Hoje Macau PolíticaMIECF | Vice-ministro garante que parou de construir centrais a carvão O vice-ministro da Ecologia e Ambiente chinês, Sun Jinlong, anunciou ontem que a China parou de construir novas centrais eléctricas a carvão, ao contrário do referido num relatório académico divulgado em Fevereiro. “Interrompemos completamente a construção de novas centrais eléctricas a carvão”, garantiu Sun, durante a cerimónia de abertura do Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau (MIECF, na sigla em inglês). O evento começou ontem em Macau e vai decorrer até amanhã, contando com 26 empresas de Portugal, Brasil e Timor-Leste, de acordo com o organizador, o Instituto para a Promoção do Comércio e do Investimento de Macau. Sun Jinlong disse num discurso que Macau, como “a única região do mundo que tem o chinês e o português como línguas oficiais”, pode ter “um papel único no fomento da cooperação financeira e investimento com os Países de Língua Portuguesa”. O vice-ministro destacou que a China já assinou acordos com mais de 40 países para fazer face ao impacto das alterações climáticas. A produção de carvão na China aumentou de forma constante nos últimos anos, passando de 3,9 mil milhões de toneladas, em 2020, para 4,8 mil milhões de toneladas, em 2024.
Hoje Macau PolíticaMedicina | Mais vagas de formação para especialidades O presidente do Conselho de Especialidades da Academia Médica de Macau, Lei Chin Ion, revelou que a entidade está a preparar a próxima fase de formações de residência médica, e que existem planos para aumentar as vagas de formação de médicos especializados. Em declarações ao jornal Ou Mun, o antigo director dos Serviços de Saúde apontou que a Academia Médica de Macau vai assumir o papel de liderança e o conselho vai organizar reuniões de forma permanente, bem como reforçar a comunicação e coordenação com as instituições de formação para aumentar as vagas. O médico destacou que o objectivo é criar condições para que os jovens se licenciem como médicos na Faculdade de Medicina, façam o estágio de qualificação de um ano, e depois ingressem nos programas de seis anos de residência médica. Lei Chin Ion também agradeceu a confiança da secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, O Lam, para a nomeação do cargo, defendendo que a primeira tarefa passa por alterar os regulamentos do procedimento da formação médica e enfermagem especializadas. A Academia Médica de Macau tem 12 colégios e secções com 41 especialidades, tendo formado cerca de 879 médicos.
João Luz Manchete PolíticaCCAC | Alerta para situações de possível corrupção eleitoral O adjunto da Comissária contra a Corrupção, Wong Kim Fong, referiu que induzir eleitores a assinar listas de candidaturas através de benefícios é corrupção eleitoral. As declarações surgem depois de ter sido alegado que uma idosa foi convidada a assinar uma lista para as eleições enquanto trocava o cartão Macau Pass, entre outros casos suspeitos A corrupção eleitoral não se limita à troca de interesses e bens por votos, ou benefícios a leitores. Nesta fase, de constituição de listas para as eleições legislativas, “se qualquer indivíduo utilizar benefícios para induzir os eleitores a assinar o formulário de constituição de comissão de candidatura, quer o organizador do evento, quer quem recebe benefícios comete o crime de corrupção eleitoral”. A explicação foi dada pelo adjunto da Comissária contra a Corrupção, Wong Kim Fong, numa sessão de esclarecimento organizada pelo Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) e o Comissariado Contra a Corrupção (CCAC), sobre os procedimentos eleitorais para as eleições legislativas. Recorde-se que recentemente surgiram alegações de que uma da idosa que terá sido convidada a assinar uma lista para as eleições enquanto trocava o cartão Macau Pass numa associação para participar no Grande Prémio do Consumo. Foi também alegado que teria sido pedido a professores de escolas geridas por associações a recolha de assinaturas para constituição de candidaturas e que a um membro de uma associação terá sido exigida a recolha de um número mínimo de assinaturas. Sobre esta última alegação de pressão para recolher assinaturas, o presidente da CAEAL, o juiz Seng Ioi Man, afirmou na noite de quarta-feira, que a comissão procurou informações adicionais, “mas até à data não foi recebida qualquer resposta” Apesar destas suspeitas, o presidente da CAEAL revelou que, até terça-feira não tinham sido apresentadas queixas formais. Para lá das fronteiras O representante do CCAC garantiu ainda que chegada à fase da campanha, já com as listas definidas, “irá combater rigorosamente os meios ilícitos, nomeadamente, fraude por meio de ameaça, coacção relativa a emprego, enganos, violência, entre outros, para influenciar a intenção de voto dos eleitores”. Durante a sessão de esclarecimento, na qual participaram cerca de 220 pessoas, foi levantada a questão da supervisão a actividades de campanha organizadas em Hengqin. Seng Ioi Man indicou que violações da lei eleitoral fora de Macau também são susceptíveis de serem punidas, sem mencionar directamente a zona de cooperação aprofundada, em declarações citadas pelo canal chinês da Rádio Macau. Através da cooperação policial e judicial, o presidente da CAEAL refere há mecanismos eficazes para combater violações à lei eleitoral fora do território da RAEM. Seng Ioi Man pediu à população para denunciar suspeitas de corrupção eleitoral ou de outras irregularidades, com “informações detalhadas e concretas, incluindo a forma de contacto directo pessoal”, para que a CAEAL e os órgãos de execução da lei concentrem esforços no acompanhamento e investigação de queixas. Recorde-se que a campanha eleitoral vai decorrer entre 30 de Agosto e 12 de Setembro, e os residentes vão às urnas no dia 14 de Setembro para escolher o elenco de deputados eleitos directamente para a Assembleia Legislativa.
João Santos Filipe PolíticaCerca de 1.100 pessoas vivem em apartamentos para idosos Até 7 de Março, quase 1.100 pessoas habitavam nos prédios para idosos, um tipo de habitação pública que pode ser arrendada por residentes com mais de 65 anos. A informação foi revelada pelo Instituto de Acção Social (IAM), na mais recente reunião do Comissão para os Assuntos do Cidadão Sénior. A comissão reuniu na quarta-feira, e contou com a presença da secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, O Lam, que ouviu ainda que as 1.100 passaram a ocupar as casas no âmbito de cerca de 740 candidaturas. Em relação a pedidos de outras pessoas para se mudarem para os apartamentos para idosos, os representantes do IAS, entre eles o presidente How Wai, apontaram que estão a lidar com os processos recebidos entre Janeiro do ano passado e 14 de Fevereiro deste ano. Os trabalhos seguintes incluem a avaliação das candidaturas recebidas e a sua ordenação, tendo em conta também a capacidade dos candidatos. Apenas as pessoas consideradas independentes se podem candidatar a este tipo de habitação pública. No entanto, o número de candidaturas que estão a ser classificadas e organizadas não foi indicado. Evitar o isolamento Na reunião foi ainda definido como trabalho prioritário a identificação dos casos de isolamento ocultos. Este é um trabalho que o IAS espera alcançar através da cooperação com “as instituições particulares” e a melhoria dos “actuais serviços”. Por outro lado, as autoridades prometeram “inteirar-se da situação habitacional dos idosos de Macau através da realização do ‘Inquérito aos beneficiários do Subsídio para Idosos que residem na RAEM’” e “aumentar as equipas de serviço extensivo ao exterior”. Desta forma, o IAS acredita poder “prestar carinho aos idosos ocultos” e facultar-lhes serviços e apoio necessários. O inquérito encontra-se em fase de preparação, e visa os idosos, ou casais de idosos, que vivem sozinhos e vai ser feito através de visitas porta-a-porta, ou pedidos de informações junto de vizinhos ou de estabelecimentos comerciais.
João Santos Filipe Manchete PolíticaHainão | Sam Hou Fai pede reforço da cooperação com Hengqin O Chefe do Executivo passou por Hainão para participar na Conferência Anual do Fórum Boao para a Ásia 2025, e teve um encontro com o secretário do Comité Provincial do Partido Comunista da China, a quem sugeriu o reforço da cooperação entre Hainão e Hengqin O Chefe do Executivo pediu o reforço da cooperação entre a Zona de Cooperação em Hengqin e o porto de comércio livre de Hainão. A proposta foi apresentada ao secretário do Comité Provincial de Hainão do Partido Comunista da China e presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular Provincial, Feng Fei, num encontro na quarta-feira. De acordo com a versão oficial do encontro, Sam Hou Fai afirmou estar “muito feliz por ver os progressos obtidos pela criação do porto de comércio livre de Hainão”. A província que fica situada numa ilha é regularmente encarada como o Havai da China, e é um dos grandes centros de turismo chineses, além de ter um regime preferencial ao nível do pagamento de impostos. Durante a reunião, Sam Hou Fai “sublinhou as relações profundas e de longa data entre as duas regiões”, e “a boa base de cooperação entre as duas partes nos sectores de turismo, de saúde e da educação”. A nível de futuras parcerias, o Chefe do Executivo afirmou acreditar haver espaço para reforçar a cooperação através da Ilha da Montanha, uma vez que “a Zona de Cooperação em Hengqin e o porto de comércio livre de Hainão têm aspectos idênticos em termos políticos”. A semelhança não é surpreendente, dado que as duas zonas fazem parte da jurisdição do Interior. Sam frisou que estas semelhanças podem “potenciar as […] vantagens singulares, alargando o intercâmbio de cooperação” entre as regiões “em prol de benefícios mútuos”. Sobre Macau, Sam indicou que está “a acelerar com determinação o impulso ao desenvolvimento adequado e diversificado da economia” para alcançar um “crescimento de alta qualidade da sociedade e da economia”. O líder do Governo de Macau afirmou ainda “estar expectante das oportunidades de desenvolvimento através da cooperação pragmática entre as duas regiões”. Hengqin como referência Por sua vez, Feng Fei indicou que a o porto de comércio livre de Hainão entrará, este ano, em funcionamento como zona aduaneira autónoma e que teve por base inspiração nas “várias experiências de sucesso da Zona de Cooperação em Hengqin”. Feng Fei apontou também que Hainão vai acompanhar o desenvolvimento da Zona de Cooperação, para se inspirar nos sucessos mais recentes. O governante reconheceu ainda que “a estrutura das indústrias de Hainão e de Macau têm aspectos em comum, onde a proporção do sector turístico é maior, esperando que ambos aprofundem ainda mais a cooperação, reforçando a união para um novo capítulo de cooperação em várias áreas entre os dois territórios”. Sam Hou Fai esteve em Hainão com uma delegação de Macau para participar na Conferência Anual do Fórum Boao para a Ásia 2025.
Hoje Macau PolíticaDSEDJ | Governo quer jovens a celebrar vitória na guerra contra o Japão A Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) quer ver os jovens de Macau a celebrar o “80.º Aniversário da Vitória da Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e da Vitória Mundial contra o Fascismo” e, assim sendo, vai financiar várias actividades nas escolas. A revelação foi feita pelo vice-presidente do Conselho de Juventude, e director da DSEDJ, Kong Chi Meng, na reunião que decorreu na terça-feira. O objectivo passa por levar os “jovens e alunos a compreenderem melhor a história da guerra de resistência e aumentar o sentimento de pertença à nação e de amor à Pátria”. Segundo o comunicado oficial do encontro, o financiamento enquadra-se no programa para jovens “à Procura das Raízes Vermelhas” e tem como destinatários as escolas e associações locais. Os representantes da DSEDJ enquadraram ainda o financiamento das actividades na “implementação da educação patriótica junto dos jovens e alunos em diferentes vertentes e formas” no “enriquecimento contínuo dos conteúdos de trabalho da educação patriótica” e na “divulgação abrangente do valor fundamental social do amor pela Pátria e por Macau através de meios atractivos”. No encontro, esteve também presente a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura e presidente do Conselho de Juventude, O Lam, que avisou o Conselho da Juventude que “os trabalhos de educação patriótica devem ser desenvolvidos de forma mais aprofundada, mais detalhada e mais apropriada” no futuro e que a Zona de Cooperação em Hengqin deve ser utilizada como “plataforma de intercâmbio entre os jovens de Macau e do Interior”. O Lam vincou igualmente que Xi Jinping presta muito atenção à formação dos jovens de Macau.
João Santos Filipe Manchete PolíticaIlha da Montanha | Queixas de obstáculos à integração Longas filas para atravessar a fronteira, serviços de saúde insuficientes, moradas que não são reconhecidas e cartas que nunca chegam ao destino. São alguns dos problemas dos residentes de Macau em Hengqin, que o deputado Nick Lei espera que o Governo consiga resolver O deputado Nick Lei afirma que existem muitos obstáculos para garantir a integração dos residentes de Macau em Hengqin, e pede às autoridades que tomem novas medidas para melhorar a situação. Ouvido pelo jornal do Cidadão, o deputado ligado à comunidade de Fujian indicou como um dos principais obstáculos a falta de condições para atravessar a fronteira, o que faz com que quem vive em Hengqin, mas trabalha ou estuda em Macau tenha de enfrentar frequentemente filas longas, principalmente durante os feriados ou nas horas de ponta. Como solução para esta questão, o deputado propõe que as autoridades de Macau se coordenem com a Alfândega de Hengqin para instalarem balções ou canais de inspecção automáticos nas fronteiras apenas para residentes de Macau, com vista a aumentar a rapidez da passagem fronteiriça. Em relação aos problemas identificados, Nick Lei aponta também que o centro de saúde do Novo Bairro de Macau, em Hengqin, que começou a funcionar em Novembro do ano passado, não tem serviço regular de colheita de sangue. Outra das falhas identificadas, é o facto de alguns medicamentos disponíveis em Macau não se encontrarem em Hengqin. Os serviços de saúde no bairro para residentes de Macau são assim tidos como insuficientes. Lei revela mesmo que houve residentes que tiveram de vir a Macau receber os tratamentos de saúde necessários, uma vez que não estavam disponíveis em Hengqin. Problemas burocráticos No rol de queixas que consta das declarações prestadas ao Jornal do Cidadão, Nick Lei afirma que vários residentes encontram dificuldades quando têm de declarar a morada na Ilha da Montanha junto dos serviços públicos ou instituições financeiras de Macau. De acordo com o deputado, é frequente que as moradas em Hengqin não sejam aceites nas instituições locais como uma morada reconhecida em Macau. Outra situação frequente, acontece quando a morada na Ilha da Montanha é reconhecida, mas a correspondência nunca chega ao destino. Lei pede assim às autoridades que peçam aos correios do outro lado da fronteira para encontrarem uma forma de ultrapassar este obstáculo. Por outro lado, Lei lamentou que a medida das autoridades do Interior para que os carros com matrícula de Macau autorizados a circular em Hengqin pudessem circular em toda a província de Cantão ainda não tenha saído do papel, apesar de anunciada. Nick Lei compreende que a integração é um processo que leva o seu tempo, mas defende que estes aspectos devem ser melhorados rapidamente, para atrair mais residentes de Macau para Hengqin.
João Santos Filipe Manchete PolíticaParques Industriais | Empresa com lucros de 10 milhões de patacas Apesar dos lucros operacionais da Sociedade para o Desenvolvimento dos Parques Industriais de Macau terem piorado face a 2023, os ganhos com juros de capital permitiram melhorar os resultados em cerca de 7 por cento No ano passado, a Sociedade para o Desenvolvimento dos Parques Industriais de Macau alcançou lucros de 10,01 milhões de patacas. A informação foi disponibilizada pela empresa no portal da Direcção dos Serviços da Supervisão e da Gestão dos Activos Públicos. Os lucros de 2024 representam um aumento de 7,37 por cento em comparação com 2023, quando os ganhos da empresa detida pelo Governo da RAEM tinham sido de 9,33 milhões de patacas. O aumento dos lucros marca uma inversão da tendência de redução face ao período entre 2022 e 2023, quando se registou uma quebra de 71,8 por cento de 33 milhões de patacas dos lucros para 9,33 milhões de patacas. Todavia, nessa altura, a companhia explicou que os lucros de 2022 tinham tido na origem em receitas extraordinárias cerca de 31,8 milhões de patacas, explicados com “transferências de contratos”. No ano de 2024, as principais receitas da Sociedade para o Desenvolvimento dos Parques Industriais de Macau ficaram a dever-se ao arrendamento dos espaços no Parque da Concórdia, em Coloane, e Parque Industrial Transfronteiriço Zhuhai-Macau, construído na Ilha Verde. No último ano as rendas renderam à empresa 18,18 milhões de patacas, enquanto no ano anterior o montante tinha sido de 18,15 milhões de patacas. Todavia, a grande diferença para o aumento dos lucros aconteceu devido às receitas com os juros de capital que subiram de 5,96 milhões de patacas, em 2023, para 7,30 milhões, em 2024. Mais despesas Os juros gerados pela empresa contribuíram para disfarçar o desgaste dos lucros operacionais, ou seja, a diferença entre os ganhos da empresa com a principal actividade, o arrendamento dos espaços, e as despesas de funcionamento. Como consequência, os lucros operacionais desceram de 4,56 milhões de patacas para 4,03 milhões de patacas. Este “desgaste” ficou a dever-se principalmente ao aumento de despesas totais com os membros da administração e trabalhadores, dado que o peso subiu de 5,80 milhões de patacas para 6,05 milhões de patacas. Em 2024, a empresa manteve o número de trabalhadores, que totalizaram 10 funcionários, mas os custos com salários, que excluem o pagamento dos membros da administração, subiram de 3,85 milhões de patacas para 4,14 milhões de patacas. O pagamento dos membros da administração aumentou de 1,36 milhões de patacas para 1,43 milhões de patacas. No ano passado, Lo Ioi Weng foi substituído como presidente do conselho da empresa por Chan Hon Sang, que tem prevista uma remuneração anual de 1,29 milhões de patacas. A Sociedade para o Desenvolvimento dos Parques Industriais de Macau tem como accionistas a RAEM e o Instituto de Promoção de Comércio e do Investimento (IPIM), aos quais entregou 1,09 milhões de patacas em dividendos, o mesmo valor que em 2023. Aposta na diversificação A Sociedade para o Desenvolvimento dos Parques Industriais de Macau foi criada em 1993 com o objectivo de atrair investimento e indústrias para o Parque da Concórdia em Coloane. Em 2003, a empresa ficou responsável pela exploração do Parque Industrial Transfronteiriço Zhuhai-Macau, construído na Ilha Verde, espaço criado com o objectivo de diversificar a indústria do território. A empresa tem assim como objectivo desenvolver e gerir terrenos que ficaram reservados para o desenvolvimento industrial e actividades relacionadas, de acordo com o portal da companhia.
Hoje Macau PolíticaReserva Financeira | Ano arranca com ganhos de 5,3 mil milhões A reserva financeira de Macau começou 2025 em alta, com o valor dos activos a aumentar 5,3 mil milhões de patacas em Janeiro, foi ontem anunciado. O valor da reserva cifrou-se em 621,5 mil milhões de patacas no final de Janeiro, de acordo com dados publicados no Boletim Oficial. Ainda assim, o valor permanece longe do recorde de 663,6 mil milhões de patacas atingido em Fevereiro de 2021, em plena pandemia. De acordo com dados da Autoridade Monetária de Macau (AMCM), a reserva tinha registado em 2024 o melhor ano desde a pandemia de covid-19, após ganhar 35,7 mil milhões de patacas. Este foi o aumento anual mais elevado desde 2019, quando o valor da reserva aumentou em 70,6 mil milhões de patacas. O valor da reserva extraordinária no final de Janeiro era de 452 mil milhões de patacas e a reserva básica, equivalente a 150 por cento do orçamento público de Macau, era de 164,2 mil milhões de patacas. O orçamento do território para 2025 prevê uma subida de 7 por cento nas despesas totais, para 109,4 mil milhões de patacas. A reserva financeira de Macau é maioritariamente composta por depósitos e contas correntes no valor de 248,1 mil milhões de patacas, títulos de crédito no montante de 119,3 mil milhões de patacas e até 247,6 mil milhões de patacas em investimentos subcontratados. Em 2024, os investimentos renderam à reserva financeira quase 31 mil milhões de patacas, correspondendo a uma taxa de rentabilidade de 5,3 por cento, disse a AMCM no final de Fevereiro.
Hoje Macau PolíticaTDM | Sam Hou Fai substitui Neto Valente no Conselho Fiscal O advogado Jorge Neto Valente foi substituído como presidente do Conselho Fiscal da TDM – Teledifusão de Macau, por decisão do Chefe do Executivo, Sam Hou Fai. A decisão foi revelada ontem no Boletim Oficial. O macaense António Dias Azedo foi escolhido para presidente do Conselho Fiscal, revela o mesmo documento. Jorge Neto Valente foi o único dos membros do Conselho Fiscal a ser substituído, dado que os mandatos de Lam Bun Jong e Iong Weng Ian foram renovados pelo período de um ano. De acordo com a informação disponível na página da Direcção dos Serviços da Supervisão e da Gestão dos Activos Públicos, Jorge Neto Valente tinha uma remuneração anual pelas funções de 140.400 patacas, enquanto os restantes membros tinham de 102.960 patacas, cada.
Hoje Macau PolíticaSegurança | Despedidos instruendos filmados a tocarem-se O secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, decidiu despedir os três instruendos da Escola Superior das Forças de Segurança de Macau (ESFSM) envolvidos num vídeo em brincavam com as partes íntimas. A aplicação da pena, no âmbito de um processo disciplinar, foi revelada através do portal do gabinete do secretário. O caso rebentou em Setembro de 2023, quando foi partilhado um vídeo nas redes sociais, que se tornou viral, em que dois instruendos surgiam em brincadeiras que envolviam as suas partes íntimas. Na sequência da divulgação das imagens foi instaurado um processo disciplinar para decidir o futuro dos três envolvidos. “No início de Setembro de 2023, circulou na Internet uma curta-metragem com dois homens a cometer comportamentos indecentes. Após investigação preliminar, confirmou-se que ambos são instruendos a receber formação na Escola Superior das Forças de Segurança de Macau”, foi comunicado, aquando a abertura do inquérito. No decorrer da investigação, numa primeira fase, foi anunciado que os três instruendos foram “eliminados por má conduta moral, na avaliação realizada no âmbito do módulo ‘Mérito Pessoal’”. No entanto, mais recentemente, foi confirmada a aplicação de uma pena de demissão, a mais grave. “A Escola Superior das Forças de Segurança de Macau já concluiu os processos disciplinares, tendo sido aplicada aos três instruendos a pena de extinção do vínculo de emprego público, por despacho do secretário para a Segurança”, foi indicado. De acordo com as regras gerais, os instruendos podem recorrer da decisão para os tribunais da RAEM, de forma a evitar a decisão tomada.
João Santos Filipe Manchete PolíticaCooperação | Sam Hou Fai aposta em Heilongjiang para diversificar economia Durante um encontro entre o Chefe do Executivo e os representantes de Heilongjiang foram assinados vários memorandos em áreas como indústria, medicina-tradicional chinesa, educação ou comércio O Chefe do Executivo espera que Macau consiga utilizar a base industrial de Heilongjiang para diversificar a economia local. A esperança foi deixada durante um encontro, à porta fechada, entre Sam Hou Fai e Xu Qin, secretário do Comité Provincial de Heilongjiang do Partido Comunista da China e presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular Provincial, que decorreu na segunda-feira. De acordo com a versão oficial, Sam Hou Fai destacou que “Heilongjiang possui uma base industrial sólida, com ricos recursos ecológicos” e defendeu que as duas partes devem utilizar as “vantagens diferentes em recursos e indústrias” para reforçar a cooperação, e contribuir para a diversificação da economia de Macau. Como tem defendido nos encontros com representantes do Interior, o Chefe do Executivo indicou também que existe uma perspectiva de cooperação “ampla”, a nível da “economia, comércio, ciência, tecnologia, educação, turismo cultural e desporto” para “injectar uma nova dinâmica na promoção do desenvolvimento da diversificação adequada da economia de Macau”. O Chefe do Executivo apontou também que o Governo da RAEM vai cumprir “o espírito dos discursos importantes do Presidente Xi Jinping”, o que passa por “persistir no princípio ‘Um País, Dois Sistemas’, desempenhar plenamente o papel de Macau enquanto elo e ponte de ligação entre a China e os Países de Língua Portuguesa, articular-se activamente com as grandes estratégias nacionais, tais como a iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’ e a construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”. Assinatura de protocolos O encontro serviu igualmente para assinar diferentes protocolos, cujos alcances não foram revelados no comunicado que fez o relato da reunião. Os protocolos assinados foram o “memorando de cooperação turística entre o Departamento de Cultura e Turismo da Província de Heilongjiang e a Direcção dos Serviços de Turismo da RAEM”, o “memorando de cooperação entre o Departamento de Comércio da Província de Heilongjiang e o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento da RAEM”, o “memorando de cooperação entre o Departamento de Educação da Província de Heilongjiang e a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude da RAEM”. Foram ainda assinados o “acordo-quadro de cooperação estratégica na área da medicina tradicional chinesa entre os Serviços de Saúde da RAEM e a Administração de Medicina Tradicional Chinesa da Província de Heilongjiang”, o “acordo-quadro de intercâmbio e cooperação na área de desporto entre a Administração do Desporto da Província de Heilongjiang e o Instituto do Desporto da RAEM”, o “memorando de cooperação sobre o aprofundamento conjunto do intercâmbio e desenvolvimento da juventude entre a federação da juventude da Província de Heilongjiang e a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude da RAEM”, e o “acordo de cooperação sobre a construção do ‘laboratório conjunto da certificação de qualidade de medicamentos de Heilongjiang e inovação de produtos’ entre a Universidade de Macau e a academia da medicina tradicional chinesa da Província de Heilongjiang”.
Andreia Sofia Silva PolíticaSegurança social | Coutinho defende actualização do regime O deputado José Pereira Coutinho exige que o Governo reveja o sistema de segurança social para que deixem de existir situações de discriminação para com os idosos portadores de deficiência. Na interpelação escrita entregue ao Executivo, o deputado e presidente da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM) falou de uma das situações alegadamente discriminatórias, referindo que “um cidadão que, desde a juventude, recebe um subsídio por invalidez e atinge a terceira idade, deveria ter o direito de o acumular com a pensão de idoso”. Além disso, Coutinho refere que se tem confrontado, através do gabinete de atendimento aos cidadãos, com “um crescente número de pedidos de apoio por parte de residentes com deficiência, especialmente os que, atingindo a terceira idade, se deparam com uma significativa redução dos rendimentos”. “Esta situação revela-se particularmente alarmante para aqueles que não têm direito às pensões de idosos”, frisou. Segundo o deputado, “os cidadãos deficientes que atingem a idade legal para serem considerados idosos são, por definição, indivíduos que apresentam impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, limitando a sua participação plena na sociedade, em condições de igualdade para com os demais idosos”. Rever a lei Neste sentido, o deputado diz ser “imperativo” que se “reavaliem as actuais normas que regem a concessão de pensões a cidadãos deficientes que atingem a terceira idade”, uma vez que “é fundamental garantir que todos os cidadãos, independentemente da sua condição, tenham acesso a direitos que promovam a dignidade e qualidade de vida”. “Considerando ser fundamental a revisão da legislação pertinente, a fim de assegurar que os cidadãos deficientes tenham o direito a rever a pensão para idosos, questiono se o Governo vai proceder à actualização e modernização do actual regime de segurança social que se encontra manifestamente desactualizado tendo em conta a década e meia de vigência da lei 4/2010 [regime de segurança social]”, rematou.
João Santos Filipe Manchete PolíticaTrabalho | Leong Sun Iok quer protecção para “falsos colaboradores” O deputado da FAOM alerta para o abuso do regime de trabalho independente, que pode ser usado pelas entidades patronais para evitar obrigações, como a aquisição de seguros O deputado Leong Sun Iok pretende que o Governo apresente novas medidas para proteger os “falsos colaboradores”, ou seja, os trabalhadores que no papel são contratados para uma prestação de serviços independente, mas na prática estão sob a autoridade da entidade patronal. O assunto foi abordado através de uma interpelação escrita, divulgada ontem pelo gabinete do legislador ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM). De acordo com o cenário relatado por Leong Sun Iok, está a tornar-se cada vez mais normal em Macau os empregadores recorrerem a falsos colaboradores, dado que “o mercado é limitado e muitas pessoas só conseguem trabalhar desta forma”. Sem opções, os trabalhadores acabam por aceitar as propostas. Em condições normais, os colaboradores prestam um serviço, podendo escolher quando e como trabalham, sendo o mais relevante a apresentação do resultado para o qual foram contratados. No entanto, nas condições relatadas pelo deputado, na prática, os trabalhadores são obrigados a seguir horários de trabalho estabelecidos pelo patrão e as suas instruções, características típicas do regime de trabalhador dependente. Para os patrões, embora esta actuação seja ilegal, o regime tem a vantagem de permitir evitar despesas decorrentes da garantia de direitos laborais. Como tal, Leong Sun Iok pede ao Executivo que “verifique se os empregadores estão a recorrer a esta possibilidade como meio para fugirem às responsabilidades e aos deveres da relação de trabalho”. Mais um estudo O deputado da bancada parlamentar da FAOM pede que se siga o exemplo do Interior da China, de aumento da protecção destes trabalhadores. Para tal, argumenta que é necessário “estudar a forma de assegurar as garantias profissionais dos trabalhadores por conta própria e dos profissionais liberais”, e “incentivar os empregadores a adquirirem seguro de trabalho para os seus trabalhadores com contratos de prestação de serviços”. O membro da Assembleia Legislativa pede também ao Governo que esteja atento ao surgimento das “novas modalidades de emprego”. Na interpelação, é também solicitada a realização de “um inquérito sobre o número e os tipos de trabalhadores por conta própria e de profissionais liberais existentes” no território, para “salvaguardar os direitos e interesses profissionais dos trabalhadores”. Por outro lado, Leong indica que em Macau há sempre contrato de trabalho, independentemente da designação do contrato, quando é exigido ao “colaborador” que esteja “disponível” para desempenhar as funções a pedido do empregador. Por isso, pergunta ao Governo se vai emitir instruções claras e reforçar as acções de divulgação sobre o regime laboral de Macau, para “evitar o incumprimento da lei por parte dos empregadores e salvaguardar os direitos e interesses dos trabalhadores”.
Hoje Macau PolíticaCotai | Governo recusou concertos ao ar-livre A presidente do Instituto Cultural (IC), Deland Leong Wai Man, reconheceu que a zona de concertos ao ar-livre no Cotai não vai receber espectáculos durante este mês. As declarações de Leong aos órgão de comunicação social foram citadas pelo jornal Ou Mun. Segundo Deland Leong Wai Man, o IC planeou organizar concertos nesta zona de grandes espectáculos em Março e Maio. E até foram recebidas cerca de 30 propostas para a utilização do espaço. Todavia, as autoridades consideraram que as propostas apresentadas para Março não reuniram os critérios exigíveis para a utilização do recinto. Leong explicou que tal se deveu principalmente ao facto de as propostas não apresentarem uma expectativa de audiência suficientemente grande para justificar o uso da zona de concertos ao ar-livre, que tem capacidade para 50 mil pessoas. Contudo, as autoridades ainda não querem receber um espectáculo com 50 mil pessoas. Segundo a responsável, nesta fase é preferível um espectáculos com uma audiência de 20 mil pessoas, dado que o Governo pretende que as entidades produtoras testem o recinto e ganhem experiência na coordenação das entradas e saídas do público e na organização do trânsito. Os horários propostos foram outro dos entraves à utilização do recinto. No entanto, Leong está confiante que os concertos possam voltar à zona de concertos ao ar-livre em Maio.
Hoje Macau PolíticaÁgua | Lei Chan U pede balanço medidas de poupança O deputado Lei Chan U pede ao Governo que apresente um primeiro balanço do Programa de Poupança de Água em Macau, que depois de 15 anos em vigor termina no final deste ano. A solicitação surge através de uma interpelação escrita, divulgada ontem pelo deputado da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM). “O Governo vai proceder a uma avaliação e a um balanço sobre a eficácia da implementação do Programa de Poupança de Água em Macau nos últimos 15 anos? Este programa propõe a concretização de uma série de objectivos até 2025. Esses objectivos foram alcançados?”, pergunta o deputado. No documento, Lei Chan U indica que os “recursos hídricos de Macau são extremamente escassos e o abastecimento de água bruta depende principalmente do Interior da China” por isso, sublinha que “a boa execução dos trabalhos de poupança de água e o aumento da consciência social são muito importantes”. Apesar desta posição, Lei reconhece que o Executivo pode não ter interesse em lançar uma nova edição deste programa. Nesse caso, o deputado pretende saber como vai ser promovida a poupança de recursos hídricos. “Se o Governo não tem a intenção de definir um novo programa de poupança de água, de que planos dispõe para reforçar, de forma contínua, a gestão dos recursos hídricos e promover a construção de uma cidade economizadora de água?”, pergunta.
Hoje Macau PolíticaGongbei | Ex-director da Administração Alfandegária acusado de corrupção O ex-director da Administração Alfandegária de Gongbei, Zhao Min, foi expulso do Partido Comunista Chinês e enfrenta acusações de vários tipos de suborno e abuso de poder. Como é natural, devido à ligação entre Gongbei e as Portas do Cerco, a principal fronteira entre Macau e o Interior da China, Zhao Min participou em várias iniciativas e políticas conjuntas, como o processo de abertura e desburocratização para facilitar a circulação de veículos de Macau em Zhuhai e Hengqin. Segundo a Comissão Central de Inspecção de Disciplina, “Zhao Min perdeu os seus ideais e convicções, traiu a sua missão original”, e “aceitou presentes, ofertas em dinheiro, banquetes e viagens em violação dos regulamentos, fez com que outros pagassem despesas que deveriam ter sido pagas por ele pessoalmente e pediu emprestados veículos de outras pessoas sem qualquer encargo”. O órgão disciplinar indica ainda na sua página oficial que Zhao Min “utilizou a conveniência criada pelo poder ou estatuto dos seus familiares e, através das acções oficiais de outros funcionários do Estado, procurou obter benefícios indevidos para outros e aceitou ilegalmente bens”. Além da expulsão do Partido Comunista Chinês, foram cancelados os benefícios de que usufruía e confiscados os bens adquiridos indevidamente, por suspeitas da prática do crime de aceitar subornos usando a sua influência. A Comissão Central de Inspecção de Disciplina acrescenta que a natureza das infracções de Zhao Min é grave, pelo que deve ser tratado com seriedade e sujeito a acção penal.
João Luz Manchete PolíticaMNE | Sam Hou Fai reúne-se com a Vice-Ministra Hua Chunying O Chefe do Executivo recebeu na sede do Governo a Vice-Ministra dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying, a quem pediu apoio na expansão das relações com o exterior. Sam Hou Fai apontou aos mercados de língua portuguesa, de língua espanhola e do sudeste asiático O Chefe do Executivo recebeu no domingo na sede do Governo da RAEM uma comitiva de representantes do Governo Central liderada pela Vice-Ministra dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying, segundo um comunicado divulgado na noite de domingo pelo Gabinete de Comunicação Social. Durante a reunião, Sam Hou Fai e Hua Chunying trocaram impressões sobre a implementação da diversificação adequada da economia de Macau, nomeadamente através do fortalecimento e da “expansão ainda maior das relações com o exterior”. O Chefe do Executivo realçou a “grande riqueza histórica e cultural” de Macau, trunfos que permitem que o território sirva como “uma plataforma de comunicação e cooperação entre o país e o exterior”. Em relação às metas do Governo, Sam Hou Fai adiantou que irá “fortalecer e expandir as suas relações com o exterior, especialmente os mercados de língua portuguesa, de língua espanhola, do sudeste asiático”, de forma a promover “ainda mais a diversificação adequada da economia de Macau”. Para atingir tais objectivos, o líder o Governo da RAEM afirmou esperar “que o Ministério dos Negócios Estrangeiros possa dar apoio durante o processo”. Habitat natural Além do secretário para a Administração e Justiça, André Cheong, também o comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China na Região Administrativa Especial de Macau, Liu Xianfa, participou na reunião, a quem Sam Hou Fai agradeceu pelo “apoio em todos os assuntos relacionados com o exterior”. O Chefe do Executivo sublinhou também que Macau é “uma sociedade próspera, estável, pacífica e harmoniosa”, e “um exemplo bem-sucedido da implementação de “Um País, Dois Sistemas”. A notoriedade internacional de Hua Chunying subiu consideravelmente durante o período em que foi porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros. No fim de Maio do ano passado, o Conselho de Estado anunciou a sua nomeação como Vice-Ministra dos Negócios Estrangeiros.
Hoje Macau PolíticaEleições | Conselho das Comunidades defende voto electrónico O presidente do Conselho Regional das Comunidades Portuguesas da Ásia e Oceânia, Rui Marcelo, defendeu o voto electrónico para facilitar a participação de emigrantes nas eleições. “O voto electrónico tem sido uma bandeira do Conselho das Comunidades Portugueses já há vários mandatos, porque não tem sido um tema consensual, diria eu, junto das autoridades governamentais portuguesas e junto dos grupos parlamentares”, disse Rui Marcelo, quando questionado pela Lusa. “Temos estado a discutir essa possibilidade com as autoridades portuguesas e, pela nossa parte, o processo já teria sido acelerado”, salientou. Rui Marcelo falava aos jornalistas no final da reunião do Conselho Regional das Comunidades Portuguesas da Ásia e da Oceânia (que inclui China, Tailândia, Coreia do Sul, Japão, Singapura, Austrália e Timor-Leste), que decorreu no fina da semana passada em Díli. Embora o voto por correspondência tenha sido o procedimento normal, o responsável disse que existem “sempre problemas relativamente às datas em que esses votos acabam por chegar à Comissão Nacional de Eleições”, salientando que as próximas legislativas, marcadas para 18 de Maio, vão “criar desafios muito importantes no processo de participação”. Em Fevereiro, o parlamento aprovou uma resolução apresentada pelo PSD para a realização de uma experiência para testar o voto electrónico na emigração. Durante os dois dias do encontro, os conselheiros debateram também formas de cooperação entre os círculos no sector da educação e associativismo, na área da economia e das questões consulares e sobre as potencialidades artísticas e culturais.
Hoje Macau Manchete PolíticaDiplomacia | Paulo Rangel tem encontro com Sam Hou Fai na sexta-feira O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros visita a China esta semana, numa deslocação de quatro dias que inclui contactos com representantes do Governo chinês e uma passagem por Macau. A agenda de Paulo Rangel inclui um encontro com Sam Hou Fai e a visita à Escola Portuguesa de Macau O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, começa amanhã uma visita à China que irá incluir uma passagem por Macau e Hong Kong, na sexta-feira, o último dia da passagem pela China. Na RAEM, o político português irá encontrar-se com representantes de associações, instituições de ensino e empresários portugueses e fará uma visita à Escola Portuguesa de Macau. Paulo Rangel vai reunir-se igualmente com o Chefe do Executivo da RAEM, Sam Hou Fai, e com os conselheiros das Comunidades Portuguesas eleitos pelo círculo da China (China, Coreia, Japão, Singapura e Tailândia). O programa oficial da visita de Paulo Rangel termina com uma visita à exposição “Estórias Lusas”, iniciativa dedicada à comunidade portuguesa, no Museu de História de Hong Kong. Casa da partida Porém, antes de rumar a Macau, a agenda do chefe da diplomacia portuguesa arranca amanhã em Pequim, pelas 10h, com um encontro com o director-geral do Departamento Internacional do Partido Comunista Chinês, o ministro Liu Jinchao, indica uma nota divulgada na sexta-feira pelo Ministério tutelado por Rangel. Segue-se uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, e um encontro com o reitor da Beijing Foreign Studies University, Jia Wenjian. Ainda na capital chinesa, Paulo Rangel dará uma palestra na Beijing Foreign Studies University (BFSU) subordinada ao tema “Língua e Cultura Portuguesa”. No dia seguinte, já em Haikou (sul da China), o ministro português intervém no “Boao Forum for Asia 2025”, a conferência anual realizada na província chinesa de Hainão que visa promover e aprofundar o intercâmbio, a coordenação e a cooperação económica entre a Ásia e outras partes do mundo. Ainda na quarta-feira, Paulo Rangel tem previsto um encontro bilateral com o vice-primeiro-ministro chinês, Ding XueXiang. O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros participa igualmente na quinta-feira na sessão plenária do “Boao Forum for Asia 2025” e tem agendados encontros bilaterais.
Hoje Macau PolíticaGás | Ron Lam pede mais regulação de instalações O deputado Ron Lam considera que o Governo deve seguir o exemplo de Hong Kong e criar regulação que defina as qualificações dos técnicos de supervisão dos equipamentos de gás. A posição foi tomada através de uma interpelação escrita assinada pelo deputado. Lam recordou que actualmente em Macau só existem leis que regulam as entidades que instalam equipamentos de gás, mas não há regras sobre as qualificações do pessoal técnico, que não têm de fazer nenhum exame ou obter um certificado de acesso à profissão. O deputado também quer saber se depois do acidente de explosão em Toi San, que causou ferimentos em duas crianças e uma empregada doméstica, se as autoridades investigaram os equipamentos de gás. Além disso, o deputado pede que o Governo explique que medidas vão ser adoptadas para evitar incidentes destes no futuro.
Hoje Macau PolíticaCCPPC | Sam Hou Fai destaca promoção do nacionalismo Sam Hou Fai destacou o papel da Fundação Soong Ching Ling na realização de actividades, como intercâmbios, para os jovens de Macau, contribuindo para promover o nacionalismo. As declarações terão sido proferidas num encontro entre o Chefe do Executivo e Li Bin, vice-presidente do 13.º Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC) e presidente da Fundação Soong Ching Ling. De acordo com a versão oficial, o Chefe do Executivo “agradeceu a atenção ao desenvolvimento dos jovens de Macau através da realização contínua de uma série de actividades significativas e diversificadas”. O líder do Governo destacou também que a fundação é uma “plataforma orientadora que conduz, os jovens locais, a participarem em visitas e intercâmbios no Interior da China nos domínios da ciência e tecnologia, cultura e desporto, o que permite alargar os seus horizontes e aprofundar conhecimentos sobre o desenvolvimento da pátria, o sentimento de amor pela pátria e por Macau”. Sam agradeceu também à Fundação Soong Ching Ling a possibilidade de permitir ao Governo de Macau financiar projectos de caridade, ao destacar que “duas partes têm desenvolvido, no Interior da China, vários projectos de caridade e beneficência com um profundo significado o que contribui para aliviar a pobreza”.
João Santos Filipe Manchete PolíticaHengqin | Sam Hou Fai pede mais esforços e espírito de reforma A prioridade para concretizar o desenvolvimento da Zona de Cooperação Aprofundada passa pelo estudo do espírito dos discursos de Xi Jinping. Esta é uma das quatro expectativas apresentadas pelo Chefe do Executivo para a Zona de Cooperação Aprofundada A aprendizagem do conceito “Macau + Hengqin”, apresentado por Xi Jinping, é a prioridade no âmbito do desenvolvimento da Zona de Cooperação Aprofundada entre Cantão e Macau, em Hengqin. A meta foi traçada por Sam Hou Fai, Chefe do Executivo e co-Chefe da Comissão de Gestão da Zona de Cooperação Aprofundada, durante a mais recente reunião de trabalho, que aconteceu no sábado. Sobre a “próxima fase do desenvolvimento” da Zona de Cooperação, Sam Hou Fai apresentou quatro “expectativas” para orientar os trabalhos. A primeira passa por “aprender e implementar com seriedade a importante abordagem ‘Macau + Hengqin’” apresentada pelo Presidente Xi Jinping, e “compreender profundamente as suas ricas conotações e requisitos práticos, envidando com todos os esforços para criar uma nova conjuntura da Zona de Cooperação”. Na versão oficial da reunião emitida pelo Governo de Macau não é explicada a “importante abordagem”, nem são indicadas concretamente as “conotações” e “requisitos práticos”. Como segunda expectativa, Sam pediu aos membros da comissão “mais esforços para a reforma e inovação” da Zona de Cooperação, e vontade de “explorar com coragem as políticas inovadoras e a convergência de regras e mecanismos, para ultrapassar as restrições do desenvolvimento de Hengqin”. Também neste aspecto, não foram detalhadas as “restrições” que têm sido encontradas. Como terceira expectativa, o líder do Governo de Macau pediu um reforço da capacidade de trabalho e vontade para “alcançar avanços”. Por último, Sam considerou que Macau tem de reforçar o apoio às autoridades do outro lado da fronteira, para promover “novas conquistas em todas as vertentes”. Balanço positivo Olhando para o trabalho dos últimos três anos, Sam Hou Fai considera que foram alcançados “progressos positivos” e que “o nível de integração entre Hengqin e Macau tem melhorado gradualmente”. O Chefe do Executivo também defendeu que o papel da Zona de Cooperação como sustento do “desenvolvimento diversificado da economia de Macau torna-se cada vez mais evidente”. Por sua vez, o Governador da Província de Guangdong, Wang Weizhong, o outro co-Chefe da Zona de Cooperação Aprofundada, afirmou que a comissão vai “empenhar-se em desenvolver as ‘quatro novas’ indústrias, potenciar o Parque Industrial de Design de Circuito Integrado Guangdong-Macau em Hengqin, o Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa, o Parque Industrial de Comércio Electrónico Transfronteiriço e o Parque Industrial de Inovação Hengqin-Macau”. Além disso, apontou como trabalhos prioritários, o reforço da “divulgação e promoção das políticas preferenciais e o planeamento e a introdução de projectos industriais” , bem como a atracção de “mais quadros qualificados com ideias inovadoras, capital, empresas e residentes de Macau para animar o ambiente de negócios da Zona de Cooperação”.
João Santos Filipe Manchete PolíticaComércio | Lao Ngai Leong quer mais veículos vindos de Hong Kong Com o comércio local a perder cada vez mais receitas para o Interior, o membro da Assembleia Popular Nacional por Macau sugere que o território aceite mais viaturas de Hong Kong, para ajudar à recuperação dos negócios as pequenas e médias empresas O membro da Assembleia Popular Nacional por Macau, Lao Ngai Leong, sugere a atribuição de mais quotas para veículos de Hong Kong podere circular em Macau, para compensar as pequenas e médias empresas (PME), pelas perdas das receitas para o Interior. A proposta foi apresentada durante uma sessão para aprender o “espírito das duas sessões”, realizada Associação de Federação e Comercial União de Shun De de Macau, na quarta-feira. Durante a sessão, de acordo com o Jornal do Cidadão, Lao Ngai Leong abordou os problemas do comércio local, provocados pelo consumo cada vez mais frequente dos residentes do outro lado da fronteira. Contudo, Lao destacou que a questão é mais abrangente e que tem vantagens, dado que “também as pequenas e médias empresas começaram a consumir mais no Norte”. Apesar deste cenário, o também empresário espera que os veículos de Guangdong possam circular cada vez mais perto de Macau, para visitarem o território e aumentar o volume de negócios das PME. No entanto, o político avisou a população local da necessidade de ter maior capacidade para aceitar o aumento de tráfego nas estradas de Macau. A sugestão foi apresentada numa altura em que os residentes de Hong Kong tendem a consumir cada vez mais no Interior, em especial em Shenzhen, onde os preços são mais baratos do que na RAEHK ou em Macau. A reconhecer a realidade Em relação às PME dos bairros comunitários, o deputado reconheceu a existência de dificuldades acrescidas, dado que os novos turistas de Zhuhai não ficam, nem compram nessas zonas. Lao Ngai Leong defendeu assim que o Governo tem de criar outras atracções nos bairros e atribuir maior apoios ao comércio local, para atravessar esta fase complicada. Apesar das dificuldades, o empresário defendeu que a economia de Macau está a “recuperar relativamente bem depois da pandemia” e que é a “obrigação de todos os sectores aproveitarem as políticas preferenciais do Governo Central”. O político afirmou igualmente que “as PME devem revitalizar-se e criar novo valor, para serem mais competitivas”. Lao contou ainda que a sua empresa de comida no Interior começou a trabalhar com universidades para criar novos produtos e a seguir as novas tendências de consumo, pedindo ao comércio local que siga este exemplo.