João Santos Filipe SociedadeDéfice da balança comercial caiu 2 mil milhões em três meses No primeiro trimestre do ano, o défice da balança comercial cifrou-se em 26,83 mil milhões de patacas, uma redução de 2 mil milhões de patacas, face ao trimestre homólogo do ano anterior, quando o défice tinha sido de 28,83 mil milhões de patacas. Os dados foram revelados ontem pela Direcção de Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Neste período, o valor total do comércio externo de mercadorias no primeiro trimestre de 2025 correspondeu a 33,82 mil milhões de patacas e desceu 4,5 por cento, face aos 35,42 mil milhões de patacas registados nos primeiros três meses de 2024. O valor exportado de mercadorias situou-se em 3,49 mil milhões de patacas, mais 6,1 por cento, comparativamente com o primeiro trimestre do ano transacto. A reexportação (3,15 mil milhões de patacas) e a exportação doméstica (345 milhões de patacas) aumentaram 6,4 por cento e 3,5 por cento, respectivamente. Ao mesmo tempo, o valor importado de mercadorias foi de 30,33 mil milhões de patacas, um decréscimo homólogo de 5,6 por cento. Interior mais fraco Nos primeiros três meses, os valores das exportações de mercadorias para Hong Kong aumentaram 14 por cento para 2,69 mil milhões de patacas, enquanto que as exportações para os Estados Unidos registaram um crescimento de 7 por cento para 50 milhões de patacas. No entanto, as exportações de mercadorias para o Interior da China diminuíram 5,8 por cento, para 173 milhões de patacas, enquanto para as exportações para a União Europeia tiveram uma redução de 10,5 por cento para 56 milhões de patacas. A DSEC indica ainda que as exportações para os países participantes na iniciativa Uma Faixa, Uma Rota tiveram uma redução de 60,4 por cento para 66 milhões de patacas, mas não são indicados os países que se inserem neste mercado. Analisando por mercadorias, exportaram-se 357 milhões de patacas de produtos têxteis e vestuário, no que foi um crescimento de 4,3 por cento, e ainda houve exportações de 3,14 mil milhões de patacas de produtos não têxteis, uma subida de 6,3 por cento face ao período homólogo.
João Santos Filipe SociedadeUM | Lucros da UMTEC caíram para 781 mil patacas em 2024 No ano passado, a UMTEC teve uma redução dos lucros de 80 por cento face ao período homólogo. No entanto, a “almofada” acumulada pela empresa controlada pela Universidade de Macau atingiu 27,5 milhões de patacas No ano passado, os lucros da UMTEC, empresa de investigação da Universidade de Macau, caíram praticamente 80 por cento, em comparação com o ano anterior. O lucro de 781,5 mil patacas foi revelado ontem no portal da Direcção dos Serviços da Supervisão e da Gestão dos Activos Públicos (DSSGAP). Em comparação, em 2023 a empresa fechou o ano com um resultado positivo de 3,8 milhões de patacas. E no ano anterior, em 2022, os lucros tinham sido de 2,6 milhões de patacas, pelo que os dados recentes mostram o valor mais baixo dos últimos três anos. A diferença de resultados explica-se com os maiores custos relacionados com a venda de serviços da empresa que se dedica à investigação. De acordo com os dados apresentados, as receitas operacionais apresentaram um crescimento de quase 4 milhões de patacas, de 14,3 milhões de patacas para 18,1 milhões de patacas, o que se deveu a contratos celebrados. Além disso, os lucros financeiros, gerados com os juros do dinheiro acumulado, atingiram 888 mil patacas, um crescimento face às 650 mil patacas do ano anterior. No entanto, para vender mais, a empresa teve de pagar mais. Os “custos de vendas” declarados subiram de 9,0 milhões de patacas para 15,3 milhões de patacas. A maior parte dos custos de vendas declarados relacionou-se com o pagamento de “salários” que escalaram de 3,9 milhões de patacas para 7,8 milhões de patacas. Estes custos prendem-se com a realização de acções de vendas e não estão ligados ao pessoal que trabalha a tempo inteiro na empresa. A nível dos salários dos trabalhadores contratados pela UMTEC, os custos aumentaram entre 2023 e 2024, de 1,2 milhões de patacas para 1,9 milhões de patacas. Reservas gordas Apesar da redução dos ganhos, a empresa declarou uma reserva acumulada, no final do ano passado, de 27,5 milhões de patacas, quando no relatório anterior a reserva era de 26,8 milhões de patacas. Em relação a 2025, a UMTEC declara no relatório que vai transmitir a participação de 27,65 por cento na Guangdong Hengqin UM Higher Education Development Co. Ltd., avaliada em 1,1 mil milhões de renminbis para a Universidade de Macau. A subsidiária a ser transferida tem um capital social total de 4 mil milhões de renminbis, e vai ser a empresa utilizada pela UM para criar um novo campus na Ilha da Montanha. Com a transferência, a empresa fica a ser detida a 100 por cento pela Universidade de Macau. A Universidade de Macau é a accionista maioritária da UMTEC, com uma participação social de 99 por cento. O restante 1 por cento é detido pelo Fundo de Investimento.
Hoje Macau SociedadeHotelaria | Quatro hotéis em fase de construção No primeiro trimestre do ano, estavam em construção quatro hotéis que vão disponibilizar 2.928 quartos, de acordo com os dados publicados ontem pela Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana (DSSCU). Estes hotéis vão ainda disponibilizar 1.106 lugares de estacionamento para automóveis ligeiros e 291 para motociclos. Além dos hotéis em construção, havia outros nove em fase de projecto que disponibilizam um total de 1.000 quartos, assim como 187 lugares de estacionamento para automóveis ligeiros e 48 para motas. “No primeiro trimestre de 2025, encontravam-se em construção 4 empreendimentos hoteleiros que proporcionarão 2 928 quartos e em fase de projecto 9 empreendimentos hoteleiros que proporcionarão 1000 quartos”, foi indicado. Em relação à construção de habitação, no primeiro trimestre foram emitidas licenças de utilização para quatro empreendimentos com 212 apartamentos, assim como 43 lugares de estacionamento para automóveis e 18 para motos. Havia ainda 11 prédios concluídos em vistoria, que disponibilizam 104 habitações, sem lugares de estacionamento. Além disso, contavam-se 38 prédios em construção, compostos por 1.785 habitações e 974 lugares de estacionamento para carros e 260 para motos. Finalmente, os dados da DSSCU mostram a existência de 77 prédios com 5.174 habitações, que trazem para o mercado 2.936 estacionamentos para carros e 840 para motos.
João Santos Filipe Manchete SociedadeJogo | Analistas acreditam que meta de 240 mil milhões pode ser alcançada Embora seja um cenário cada vez mais complicado, e sem se conhecer ainda o impacto da guerra comercial, os analistas da CreditSights não excluem, por agora, a concretização das previsões do Governo para as receitas do jogo de 2025 A empresa de serviços financeiros CreditSights Inc. acredita que ainda é possível as receitas do jogo em Macau atingirem as estimativas do Governo de 240 mil milhões de patacas no fim deste ano. A posição foi tomada pelos analistas Nicholas Chen e David Bussey, no mais recente relatório sobre o mercado do jogo de Macau, citado pelo portal GGR Asia. Com a revelação dos dados do jogo nos primeiros meses do ano, em que o montante das receitas ficou sempre abaixo dos 20 mil milhões de patacas, o Governo começou a admitir que meta traçada anteriormente não fosse atingida. Estes números ficaram aquém das expectativas dos analistas, apesar de ainda não mostrarem os possíveis efeitos das tarifas impostas pelos Estados Unidos à China. “Por enquanto, pensamos que ainda existe a possibilidade de as receitas totais do jogo atingirem o objectivo de Macau para 2025, uma vez que a recuperação do número de visitantes pode compensar a estagnação das receitas brutas do jogo por visitante”, escreveram os analistas Nicholas Chen e David Bussey. “Partindo do princípio de que as receitas brutas por jogador diminuem uns modestos 3 por cento em 2025 face ao período homólogo – ou seja, cerca de 6.300 patacas – o total de visitantes anual teria de ser de cerca de 38,1 milhões ou 97 por cento dos níveis anteriores à covid [para se atingir a meta dos 240 mil milhões de patacas]”, acrescentam. Todavia, os analistas admitem que o cenário é mais complicado do que aquilo que seria previsto, devido à guerra comercial: “Embora, com base nos dados conhecidos até agora, as previsões ainda pareçam estar ao alcance, reconhecemos que o caminho é mais difícil devido às incertezas relacionadas com as tarifas”, justificou a CreditSights. Com menos dinheiro Sobre os visitantes, apesar de serem mais, a CreditSights admite que houve uma quebra nas apostas na ordem dos 11 por cento, com as receitas por jogador a rondarem as 6.406 patacas. Para os analistas, esta diferença sugere “uma maior proporção de jogadores a gastar menos, ou seja, que vêm de zonas do Interior da China com menos capacidade para jogar”. Além disso, a CreditSights também admite que uma parte dos novos visitantes nem chegue a jogar nas mesas do território. “Consideramos que a recuperação das receitas brutas do jogo por visitante permanece limitada, dado que esperamos que o aumento do número de visitantes se deva em grande parte das províncias chinesas com menor PIB [produto interno bruto] per capita”, foi justificado. No primeiro trimestre do ano as receitas brutas do jogo foram de 57,7 mil milhões de patacas, um aumento de 0,6 por cento face ao período homólogo, quando as receitas tinham sido de 57,3 mil milhões de patacas.
Hoje Macau SociedadeZona A | Transportes para trabalhadores vão ligar as Portas do Cerco As filas de trabalhadores da construção civil que vão a pé da fronteira até aos vários estaleiros de obras da Zona A dos Novos Aterros Urbanos têm estado na mira da Direcção dos Serviços de Obras Públicas (DSOP). Em coordenação com a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego, a DSOP está a planear o lançamento de um “serviço do percurso exclusivo para a deslocação entre as Portas do Cerco e os estaleiros da Zona A dos Novos Aterros Urbanos”. De acordo com um comunicado da DSOP, este serviço irá contar a “participação activa dos empreiteiros e das companhias de autocarros”, que já terão chegado a um “consenso preliminar”. A DSOP acrescenta que “após a concretização do plano detalhado”, o serviço de transporte para trabalhadores “será implementado e promovido em tempo oportuno”. A DSOP menciona ainda a publicação de vídeos na internet em que se podem ver trabalhadores de construção ultrapassarem “as barreiras de protecção para entrarem no tabuleiro do viaduto pela passagem superior para peões da ligação da Zona A dos Novos Aterros Urbanos ao Reservatório”. As autoridades colocaram um segurança no local para garantir que a via é utilizada de forma segura pela passagem superior para peões.
Hoje Macau Manchete SociedadeCAM | Guerra comercial ameaça transporte de mercadorias A CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau admite que a “situação geopolítica” e a “instabilidade económica mundial” estão a afectar o transporte de mercadorias e que as estimativas anteriores podem não ser atingidas A companhia gestora do Aeroporto Internacional de Macau admitiu na quinta-feira que poderá falhar as metas de passageiros e carga fixadas para 2025, devido à “situação geopolítica e à instabilidade económica mundial”. A CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau revelou que cerca de 1,83 milhões de passageiros passaram pela infra-estrutura nos primeiros três meses do ano, mais 2,2 por cento do que em igual período de 2024. Num comunicado, a empresa sublinhou que o aeroporto processou cerca de 14 mil voos de passageiros, mais 1,6 por cento do que entre Janeiro e Março do ano passado. Pelo contrário, o volume de carga que passou pela infra-estrutura, situada na Taipa, caiu 9,5 por cento no primeiro trimestre, em termos anuais. A CAM admitiu que o aeroporto teve “um desempenho não tão bom como o esperado. A situação geopolítica e a instabilidade económica mundial têm imposto desafios ao desenvolvimento das rotas”. “O aumento dos custos operacionais para as companhias aéreas restringiu ainda mais a sua capacidade, levando a mudanças perceptíveis na estrutura do mercado e tendo um impacto significativo nas operações de passageiros e carga”, referiu a empresa. “Prevê-se que o volume de passageiros e de carga em 2025 não esteja alinhado com a meta prevista no início do ano”, admitiu a CAM. Objectivo de 113 mil toneladas Em Fevereiro, o presidente da CAM, Simon Chan Weng Hong, previu para 2025 um movimento superior a oito milhões de passageiros – o que seria um aumento de 8 por cento -, 65 mil movimentos de voo e um volume de carga de 113 mil toneladas. A 3 de Abril, a companhia Ethiopian Airlines lançou a primeira rota de carga de longo curso a partir de Macau, com destino à capital espanhola, Madrid, com duas viagens de ida e volta por semana, a pensar em mercadorias de comércio electrónico transfronteiriço. No comunicado de sexta-feira, a CAM revelou que a companhia de baixo custo AirAsia vai iniciar voos ‘charter’ para Tawau, na Malásia, no início de Maio. No mesmo mês, Macau deverá ter uma nova rota para Jeju, no sul da Coreia do Sul, operada pela Jeju Air, companhia aérea ‘low cost’ que também planeia começar a voar a partir de Cheongju, no centro do país. O aeroporto de Macau tem actualmente voos regulares de passageiros operados por 27 companhias aéreas para 41 destinos na China continental, Taiwan, Sudeste Asiático, Japão e Coreia do Sul, de acordo com o portal da CAM. Em Janeiro, a empresa prometeu, em conjunto com o Governo, “explorar mais mercados internacionais com companhias aéreas estrangeiras e locais, para promover (…) o desenvolvimento de rotas em 2025”. Em Junho de 2023, a directora dos Serviços de Turismo, Maria Helena de Senna Fernandes, descreveu o lançamento de voos directos entre Macau e Portugal como “um sonho”, mas lembrou também ser possível trabalhar com os aeroportos vizinhos de Hong Kong, Cantão e Shenzhen. A CAM revelou que a companhia de baixo custo AirAsia vai iniciar voos ‘charter’ para Tawau, na Malásia, no início de Maio.
Hoje Macau SociedadeSaúde | Enviada equipa de médicos para o Myanmar Macau enviou na sexta-feira uma equipa de cinco médicos para ajudar Myanmar, nomeadamente na prevenção de surtos de doenças contagiosas após o sismo de 28 de Março, que causou mais de 3.700 mortos. Num comunicado, os Serviços de Saúde de Macau (SSM) indicaram que a equipa deverá trabalhar em Myanmar durante pelo menos 14 dias em algumas das áreas mais afectadas pelo terramoto. De acordo com a televisão pública TDM – Teledifusão de Macau, o líder da equipa, O Leong, afirmou que a missão poderá ser prolongada de acordo com as necessidades das autoridades de Myanmar. Os médicos de Macau “estabelecerão um mecanismo de trabalho em coordenação com o departamento de saúde de Myanmar, ajudarão na análise das necessidades médicas na área do desastre e prestarão apoio técnico no tratamento de traumas e na prevenção e controlo de doenças infecciosas”, referiram os SSM. Um dos elementos da equipa, formada a pedido da Organização Mundial da Saúde, é Chan Soi Fan, consultora do núcleo de prevenção e doenças infecciosas e vigilância da doença do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos SSM. Os SSM recordaram que a primeira vez que Macau enviou uma equipa para o estrangeiro foi em Maio de 2020, quando cinco médicos locais foram apoiar a Argélia e o Sudão no combate à pandemia da covid-19. O terramoto de magnitude 7,7 na escala de Richter que atingiu Myanmar a 28 de Março causou mais de 3.700 mortos no país, assim como 22 na vizinha Tailândia, levando a junta militar no poder a declarar um cessar-fogo temporário até 2 de Abril.
Hoje Macau Manchete SociedadeTurismo | Prevista subida de número de visitantes A directora dos Serviços de Turismo admite que o cenário pode mudar, e que o Governo está preparado para isso, mas, por enquanto, mantém confiança no crescimento do mercado de turismo de pelo menos 4,1% n durante os feriados do Dia do Trabalhador A directora dos Serviços de Turismo de Macau (DST), Maria Helena de Senna Fernandes, previu na sexta-feira uma subida de pelo menos 4,1 por cento no número de visitantes durante os feriados do Dia do Trabalhador. Senna Fernandes disse esperar uma média diária de entre 127 mil e 140 mil turistas entre 1 e 5 de Maio, um período de feriados no Interior, conhecido como “semana dourada”. Aos jornalistas de língua portuguesa, a dirigente acrescentou que Macau poderá receber entre 630 mil e 700 mil visitantes durante estes cinco dias, uma das épocas altas para o turismo no território. A previsão mais conservadora significaria um aumento de 4,1 por cento em comparação com a mesma “semana dourada” de 2024, enquanto a previsão mais optimista seria uma subida de 15,7 por cento. Na quinta-feira, a companhia gestora do Aeroporto Internacional de Macau admitiu que poderá falhar as metas de passageiros e carga fixadas para 2025, devido à “situação geopolítica e à instabilidade económica mundial”. Mas a directora da DST disse que “ainda é um bocadinho cedo” para baixar as expectativas para o número total de visitantes durante o ano, que tinha sido fixado em 39 milhões. Isto porque “realmente as políticas estão a mudar todos os dias (…) Não temos uma visão global ainda do que vai acontecer, se calhar daqui a duas semanas”, admitiu Senna Fernandes. “Estamos a ter muito cuidado, estamos a observar o que está a acontecer mundialmente”, acrescentou a dirigente. Para o que der e vier “Temos que ter optimismo e fazer o nosso trabalho, mas também prepararmo-nos para o que pode acontecer”, defendeu Senna Fernandes. A directora da DST falou após a cerimónia de abertura da 13.ª Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau. Em 10 de Abril, Senna Fernandes disse que a região está atenta ao potencial impacto na confiança dos turistas chineses das tarifas impostas pelos Estados Unidos às importações vindas da China. Em 15 de Abril, o novo líder do Governo de Macau, Sam Hou Fai, admitiu recear um défice orçamental em 2025, devido à desaceleração nas receitas do jogo. O anterior Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, tinha previsto receitas de jogo de 240 mil milhões de patacas em 2025, ou 20 mil milhões por mês. Mas, nos primeiros três meses do ano, os casinos de Macau registaram receitas totais de 57,7 mil milhões de patacas, abaixo da meta fixada pelo Governo. “Temos de ter um sentimento de risco”, alertou Sam Hou Fai.
Hoje Macau SociedadeDesemprego | Aumento de 0,2% no primeiro trimestre Nos primeiros três meses do ano, a taxa de desemprego global aumentou 0,2 pontos percentuais face ao último trimestre de 2024, fixando-se em 1,9 por cento. A taxa de desemprego de residentes teve uma subida semelhante, atingindo 2,5 por cento no período em análise. Segundo dados revelados na sexta-feira pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), a taxa de subemprego global (1,2 por cento) e a taxa de subemprego dos residentes (1,6 por cento) baixaram ambas 0,3 pontos percentuais, em termos trimestrais. Tanto o número global de pessoas empregadas (371.800), como o de residentes empregados (280.200), desceu 6.500 e 5.800 pessoas, respectivamente, face ao quarto trimestre do ano passado. O sector das “lotarias e outros jogos de aposta” perdeu 2.200 trabalhadores no primeiro trimestre de 2025, para um total de 65.100, e o sector da “construção” perdeu 2.000 trabalhadores, empregando no total 14.000 pessoas. Por outro lado, o comércio a retalho empregou mais 2.200 pessoas, totalizando 29.900 trabalhadores durante o período em análise. Em relação à mediana do rendimento mensal, os residentes empregados tiveram um aumento de 1.000 patacas face ao último trimestre do ano passado, para uma média de 21.500 patacas. Quanto à mediana do rendimento mensal da população empregada geral, o aumento foi de 800 patacas face aos últimos três meses de 2024 para uma média de 18.800 patacas. A DSEC salienta que estes aumentos se deveram à atribuição do 13.º mês de salário e a “participações nos lucros durante o primeiro trimestre do corrente ano”. A taxa de subemprego global (1,2 por cento) e a taxa de subemprego dos residentes (1,6 por cento) também subiram 0,1 e 0,2 pontos percentuais, respectivamente, face ao trimestre anterior.
Hoje Macau SociedadePreços | Nova subida em Março, após queda de Fevereiro Os preços no consumidor voltaram a subir em Março, sobretudo devido ao custo das refeições adquiridas fora de casa, depois de terem recuado em Fevereiro, foi anunciado na sexta-feira. O Índice de Preços no Consumidor (IPC) subiu 0,04 por cento em Março, em termos anuais, invertendo um recuo de 0,16 por cento registado em Fevereiro, de acordo com dados oficiais divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Fevereiro foi o primeiro mês em que Macau caiu em deflação desde Junho de 2021, quando a cidade viveu o último de 10 meses consecutivos de queda de preços, no pico da crise económica causada pela pandemia de covid-19. A deflação reflecte debilidade no consumo doméstico e no investimento e é particularmente gravosa, já que uma queda no preço dos activos, por norma contraídos com recurso a crédito, gera um desequilíbrio entre o valor dos empréstimos e as garantias bancárias. Ainda assim, o índice desceu 0,08 por cento em comparação com Fevereiro, mês que incluiu parte do Ano Novo Lunar, uma época alta para o turismo. A DSEC justificou o aumento do índice em Março com o custo das refeições adquiridas fora de casa, que subiu 1,52 por cento, enquanto o preço dos serviços desportivos e recreativos aumentou 3,37 por cento. Os custos com rendas e os gastos com hipotecas dos apartamentos subiram 0,42 por cento e 0,85 por cento, respectivamente. Isto apesar de o índice dos preços da habitação ter caído 11,7 por cento no ano passado e de a Autoridade Monetária de Macau ter aprovado três descidas da taxa de juro nos últimos três meses de 2024.
João Santos Filipe Manchete SociedadeSands | Rendimento líquido em Macau caiu 32% no primeiro trimestre Sobre a possibilidade de o grupo americano sofrer retaliações em Macau devido às tarifas impostas por Donald Trump, o presidente da Las Vegas Sands destaca a relação “incrível” com Pequim e afirma que não perde o sono com a questão Nos primeiros três meses do ano, o rendimento líquido da Sands China, empresa que controla os casinos Venetian, Londoner e Parisian, teve uma redução de 32 por cento face ao período homólogo. Os resultados foram anunciados pela empresa-mãe da Sands China, a Las Vegas Sands, através de um comunicado. Segundo os números adiantados, a representação da empresa norte-americana em Macau gerou um rendimento líquido de 202 milhões de dólares americanos, o que equivale a 1,62 mil milhões de patacas. Este total representa uma diferença negativa de 32 por cento face ao primeiro trimestre do ano passado, quando o rendimento líquido tinha atingido 297 milhões dólares americanos (2,39 mil milhões de patacas). A diferença no rendimento acompanhou a tendência das receitas líquidas que apresentaram uma quebra de 5,7 por cento, para 1,71 mil milhões de dólares americanos (13,74 mil milhões de patacas), face às receitas anteriores de 1,81 mil milhões de dólares (14,54 mil milhões de patacas). As receitas incluem não só o dinheiro gerado com as operações dos hotéis e casinos, mas também com as operações de ferry, através da Cotai Waterjet. Apesar de admitir que em Macau a situação do mercado está pior do que no passado, Robert Goldstein, presidente da Las Vegas Sands, reiterou o compromisso e a confiança no território. “Em Macau, embora no ambiente actual o crescimento do mercado tenha abrandado, o nosso compromisso de décadas para realizar investimentos que reforcem a atracção de Macau como um destino de turismo e apoiar o desenvolvimento do centro mundial de turismo deixa-nos bem posicionados para aproveitar o crescimento no futuro”, afirmou. Apesar do optimismo, Patrick Dumont, director das operações das Las Vegas Sands, reconheceu que a empresa “tem algum trabalho para fazer em Macau” e que vai focar-se neste objectivo para “melhorar as perspectivas de crescimento do negócio” no território. Boa relação com Pequim Durante a conferência de apresentação dos resultados, Robert Goldstein abordou também a possibilidade de a empresa americana sofrer retaliações em Macau, devido ao actual ambiente político entre Washington e Pequim. “Penso que não estamos no Interior da China, estamos em Macau, por isso, diria que existe aqui uma diferença. Em primeiro lugar, acho que Macau tem uma orientação diferente face Pequim. Em segundo lugar […] penso que temos uma relação incrível com Pequim e trabalhámos nessa relação durante muitos e muitos anos, e é muito importante para nós”, argumentou presidente do grupo. “Acreditamos muito na relação entre a China e os EUA. Estamos muito desanimados com o que está a acontecer neste momento. Esperamos que as coisas voltem ao caminho certo, mas isso [retaliação] não me tira o sono de todo”, acrescentou. O dirigente da empresa apelou também à resolução rápida dos desentendimentos mais recentes: “Não acredito que este desencontro entre os países mais poderosos do mundo seja sustentável e tem de haver um acordo”, apontou. Quanto à empresa-mãe, que inclui também as operações em Singapura, a Las Vegas Sands apresentou um lucro de 408 milhões de dólares americanos (3,28 mil milhões de patacas) no primeiro trimestre, uma redução face ao lucro do trimestre homólogo que tinha sido de 583 milhões de dólares (4,68 mil milhões de patacas). No entanto, a apresentação dos resultados da empresa ficou marcado pelo anúncio de Patrick Dumont, director das operações, que revelou que a empresa não vai concorrer a uma licença para explorar um casino em Nova Iorque, para se focar na recompra de acções da empresa em Macau e Singapura.
Hoje Macau SociedadeSaúde | Menos casos de Gripe e Escarlatina em Março No mês de Março registaram-se 320 casos de gripe, uma redução de 74,4 por cento face às 1.252 ocorrências de Fevereiro, e uma redução de 77,9 por cento face aos 1446 casos registados em Março de 2024. Os dados foram divulgados ontem pelos Serviços de Saúde, no âmbito dos dados do mecanismo de declaração obrigatória de doenças transmissíveis. Em relação às infecções por norovírus, foram declarados 74 casos de infecção, um aumento de 19,4 por cento em relação aos 62 casos registados de Fevereiro. Quando a comparação é feita entre Março deste ano e o período homólogo, o aumento foi de 1,4 por cento, dado que no ano passado tiveram lugar 62 ocorrências. De acordo com os SS, a infecção por norovírus é uma doença transmissível do tracto gastrointestinal, causada por norovírus, transmitida principalmente pelo consumo de alimentos ou água contaminados, pelo contacto com vómitos ou excrementos dos doentes e pelo contacto com os materiais contaminados, podendo também ser transmitidas por gotículas de saliva no ar. Finalmente, em relação aos casos de escarlatina, em Março de 2025 foram registados 54 casos, uma redução de 10,0 por cento em relação aos 60 casos registados no mês anterior. Quando a comparação é feita com o período homólogo, a redução é mais acentuada, de 77,4 por cento, dado que em Março do ano passado registaram-se 239 casos.
João Santos Filipe Manchete SociedadeBurla | PJ revela operação contra rede criminosa A rede foi desmantelada numa operação realizada com a polícia de Zhuhai e deixa pelo menos 26 vítimas em Macau que terão perdido 1,11 milhões de patacas. As informações sobre as potenciais vítimas eram recolhida numa loja de telemóveis Uma operação conjunta das polícias de Macau e Zhuhai levou ao desmantelamento de uma rede criminosa transfronteiriça que se dedicava a burlas por telefone. O caso foi revelado ontem, através de uma conferência de imprensa. Esta rede terá causado um total de 26 vítimas em Macau, que registaram perdas de 1,11 milhões de patacas. A operação das polícias foi realizada em Macau e em Zhuhai, na manhã de terça-feira, levou à detenção de 18 pessoas. Na RAEM, foram detidas 13 pessoas, das quais nove são residentes locais, duas do Interior e outras duas do Vietname. As detenções foram realizadas em várias zonas do território, mas também no hall de chegadas do Aeroporto Internacional de Macau. Houve ainda cinco detidos no Interior. Os detidos em Macau têm entre 24 e 61 anos, e entre estes encontram-se o gerente de uma loja de venda de telemóveis e outros produtos electrónicos, assim como outros dois empregados, tidos como os cabecilhas desta associação criminosa. De acordo com a PJ, era através desta loja que parte da informação sobre as potenciais vítimas era recolhida, com os empregados a tirarem fotografias de documentos de identificação. De acordo com a legislação em vigor em Macau, quando uma pessoa compra um cartão de telemóvel pré-pago está obrigada a apresentar a identificação e a fazer o registo, para as autoridades saberem quem são as pessoas que utilizam os diferentes números. Era esta exigência que terá sido aproveitada por parte dos burlões para obterem informação sobre as vítimas, que depois era enviada para o Interior, onde eram realizadas as chamadas. Várias apreensões Na operação em Macau foram apreendidos 140 cartões pré-pagos de telemóvel, 40 mil renminbis, 10 mil dólares de Hong Kong e 10 mil patacas, assim como três computadores, 24 telemóveis e 12 routers e modems. Segundo o modus operandi apresentado, os homens recolhiam informação sobre as vítimas e depois praticavam as burlas “quem sou eu?”. Este é um tipo de burla em que os criminosos fazem a pergunta à vítima, que depois responde assumindo que está a falar com algum familiar ou conhecido. Face à resposta, os burlões fazem-se passar por essa pessoa para pedir dinheiro, normalmente com uma justificação como dívidas à polícia ou emergentes de um qualquer negócio, ou outros problemas legais. No caso desta rede de criminosos, o dinheiro era recebido em Macau, através de aplicações móveis ou transferências bancárias ou entregue em mão. Depois era transportado para o Interior, dentro de caixas de biscoitos, onde eram entregues a determinados motoristas de aplicação de transportes de passageiros, para ser lavado ou colocado em circulação. Segundo as contas apresentadas, cerca de 400 mil yuan foram lavados. O caso foi encaminhado para o Ministério Público.
Hoje Macau SociedadeRanking | Universidade de Macau e MUST sobem no ranking asiático A Universidade de Macau subiu dois lugares, para o 34.º lugar, ranking de universidades asiáticas da Times Higher Education. Também a Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST na sigla em inglês) subiu uma posição para o 57.º lugar no ranking, foi ontem anunciado na Cimeira das Universidades Asiáticas que se realizou precisamente na MUST. O pódio dos três melhores estabelecimentos de ensino superior na Ásia manteve-se igual ao ano passado, com a Universidade de Tsinghua a ocupar o primeiro lugar (que mantém há sete anos consecutivos), seguido da Peking University. A Universidade Nacional de Singapura ficou em terceiro lugar. Destaque ainda para o sexto lugar ocupado pela Universidade de Hong Kong no ranking deste ano, atrás da Universidade de Tóquio, mas à frente da Universidade de Fudan, de Xangai. Este ano, foram incluídas na lista da Times Higher Education um total de 853 universidades de 35 países ou regiões, o que representa um aumento de 15 por cento em relação ao ano passado. Os indicadores de desempenho estão divididos em 18 itens em cinco áreas: ensino, ambiente de investigação, qualidade da investigação, perspectiva internacional e rendimento industrial.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCAM | Lucro de 338,8 milhões de patacas em 2024 Apesar do aumento dos lucros, o Aeroporto Internacional de Macau ainda não recuperou totalmente face ao período pré-pandemia. O ano passado ficou marcado por um aumento do capital da empresa, no valor de 850 milhões de patacas, que tem em vista a expansão do aeroporto A CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau teve um lucro de 338,8 milhões de patacas no ano passado, um aumento de 54,3 por cento em comparação com 2023. Os números constam do relatório anual da empresa que foi publicado no início da semana. O ano passado significou um aumento dos lucros da entidade que gere o Aeroporto Internacional de Macau na ordem dos 119,3 milhões de patacas, face aos ganhos de 219,5 milhões de patacas registados em 2023. O documento mostra que a diferença é justificada com um aumento das receitas que cresceram 24 por cento, para 1,48 mil milhões de patacas, em comparação com as receitas de 1,19 mil de patacas de 2023. “Em 2024 o mercado de transportes de passageiros evoluiu de forma satisfatória, e as receitas do aeroporto atingiram um novo ponto alto, no período pós-pandemia”, afirmou Ma Iao Hang, presidente do Conselho de Administração, no relatório. “As receitas anuais com a aviação foram de 684 milhões de patacas, um crescimento anual de 40,7 por cento, enquanto as receitas não relacionadas com a aeronáutica foram de 794 milhões de patacas, um crescimento de 12,5 por cento”, acrescentou. No entanto, os valores gerados pela empresa ainda estão longe do que acontecia em 2019, antes da pandemia. Nesse ano, a empresa obteve um lucro de 616,6 milhões de patacas, devido a receitas na ordem dos 1,82 mil milhões de patacas. Este foi um resultado que contrastou muito com a situação durante a pandemia da covid-19, quando a empresa registou, em três anos, perdas conjuntas de 1,74 mil milhões de patacas. Mais passageiros e voos No ano passado a CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau declara ter recebido 7,64 milhões de passageiros, um aumento de 48,3 por cento, face aos 5,15 milhões transportados no ano anterior. A empresa afirma que em comparação face a 2019, houve uma recuperação de 80 por cento. A CAM indicou também que actualmente o aeroporto serve 42 destinos, a maioria no Interior, através de 27 companhias aéreas. A maioria dos passageiros, cerca de 46 por cento, viajava de e para o Interior, enquanto 17 por cento viajava de ou para Taiwan. Além disso 37 por cento tinham como origem, ou destino, outros destinos no Nordeste ou Sudeste Asiático. Ao nível do transporte de mercadorias, excluindo o transporte de correio, houve igualmente um crescimento, neste caso na ordem dos 69,4 por cento para 109.105 toneladas, que contrastam com as 63.809 toneladas no ano anterior. Em relação ao número de jactos particulares a utilizar o Aeroporto Internacional de Macau, registou-se igualmente um aumento, de 3,7 por cento para 957 jactos particulares. Além disso, foi ainda explicado que no ano passado houve um aumento do capital da empresa no valor de 850 milhões de patacas que foi suportado pela RAEM e pela Sociedade de Turismo e Diversões de Macau (STDM), os dois maiores accionistas da empresa com participações de 67,3 por cento e 28,3 por cento, respectivamente. Este aumento visa financiar as obras de expansão do aeroporto.
Hoje Macau SociedadeCrime | Suspeito de violação sujeito a prisão preventiva O homem suspeito de violar uma mulher, que era sua empregada, vai ficar em prisão preventiva, de acordo com um comunicado divulgado ontem pelo Ministério Público. As autoridades indicam que durante o interrogatório, o depoimento do suspeito foi inconsistente. A investigação inicial revelou que, em meados deste mês, o indivíduo terá pedido à vítima, que estava embriagada, que o acompanhasse ao escritório para o ajudar no trabalho, acabando por a violar. Tendo em conta a ilegalidade, a gravidade, o grau de intenção, o risco de fuga e a possibilidade de continuar a cometer crimes da mesma natureza, o juiz do Tribunal de Instrução Criminal decidiu aplicar a medida de coacção de prisão preventiva, ou seja, o arguido irá aguardar julgamento na prisão. Foi também concluído que existem fortes indícios de que o suspeito terá cometido o crime de “violação”, que tem uma moldura penal entre 3 a 12 anos de prisão. O Ministério Público aproveitou a oportunidade para apelar à população para denunciar crimes de natureza sexual às autoridades policiais ou à Procuradoria, por constituírem “uma séria ameaça à ordem pública e à tranquilidade social”.
João Luz Manchete SociedadeEspaço | Astronauta local pode ter primeira missão em 2026 Os astronautas de Macau e Hong podem fazer a primeira viagem espacial no próximo ano. Depois de terem sido seleccionados em Julho do ano passado, a Agência Espacial Tripulada da China afirma que os astronautas se integraram rapidamente na equipa e trabalharam com afinco Na véspera do lançamento da nave espacial Shenzhou-20, que irá transportar três astronautas para a Lua, o porta-voz da Agência Espacial Tripulada da China, Lin Xiqiang, confirmou que dois astronautas de Macau e Hong Kong estão em vias de fazer o seu primeiro voo espacial já no próximo ano. A missão irá marcar a estreia de residentes das duas regiões no espaço. O porta-voz da agência disse no Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, no deserto de Gobi, no nordeste do país, que os astronautas das regiões administrativas especiais (RAE) realizaram uma série de estudos e treinos físicos e psicológicos de acordo com os planos. “Desde que se juntaram ao grupo, os astronautas de Hong Kong e Macau adaptaram-se rapidamente ao ambiente de trabalho e de vida, integraram-se rapidamente na equipa de astronautas, treinaram arduamente e todo o seu progresso de trabalho tem sido tranquilo”, disse, citado pela agência Xinhua. “Actualmente, estão a realizar estudos e formação em tecnologia aeroespacial profissional. Como especialistas em carga útil, espera-se que os astronautas de Hong Kong e Macau realizem a sua primeira missão de voo em 2026, na melhor das hipóteses”, acrescentou Lin Xiqiang. Viagem ao fim da noite Os residentes de Macau e Hong Kong foram seleccionados no quarto lote de astronautas, uma equipa de 10 elementos, oito deles pilotos espaciais e os dois especialistas de carga útil. Num processo que começou há quase um ano, os primeiros residentes das RAE que irão além da orbita terrestre foram escolhidos em Julho do ano passado para integrarem a equipa do quarto lote. Porém, as inscrições arrancaram em Outubro de 2022. Lin referiu ontem que os 10 astronautas vão continuar a receber formação no Centro de Treino e Pesquisa Espacial e que, após completarem a instrução, vão ficar aptos a integrar tripulações de voo. Os especialistas em carga útil são investigadores científicos profissionais responsáveis pela realização de experiências e investigação científica. As suas tarefas incluem também a supervisão de operações diárias nas estações espaciais com outros astronautas.
Hoje Macau SociedadePrimeiro trimestre foi segundo melhor de sempre em número de turistas Macau recebeu até Março 9,86 milhões de visitantes, mais 11,1 por cento do que no mesmo período de 2024 e o segundo valor mais elevado de sempre para um arranque de ano, foi ontem anunciado. De acordo com dados oficiais, o número de turistas que passou pelo território só foi superado no primeiro trimestre de 2019, quando registou quase 10,4 milhões de visitantes. No entanto, segundo a Direcção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC), cerca de 59 por cento dos visitantes (5,82 milhões) chegaram em excursões organizadas e passaram menos de um dia na cidade. Em 2024, o Governo Central divulgou uma série de medidas de apoio a Macau, como o aumento do limite de isenção fiscal de bens para uso pessoal adquiridos por visitantes da China. Ao mesmo tempo, as autoridades chinesas alargaram a mais 10 cidades da China a lista de locais com “vistos individuais” para visitar Hong Kong e Macau. Além disso, desde 1 de Janeiro passado que os residentes da vizinha cidade de Zhuhai podem visitar Macau uma vez por semana e ficar até sete dias. Em resultado, a esmagadora maioria (90,8 por cento) dos turistas que chegaram a Macau nos três primeiros meses do ano vieram do Interior da China ou Hong Kong. Ainda assim, o número de visitantes internacionais cresceu mais depressa, 16,9 por cento em comparação com o primeiro trimestre de 2024, para mais de 682 mil. No entanto, este valor representa uma queda de 20,3 por cento em comparação com o mesmo período de 2019, antes do início da pandemia de covid-19. Grupos alvo Em 10 de Abril, a directora dos Serviços de Turismo de Macau (DST), Maria Helena de Senna Fernandes, disse que em 2025 a prioridade vai continuar a ser “captar turistas internacionais”, participando em feiras no estrangeiro e organizando actividades no território. A directora da DST recordou que Macau vai receber em Junho a reunião semianual da Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos e, em Dezembro, o congresso anual da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT). Em Agosto, Senna Fernandes apontou como meta mais de três milhões de visitantes internacionais em 2025. Macau recebeu no ano passado 34,9 milhões de visitantes, mais 23,8 por cento do que no ano anterior, mas ainda longe do recorde de 39,4 milhões fixado em 2019, antes da pandemia.
Hoje Macau Manchete SociedadeReserva financeira | Melhor arranque desde 2021 Até ao final de Fevereiro, a reserva financeira cresceu 7,17 mil milhões de patacas. No final do segundo mês do ano, o valor total da reserva atingiu 623,4 mil milhões de patacas, ainda longe do pico de 2021, quando era de 663,6 mil milhões de patacas O valor dos activos da reserva financeira de Macau registou até ao final de Fevereiro o maior aumento dos últimos quatro anos, segundo dados oficiais divulgados ontem. A reserva começou 2025 em alta, com o valor dos activos a subir 7,17 mil milhões de patacas nos dois primeiros meses, de acordo com um balanço publicado no Boletim Oficial de Macau. Segundo a Autoridade Monetária de Macau (AMCM), este é o melhor arranque de ano desde Janeiro e Fevereiro de 2021, período em que a reserva se valorizou em 47,4 mil milhões de patacas. Foi precisamente no final de Fevereiro de 2021 que a reserva atingiu um recorde histórico de 663,6 mil milhões de patacas, apesar do território estar em plena pandemia de covid-19. O valor da reserva financeira cifrou-se em 623,4 mil milhões de patacas no final de Fevereiro passado, ainda longe do pico. Recuperação gradual De acordo com a AMCM, a reserva tinha registado em 2024 o melhor ano desde a pandemia, ao ganhar 35,7 mil milhões de patacas. Este foi o aumento anual mais elevado desde 2019, quando o valor da reserva aumentou em 70,6 mil milhões de patacas. O valor da reserva extraordinária no final de Fevereiro era de 452 mil milhões de patacas e a reserva básica, equivalente a 150 por cento do orçamento público de Macau, era de 164,2 mil milhões de patacas. O orçamento do território para 2025 prevê uma subida de 7 por cento nas despesas totais, para 109,4 mil milhões de patacas. A reserva financeira de Macau é maioritariamente composta por depósitos e contas correntes no valor de 246,5 mil milhões de patacas, títulos de crédito no montante de 121 mil milhões de patacas e até 249 mil milhões de patacas em investimentos subcontratados. Em 2024, os investimentos renderam à reserva financeira quase 31 mil milhões de patacas, correspondendo a uma taxa de rentabilidade de 5,3 por cento, disse a AMCM no final de Fevereiro.
Hoje Macau SociedadeFDCT | Candidaturas para bolsas no exterior até ao fim do mês O Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia (FDCT) anunciou ontem um novo programa de financiamento da investigação científica e tecnológica no exterior, cujas candidaturas decorrem até ao final do mês. Cada um dos projectos aprovados no âmbito do Programa de Financiamento para Cooperação Externa em Ciência e Tecnologia poderá receber até cinco milhões de patacas, acrescentou o fundo. “Tendo em conta que este é o ano inaugural deste programa, o número exacto de projectos a financiar será decidido com base na qualidade e quantidade de candidaturas recebidas”, sublinhou o FDCT. Em Fevereiro, o FDCT indicou à Lusa que “o financiamento está disponível para projectos de investigação em cooperação com qualquer país de língua portuguesa; não é dada preferência a nenhum país em particular”.
Hoje Macau SociedadeInvestigação científica | Macau junta-se à cidade brasileira de São Paulo O Governo de Macau anunciou ontem um programa para financiar, com um limite máximo de 255 mil euros, investigação científica conjunta com o estado brasileiro de São Paulo em áreas como a biomedicina, inteligência artificial e ciências espaciais. Num comunicado, o Fundo para o Desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia (FDCT) de Macau indicou que o programa foi lançado com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). O FDCT sublinhou que um dos objectivos do programa, cujo período de candidatura está aberto até 13 de Junho, é “encorajar os intercâmbios científicos e tecnológicos entre Macau e os países de língua portuguesa”. O reitor da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau disse à Lusa que o programa, “criado muito recentemente”, reflecte a política do novo Governo local de reforçar os laços com os países lusófonos. Joseph Lee Hun-wei afirmou que o plano nasceu de um acordo de cooperação com a FAPESP, celebrado durante uma viagem ao Brasil de uma delegação do FDCT. O acordo válido por cinco anos, foi assinado em 3 de Abril pelo presidente do FDCT, Alex Che Weng Keong. Segundo um comunicado da FAPESP, o programa vai financiar projectos de investigação conjunta nas áreas da biomedicina, inteligência artificial, tecnologia dos oceanos, ciências espaciais e agricultura. A FAPESP irá financiar com um valor máximo de 600 mil reais (90 mil euros), enquanto o FDCT irá apoiar com até 1,5 milhões de patacas (165 mil euros), durante um período máximo de três anos.
João Luz SociedadeTurismo | Mais de meio milhão de visitantes na Páscoa Ao longo dos quatro dias dos feriados da Páscoa, entre 18 e 21 de Abril, 520.065 turistas entraram em Macau, total que representou uma subida de 28,1 por cento em termos anuais. De acordo com dados revelados na madrugada de ontem pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública, quase 63 por cento dos visitantes vieram do Interior da China (cerca de 327.000), enquanto de Hong Kong chegaram 146.000 visitantes, representando 28 por cento de todas as entradas. Entre os mais de 520.000 turistas que visitaram Macau durante os quatro dias, apenas 37.000 eram estrangeiros. Como manda a tradição, o posto fronteiriço por onde entraram mais turistas foram as Portas do Cerco, com pouco mais de 200.000 entradas, seguido do posto da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau com quase 145.000. Alargando o escopo às travessias fronteiriças de residentes de Macau, os quatro dias de fim-de-semana prolongado da Páscoa foram de grande intensidade nas fronteiras, com as entradas e saídas em todos os postos a ultrapassar os 2,8 milhões de travessias, com as Portas do Cerco a registarem quase metade do movimento com 1,4 milhões de travessias.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCBRE | Receios sobre retaliações a concessionárias “exagerados” Os analistas da empresa de pesquisa de investimentos consideram que, actualmente, os maiores riscos para o sector do jogo decorrem de um potencial abrandamento da economia do Interior e do impacto das tarifas dos EUA nos mercados de Cantão e Hong Kong Os analistas da empresa de pesquisa de investimentos CBRE consideram que “os riscos políticos” enfrentados pelas concessionárias com capital americano no âmbito da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China “parecem exagerados”. A opinião surge no mais recente relatório da CBRE sobre Macau, ontem citado pelo portal GGR Asia, e que tem em conta a importância destas concessionárias para o orçamento da RAEM e o mercado de emprego. “Os riscos políticos, como políticas retaliatórias contra as concessionárias do jogo dos Estados Unidos em Macau são uma preocupação, mas parecem exagerados”, pode ler-se no relatório assinado por John DeCree e Max Marsh. “Os empreendimentos turísticos de Macau são essenciais para a economia da região e contribuem para mais de 80 por cento das receitas do Governo com impostos, e as concessionárias do jogo norte-americanos, sozinhas, empregam 15 por cento da mão-de-obra”, foi acrescentado. Os analistas da CBRE defendem também que “acções directas contra as concessionárias poderiam destabilizar a RAE”, o que nesta perspectiva “faz com que estas movimentações sejam pouco prováveis”. Actualmente, existem três concessionárias onde o capital americano adquire uma maior importância, a MGM China, Wynn Macau e Sands China. Perigos maiores No relatório, consta também que os danos colaterais de “políticas mais abrangentes” como a “desvalorização do yuan ou as restrições ao fluxo de capitais” são actualmente “riscos maiores” para o sector do jogo. “O crescimento das receitas brutas do jogo de Macau tem sido moderado nos meses mais recentes, e agora as perspectivas são mais sombrias, no âmbito de uma guerra comercial disruptiva”, foi justificado. “Os principais mercados dos jogadores em Macau são Cantão e Hong Kong e ambos têm economias que estão altamente dependentes das exportações. Uma guerra comercial prolongada vai ter impacto nesses mercados, e vai ter um impacto na procura em Macau”, foi explicado. Por isso, no entender dos analistas da CBRE “o maior risco a curto prazo para Macau é mais fundamental do que político”. “A trajectória do crescimento em Macau já vinha a moderar-se nos últimos meses [antes da guerra comercial], com o aumento das receitas brutas do jogo a ser apenas de 0,6 por cento em termos homólogos no primeiro trimestre de 2025”, foi argumentado. “No entanto, isto já se tinha reflectido na avaliação do sector antes dos anúncios das tarifas de 2 de Abril. Agora, a avaliação reflecte um risco económico ainda maior, associado a preocupações regulamentares”, foi vincado. O outro lado Quanto aos riscos para Macau, os analistas indicam que existe a possibilidade de haver um abrandamento da economia da China, o que terá impacto no sector do jogo. Todavia, este aspecto não é totalmente visto como negativo para os analistas, dado que poderão acontecer estímulos fiscais no Interior para relançar a economia e gerar uma maior vontade de gastar. “Se as exportações diminuírem, a China poderá ser motivada a fornecer estímulos fiscais adicionais para desbloquear a montanha de poupanças e impulsionar as despesas internas, o que deverá apoiar a procura de jogo de Macau”, acrescentou a instituição. “Embora tenhamos em conta os riscos económicos e políticos com que Macau e a China se confrontam, as actuais condições de mercado criaram uma vez mais uma oportunidade interessante para os investidores a longo prazo [nas acções das concessionárias]” é acrescentado.
Hoje Macau SociedadeChamas consomem locais de venda no exterior do mercado do Iao Hon Um incêndio de grandes dimensões na zona exterior do mercado do Iao Hon, no domingo, obrigou à retirada de 30 pessoas do local e terá causado danos a 24 das bancas de venda. De acordo com o jornal Ou Mun, pelos menos 12 das bancas de vendas apresentam danos de grande dimensão. O alerta para o incêndio foi dado por volta das 20h, as chamas atingiram um tamanho considerável, reflectido numa grande nuvem de fumo preto, mas não houve feridos a serem transportados para o hospital. Ainda assim houve vendedores que tiveram de ser assistidos, porque se deslocaram para o local depois de ouvirem as notícias sobre o fogo, acabando por inalar fumo do incêndio. A publicação em língua chinesa relatou também que vários donos de bancas ficaram agitados, com alguns a tentarem aproximar-se das bancas para tentarem salvar o que fosse possível dos seus bens, enquanto outros simplesmente ficaram em total estado de choque, sem reacção. Situação acompanhada As autoridades suspeitam que o incêndio tenha tido origem num curto-circuito nos fios eléctricos, mas o motivo ainda está a ser investigado. Também os danos dos comerciantes ainda estão por apurar, mas, ao jornal Ou Mun, um vendedor de comida indicou ter perdas de pelo menos 100 mil patacas, que se deve não só às chamas e aos fumos, mas também à água utilizada no combate ao incêndio. Depois das chamas, o IAM publicou um comunicado em chinês a defender-se afirmando que nos últimos anos tem desenvolvido um trabalho de promoção das medidas de prevenção contra incêndios. “O Instituto para os Assuntos Municipais tem-se empenhado na sensibilização dos vendedores ambulantes para a prevenção de incêndios. Em colaboração com o Corpo de Bombeiros, foram realizadas regularmente palestras e exercícios de prevenção de incêndios com os vendedores ambulantes e apelaram aos vendedores para que cumpram as directrizes de prevenção de incêndios”, foi indicado. “Além disso, o Instituto para os Assuntos Municipais reforçará as patrulhas e a aplicação da lei para evitar que os incêndios prejudiquem a segurança pública”, foi acrescentado. O IAM prometeu ainda ir reparar as bancas afectadas pelo incêndio e disponibilizar, o mais rapidamente possível, locais de funcionamento temporário. Sete das 24 bancas afectadas pelas chamas não estavam ocupadas.