Cinema | Tracy Choi filma nova película com câmara Super 8 para festival no Porto 

Chama-se “Hunting” e estreia em Abril na oitava edição do Douro Film Festival, que decorre anualmente na cidade do Porto, em Portugal. O novo projecto da realizadora de Macau Tracy Choi estreia já em Dezembro na Creative Macau, mas em formato digital

 
[dropcap]U[/dropcap]ma câmara de filmar Super 8 é a protagonista do novo projecto cinematográfico da realizadora Tracy Choi. “Hunting” é a curta metragem que está ainda a ser produzida propositadamente para a oitava edição do Douro Film Festival, que todos os anos se realiza no Porto e que se dedica exclusivamente a filmes feitos com a velhinha Super 8.
Ao HM, Tracy Choi levantou a ponta do véu de uma história que nasceu graças ao contacto entre Lúcia Lemos, directora do espaço Creative Macau, e os organizadores do Douro Film Festival, ligados à OPPIA – oPorto Picture Academy.
“É um filme com apenas dois minutos e meio, e aborda a sociedade que critica a forma como uma rapariga se comporta e veste. No início da história, a rapariga veste-se de forma sexy e nota que as pessoas a criticam ou olham a forma como se veste. Então ela começa a vestir mais roupas, a cobrir-se mais e no fim ela veste roupas só porque não quer que as pessoas a olhem e critiquem.”
Para Tracy Choi, este constitui um interessante regresso às filmagens com Super 8 e aos desafios do mundo analógico, uma vez que filmar com esta câmara exige que o realizador filme bem à primeira. Caso contrário, todo o trabalho tem de ser repetido numa nova fita.
“Na universidade tive algumas experiências a usar uma câmara Super 8 e películas de 16 milímetros. Passou algum tempo desde que filmei com esse tipo de câmara, porque agora todos os realizadores utilizam os meios digitais. Mas desta forma sentimos a pressão e os nervos, porque assim que terminamos de filmar, já foi.”

Parceria com Casa de Portugal

O filme é exclusivamente filmado em Macau, embora Tracy Choi tenha nos seus planos uma viagem ao Porto em Abril, altura em que o seu filme estreia no festival. Antes disso, a Creative Macau irá exibi-lo, em formato digital, já em Dezembro.
“Nesta fase estou apenas na fase das filmagens, não estou ainda a participar no processo mais ligado ao festival. Do ponto de vista criativo, é algo diferente para mim”, acrescentou Tracy Choi.
Uma nota oficial da OPPIA dá conta da colaboração da Casa de Portugal em Macau nesta iniciativa, bem como da Kodak. O Douro Film Festival é o único festival de Super 8 em Portugal e um dos poucos em todo o mundo. É o único festival onde todos os filmes são realizados no âmbito do próprio festival, assegura a organização.
Além deste projecto, Tracy Choi encontra-se também a trabalhar numa série de filmes intitulada “Years of Macau”, dedicada ao vigésimo aniversário da RAEM. Esta série de curtas-metragens, que conta com a participação de vários realizadores do território, será exibida na próxima edição do Festival Internacional de Cinema de Macau, que acontece em Dezembro.

13 Nov 2019

Óbito | Fadista Teresa Tarouca faz parte do “património musical português”, diz ministra da cultura

[dropcap]A[/dropcap] ministra da Cultura lamentou ontem a morte da fadista portuguesa Teresa Tarouca, que considerou como uma das vozes que “mais marcou o fado nas décadas de 60 e 70”, referindo que faz parte do “património musical português”.

“A ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamenta a morte da fadista Teresa Tarouca, reconhecida pelos seus pares como uma grande intérprete, que trabalhou com alguns dos mais importantes autores do fado, como D. António de Bragança, João de Noronha, Alfredo Marceneiro, Pedro Homem de Mello ou Maria Manuel Cid”, refere um comunicado divulgado pelo Ministério da Cultura.

O documento adianta que Teresa Tarouca começou muito cedo a sua carreira em espectáculos de beneficência, tendo sido considerada uma menina-prodígio do fado, conquistando em 1964 o Prémio Bordalo nesta categoria.

“Recordar Teresa Tarouca não é apenas homenagear a sua carreira, mas também evocar uma das vozes femininas que mais marcou o fado nas décadas de 60 e 70, fazendo parte do património musical português”, acrescenta Graça Fonseca.

A ministra lembra que ao longo da carreira a fadista actuou em diversos palcos nacionais e internacionais, tendo sido “premiada e reconhecida em 2013 pelo seu talento e pela sua arte com o Prémio Carreira, na 8.ª edição dos Prémios Amália, e recebido no mesmo ano, em 07 de junho, uma comenda da Ordem do Infante D. Henrique”.

A fadista Teresa Tarouca, de 77 anos, morreu ontem no Hospital S. Francisco Xavier, em Lisboa, vítima de pneumonia dupla, disse à agência Lusa fonte próxima da família. Nascida em Janeiro de 1942, Teresa de Jesus Pinto Coelho Telles da Silva adoptou o nome artístico de Teresa Tarouca, indo buscar um velho apelido de família.

“Testamento”, na década de 1960, “Mouraria”, “Deixa que te cante um fado”, “Saudade, silêncio e sombra”, “Meu bergantim”, “O resineiro”, “Fado, dor e sofrimento”, “Passeio à Mouraria” e “Ora bate, bate” contam-se entre os sucessos de Teresa Tarouca.

Oriunda de uma família ligada à música – é prima de Frei Hermano da Câmara e prima afastada de Maria Teresa de Noronha –, Teresa Tarouca começou a cantar aos 11 anos em espectáculos de beneficência, o que levou especialistas em música a considerarem-na a “menina-prodígio” da década de 1950.

No fado, estreou-se aos 13 anos, no salão dos Bombeiros de Oeiras, tendo em 1958 recebido o ‘Óscar’ da Imprensa, segundo o ‘site’ do Museu do Fado. Em 1962, assinou o primeiro contrato de gravação, com a então editora RCA, e, em 1964, recebeu o prémio da Imprensa, ou Prémio Bordalo, na categoria Fado.

Cantou poemas e músicas de fados clássicos de autores como António de Bragança, João de Noronha, Alfredo Marceneiro, Pedro Homem de Mello, Francisco Viana, Maria Manuel Cid, Casimiro Ramos, João de Noronha, Nuno de Lorena, João Ferreira-Rosa, Alda Lara e Tiago Torres da Silva, entre outros.

Teresa Tarouca foi a primeira fadista a cantar Fernando Pessoa. Em 1973, foi convidada para o Festival RTP da Canção, em cuja primeira parte interpretou “Cai chuva do céu cinzento”, fado que criou com letra do autor de “Mensagem”.

Durante a sua carreira artística, a fadista apresentou-se em palcos de vários países, nomeadamente, Dinamarca, Bélgica, Espanha, Estados Unidos da América, Brasil e em Macau.
Em 1989, foi editado o disco “Tereza Tarouca canta Pedro Homem de Mello”, trabalho considerado emblemático na carreira da fadista.

Em Maio de 1994, comemorou os 33 anos de carreira no Teatro Tivoli, em Lisboa, tendo continuado a cantar com regularidade. Em 1996, actuou no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, e em 2003, no restaurante e casa de fados Velho Páteo de Sant’Ana, em Lisboa, onde foi fadista residente.

Em 1997, participou como “Atracção de Fado” na revista “Preço Único”, no Teatro ABC, ao Parque Mayer, e, um ano depois, no musical “Fado… Esse malandro vadio”, de João Núncio, com encenação de Francisco Horta.

Em Junho de 2013, o então Presidente da República Cavaco Silva atribuiu-lhe o grau de comendadora da Ordem do Infante D. Henrique. A última actuação de Teresa Tarouca em público data de Outubro de 2013, durante a VIII Gala Amália, no Teatro S. Luiz, em Lisboa, quando recebeu o Prémio Amália de Carreira.

12 Nov 2019

Óbito | Fadista Teresa Tarouca faz parte do "património musical português", diz ministra da cultura

[dropcap]A[/dropcap] ministra da Cultura lamentou ontem a morte da fadista portuguesa Teresa Tarouca, que considerou como uma das vozes que “mais marcou o fado nas décadas de 60 e 70”, referindo que faz parte do “património musical português”.
“A ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamenta a morte da fadista Teresa Tarouca, reconhecida pelos seus pares como uma grande intérprete, que trabalhou com alguns dos mais importantes autores do fado, como D. António de Bragança, João de Noronha, Alfredo Marceneiro, Pedro Homem de Mello ou Maria Manuel Cid”, refere um comunicado divulgado pelo Ministério da Cultura.
O documento adianta que Teresa Tarouca começou muito cedo a sua carreira em espectáculos de beneficência, tendo sido considerada uma menina-prodígio do fado, conquistando em 1964 o Prémio Bordalo nesta categoria.
“Recordar Teresa Tarouca não é apenas homenagear a sua carreira, mas também evocar uma das vozes femininas que mais marcou o fado nas décadas de 60 e 70, fazendo parte do património musical português”, acrescenta Graça Fonseca.
A ministra lembra que ao longo da carreira a fadista actuou em diversos palcos nacionais e internacionais, tendo sido “premiada e reconhecida em 2013 pelo seu talento e pela sua arte com o Prémio Carreira, na 8.ª edição dos Prémios Amália, e recebido no mesmo ano, em 07 de junho, uma comenda da Ordem do Infante D. Henrique”.
A fadista Teresa Tarouca, de 77 anos, morreu ontem no Hospital S. Francisco Xavier, em Lisboa, vítima de pneumonia dupla, disse à agência Lusa fonte próxima da família. Nascida em Janeiro de 1942, Teresa de Jesus Pinto Coelho Telles da Silva adoptou o nome artístico de Teresa Tarouca, indo buscar um velho apelido de família.
“Testamento”, na década de 1960, “Mouraria”, “Deixa que te cante um fado”, “Saudade, silêncio e sombra”, “Meu bergantim”, “O resineiro”, “Fado, dor e sofrimento”, “Passeio à Mouraria” e “Ora bate, bate” contam-se entre os sucessos de Teresa Tarouca.
Oriunda de uma família ligada à música – é prima de Frei Hermano da Câmara e prima afastada de Maria Teresa de Noronha –, Teresa Tarouca começou a cantar aos 11 anos em espectáculos de beneficência, o que levou especialistas em música a considerarem-na a “menina-prodígio” da década de 1950.
No fado, estreou-se aos 13 anos, no salão dos Bombeiros de Oeiras, tendo em 1958 recebido o ‘Óscar’ da Imprensa, segundo o ‘site’ do Museu do Fado. Em 1962, assinou o primeiro contrato de gravação, com a então editora RCA, e, em 1964, recebeu o prémio da Imprensa, ou Prémio Bordalo, na categoria Fado.
Cantou poemas e músicas de fados clássicos de autores como António de Bragança, João de Noronha, Alfredo Marceneiro, Pedro Homem de Mello, Francisco Viana, Maria Manuel Cid, Casimiro Ramos, João de Noronha, Nuno de Lorena, João Ferreira-Rosa, Alda Lara e Tiago Torres da Silva, entre outros.
Teresa Tarouca foi a primeira fadista a cantar Fernando Pessoa. Em 1973, foi convidada para o Festival RTP da Canção, em cuja primeira parte interpretou “Cai chuva do céu cinzento”, fado que criou com letra do autor de “Mensagem”.
Durante a sua carreira artística, a fadista apresentou-se em palcos de vários países, nomeadamente, Dinamarca, Bélgica, Espanha, Estados Unidos da América, Brasil e em Macau.
Em 1989, foi editado o disco “Tereza Tarouca canta Pedro Homem de Mello”, trabalho considerado emblemático na carreira da fadista.
Em Maio de 1994, comemorou os 33 anos de carreira no Teatro Tivoli, em Lisboa, tendo continuado a cantar com regularidade. Em 1996, actuou no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, e em 2003, no restaurante e casa de fados Velho Páteo de Sant’Ana, em Lisboa, onde foi fadista residente.
Em 1997, participou como “Atracção de Fado” na revista “Preço Único”, no Teatro ABC, ao Parque Mayer, e, um ano depois, no musical “Fado… Esse malandro vadio”, de João Núncio, com encenação de Francisco Horta.
Em Junho de 2013, o então Presidente da República Cavaco Silva atribuiu-lhe o grau de comendadora da Ordem do Infante D. Henrique. A última actuação de Teresa Tarouca em público data de Outubro de 2013, durante a VIII Gala Amália, no Teatro S. Luiz, em Lisboa, quando recebeu o Prémio Amália de Carreira.

12 Nov 2019

FRC | Teatro e literatura em língua portuguesa em debate 

[dropcap]F[/dropcap]undação Rui Cunha (FRC) e o Departamento de Português da Faculdade de Artes e Humanidades da Universidade de Macau (UM) realizam esta quarta-feira, às 18h30, a conferência “O Teatro e a Literatura em Portugal e no Brasil”. De acordo com uma nota de imprensa, participam nesta iniciativa as docentes Larissa Neves Catalão, da Universidade Estadual de Campinas, Brasil e Manuela Carvalho, da UM.

Larissa Neves Catalão irá abordar a temática “O Teatro e literatura no Brasil: algumas relações”, sendo apresentadas “algumas relações entre teatro e literatura, tomando como exemplos peças brasileiras”. Já Manuela Carvalho irá protagonizar a palestra com o nome “Vamos lá rebentar com isto: os palcos e as páginas do teatro português contemporâneo”.

“Partindo de dois exemplos contemporâneos, nomeadamente o trabalho dos dramaturgos José Maria Vieira Mendes e Tiago Rodrigues, e a colaboração com os dois colectivos Teatro Praga e Mundo Perfeito, pretende-se reflectir sobre como textos e palcos se articulam e se questionam mutuamente; como escritores e artistas de teatro respondem à contaminação de outras artes e media, num período particularmente rico do teatro português (última década)”, acrescenta a mesma nota. A sessão será moderada por Gabriel Antunes de Araújo, professor da UM.

12 Nov 2019

FRC | Teatro e literatura em língua portuguesa em debate 

[dropcap]F[/dropcap]undação Rui Cunha (FRC) e o Departamento de Português da Faculdade de Artes e Humanidades da Universidade de Macau (UM) realizam esta quarta-feira, às 18h30, a conferência “O Teatro e a Literatura em Portugal e no Brasil”. De acordo com uma nota de imprensa, participam nesta iniciativa as docentes Larissa Neves Catalão, da Universidade Estadual de Campinas, Brasil e Manuela Carvalho, da UM.
Larissa Neves Catalão irá abordar a temática “O Teatro e literatura no Brasil: algumas relações”, sendo apresentadas “algumas relações entre teatro e literatura, tomando como exemplos peças brasileiras”. Já Manuela Carvalho irá protagonizar a palestra com o nome “Vamos lá rebentar com isto: os palcos e as páginas do teatro português contemporâneo”.
“Partindo de dois exemplos contemporâneos, nomeadamente o trabalho dos dramaturgos José Maria Vieira Mendes e Tiago Rodrigues, e a colaboração com os dois colectivos Teatro Praga e Mundo Perfeito, pretende-se reflectir sobre como textos e palcos se articulam e se questionam mutuamente; como escritores e artistas de teatro respondem à contaminação de outras artes e media, num período particularmente rico do teatro português (última década)”, acrescenta a mesma nota. A sessão será moderada por Gabriel Antunes de Araújo, professor da UM.

12 Nov 2019

“Somos!” lança novo concurso de fotografia sobre património cultural 

[dropcap]A[/dropcap] associação “Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa” (Somos – ACLP) vai lançar, já em Dezembro, a segunda edição do concurso de fotografia Somos – Imagens da Lusofonia, que este ano tem como tema o património cultural.

De acordo com um comunicado de imprensa enviado pela organização, “as fotografias devem ser capazes de mostrar a visão dos concorrentes face à importância do património cultural neste contexto”. Pede-se ainda aos participantes “uma abordagem imaginativa ao tema, uma vez que os bens culturais assumem diversas naturezas, nomeadamente históricas e artísticas, alternando-se ainda entre a materialidade e a imaterialidade”.

O concurso “Somos – Imagens da Lusofonia 2019/20” destina-se a todos os cidadãos dos países e regiões da Lusofonia ou residentes de Macau que possuam fotografias de qualidade, e enquadradas com o tema seleccionado, tiradas em Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Goa, Damão e Diu.

As fotografias que respeitarem o tema e os critérios do regulamento serão admitidas a concurso e caberá posteriormente ao júri de profissionais da área da fotografia a escolha das três vencedoras, às quais serão atribuídos prémios pecuniários no valor de dez mil patacas ao primeiro classificado, cinco mil patacas ao segundo e 3.500 patacas ao terceiro.

Para mostrar

Essas imagens farão ainda parte de uma exposição subsequente, a ser organizada entre 28 de Fevereiro a 15 Março de 2020 na Galeria de Exposições da Casa Garden, com a curadoria de António Mil-Homens. Integrarão essa mostra também outras fotografias seleccionadas pelo júri, composto por nomes como Gonçalo Lobo Pinheiro, presidente e fotojornalista com 18 anos de carreira, Eduardo Leal, fotógrafo documental e professor visitante na Universidade de São José, Eduardo Martins, fotógrafo do jornal Ponto Final, Gonçalo Delgado e José Sérgio, fotógrafo freelancer. Integra também o júri o fotógrafo Pereira Lopes.

12 Nov 2019

“Uma Faixa, Uma Rota” | Carlos Fraga quer filmar a Macau do futuro 

Esta sexta-feira estreia no território o mais recente projecto do realizador Carlos Fraga que conta a história de Macau nos últimos 20 anos. O documentário “Macau, 20 anos depois” é o resultado de muitas viagens a descobrir as várias comunidades do território, mas o futuro marcado pelo projecto “Uma Faixa, Uma Rota” poderá dar origem a novas filmagens

 

[dropcap]P[/dropcap]oucos filmaram Macau e as suas vicissitudes como Carlos Fraga. Depois de realizar um documentário sobre a comunidade macaense a residir em Lisboa, e outro sobre a comunidade portuguesa em Macau, o realizador compilou seis produções no documentário “Macau, 20 anos”. Esta sexta-feira é a estreia, desta vez em formato de longa-metragem, no auditório do Consulado-geral de Portugal em Macau e com o apoio do Instituto Português do Oriente (IPOR).

Em declarações ao HM a minutos antes de embarcar para o Oriente, Carlos Fraga falou de um projecto sempre feito em parceria com antropólogos e pessoas intimamente ligadas a Macau, como é o caso de Carlos Piteira.

“Não é que tenhamos ficado a conhecer Macau profundamente, mas vamos tendo a ideia de como é e penso que transmitimos isso nos documentários”, contou.

Carlos Fraga, que apenas conhece o território no período pós-1999, destaca o facto de co-existirem tantas comunidades diferentes em Macau. “Surpreende-me a multiculturalidade e a existência de uma diversidade com bastante tranquilidade. Depois também há outro aspecto, muito interessante, que é o facto de (Macau) ter uma superfície tão pequena onde se junta tanta coisa, tantas culturas e estilos arquitectónicos. É um sítio muito peculiar”, acrescentou.

O projecto arrancou em 2013, altura em que foi feita uma produção que espelha as vivencias da comunidade chinesa em Lisboa. Depois, Carlos Fraga e a sua equipa avançaram para as filmagens da comunidade macaense que se mudou para a capital portuguesa.

Seguiu-se o desfilar de histórias que precisavam de ser contadas. “Para ilustrar todos os depoimentos de macaenses que falavam de Macau fomos lá filmar. Aí percebemos que tínhamos muita matéria e que havia a possibilidade de fazer mais coisas, e assim nasce os portugueses em Macau, que era o outro lado da história. Houve uma altura em que a série ia em cinco partes, e faltava a parte da comunidade chinesa.”

Aí Carlos Fraga percebeu que fazia falta uma peça para completar o puzzle. “Chegámos à conclusão de que tinham de ser seis partes, porque a série ia ficar coxa se não tivesse também um programa dedicado aos chineses, que é o último. Temos um outro filme sobre a lusofonia e outro sobre os macaenses de Macau”, frisou.

O futuro

Concluído este projecto, Carlos Fraga já tem em mente outra iniciativa, mas desta vez em parceria com a economista Fernanda Ilhéu, professora universitária e também presidente da Associação dos Amigos da Nova Rota da Seda. Depois de filmar o passado e o presente de Macau, o realizador português pretende debruçar-se sobre o futuro.

“Depois desta série de seis documentários provavelmente haverá uma próxima abordagem a Macau, em que o território será protagonista no projecto ‘Uma Faixa, Uma Rota’ e na importância que tem nessa iniciativa.”

Até porque a história dos macaenses está contada, assume Carlos Fraga. “Sobre a comunidade macaense penso que já fizemos bastante. Macau continua na nossa mente e objectivo, mas já a outro nível”, concluiu.

12 Nov 2019

“Uma Faixa, Uma Rota” | Carlos Fraga quer filmar a Macau do futuro 

Esta sexta-feira estreia no território o mais recente projecto do realizador Carlos Fraga que conta a história de Macau nos últimos 20 anos. O documentário “Macau, 20 anos depois” é o resultado de muitas viagens a descobrir as várias comunidades do território, mas o futuro marcado pelo projecto “Uma Faixa, Uma Rota” poderá dar origem a novas filmagens

 
[dropcap]P[/dropcap]oucos filmaram Macau e as suas vicissitudes como Carlos Fraga. Depois de realizar um documentário sobre a comunidade macaense a residir em Lisboa, e outro sobre a comunidade portuguesa em Macau, o realizador compilou seis produções no documentário “Macau, 20 anos”. Esta sexta-feira é a estreia, desta vez em formato de longa-metragem, no auditório do Consulado-geral de Portugal em Macau e com o apoio do Instituto Português do Oriente (IPOR).
Em declarações ao HM a minutos antes de embarcar para o Oriente, Carlos Fraga falou de um projecto sempre feito em parceria com antropólogos e pessoas intimamente ligadas a Macau, como é o caso de Carlos Piteira.
“Não é que tenhamos ficado a conhecer Macau profundamente, mas vamos tendo a ideia de como é e penso que transmitimos isso nos documentários”, contou.
Carlos Fraga, que apenas conhece o território no período pós-1999, destaca o facto de co-existirem tantas comunidades diferentes em Macau. “Surpreende-me a multiculturalidade e a existência de uma diversidade com bastante tranquilidade. Depois também há outro aspecto, muito interessante, que é o facto de (Macau) ter uma superfície tão pequena onde se junta tanta coisa, tantas culturas e estilos arquitectónicos. É um sítio muito peculiar”, acrescentou.
O projecto arrancou em 2013, altura em que foi feita uma produção que espelha as vivencias da comunidade chinesa em Lisboa. Depois, Carlos Fraga e a sua equipa avançaram para as filmagens da comunidade macaense que se mudou para a capital portuguesa.
Seguiu-se o desfilar de histórias que precisavam de ser contadas. “Para ilustrar todos os depoimentos de macaenses que falavam de Macau fomos lá filmar. Aí percebemos que tínhamos muita matéria e que havia a possibilidade de fazer mais coisas, e assim nasce os portugueses em Macau, que era o outro lado da história. Houve uma altura em que a série ia em cinco partes, e faltava a parte da comunidade chinesa.”
Aí Carlos Fraga percebeu que fazia falta uma peça para completar o puzzle. “Chegámos à conclusão de que tinham de ser seis partes, porque a série ia ficar coxa se não tivesse também um programa dedicado aos chineses, que é o último. Temos um outro filme sobre a lusofonia e outro sobre os macaenses de Macau”, frisou.

O futuro

Concluído este projecto, Carlos Fraga já tem em mente outra iniciativa, mas desta vez em parceria com a economista Fernanda Ilhéu, professora universitária e também presidente da Associação dos Amigos da Nova Rota da Seda. Depois de filmar o passado e o presente de Macau, o realizador português pretende debruçar-se sobre o futuro.
“Depois desta série de seis documentários provavelmente haverá uma próxima abordagem a Macau, em que o território será protagonista no projecto ‘Uma Faixa, Uma Rota’ e na importância que tem nessa iniciativa.”
Até porque a história dos macaenses está contada, assume Carlos Fraga. “Sobre a comunidade macaense penso que já fizemos bastante. Macau continua na nossa mente e objectivo, mas já a outro nível”, concluiu.

12 Nov 2019

Documentário | “Macau, 20 anos depois” em ante-estreia sexta-feira

[dropcap]É[/dropcap] já esta sexta-feira que acontece a ante-estreia do novo documentário de Carlos Fraga sobre Macau, uma produção da LIVREMEIO e MACAODOC em parceria com o Instituto Português do Oriente (IPOR). O documentário, com o nome “Macau, 20 anos depois”, será exibido no auditório do Consulado Geral de Portugal em Macau e Hong-Kong às 19h30.

De acordo com uma nota oficial do IPOR, este trabalho “é um olhar sobre uma Macau chinesa onde a cultura portuguesa se faz sentir e continua a marcar presença”, constituindo “um filme que dá voz às diversas comunidades”.

Nesse sentido, o projecto de Carlos Fraga espelha uma partilha de “sentimentos e perspectivas de portugueses, macaenses e dos lusófonos que ajudaram a construir Macau (Angola, Brasil, Cabo Verde, Goa, Damão e Diu, Guiné-Bissau, Moçambique, S. Tomé e Príncipe e Timor Leste) assim como dos Chineses de Macau (sobre o modo como nos olham, acolhem e nos integram na sociedade chinesa) numa convivência multisecular e multicultural que se enraizou na tipificação do próprio lugar que é Macau”.

“Macau, 20 anos depois” representa “uma viagem de 96 minutos pela fascinante multiculturalidade que a define e diferencia de todas as demais cidades chinesas”. Esta longa-metragem é o resultado de cinco anos de filmagens e produção de uma série composta por seis documentários sobre a era da RAEM. O projecto volta a ser exibido a 29 de Novembro no Museu do Oriente, em Lisboa.

11 Nov 2019

Documentário | “Macau, 20 anos depois” em ante-estreia sexta-feira

[dropcap]É[/dropcap] já esta sexta-feira que acontece a ante-estreia do novo documentário de Carlos Fraga sobre Macau, uma produção da LIVREMEIO e MACAODOC em parceria com o Instituto Português do Oriente (IPOR). O documentário, com o nome “Macau, 20 anos depois”, será exibido no auditório do Consulado Geral de Portugal em Macau e Hong-Kong às 19h30.
De acordo com uma nota oficial do IPOR, este trabalho “é um olhar sobre uma Macau chinesa onde a cultura portuguesa se faz sentir e continua a marcar presença”, constituindo “um filme que dá voz às diversas comunidades”.
Nesse sentido, o projecto de Carlos Fraga espelha uma partilha de “sentimentos e perspectivas de portugueses, macaenses e dos lusófonos que ajudaram a construir Macau (Angola, Brasil, Cabo Verde, Goa, Damão e Diu, Guiné-Bissau, Moçambique, S. Tomé e Príncipe e Timor Leste) assim como dos Chineses de Macau (sobre o modo como nos olham, acolhem e nos integram na sociedade chinesa) numa convivência multisecular e multicultural que se enraizou na tipificação do próprio lugar que é Macau”.
“Macau, 20 anos depois” representa “uma viagem de 96 minutos pela fascinante multiculturalidade que a define e diferencia de todas as demais cidades chinesas”. Esta longa-metragem é o resultado de cinco anos de filmagens e produção de uma série composta por seis documentários sobre a era da RAEM. O projecto volta a ser exibido a 29 de Novembro no Museu do Oriente, em Lisboa.

11 Nov 2019

Nova obra de Carlos Marreiros retrata manifestantes de Hong Kong 

[dropcap]O[/dropcap] arquitecto de Macau Carlos Marreiros classificou os manifestantes de Hong Kong de mercenários, que aparecem retratados no desenho “Red December”, também nome da exposição inaugurada na sexta-feira, e que estará patente na Galeria Tap Seac.

“É um movimento fantástico. Se analisarmos do ponto de vista da estratégia militar e da organização, são fantásticos, são mercenários”, disse aos jornalistas Carlos Marreiros sobre os protestos que, há cerca de cinco meses, ocorrem quase diariamente em Hong Kong.

Os manifestantes “não têm ideologia, não têm objectivos, não têm programa político (…), aquilo é violência da mais gratuita possível, é inacreditável”, afirmou.

Para o arquitecto, os participantes dos protestos “marcam a actualidade pela negativa e, por isso, merecem estar nos meus desenhos”, considerou o artista, referindo-se à sua obra, realizada entre 2018 e este ano. Esta representa uma embarcação que “não navega, flutua”, “uma cidade de muitas cidades, uma Macau de muitas Macaus”, juntando “bocados de Lisboa, Porto, Rio de Janeiro, Pequim, Londres, Praga, cidades ou fragmentos de cidades” da preferência do artista, e 109 personalidades, entre escritores, pintores, compositores e políticos, entre outros, explicou. O que está patente é uma redução da obra, já que o original, com quatro metros por três, não cabia na sala, acrescentou.

Da Grande Baía

Entre vários pormenores sobre Macau ou as nove cidades que fazem parte do projecto Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau presentes no desenho, o artista destacou a assinatura da Declaração Conjunta, que aconteceu em 1987 e que esteve na origem da transferência de Macau e de Hong Kong para a China, lembrada pelas figuras do líder chinês Deng Xiaoping, do poeta português Luís de Camões e do escritor britânico William Shakespeare.

Carlos Marreiros adiantou que “esta exposição é feita durante o 20.º aniversário da RAEM e o que deu origem à transferência foi uma coisa chamada Declaração Conjunta”.

Antes das declarações aos jornalistas, o arquitecto tinha deixado algumas críticas à sociedade de Macau nas palavras que proferiu perante o antigo Chefe do Executivo Edmund Ho, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, e o director do Departamento de Propaganda e Cultura do Gabinete de Ligação do Governo chinês na RAEM, Wan Sucheng, entre outros responsáveis.

“Passaram-se 20 anos e nós temos em Macau gente com qualidade, quer no sector privado, quer no Governo, mas há três tipos de pessoas que o Governo e a sociedade de Macau devem evitar: os invejosos, os mesquinhos e os burocratas”, defendeu.

“A administração está a criar curtos circuitos em Macau por causa dos burocratas que não fazem nenhum, só estão à espera da promoção, produzem calor e papel, portanto nem amigos do ambiente são”, acrescentou. Organizada pelo Instituto Cultural de Macau, a exposição “Red December”, que inclui ainda cerca de 40 cadernos de esboços de Carlos Marreiros nunca apresentados, vai estar patente na galeria do Tap Seac até 13 de Fevereiro próximo.

11 Nov 2019

Fotografia | Casa do Povo expõe “Daily Impermanence” até ao dia 24

A mostra de trabalhos fotográficos de António Leong incide sobre a faceta mais genuína do território, como a zona da Barra e do Porto Interior, deixando de lado a imagem publicitária de Macau ligada aos casinos ou ao Grande Prémio

 

[dropcap]A[/dropcap]ntónio Leong é o fotógrafo que protagoniza a nova exposição patente na galeria Casa do Povo. “Daily Impermanence” é o nome da mostra inaugurada este sábado e que estará patente até ao dia 24. Ao HM, António Leong contou que estas são sobretudo imagens de arquivo sobre o dia-a-dia em Macau.

“O nome ‘Daily Impermanence’ remete para o facto de mostrar a vida diária e de esta não ser sempre igual. É um termo ligado ao budismo, que significa que as coisas correm como água e não se repetem. São histórias ou fotografias da vida diária que eu encontro, mas não há uma única fotografia igual.”

Leong diz ter fotografado bastante as zonas antigas do território, tal como a Barra ou Porto Interior, e que espelham a genuinidade do território. “Interessa-me a preservação da memória e da cultura de Macau, que é menos conhecido do que aquilo que vemos na publicidade, ou as coisas que vemos sobre Macau, como o Grande Prémio ou os casinos. É a parte de Macau que eu pessoalmente mais gosto, porque é a parte real de Macau.”

Lusofonia na calha

A mostra “Daily Impermanence” teve como origem uma outra iniciativa de António Leong, também na área da fotografia, mas que tem o festival da Lusofonia como pano de fundo. Nesse processo, António Leong cruzou-se com Sofia Salgado, curadora da Casa do Povo, que o convidou para expor.

No que diz respeito ao projecto da Lusofonia, António Leong procura personagens que caracterizem a comunidade portuguesa tal como ela é. “Este projecto pretende mostrar a diversidade da comunidade depois da transição e o facto de muitos estarem cá a trabalhar e a falar português. Muitos pensam que a maioria das pessoas são juízes ou advogados, mas como conheço a comunidade cheguei à conclusão que temos uma comunidade muito diversa com muitos talentos.”

António Leong irá fotografar um rosto, e cada pessoa irá escrever uma história sobre Macau, que acompanhará a imagem. O fotógrafo assume já ter encontrado uma enorme diversidade de pessoas, não tendo, para já, local ou data para expor este seu projecto, por ser ainda embrionário.

11 Nov 2019

Fotografia | Casa do Povo expõe “Daily Impermanence” até ao dia 24

A mostra de trabalhos fotográficos de António Leong incide sobre a faceta mais genuína do território, como a zona da Barra e do Porto Interior, deixando de lado a imagem publicitária de Macau ligada aos casinos ou ao Grande Prémio

 
[dropcap]A[/dropcap]ntónio Leong é o fotógrafo que protagoniza a nova exposição patente na galeria Casa do Povo. “Daily Impermanence” é o nome da mostra inaugurada este sábado e que estará patente até ao dia 24. Ao HM, António Leong contou que estas são sobretudo imagens de arquivo sobre o dia-a-dia em Macau.
“O nome ‘Daily Impermanence’ remete para o facto de mostrar a vida diária e de esta não ser sempre igual. É um termo ligado ao budismo, que significa que as coisas correm como água e não se repetem. São histórias ou fotografias da vida diária que eu encontro, mas não há uma única fotografia igual.”
Leong diz ter fotografado bastante as zonas antigas do território, tal como a Barra ou Porto Interior, e que espelham a genuinidade do território. “Interessa-me a preservação da memória e da cultura de Macau, que é menos conhecido do que aquilo que vemos na publicidade, ou as coisas que vemos sobre Macau, como o Grande Prémio ou os casinos. É a parte de Macau que eu pessoalmente mais gosto, porque é a parte real de Macau.”

Lusofonia na calha

A mostra “Daily Impermanence” teve como origem uma outra iniciativa de António Leong, também na área da fotografia, mas que tem o festival da Lusofonia como pano de fundo. Nesse processo, António Leong cruzou-se com Sofia Salgado, curadora da Casa do Povo, que o convidou para expor.
No que diz respeito ao projecto da Lusofonia, António Leong procura personagens que caracterizem a comunidade portuguesa tal como ela é. “Este projecto pretende mostrar a diversidade da comunidade depois da transição e o facto de muitos estarem cá a trabalhar e a falar português. Muitos pensam que a maioria das pessoas são juízes ou advogados, mas como conheço a comunidade cheguei à conclusão que temos uma comunidade muito diversa com muitos talentos.”
António Leong irá fotografar um rosto, e cada pessoa irá escrever uma história sobre Macau, que acompanhará a imagem. O fotógrafo assume já ter encontrado uma enorme diversidade de pessoas, não tendo, para já, local ou data para expor este seu projecto, por ser ainda embrionário.

11 Nov 2019

Cartaz alargado e reforço feminino nos dez anos do Sound&Image Challenge

[dropcap]O[/dropcap] festival Sound&Image de Macau, um pequeno concurso audiovisual que se transformou num festival internacional, chega em Dezembro à décima edição, “a maior de sempre” e com mais presença feminina, destacou ontem Lúcia Lemos.

Além das produções em competição – 112 curtas-metragens e oito vídeos musicais – o festival propõe nesta data redonda uma “edição alargada”, com mais dois dias de certame e ciclos especiais, disse à Lusa a coordenadora do Centro de Indústrias Criativas-Creative Macau, Lúcia Lemos.

Entre 3 e 10 de dezembro, serão exibidas, no histórico teatro D. Pedro V, 194 produções audiovisuais, incluindo uma retrospectiva dos vencedores de 2010 a 2018 e oito filmes fora de concurso realizados por mulheres do Sri Lanka, indicou.

“É a primeira vez que fazemos uma curadoria assente em realizadoras mulheres. É interessante porque pouco sabemos do Sri Lanka e resolvi que era importante fazer isto em Macau, até porque existem [no território] muitas mulheres realizadoras”, afirmou.

Portugal está representado na competição em três categorias: ficção, “No limiar do pensamento”, de António Sequeira, “Califórnia”, de Nuno Baltazar; documentário, “A ver o Mar”, de Ana Oliveira e André Puertas, e animação, Purpleboy, de Alexandre Siqueira.

Há também nomes portugueses entre o júri, nomeadamente Cristiano Pereira, diretor artístico do Festival de Cinema do Douro, o único festival de super oito milímetros realizado em Portugal e com o qual o Sound&Image já colaborou em anteriores edições.

A programação inclui ainda filmes convidados da Dinamarca, Guiné-Bissau, Lituânia, Macau, Suécia e Ucrânia e três ‘MasterClasses’ em ficção e animação sobre técnicas de realização, produção e efeitos visuais.

Em expansão

Lançado em 2010, pelo Creative Macau e pelo Instituto de Estudos Europeus de Macau, a iniciativa expandiu-se pelos cinco continentes e, em 2015, evoluiu para um festival de curtas-metragens, mantendo o objectivo de motivar a participação de produções fílmicas e vídeos musicais locais e internacionais, a competir em Macau.

Apesar do “orçamento limitado”, o festival cresceu “em quantidade e qualidade” e é hoje uma “identidade de interesse no mapa cultural de Macau”, salientou Lúcia Lemos.

Entre 2010 e 2018, esta iniciativa já premiou 77 filmes e vídeos musicais, dos quais, 35 de Macau. Os premiados são de Portugal, China, Dinamarca, Bélgica, Alemanha, Brasil, França, Índia, Suécia, Espanha, Irão, Polónia, Chile, Paquistão e Suíça.

8 Nov 2019

Cartaz alargado e reforço feminino nos dez anos do Sound&Image Challenge

[dropcap]O[/dropcap] festival Sound&Image de Macau, um pequeno concurso audiovisual que se transformou num festival internacional, chega em Dezembro à décima edição, “a maior de sempre” e com mais presença feminina, destacou ontem Lúcia Lemos.
Além das produções em competição – 112 curtas-metragens e oito vídeos musicais – o festival propõe nesta data redonda uma “edição alargada”, com mais dois dias de certame e ciclos especiais, disse à Lusa a coordenadora do Centro de Indústrias Criativas-Creative Macau, Lúcia Lemos.
Entre 3 e 10 de dezembro, serão exibidas, no histórico teatro D. Pedro V, 194 produções audiovisuais, incluindo uma retrospectiva dos vencedores de 2010 a 2018 e oito filmes fora de concurso realizados por mulheres do Sri Lanka, indicou.
“É a primeira vez que fazemos uma curadoria assente em realizadoras mulheres. É interessante porque pouco sabemos do Sri Lanka e resolvi que era importante fazer isto em Macau, até porque existem [no território] muitas mulheres realizadoras”, afirmou.
Portugal está representado na competição em três categorias: ficção, “No limiar do pensamento”, de António Sequeira, “Califórnia”, de Nuno Baltazar; documentário, “A ver o Mar”, de Ana Oliveira e André Puertas, e animação, Purpleboy, de Alexandre Siqueira.
Há também nomes portugueses entre o júri, nomeadamente Cristiano Pereira, diretor artístico do Festival de Cinema do Douro, o único festival de super oito milímetros realizado em Portugal e com o qual o Sound&Image já colaborou em anteriores edições.
A programação inclui ainda filmes convidados da Dinamarca, Guiné-Bissau, Lituânia, Macau, Suécia e Ucrânia e três ‘MasterClasses’ em ficção e animação sobre técnicas de realização, produção e efeitos visuais.

Em expansão

Lançado em 2010, pelo Creative Macau e pelo Instituto de Estudos Europeus de Macau, a iniciativa expandiu-se pelos cinco continentes e, em 2015, evoluiu para um festival de curtas-metragens, mantendo o objectivo de motivar a participação de produções fílmicas e vídeos musicais locais e internacionais, a competir em Macau.
Apesar do “orçamento limitado”, o festival cresceu “em quantidade e qualidade” e é hoje uma “identidade de interesse no mapa cultural de Macau”, salientou Lúcia Lemos.
Entre 2010 e 2018, esta iniciativa já premiou 77 filmes e vídeos musicais, dos quais, 35 de Macau. Os premiados são de Portugal, China, Dinamarca, Bélgica, Alemanha, Brasil, França, Índia, Suécia, Espanha, Irão, Polónia, Chile, Paquistão e Suíça.

8 Nov 2019

Concerto | Percussionista João Pais Filipe hoje no LMA

Hoje, por volta das 21h, o percussionista João Pais Filipe sobe ao palco do LMA para uma noite de sobreposição de camadas de ritmos. Prevê-se uma noite de experimentação e batidas entre o tribalismo e música de dança mais profunda

 

[dropcap]E[/dropcap]stá em Macau um dos expoentes máximos da improvisação e experimentalismo rítmico da música portuguesa. O músico portuense João Pais Filipe sobe hoje ao palco do LMA, a partir das 21h, para um concerto que se prevê intenso.

O conceito estético do som a solo do baterista e percussionista assenta em várias camadas rítmicas, despidas das tradicionais influências do jazz, mesmo do mais free, e do rock.

Quanto ao concerto em si, João Pais Filipe levanta um pouco a ponta do véu sobre o que se pode esperar hoje na casa da música na Coronel Mesquita. “Vou apresentar quatro temas longos, cada um deles tem um ritmo especial que criei, com tempos irregulares. Além da percussão, os instrumentos que vou usar foram feitos por mim”. Daqui nasce parte da singularidade do som do músico, que também constrói gongos e instrumentos metálicos de percussão.

O resultado é um ciclo viciante de ritmos que se entrecruzam e deixam no ar tons étnicos e tribais. Daí o termo “ethno-techno”, que encaixa bem na estética sonora do portuense. “Todos os ritmos têm uma base étnica, alguns foram beber mais a ritmos africanos, outros ao Médio Oriente. A minha ideia era quase criar um mantra em temas longos e bastante repetitivos”, revela.

Para chegar ao conceito que explora a solo, João Pais Filipe despiu-se das roupagens rítmicas mais tradicionais. “Para o meu trabalho a solo tive de fugir de influências anteriores, como de bateristas de jazz e do rock. Mudei completamente a maneira como abordo o instrumento e mudei o instrumento em si. Criei um sistema diferente para poder fazer aquilo que faço agora. Tive de desconstruir e fugir dessas coisas todas do rock e do jazz, da bateria como ela é conhecida”.

Tambores com todos

No meio da profusão de ritmos, um concerto do percussionista tanto pode convidar à dança, como a uma postura mais meditativa.

Com um segundo disco a solo que sairá no próximo ano, João Pais Filipe vai apresentar no LMA parte dos temas que vão compor o registo, que ainda não tem nome.

As colaborações com outros projectos são grande parte da discografia e carreira do músico. No início de 2020 tem três discos a sair, além do registo a solo. Um dos disco parte da simbiose com o alemão Burnt Friedman, músico e produtor que tem no currículo colaborações com projectos de electrónica, dub e jazz.

Noutro registo, João Pais Filipe tem na calha um disco com os portugueses Black Bombaim, que exploram sonoridades perto do rock psicadélico.

O percurso musical do portuense foi marcado, naturalmente, pelo consumo de muitos sons ritmados, como, por exemplo, os discos de jazz com Tony Williams na bateria. Outros baterista que influenciaram o crescimento do músico foram Jaki Liebezeit, dos seminais CAN, e Tony Oxley numa acepção mais experimentalista.

Mas as influências de João Pais Filipe não se ficam por aqui. A música electrónica, de onde se destaca a dupla finlandesa Pan Sonic, é um dos pilares da discografia do músico, assim como a música industrial, onde destaca bandas clássicas como Coil e Throbbing Gristle. Apesar de não serem influências directas, algumas raízes do som de João Pais Filipe estão plantadas no industrial.

Pela primeira vez em digressão na Ásia, o portuense deu ontem um concerto em Hong Kong. Depois do concerto no LMA segue para Taiwan, antes de terminar com dois concertos em Tóquio.
Os bilhetes para o concerto de hoje custam 120 patacas. Além de João Pais Filipe, a noite será marcada pela presença de DJ NOYB nos pratos.

8 Nov 2019

Concerto | Percussionista João Pais Filipe hoje no LMA

Hoje, por volta das 21h, o percussionista João Pais Filipe sobe ao palco do LMA para uma noite de sobreposição de camadas de ritmos. Prevê-se uma noite de experimentação e batidas entre o tribalismo e música de dança mais profunda

 
[dropcap]E[/dropcap]stá em Macau um dos expoentes máximos da improvisação e experimentalismo rítmico da música portuguesa. O músico portuense João Pais Filipe sobe hoje ao palco do LMA, a partir das 21h, para um concerto que se prevê intenso.
O conceito estético do som a solo do baterista e percussionista assenta em várias camadas rítmicas, despidas das tradicionais influências do jazz, mesmo do mais free, e do rock.
Quanto ao concerto em si, João Pais Filipe levanta um pouco a ponta do véu sobre o que se pode esperar hoje na casa da música na Coronel Mesquita. “Vou apresentar quatro temas longos, cada um deles tem um ritmo especial que criei, com tempos irregulares. Além da percussão, os instrumentos que vou usar foram feitos por mim”. Daqui nasce parte da singularidade do som do músico, que também constrói gongos e instrumentos metálicos de percussão.
O resultado é um ciclo viciante de ritmos que se entrecruzam e deixam no ar tons étnicos e tribais. Daí o termo “ethno-techno”, que encaixa bem na estética sonora do portuense. “Todos os ritmos têm uma base étnica, alguns foram beber mais a ritmos africanos, outros ao Médio Oriente. A minha ideia era quase criar um mantra em temas longos e bastante repetitivos”, revela.
Para chegar ao conceito que explora a solo, João Pais Filipe despiu-se das roupagens rítmicas mais tradicionais. “Para o meu trabalho a solo tive de fugir de influências anteriores, como de bateristas de jazz e do rock. Mudei completamente a maneira como abordo o instrumento e mudei o instrumento em si. Criei um sistema diferente para poder fazer aquilo que faço agora. Tive de desconstruir e fugir dessas coisas todas do rock e do jazz, da bateria como ela é conhecida”.

Tambores com todos

No meio da profusão de ritmos, um concerto do percussionista tanto pode convidar à dança, como a uma postura mais meditativa.
Com um segundo disco a solo que sairá no próximo ano, João Pais Filipe vai apresentar no LMA parte dos temas que vão compor o registo, que ainda não tem nome.
As colaborações com outros projectos são grande parte da discografia e carreira do músico. No início de 2020 tem três discos a sair, além do registo a solo. Um dos disco parte da simbiose com o alemão Burnt Friedman, músico e produtor que tem no currículo colaborações com projectos de electrónica, dub e jazz.
Noutro registo, João Pais Filipe tem na calha um disco com os portugueses Black Bombaim, que exploram sonoridades perto do rock psicadélico.
O percurso musical do portuense foi marcado, naturalmente, pelo consumo de muitos sons ritmados, como, por exemplo, os discos de jazz com Tony Williams na bateria. Outros baterista que influenciaram o crescimento do músico foram Jaki Liebezeit, dos seminais CAN, e Tony Oxley numa acepção mais experimentalista.
Mas as influências de João Pais Filipe não se ficam por aqui. A música electrónica, de onde se destaca a dupla finlandesa Pan Sonic, é um dos pilares da discografia do músico, assim como a música industrial, onde destaca bandas clássicas como Coil e Throbbing Gristle. Apesar de não serem influências directas, algumas raízes do som de João Pais Filipe estão plantadas no industrial.
Pela primeira vez em digressão na Ásia, o portuense deu ontem um concerto em Hong Kong. Depois do concerto no LMA segue para Taiwan, antes de terminar com dois concertos em Tóquio.
Os bilhetes para o concerto de hoje custam 120 patacas. Além de João Pais Filipe, a noite será marcada pela presença de DJ NOYB nos pratos.

8 Nov 2019

CPM | Gravura de Madalena Fonseca assinala centenário de Sophia 

[dropcap]A[/dropcap] Casa de Portugal em Macau (CPM) associou-se às actividades de comemoração do centenário do nascimento da poetisa Sophia de Mello Breyner com a criação de uma gravura da autoria de Madalena Fonseca, professora de pintura na CPM.

“É uma pintura a óleo sobre tábua, onde fiz o retrato de Sophia a tinta da china com caneta de aparo que, como que me aproxima do grafismo da sua escrita. Escolhi uma tábua onde os veios da madeira me sugeriam o rasto das ondas do mar na praia quando a maré vaza”, contou ao HM.

A professora de pintura sente-se próxima da poesia de Sophia de Mello Breyner. “Quando leio Sophia, reencontro o meu fascínio pela arte Grega e pinto ‘colunas nascidas da necessidade de erguer um tecto sem muros’; retorno constantemente à natureza onde, com Sophia, adivinho o divino; com Sophia vejo a ordem e a harmonia do azul cobalto e confirmo que ‘viajar é olhar’”, confessou ainda.

Além da CPM, a Livraria Portuguesa também se associa às comemorações ao conceder, até domingo, desconto em todos os livros de Sophia de Mello Breyner. A Universidade de São José realizou esta quarta-feira, data do nascimento da autora, um colóquio sobre a sua obra.

8 Nov 2019

CPM | Gravura de Madalena Fonseca assinala centenário de Sophia 

[dropcap]A[/dropcap] Casa de Portugal em Macau (CPM) associou-se às actividades de comemoração do centenário do nascimento da poetisa Sophia de Mello Breyner com a criação de uma gravura da autoria de Madalena Fonseca, professora de pintura na CPM.
“É uma pintura a óleo sobre tábua, onde fiz o retrato de Sophia a tinta da china com caneta de aparo que, como que me aproxima do grafismo da sua escrita. Escolhi uma tábua onde os veios da madeira me sugeriam o rasto das ondas do mar na praia quando a maré vaza”, contou ao HM.
A professora de pintura sente-se próxima da poesia de Sophia de Mello Breyner. “Quando leio Sophia, reencontro o meu fascínio pela arte Grega e pinto ‘colunas nascidas da necessidade de erguer um tecto sem muros’; retorno constantemente à natureza onde, com Sophia, adivinho o divino; com Sophia vejo a ordem e a harmonia do azul cobalto e confirmo que ‘viajar é olhar’”, confessou ainda.
Além da CPM, a Livraria Portuguesa também se associa às comemorações ao conceder, até domingo, desconto em todos os livros de Sophia de Mello Breyner. A Universidade de São José realizou esta quarta-feira, data do nascimento da autora, um colóquio sobre a sua obra.

8 Nov 2019

Palestra | “Arte e Movimento na Escola” na Fundação Rui Cunha

[dropcap]D[/dropcap]ecorre hoje na Fundação Rui Cunha, por volta das 18h30, a palestra e mesa redonda intitulada “Arte e Movimento na Escola”, que visa reflectir sobre o papel do movimento criativo e artístico na Educação. O evento está inserido na programação da Plataforma UNITYGATE 2019, contando com a participação de José Manuel Simões, professor da Universidade de São José, a bailarina Sandra Battaglia e Ana Cristina Paulo, professora de educação física numa escola luso-chinesa do território.

De acordo com uma nota oficial, o objectivo desta mesa redonda é “criar um espaço informal de apresentações e debate sobre o assunto, aproximando pessoas, artes, partilhando saberes, experiências e exemplos sobre um assunto da maior importância na educação da pessoa e das sociedades”. A entrada é livre.

A plataforma UNITYGATE foi criada por Sandra Battaglia, bailarina, coreógrafa, investigadora, professora. Sandra é formada na Escola de Dança do Conservatório Nacional. Em 2011, foi convidada pelo Instituto Cultural de Macau para ser directora artística de vários projectos locais com várias participações em Festivais em Macau, Hong Kong, Taiwan e Miami.

7 Nov 2019

Palestra | “Arte e Movimento na Escola” na Fundação Rui Cunha

[dropcap]D[/dropcap]ecorre hoje na Fundação Rui Cunha, por volta das 18h30, a palestra e mesa redonda intitulada “Arte e Movimento na Escola”, que visa reflectir sobre o papel do movimento criativo e artístico na Educação. O evento está inserido na programação da Plataforma UNITYGATE 2019, contando com a participação de José Manuel Simões, professor da Universidade de São José, a bailarina Sandra Battaglia e Ana Cristina Paulo, professora de educação física numa escola luso-chinesa do território.
De acordo com uma nota oficial, o objectivo desta mesa redonda é “criar um espaço informal de apresentações e debate sobre o assunto, aproximando pessoas, artes, partilhando saberes, experiências e exemplos sobre um assunto da maior importância na educação da pessoa e das sociedades”. A entrada é livre.
A plataforma UNITYGATE foi criada por Sandra Battaglia, bailarina, coreógrafa, investigadora, professora. Sandra é formada na Escola de Dança do Conservatório Nacional. Em 2011, foi convidada pelo Instituto Cultural de Macau para ser directora artística de vários projectos locais com várias participações em Festivais em Macau, Hong Kong, Taiwan e Miami.

7 Nov 2019

Exposição | Arte feminina em destaque nas Casas-Museu da Taipa 

A Associação para o Desenvolvimento da Nova Mulher de Macau promove, na zona das Casas-Museu da Taipa, uma mostra de arte exclusivamente feita no feminino. A exposição, intitulada “Exposição de Arte da Nova Mulher Contemporânea” está patente até ao dia 16 deste mês e revela obras de mulheres naturais de Macau ou que viveram no território, com uma grande aposta na diversidade

 

[dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC), a Fundação Macau e a Associação para o Desenvolvimento da Nova Mulher de Macau promovem, até ao dia 16 de Novembro, a “Exposição de Arte da Nova Mulher Contemporânea”, que revela o trabalho de seis mulheres artistas com ligações ao território.

De acordo com uma nota de imprensa, a ideia é mostrar o trabalho de artistas que viveram ou vivem em Macau, como Yang Sio Maan, Angel Chan, Luna Cheong, MJ Lee, Ana Jacinto Nunes e Tchusca Songo. Estas “criam peças de arte com diferentes perspectivas da mulher”, sendo que “as obras foram criadas de diversas formas e são apresentadas no sentido contemporâneo de liberdade, singularidade e inovação”.

Citada pelo mesmo comunicado, Kathine Cheong, curadora e directora artística da exposição, disse esperar que “o público possa prestar mais atenção às similaridades dos géneros dos seres humanos através do tema da exposição deste ano”.

Neste sentido, a temática da mostra é “WM”, “Woman” (Mulher em inglês), mas também representa Macau, adiantou Kathine Cheong. Para a responsável, o território é “uma terra abençoada que combina as culturas chinesa e ocidental e que também cultiva artistas locais e multiculturais”.

“Esperamos poder expressar o lado único dos sentimentos humanos e contar a história e cultura de Macau através de cada obra artística nesta exposição”, acrescentou.

“WM” significa ainda “WE (WO MEN)” em mandarim. “Dentro dos constrangimentos do sistema social e das influências culturais, a maior parte exalta determinadas características de um género humano em particular, ignorando a existência de uma homogeneidade entre homens e mulheres”, aponta a mesma nota.

Assim, esta exposição explora o termo “WE” (Nós), no sentido de promover oportunidades iguais para pessoas de diferentes géneros. Além disso, o termo “MUN” (“WO MUN”) significa “DOOR” (Porta) representando Macau (cujo nome em cantones é Ou Mun), levando a que as artistas participantes possam fazer um intercâmbio de ideias e partilhar as suas inspirações.

Cor branca

A mostra patente nas Casas-Museu da Taipa é dominada pela cor branca, o que mostra ao público presente “um forte sentido de espaço, o que vai de encontro aos trabalhos das artistas e ao tema da exposição”. O local da mostra conta com design de Sueie Zhe, também natural de Macau.

Até ao dia 16 de Novembro os organizadores irão promover uma série de actividades interactivas com o público, como visitas guiadas e workshops, entre outras. Estas iniciativas visam levar o público “a compreender de forma profunda a filosofia e as ideias dos artistas”.

A Associação para o Desenvolvimento da Nova Mulher de Macau foi criada em 2017 e reúne mulheres de várias idades e de diferentes campos profissionais. Através da promoção de eventos ligados à cultura e arte, este grupo pretende “promover o desenvolvimento das mulheres a nível psicológico e físico”.

7 Nov 2019

Exposição | Arte feminina em destaque nas Casas-Museu da Taipa 

A Associação para o Desenvolvimento da Nova Mulher de Macau promove, na zona das Casas-Museu da Taipa, uma mostra de arte exclusivamente feita no feminino. A exposição, intitulada “Exposição de Arte da Nova Mulher Contemporânea” está patente até ao dia 16 deste mês e revela obras de mulheres naturais de Macau ou que viveram no território, com uma grande aposta na diversidade

 
[dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC), a Fundação Macau e a Associação para o Desenvolvimento da Nova Mulher de Macau promovem, até ao dia 16 de Novembro, a “Exposição de Arte da Nova Mulher Contemporânea”, que revela o trabalho de seis mulheres artistas com ligações ao território.
De acordo com uma nota de imprensa, a ideia é mostrar o trabalho de artistas que viveram ou vivem em Macau, como Yang Sio Maan, Angel Chan, Luna Cheong, MJ Lee, Ana Jacinto Nunes e Tchusca Songo. Estas “criam peças de arte com diferentes perspectivas da mulher”, sendo que “as obras foram criadas de diversas formas e são apresentadas no sentido contemporâneo de liberdade, singularidade e inovação”.
Citada pelo mesmo comunicado, Kathine Cheong, curadora e directora artística da exposição, disse esperar que “o público possa prestar mais atenção às similaridades dos géneros dos seres humanos através do tema da exposição deste ano”.
Neste sentido, a temática da mostra é “WM”, “Woman” (Mulher em inglês), mas também representa Macau, adiantou Kathine Cheong. Para a responsável, o território é “uma terra abençoada que combina as culturas chinesa e ocidental e que também cultiva artistas locais e multiculturais”.
“Esperamos poder expressar o lado único dos sentimentos humanos e contar a história e cultura de Macau através de cada obra artística nesta exposição”, acrescentou.
“WM” significa ainda “WE (WO MEN)” em mandarim. “Dentro dos constrangimentos do sistema social e das influências culturais, a maior parte exalta determinadas características de um género humano em particular, ignorando a existência de uma homogeneidade entre homens e mulheres”, aponta a mesma nota.
Assim, esta exposição explora o termo “WE” (Nós), no sentido de promover oportunidades iguais para pessoas de diferentes géneros. Além disso, o termo “MUN” (“WO MUN”) significa “DOOR” (Porta) representando Macau (cujo nome em cantones é Ou Mun), levando a que as artistas participantes possam fazer um intercâmbio de ideias e partilhar as suas inspirações.

Cor branca

A mostra patente nas Casas-Museu da Taipa é dominada pela cor branca, o que mostra ao público presente “um forte sentido de espaço, o que vai de encontro aos trabalhos das artistas e ao tema da exposição”. O local da mostra conta com design de Sueie Zhe, também natural de Macau.
Até ao dia 16 de Novembro os organizadores irão promover uma série de actividades interactivas com o público, como visitas guiadas e workshops, entre outras. Estas iniciativas visam levar o público “a compreender de forma profunda a filosofia e as ideias dos artistas”.
A Associação para o Desenvolvimento da Nova Mulher de Macau foi criada em 2017 e reúne mulheres de várias idades e de diferentes campos profissionais. Através da promoção de eventos ligados à cultura e arte, este grupo pretende “promover o desenvolvimento das mulheres a nível psicológico e físico”.

7 Nov 2019

Festival Internacional de Cinema de Macau | 50 filmes entre 5 e 10 de Dezembro

Começa a contagem decrescente para a quarta edição do Festival Internacional de Cinema de Macau, que se realiza entre 5 e 10 de Dezembro. O cartaz deste ano tem cerca de 50 filmes, com destaque para o cinema local numa edição que também celebra os 20 anos da RAEM

 

[dropcap]A[/dropcap] quarta edição do Festival Internacional de Cinema de Macau (IFFAM) já mexe. Ontem foi apresentado o programa da festa da sétima arte, que se realiza entre 5 e 10 de Dezembro.

A abertura da quarta edição do IFFAM estará a cargo de “Jojo Rabbit”, uma comédia de humor negro passada na Segunda Guerra Mundial. “O filme da noite de abertura é a película norte-americana ‘Jojo Rabbit’, realizada pelo neozelandês Taika Waititi. É uma maravilhosa comédia agridoce, protagonizada por Scarlet Johanson e Sam Rockwell”, adianta Mike Goodridge, o director artístico do IFFAM. Quanto ao filme de abertura, Goodridge destaca que este venceu o Grande Prémio do Público no Festival Internacional de Cinema de Toronto, “que normalmente é presságio de boas coisas”. No ano passado, o filme da noite de abertura, ‘Green Book’ também venceu aquele prémio canadiano e mais tarde arrebatou o óscar para melhor filme.

Os dez filmes finalistas na secção Competição Internacional são: “Bellbird” (Nova Zelândia), “Bombay Rose” (Índia/França/Reino Unido/Qatar), “Buoyancy” (Austrália), “Family Members” (Argentina), “Give Me Liberty” (EUA), “Goldie” (EUA/França/Holanda/Luxemburgo), “Lynn+Lucy” (Reino Unido/França), “Two of us” (França/Bélgica/Holanda/Luxemburgo) e “Two/One” (Reino Unido/China/Canadá).

“Penso que é um programa muito forte. A nossa equipa de produção trabalhou o ano inteiro sem parar para seleccionar os cerca de 50 filmes que vamos mostrar”, declarou o director artístico do festival. Ainda assim, um dos destaques referidos por Mike Goodridge foi “The Long Walk”, uma produção conjunta do Laos, Espanha e Singapura, realizado por Mattie Do, um filme que nasceu de um projecto fomentado pelo IFFAM. “Estou muito excitado por ter ‘The Long Walk’ no programa. É a primeira película que será exibida no festival depois de ter estado no projecto de marketing de 2016, e de ter sido exibido como ‘work in progress’ no ano passado. O filme estreiou em Veneza este ano, e estamos muito entusiasmados por termos participado na sua evolução”.

Novidades e locais

O IFFAM contará ainda mais duas secções de concurso, Novo Cinema Chinês e Competição de Curtas, e seis secções foram de competição: Panorama do Mundo, que inclui o filme “A vida invisível de Eurídice Gusmão” de Karim Ainouz (Brasil/Alemanha), Adagas Voadoras, Gala, Apresentações Especiais, Apresentações Especiais para o 20.º Aniversário da RAEM e Escolha do Realizador. Nesta última serão exibidos os filmes “Os Quatrocentos Golpes” de François Truffaut (1959), e “Viagem a Tóquio” de Yasujiro Ozu (1953).

A directora dos Serviços de Turismo e presidente da comissão organizadora do certame, Maria Helena de Senna Fernandes, destacou para esta edição uma nova secção fora de competição, Apresentações Especiais para o 20.º Aniversário da RAEM [Região Administrativa Especial de Macau], e um “maior número de filmes de Macau” no IFFAM.

“Queremos continuar a dar esta oportunidade aos filmes de Macau. Desde a primeira edição que registamos o interesse de grande parte de novos jovens realizadores e produtores locais para entrarem no festival”, afirmou a responsável aos jornalistas, à margem da conferência de imprensa de apresentação do evento.

Naquela secção vão ser exibidas cinco produções cinematográficas de Macau: “Ina and the Blue Tiger Sauna”, “Let’s Sing”, “Pátio da Ilusão”, “String of Sorrow” e “Years of Macao”.
António Faria, realizador de “Ina and the Blue Tiger Sauna”, traçou o percurso até chegar ao cartaz deste ano do IFFAM. “Este filme começou com uma curta metragem em 2014 com o Macau Stories, a convite do produtor Albert Chu. Desde aí pensámos sempre fazer uma longa-metragem e tivemos bons resultados”. O cineasta revela que o distribuidor norte-americano achou por bem investir no filme e levá-lo aos mercados mundiais. “Então tivemos oportunidade de fazer de uma curta-metragem uma longa-metragem e daí surgiu o ‘Ina’”, aponta António Faria.

Passados cinco anos da rodagem da breve película original, o realizador voltou a usar a mesma actriz, num processo que não foi fácil. “Foi como montar um puzzle, tentar minimizar os custos a nível de produção e contar uma história ao nível de imagens. Mas o mais importante foi trazer para Macau um filme feito por pessoas de Macau e com actores de Macau em cantonês”.

Lugar ao sol

Com a organização e cartaz que segue em crescendo, a directora da DST aponta para objectivos da edição deste ano. “Depois de três edições, queremos dar ao festival um posicionamento próprio, um perfil distinto, com características de Macau, e manter a qualidade do programa”, acrescentou Maria Helena de Senna Fernandes sobre o certame, orçado este ano em cerca de 55 milhões de patacas.

Na terceira edição do IFFAM, a obra “Clean Up”, do sul-coreano Kwon Man-ki, venceu o prémio de melhor filme. Entre 6 e 8 de Dezembro, mais de 200 profissionais de cinema oriundos de 28 países e regiões vão participar no Intercâmbio para a Indústria Cinematográfica, e durante o qual serão apresentados 14 projectos de filmes a investidores, no âmbito do Mercado de Projetos do IFFAM.
As apresentações de trabalhos em curso vão apoiar, uma vez mais, os realizadores de projectos em fase de conclusão ou já concluídos para conseguirem financiamento para terminar filmagens, pós-produção, distribuição e exibições em festivais, entre outros.

Com Lusa

6 Nov 2019