Departamento Policial das Ilhas, e chefe do Departamento Policial de Macau. Desde Janeiro de 2019, assumiu as funções do chefe do Departamento de Apoio Técnico da DSFSM, e, a partir de Abril de 2023, passou a exercer o cargo de subdirector, substituto, destes Serviços. Por sua vez, Kong Wai Chon, é licenciado em Ciências Policiais pela ESFSM, e ingressou no CPSP em 1997, prestou funções de chefia em vários departamentos do CPSP, nomeadamente chefe, substituto, do Departamento Policial das Ilhas, comandante do Departamento Policial de Macau, e chefe do Departamento de Trânsito. Desde Maio que passou a exercer o cargo de chefe, substituto, do Departamento de Apoio Técnico da DSFSM.
João Santos Filipe Manchete SociedadeLai Chi Vun | Proposta de parque temático com actividades aquáticas O académico Chi Fong Tang, da Universidade Politécnica de Macau (UPM), acredita que os Estaleiros de Lai Chi Vun podem ser transformados num parque temático com actividades aquáticas. A ideia surge no artigo com o título “Um Estudo sobre a Regeneração dos Recurso Turísticos Culturais nos Bairros Históricos de Uma Perspectiva da Economia da Experiência”, publicado recentemente na revista Destaques em Ciência, Engenharia e Tecnologia. A “Economia da Experiência” é um conceito desenvolvido na década de 1970 por Alvin Toffler, e ao contrário da indústria de serviços, em vez de focar a satisfação de necessidades físicas, satisfaz necessidades psicológicas, através da vivência de emoções e sensações pelos consumidores. É a partir desta perspectiva que Chi Fong Tang apresenta um modelo para o desenvolvimento da área de Lai Chi Vun, em Coloane, que prevê a criação de um parque temático, onde podem ser praticadas actividades aquáticas “com características locais” com temas como: os barcos, as pessoas, a água e a vila. Em relação ao parque temático, é sugerida a criação de um espectáculo permanente na água, com projecção de jactos, luzes, som, a fazer lembrar o ambiente dos estaleiros. Além disso, é proposta a disponibilização de bicicletas de madeira na zona para alugar e a criação de um mercado de comida flutuante. Recordar a Lorcha A nível da criação de um “parque cultural” dentro dos estaleiros, Chi Fong Tang indica a possibilidade de se realizarem workshops para as pessoas vivenciarem a experiência de construir um barco, além de um espaço museu, a explicar as principais técnicas de construção, assim como a contar a história das pessoas que habitavam na vila. Este parque cultural teria como tema a “Lorcha Macau”, com Chi a recordar que foi construída durante “o período mais glorioso da indústria naval de Macau” e que seria possível viver essas experiências, com que recurso às novas tecnologias, como a realidade virtual e realidade aumentada. Além do parque cultural e temático com espectáculos na água, o académico sugere ainda um maior aproveitamento da vila de Lai Chi Vun, por considerar que há “muitos estaleiros desocupados e terrenos vazios”, com a construção de uma “vila cultural”. Nesta vila, seria construído um hotel, a imitar as casas de madeira e pedra, como as casas dos velhos tempos, que também poderia ser utilizado para formar os quadros locais na área da hotelaria. As outras sugestões para esta área passam por espaços de exposições permanentes e temporárias.
João Luz SociedadeIPIM | Feira de Produtos de Guangdong e Macau no fim do mês O Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) anunciou ontem que a Feira de Produtos de Marca da Província de Guangdong e Macau deste ano irá realizar-se entre os 27 e 30 de Julho, nos pavilhões de exposição do Galaxy International Convention Center. O IPIM refere que este ano o certame volta a centrar-se no “tema amplamente popular do ano passado — “alimentos preparados” e reunirá, em resposta às quatro principais indústrias de Macau, mais de 400 empresas de Macau, da província de Guangdong e dos países e regiões abrangidos pela iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”. O objectivo será expor e vender fisicamente os produtos e “proporcionar um excelente destino de lazer e de entretenimento para residentes e turistas”, ao mesmo tempo que se promove o intercâmbio económico e comercial entre Guangdong e Macau. O IPIM estima que as empresas de alimentos preparados que vão participar na feira tenham um volume comercial anual combinado de 100 milhões de renminbis. Porém, nem só de alimentação irá viver a próxima edição da Feira de Produtos de Marca da Província de Guangdong e Macau, com a participação de empresas de sectores tão distintos “como electrodomésticos inteligentes, produtos de necessidade diária, vestuário, produtos culturais e criativos, produtos fabricados em Macau, marcas de Macau e produtos dos Países de Língua Portuguesa”.
Nunu Wu Manchete SociedadeDST | Helena de Senna Fernandes lamenta falta de turistas estrangeiros Durante a primeira metade deste ano, cerca de 11,6 milhões de turistas visitaram Macau, indicou ontem a directora dos Serviços de Turismo (DST), Helena de Senna Fernandes, à margem da G2E Asia, o evento da indústria do turismo que começou ontem em Macau, após um hiato de três anos. A responsável declarou que os dados oficiais demonstram a recuperação quase total do mercado de Hong Kong (cerca de 90 por cento) e bons sinais do mercado do Interior da China que retomou cerca de 60 por cento do volume verificado antes da pandemia. Porém, Helena de Senna Fernandes lamenta que a retoma dos mercados externos não esteja a acontecer aos níveis desejados pelo Governo, recuperando apenas para cerca de 20 por cento dos registos antes da pandemia. Para já, a aposta da DST passará por mais promoção de Macau enquanto produto turístico além-fronteiras. “Definitivamente, precisamos de aplicar todos os esforços (para atrair visitantes do exterior), uma vez que os mercados externos só recuperaram para cerca de 20 por cento dos níveis pré-pandémicos”, sublinhou a directora da DST, citada pelo canal chinês da Rádio Macau. Em relação ao mês de Julho, Helena de Senna Fernandes revelou que o volume de turistas continua a demonstrar uma boa performance, com alguns dias a ultrapassar a fasquia dos 100 mil visitantes e o número médio de entradas de turistas situado em cerca de 80 mil. Espaço para todos Quanto ao objectivo proposto pelo secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, de Macau registar a entrada de 24 milhões de turistas até ao final do ano, a directora da DST mostrou-se esperançada nas boas performances durante as épocas festivas que se avizinham. “As férias de Verão, entre Julho e Agosto, são tradicionalmente épocas altas, assim como Dezembro. Além da sazonalidade, vamos organizar vários eventos e actividades na segunda metade do ano. Por isso, tenho esperança que podemos alcançar essa meta”, afirmou Helena de Senna Fernandes. Com o volume de turistas a aumentar, a directora da DST mostrou-se satisfeita com a resposta da indústria hoteleira local, que conseguiu recuperar quase totalmente a oferta de quartos disponíveis, depois do reajuste operacional dos hotéis durante a pandemia. Contudo, o sector continua a enfrentar problemas de escassez de mão-de-obra, situação que a responsável gostaria de ver atenuada com a entrada no mercado de trabalho de jovens recém-licenciados. Aliás, a oferta tem ido de encontro à procura, de acordo com a directora da DST, que destacou num encontro com representantes da indústria hoteleira que no ano passado abriram três novos hotéis, acrescentando quase 2.300 quartos à oferta de acomodação. Quanto ao futuro imediato, Helena de Senna Fernandes indicou que até ao final do ano está prevista a abertura de quatro cadeias internacionais de hotéis, que vão colocar no mercado mais 2.300 quartos, respondendo às exigências nascidas pelo aumento da procura. Feitas as contas, a responsável destaca a capacidade do sector, que adicionou cerca de cinco mil quartos ao portfólio hoteleiro de Macau, comparado com o período antes da pandemia.
João Luz SociedadeTabaco | Quase 148 mil inspecções em meio ano Desde o início do ano, até ao passado dia 30 de Junho, os “Serviços de Saúde realizaram 147.900 inspecções a estabelecimentos, o que representa uma média diária de mais de 800 inspecções”, afirmaram ontem os Serviços de Saúde em comunicado. Durante a primeira metade 2023, as autoridades procederam a um total de 1.550 acusações, das quais 1.532 foram referentes a pessoas identificadas a fumar em locais proibidos, 15 foram de venda de produtos de tabaco com rotulagem que não está em conformidade com os requisitos previsos na lei, dois casos de venda ilegal de produtos do tabaco em prateleiras e um caso de venda ilegal de cigarros electrónicos. Quanto ao tipo de estabelecimentos com maior número de infracções, as autoridades verificaram 20,1 por cento dos casos em estabelecimentos de comidas e bebidas, enquanto os centros comerciais totalizaram 8,8 por cento das infracções registadas. Os Serviços de Saúde indicaram também que nos primeiros seis meses do ano, a linha aberta sobre o controlo do tabagismo recebeu 590 chamadas telefónicas, das quais 294 para pedidos de esclarecimentos e 284 foram motivadas por queixas de cidadãos.
Hoje Macau Manchete SociedadeMoçambique | “Somos!” angaria 30 mil patacas para minibiblioteca Uma campanha de solidariedade em Macau angariou perto de 30 mil patacas para a construção de uma minibiblioteca na escola Matchik-Tchik, em Moçambique, disse ontem à Lusa a associação local responsável pela iniciativa. A primeira tranche do valor angariado no evento “Moçambique: um conto solidário”, organizado pela Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa (ACLP), seguiu na segunda-feira para Maputo, capital moçambicana. “Nesta primeira tranche transferimos cerca de 11.300 patacas para suportar os custos do arquitecto e a compra do material necessário para se arrancar com a obra”, notou a presidente da Somos-ACLP, Marta Pereira. O envio do restante montante vai ser efectuado à medida que as obras forem avançando. Para erguer a minibiblioteca na escola primária, deverão ser necessárias cerca de 28 mil patacas, estimou a responsável, realçando que “há sempre alterações e imprevistos”. “Gostaríamos de ajudar com a compra de secretárias e a remodelação das instalações sanitárias. Todavia, auscultámos os professores da escola e outros agentes intervenientes neste processo e, desde o início, a escolha recaiu sobre a estrutura da minibiblioteca”, acrescentou Marta Pereira, notando que o espaço de leitura não vai servir apenas as crianças do estabelecimento de ensino, mas a zona que este serve, o bairro de Polana Caniço. Historial de ajuda A Somos-ACLP, que está a trabalhar no projecto com a associação cultural moçambicana Hodi Maputo Afro Swing, calcula que a biblioteca esteja concluída antes do início do próximo ano lectivo. “Seria um grande arranque para todos os meninos e professores daquele bairro de Moçambique”, referiu a presidente da associação. Em 2020, a Somos-ACLP lançou uma campanha de solidariedade com vista a apoiar crianças desfavorecidas em São Tomé e Príncipe na compra de material escolar. No ano seguinte, a ajuda iria chegar às mulheres da Guiné-Bissau, mas “a pandemia trocou as voltas” e o projecto acabou por não avançar. O objectivo passava por “ajudar com roupa ou pensos higiénicos reutilizáveis meninas de casas de acolhimento, contraceptivos para meninas deficientes”, além de “alimentação para mulheres que trabalham na escavação de pedras e na apanha de areias para sustentar famílias, nas zonas rurais”. À Lusa, Marta Pereira diz que gostaria de recuperar a ideia para a próxima “iniciativa solidária”, em 2024.
João Santos Filipe SociedadePSP | Agente morre depois de fazer exercício físico Um agente da Unidade Especial do Corpo de Polícia de Segurança Pública morreu ontem, depois de ter corrido cerca de 1.800 metros, de acordo com um comunicado da instituição. Segundo a informação divulgada, o homem de 45 anos sentiu-se mal após a corrida, por volta das 10h25, pelo que foi autorizado a parar e descansar. A partir desse momento, não se registou qualquer anormalidade, pelo que o homem e os restantes membros no treino fizeram exercícios de relaxamento e voltaram para o Aquartelamento da UEP, nas Portas do Cerco. Contudo, por volta das 11h37, o agente começou a sentir-se confuso e desmaiou. O CPSP afirmou que nesse momento foi logo chamada uma ambulância, e que o homem recebeu os primeiros socorros, inclusive com um desfibrilhador, ainda antes da chegada dos bombeiros. A ambulância acabaria por chegar às 11h47 e o agente levado para o Hospital Conde São Januário. Porém, os esforços de reanimação falharam e a morte foi confirmada. Nas próximas horas, deverá ser realizada a autópsia para se perceber a origem do óbito. O agente, de 45 anos, tinha entrado para o Corpo de Polícia de Segurança Pública em 1998 e era membro da unidade de treino da Unidade Especial do Corpo de Polícia. As sessões mais recentes de treinos tinham começado a 15 de Maio e iam prolongar-se até 23 de Julho. “O Corpo de Polícia de Segurança Pública lamenta a morte do agente Chen e expressa as profundas condolências à família”, pode ler-se no comunicado. “Vamos manter-nos em contacto com a família e prestar todo o apoio necessário”, foi acrescentado.
João Santos Filipe SociedadeAtaque | Lam Lon Wai defende actuação das autoridades Lam Lon Wai, deputado e subdirector da Escola Secundária para Filhos e Irmãos dos Operários, apelou ontem à sociedade para prestar mais atenção à saúde física e mental dos alunos. Foi desta forma que o político reagiu ao ataque à faca, ocorrido ontem no Colégio Mateus Ricci, tendo aproveitado ainda para ilibar as autoridades de qualquer responsabilidade. Segundo o comunicado, o deputado afirmou que “a violência nunca é solução” para qualquer problema, e deixou desejos de recuperação rápida para a vítima, que apesar do ataque não corre perigo de vida. Lam Lon Wai apontou ainda que o caso de ontem foi “surpreendente” e que toda a sociedade “está muito preocupada com o sucedido”, em especial “os pais que temem pela segurança dos estudantes”. Por outro lado, o membro da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) apelou à polícia para concluir a investigação do caso o mais depressa possível, para que a sociedade possa “trabalhar em conjunto” e utilizar os conhecimentos deste ataque para “reforçar e melhorar os mecanismos de respostas a emergências”. Lam Lon Wai saiu ainda em defesa das autoridades, por considerar que responderam “de forma rápida” ao ocorrido. O deputado apontou também como positiva a activação rápida dos mecanismos de gestão de crises, que no seu entender pôde evitar um maior impacto do ataque junto dos alunos. No comunicado, o legislador pediu às pessoas para que não comentem o ataque de ontem com base em especulações e que prestem atenção à saúde mental e física dos mais jovens. Por outro lado, Lam apontou que os estudantes devem comunicar com as autoridades escolares os problemas que atravessam na vida quotidiana.
João Luz Manchete SociedadeCrime | Ex-aluno esfaqueia rapariga no Colégio Mateus Ricci O Colégio Mateus Ricci, perto das Ruínas de S. Paulo, foi ontem ao final da manhã palco de um ataque à faca, quando um ex-aluno entrou nas instalações e desferiu uma facada no abdómen da uma aluna de 16 anos. Após o alerta de um professor, o alegado atacante foi detido e a estudante foi levada para as urgências do Centro Hospitalar Conde de São Januário para receber tratamento. A jovem manteve a consciência o tempo todo, com um quadro clínico estável. As autoridades acrescentaram que as lesões que sofreu não foram graves e que a arma branca teria entre 10 a 12,5 centímetros. Segundo uma nota do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), o incidente ocorreu às 11h34 e o suspeito, que terá sido transferido recentemente para outra instituição de ensino e terá ido ao Colégio Mateus Ricci para recolher objectos pessoais que ainda estariam na escola. Após o ataque, um professor accionou de imediato os procedimentos de emergência para proteger os restantes estudantes e dirigiu-se ao jovem suspeito tentando acalmá-lo. Outros docentes acorreram ao local para ajudar a controlar o ex-aluno, enquanto aguardaram a chegada da polícia. O jovem foi detido e levado pelas autoridades para ser interrogado, indicou em comunicado a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ), e as autoridades adiantaram que o ataque poderá ter resultado de uma disputa anterior entre os dois jovens. Reunião de emergência Depois de dado alerta, a DSEDJ accionou o sistema de gestão de emergência, reuniu com a direcção do Colégio Mateus Ricci e “providenciou imediatamente apoio a mais de uma dezena de estudantes que testemunharam o incidente” e para a vítima, quando esta ainda se encontrava no hospital, e para os seus familiares. O director da DSEDJ, Kong Chi Meng, dirigiu-se ao Colégio Mateus Ricci, onde revelou que o suspeito há muito que sofria de problemas emocionais e que estaria a ser acompanhado por um assistente social. Kong Chi Meng acrescentou ainda que o jovem teria sido transferido para o Colégio Mateus Ricci há cerca de meio ano, e que recentemente terá pedido para ser transferido para outra escola. Face ao incidente e respondendo à questão se teria havido alguma falha de segurança, o responsável máximo da DSEDJ afirmou que este caso ocupa uma zona cinzenta em relação às disposições previstas nas regras para quem visita recintos escolares, nomeadamente na apresentação de identificação. A DSEDJ e o próprio director sublinharam a importância de pais e professores estarem atentos a problemas emocionais de jovens e a mudanças de humor, procurando a ajuda de profissionais que providenciem apoio psicológico.
João Luz SociedadeJogo | JP Morgan estima receitas diárias de 530 milhões no início de Julho Os analistas da JP Morgan Securities (Asia Pacific) estimam que os casinos de Macau tenham apurado 4,8 mil milhões de patacas nos primeiros nove dias de Julho, com as receitas brutas diárias a ultrapassar os 530 milhões de patacas. Registo que ultrapassa os 500 milhões de patacas de receitas brutas diárias ao longo do segundo trimestre, de acordo com os dados revelados pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos. “Apesar de os primeiros nove dias do mês já terem dois fins-de-semana, este é um registo muito sólido. Aliás, volta a bater o recorde de receitas brutas em períodos fora de feriados desde o início da pandemia, aumentando o optimismo em relação às férias do Verão”, referem os analistas, citados pelo portal GGR Asia. “Neste momento, seguindo este nível de receitas brutas, o mercado de massas está a operar confortavelmente a cerca de 90 por cento dos níveis pré-pandemia, sendo expectável a recuperação total em Outubro”, perspectivam os analistas DS Kim e Mufan Shi na nota divulgada ontem. Recorde-se que no passado mês de Junho, as receitas brutas dos casinos de Macau atingiram quase 15,21 mil milhões de patacas, valor que representou uma quebra de 2,3 por cento face a Maio. Importa vincar que entre Maio e Junho é costume as receitas do jogo caírem devido à sazonalidade.
Nunu Wu Manchete SociedadeFukushima | Associação apela a boicote a bens e viagens ao Japão A Associação Geral dos Chineses Ultramarinos de Macau juntou-se ao coro crítico em relação à decisão do governo japonês de despejar para o mar de água usada na refrigeração da central nuclear de Fukushima. Num comunicado divulgado pelo jornal Ou Mun, a associação apela ao boicote de produtos japoneses e a sugere que cidadãos chineses, que residam na China ou no estrangeiro, e residentes das regiões administrativas especiais abdiquem de passar férias no Japão. Além disso, a organização de cariz patriótico vincou o total apoio às eventuais medidas de respostas impostas pelo Governo da RAEM, nomeadamente a suspensão de importação de produtos japoneses caso se verifique o despejo das águas que serviram para refrigerar os reactores da central nuclear. “A associação tem como lema central o amor à pátria e a Macau e apoia incondicionalmente a suspensão de importação de produtos japoneses. Vamos usar as nossas ligações dentro e fora da China para convencer todos os chineses a não consumir produtos japoneses”, é referido. A entidade salientou que a Administração Geral das Alfândegas da China proibiu desde sexta-feira a importação de alimentos de Tóquio e outros nove distritos, incluindo Fukushima, considerados como locais de risco elevado, medida que a associação descreve como “acto de justiça para garantir a segurança alimentar do povo”. Milhões pelos ares Não só os produtos japoneses, alimentação e cosméticos em particular, são muito consumidos em Macau, Hong Kong e no Interior da China, como o Japão é um dos destinos de férias preferenciais. A associação realçou que a indústria turística nipónica é altamente dependente dos turistas chineses e que nos dois anos antes da pandemia mais de 8 milhões chineses visitaram o Japão. Caso o Japão avance com o despejo para o mar de água usada na refrigeração da central nuclear de Fukushima, os consumidores chineses vão ficar ressentidos e a economia japonesa irá sofrer um “impacto crítico”. A associação apontou ainda que o despejo de águas no oceano viola a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar e o princípio de manter a paz e a segurança internacional regulado pelas Nações Unidas. Porém, não menciona a conclusão do relatório apresentado pela Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), que faz parte das Nações Unidas, que concluiu que a medida terá um impacto “negligenciável” no ambiente e não representa perigo para as populações.
Hoje Macau Manchete SociedadePolitécnicos | Portugueses em Macau para reforçar ensino, investigação e ciência Os institutos politécnicos portugueses estão em Macau para reforçar a cooperação na área do ensino superior, investigação e ciência, prevendo-se novos acordos que permitirão maior mobilidade de estudantes e o início da mobilidade de docentes. Uma delegação do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) está desde ontem e até quarta-feira em Macau a desenvolver “uma nova missão de reforço da colaboração” do ensino superior, ciência e investigação, anunciou o CCISP em comunicado. O objectivo é retomar a cooperação que existia entre Portugal e Macau antes da pandemia de covid-19, prevendo-se para isso reuniões com responsáveis governamentais e instituições de ensino superior de Macau. A agenda de quarta-feira revela um encontro para formalizar um acordo de cooperação na área dos Estudos e do Ensino em Língua Portuguesa, entre a Direção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude do Governo da Região Administrativa Especial de Macau do Governo da Região Administrativa Especial de Macau e o CCISP. O CCISP pretende também ver reforçada a mobilidade de estudantes, através de programas de estágios de áreas como Enfermagem, Análises Clínicas e de Saúde Pública, e, também, Farmácia. O arranque de programas de mobilidade de docentes é outro dos focos do CCISP, que recorda que, com as alterações recentes no enquadramento politécnico nacional e a futura outorga de doutoramentos, o CCISP tenciona aproveitar a visita a Macau para “estudar eventuais novas oportunidades que possam ser trabalhadas em conjunto”, com o intuito de desenvolver novas formas de cooperação com a Universidade Politécnica de Macau.
Nunu Wu Manchete SociedadeTrânsito | Conselheiro pede cautela nas novas licenças de táxis Depois de terem expirado cerca de 400 alvarás desde 2019, vários conselheiros de trânsito próximos dos taxistas vieram opor-se a um crescimento significativo da oferta Ku Heng Cheong, vogal do Conselho Consultivo do Trânsito, considera que o Governo deve decidir “de forma prudente” o aumento do número de táxis a circular no território. A posição foi tomada depois da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) ter indicado que pretende aumentar o número de táxis a “curto prazo”, depois de terem expirado cerca de 400 licenças. Segundo Ku, antes de avançar para o aumento do número de táxis, o Governo deve pensar em melhorar o serviço, com base nas estatísticas existentes, para optimizar a distribuição dos veículos pelas zonas mais populares, mas também criar penalizações para quem chama um táxi e depois desiste do mesmo. Quanto à falta de táxis comuns, ou seja, os táxis de cor preta, Ku Heng Cheong defendeu que a solução para aumentar a oferta passa por obrigar os veículos a disponibilizar meios de pagamento electrónico, com este tipo de regras a serem definidas nos concursos públicos de atribuição dos alvarás. Actualmente, os táxis comuns podem não aceitar os pagamentos electrónicos, por não terem vontade de pagar comissões extra, que normalmente são cobradas por estas plataformas. Em declarações à Rádio Macau, Ku Heng Cheong indicou ainda que o aumento no número de rádio táxis – os que podem ser chamados por telefone –, deve ser decidido com muita cautela. Vigiar a concorrência Por sua vez, o secretário-geral da Associação Choi In Tong Sam e também ex-vogal do Conselho Consultivo do Trânsito, Kou Ngon Fong, defende que não é boa altura para disponibilizar demasiados alvarás, para evitar o aumento da concorrência. “Não é oportuno nesta fase que o Governo disponibilize demasiados táxis no mercado. O Governo pode, por exemplo, atribuir entre 200 a 300 alvarás nesta fase e, caso as reacções sejam positivas e o mercado absorva a oferta, voltar a atribuir mais alvarás daqui a um ou dois anos”, sustentou Kou Ngon Fong. O dirigente associativo apontou ainda que a população espera mais esclarecimentos do Governo sobre as queixas e opiniões sobre a nova lei de táxis, que entrou em vigor em 2019. Um dos problemas crónicos da nova lei é a instalação do terminal inteligente, que permite controlar os veículos e o montante cobrado. Desde o início que os taxistas defendem que deve ser o Governo a pagar a instalação e manutenção do terminal. De acordo com a estatística citada pela deputada Lo Choi In, no final de 2022 circulavam em Macau 1.397 táxis normais, ou seja, aqueles que não são chamados por telefone. Este número era inferior ao de 2019, quando estavam registados 1.800 táxis.
João Santos Filipe Manchete SociedadeHospital das Ilhas | Primeira fase de funcionamento em Dezembro O Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas deverá começar a funcionar numa primeira fase em Dezembro, com o funcionamento pleno estimado num prazo entre cinco a 10 anos. O Governo já recrutou cerca de meio milhar de profissionais para o novo hospital. Em curso, está a contratação de 10 médicos portugueses O Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas poderá abrir ao público numa primeira fase já no próximo mês de Dezembro. A data foi avançada pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong, no final de uma reunião da Comissão Permanente da Assembleia Legislativa que está a analisar na especialidade a proposta de lei de gestão do Hospital das Ilhas. A governante acrescentou que “os trabalhos de recrutamento decorrem de forma ordenada”, e que, além dos além dos 50 funcionários designados pelo Peking Union Medical College Hospital, cujas funções serão de gestão, o Governo da RAEM procedeu também ao recrutamento de pessoal médico, mais de 400 pessoas”. Neste aspecto, Elsie Ao Ieong sublinhou a prioridade das autoridades em recrutar profissionais locais e que só “em caso de escassez de recursos humanos” serão contratados quadros no Interior da China e no exterior. A secretária com o pelouro da saúde mencionou ainda que o recrutamento de médicos portugueses é um processo que está em curso, seguindo as entrevistas feitas em Portugal, aquando da visita à Europa. “Segundo entendi, foram entrevistados cerca de 10 médicos portugueses e os procedimentos sequentes estão em andamento”, afirmou Elsie Ao Ieong, citada pela TDM – Rádio Macau. A secretária adiantou que estão a ser consultados currículos de jovens recém-graduados em Portugal, alguns especializados em medicina de família. Preços e prazos Quanto à questão do preço e acesso a cuidados de saúde, Elsie Ao Ieong sublinhou que “a tarifa adoptada para a prestação dos serviços médicos pelo Complexo será em diferentes classificações, mas que os residentes de Macau que usufruem actualmente de cuidados médicos gratuitos, poderão continuar a usufruir de serviços gratuitos, quando transferidos pelos Serviços de Saúde”. Além dos cuidados grátis, existem outros dois níveis. Um que se destina a residentes transferidos pelo Serviços de Saúde, que não usufruem de cuidados médicos gratuitos, mas que o Governo garante terem “tarifas cobradas de forma razoável”. Finalmente, será aplicado o nível destinado à “prestação de serviços médicos privados de alta qualidade, em que a tarifa terá como referência o preço do mercado”. No final da reunião da comissão legislativa que está a ultimar os detalhes da lei de gestão do Hospital das Ilhas, Vong Hin Vai, o deputado que preside à comissão, citou os representantes do Governo afirmando que o funcionamento plano do complexo de saúde só acontecerá num prazo entre cinco e 10 anos. Além disso, na primeira fase de funcionamento, os serviços de urgência do hospital da MUST serão transferidos para o novo complexo.
João Santos Filipe Política SociedadeEncontro | Ho Iat Seng recebeu presidente para o mercado Ásia Pacífico da PwC O Chefe do Executivo pediu à multinacional britânica que “apoie fortemente” o território no desenvolvimento da economia, principalmente no que diz respeito à área das finanças O Chefe do Executivo pediu à multinacional britânica PwC que apoie fortemente Macau e o desenvolvimento da economia local. A solicitação foi feita no sábado, num encontro com Raymund Chao Pak-ki, presidente da PwC da Ásia Pacífico, da PwC da China e membro de Hong Kong no Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês. A reunião teve lugar depois de Macau ter sido o local escolhido para a realização da 2023 PwC CaTSH Partner Conference. Durante o encontro, Ho Iat Seng apontou que “a indústria financeira moderna, de big health e de tecnologia de ponta são elementos fundamentais para impulsionar a diversificação adequada da economia” e falou numa adopção pragmática da economia com base na estratégia 1+4. De acordo com esta política, as receitas do jogo vão servir para desenvolver a indústria financeira, saúde, tecnologia de ponta assim como as indústrias cultural e turística e de desporto. Sobre as indústrias viradas para os eventos, o Chefe do Executivo considerou que “Macau tem muitas oportunidades comerciais, instalações e recursos complementares, no que diz respeito às indústrias cultural e turística, de convenções e exposições e de comércio, sendo ideal para a organização de várias conferências internacionais”. Insistindo no discurso oficial mais recente, Ho Iat Seng afirmou ainda que a diversificação da economia se vai articular com “a construção da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin”. Novas experiências Por sua vez, Raymund Chao Pak-ki referiu que “a realização da 2023 PwC CaTSH Partner Conference em Macau vai possibilitar experimentar as boas e convenientes instalações para convenções e exposições locais, bem como, outras instalações complementares de lazer, entretenimento e gastronomia”. Raymund Chao apontou ainda que “se, no futuro, o acesso à rede, incluindo a velocidade e as taxas, corresponder melhor às necessidades do desenvolvimento do sector de convenções e exposições, poderá atrair mais empresários internacionais a organizarem eventos em Macau”. Ainda assim, o representante das multinacionais britânica exprimiu o desejo de que “, Macau avance com o desenvolvimento do sector financeiro moderno, nomeadamente o mercado de obrigações, finança sustentável e gestão de fortunas”. Por outro lado, Chao prometeu que a “PwC irá aproveitar as oportunidades de desenvolvimento da construção da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, e o seu escritório estabelecido em Hengqin, para integrar o desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin”.