Hoje Macau PolíticaPanfletos | IC acusa jovens que apoiaram manifestações em Hong Kong [dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural vai apresentar uma acusação contra os dois jovens que afixaram panfletos solidários com os protestos em Hong Kong e contra o sistema de vídeo vigilância e que já haviam sido multados, mas não acusados pelo crime de dano. De acordo com a TDM – Rádio Macau, os jovens vão ser acusados de dano em edifícios de interesse arquitectónico, que tem uma pena máxima de três anos de prisão. De acordo com o portal Macau Concealers, os dois saíram das instalações do comissariado da Polícia de Segurança Pública, por volta das 22h do dia 1 de Outubro. Os indivíduos foram multados por violação do Catálogo das infracções do Regulamento Geral dos Espaços Públicos, mais concretamente por “afixar mensagens publicitárias de forma que contrarie as disposições regulamentares ou o teor das condições estabelecidas na licença”. Neste caso, foram penalizados por infracções comuns. Numa publicação no Facebook, o deputado Sulu Sou insurgiu-se contra esta situação, em primeiro lugar por entender que a gestão, monitorização e autoridade sobre os lugares públicos pertence ao Instituto para os Assuntos Municipais. Ou seja, a afixação de panfletos não é um caso de polícia, na visão do pró-democrata. Sulu Sou acrescenta ainda que os implicados tinham dez dias para contestar a acusação de que eram alvo. No aspecto legal, Sulu Sou sublinha que a lei não deveria distinguir o conteúdo das mensagens, que podem ser anúncios para arrendar casa, empréstimos privados ou slogans políticos. Todos deveriam ser tratados por igual, de acordo com a lei. “Estas aplicações duras e políticas da lei são contrárias à intenção do legislador. São típicas de um Governo que tem uma sensibilidade extrema, que provoca medo e que inibe a liberdade de expressão. Não são actos de um bom Governo”, comentou o deputado.
Hoje Macau PolíticaPanfletos | IC acusa jovens que apoiaram manifestações em Hong Kong [dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural vai apresentar uma acusação contra os dois jovens que afixaram panfletos solidários com os protestos em Hong Kong e contra o sistema de vídeo vigilância e que já haviam sido multados, mas não acusados pelo crime de dano. De acordo com a TDM – Rádio Macau, os jovens vão ser acusados de dano em edifícios de interesse arquitectónico, que tem uma pena máxima de três anos de prisão. De acordo com o portal Macau Concealers, os dois saíram das instalações do comissariado da Polícia de Segurança Pública, por volta das 22h do dia 1 de Outubro. Os indivíduos foram multados por violação do Catálogo das infracções do Regulamento Geral dos Espaços Públicos, mais concretamente por “afixar mensagens publicitárias de forma que contrarie as disposições regulamentares ou o teor das condições estabelecidas na licença”. Neste caso, foram penalizados por infracções comuns. Numa publicação no Facebook, o deputado Sulu Sou insurgiu-se contra esta situação, em primeiro lugar por entender que a gestão, monitorização e autoridade sobre os lugares públicos pertence ao Instituto para os Assuntos Municipais. Ou seja, a afixação de panfletos não é um caso de polícia, na visão do pró-democrata. Sulu Sou acrescenta ainda que os implicados tinham dez dias para contestar a acusação de que eram alvo. No aspecto legal, Sulu Sou sublinha que a lei não deveria distinguir o conteúdo das mensagens, que podem ser anúncios para arrendar casa, empréstimos privados ou slogans políticos. Todos deveriam ser tratados por igual, de acordo com a lei. “Estas aplicações duras e políticas da lei são contrárias à intenção do legislador. São típicas de um Governo que tem uma sensibilidade extrema, que provoca medo e que inibe a liberdade de expressão. Não são actos de um bom Governo”, comentou o deputado.
Andreia Sofia Silva PolíticaDados Pessoais | Aplicadas sanções em apenas dez por cento dos casos O relatório anual do Gabinete de Protecção de Dados Pessoais (GPDP) relativo ao ano passado mostra que mais de 90 por cento das queixas apresentadas levaram à abertura de processos de investigação. No entanto, apenas dez por cento dos casos originaram a aplicação de sanções [dropcap]F[/dropcap]oi ontem divulgado o relatório anual do Gabinete de Protecção dos Dados Pessoais (GPDP) relativo a 2018, com os dados a revelarem que são poucas as sanções aplicadas pelo organismo público, apesar das inúmeras investigações desenvolvidas. De um total de 208 processos investigados e concluídos, apenas 10,6 por cento resultou na aplicação de sanções a entidades privadas e indivíduos, tendo sido feitas sugestões em 19,7 por cento das situações. No total, o GPDP tratou de 330 casos de investigação, sendo que a maioria deles teve início em 2017. Apesar da baixa percentagem de casos que culmina em sanções, a verdade é que o GPDP investiga quase todas as queixas que recebe. No ano passado, 90,8 por cento dos processos foram instaurados após apresentação de queixas por parte dos cidadãos. “Mais de metade dos alvos de investigação é de entidades privadas, excedendo a metade do número total dos alvos de investigação”, aponta o comunicado. Em 59,6 por cento dos casos, as queixas versam sobre a falta de legitimidade do tratamento de dados, enquanto que 22,9 por cento se refere “à não observância dos princípios de tratamento dos dados”. Além das queixas, o GPDP recebe também pedidos de consulta sobre a área dos dados pessoais, tendo recebido um total de 1.829 pedidos o ano passado. “Uma grande quantidade das consultas recebidas é sobre a notificação e a autorização, representando 36,7 por cento do número total das consultas. As consultas sobre condições de legitimidade do tratamento de dados pessoais ocupam o segundo lugar, com uma percentagem de 30,2 por cento”, aponta o relatório. Mais em menos tempo Yang Chongwei, Coordenador do GPDP, aponta no relatório que o organismo conseguiu melhorar o seu funcionamento. Em 2018, o GPDP “aumentou a taxa de conclusão de tratamento anual, diminuindo o tempo de tratamento médio dos vários trabalhos, o que responde eficazmente às solicitações dos cidadãos e dos requerentes das instituições públicas e privadas”. Foi também feita uma “distribuição activa dos recursos humanos e uma optimização dos trabalhos”. No que diz respeito a projectos públicos relacionados com a instalação de câmaras de videovigilância ou a construção de uma cidade inteligente, o GPDP diz ter estado atento à questão da protecção dos dados pessoais. Foram, assim, realizados “trabalhos por sua iniciativa fora do gabinete” e acções de fiscalização à situação de protecção de dados pessoais por meio de visitas no local e intercâmbios multipartidários. Ademais, o GPDP ainda auxiliou os diferentes serviços públicos a ponderar activamente a introdução das medidas técnicas e organizativas adequadas, no intuito de desenvolver o papel de coordenação e supervisão do GPDP”, conclui o relatório.
Andreia Sofia Silva PolíticaDados Pessoais | Aplicadas sanções em apenas dez por cento dos casos O relatório anual do Gabinete de Protecção de Dados Pessoais (GPDP) relativo ao ano passado mostra que mais de 90 por cento das queixas apresentadas levaram à abertura de processos de investigação. No entanto, apenas dez por cento dos casos originaram a aplicação de sanções [dropcap]F[/dropcap]oi ontem divulgado o relatório anual do Gabinete de Protecção dos Dados Pessoais (GPDP) relativo a 2018, com os dados a revelarem que são poucas as sanções aplicadas pelo organismo público, apesar das inúmeras investigações desenvolvidas. De um total de 208 processos investigados e concluídos, apenas 10,6 por cento resultou na aplicação de sanções a entidades privadas e indivíduos, tendo sido feitas sugestões em 19,7 por cento das situações. No total, o GPDP tratou de 330 casos de investigação, sendo que a maioria deles teve início em 2017. Apesar da baixa percentagem de casos que culmina em sanções, a verdade é que o GPDP investiga quase todas as queixas que recebe. No ano passado, 90,8 por cento dos processos foram instaurados após apresentação de queixas por parte dos cidadãos. “Mais de metade dos alvos de investigação é de entidades privadas, excedendo a metade do número total dos alvos de investigação”, aponta o comunicado. Em 59,6 por cento dos casos, as queixas versam sobre a falta de legitimidade do tratamento de dados, enquanto que 22,9 por cento se refere “à não observância dos princípios de tratamento dos dados”. Além das queixas, o GPDP recebe também pedidos de consulta sobre a área dos dados pessoais, tendo recebido um total de 1.829 pedidos o ano passado. “Uma grande quantidade das consultas recebidas é sobre a notificação e a autorização, representando 36,7 por cento do número total das consultas. As consultas sobre condições de legitimidade do tratamento de dados pessoais ocupam o segundo lugar, com uma percentagem de 30,2 por cento”, aponta o relatório. Mais em menos tempo Yang Chongwei, Coordenador do GPDP, aponta no relatório que o organismo conseguiu melhorar o seu funcionamento. Em 2018, o GPDP “aumentou a taxa de conclusão de tratamento anual, diminuindo o tempo de tratamento médio dos vários trabalhos, o que responde eficazmente às solicitações dos cidadãos e dos requerentes das instituições públicas e privadas”. Foi também feita uma “distribuição activa dos recursos humanos e uma optimização dos trabalhos”. No que diz respeito a projectos públicos relacionados com a instalação de câmaras de videovigilância ou a construção de uma cidade inteligente, o GPDP diz ter estado atento à questão da protecção dos dados pessoais. Foram, assim, realizados “trabalhos por sua iniciativa fora do gabinete” e acções de fiscalização à situação de protecção de dados pessoais por meio de visitas no local e intercâmbios multipartidários. Ademais, o GPDP ainda auxiliou os diferentes serviços públicos a ponderar activamente a introdução das medidas técnicas e organizativas adequadas, no intuito de desenvolver o papel de coordenação e supervisão do GPDP”, conclui o relatório.
João Santos Filipe PolíticaPequim | Jornal estatal elogia saúde de Macau e critica Hong Kong Um artigo de opinião do Global Times elogia a abertura do primeiro curso de medicina em Macau desde o estabelecimento português, em 1557, e aponta um futuro risonho para a RAEM, que é tida como um exemplo na área da saúde [dropcap]O[/dropcap] tablóide estatal Global Times publicou um artigo a elogiar os feitos de Macau, com um grande enfoque na área da saúde, com a abertura do curso de medicina na Universidade de Ciência e Tecnologia (MUST), e as acções de “plataforma” com os diferentes países de língua portuguesa. O texto de opinião está assinado por Christopher Cottrell, mas ao contrário de outros artigos assinados pelo mesmo “autor” não há uma referência ao facto de não representar a opinião da direcção do jornal. “De uma forma geral, nestes dias Hong Kong está a tornar-se doente e Macau está a tornar-se num farol de saúde com medicina de qualidade, que através da primeira escola de medicina vai abraçar não só os irmãos e irmãs em Cantão, mas também dos países de língua portuguesa que se espalham pelo mundo”, é escrito. “Quando Macau celebrar o aniversário dos 20 anos da transição, em Dezembro, vai tornar-se claro para muitos que Macau tem um novo papel a desempenhar na região e que vai ter objectivos cada vez mais altos na História”, é acrescentado. De acordo com o mesmo artigo, “Macau, outra região administrativa da China, está rapidamente a liderar o desenvolvimento da Grande Baía” em áreas como a medicina e a cooperação regional económica e cultural. É a área da saúde que recebe maior atenção com o artigo a apontar o exemplo da escola de medicina, a primeira a ser aberta, segundo o artigo, desde o estabelecimento dos portugueses em 1557. Por outro lado, é ainda dado o exemplo do Parque de Medicina Tradicional Chinesa que a RAEM abriu na Ilha da Montanha, de Zhuhai. “Ao abraçar a medicina tradicional da China em Zhuhai, Macau está a abraçar de forma muito calorosa as suas raízes chinesas”, é destacado. Diversificação acelerada No que diz respeito aos elogios à RAEM, o outro grande louvor passa pela “aceleração da diversificação económica que está a ser testemunhada além da habitual economia do jogo”. Sobre as relações com os países de língua portuguesa, são recordadas as palavras de Ho Iat Seng, futuro Chefe do Executivo, que prometeu que o seu governo vai “intensificar a cooperação bilateral e multilateral para estar à altura dos padrões do princípio ‘um país, dois sistemas’”. O artigo defende que com esta postura, Ho vai levar aos países de língua portuguesa os benefícios da iniciativa liderada pelo Presidente Xi Jinping “Uma Faixa, Uma Rota”.
João Santos Filipe PolíticaPequim | Jornal estatal elogia saúde de Macau e critica Hong Kong Um artigo de opinião do Global Times elogia a abertura do primeiro curso de medicina em Macau desde o estabelecimento português, em 1557, e aponta um futuro risonho para a RAEM, que é tida como um exemplo na área da saúde [dropcap]O[/dropcap] tablóide estatal Global Times publicou um artigo a elogiar os feitos de Macau, com um grande enfoque na área da saúde, com a abertura do curso de medicina na Universidade de Ciência e Tecnologia (MUST), e as acções de “plataforma” com os diferentes países de língua portuguesa. O texto de opinião está assinado por Christopher Cottrell, mas ao contrário de outros artigos assinados pelo mesmo “autor” não há uma referência ao facto de não representar a opinião da direcção do jornal. “De uma forma geral, nestes dias Hong Kong está a tornar-se doente e Macau está a tornar-se num farol de saúde com medicina de qualidade, que através da primeira escola de medicina vai abraçar não só os irmãos e irmãs em Cantão, mas também dos países de língua portuguesa que se espalham pelo mundo”, é escrito. “Quando Macau celebrar o aniversário dos 20 anos da transição, em Dezembro, vai tornar-se claro para muitos que Macau tem um novo papel a desempenhar na região e que vai ter objectivos cada vez mais altos na História”, é acrescentado. De acordo com o mesmo artigo, “Macau, outra região administrativa da China, está rapidamente a liderar o desenvolvimento da Grande Baía” em áreas como a medicina e a cooperação regional económica e cultural. É a área da saúde que recebe maior atenção com o artigo a apontar o exemplo da escola de medicina, a primeira a ser aberta, segundo o artigo, desde o estabelecimento dos portugueses em 1557. Por outro lado, é ainda dado o exemplo do Parque de Medicina Tradicional Chinesa que a RAEM abriu na Ilha da Montanha, de Zhuhai. “Ao abraçar a medicina tradicional da China em Zhuhai, Macau está a abraçar de forma muito calorosa as suas raízes chinesas”, é destacado. Diversificação acelerada No que diz respeito aos elogios à RAEM, o outro grande louvor passa pela “aceleração da diversificação económica que está a ser testemunhada além da habitual economia do jogo”. Sobre as relações com os países de língua portuguesa, são recordadas as palavras de Ho Iat Seng, futuro Chefe do Executivo, que prometeu que o seu governo vai “intensificar a cooperação bilateral e multilateral para estar à altura dos padrões do princípio ‘um país, dois sistemas’”. O artigo defende que com esta postura, Ho vai levar aos países de língua portuguesa os benefícios da iniciativa liderada pelo Presidente Xi Jinping “Uma Faixa, Uma Rota”.
Andreia Sofia Silva PolíticaEleições em Portugal | Consulados e língua portuguesa em destaque nos programas políticos É já este domingo que têm lugar as eleições legislativas em Portugal que determinam, não só a nova composição da Assembleia República, como elegem o próximo primeiro-ministro. No Círculo Fora da Europa, os programas dos partidos políticos portugueses com assento parlamentar têm como temas comuns o funcionamento da rede consular e o ensino da língua portuguesa [dropcap]Q[/dropcap]uestões políticas e económicas de cariz nacional à parte, os programas dos partidos políticos que este domingo, 6 de Outubro, vão a votos em Portugal destacam, para o Círculo Fora da Europa, dois assuntos que são talvez mais próximos a quem há muito vive fora do país, e que se prendem com o funcionamento dos consulados e com o ensino da língua portuguesa. Este domingo decorrem as eleições legislativas que vão decidir que deputados se vão sentar na Assembleia da República (AR) nos próximos anos, e também quem será o primeiro-ministro de Portugal. Os dois partidos portugueses com maior representatividade na AR partem com vantagem no Círculo Fora da Europa por motivos distintos. José Cesário é o líder da lista pelo Partido Social-Democrata (PSD) e apresenta um programa para o Círculo Fora da Europa que vai buscar muito do trabalho que tem desenvolvido nos últimos anos como deputado pelo círculo da emigração. Do lado do Partido Socialista (PS), a lista liderada por Augusto Santos Silva é uma forte aposta partidária para este círculo e parte com a vantagem de o partido ter estado no Governo nos últimos quatro anos, apoiado pelo Bloco de Esquerda (BE) e o Partido Comunista Português (PCP). Do lado do PSD, José Cesário, que foi secretário de Estado das Comunidades Portuguesas no anterior Executivo, destaca o facto de “a modernização do consulado-geral de Macau, até há quatro anos, ter sido uma prioridade, tendo sido nesse período que iniciámos as permanências culturais itinerantes, que tantos milhares de pessoas tem servido”. Na área dos serviços consulares, a lista liderada por José Cesário defende o aumento da validade dos passaportes portugueses de cinco para dez anos, para melhorar o fluxo de atendimento nos consulados. Neste ponto, o actual deputado recorda que o PSD “procurou interpelar permanentemente o actual Governo, alertando-o para o inadmissível aumento dos atrasos no processamento de inúmeros documentos essenciais para a vida dos portugueses no estrangeiro, como o registo das nacionalidades, os passaportes e os cartões de cidadão”. O PSD pretende apostar no “reforço dos meios do Consulado de Macau e das condições profissionais dos seus funcionários”, sem esquecer uma maior “rapidez na apreciação dos pedidos de visto para estudantes e empresários de Macau, Hong Kong e China”. Do lado do PS, a aposta é também promover “a expansão da rede consular pela via da criação de novos consulados e escritórios consulares, assim como a melhoria das condições de recrutamento, remuneração e trabalho dos respectivos funcionários”. Além disso, a lista encabeçada por Augusto Santos Silva, actual ministro dos Negócios Estrangeiros, promete “um novo modelo de gestão consular “que utilize sistematicamente plataformas digitais”. No caso do BE, cuja lista pelo Círculo Fora da Europa é liderada por João Branco, é proposto o “reforço dos serviços públicos consulares”. O CDS-PP tem também, neste domínio, uma palavra a dizer relativamente ao funcionamento da rede consular. A lista é liderada por Gonçalo Nuno Santos e tem a advogada de Macau Joana Alves Cardoso como membro. No programa para o Círculo Fora da Europa, é proposta a criação de “consulados de proximidade” que, de acordo com Joana Alves Cardoso, “terão de ter uma comunicação diferente com os cidadãos e os utentes do consulado, que crie mecanismos de proximidade que não se prendam com os serviços consulares propriamente ditos”. Nesta área, o PCP pretende “assegurar serviços públicos essenciais”, como é o caso da rede consular, apostando numa “política salarial para os trabalhadores consulares tendo em conta a disparidade das moedas e o nível de vida nos países de acolhimento e a diminuição da carga horária, para os trabalhadores em residências diplomáticas no exterior e o respeito pelos seus direitos”. Ensino do português A estratégia para o ensino do português no estrangeiro é outro dos tópicos que mais se encontra nos programas políticos dos partidos com assento parlamentar. O PS defende “a renovação e modernização da rede do ensino português no estrangeiro, melhorando o uso de tecnologias digitais e de educação à distância, prosseguindo a integração curricular nos sistemas de ensino locais e assegurando maiores níveis de certificação de competências adquiridas”. O PSD vai mais longe e apresenta medidas específicas para a Escola Portuguesa de Macau (EPM), propondo um “desenvolvimento do seu projecto pedagógico de forma a garantir a sua melhor inserção no Oriente”. No campo educativo, o BE defende “o restabelecimento da gratuitidade das aulas de português no estrangeiro”, bem como o “aprofundamento da missão e reforço dos recursos do Instituto Camões (IC) e da RTP África e RTP Internacional”. No que diz respeito às propinas no ensino da língua portuguesa, o PCP apresenta uma medida semelhante à do Bloco. Defende-se no programa político “uma política que promova a preservação e expansão da língua materna, no ensino de português no estrangeiro, desde logo com a eliminação da propina para o ensino secundário”, além de se pretender “garantir a gratuitidade dos manuais escolares”. Além de abordar o tema da EPM e a continuação do seu projecto educativo, o CDS-PP aponta também para a necessidade de uma avaliação do novo acordo ortográfico, “tanto no uso da língua como a nível internacional”. É ainda objectivo do partido “reforçar e valorizar o papel do IC enquanto entidade nacional responsável pela direcção, coordenação e supervisão da política de cooperação”. “Trabalharemos na promoção do ensino do português como âncora da política da diáspora, mantendo os seus factores de qualidade, através da avaliação e certificação das aprendizagens, e procurando atingir um maior equilíbrio entre comunidades da Europa e fora da Europa, com vantagem para os estudantes, para as famílias e para os professores”, acrescenta o mesmo programa. Papel das comunidades Para os próximos quatro anos é também defendido um maior reforço no papel que a Diáspora portuguesa desempenha em várias áreas, sobretudo na economia. Todos os partidos defendem a sua importância. O CDS-PP quer apostar “no envolvimento das comunidades portuguesas na internacionalização da economia portuguesa através do desenvolvimento de mecanismos financeiros atractivos”. Neste sentido, o partido acredita que “é possível criar condições para o surgimento de fundos de capital de risco, subscritos por elementos das comunidades portuguesas, com vista a apoiar a entrada de empresas portuguesas nos mercados dos países nos quais residem”. O PS pretende apostar numa “valorização do património e criação cultural própria das comunidades”, bem como desenvolver o programa Regressar, destinado a emigrantes que pretendam voltar a Portugal e que visa a concessão de apoios financeiros. Na área fiscal, o PSD apresenta várias medidas como a “eliminação da obrigatoriedade de nomeação de representante fiscal para os residentes no estrangeiro” e também o “acompanhamento da garantia do pagamento das pensões dos aposentados que se reformaram na antiga administração portuguesa e da continuidade da Isenção do IRS à luz da Convenção entre o Governo de Portugal e o Governo de Macau para Evitar a Dupla Tributação”. É também objectivo da lista de José Cesário “acompanhar com grande atenção a aplicação desta isenção de IRS aos macaenses que regressaram a Macau após aposentação dos quadros de Portugal”. No caso do PAN – Pessoas, Animais, Natureza, que tem apenas um deputado na AR, André Silva, o partido defende que devem ser criadas “medidas de apoio para quem deseje regressar a Portugal e promover uma sólida relação diplomática com os países onde as nossas comunidades emigrantes, ou a Língua Portuguesa, estão presentes”. Política externa | Olhares distintos sobre a China e Ásia Os programas políticos dos partidos com assento parlamentar na AR apresentam algumas medidas relativas à política externa portuguesa. Mas o PAN vai mais longe e debruça-se sobre os recentes investimentos que a China tem feito no país e na Europa, com uma postura de ruptura. Para este partido, deve-se “garantir a independência política, económica e geopolítica da União Europeia (UE) relativamente ao expansionismo chinês nos mercados ocidentais, considerando a crescente influência chinesa na compra e/ou financiamento de grandes empresas ou infraestruturas em Estados-Membros, nomeadamente em Portugal”. O PAN promove ainda no seu programa político o reconhecimento do Tibete “como Estado”, bem como a “auto-determinação do povo tibetano, condenando a repressão e a perseguição política, religiosa e cultural por parte da China”. Neste campo, o PAN defende que se deve aprovar, em Portugal, a “Lei do Acesso Recíproco ao Tibete, tendo em vista a promoção do acesso de diplomatas, funcionários governamentais, jornalistas e membros de ONGs às áreas tibetanas, sob pena de, em caso de impedimento de entrada pelas autoridades chinesas, Portugal actuar de forma recíproca”. Na área da política externa, o CDS-PP defende a reforma da AICEP, algo “fundamental na afirmação da vocação exportadora da economia portuguesa”. Neste sentido, a AICEP “deverá ser mais activa na promoção externa das empresas solidificando uma diplomacia económica que permita contribuir para a globalização da economia portuguesa, identificando contactos ou especialistas em cada mercado alvo”, aponta o CDS-PP. Já o PCP defende uma “política externa participada e democrática, com a articulação dos órgãos de soberania – Assembleia da República, Presidente da República, Governo – e ampla consulta das forças políticas e organizações sociais”. Neste sentido, defende-se a relação com a China, bem como com outros países da Ásia.
Andreia Sofia Silva PolíticaEleições em Portugal | Consulados e língua portuguesa em destaque nos programas políticos É já este domingo que têm lugar as eleições legislativas em Portugal que determinam, não só a nova composição da Assembleia República, como elegem o próximo primeiro-ministro. No Círculo Fora da Europa, os programas dos partidos políticos portugueses com assento parlamentar têm como temas comuns o funcionamento da rede consular e o ensino da língua portuguesa [dropcap]Q[/dropcap]uestões políticas e económicas de cariz nacional à parte, os programas dos partidos políticos que este domingo, 6 de Outubro, vão a votos em Portugal destacam, para o Círculo Fora da Europa, dois assuntos que são talvez mais próximos a quem há muito vive fora do país, e que se prendem com o funcionamento dos consulados e com o ensino da língua portuguesa. Este domingo decorrem as eleições legislativas que vão decidir que deputados se vão sentar na Assembleia da República (AR) nos próximos anos, e também quem será o primeiro-ministro de Portugal. Os dois partidos portugueses com maior representatividade na AR partem com vantagem no Círculo Fora da Europa por motivos distintos. José Cesário é o líder da lista pelo Partido Social-Democrata (PSD) e apresenta um programa para o Círculo Fora da Europa que vai buscar muito do trabalho que tem desenvolvido nos últimos anos como deputado pelo círculo da emigração. Do lado do Partido Socialista (PS), a lista liderada por Augusto Santos Silva é uma forte aposta partidária para este círculo e parte com a vantagem de o partido ter estado no Governo nos últimos quatro anos, apoiado pelo Bloco de Esquerda (BE) e o Partido Comunista Português (PCP). Do lado do PSD, José Cesário, que foi secretário de Estado das Comunidades Portuguesas no anterior Executivo, destaca o facto de “a modernização do consulado-geral de Macau, até há quatro anos, ter sido uma prioridade, tendo sido nesse período que iniciámos as permanências culturais itinerantes, que tantos milhares de pessoas tem servido”. Na área dos serviços consulares, a lista liderada por José Cesário defende o aumento da validade dos passaportes portugueses de cinco para dez anos, para melhorar o fluxo de atendimento nos consulados. Neste ponto, o actual deputado recorda que o PSD “procurou interpelar permanentemente o actual Governo, alertando-o para o inadmissível aumento dos atrasos no processamento de inúmeros documentos essenciais para a vida dos portugueses no estrangeiro, como o registo das nacionalidades, os passaportes e os cartões de cidadão”. O PSD pretende apostar no “reforço dos meios do Consulado de Macau e das condições profissionais dos seus funcionários”, sem esquecer uma maior “rapidez na apreciação dos pedidos de visto para estudantes e empresários de Macau, Hong Kong e China”. Do lado do PS, a aposta é também promover “a expansão da rede consular pela via da criação de novos consulados e escritórios consulares, assim como a melhoria das condições de recrutamento, remuneração e trabalho dos respectivos funcionários”. Além disso, a lista encabeçada por Augusto Santos Silva, actual ministro dos Negócios Estrangeiros, promete “um novo modelo de gestão consular “que utilize sistematicamente plataformas digitais”. No caso do BE, cuja lista pelo Círculo Fora da Europa é liderada por João Branco, é proposto o “reforço dos serviços públicos consulares”. O CDS-PP tem também, neste domínio, uma palavra a dizer relativamente ao funcionamento da rede consular. A lista é liderada por Gonçalo Nuno Santos e tem a advogada de Macau Joana Alves Cardoso como membro. No programa para o Círculo Fora da Europa, é proposta a criação de “consulados de proximidade” que, de acordo com Joana Alves Cardoso, “terão de ter uma comunicação diferente com os cidadãos e os utentes do consulado, que crie mecanismos de proximidade que não se prendam com os serviços consulares propriamente ditos”. Nesta área, o PCP pretende “assegurar serviços públicos essenciais”, como é o caso da rede consular, apostando numa “política salarial para os trabalhadores consulares tendo em conta a disparidade das moedas e o nível de vida nos países de acolhimento e a diminuição da carga horária, para os trabalhadores em residências diplomáticas no exterior e o respeito pelos seus direitos”. Ensino do português A estratégia para o ensino do português no estrangeiro é outro dos tópicos que mais se encontra nos programas políticos dos partidos com assento parlamentar. O PS defende “a renovação e modernização da rede do ensino português no estrangeiro, melhorando o uso de tecnologias digitais e de educação à distância, prosseguindo a integração curricular nos sistemas de ensino locais e assegurando maiores níveis de certificação de competências adquiridas”. O PSD vai mais longe e apresenta medidas específicas para a Escola Portuguesa de Macau (EPM), propondo um “desenvolvimento do seu projecto pedagógico de forma a garantir a sua melhor inserção no Oriente”. No campo educativo, o BE defende “o restabelecimento da gratuitidade das aulas de português no estrangeiro”, bem como o “aprofundamento da missão e reforço dos recursos do Instituto Camões (IC) e da RTP África e RTP Internacional”. No que diz respeito às propinas no ensino da língua portuguesa, o PCP apresenta uma medida semelhante à do Bloco. Defende-se no programa político “uma política que promova a preservação e expansão da língua materna, no ensino de português no estrangeiro, desde logo com a eliminação da propina para o ensino secundário”, além de se pretender “garantir a gratuitidade dos manuais escolares”. Além de abordar o tema da EPM e a continuação do seu projecto educativo, o CDS-PP aponta também para a necessidade de uma avaliação do novo acordo ortográfico, “tanto no uso da língua como a nível internacional”. É ainda objectivo do partido “reforçar e valorizar o papel do IC enquanto entidade nacional responsável pela direcção, coordenação e supervisão da política de cooperação”. “Trabalharemos na promoção do ensino do português como âncora da política da diáspora, mantendo os seus factores de qualidade, através da avaliação e certificação das aprendizagens, e procurando atingir um maior equilíbrio entre comunidades da Europa e fora da Europa, com vantagem para os estudantes, para as famílias e para os professores”, acrescenta o mesmo programa. Papel das comunidades Para os próximos quatro anos é também defendido um maior reforço no papel que a Diáspora portuguesa desempenha em várias áreas, sobretudo na economia. Todos os partidos defendem a sua importância. O CDS-PP quer apostar “no envolvimento das comunidades portuguesas na internacionalização da economia portuguesa através do desenvolvimento de mecanismos financeiros atractivos”. Neste sentido, o partido acredita que “é possível criar condições para o surgimento de fundos de capital de risco, subscritos por elementos das comunidades portuguesas, com vista a apoiar a entrada de empresas portuguesas nos mercados dos países nos quais residem”. O PS pretende apostar numa “valorização do património e criação cultural própria das comunidades”, bem como desenvolver o programa Regressar, destinado a emigrantes que pretendam voltar a Portugal e que visa a concessão de apoios financeiros. Na área fiscal, o PSD apresenta várias medidas como a “eliminação da obrigatoriedade de nomeação de representante fiscal para os residentes no estrangeiro” e também o “acompanhamento da garantia do pagamento das pensões dos aposentados que se reformaram na antiga administração portuguesa e da continuidade da Isenção do IRS à luz da Convenção entre o Governo de Portugal e o Governo de Macau para Evitar a Dupla Tributação”. É também objectivo da lista de José Cesário “acompanhar com grande atenção a aplicação desta isenção de IRS aos macaenses que regressaram a Macau após aposentação dos quadros de Portugal”. No caso do PAN – Pessoas, Animais, Natureza, que tem apenas um deputado na AR, André Silva, o partido defende que devem ser criadas “medidas de apoio para quem deseje regressar a Portugal e promover uma sólida relação diplomática com os países onde as nossas comunidades emigrantes, ou a Língua Portuguesa, estão presentes”. Política externa | Olhares distintos sobre a China e Ásia Os programas políticos dos partidos com assento parlamentar na AR apresentam algumas medidas relativas à política externa portuguesa. Mas o PAN vai mais longe e debruça-se sobre os recentes investimentos que a China tem feito no país e na Europa, com uma postura de ruptura. Para este partido, deve-se “garantir a independência política, económica e geopolítica da União Europeia (UE) relativamente ao expansionismo chinês nos mercados ocidentais, considerando a crescente influência chinesa na compra e/ou financiamento de grandes empresas ou infraestruturas em Estados-Membros, nomeadamente em Portugal”. O PAN promove ainda no seu programa político o reconhecimento do Tibete “como Estado”, bem como a “auto-determinação do povo tibetano, condenando a repressão e a perseguição política, religiosa e cultural por parte da China”. Neste campo, o PAN defende que se deve aprovar, em Portugal, a “Lei do Acesso Recíproco ao Tibete, tendo em vista a promoção do acesso de diplomatas, funcionários governamentais, jornalistas e membros de ONGs às áreas tibetanas, sob pena de, em caso de impedimento de entrada pelas autoridades chinesas, Portugal actuar de forma recíproca”. Na área da política externa, o CDS-PP defende a reforma da AICEP, algo “fundamental na afirmação da vocação exportadora da economia portuguesa”. Neste sentido, a AICEP “deverá ser mais activa na promoção externa das empresas solidificando uma diplomacia económica que permita contribuir para a globalização da economia portuguesa, identificando contactos ou especialistas em cada mercado alvo”, aponta o CDS-PP. Já o PCP defende uma “política externa participada e democrática, com a articulação dos órgãos de soberania – Assembleia da República, Presidente da República, Governo – e ampla consulta das forças políticas e organizações sociais”. Neste sentido, defende-se a relação com a China, bem como com outros países da Ásia.
Hoje Macau PolíticaRPC / 70 anos| Chui Sai On emocionado com discurso de Xi Jinping [dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo regressou ontem a Macau depois de ter assistido em Pequim às comemorações do 70º aniversário da implantação da República Popular da China. Ainda na capital chinesa, Chui Sai On revelou “a emoção que sentiu ao ouvir o discurso do Presidente Xi Jinping, para além de testemunhar a união e solidariedade de todos os grupos étnicos chineses do País”. De acordo com um comunicado do gabinete do porta-voz do Governo, Chui Sai On mostrou-se emocionado e “muito feliz por testemunhar o desenvolvimento do País, erguido, enriquecido e fortalecido ao longo dos anos, e manifestou o seu desejo de ver a Pátria alcançar muito mais sucesso no futuro”. O Chefe do Executivo referiu que Macau tem uma gloriosa tradição de patriotismo e amor à pátria e que desempenhou, ao longo de várias etapas, um papel no desenvolvimento da China Moderna. Particularmente depois da transferência de soberania, Macau tem acompanhado o desenvolvimento nacional e tem sido testemunha e beneficiário da prosperidade e desenvolvimento da China. O deputado Ho Ion Sang integrou a comitiva encabeçada por Chui Sai On e salientou a emoção de assistir pela primeira vez à marcha militar enquanto membro do Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC). O legislador ligado aos Kaifong destacou o contributo histórico da CCPPC como uma base essencial para o progresso da China, que entende ter eliminado completamente o “século de humilhação nacional”. Além disso, Ho Ion Sang referiu, de acordo com o Jornal do Cidadão, que as celebrações mostraram ao mundo que as grandes conquistas e o fortalecimento das forças militares são resultado do crescimento nacional, a materialização do sonho chinês e a revitalização da nação.
Hoje Macau PolíticaRPC / 70 anos| Chui Sai On emocionado com discurso de Xi Jinping [dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo regressou ontem a Macau depois de ter assistido em Pequim às comemorações do 70º aniversário da implantação da República Popular da China. Ainda na capital chinesa, Chui Sai On revelou “a emoção que sentiu ao ouvir o discurso do Presidente Xi Jinping, para além de testemunhar a união e solidariedade de todos os grupos étnicos chineses do País”. De acordo com um comunicado do gabinete do porta-voz do Governo, Chui Sai On mostrou-se emocionado e “muito feliz por testemunhar o desenvolvimento do País, erguido, enriquecido e fortalecido ao longo dos anos, e manifestou o seu desejo de ver a Pátria alcançar muito mais sucesso no futuro”. O Chefe do Executivo referiu que Macau tem uma gloriosa tradição de patriotismo e amor à pátria e que desempenhou, ao longo de várias etapas, um papel no desenvolvimento da China Moderna. Particularmente depois da transferência de soberania, Macau tem acompanhado o desenvolvimento nacional e tem sido testemunha e beneficiário da prosperidade e desenvolvimento da China. O deputado Ho Ion Sang integrou a comitiva encabeçada por Chui Sai On e salientou a emoção de assistir pela primeira vez à marcha militar enquanto membro do Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC). O legislador ligado aos Kaifong destacou o contributo histórico da CCPPC como uma base essencial para o progresso da China, que entende ter eliminado completamente o “século de humilhação nacional”. Além disso, Ho Ion Sang referiu, de acordo com o Jornal do Cidadão, que as celebrações mostraram ao mundo que as grandes conquistas e o fortalecimento das forças militares são resultado do crescimento nacional, a materialização do sonho chinês e a revitalização da nação.
Hoje Macau Manchete PolíticaLegislativas | PS participa de ATFPM à Comissão Nacional de Eleições O Partido Socialista apresentou uma queixa contra a Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau à Comissão Nacional de Eleições e pediu a abertura de um inquérito relativo a alegadas “situações anómalas”. Os socialistas queixam-se de telefonemas da associação presidida por Pereira Coutinho para ajudar na votação por correspondência [dropcap]O[/dropcap] Partido Socialista (PS) apresentou uma participação contra a Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM) por alegadas “situações anómalas” relacionadas com o envio dos votos por correspondência para as legislativas de Outubro. A participação, assinada pelo mandatário pelo círculo eleitoral Fora da Europa, Paulo Pisco, foi enviada na segunda-feira à Comissão Nacional de Eleições e pede “a abertura de inquérito para apurar os factos”. De acordo com a carta, a que a agência Lusa teve acesso, o PS em Macau tomou conhecimento de que “a ATFPM está a contactar, pelo telemóvel, potenciais votantes nas eleições legislativas portuguesas (…) para ajudar no processo e encaminhar os votos pelo correio para Portugal”. “A secção local do PS foi abordada por várias pessoas que disseram ter recebido chamadas e a quem interlocutores, afirmando que falam pela ATFPM, terão dito que podiam trazer as cartas com os boletins de voto à sede da ATFPM, que eles tratavam de tudo, o que, evidentemente, poderá pôr em causa a confidencialidade e a pessoalidade do voto”, indicou. Colisão a oriente Paulo Pisco acrescentou que em alguns casos “as chamadas telefónicas terão sido realizadas em língua chinesa, o que indiciará uma tentativa de se aproveitar da boa fé dos que, sendo portadores da cidadania portuguesa, já perderam, porém, o vínculo linguístico com Portugal”. O mandatário da lista, encabeçada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, lembrou ainda que a ATFPM “recebe subsídios do Governo da RAEM” [Região Administrativa Especial de Macau], e os “presidentes da Assembleia Geral e da Direcção-Geral são também Conselheiros das Comunidades Portuguesas em Macau”, numa referência a Rita Santos e José Pereira Coutinho, respectivamente. A Lusa tentou contactar sem êxito os dois dirigentes da ATFPM.
Hoje Macau Manchete PolíticaLegislativas | PS participa de ATFPM à Comissão Nacional de Eleições O Partido Socialista apresentou uma queixa contra a Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau à Comissão Nacional de Eleições e pediu a abertura de um inquérito relativo a alegadas “situações anómalas”. Os socialistas queixam-se de telefonemas da associação presidida por Pereira Coutinho para ajudar na votação por correspondência [dropcap]O[/dropcap] Partido Socialista (PS) apresentou uma participação contra a Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM) por alegadas “situações anómalas” relacionadas com o envio dos votos por correspondência para as legislativas de Outubro. A participação, assinada pelo mandatário pelo círculo eleitoral Fora da Europa, Paulo Pisco, foi enviada na segunda-feira à Comissão Nacional de Eleições e pede “a abertura de inquérito para apurar os factos”. De acordo com a carta, a que a agência Lusa teve acesso, o PS em Macau tomou conhecimento de que “a ATFPM está a contactar, pelo telemóvel, potenciais votantes nas eleições legislativas portuguesas (…) para ajudar no processo e encaminhar os votos pelo correio para Portugal”. “A secção local do PS foi abordada por várias pessoas que disseram ter recebido chamadas e a quem interlocutores, afirmando que falam pela ATFPM, terão dito que podiam trazer as cartas com os boletins de voto à sede da ATFPM, que eles tratavam de tudo, o que, evidentemente, poderá pôr em causa a confidencialidade e a pessoalidade do voto”, indicou. Colisão a oriente Paulo Pisco acrescentou que em alguns casos “as chamadas telefónicas terão sido realizadas em língua chinesa, o que indiciará uma tentativa de se aproveitar da boa fé dos que, sendo portadores da cidadania portuguesa, já perderam, porém, o vínculo linguístico com Portugal”. O mandatário da lista, encabeçada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, lembrou ainda que a ATFPM “recebe subsídios do Governo da RAEM” [Região Administrativa Especial de Macau], e os “presidentes da Assembleia Geral e da Direcção-Geral são também Conselheiros das Comunidades Portuguesas em Macau”, numa referência a Rita Santos e José Pereira Coutinho, respectivamente. A Lusa tentou contactar sem êxito os dois dirigentes da ATFPM.
Hoje Macau Manchete PolíticaDia Nacional comemorado em Macau com cerimónia do hastear da bandeira [dropcap]O[/dropcap] 70o aniversário da República Popular da China (RPC) foi hoje celebrado de manha cedo com a cerimónia do hastear da bandeira, que decorreu na praça Flor de Lótus. De acordo com um comunicado oficial, a cerimónia, que teve início às 8h00, contou com a presença de Wong Sio Chak, secretário para a Segurança que assumiu funções de Chefe do Executivo interino, pelo facto de Chui Sai On se encontrar em Pequim. O Chefe do Executivo regressa amanha de uma visita oficial que serviu para assistir à parada militar na capital chinesa e outras actividades relacionadas com o aniversário da RPC. Além disso, “estiveram presentes os governantes da RAEM, altos representantes do Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEM, elementos das tropas da Guarnição do Exército de Libertação Popular em Macau, entre outras personalidades”. Depois da cerimónia matinal, foi realizada a prova “Correndo em Comemoração do Dia Nacional”, que contou a participação de cerca de 18 mil pessoas. Decorreu ainda um espectáculo cultural e fogo-de-artifício. Foram instalados em vários locais do território ecrãs gigantes para a transmissão em directo da cerimónia solene do içar de bandeira, na Praça Flor de Lótus, e da parada militar, em Pequim, “de modo a que os cidadãos e turistas possam sentir o ambiente festivo”, aponta o mesmo comunicado. Para hoje estão ainda previstas mais actividades comemorativas, uma vez que o Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) convidou um grupo de jovens de minorias étnicas, provenientes da China interior, a participarem num espectáculo cultural com os jovens locais, pelas 17h00, na Praça do Tap Seac. Às 19h30, realizar-se-á no Fórum de Macau o espectáculo acrobático «A Haste Dourada», no âmbito da «Espectáculo de Comemoração do 70º Aniversário da Implantação da RP China». As comemorações estendem-se pela noite dentro, com o 30° Concurso Internacional de Fogo-de-Artifício de Macau (CIFAM), em frente à Torre de Macau, que encerra com a exibição das equipas da França e da China, às 21h00 e 21h40 horas, respectivamente.
Hoje Macau Manchete PolíticaMacau concede mais alta condecoração a empresários e conselheiros do Executivo [dropcap]O[/dropcap] Governo de Macau vai agraciar dois empresários e membros do Conselho Executivo com o Lótus de Ouro, a mais alta condecoração concedida este ano, foi hoje anunciado. Liu Chak Wan e Ma Iao Lai vão ser distinguidos com o Lótus de Ouro, de acordo com a lista de 44 personalidades e entidades que vão receber, em Novembro, medalhas e títulos honoríficos. Membro do Comité Permanente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, o empresário Liu Chak Wan preside ao Banco de Desenvolvimento de Macau. Liu Chak Wan é presidente da Associação Comercial de Macau. As seis medalhas de prata vão ser entregues ao advogado macaense Leonel Alves, que esteve 33 anos na Assembleia Legislativa, ao ex-deputado Cheang Chi Keong, à política Ho Sut Heng, ao arquiteto Wong Eddie Yue Kai, ao actual deputado Chan Chak Mo e ainda à Nam Kwong União Comercial e Industrial, Limitada. Entre as medalhas de mérito, destaque para o português Manuel Augusto Martins Peres Machado, que vê distinguido o trabalho como presidente da direcção da Escola Portuguesa de Macau (EPM) ao receber a medalha de mérito educativo. O antigo coordenador do Centro Pedagógico e Científico de Língua Portuguesa do Instituto Politécnico de Macau Carlos Ascenso André foi agraciado com a medalha de mérito cultural. A empresária Pansy Ho, filha do magnata do jogo Stanley Ho, será distinguida com a medalha de mérito turístico. Desde 2018, Ho é embaixadora da Organização Mundial do Turismo, agência especializada da ONU.
Andreia Sofia Silva PolíticaMi Jian | Resultados de investigação do CCAC em Outubro [dropcap]O[/dropcap] Comissariado contra a Corrupção (CCAC) deverá divulgar já em Outubro os resultados da investigação feita a alegadas irregularidades cometidas na Direcção dos Serviços de Estudo de Políticas e Desenvolvimento Regional (DSEPDR), liderada por Mi Jian. Ontem, André Cheong, comissário, prometeu que “no próximo mês vamos dar os resultados” de um processo que teve início com o envio de uma carta assinada por um trabalhador anónimo da DSEPDR. Sobre a investigação feita a Jaime Carion, ex-director dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, André Cheong disse não existirem informações adicionais. “Há meses fizemos um encontro com os media, e tudo o que podíamos dizer já foi dito, não temos mais nada a acrescentar”, disse o comissário, sem esclarecer se já foi ou não detectado o paradeiro de Jaime Carion. O CCAC prossegue com as análises aos casos da Viva Macau e Lei de Terras. No que diz respeito ao novo Governo, André Cheong acredita que o organismo vai continuar a trabalhar nos mesmos moldes. “Não vão haver grandes mudanças. O trabalho do CCAC não tem a ver com uma questão de estilo, mas com a pessoa que lidera. Temos de seguir a lei e combater a corrupção.”
Andreia Sofia Silva PolíticaMi Jian | Resultados de investigação do CCAC em Outubro [dropcap]O[/dropcap] Comissariado contra a Corrupção (CCAC) deverá divulgar já em Outubro os resultados da investigação feita a alegadas irregularidades cometidas na Direcção dos Serviços de Estudo de Políticas e Desenvolvimento Regional (DSEPDR), liderada por Mi Jian. Ontem, André Cheong, comissário, prometeu que “no próximo mês vamos dar os resultados” de um processo que teve início com o envio de uma carta assinada por um trabalhador anónimo da DSEPDR. Sobre a investigação feita a Jaime Carion, ex-director dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, André Cheong disse não existirem informações adicionais. “Há meses fizemos um encontro com os media, e tudo o que podíamos dizer já foi dito, não temos mais nada a acrescentar”, disse o comissário, sem esclarecer se já foi ou não detectado o paradeiro de Jaime Carion. O CCAC prossegue com as análises aos casos da Viva Macau e Lei de Terras. No que diz respeito ao novo Governo, André Cheong acredita que o organismo vai continuar a trabalhar nos mesmos moldes. “Não vão haver grandes mudanças. O trabalho do CCAC não tem a ver com uma questão de estilo, mas com a pessoa que lidera. Temos de seguir a lei e combater a corrupção.”
Hoje Macau PolíticaMedia | Criticada promoção da independência de Hong Kong [dropcap]O[/dropcap] presidente da União de Estudiosos de Macau, Ieong Wan Chong, defendeu que os meios de comunicação social locais não devem dar visibilidade a acções que promovam a independência de Hong Kong. O dirigente associativo, que pertenceu à Comissão da Lei Básica da RAEM, acrescentou que os média de Macau devem assumir como missão prioritária a mensagem de que a independência é contrária à história do país. Como tal, acções que promovam a independência de Hong Kong não devem ser “publicitadas” pela comunicação social de Macau, de acordo com o Jornal do Cidadão. Ieong Wan Chong expressou esta opinião à margem de uma palestra, realizada no sábado, sobre o princípio “Um País, Dois Sistemas”, sem dar qualquer exemplo de promoção da independência na comunicação social de Macau. O dirigente destacou a capacidade do Governo da RAEM na prevenção de fenómenos desestabilizadores da harmonia social, e referiu acreditar que a sociedade civil não permitiria facilmente que ideais de independência se disseminem no território. Além disso, defendeu que é importante bloquear acções que visem a independência de forma a proteger o princípio “Um País, Dois Sistemas”, um “importante componente do socialismo com características chinesas”, frisou.
Hoje Macau PolíticaMedia | Criticada promoção da independência de Hong Kong [dropcap]O[/dropcap] presidente da União de Estudiosos de Macau, Ieong Wan Chong, defendeu que os meios de comunicação social locais não devem dar visibilidade a acções que promovam a independência de Hong Kong. O dirigente associativo, que pertenceu à Comissão da Lei Básica da RAEM, acrescentou que os média de Macau devem assumir como missão prioritária a mensagem de que a independência é contrária à história do país. Como tal, acções que promovam a independência de Hong Kong não devem ser “publicitadas” pela comunicação social de Macau, de acordo com o Jornal do Cidadão. Ieong Wan Chong expressou esta opinião à margem de uma palestra, realizada no sábado, sobre o princípio “Um País, Dois Sistemas”, sem dar qualquer exemplo de promoção da independência na comunicação social de Macau. O dirigente destacou a capacidade do Governo da RAEM na prevenção de fenómenos desestabilizadores da harmonia social, e referiu acreditar que a sociedade civil não permitiria facilmente que ideais de independência se disseminem no território. Além disso, defendeu que é importante bloquear acções que visem a independência de forma a proteger o princípio “Um País, Dois Sistemas”, um “importante componente do socialismo com características chinesas”, frisou.
Andreia Sofia Silva Manchete PolíticaHabitação | Jorge Rangel defende solução para problema em Macau Jorge Rangel, presidente do Instituto Internacional de Macau, defendeu esta sexta-feira em Lisboa que o Governo da RAEM deve apresentar uma solução para a falta de habitação no território, sob pena de ocorrerem protestos semelhantes aos de Hong Kong daqui a uns anos [dropcap]O[/dropcap] Governo não pode adiar mais o problema da habitação”. A frase é de Jorge Rangel e foi proferida esta sexta-feira na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, no âmbito do colóquio “Portugal-China 20/20: Identidade, quotidiano e economia”. O presidente do Instituto Internacional de Macau (IIM) frisou que, se não for resolvido o problema da falta de habitação no território, Macau pode vir a registar os protestos que têm vindo a acontecer em Hong Kong. “Macau tem de ter habitação para a classe média, pois corremos o risco de, daqui a uns anos, termos milhares de pessoas a marchar nas ruas. Estamos a ser ameaçados por um problema que não está resolvido”, apontou. Jorge Rangel adiantou que, além dos pedidos de ordem política, os manifestantes de Hong Kong também defendem melhores condições de vida. “O que está a acontecer em Hong Kong, além das motivações políticas, é a situação desastrosa da habitação, que Macau não pode repetir”, frisou. O presidente do IIM disse também que as autoridades policiais do território vizinho não querem travar os protestos por não quererem enfrentar os problemas que levam milhares às ruas. “Cerca de dois milhões de pessoas desfilaram pelas ruas de Hong Kong e esse é que é o problema, e não as 300 ou 400 mil pessoas que protestam. Se eu fosse habitante de Hong Kong exigiria imediatamente ao Governo para pararem com isso aos fins-de-semana ou então que se demitissem se não fossem capazes de enfrentar a situação. Não têm sido capazes porque não querem resolver o problema. Isto não pode arrastar-se por mais tempo.” Jorge Rangel assegura que não é o único a pensar assim. “Tenho falado com várias pessoas de Hong Kong, de vários sectores políticos, e todos eles questionam porque é que não se resolve este problema. Falei com um líder estudantil que me disse não conhecer nenhuma das 300 ou 400 mil pessoas que protestam.” “Casa arrumada” para Ho Jorge Rangel falava na mesa redonda “Portugal-China 20/20”, tendo falado do papel governativo do Chefe do Executivo eleito, Ho Iat Seng, no contexto da integração regional e das relações entre os dois países. “O novo Chefe do Executivo entra com a casa arrumada e com uma experiência feita, tendo em conta que a China tem como prioridade a plataforma. Macau é o único sítio na China que pode desempenhar esse papel”, frisou. O presidente do IIM disse ainda que o programa político de Ho Iat Seng tem o cuidado de estabelecer pontes ao nível da integração regional para o futuro de Macau. “Há uma percepção clara do que Macau pode fazer e do que falta fazer. No programa do Chefe do Executivo eleito diz que se vai articular o projecto da plataforma (entre a China e os países de língua portuguesa) e o projecto ‘Uma Faixa, Uma Rota’. Já está escrito e ele (Ho Iat Seng) não deve ter escrito o seu programa sozinho e quer dar a Portugal condições para participar neste ponto”, apontou. No mesmo painel, o general Garcia Leandro, ex-governador de Macau, defendeu que o conceito de identidade macaense deveria ser alargado, pois é isso que diferencia o território no contexto do projecto “Uma Faixa, Uma Rota”. “Existe a questão da identidade, e se ficarmos reduzidos a uma concepção muito fundamentalista do macaense…trata-se de um conceito que deveria ser alargado. Macau tem uma identidade própria que não é Hong Kong. Haverá um futuro para Macau, mas teremos de ter capacidade para trabalhar com as autoridades chinesas para mostrar o quão diferente é Macau”, frisou.
Andreia Sofia Silva Manchete PolíticaHabitação | Jorge Rangel defende solução para problema em Macau Jorge Rangel, presidente do Instituto Internacional de Macau, defendeu esta sexta-feira em Lisboa que o Governo da RAEM deve apresentar uma solução para a falta de habitação no território, sob pena de ocorrerem protestos semelhantes aos de Hong Kong daqui a uns anos [dropcap]O[/dropcap] Governo não pode adiar mais o problema da habitação”. A frase é de Jorge Rangel e foi proferida esta sexta-feira na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, no âmbito do colóquio “Portugal-China 20/20: Identidade, quotidiano e economia”. O presidente do Instituto Internacional de Macau (IIM) frisou que, se não for resolvido o problema da falta de habitação no território, Macau pode vir a registar os protestos que têm vindo a acontecer em Hong Kong. “Macau tem de ter habitação para a classe média, pois corremos o risco de, daqui a uns anos, termos milhares de pessoas a marchar nas ruas. Estamos a ser ameaçados por um problema que não está resolvido”, apontou. Jorge Rangel adiantou que, além dos pedidos de ordem política, os manifestantes de Hong Kong também defendem melhores condições de vida. “O que está a acontecer em Hong Kong, além das motivações políticas, é a situação desastrosa da habitação, que Macau não pode repetir”, frisou. O presidente do IIM disse também que as autoridades policiais do território vizinho não querem travar os protestos por não quererem enfrentar os problemas que levam milhares às ruas. “Cerca de dois milhões de pessoas desfilaram pelas ruas de Hong Kong e esse é que é o problema, e não as 300 ou 400 mil pessoas que protestam. Se eu fosse habitante de Hong Kong exigiria imediatamente ao Governo para pararem com isso aos fins-de-semana ou então que se demitissem se não fossem capazes de enfrentar a situação. Não têm sido capazes porque não querem resolver o problema. Isto não pode arrastar-se por mais tempo.” Jorge Rangel assegura que não é o único a pensar assim. “Tenho falado com várias pessoas de Hong Kong, de vários sectores políticos, e todos eles questionam porque é que não se resolve este problema. Falei com um líder estudantil que me disse não conhecer nenhuma das 300 ou 400 mil pessoas que protestam.” “Casa arrumada” para Ho Jorge Rangel falava na mesa redonda “Portugal-China 20/20”, tendo falado do papel governativo do Chefe do Executivo eleito, Ho Iat Seng, no contexto da integração regional e das relações entre os dois países. “O novo Chefe do Executivo entra com a casa arrumada e com uma experiência feita, tendo em conta que a China tem como prioridade a plataforma. Macau é o único sítio na China que pode desempenhar esse papel”, frisou. O presidente do IIM disse ainda que o programa político de Ho Iat Seng tem o cuidado de estabelecer pontes ao nível da integração regional para o futuro de Macau. “Há uma percepção clara do que Macau pode fazer e do que falta fazer. No programa do Chefe do Executivo eleito diz que se vai articular o projecto da plataforma (entre a China e os países de língua portuguesa) e o projecto ‘Uma Faixa, Uma Rota’. Já está escrito e ele (Ho Iat Seng) não deve ter escrito o seu programa sozinho e quer dar a Portugal condições para participar neste ponto”, apontou. No mesmo painel, o general Garcia Leandro, ex-governador de Macau, defendeu que o conceito de identidade macaense deveria ser alargado, pois é isso que diferencia o território no contexto do projecto “Uma Faixa, Uma Rota”. “Existe a questão da identidade, e se ficarmos reduzidos a uma concepção muito fundamentalista do macaense…trata-se de um conceito que deveria ser alargado. Macau tem uma identidade própria que não é Hong Kong. Haverá um futuro para Macau, mas teremos de ter capacidade para trabalhar com as autoridades chinesas para mostrar o quão diferente é Macau”, frisou.
Hoje Macau PolíticaCCPPC | Wang Yang reforça forte apoio a Macau e Hong Kong [dropcap]A[/dropcap] pátria-mãe será sempre um forte suporte de Hong Kong e Macau”, referiu Wang Yang, membro do Comité Permanente do Politburo do Partido Comunista da China e actual presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês. A declaração foi feita no passado sábado no Grande Salão do Povo, em Pequim, na recepção a mais de 3.800 representantes de Macau, Hong Kong, Taiwan e das comunidades chinesas no exterior para as celebrações do Dia Nacional. Wang reforçou a ideia de implementar o princípio “Um País, Dois Sistemas” em estrito acordo com a Constituição, as leis básicas e as políticas levadas a cabo pelos governos das regiões administrativas especiais. Outros valores a ter em conta são a salvaguarda da soberania nacional, os interesses de segurança e desenvolvimento, assim como a manutenção da estabilidade e prosperidade a longo-prazo de Macau e Hong Kong. Ainda em relação às regiões administrativas especiais, Wang considerou que desde o retorno à pátria, os sistemas sociais originais foram respeitados e que “os compatriotas de Hong Kong e Macau gozam de direitos democráticos e liberdades sem precedentes e têm oportunidades e espaço para crescer”, segundo a Xinhua.
Hoje Macau PolíticaCCPPC | Wang Yang reforça forte apoio a Macau e Hong Kong [dropcap]A[/dropcap] pátria-mãe será sempre um forte suporte de Hong Kong e Macau”, referiu Wang Yang, membro do Comité Permanente do Politburo do Partido Comunista da China e actual presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês. A declaração foi feita no passado sábado no Grande Salão do Povo, em Pequim, na recepção a mais de 3.800 representantes de Macau, Hong Kong, Taiwan e das comunidades chinesas no exterior para as celebrações do Dia Nacional. Wang reforçou a ideia de implementar o princípio “Um País, Dois Sistemas” em estrito acordo com a Constituição, as leis básicas e as políticas levadas a cabo pelos governos das regiões administrativas especiais. Outros valores a ter em conta são a salvaguarda da soberania nacional, os interesses de segurança e desenvolvimento, assim como a manutenção da estabilidade e prosperidade a longo-prazo de Macau e Hong Kong. Ainda em relação às regiões administrativas especiais, Wang considerou que desde o retorno à pátria, os sistemas sociais originais foram respeitados e que “os compatriotas de Hong Kong e Macau gozam de direitos democráticos e liberdades sem precedentes e têm oportunidades e espaço para crescer”, segundo a Xinhua.
João Santos Filipe PolíticaMacau | Governo confiante no futuro apesar de conjuntura complexa O Chefe do Executivo, Chui Sai On, acredita que “todos os projectos da RAEM” vão avançar de forma tranquila e apelou às forças locais que apoiem o futuro Governo de Ho Iat Seng e promovam o amor pela pátria [dropcap]F[/dropcap]ernando Chui Sai On considera que a situação actual coloca desafios, mas mostrou-se confiante que Macau vai passar ao lado dos problemas, no que diz respeito aos projectos em vigor. Foi esta uma das principais mensagens do discurso do Chefe do Executivo nas celebrações do 70.º aniversário da República Popular da China. “A actual conjuntura mundial é complexa e inconstante, traz desafios mas também oportunidades. Influenciada por factores externos, a economia de Macau enfrenta, este ano, uma pressão de declínio”, avisou. “Neste momento, o Governo está a acompanhar de perto as mudanças da situação económica, a antever os riscos económicos e a preparar-se activamente para, em tempo oportuno, lançar medidas de resposta. Temos confiança de que todos os projectos da RAEM continuarão a avançar de forma tranquila”, acrescentou. Ainda no que diz respeito ao futuro, Chui apontou dois caminhos que têm marcado também o seu discurso como Chefe do Executivo: a integração regional e a diversificação da economia. Apoio patriótico Chui Sai On falou também do desenvolvimento da nação e do futuro Governo da RAEM, que vai ser liderado por Ho Iat Seng, pedindo que a sociedade se mobilize no apoio a Ho e na promoção do nacionalismo. “Faço votos sinceros para que todos os sectores da sociedade de Macau continuem a apoiar o novo Governo e o Chefe do Executivo na execução das acções de governação”, apelou. “Espero, ainda, que continuem a promover a honrosa tradição do patriotismo e do amor a Macau, da tolerância, do auxílio mútuo e do espírito pragmático e empreendedor, e que, com um crescente sentido de responsabilidade e de missão, aproveitem a oportunidade do desenvolvimento nacional e se integrem, de forma activa, na conjuntura de desenvolvimento do país”, sublinhou. Já sobre o princípio Um País, Dois Sistemas, Chui Sai On afirmou que a receita do “preciosa e bem-sucedida experiência” se ficou a dever ao facto de sempre se ter “persistido na defesa do princípio ‘Um País’”.
João Santos Filipe PolíticaMacau | Governo confiante no futuro apesar de conjuntura complexa O Chefe do Executivo, Chui Sai On, acredita que “todos os projectos da RAEM” vão avançar de forma tranquila e apelou às forças locais que apoiem o futuro Governo de Ho Iat Seng e promovam o amor pela pátria [dropcap]F[/dropcap]ernando Chui Sai On considera que a situação actual coloca desafios, mas mostrou-se confiante que Macau vai passar ao lado dos problemas, no que diz respeito aos projectos em vigor. Foi esta uma das principais mensagens do discurso do Chefe do Executivo nas celebrações do 70.º aniversário da República Popular da China. “A actual conjuntura mundial é complexa e inconstante, traz desafios mas também oportunidades. Influenciada por factores externos, a economia de Macau enfrenta, este ano, uma pressão de declínio”, avisou. “Neste momento, o Governo está a acompanhar de perto as mudanças da situação económica, a antever os riscos económicos e a preparar-se activamente para, em tempo oportuno, lançar medidas de resposta. Temos confiança de que todos os projectos da RAEM continuarão a avançar de forma tranquila”, acrescentou. Ainda no que diz respeito ao futuro, Chui apontou dois caminhos que têm marcado também o seu discurso como Chefe do Executivo: a integração regional e a diversificação da economia. Apoio patriótico Chui Sai On falou também do desenvolvimento da nação e do futuro Governo da RAEM, que vai ser liderado por Ho Iat Seng, pedindo que a sociedade se mobilize no apoio a Ho e na promoção do nacionalismo. “Faço votos sinceros para que todos os sectores da sociedade de Macau continuem a apoiar o novo Governo e o Chefe do Executivo na execução das acções de governação”, apelou. “Espero, ainda, que continuem a promover a honrosa tradição do patriotismo e do amor a Macau, da tolerância, do auxílio mútuo e do espírito pragmático e empreendedor, e que, com um crescente sentido de responsabilidade e de missão, aproveitem a oportunidade do desenvolvimento nacional e se integrem, de forma activa, na conjuntura de desenvolvimento do país”, sublinhou. Já sobre o princípio Um País, Dois Sistemas, Chui Sai On afirmou que a receita do “preciosa e bem-sucedida experiência” se ficou a dever ao facto de sempre se ter “persistido na defesa do princípio ‘Um País’”.