Hoje Macau SociedadePortuguês | João Veloso acredita que UM pode ser referencia no ensino O director do departamento de português acredita que a universidade pode posicionar-se “como uma instituição de referência para o ensino e a investigação em temas relacionados com a língua e as culturas em língua portuguesa” O novo director do departamento de Português defendeu que a Universidade de Macau (UM) tem “um potencial muito grande” para se tornar “a grande instituição de ensino da língua na Ásia”. João Veloso disse à Lusa que a UM “pode posicionar-se muito bem como uma instituição de referência para o ensino e a investigação em temas relacionados com a língua e as culturas em língua portuguesa” no continente asiático. O académico lembrou que o 36.º Curso de Verão de Língua Portuguesa da UM, realizado em Julho, atraiu “centenas de estudantes, sobretudo da Ásia, nomeadamente do Vietname, Camboja, Timor-Leste, Tailândia”, apesar de ter decorrido num formato totalmente ‘online’. Em Abril deste ano, Macau tinha levantado as restrições fronteiriças a estudantes universitários e profissionais do ensino estrangeiros, como professores portugueses. Quem chega do estrangeiro, ou de Hong Kong, continua a ser obrigado a cumprir uma quarentena de sete dias num hotel, seguido de três dias de “autovigilância médica” que pode ser feita em casa. Veloso admitiu que as restrições “dificultam muito, por exemplo, a vinda de estudantes de pós-graduação de outros países”. “O que nos está a faltar neste momento é a candidatura de alunos de outras paragens”, disse o académico, sublinhando que o departamento não sentiu qualquer queda no número de estudantes locais. O director defendeu que “o departamento tem todas as condições para receber alunos que vivem em países que estão a duas ou três horas de avião da China”, como alternativa a cursos em Portugal ou no Brasil. Optimismo limitado “Não temos neste momento muitos estudantes com esse perfil”, lamentou o português. “Há um sentimento de algum optimismo”, disse, quanto a um eventual relaxamento das restrições à entrada de estrangeiros sem estatuto de residente “já no próximo ano”. Mas, para já, as restrições “limitam um pouco o leque de selecção” de novos docentes, admitiu. O departamento perdeu recentemente duas professoras, incluindo a anterior directora Dora Nunes Gago, e tem recebido sobretudo “candidaturas de pessoas que já se encontram em Macau”, reconheceu. No entanto, Veloso sublinhou que as restrições não impedem “encontros em linha, projectos de investigação conjuntos e publicações conjuntas” com outras instituições, iniciativas que já estão planeadas. O académico lembrou que o território tem várias universidades “onde se ensina e se faz investigação sobre a língua portuguesa” e defende que a cidade deve “aproveitar esta rede de tantas pessoas e tantas instituições interessadas no português”. A nomeação de João Veloso como director do departamento de Português da Faculdade de Artes e Humanidades foi anunciada na segunda-feira, embora o académico tenha assumido funções a 1 de Julho. Desde 2018, que o académico era pró-reitor da Universidade do Porto, assumindo as pastas da Promoção da Língua Portuguesa e Inovação Pedagógica.
João Santos Filipe Manchete SociedadeGoverno está a exigir investimentos elevados a futuras concessionárias O concurso público de atribuição de novas licenças de exploração do jogo “não está a ser tão directo quanto esperado”. A informação foi revelada pelo banco de investimento Credit Suisse (Hong Kong), num relatório realizado com base em informações recolhidas em Macau. Segundo o documento do banco, o “Governo está a exigir muito mais investimentos em elementos não-jogo” do que inicialmente esperado pelas concessionárias. “Depois das apresentações iniciais em meados de Setembro, as operadoras de Macau tiveram outro encontro com o Governo de Macau, na última semana de Setembro, para analisar individualmente as propostas do concurso”, escreveram os analistas Kenneth Fong, Lok Kan Chan, e Sardonna Fong, num relatório citado pelo portal GGR Asia. “Segundo as nossas fontes, o processo não está a ser tão directo/suave como esperado pelas operadoras e nós [analistas]”, foi acrescentado. A nota para os investidores revela também que o Governo de Macau “baniu algumas ideias” das concorrentes do concurso e “exigiu um investimento muito maior nos elementos não-jogo”, como parte das futuras obrigações. Os desenvolvimentos no Cotai, suspensos devido à pandemia, parecem também não ter sido esquecidos e são considerados como obrigações das actuais concessões, pelo que terão de ser concluídos: “O Governo também encara certos planos de expansão dos projectos existentes como parte dos compromissos assumidos no passado, pelo que está à procura de algo mais com as novas licenças”, foi explicado. “Além do montante que vão investir, as concessionárias também têm de apresentar um calendário claro com a altura em que vão investir”, foi adicionado. Nova reunião A nota da Credit Suisse revelou ainda que para esta semana está agendada uma nova reunião entre as empresas candidatas e o Governo, e que a expectativa das autoridades é que os interessados nas concessões aumentem a promessa do investimento para os próximos 10 anos. No entanto, para o banco de investimento, a exigência de maiores gastos pode deixar as empresas numa situação complicada. “Um aumento do investimento prometido vai levar inevitavelmente ao aumento do stress na folha da contabilidade de algumas das operadoras do jogo, ao mesmo tempo que baixa a longo prazo as margens de lucro no sector”, é concluído pelos analistas.
Hoje Macau Sociedade‘“928 Challenge” | Startups’ chinesas dominam competição em Macau A segunda edição do “928 Challenge”, uma competição para ‘startups’ entre os países de língua portuguesa e a China, atraiu 249 equipas universitárias e empresariais, 70 por cento das quais são chinesas, disse ontem a organização. Marco Rizzolio, co-fundador da competição, disse à Lusa que “há grande interesse” dos chineses numa competição “internacional, que abre portas para fora” do país. “Mas há interesse dos dois lados”, acrescentou Rizzolio, sublinhando que o “928 Challenge” atraiu “equipas de todos os países de língua portuguesa”, porque a China “é o segundo maior mercado mundial”. Na primeira edição do “928 Challenge”, aberta apenas a equipas universitárias, inscreveram-se 153 equipas com quase 800 estudantes, sendo que 89 entregaram em Outubro de 2021 projectos desenvolvidos. Com o alargamento das candidaturas a empresas, a competição atraiu mais 100 equipas, com um total de 1.256 inscritos para um ‘bootcamp’ ‘online’ de 15 dias. Durante a primeira semana do ‘bootcamp’, especialistas “deram a conhecer aos participantes o ambiente de negócio” dos países lusófonos e da Grande Baía, disse Rizzolio. Segunda parte Já na segunda semana, que começou ontem, a organização ajuda as equipas a “preparar bem” os planos de negócios orientados para a sustentabilidade, disse Rizzolio. No caso das empresas, trata-se de “adaptar o serviço ou produto que faça a ponte entre a China e os países de língua portuguesa”, acrescentou o coordenador do projecto. Os melhores 16 planos serão apresentados ao júri e a potenciais investidores na final, marcada para 29 de Outubro, durante a Feira Internacional de Macau, disse Rizzolio. Durante a apresentação da segunda edição da competição, em Abril, um outro coordenador do projecto, José Alves, tinha admitido ter esperança num eventual alívio das restrições devido à pandemia que permitisse aos finalistas irem à região chinesa apresentar os projectos. O vencedor da primeira edição, um projecto de produção de vacinas probióticas para peixes de aquacultura, da Universidade do Porto, já obteve fundos da União Europeia, mas os alunos ainda não puderam ir a Macau, lamentou em Abril José Alves, também director da Faculdade de Business da Universidade Cidade de Macau. O concurso tem a organização conjunta do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau) e de várias universidades de Macau e da Grande Baía e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
João Luz Manchete SociedadeCovid-19 | Quarentena para quem passou por áreas afectadas de Zhuhai À medida que são descobertos mais casos positivos de covid-19 em Zhuhai, assim como noutras cidades da província vizinha de Guangdong, Macau impôs ontem quarentena para quem tenha passado zonas do distrito de Xiangzhou em Zhuhai. Professores e alunos que regressem a Macau de regiões fora de Guangdong ou de Shenzhen obrigados a fazer testes Ontem foi anunciada a descoberta de mais cinco casos positivos de covid-19 em Zhuhai, à medida que em algumas zonas da cidade são implementados confinamentos. Os casos positivos na província vizinha de Guangdong não se cingiram apenas a Zhuhai. A Comissão de Saúde da Província de Guagdong reporta os casos dividindo-os entre casos confirmados, assintomáticas e importados. Os casos novos revelados ontem totalizaram 27 em termos provinciais, cinco em Guangzhou, nove em Shenzhen, dois em Zhuhai, cinco em Foshan, cinco casos em Huizhou e um caso em Dongguan. No capítulo das infecções assintomáticas, Guangzhou somou 15 casos, Shenzhen um, Zhuhai três, quatro casos em Huizhou, um em Yunfu, outro em Foshan, também um caso em Dongguan, um em Jiangmen e um em Zhanjiang. Em toda a província, foram registados 50 casos importados. Face ao ressurgimento da pandemia nas cidades depois da fronteira, as autoridades de Macau começaram a dar sinais mais significativos de resposta, incluindo quarentena para quem passou por áreas de Zhuhai. Assim sendo, desde as 12h de ontem, quem tenha estado no “N.º 43 e 2-3-4 do n.º 43 da Estrada de Jiaoyu da Comunidade Zaobei, do Distrito de Xiangzhou em Zhuhai fica sujeito à entrada em Macau a quarentena obrigatória em hotel designado “até ao sétimo dia a contar do dia seguinte” da saída do local mencionado. A quarentena não pode ser inferior a cinco dias e, após cumprida, seguir-se-á um período de autogestão de três dia. Abrir ou fechar? O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus divulgou uma vasta lista com outros locais do distrito de Xiangzhou em Zhuhai que determinam a passagem para cor amarela do código de saúde, e subsequente obrigação de fazer testes de ácido nucleico no 1.º, 2.º, 4.º e 7.º dias, a partir do dia seguinte à saída da área de risco. Também a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ), reforçou as medidas de prevenção. Assim sendo, até ao fim do mês, “o pessoal docente e não docente e estudantes do ensino superior e não superior de Macau vindos de regiões fora da província de Guangdong ou de Shenzhen, devem submeter-se a dois testes de ácido nucleico no prazo de três dias a contar do dia do seu regresso” a Macau. Estas medidas são aplicadas a todos os funcionários públicos que entrem em Macau vindos de regiões fora da província de Guangdong e Shenzhen. Trabalhadores barrados Em declarações ao canal chinês da Rádio Macau, Paul Pun revelou que cerca de uma dezena funcionários da Caritas Macau foram afectados pelo ressurgimento da pandemia em Zhuhai e ficaram impedidos de regressar a Macau. Porém, o director da instituição garante que a falta destes trabalhadores não irá ter grande impacto no funcionamento da Caritas. Além disso, Paul Pun afirmou que cerca de 80 por cento dos idosos ao cuidado da Caritas Macau estão vacinados contra a covid-19.
Hoje Macau SociedadeCrime | Insulta polícia em três línguas e é detido Um residente de 52 anos foi preso depois de ter insultado um polícia em três línguas, incluindo português. A informação foi revelada ontem pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), e citada pelo canal chinês da Rádio Macau. O caso terá acontecido no domingo, quando o homem circulava num táxi que foi parado numa operação stop. Insatisfeito com a situação e com o pedido para mostrar o bilhete de identidade de residente, o homem insultou o agente. Apesar de lhe ter sido pedido que se moderasse, o homem continuou os insultos em português e inglês, o que levou o polícia a ligar a câmara de serviço, a captar mais insultos. Após ter sido detido, o residente revelou trabalhar na segurança de um casino e recusou cooperar com as autoridades. O caso foi entregue ao Ministério Público e o indivíduo está a ser investigado pelo crime de injúria agravada, que prevê uma pena que pode chegar a quatro anos de prisão.
João Luz SociedadeJogo | Semana Dourada duplicou receitas diárias de Setembro As receitas brutas diárias dos casinos de Macau nos primeiros nove dias de Outubro podem ter duplicado as apuradas diariamente em Setembro, de acordo com as estimativas da JP Morgan Securities divulgadas ontem. Durante o período em análise, que inclui a Semana Dourada, as autoridades registaram um aumento considerável da entrada de turistas chineses no território, com um agregado de mais de 182 mil visitantes e taxa de ocupação hoteleira de 66,7 por cento. Nos primeiros nove dias de Outubro, os casinos facturaram 1,7 mil milhões de patacas, com uma média diária a cifrar-se em 190 milhões de patacas, de acordo com a previsão do banco de investimento, citado pelo portal GGR Asia. Recorde-se que ao longo do mês de Setembro a média diária de receitas brutas da indústria do jogo atingiu 99 milhões de patacas. Em relação aos níveis de receitas brutas de Semana Dourada, antes da pandemia, este ano ainda ficou entre 15 e 20 por centos dos registos do passado, quando as receitas brutas diárias chegaram a mil milhões de patacas, apontam os analistas da JP Morgan.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeCaritas | Pedidos de ajuda no Banco Alimentar aumentam 4% Na qualidade de secretário-geral da Caritas, Paul Pun adiantou ao HM os novos dados relativos ao Banco Alimentar. Destaque para um aumento anual de quatro por cento relativamente aos pedidos de ajuda, que entre Janeiro e Setembro deste ano foram de 3.569 em relação aos 3.416 registados em igual período do ano passado. Além disso, desde o dia 14 de Maio que a Caritas disponibiliza um serviço de apoio alimentar a curto prazo destinado a desempregados, que não precisam de se sujeitar às mesmas regras de candidatura dos restantes residentes e não residentes. Também aqui o número é significativo: um total de 746 desempregados já pediu ajuda alimentar à Caritas. “Não houve um grande aumento [dos pedidos de ajuda] entre o ano passado e o ano anterior, mas este ano vamos ter um grande aumento”, contou Paul Pun. “Tivemos de parar o serviço por um período de dois meses, mas tivemos o mesmo número de beneficiários. Além disso, a pandemia afectou muito as pessoas”, adiantou. Relativamente ao panorama do emprego, o responsável descreveu que, actualmente, “os licenciados não conseguem encontrar um trabalho tão rapidamente como no passado, uma vez que há menos vagas”. Desta forma, “é difícil encontrar pessoas com experiência para trabalharem em centros de acção social ou ao domicílio”, rematou.
Hoje Macau SociedadeMacau recebe quatros prémios PATA Gold Awards 2022 Macau foi galardoada com um Grand Award e três Gold Awards nos PATA Gold Awards 2022, organizados pela Associação de Turismo da Ásia Pacífico (Pacific Asia Travel Association – PATA). Entre os vencedores locais, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) recebeu um PATA Gold Award em Campanha de Marketing pela promoção das Semanas de Macau no Interior da China, enquanto o Instituto de Formação Turística de Macau, a Wynn Macau e a Sands China foram reconhecidos com prémios por iniciativas em diferentes áreas de Sustentabilidade e Responsabilidade Social. O anúncio dos vencedores dos PATA Gold Awards 2022 foi feito na sexta-feira, numa cerimónia online em directo que contou com a participação da directora da DST, Maria Helena de Senna Fernandes. A indústria turística de Macau recebeu um dos dois Grand Awards e três dos 23 Gold Awards atribuídos este ano pela PATA.
João Luz Manchete SociedadeZhuhai | Casos positivos suspendem aulas para alunos transfronteiriços Dois casos de covid-19 identificados este fim-de-semana em Zhuhai levaram as autoridades locais a suspender as aulas presenciais em Macau a alunos e funcionários residentes nas áreas afectadas. As infecções levaram as autoridades de Macau a converter códigos de saúde para amarelo e submeter quem já entrou na RAEM a sete dias de autogestão A descoberta de dois casos positivos de covid-19 na cidade vizinha de Zhuhai colocou as autoridades de saúde de Macau em estado de alerta. As infecções assintomáticas foram detectadas nos testes feitos a quem se desloca entre províncias e dizem respeito a um casal que regressou a Zhuhai no dia 4 de Outubro e que testou positivo três dias depois. Segundo as autoridades da cidade vizinha, o casal reside em Nanping, no distrito de Xiangzhou. Como tal, a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ), em colaboração com os Serviços de Saúde, implementou medidas de controlo temporário, que entraram em vigor no sábado de manhã. Assim sendo, os alunos de escolas e universidades de Macau que residem nas 2.ª e 3.ª fases do Complexo Residencial “Huafa New Town” da Vila de Nanping em Zhuhai vão ficar com as aulas presenciais suspensas e não podem entrar na RAEM. A mesma medida foi aplicada aos funcionários e docentes das escolas e universidades de Macau que residam na mesma área. A DSEDJ notificou prontamente os estabelecimentos de ensino para procederem às respectivas medidas que permitam frequentar as aulas online. Além disso, o Governo apelou aos alunos e funcionários transfronteiriços para evitarem a todo o custo deslocações às zonas afectadas, que incluem também áreas por onde o casal circulou, e permanecerem em casa. Códigos e testes O Instituto de Acção Social (IAS) reagiu de forma semelhante à DSEDJ. “Tendo em conta o facto de existir uma nova zona de gestão e controlo e a adopção de medidas temporárias de gestão e controlo em Zhuhai”, os utilizadores e trabalhadores de instituições sociais de Macau que vivam nas zonas referidas da vila de Nanping “devem suspender o regresso aos seus equipamentos sociais até o cancelamento das referidas medidas”. O IAS apelou ainda a “todos os utilizadores e trabalhadores (especialmente pessoas transfronteiriças) de equipamentos sociais para que evitem deslocações para a Vila de Nanping e “apenas se desloquem de casa para o trabalho”, reduzam saídas desnecessárias, “tomem medidas de protecção pessoal e acompanhem de perto a evolução epidemiológica”. Para quem já entrou em Macau, e tenha estado num conjunto de áreas de Zhuhai sujeitas a controlo, as autoridades locais converteram a cor do código de saúde em amarelo. Além disso, estas pessoas serão submetidas a um período de autogestão de saúde até sete dias, a contar da data de saída dos locais afectados, e terão de fazer quatro testes de ácido nucleico no primeiro, segundo, quarto e sétimo dia depois da saída da zona de controlo.
João Luz Manchete SociedadeSemana Dourada | Fluxo de turistas supera expectativas Macau recebeu cerca de 182 mil turistas durante a Semana Dourada, com a taxa de ocupação hoteleira a ultrapassar os 66 por cento. Apesar de ter ficado longe dos fluxos de visitantes a rondar um milhão nos anos antes da pandemia, o Governo traçou um balanço positivo dos feriados Durante os sete dias de feriados da Semana Dourada, um total de 182 mil turistas visitaram Macau. A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) indicou no sábado que o número médio de entradas diárias foi de 26 mil, correspondendo a um aumento de 32,8 por cento, em relação à média diária de visitantes registada no mês de Setembro. No dia 1 de Outubro, o número de visitantes ultrapassou os 37 mil, registando o segundo dia com mais visitantes diários até à data este ano. As autoridades adiantaram que do total de 182 mil turistas, cerca de 163 mil vieram do Interior da China, não especificando a proveniência dos quase 20 mil visitantes oriundos de outros locais. Os dados do Corpo de Polícia de Segurança Pública apenas dão conta do número de entradas e saídas nos postos fronteiriços, sem especificar quem entra com visto turístico de quem reside em Macau e passou a fronteira para Zhuhai para depois regressar à RAEM. Apesar do aumento de perto de um terço da média diária de visitantes em relação à registada em Setembro, esta Semana Dourada ficou muito aquém dos tempos pré-pandemia. Em 2018, ao longo do mesmo período de feriados, mais de 895 mil turistas vieram a Macau, registando-se uma taxa média de ocupação hoteleira diária na ordem dos 92 por cento. Importa salientar que estes números representaram uma quebra, comparando com a Semana Dourada de 2017, quando mais de um milhão de turistas visitaram Macau ao longo dos sete dias em análise. Palmadas nas costas Apesar deste contexto, a DST mostrou-se satisfeita com o volume de turistas. “Os resultados do número de visitantes nos feriados pelo Dia Nacional da China foram acima das expectativas, reflectindo a recuperação gradual da confiança dos visitantes em viajar para Macau. Durante os feriados verificou-se um grande fluxo de visitantes nos principais pontos e estabelecimentos turísticos, transmitindo uma mensagem positiva à indústria do turismo e sectores conexos, e contribuindo para a recuperação do turismo e da economia de Macau”, concluiu a DST. Os serviços liderados por Helena de Senna Fernandes salientam também a evolução positiva da taxa de ocupação hoteleira, que subiu perto de 30 pontos percentuais. De acordo com os dados fornecidos pelos operadores hoteleiros, a taxa de ocupação média durante os feriados pelo Dia Nacional da China foi de 66,7 por cento, um aumento de 28,1 pontos percentuais em relação a Setembro. Ao longo da semana, o dia 2 de Outubro registou o valor mais elevado com 81,8 por cento de taxa média de ocupação hoteleira. A DST justificou os bons resultados durante a Semana Dourada com as “medidas favoráveis para a passagem fronteiriça entre Macau e o Interior da China” e o “marketing de precisão e ofertas especiais” promovidas pelo Governo.
Hoje Macau SociedadeIPIM | Recusados todos os pedidos de residência temporária Nos primeiros seis meses deste ano, o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) recusou todos os pedidos iniciais de fixação de residência temporária submetidos aos seus serviços. A informação faz parte da estatística revelada na sexta-feira. Entre Janeiro e Junho, foram analisados dois pedidos de residência temporária relacionados com investimentos e sete ligados a quadros dirigentes e técnicos especializados. Todos os pedidos foram recusados ou cancelados. No que diz respeito, aos pedidos de renovação da fixação de residência temporária foram analisados 189 com 151 residências temporárias renovadas e 38 pedidos recusados ou cancelados. No mesmo período foram também avaliados oito pedidos de extensão da autorização de residência a agregados familiares, entre os quais cinco foram aprovados e três recusados/cancelados.
Hoje Macau SociedadeJogo VIP | Apenas alguns junkets sobrevivem em Macau Após a campanha contra o jogo VIP, apenas sobrevivem “algumas” parcerias entre casinos e promotoras do jogo no território. O cenário foi traçado por U Io Hong, veterano do sector junket, em declarações ao portal GGR Asia. U Io Hong é um dos empresários envolvidas nestas parcerias, com os casinos MGM Macau e MGM Cotai, ambos controlados pela empresa MGM China. No entanto, o veterano explicou que existem outras parcerias semelhantes, fora do universo da MGM. “O Governo, as concessionárias e os junkets ainda estão a tentar explorar uma forma que garanta que o jogo VIP em Macau possa funcionar no futuro”, apontou. Segundo as explicações de U, o negócio da empresa a que está ligado, a Pacific Intermediário Sociedade Unipessoal, opera algumas áreas de jogo VIP nos casinos MGM, principalmente com jogadores de outros locais que não o Interior. Esta é uma escolha feita para evitar riscos associados com jogo transfronteiriço ou com a cobrança de créditos no outro lado da fronteira.
João Luz Manchete SociedadeFidelidade Macau | Moody’s pondera rating de seguradora A agência Moody’s anunciou na sexta-feira estar a rever a posição da Fidelidade Macau na perspectiva de baixar o rating da companhia de seguros de A3 para Baa1, na sequência da revisão do rating da Fosun International Limited. A análise à situação da Fosun “reflecte principalmente o elevado risco de refinanciamento da empresa devido ao rápido e significativo declínio do valor de mercado dos seus activos cotados, reduzindo ainda mais a margem de manobra da empresa em termos financeiros”, indicou a Moody’s em comunicado. Além disso, a agência indica que a empresa enfrenta um elevado risco de execução relacionado com os vários planos de angariação de fundos enquanto a volatilidade domina o mercado de capitais e face ao aumento da aversão ao risco manifestada por investidores. A revisão do rating da Fidelidade Macau irá traduzir a preocupação da agência com o possível aumento do risco de contágio da seguradora ao enfraquecimento do perfil de crédito da Fosun. A Moody’s acrescenta que mesmo os danos na reputação da seguradora podem afectar a capacidade de crescimento e flexibilidade financeira. A nota da agência divulgada na sexta-feira acrescenta que é pouco provável que o rating da Fidelidade Macau seja revisto em alta. “Porém, a Moody’s pode alterar a perspectiva para ‘estável’ se a perspectiva de rating da Fosun regressar também à estabilidade”.
João Santos Filipe Manchete SociedadeJogo | Daisy Ho assume 10% da SJM que pertenciam a Ângela Leong Daisy Ho comprou 10 por cento da concessionária SJM Resorts a Ângela Leong por uma pataca. A movimentação surge na sequência do processo de renovação das concessões de jogo que exige que o administrador-delegado tenha 15 por cento da empresa Daisy Ho, administradora-delegada da SJM Resorts S.A., assumiu uma percentagem de 10 por cento da empresa, que anteriormente pertencia a Ângela Leong. A informação foi revelada em comunicado enviado pela empresa-mãe, a SJM Holdings, à Bolsa de Hong Kong. A SJM Resorts é a empresa responsável pela concessão do jogo em Macau e é uma das sete candidatas às novas concessões que vão ser atribuídas no concurso público que se encontra em curso. Segundo a estrutura apresentada no comunicado, a SJM Resorts tem capital social de 300 milhões de patacas, que se divide em 2,7 milhões de acções do tipo A, e 300 mil acções de tipo B, ou seja, 90 por cento e 10 por cento, respectivamente, do capital social. O documento informa que desta forma são cumpridas as exigências legais. Segundo o artigo 19.º da Lei de Jogo, o administrador-delegado das empresas precisa de ter uma proporção de 15 por cento da empresa concessionária. A transacção das acções entre Ângela Leong, anterior administradora-delegada, e Daisy Ho teve o custo de uma pataca, de acordo com o comunicado, e surge um mês depois de ter sido anunciado que Ângela Leong tinha sido substituída por Daisy Ho. Apesar das mudanças, e dado que as acções de tipo B têm algumas limitações que não se aplicam às acções de tipo A, a SJM Holdings garante que “a companhia continua e vai continuar a controlar de forma efectiva 100 por cento dos interesses comerciais da SJM Resorts”. Outras alterações Apesar de ter deixado de ser a administradora-delegada, Ângela Leong ainda faz parte do conselho de administração da empresa. No entanto, segundo o portal GGR Asia, após a assembleia-geral deste ano da empresa, Arnaldo Ho, filho de Ângela e do falecido fundador Stanley Ho, foi substituído por Eric Fok, filho de Timothy Fok, que assume igualmente as funções de co-presidente e director da SJM Holdings. A SJM Resorts tem actualmente um capital social de 300 milhões de patacas, no entanto, em Agosto foi anunciado que a empresa tinha recebido autorização do Governo para aumentar o capital social para 5 mil milhões de patacas. Estas alterações foram pensadas a pensar no concurso de atribuição das novas concessões do jogo, deve ficar finalizado até ao final do ano.
Andreia Sofia Silva SociedadePortugal | Assembleia da República analisa pedido da APOMAC A Assembleia da República vai analisar a queixa feita pela Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau (APOMAC) que defende que os reformados portugueses de Macau devem receber o suplemento extra de meia pensão anunciado pelo Executivo de António Costa. A carta enviada ao HM, e assinada pela chefe de gabinete de Augusto Santos Silva, presidente da AR, diz que o pedido será encaminhado para a Comissão de Trabalho e Segurança Social e para o gabinete da Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares para uma análise mais aprofundada.
Andreia Sofia Silva SociedadeAssistentes sociais | Paul Pun preside ao conselho profissional Paul Pun, secretário-geral da Caritas Macau, vai presidir nos próximos três anos ao Conselho Profissional dos Assistentes Sociais (CPAS), cujo novo mandato tem efeitos a partir do dia 24 deste mês. Segundo o despacho publicado ontem em Boletim Oficial, foram ainda designados os vogais, que tem como função principal a acreditação de profissionais e verificação de competências para exercerem. Desta forma, Alice Wong, do Instituto de Acção Social, Lau Ping Kuen, da Universidade Politécnica de Macau e Lok Chan Nei, da Universidade de Macau Chan Nei, da Universidade da Cidade de Macau, ambos ligados à área do serviço social, são alguns dos nomes apontados como vogais. Ng Um Ieng, da Associação dos Assistentes Sociais de Macau, faz também parte deste grupo. A entidade conta ainda com mais cinco vogais. Este é o segundo mandato do CPAS que já esteve envolto em polémica. Isto porque, em Abril, assistentes sociais, representados por uma associação de cariz sindical, queixaram-se de falta de transparência e problemas na nomeação dos seus representantes no órgão.
João Santos Filipe Manchete SociedadeComunidade | Amélia António admite que saídas ultrapassam entradas É cada vez mais difícil de convencer os portugueses a virem pela primeira vez para Macau, devido às medidas contra a pandemia. No entanto, alguns residentes que estiveram fora estão a regressar A presidente da Casa de Portugal, Amélia António, admite que as saídas de portugueses de Macau estão a acontecer a um ritmo mais elevado do que as entradas. O cenário foi traçado na quarta-feira, 5 de Outubro, à margem da cerimónia de celebração da Implementação da República em Portugal, e traz novos desafios para as instituições e comunidade portuguesa. “Sei que há professores que vieram [para o território]. Nós temos muitas falhas nos nossos formadores, porque temos gente a sair sem que entre outra para o mesmo lugar. Portanto, não há um movimento [de entradas] que seja assim visível”, afirmou Amélia António, em declarações ao Canal Macau. Na visão da presidente da Casa de Portugal um dos entraves é a exigência de quarentena para quem chega do exterior. “Quem vem de novo, sabendo que vem para passar primeiro pela quarentena, e também pelo que se ouve das dificuldades que se têm vivido estes anos é difícil trazer gente que venha de novo para o território”, justificou. No movimento contrário há residentes que estão a voltar ao território, depois de algum tempo fora. “Há pessoas que são residentes e que por qualquer razão ficaram fora e não puderam regressar. Agora estão a aproveitar para regressar. Acho que se nota”, afirmou a dirigente da Casa de Portugal. Ainda assim, as entradas não compensam as saídas: “Não vejo a compensação do número que tem saído”, reconheceu. Na corda bamba Em relação à situação actual, e às políticas contra a pandemia, Amélia António admitiu que ainda é cedo para perceber o que vai acontecer nos próximos temos, mas que é necessário manter a esperança. “Actualmente, ainda é cedo para percebemos o que vai acontecer. Há esperança, há expectativa, mas é muito cedo”, indicou. “De um momento para o outro, enquanto o horizonte continuar a ser que ao menor sinal é preciso fechar, tomar medidas drásticas, vivemos na corda bamba, é como estar em cima do arame”, considerou. A CPM celebrou na quarta-feira o 112.º aniversário de Implementação da República e como tradicionalmente acontece foram entregues prémios aos melhores estudantes de português. “Há anos que decidimos que o 5 de Outubro seria sempre lembrado com a entrega dos prémios aos melhores alunos do ano. Fizemos uma ligação entre uma coisa e outra porque era uma maneira de atingir dois objectivos fundamentais”, explicou. “O que não podemos deixar de fazer, em circunstância nenhuma, é de assinalar a data e de assinalá-la da forma que julgamos mais importante, que é dando o destaque necessário à língua portuguesa”, vincou.
Hoje Macau SociedadeFeira de Emprego | Mais de 1.100 vagas este fim-de-semana Mais de 1.100 ofertas de emprego serão proporcionadas na “Feira de emprego para jovens 2022”, que se realiza no sábado e domingo no salão de convenções do Venetian Macao, anunciou ontem a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL). O evento organizado pela Associação de Nova Juventude Chinesa de Macau, a Associação Geral de Estudantes Chong Wa de Macau e a DSAL terá ainda 20 palestras temáticas dos vários sectores da economia representados no certame. A feira de emprego irá contar com a participação de mais de 70 empresas, número equivalente ao ano anterior. Deste conjunto, oito são provenientes do Interior de China, enquanto as restantes empresas/entidades estão sediadas em Macau. Cerca de 70 por cento das empresas presentes operam nos sectores do turismo e lazer, de comércio a retalho, financeiro, tecnologias de informação e comunicação e engenharia electro-mecânica. Para prestar apoio aos jovens na busca de emprego, serão organizados workshops de simulação de entrevista, redação de curriculum vitae para candidatura de emprego, serviços de apoio ao empreendedorismo juvenil, assim como formações sobre relações laborais.
Hoje Macau SociedadeAMCM | Depósitos de residentes cresceram em Agosto Os depósitos de residentes subiram em Agosto 1,2 por cento em comparação com o mês anterior, tendo atingido um total de 668,8 mil milhões de patacas, indicou ontem a Autoridade Monetária de Macau (AMCM). Também os depósitos de não-residentes cresceram 6 por cento, atingindo 346,8 mil milhões de patacas. Os depósitos do sector público na actividade bancária acompanharam a tendência de ligeiro crescimento durante o mês de Agosto, 0,7 por cento, para um valor total de 262,3 mil milhões de patacas. No cômputo geral, o total dos depósitos da actividade bancária registou um crescimento de 2,3 por cento quando comparado com Julho, tendo atingido 1.277,9 mil milhões de patacas. O dólar de Hong Kong continua a ser a moeda mais utilizada nos depósitos (com 46,5 por cento), seguido do dólar norte-americano (23,7 por cento), a pataca (19,9 por cento) e o renminbi (7,6 por cento). No capítulo dos empréstimos internos ao sector privado, a AMCM dá conta de um crescimento de 0,3 por cento em relação ao mês anterior, atingindo 564 mil milhões de patacas. Os empréstimos ao exterior decresceram 1,7 por cento, para um total de 749,7 mil milhões de patacas. Como resultado, os empréstimos ao sector privado decresceram 0,9 por cento em relação ao mês anterior, fixando-se em 1.313,7 mil milhões de patacas.
João Luz Manchete SociedadeTNR | Quase 3.700 deixaram Macau em Agosto Durante o mês de Agosto, quase 3.700 trabalhadores não-residentes saíram de Macau, no rescaldo do surto de covid-19 que começou 18 de Junho. Os sectores da hotelaria e restauração foram os mais afectados. Desde o início de Junho, mais de 11.000 não-residentes abandonaram a RAEM O número de trabalhadores não-residentes (TNR) em Macau diminuiu em quase 3.700 em Agosto, o mês a seguir ao pior surto de covid-19 que Macau enfrentou desde o início da pandemia. Segundo dados da Polícia de Segurança Pública, no final de Agosto, Macau tinha pouco mais de 154 mil trabalhadores sem estatuto de residente, com mais de metade (quase 106.300) oriundos do Interior da China. As estatísticas, divulgadas ontem pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, revelam que foram também os trabalhadores não-residentes da China os mais afectados (menos 2.100) pela diminuição sentida em Agosto, seguidos pelos do Vietname (menos 500). O sector da hotelaria e restauração foi o mais atingido pela queda, tendo perdido mais de 1.100 funcionários sem estatuto de residente em Agosto. Desde o início de Junho, Macau viu o número de trabalhadores não-residentes diminuir em mais de 11.200. Desde que Macau fechou as fronteiras a estrangeiros sem o estatuto de residente, em Março de 2020, perdeu quase 19 por cento da mão-de-obra não-residente, com cerca de 35.500 pessoas a ficarem sem emprego, situação que legalmente os obriga a abandonar a cidade. Tendência do ano Em Abril deste ano, o território tinha levantado as restrições fronteiriças a trabalhadores filipinos, estudantes universitários e profissionais do ensino estrangeiros, como professores portugueses. A isenção foi mais tarde alargada a trabalhadores oriundos da Indonésia. No início de Setembro, Macau passou a permitir a entrada de todos os trabalhadores não-residentes, assim como viajantes de 41 países, incluindo o Brasil, e familiares de residentes. Apesar da diminuição do número de trabalhadores não-residentes, a taxa de desemprego em Macau atingiu 4,3 por cento entre Junho e Agosto, o valor mais elevado desde 2004. No final de Setembro, o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, anunciou que a China iria voltar a permitir excursões organizadas e emitir vistos electrónicos para visitas a Macau, até Novembro, para “promover a recuperação do dinamismo económico” da cidade.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeDiplomacia | Alexandre Leitão é o novo cônsul de Portugal em Macau Alexandre Leitão será o próximo cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong. O diplomata chega à RAEM depois de passar por Angola, Senegal e por cargos na União Europeia, ao longo de uma carreira com mais de duas décadas Chegado a Macau em Outubro de 2018, Paulo Cunha Alves está de saída do cargo de cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong. A notícia da sua substituição foi avançada ontem pela TDM – Rádio Macau, que aponta ainda o nome do diplomata Alexandre Leitão para o cargo de cônsul-geral na RAEM. O HM pediu uma reacção a Paulo Cunha Alves, mas até ao fecho desta edição não foi possível obter respostas às nossas questões. Alexandre Leitão entrou para a carreira diplomática em 1999, assumindo funções consulares em Benguela e Senegal, além de ter sido Chefe dos Assuntos do Parlamento Europeu na Representação de Portugal junto da União Europeia, em Bruxelas. O futuro líder da representação diplomática de Portugal em Macau foi ainda embaixador da União Europeia em Timor-Leste. Ainda na área diplomática, Alexandre Leitão foi conselheiro do primeiro-ministro, António Costa, assessor do secretário de Estado da Administração Pública e da Modernização Administrativa. Fez ainda assessoria para o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas. Natural de Coimbra, o diplomata licenciou-se em Geografia na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e começou por ser professor. Além disso, é formado em Administração Autárquica pelo Centro de Estudos e Formação Autárquica, além de possuir um mestrado em Ciência Política e Relações Internacionais pela Universidade Católica Portuguesa. Mandato pandémico Em Outubro de 2018, Paulo Cunha Alves afirmava que, no novo cargo diplomático em Macau, pretendia apostar numa “diplomacia cultural” através de uma “estreita cooperação” com o Instituto Português do Oriente (IPOR), como com o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua. À data, Paulo Cunha Alves vinha do cargo de embaixador de Portugal na Austrália, Nova Zelândia e Estados do Pacífico Sul, substituindo Vítor Sereno. O ainda cônsul tinha também como prioridade o aprofundamento dos laços comerciais e económicos entre Portugal e Macau. Porém, grande parte do mandato de Paulo Cunha Alves acabou por ficar marcado pela pandemia e pelos entraves na circulação de bens e pessoas que afectaram toda a sociedade, mas também a comunidade portuguesa a residir em Macau.
Hoje Macau SociedadeDST | Média de visitantes próxima dos 30 mil por dia Nos primeiros quatro dias da Semana Dourada, a média diária de visitantes a entrar em Macau foi de 29.309, de acordo com a Direcção de Serviços de Turismo (DST). Os números estão próximos da estimativa de 30 mil visitantes por dia avançada pela DST. “Nos primeiros quatro dias da semana dourada entraram em Macau 117.189 visitantes, numa média diária de 29.297 visitantes. O valor representou mais 2.172,8 por cento em comparação com a média do número de visitantes diário (1.289) registado na semana dourada pelo 1 de Outubro em 2021, e mais 49,5 por cento em relação à média diária de Setembro de 2022 (19.601)”, afirmou a DST sobre os números. De acordo com a mesma fonte, a entrada de 37.442 turistas no primeiro dia de Outubro significa que foi “o segundo dia com mais visitantes diários” este ano. Após a entrada de 37.442, no dia seguinte o número de entradas desceu para 28.235 visitantes, e 25.852 a 3 de Outubro. No dia 4, houve uma nova queda nas entradas, para 25.706 visitantes. Por outro lado, a taxa de ocupação hoteleira dos primeiros três dias do mês foi de 80,6 por cento. “A taxa de ocupação média dos estabelecimentos hoteleiros de 1 a 3 de Outubro foi de 80,6 por cento, mais 32,5 pontos percentuais em relação à taxa de ocupação média dos três primeiros dias da semana dourada pelo 1 de Outubro de 2021 (48,1 por cento)”, foi revelado pela DST. “O preço médio por quarto dos estabelecimentos hoteleiros foi de 957,7 patacas, marcando um aumento de 23,9 por cento, em comparação com os três primeiros dias da semana dourada pelo 1 de Outubro de 2021”, foi acrescentado.
Hoje Macau SociedadeJogo em Portugal | Estoril Sol tenta nova concessão As propostas para a concessão da exploração das zonas de jogo do Estoril e Figueira da Foz foram abertas na segunda-feira e encontram-se, “neste momento”, em fase de “análise”, divulgou o Ministério da Economia e Mar do Governo português. Em comunicado, o ministério tutelado por António Costa Silva refere que “o prazo para a apresentação de propostas para a concessão da exploração das zonas de jogo do Estoril (casinos do Estoril e de Lisboa) e da Figueira da Foz terminou na passada sexta-feira, dia 30 de Setembro”. A Estoril Sol, fundada por Stanley Ho e liderada actualmente por Pansy Ho, apresentou proposta para a concessão da zona de jogo do Estoril e revelou que foram apresentadas duas candidaturas neste âmbito, de acordo com um comunicado enviado posteriormente à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). “Na sequência do anúncio do concurso público internacional para atribuição da concessão da Zona de Jogo do Estoril, publicado no D.R. [Diário da República], de 19 de Agosto de 2022, a Estoril-Sol, SGPS, SA, informa que no dia de hoje, 03-10-2022, o júri do concurso procedeu à publicação da lista de propostas, verificando-se que há duas propostas submetidas na plataforma electrónica do concurso”, referiu a empresa. Valor inferior O grupo informou que “a proposta concorrente apresenta, na sua globalidade, um valor superior ao da proposta apresentada” pela sua subsidiária Estoril Sol (III) S.A., adiantando “que irão decorrer agora os prazos para que o júri analise e avalie as propostas apresentadas”. Os contratos de concessão dos dois casinos tinham terminado no final de 2020, mas foram prolongados por dois anos devido ao impacto da pandemia. Em 19 de Agosto, os anúncios dos concursos para as concessões dos casinos do Estoril e da Figueira da Foz foram publicados em Diário da República, prevendo uma duração contratual de 15 anos, renováveis por cinco anos. O casino Estoril é explorado pela Estoril Sol e o da Figueira da Foz concessionado à Amorim Turismo.
João Santos Filipe Manchete SociedadeJogo | Receitas caíram 50% durante o mês de Setembro Com um valor de 2,96 mil milhões de patacas as receitas dos casinos registaram em Setembro mais uma quebra, agora de 49,6 por cento face ao período homólogo de 2021. Em relação a Agosto, as receitas referentes ao mês passado cresceram Em Setembro deste ano, os casinos de Macau encaixaram 2,96 mil milhões de patacas, que representou uma quebra de 49,6 por cento face ao período homólogo, dado que no ano passado os casinos tinham apurado receitas de 5,88 mil milhões de patacas. Os números foram revelados no sábado pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ). Porém, as receitas cresceram 35,3 por cento, em comparação com Agosto deste ano, quando o montante deixado pelos apostadores nos casinos do território tinha sido de 2,19 mil milhões de patacas. Em relação aos primeiros nove meses do ano, as estatísticas dão conta de uma quebra nas receitas de 53,1 por cento, de 67,79 mil milhões de patacas, para 31,82 mil milhões de patacas, entre Janeiro e Setembro deste ano. No início de Setembro a RAEM voltou a autorizar a entrada de viajantes com a nacionalidade de 41 países, além dos que têm nacionalidade chinesa e portuguesa. Apesar disso, todos os que vêm de fora, e ao contrário do que acontece com as pessoas vindas do Interior, continuam obrigados a cumprir quarentena, de pelo menos sete dias. Copo meio cheio Se, por um lado, os números mostram que as receitas continuam em níveis inferiores aos do ano passado, por outro, a agência de notação financeira Fitch Ratings, mostra-se confiante no mercado local. No entanto, Colin Mansfield, líder do departamento do Sector de Jogos, Hotelaria e Lazer dos EUA, acredita que o mercado local está consolidado e que assim que forem levantadas as restrições de circulação Macau vai voltar a assumir-se como o principal mercado do jogo do mundo. “As outras jurisdições do jogo mostraram uma procura e recuperação fortes, logo que as restrições de viagem foram levantadas, sendo esta a razão que leva a que Macau esteja atrasada em relação ao resto do mundo”, indicou Colin Mansfield. “No longo prazo, a Fitch continua a acreditar que Macau vai ter o maior mercado do jogo do mundo e que não vai perder a quota de mercado para outras jurisdições concorrentes da região Ásia-Pacífico”, acrescentou. A Fitch argumenta ainda que Macau tem duas grandes vantagens em relação a outras jurisdições, que passam pela proximidade com o Interior e o facto de ter quase 40 casinos, prontos para servir diferentes tipos de clientes.