João Santos Filipe Manchete PolíticaGP Macau | Che Sai Wang quer desmontagens mais rápidas O deputado está preocupado com as obras de remoção da pista e aponta que o atraso perturba o número de lugares de estacionamento, o transporte de crianças paras as escolas e dificulta a vida aos residentes Che Sai Wang defendeu a necessidade de o Governo acelerar os trabalhados de desmontagem das instalações do Grande Prémio de Macau. A posição do deputado ligado à Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM) foi tomada numa interpelação escrita. De acordo com a interpelação, Che mostra-se um apoiante do Grande Prémio que indicou ser “um marco da identidade de Macau, com impactos positivos no turismo, na economia e na visibilidade internacional”. “Continua a ser uma componente vital da estratégia do Governo para estabelecer Macau como uma ‘Cidade de Eventos’”, realçou. No entanto, ao contrário do que acontece com as montagens, Che espera que os trabalhos de remoção da pista e das instalações complementares sejam mais rápidos. “Embora o Governo demonstre uma elevada eficiência na construção pré-corrida, a remoção das barreiras e o restauro das estradas e das funções comunitárias após o evento decorrem frequentemente a um ritmo diferente – lento, demorado e sem uma comunicação clara”, relatou. O deputado indica também que esta posição tem como base a queixa da população: “Inúmeros residentes relatam que, dias após o fim do evento, troços das estradas permanecem parcialmente obstruídos por barreiras e as instalações temporárias não são removidas, com áreas ao redor do reservatório e perto da curva do Grande Lisboa a serem as mais afectadas”, contou. “As estradas não voltam totalmente ao normal e os lugares de estacionamento designados permanecem indisponíveis, perturbando gravemente as deslocações diárias, o transporte escolar, a recolha de crianças e as entregas comerciais. Isto agrava o congestionamento do trânsito e os desvios”, acrescentou. Mais informação Apresentado o problema, o deputado quer saber se o Governo vai começar a divulgar melhor a informação com o calendário dos trabalhos de desmontagem nas diferentes áreas do território. “Os serviços ponderam publicar um ‘Boletim de Progresso da Restauração Pós-Evento’ claro e acessível ao público no futuro?”, perguntou. “Este boletim deve detalhar o calendário dos trabalhos de desmontagem por secção rodoviária, sendo actualizado diariamente, mostrando claramente o progresso da desmontagem, os horários de reabertura, as disposições de estacionamento e explicações para quaisquer atrasos causados pelo encerramento de estradas”, indicou. O deputado questionou também o Executivo sobre a definição de prazos rígidos para os trabalhos de desmontagem, para combater o “fenómeno da ‘construção rápida, mas desmontagem lenta’”. Por último, Che Sai Wang questiona se a definição de prazos rígidos para a desmontagem pode ser aplicada nos contratos de adjudicação da montagem da pista a instalações complementares, para resolver o problema.
Hoje Macau PolíticaIAM | Chao Wai Ieng com mandato renovado O mandato do presidente do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), Chao Wai Ieng, foi renovado até 31 de Maio, de acordo com um despacho do Chefe do Executivo publicado ontem no Boletim Oficial. A renovação acontece depois de Chao Wai Ieng ter cumprido cerca de um ano nas funções, que assumiu em Dezembro do ano passado, substituindo José Tavares. No despacho é considerado que Chao tem “experiência e capacidade profissional adequadas para o exercício das suas funções”, como normalmente acontece neste tipo de documentos. Chao Wai Ieng era director dos Serviços de Identificação desde Maio de 2022, e é licenciado em engenharia pela Universidade Nacional de Taiwan e em Direito pela Universidade de Macau. Ingressou na Função Pública em 2003 e desempenhou funções no Comissariado Contra a Corrupção entre Fevereiro de 2004 a Dezembro de 2019, altura em que foi escolhido como assessor do gabinete do secretário para a Administração e Justiça. Também o mandato de Mak Kim Meng como vice-presidente do IAM foi renovado. Mak entrou no IAM em 1999 e ao longo dos anos foi tendo diferentes posições. Era desde 2010 até ao ano passado um dos membros do Conselho de Administração do IAM. No que diz respeito ao Conselho de Administração, o Chefe do Executivo renovou também até 31 de Maio os mandatos de Isabel Celeste Jorge, Ung Sau Hong, To Sok I e Tam Wai Fong. DSEDT | Renovado mandato de Yau Yin Wah O mandato de Yau Yun Wah como director dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT) foi renovado pelo período de um ano, de acordo com um despacho publicado ontem no Boletim Oficial. Antes de ser director dos serviços de economia, onde substituiu o actual secretário para a Economia e Finanças, Tai Kin Ip, Yau Yun Wah era subdirector dos Serviços de Assuntos Comerciais da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin. É licenciado em Comércio pela Universidade de Chengchi de Taiwan e mestrado em Administração Pública pelo Instituto Nacional de Administração da China. Fundação Macau | Lei Wai Nong reconduzido O ex-secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, vai continuar a desempenhar funções como membro do Conselho de Administração da Fundação Macau. A informação foi divulgada ontem, através de um despacho publicado no Boletim Oficial. O ex-governante vai manter as regalias anteriores de secretário, como tinha sido definido pelo primeiro despacho de nomeação, divulgado em Dezembro de 2024. “O membro do Conselho de Administração […] beneficia das regalias previstas no regime jurídico da função pública para o cargo de direcção”, foi indicado. Lei Wai Nong vai também manter o ordenado anterior, na ordem das 85 mil patacas por mês, ao qual se somam os subsídios típicos da função pública.
João Santos Filipe Manchete PolíticaAndaimes | Governo admite substituir bambu por metal Sem uma posição de fundo sobre a questão, a Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana admite avançar com alterações ao método actual se existir “um consenso social” entre a população e as construtoras A Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana (DSSCU) admite ponderar a substituição dos andaimes de bambu por metal. A posição foi divulgada por Mak Tat Io, subdirector da DSSCU, ontem no programa Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau. A discussão sobre a utilização dos andaimes de bambu foi lançada na sequência do incêndio em complexo residencial em Tai Po, em Hong Kong, que resultou em pelo menos 159 mortos. “Os andaimes de bambu e os de metal têm as suas vantagens e desvantagens. O Governo da RAEM vai ter uma atitude de abertura e fazer as alterações necessárias, quando houver um consenso entre o sector da construção e a sociedade”, afirmou Mak Tat Io. Mak Tat Io ainda apontou que após o incêndio grave de Hong Kong, a DSSCU cooperou com as autoridades no reforço das inspecções às medidas de segurança e que nestas tarefas tem assumido critérios cada vez mais rigoroso. Sobre as inspecções, o responsável indicou a necessidade de garantir a segurança contra incêndios ainda antes da licença de construção ser emitida e que um dos aspectos especificamente visado foi a instalação dos andaimes e o cumprimento dos padrões de segurança. Desde o início do incêndio em Hong Kong que o Governo da RAEHK ligou a propagação das chamas ao bambu, pelo que propôs uma substituição total por andaimes de metal. Decisão pouco científica Por seu turno, a Associação dos Barraqueiros de Macau defendeu que a proibição de andaimes de bambu não tem base científica e alertou que vai ter um impacto indesejado no sector de construção. Em declarações ao jornal Ou Mun, o presidente da associação, Chio Tak Sio, argumentou que é necessário investigar a fonte do incêndio em vez de proibir de forma irracional os andaimes de bambu. Chio Tak Sio também alertou que a montagem de andaimes de bambu faz parte do património cultural intangível e tem lugar importante na história arquitectónica de Macau, e sugeriu ao Governo que opte antes por elaborar critérios de segurança. Além disso, o dirigente associativo apontou que o preço de andaimes de metal é três vezes superior aos de bambu, pelo que se for seguido este caminho as obras de manutenção de paredes exteriores dos edifícios vão ser mais caras. O responsável também sublinhou que actualmente apenas 30 lojas fornecem serviços de instalação de andaimes de bambu e somente 50 pessoas conhecem as técnicas de instalação. Por isso, Chio Tak Sio apontou que este sector está a enfrentar um problema grave de envelhecimento da população. Para salvar o sector, Chio indicou que muitas empresas querem formar aprendizes pelos seus próprios meios. Contudo, como os apoios do Governo são limitados, é difícil atrair jovens para o sector.
João Santos Filipe Manchete PolíticaBurlas | Pedido recurso a IA e mais cooperação internacional Chan Lai Kei, deputado ligado à Comunidade de Fujian, quer que a inteligência artificial possa aceder às hiperligações recebidas por utilizadores de telemóveis através de SMS, de forma a alertá-los para links fraudulentos O deputado Chan Lai Kei pede ao Governo que recorra às tecnologias mais avançadas, como a inteligência artificial, para identificar e evitar burlas online. O assunto foi abordado através de uma interpelação escrita, do legislador ligado à comunidade de Fujian. Segundo Chan, os “os avanços tecnológicos” fazem com que “esquemas fraudulentos continuem a proliferar”, apesar da polícia em Macau ter “actualizado persistentemente os seus mecanismos antifraude”. De acordo com os dados da Polícia Judiciária (PJ) citados pelo deputado, entre 7 de Novembro e o meio-dia de 14 de Novembro, as autoridades receberam queixas sobre 280 tentativas de fraude em que os criminosos se faziam passar por diferentes serviços de apoio ao cliente e ainda queixas de 28 tentativas em que os burlões fingiam ser polícias, agentes do Ministério Público ou dos tribunais do Interior. As queixas foram recebidas através das aplicações disponibilizadas pelas autoridades. “Isto indica que tipos específicos de fraude continuam a ser prevalentes”, afirma o deputado. “Embora estas denúncias não tenham resultado em perdas reais, o número de casos indica que a publicidade antifraude e as medidas técnicas de intercepção precisam de ser melhoradas”, destaca. Mãos à obra Neste cenário, Chan pretende saber se as autoridades vão criar um sistema com recurso a inteligência artificial, para os cidadãos receberem “alertas instantâneos”, quando receberem mensagens SMS consideradas de “alto risco”. O legislador defende assim que as autoridades implementem um sistema com capacidade de detectar o conteúdo das SMS recebidas por todos os cidadãos. A defesa da medida é justificada com o que o deputado considera “o recente aumento de golpes com SMS falsos de atendimento ao cliente”, que no seu entender “indica a necessidade de aprimorar ainda mais os recursos de alerta proactivo do aplicativo”. Como parte da defesa da medida, o Chan Lai Kei aponta que o “Programa Antifraude”, que os residentes podem instalar na plataforma Wechat, bloqueou mais de 9.000 operações de alto risco desde o seu lançamento, em Abril de 2024. Ao mesmo tempo, o deputado mostra-se preocupado com as fraudes cometidas através de outros países, como acontece com o Myanmar, onde operam grandes centros de burlas, muitas vezes ligados às máfias do Interior da China. Sem mencionar os países mais envolvidos, Chan alerta que parte do fenómeno é exterior a Macau e por isso exige uma maior cooperação internacional, apesar de reconhecer a cooperação desenvolvida com Hong Kong e Singapura. O deputado apoiado pela comunidade de Fujian pretende assim saber como é que as autoridades vão detectar o local de origem dos crimes e reforçar a cooperação internacional.
Hoje Macau PolíticaHabitação para troca | Alerta para fim de prazo para pagar A Macau Renovação Urbana emitiu ontem um alerta dirigido aos candidatos das habitações para troca no complexo Pearl Metropolis a avisar que têm até ao próximo dia 30 de Janeiro para “completar os procedimentos de compra, pagar o preço das unidades” e apresentar comprovativo do registo a comprovar a transacção. Se não o fizerem, os candidatos perdem a capacidade para adquirir as fracções. A empresa de capitais públicos revelou que irá notificar os candidatos por e-mail e SMS para se dirigirem ao centro de vendas da Macau Renovação Urbana na Avenida da Praia Grande e frisou que os candidatos devem reservar tempo para completar os procedimentos em falta dentro do prazo. O projecto urbanístico, localizado no Lote P do antigo terreno do Pearl Horizon, na Areia Preta, que ganhou o nome de Pearl Metropolis, é constituído por 2.064 fracções. No ano passado, 1.932 candidatos reuniam os requisitos para comprar casa, mas as autoridades registaram 47 desistências do processo de selecção de fracções e cinco que retiraram a candidatura.
João Santos Filipe Manchete PolíticaIncêndios | Nick Lei defende reforço das medidas de segurança Na sequência do incêndio de Tai Po, em Hong Kong, e das inspecções realizadas pelas autoridades de Macau, Nick Lei perguntou que medidas vão ser adoptadas para garantir a segurança, principalmente em estaleiros de obras O deputado Nick Lei espera que o Governo se mantenha alerta para as necessidades de segurança contra incêndios, e garanta a eficácia da supervisão nos estaleiros de obras. O assunto foi abordado pelo deputado ligado à comunidade de Fujian, através de uma interpelação escrita. A tomada de posição surge na sequência do incêndio no complexo residencial em Tai Po, em Hong Kong, que resultou em 156 mortos, de acordo com a contagem mais recente, numa altura em que ainda falta contabilizar vítimas de duas torres habitacionais. As causas preliminares da origem do incêndio foram relacionadas com os materiais instalados nas obras de renovação do complexo residencial. Agora, Nick Lei veio recordar que após o incêndio as autoridades inspeccionaram 60 estaleiros de construção com andaimes, por isso pretende saber o que vai ser feito, para corrigir falhas que tenham sido identificadas. “Em resposta às falhas descobertas durante as inspecções, como se estabelece um mecanismo permanente de revisão para garantir que os materiais de construção cumprem os padrões de segurança contra incêndios (…) com vista a elevar eficazmente o nível da segurança contra incêndios nos estaleiros de obras?”, pergunta o deputado. Lei também quer saber como se pode “resolver completamente a questão da instalação de obstáculos em corredores” utilizados como saídas de emergência. Planos mais específicos Além disso, o deputado ligado à comunidade de Fujian defende que os actuais planos de socorro têm de ser mais específicos para responder às necessidades da densidade populacional, tipos de construção locais e características ambientais das diversas áreas do território. Nick Lei também quer que o Governo esclareça os procedimentos de resposta a emergências, para garantir a segurança da população quando houver grandes catástrofes. Lei aponta ainda que Macau pode obter apoio das zonas vizinhas de forma oportuna, se tiver planos para tal. Quanto aos equipamentos avançados de resposta a emergências, Nick Lei quer saber quais vão ser os meios de alta tecnologia importados para auxiliar nos trabalhos de resgate, com o objectivo de melhorar a capacidade de combate a incêndios em ambientes específicos, como acontece nos edifícios altos e nos mais antigos. “O Governo deve reforçar a inspecção de segurança em espaços e lugares públicos, particularmente no que diz respeito à elaboração dos planos de combate a incêndios nos edifícios baixos em bairros comunitários e edifícios que não têm entidade de administração ou condomínios”, aconselhou. Nick Lei defendeu que desta forma “pode aumentar-se a eficiência da evacuação de edifícios em situação de emergência”, lê-se na interpelação escrita.
Hoje Macau PolíticaTaiwan | Proposta de lei visa residentes de Macau Os deputados do Partido Democrático Progressista (DPP, em inglês) de Taiwan, Wang Ting-yu e Wang Yi-chuan, entregaram uma proposta para alterar a lei do lóbi no Parlamento da Ilha Formosa, para punir os indivíduos do Interior, Hong Kong e Macau envolvidos nesta prática. A medida foi apresentada através de um comunicado e visa alterar a lei conhecida como anti-infiltrações de agentes externos. Segundo a publicação de Wang Ting-yu no seu Facebook oficial, apesar de a actual lei já proibir o acto de lóbi dos indivíduos, grupos, entidades ou agentes do Interior Hong Kong e Macau em Taiwan, a lei não tem qualquer punição, pelo que é considerada inconsequente. As alterações propõem uma multa máxima que pode chegar a cinco milhões de dólares taiwaneses para cada infracção, correspondente a cerca de 1,2 milhões de patacas.
Hoje Macau PolíticaTrânsito | Deputado Leong Sun Iok defende menos passadeiras nas estradas O deputado Leong Sun Iok, ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), defende uma redução do número de passadeiras para atravessar as estradas. A posição foi tomada através de uma interpelação escrita, em que o deputado se queixa que o trânsito enfrenta demasiados constrangimentos. Na perspectiva de Leong, as passadeiras para pesões são instaladas com “uma frequência considerável”, o que faz com que existam “múltiplas passagens no mesmo troço, com intervalos de distância extremamente curtos”. “Para os veículos, estas paragens e arranques frequentes reduzem significativamente as velocidades médias nas estradas e causam congestionamentos de trânsito localizados, afectando negativamente o fluxo geral da rede rodoviária”, justificou. “Como é que as autoridades vão encontrar um equilíbrio entre as necessidades das passagens para peões com a eficiência do trânsito na rede rodoviária ao rever e optimizar as passagens existentes?”, questionou. Além disso, o deputado quer saber se as autoridades vão ponderar que os carros possam atravessar sinais vermelhos para virar à esquerda, como acontece em outros países. Assim, embora estivesse sinal vermelho para quem pretende seguir em frente ou virar à direita numa rua, haveria sempre a possibilidade de virar à esquerda, porque seria mostrado um semáforo com a cor amarela. “As autoridades poderão explorar a possibilidade de permitir viragens à esquerda durante o sinal amarelo, enquanto o semáforo está vermelho?”, perguntou.
Hoje Macau PolíticaLicença de maternidade | Subsídio para empregadores prolongado O Governo vai prolongar por mais um ano, até ao fim de 2026, o período de atribuição do subsídio complementar para empregadores pela remuneração paga na licença de maternidade, indicou ontem a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL). O subsídio começou a ser distribuído depois da revisão legal que alargou em Maio de 2020 a licença de maternidade de 56 para 70 dias, e teria como limite máximo os 14 dias adicionais de renumeração base. O plano foi apresentado como uma medida para aplicar durante um período transitório, “permitindo aos empregadores adaptar-se, de forma gradual, às despesas económicas causadas pelo aumento do número de dias de licença de maternidade”, segundo a explicação das autoridades à altura. O chamado período de transição terminou a 25 de Maio de 2023, mas o subsídio manteve-se. A nova prorrogação irá até 31 de Dezembro de 2026, alargando o prazo estabelecido por regulamento administrativo em vigor desde 26 de Agosto deste ano. Assim sendo, os empregadores que paguem licenças de maternidade a trabalhadoras residentes que dêem à luz até 31 de Dezembro de 2026 podem requerer à DSAL o subsídio no limite máximo equivalente a 14 dias de remuneração de base das trabalhadoras em causa. O plano de subsídio, apresentado enquanto parte de um pacote de medidas de incentivo à natalidade, está limitado a empresas com menos de 100 funcionários. A deputada Wong Kit Cheng tem defendido que o plano de subsídio deve passar a ser permanente e alargado a empresas com mais de uma centena de trabalhadores.
Hoje Macau PolíticaIC | Fusão com ID ainda não tem plano pormenorizado A presidente do Instituto Cultural (IC), Deland Leong Wai Man, afirmou que está “a preparar, de forma ordenada, os trabalhos para a combinação dos serviços” para a fusão com o Instituto do Desporto (ID) e o Fundo de Desenvolvimento da Cultura. Apesar da “forma ordenada”, a responsável confessou que ainda não existem planos pormenorizados para organizar a agregação de serviços, mas garantiu que mantém uma comunicação próxima com os cerca de mil funcionários dos serviços envolvidos. Segundo o jornal Ou Mun, Deland Leong Wai Man espera que a combinação de entidades resulte num efeito sinérgico designado como “um mais um é mais que dois”, e sublinhou que a fusão dos três departamentos não vai afectar a organização dos eventos culturais e desportivos no próximo ano. Durante a apresentação das Linhas de Acção Governativa, o secretário para a Administração e Justiça Wong Sio Chak indicou que a Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública concluiu o plano de reestruturação orgânica da máquina administrativa. A reestruturação irá abranger vários departamentos-chave, incluindo a reorganização dos Serviços de Apoio da Sede do Governo, do Instituto para os Assuntos Municipais e da Direcção dos Serviços de Obras Públicas, entre outros. A fusão entre o IC, o ID e o Fundo das Indústrias Culturais faz parte da reforma administrativa do Governo de Sam Hou Fai.
João Santos Filipe Manchete PolíticaProfessores | Alerta para cargas de trabalho “mais pesadas” A deputada e docente Ella Lei avisa que os professores estão sujeitos a cargas de trabalho que não se limitam ao ensino, mas também à aprendizagem de conteúdos educativos sobre as novas tecnologias, acompanhamento psicológico dos alunos e comunicações com os pais, fora das horas de trabalho A deputada Ella Lei defende a emissão de orientações pelo Governo para regular, com recurso às tecnologias de comunicação, a comunicação entre docentes e encarregados de educação no horário pós-laboral. A posição foi tomada através de uma interpelação escrita, sobre as cargas de trabalho “cada vez mais pesadas” dos docentes e que contribuem para uma “pressão crescente e sustentada” De acordo com a deputada ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), os professores queixam-se que é cada vez mais comum terem de utilizar vários períodos do seu tempo de descanso para comunicarem com os encarregados de educação. A preocupação dos pais com as crianças é apreciada, no entanto, este aspecto contribui para que os docentes sintam que “o seu tempo de descanso” é “afectado. Face a esta matéria, deputada pretende saber se o Executivo estabeleceu “orientações sobre a utilização de software de comunicação após o horário escolar”. E se a resposta for positiva, a legisladora pretende que as autoridades expliquem a forma como está a inspeccionar as orientações e como se garante que estas asseguram o tempo de descanso dos docentes. Novos conteúdos Como parte do problema de excesso de trabalho, Ella Lei indica igualmente as reformas dos “conteúdos de educação tecnológica, como programação e inteligência artificial”. Com a integração das novas matérias, os professores tiveram de realizar formações e atravessar períodos de adaptação e aprendizagem: “Os professores devem aprender e dominar continuamente novas aplicações tecnológicas para atender às exigências de ensino em constante evolução”, apontou. No entanto, a membro da Assembleia Legislativa avisa ainda que as tarefas não se esgotam no ensino, e que se espera que os professores acompanhem o estado psicológico dos estudantes: “Além das funções de ensino, os educadores devem também zelar pelo bem-estar psicológico dos alunos e pelas suas diversas necessidades de desenvolvimento, o que aumenta significativamente os seus encargos”, apontou. Neste sentido, Ella Lei indica que “os professores esperam que as autoridades garantam a alocação de recursos educacionais que aliviem as pressões de trabalho”. Este aspecto deve passar não só pela “revisão da implementação das directrizes sobre a utilização de software de comunicação após o horário escolar”, mas também pelo “reforço contínuo do apoio às escolas e aos professores” e “a optimização do mecanismo de financiamento dos subsídios do pessoal docente”.
Hoje Macau PolíticaAviação | Governo com cautela face a ligação directa com Lisboa Um deputado defendeu ontem a criação de uma ligação aérea directa entre Macau e Lisboa, mas o Governo respondeu com cautela, sublinhando a necessidade de viabilidade comercial da rota para as companhias aéreas. “Fala-se tanto na plataforma sino-lusófona, mas ainda não existe uma única rota aérea directa para Lisboa”, afirmou o deputado Ip Sio Kai durante um debate sobre as Linhas de Acção Governativa para 2026 na área dos Transportes e Obras Públicas. “Esta rota é extremamente importante, porque voar para Lisboa é, na prática, voar para a Europa, além de poder servir como ponto de escala para o Brasil. Se tivéssemos esta ligação, seria muito útil para nós enquanto plataforma sino-lusófona”, sustentou o deputado. Em resposta, o presidente da Autoridade de Aviação Civil, Pun Wa Kin, afirmou que o Governo “atribui grande importância” ao desenvolvimento da aviação, “em particular ao seu papel na promoção da diversificação económica”. “No entanto, nas operações comerciais, as companhias aéreas consideram frequentemente a procura do mercado, os custos operacionais, os benefícios a longo prazo e a competitividade da rota, antes de decidirem lançar novos voos”, declarou. Quando Ip sugeriu que o Governo poderia subsidiar a rota, Pun respondeu que esse apoio “envolve políticas sectoriais diferentes” e que “o Governo da RAEM precisa de analisar a questão de forma abrangente, sob todos os aspectos”. Ip não é o primeiro deputado a propor ao Governo a criação de novas rotas aéreas que conectem a região à Europa. Em 2023, quando foi aprovada na generalidade a lei da Aviação Civil, também o deputado português José Pereira Coutinho quis saber quais os planos das autoridades neste sentido. A TAP efectuou ligações duas vezes por semana entre Lisboa e Macau na década de 1990, no entanto, a ligação seria suspensa em 31 de Outubro de 1998, com a companhia a acumular prejuízos na ordem dos 200 milhões de patacas.
Andreia Sofia Silva Manchete PolíticaTáxis | Governo promete mais licenças e não responde sobre TVDE Raymond Tam disse ontem que Macau vai ter mais táxis, passando dos actuais 1.400 para 2.000 graças a um novo concurso público. No debate sobre as Linhas de Acção Governativa para 2026, ficou ainda a garantia da reorganização gradual das carreiras de autocarros São mais 100 táxis a curto prazo e depois 700 com licença temporária. Foram estes os números apresentados pelo secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raymond Tam, para o sector dos táxis, a propósito do debate sobre o relatório das Linhas de Acção Governativa (LAG) para a 2026. O secretário declarou que dos actuais 1.400 táxis, Macau vai passar a contar com 2.000, sendo que, no caso dos táxis para pessoas com mobilidade reduzida, Raymond Tam disse que vai passar dos actuais sete para 28, a entrar em serviço no próximo ano. O secretário garantiu também que o Governo vai lançar uma consulta pública sobre a revisão do regulamento dos táxis. “Quanto ao serviço de chamadas de táxis, estamos a fazer a revisão do regime jurídico, permitindo ao serviço de chamadas melhores condições para a actividade”, indicou. De lado ficou uma resposta concreta quanto ao serviço de táxis disponíveis plataformas móveis, conhecido em Portugal como TVDE. “Temos de ter uma atitude de cautela ao rever o regulamento dos táxis face à possibilidade de introduzir a TVDE”, disse. Coube à deputada Ella Lei colocar esta questão. “Esperamos que no próximo ano seja revisto o regime de TVDE, mas temos de saber como o regime de empresas de táxi consegue satisfazer em número de veículos e na qualidade dos serviços.” Já Leong Sun Iok pediu mais licenças de táxis transfronteiriços que consigam viajar até ao Aeroporto Internacional de Hong Kong, dizendo que “não há nada de científico no planeamento” do sector. “Ao longo dos anos verificamos que há falta de táxis. Quantas licenças vamos emitir?”, questionou. Raymond Tam prometeu falar com as autoridades vizinhas. Melhorar gradualmente Outro assunto debatido foi a necessidade de ajuste das carreiras de autocarros. O secretário disse que o Governo vai “assumir uma postura prudente”, sendo que as carreiras 21A e 26A são “as que merecem prioridade no ajustamento”. No passado percebeu-se que havia muitas carreiras sobrepostas e, agora, “o próximo passo será seleccionar as carreiras viáveis, para que o impacto do ajuste seja menor. Trata-se de um trabalho que não pode ser feito de forma apressada, pois afecta a deslocação das pessoas”, rematou.
Andreia Sofia Silva PolíticaPonte Nobre de Carvalho | Deputado sugere circulação a pé Leong Sun Iok sugeriu ontem que a ponte Nobre de Carvalho passe a ser pedonal, criando-se ao lado outra via para viaturas. “A ponte tem mais de 50 anos e, com o passar dos anos, não será que podemos construir mais uma ponte igual, para que a antiga seja apenas para peões e ciclovias? Podemos separar [a circulação] entre passagens para peões e viaturas, e melhorar a imagem de Macau como centro mundial de turismo e lazer. Não sei se o Governo vai pensar nisso.” Raymond Tam disse que é necessário fiscalizar e realizar obras de reparação na travessia, “sendo fácil fazer uma ponte paralela à antiga”. Porém, lembrou que é necessário “atender ao consenso da população, porque a construção [de mais uma ponte] vai afectar a paisagem”. “Deixo esta temática para a opinião pública, pois o Governo está aberto a fazer este trabalho com o consenso social”, disse.
Andreia Sofia Silva PolíticaGoverno quer proibir importação de mais produtos de plástico O secretário para as Obras Públicas e Transportes, Raymond Tam, assegurou ontem, no debate sobre o relatório das Linhas de Acção Governativa (LAG) para o próximo ano, que a intenção do Executivo é proibir a importação de mais produtos de plástico nos próximos anos. “No próximo ano vamos continuar a promover medidas de redução do plástico, proibindo a importação de alguns produtos. Esse trabalho vai ser desenvolvido ao longo dos anos.” Já o director dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), Ip Kuong Lam, falou em apenas 14 infracções no que diz respeito ao uso do plástico, destacando o sucesso das campanhas de sensibilização. “Em supermercados houve uma redução do uso de sacos de plástico em dez por cento”, disse. E os resíduos? Ho Ion Sang questionou o Executivo sobre a possibilidade de proibir mais artigos de plástico e quantas infracções foram detectadas desde que o Executivo proibiu a importação de alguns produtos. “Além dos utensílios de plástico em hotéis, como pentes ou embalagens, podemos definir prazos e um leque maior de proibições de produtos de plástico. Vai considerar a introdução de produtos substitutos do plástico, para conhecimento da população?”, questionou. Ho Ion Sang quis também saber quais as instruções e medidas para reduzir as emissões de carbono por parte dos serviços públicos ou em eventos de grande dimensão. O director da DSPA destacou que no próximo ano serão criadas instruções para escritórios e restauração, pois são “sectores que produzem muitas emissões de dióxido de carbono”. Estas instruções incluem-se “nas seis estratégias para a redução de carbono” adoptadas pela DSPA. Sobre reciclagem, Ho Ion Sang pediu informações sobre a criação de centros de construção e resíduos biodegradáveis, com capacidade para cerca de 150 toneladas. “Com os restaurantes e os resíduos alimentares e domésticos, como está o ponto de situação [do tratamento de resíduos] até à construção desses centros?”. Raymond Tam assegurou que “o plano quanto à reciclagem de materiais orgânicos está a funcionar bem”, e que, até à construção dos referidos centros, diversos resíduos são enviados “para a cidade de Taishan, no Interior da China, levados por embarcações”.
Andreia Sofia Silva PolíticaGoverno continua sem solução para aproveitar terreno do Jockey Club O tempo continua a passar desde que terminou a concessão, no ano passado, para explorar corridas de cavalos no Macau Jockey Club, sem que o Governo apresente uma decisão sobre o tipo de projecto que ali vai nascer. Uma das deputadas que fez questões sobre esta matéria foi Angela Leong, precisamente a presidente da Companhia de Corridas de Cavalos de Macau, entidade com que o Executivo rescindiu o contrato de concessão. “Disseram que vão definir planos para o desenvolvimento do terreno, mas foram concluídos o estudo e os respectivos trabalhos? Há alguma ideia, tendo em conta as necessidades dos cidadãos?”, questionou. Também Ella Lei levantou questões semelhantes. “Não há nenhum desenvolvimento no antigo Jockey Club. Faltam de lugares de estacionamento, sobretudo quando há eventos desportivos, e no Jockey Club há um terreno desaproveitado. Temos de ter um bom aproveitamento tendo em conta o nosso desenvolvimento”, alertou. Da parte de Raymond Tam as respostas foram vagas. “Quanto ao Jockey Club, tem de ser discutido [o seu aproveitamento] não apenas do ponto de vista do terreno, mas também económico, porque envolve vários edifícios”, começou por dizer. Mais tarde, em resposta a Angela Leong, o governante declarou que vai comunicar com a Direcção dos Serviços de Economia e Finanças “para os respectivos trabalhos de aproveitamento”. Junções e análises No debate de ontem foi também discutido o aproveitamento de um terreno vazio junto à Rua do Cunha, na Taipa, com Raymond Tam a explicar que há questões pendentes ligadas a esgotos e arruamentos. “O trabalho interserviços está a analisar a fusão de dois lotes, mas temos o factor dos arruamentos e esgotos, cujos trabalhos vão ser entregues à Direção dos Serviços de Solos e Construção Urbana. Teremos de alargar a capacidade de esgotos até à Rua Ponte Negra, e precisamos de algum tempo para o planeamento”, disse. Lam Lon Wai foi um dos deputados que colocou questões sobre esta matéria. “Na Rua do Cunha há um grande lote de terreno do Estado, vedado, e foi referido que vai servir de centro modal. Qual é a situação dos trabalhos? Pode-se usar este terreno como exemplo para quando, no futuro, houver aproveitamento de terrenos e definição da finalidade.”
Andreia Sofia Silva PolíticaTai Po | Angela Leong alerta para ruas estreitas de Macau Angela Leong questionou ontem o Executivo sobre o facto de Macau ter ruas estreitas, o que pode dificultar a passagem de veículos de emergência em caso de incêndio, situação que a deputada entende ter dificultado o trabalho dos bombeiros no trágico incêndio de Tai Po. “Espero que a sua tutela consiga que haja um bom ambiente de residência. Fizeram-se muitas inspecções tendo em conta a ocorrência de um grande incêndio num bairro de Hong Kong. Devido às vias estreitas houve o impedimento da circulação de veículos, e Macau também tem vias estreitas. Vai ser feita uma avaliação das vias, para se possa desentupir [acessos] e facilitar o combate a incêndios?”, questionou. O secretário Raymond Tam garantiu que quando é discutida uma planta de condições urbanísticas há “um estudo minucioso para a sua aprovação”, ficando a garantia de que o Governo vai fazer “uma boa separação de tarefas com as Obras Públicas para a fiscalização e inspecção contra incêndios”. O governante declarou que, quanto às construções ilegais, será reforçada a fiscalização, sendo também pedida à Companhia de Electricidade de Macau “o incentivo à modernização de instalações eléctricas em casas e edifícios antigos”.
João Luz Manchete PolíticaTai Po | RAEM doa 30 milhões para recuperação após incêndio O Governo de Macau doou 30 milhões de dólares de Hong Kong para apoiar o Executivo de John Lee Ka-chiu na sequência do trágico incêndio em Tai Po. Sam Hou Fai salientou a “profunda amizade” entre as regiões e apelou à sociedade para se envolver. A Shun Tak, MGM, Galaxy e Cruz Vermelha de Macau, entre outras empresas juntaram-se à onda solidária O Executivo da RAEM doou 30 milhões de dólares de Hong Kong (HKD), através da Fundação Macau, para apoiar o Governo de Hong Kong “a responder e acompanhar o trabalho de recuperação do incêndio grave ocorrido no complexo habitacional Wang Fuk Court em Tai Po nos novos territórios”, revelou o Gabinete de Comunicação Social (GCS) na sexta-feira. O Governo liderado por Sam Hou Fai salientou a “profunda amizade e relações humanísticas, económicas e comerciais de longa data” entre os dois territórios, e a forma conjunta como as populações das duas cidades enfrentam dificuldades e desafios. Além disso, Sam Hou Fai manifestou, “em nome do Governo da RAEM, o profundo pesar e as sentidas condolências aos familiares das vítimas do incêndio, apelando aos diversos sectores da sociedade local para tomarem iniciativas e apoiar a RAEHK. “Sam Hou Fai está convicto de que, sob o espírito das instruções importantes, atenção e apoio do Presidente Xi Jinping, assim como o apoio e empenho do Gabinete de Trabalho de Hong Kong e Macau do Comité Central do Partido Comunista da China, o Chefe do Executivo da RAEHK, John Lee Ka-chiu, e o seu governo, irão indubitavelmente liderar e unir os diversos sectores da sociedade e auxiliar os residentes afectados a ultrapassar as dificuldades, para que as suas vidas regressem à normalidade e as suas casas sejam recuperadas, o mais breve possível”, acrescentou o GCS. Respostas prontas O apelo do Governo de Macau foi ouvido, e desde o final da semana passada várias empresas e entidades locais juntaram-se à onda de solidariedade. A Fundação Henry Fok igualou a doação da Fundação Macau, o grupo Shun Tak (e principais figuras da direcção) contribuíram com 10 milhões de HKD, a MGM China e a Chef Nic Holdings doaram 5 milhões de HKD, enquanto o grupo Galaxy Entertainment e o seu líder Francis Lui contribuíram com 10 milhões de HKD. A Cruz Vermelha de Macau também aderiu com uma contribuição 500 mil HKD. A vaga de contributos de Macau constitui apenas uma parte de uma campanha de solidariedade transversal a vários grupos empresariais de Hong Kong e do Interior da China. Pelo menos 128 pessoas morreram em consequência do incêndio que deflagrou na quarta-feira à tarde, de acordo com o balanço das autoridades que deram conta de 79 feridos e cerca de uma centena e meia de pessoas incontactáveis.
Andreia Sofia Silva PolíticaMuseu Nacional | Projecto de arquitectura no próximo ano No debate de sexta-feira sobre a área dos Assuntos Sociais e Cultura, O Lam assegurou estar “previsto iniciar em 2026 os trabalhos de concepção arquitectónica do Museu Nacional da Cultura de Macau”. O projecto está integrado no plano de edificar, no território, “três instalações culturais de grande dimensão”, incluindo o Centro Internacional de Artes Performativas de Macau e o Museu Internacional de Arte Contemporânea. No discurso inaugural do debate, O Lam destacou que o Executivo vai fazer o esforço de tornar estes futuros espaços em “instalações culturais com influência internacional, emblemáticas e de alto padrão”, além de criar um “novo motor para a diversificação adequada da economia, novas oportunidades de emprego para os residentes e um novo marco cultural para as actividades culturais”. Foi também criado, explicou a secretária, um grupo de trabalho interdepartamental para coordenar uma série de projectos culturais e do ensino superior, nomeadamente a “preparação e construção da Zona Internacional de Turismo e Cultura Integrados de Macau da Cidade (Universitária) de Educação Internacional de Macau e Hengqin” e também do Centro de Transferência e Transformação de Tecnologia das Instituições de Ensino Superior do Estado. O Executivo pretende ainda sediar, no terreno marginal a leste da Torre de Macau e na Zona C dos Novos Aterros, a Zona Internacional de Turismo e Cultura Integrados de Macau.
Andreia Sofia Silva Manchete PolíticaTabaco | Prometidas mais proibições de consumo ao ar livre O director dos Serviços de Saúde (SS), Alvis Lo, assegurou no debate de sexta-feira, no hemiciclo, que vêm aí mais proibições para quem fuma ao ar livre, nomeadamente em zonas de grande circulação de pessoas. “Já temos o controlo do tabaco em áreas fechadas e proibimos [o consumo] junto a escolas e infantários. No que diz respeito às pessoas que fumam enquanto caminham, pensámos em zonas de proibição de fumo, mas nas zonas em que haja muitas pessoas a circular vamos proibir [o consumo de tabaco]”, disse, sem adiantar mais pormenores sobre uma eventual data de revisão da lei. O director dos SS falou também no controlo dos cigarros electrónicos. “Em princípio não há mais cigarros electrónicos em Macau” tendo em conta a proibição de importação já decretada. “Mas em colaboração com os Serviços de Alfândega e a Polícia Judiciária vamos melhorar o trabalho e proibir o tabaco ilegal, mesmo em zonas públicas”, disse. O tema do tabagismo surgiu logo nas primeiras intervenções dos deputados, nomeadamente por Leong Pou I. “Nos últimos anos o Governo reforçou o combate e controlo ao tabagismo e os trabalhos surtiram efeitos. Foi alargado o âmbito da proibição em redor de creches e escolas, e as autoridades disseram que iriam fazer a demarcação de uma zona para consumo de tabaco em postos fronteiriços e aduaneiros. Que tipo de zonas vão ser incluídas na proibição?”, questionou. Leong Pou I levantou também a questão dos cigarros electrónicos. “Não sei se os turistas conhecem a lei de controlo do tabagismo e verificamos que eles usam os cigarros electrónicos em espaços e recintos fechados.” Também Leong Hong Sai levantou questões semelhantes. “No futuro vamos proibir o uso de cigarros electrónicos? Como podemos fazer com que as pessoas não fumem nas ruas, sobretudo em zonas mais movimentadas?”.
Hoje Macau Manchete PolíticaLAG 2026 | Alimentação saudável e exercício podem valer recompensas No debate das Linhas de Acção Governativa para a área dos Assuntos Sociais e Cultura, a secretária O Lam prometeu criar um programa de incentivo a estilos de vida saudáveis, a fim de prevenir o aparecimento de doenças crónicas Macau vai lançar em 2026 um programa que dará recompensas aos residentes que adoptem comportamentos de vida saudáveis, porque “mais vale prevenir do que remediar”, disse, na sexta-feira, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, O Lam, no debate tutelar sobre as Linhas de Acção Governativa (LAG) para o próximo ano. O relatório das LAG prevê o lançamento, no segundo trimestre de 2026, de um programa de incentivos para gestão da saúde, através da plataforma electrónica ‘Minha Saúde 2.0’. “Os residentes que adoptem comportamentos como uma alimentação saudável, a prática de exercício físico regular, a realização de rastreios de doenças e a vacinação, poderão acumular pontos e trocá-los por recompensas”, refere o documento. O objectivo é “incentivar a adopção de bons hábitos de vida e concretizar uma autogestão da saúde proactiva”, explica o relatório. “Vamos fazer esse trabalho para avaliar a saúde e prevenir as doenças crónicas”, explicou O Lam aos deputados na Assembleia Legislativa, numa referência ao Inquérito sobre a Saúde de Macau. Dados em análise O Inquérito será lançado também no segundo trimestre de 2026 e irá, até ao fim do ano, recolher e analisar os dados de saúde de uma amostra dos quase 690 mil habitantes da cidade. A meta é “apurar a situação epidemiológica e as tendências de evolução das principais doenças crónicas, de algumas doenças transmissíveis e dos (…) factores de risco, estabelecendo-se bases científicas para a definição de políticas de saúde”, refere o relatório das LAG. Na quarta-feira, as autoridades já tinham lançado uma campanha que oferece recompensas aos residentes com peso a mais que consigam, nos primeiros cinco meses de 2026, perder pelo menos 3 por cento da massa corporal. A campanha faz parte da iniciativa nacional chinesa ‘Ano de Gestão de Peso’ e O Lam sublinhou no debate que a saúde preventiva faz parte do 15.º Plano Quinquenal chinês, que entra em vigor em 2026. Apostar “numa avaliação da saúde e fazer um rastreio das nossas doenças”, defendeu a secretária, “será muito importante para uma sociedade envelhecida” como a de Macau. Em Abril, na apresentação das LAG para 2025, O Lam já tinha alertado que a região vai “entrar numa fase de superbaixa taxa de natalidade” até ao final da década. Em 2024, os idosos (com 65 anos ou mais) representavam 14,6 por cento da população total de Macau. Até 2029 deverão ser 21,4 por cento e até 2041 quase um quarto da população (24,8 por cento), previu a dirigente. O Lam disse que Governo vai criar, num projecto-piloto um centro de serviços para a terceira idade em Seac Pai Van, o maior bairro de habitação social do território, em Coloane. No futuro, o objectivo é garantir que todos os idosos de Macau tenham “acesso a pelo menos um serviço de cultura, saúde, desporto ou apoio social numa caminhada de 15 minutos”.
Hoje Macau PolíticaLAG 2026 | Governo quer facilitar acesso de locais a universidades brasileiras A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura de Macau, O Lam, prometeu na sexta-feira trabalhar para facilitar o acesso de alunos locais a universidades do Brasil e de países de língua espanhola. Durante o debate das Linhas de Acção Governativa (LAG) para 2026 na área dos Assuntos Sociais e Cultura, o deputado Kevin Ho defendeu o alargamento do reconhecimento mútuo dos exames finais do ensino secundário a “outras jurisdições, por exemplo países de língua espanhola”. Kevin Ho recordou na Assembleia Legislativa (AL) que Macau já assinou protocolos com o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas e com o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos de Portugal. “Os estudantes podem pegar nesses resultados obtidos nos exames cá em Macau para aceder aos cursos universitários em Portugal”, sublinhou Ho. O Lam respondeu de forma positiva a Kevin Ho, mas pediu paciência: “Vamos seguir este rumo para reforçar esse trabalho, por exemplo no Brasil e países hispânicos, mas isso não é fácil”. O reconhecimento mútuo dos resultados dos exames finais do ensino secundário poderia também facilitar o acesso às universidades de Macau por parte dos estudantes de países lusófonos. Criar uma marca O relatório das LAG aponta como prioridade para 2026 a criação da plataforma da marca ‘Estudar em Macau’, incluindo o lançamento de um programa de bolsas de estudo para estudantes do exterior que queiram prosseguir os estudos na região. O objectivo é “reforçar a atractividade para alunos oriundos dos países de língua portuguesa e de países e regiões abrangidos pela iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’”, refere o documento. Por outro lado, O Lam disse que em 2026 a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) vai abrir mais três mil vagas num programa de intercâmbio que traz estudantes da China continental a Macau. A DSEDJ lançou, em cooperação com o Centro de Ciência e as instituições locais de ensino superior, programas de formação de curta duração e de certificação profissional, explicou a secretária. O Instituto Cultural de Macau vai, no futuro, elaborar roteiros de investigação e visitas de estudo para atrair mais grupos de alunos vindos do Interior da China, acrescentou O Lam. Por outro lado, o director da DSEDJ, Kong Chi Meng, prometeu estudar sugestões para abrir o ensino primário e secundário a alunos da China continental, em resposta à redução da população escolar. No entanto, Kong sublinhou que primeiro é preciso garantir que os estudantes do outro lado da fronteira possam usufruir das facilidades dadas aos alunos locais no acesso às universidades de Macau e do Interior da China.
Hoje Macau PolíticaSaúde | Hospital das Ilhas com mais serviços em 2027 Alvis Lo disse no hemiciclo que em 2027 o Hospital das Ilhas terá capacidade para assumir cerca de 25 por cento dos serviços médicos do Centro Hospitalar Conde de São Januário. Segundo noticiou a TDM, o Hospital das Ilhas assegura apenas dez por cento dos serviços médicos do hospital situado na península. O director dos Serviços de Saúde adiantou também que o tempo médio de espera, no caso da primeira consulta nas especialidades dos serviços públicos é de cerca de 2,7 semanas, uuma redução face à média de 3,3 semanas registada no ano passado. Alvis Lo prometeu ainda reduzir o tempo de espera para exames de imagiologia, endoscopias, cirurgias de cataratas e da próstata. Um dos deputados que abordou o Governo sobre os tempos de espera na saúde, na sexta-feira, foi Chan Lai Kei. “Como vai ser reduzido o tempo de espera”, inquiriu, questionando se Macau tem capacidade para responder a desastres semelhantes ao ocorrido, recentemente, em Hong Kong. “Aconteceu o incêndio em Hong Kong e é necessária maior consciência da população sobre os perigos de incêndio. A nossa equipa médica, e o sistema de saúde, terão capacidade para dar respostas a situações de calamidade?”, inquiriu.
João Santos Filipe Manchete PolíticaSaúde Mental | Pedido reforço de psicólogos nas escolas Face ao grave problema da saúde mental dos jovens, a deputada das Mulheres, Loi I Weng, pede mais psicólogos nas escolas e alerta que se tem de se adoptar uma nova abordagem mais focada na prevenção Loi I Weng defende que o Governo deve reforçar o número de psicólogos, no âmbito das medidas de promoção da saúde mental dos jovens. O assunto é abordado através de uma interpelação escrita da deputada ligada à Associação das Mulheres. Recorrendo aos resultados do estudo de 2018, a legisladora indica que na altura se chegou à conclusão de que era aconselhada a existência de um psicólogo por cada 21 a 40 estudantes nas escolas do ensino integrado. Este é o tipo de ensino que permite aos alunos com necessidades especiais frequentarem as escolas com outros alunos, sem este tipo de necessidades. Apresentando os dados mais recentes, Loi I Weng aponta que actualmente há cerca de 2.900 alunos do ensino integrado, pelo que são necessários 70 psicólogos para acompanhar estes estudantes. No entanto, Loi I Weng alerta que face às necessidades indicadas, restam apenas 330 psicólogos para lidar com 85 mil alunos do ensino não superior, o que gera uma média de um psicólogo por cada 258 alunos. “Face a uma procura por um serviço tão essencial, e embora a proporção global de psicólogos seja superior à das regiões vizinhas, a pressão da carga de trabalho sobre o pessoal da linha da frente não pode ser ignorada”, indica a deputada. “É imperativo que as autoridades planeiem proactivamente e dotem as escolas de recursos e uma melhor organização do trabalho, para optimizar tanto a quantidade como a qualidade destes serviços”, vincou. Mudar de estratégia Além de indicar que o número para acompanhar os alunos é insuficiente, a deputada pede uma nova estratégia no apoio às crianças e jovens, focada na prevenção. “As autoridades devem mudar as medidas de apoio, passando do ‘tratamento das condições existentes’ para a ‘prevenção de potenciais problemas’, estabelecendo um sistema de apoio à saúde mental mais proactivo, diversificado e voltado para o futuro”, escreve a legisladora. “Este esforço colectivo salvaguarda o bem-estar físico e mental dos adolescentes”, frisou. Por outro lado, a deputada espera que as autoridades recorram à Inteligência Artificial para anteverem problemas entre os jovens. “Com a crescente maturidade das tecnologias mais desenvolvidas, como a inteligência artificial, as autoridades vão considerar implementar ferramentas modernas para realizar exames regulares de saúde mental a todos os jovens em Macau?”, questiona. “Isto estabeleceria um mecanismo de monitorização psicológica frequente e um sistema de alerta, criando uma rede de apoio para a identificação e intervenção precoces”, indicou. Em 2024, entre um total de 91 suicídios, 13 foram cometidos por crianças e jovens com idades entre os 5 anos e os 24 anos. Além disso, no ano passado registaram-se 249 tentativas de suicídio, das quais 97 foram cometidas crianças e jovens com idades entre os 5 anos e os 24 anos. O problema da saúde mental tem sido identificado como uma das áreas de investimento do Governo nos últimos anos. No entanto, nos últimos meses os Serviços de Saúde deixaram de publicar dados. A informação passou apenas a ser actualizada com o relatório da Segurança.