João Luz EventosEventos culturais cancelados, incluindo o último dia da Lusofonia A descoberta ontem de casos positivos de covid-19 levou o Instituto Cultural a cancelar eventos e “actividades artístico-culturais de grande envergadura”. O último dia do Festival da Lusofonia foi uma das baixas. A presidente da Casa de Portugal considera uma medida um “exagero” e irracional À semelhança do que aconteceu no passado, a detecção de casos positivos de covid-19 está a levar à paralisação da cidade. A vaga de anúncio de cancelamentos começou com o “Oktoberfest Macau at MGM”, que terminaria ontem. O final abrupto do evento foi divulgado quase em simultâneo com a confirmação oficial de que o MGM Cotai seria também encerrado. Logo ao início da tarde, surgiria o anúncio do Instituto Cultural (IC). “Devido à evolução da situação da pandemia de covid-19, e de forma a garantir a segurança dos participantes, o Instituto Cultural cancela os seguintes eventos artístico-culturais de grande envergadura: O 25.º Festival da Lusofonia, o 4.º “Encontro em Macau – Festival de Arte e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa incluindo a “Exposição de Livros Ilustrados em Chinês e Português” e Prova de Vinhos, bem como a Festa de Promoção da “Lei de Salvaguarda do Património Cultural” 2022, o concerto de Abertura da Temporada da Orquestra Chinesa de Macau 2022-23 ‘Impressões das Montanhas Taihang’”. Sobre o cancelamento do Festival da Lusofonia, a presidente da Casa de Portugal não escondeu a desilusão pela decisão do Governo. “Foi, sobretudo, um grande decepção, porque a festa estava a decorrer maravilhosamente”, afirmou Amélia António à TDM – Rádio Macau. A responsável da instituição destacou o grande prejuízo que o cancelamento acarreta, nomeadamente na área da restauração, com todas as refeições que já estavam prontas para consumo, antes de ser anunciado o cancelamento. “Há coisas que acho que são um bocadinho demais, não entendo (…). Não há aqui gente de fora, é fundamentalmente gente de Macau. Acho que isto é um bocado exagero”, afirmou Amélia António à mesma fonte. Festival suspenso Também a sessão de beneficência integrada no XXXIV Festival Internacional de Música de Macau “O Contemporâneo Encontra a Tradição” foi cancelado. Num ano em que o cartaz do evento contava apenas com presenciais de Macau e do Interior da China, o espectáculo de beneficência que iria encerrar o festival não foi caso isolado. No dia 12 de Outubro, o IC anunciou que “devido às medidas de prevenção e controlo da pandemia no Interior da China e à impossibilidade do grupo artístico se deslocar a Macau, o programa Long Yu e a Orquestra Sinfónica de Xangai foram canceladas. Também a Masterclass de Piano com Chen Yunjie e o concerto “À Conversa com Chen Yunjie sobre Alexander Scriabin” foram cancelados. O “Mercado com Destaque para os Produtos do Mundo Lusófono e Macau 2022” (Templo de Pak Tai), que decorria no Largo Camões, foi encerrado prematuramente, quatro horas mais cedo do que estava previsto. O mercado era organizado pelo “Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau”, que pediu compreensão e colaboração dos convidados e expositores. Desporto em pausa A vaga de suspensão de eventos não se restringiu à cultura. Também o Instituto do Desporto (ID) reagiu à descoberta de casos positivos ontem. “Devido à evolução da situação de epidémica, e para garantir a segurança dos participantes, o ID anuncia que as actividades “Corridas de Obstáculos Macau 2022” e “Super Kids Macao” que previa realizar hoje [ontem] à tarde serão canceladas”. Também para ontem à tarde, estava programado um evento para a família no espaço do Lisboeta Macau, no Cotai, sob o tema do Halloween. “Para cooperar com as medidas anti-pandémicas do Governo da RAEM, informamos que o evento “Halloween Fun Run”, no espaço ao ar-livre H835 do Lisboeta Macau, foi cancelado.
Hoje Macau EventosFRC | Jazz assombra a Fundação em Dia das Bruxas A Fundação Rui Cunha apresenta este fim-de-semana o “Saturday Night Jazz”, dia 29 de Outubro pelas 21:00 horas. Intitulada “Especial de Halloween”, a música volta à Fundação para trazer as camadas jovens ao palco da Galeria e celebrar o Dia das Bruxas. A festa contará com o Kids Group da Macau Youth Jazz Orchestra” e o quinteto das adolescentes Lazy Jones, que prometem uma noite com música de assombro, indica a FRC em comunicado. A Associação de Promoção de Jazz de Macau (MJPA), co-organizadora do evento desde 2014, reúne também neste concerto duas bandas formadas por crianças e adolescentes amantes do jazz, que exploram diversos estilos dentro do género musical, no âmbito de projectos vocacionados para a juventude local e para o intercâmbio regional de talentos, pode ler-se. O Kids Group da Macau Youth Jazz Orchestra é a secção mais jovem de aprendizes da MJPA em formato de Jazz Big Band, cujos alunos de ensino primário vão poder «demonstrar toda a sua energia e muito swing», segundo Mars Lei, o Presidente da Associação. As cinco adolescentes que se seguem, compõem o quinteto feminino Lazy Jones, orientado pela baterista Carmen Ip. Estas actuaram na última edição do Saturday Night Jazz e regressam agora com novos temas e também alguns clássicos. Com Diana Piscarreta (voz), Gale Tsui (piano), Emily Hong (bateria), e as irmãs Nana Chan (guitarra) e Twinkle Chan (baixo). A entrada é livre, mas sujeita às recomendações de saúde implementadas pelas autoridades locais.
João Luz EventosCreative Macau | Obras seleccionadas de alunos da USJ em mostra colectiva O início de Novembro é altura em que a galeria da Creative Macau apadrinha a imaginação e engenho de estudantes do departamento de indústrias criativas da Faculdade de Artes e Humanidades da Universidade de São José. Cumprindo a tradição anual, é inaugurada no dia 4 de Novembro, sexta-feira, “Selected Works 2022”, a mostra que agrega os melhores trabalhos dos estudantes de estudos de arquitectura, comunicação e média e design. As ideias de espaço, lacuna e hiato urbanístico estão na génese dos trabalhos dos estudantes da área de arquitectura que se debruçaram sobre o plano director para a área da zona 1 do Porto Exterior. Com os dados lançados, os trabalhos procuraram explorar as oportunidades de design geradas pelos espaços vazios naquela zona da cidade. Por outro lado, os conceitos de mudança, deslocamento, alteração e transição serviram também de mote para retratar artisticamente a metamorfose entre antropocentrismo e uma abordagem mais centrada na sustentabilidade. “A viragem de paradigma é conseguida através do uso do design enquanto ferramenta operacional, mas também lógica, que resolva os desafios sistemáticos que o mundo enfrenta nos dias de hoje”, aponta um comunicado da Creative Macau. Imagens globais Os projectos dos alunos da área do design tiveram como fio condutor conceptual o resultado final de atingir o observador com impacto. Forma e finalidade em uníssono, materializados em trabalhos que iluminam “temas com relevância social, relacionados com sustentabilidade económica, equilíbrio ecológico e contextualização cultural”. A invulgaridade e a peculiaridade foram os epicentros conceptuais dos trabalhos dos estudantes de comunicação e média, o que resultou num conjunto de trabalhos que a curadoria descreve como “distintos e com maior presença artística”. “Alguns projectos individuais mostram uma perspectiva singular e original de Macau, explorando técnicas inovadoras que integram elementos de fotografia, videografia, sonoplastia e instalação artística”, aponta a Creative Macau. O potencial criativo dos estudantes é revelado pelo impacto visual que conseguiram captar, vasculhando um imaginário temático vasto e integrando elementos como documentos fotográficos da velha Macau ou a vida de comunidades de minorias que habitam a cidade. A exposição estará patente ao público entre 4 de Novembro e 10 de Dezembro.
João Santos Filipe EventosLusofonia e Festival de Artes e Cultura entre a China e os PLP arrancam sexta-feira São poucos, mas bons. A Lusofonia arranca com um programa limitado, mas que promete durante os três dias de espectáculo animar a Taipa com ritmos brasileiros, cabo-verdianos, portugueses, macaenses, moçambicanos e chineses Com a 25.ª edição do Festival da Lusofonia este fim-de-semana arranca também a 4.ª edição do Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa, com um programa muito limitado, devido às restrições da covid-19. Como tradicionalmente acontece, a abertura do evento que celebra a Lusofonia está agendada para sexta-feira, pelas 19h00, no Anfiteatro das Casas da Taipa. Além da cerimónia de abertura oficial, na sexta-feira, até às 22h, há também lugar no Largo do Carmo para a música ligeira, com a actuação de artistas como Fabrizio Croce, Núcleo de Cantares do GDCM, Rita e os Sons da Lusofonia, Gabriel, Jandira Silva, Betchy Barros, Banda Inova, Grupo de Fado e Música Popular Portuguesa. Ao mesmo tempo, no Anfiteatro das Casas da Taipa, os interessados podem assistir às actuações de Elvis de Macau, Coro do Grupo Dóci Papiaçam di Macau, Concrete Lotus e ainda a Banda 80&Tal, com um tributo aos Resistência. Neste “palco” as actuações também têm fim marcado para as 22h. No segundo dia da Lusofonia, a animação começa à hora do almoço, com a abertura das barracas para os comes e bebes agendada para o meio-dia. A música só arranca mais tarde, por volta das 16h30, no Anfiteatro das Casas da Taipa. A primeira actuação é das Crianças do Jardim de Infância D. José da Costa Nunes, seguida pelo Grupo Folclórico Infantil da Escola Portuguesa de Macau. A sessão para os mais novos não se fica por aqui, e os alunos da Escola Portuguesa de Macau vão levar ainda ao palco o espectáculo “Nos Castelos de D. Afonso Henriques”. Samba e Capoeira Terminado o tempo para os mais novos, entra em acção no Anfiteatro das Casas da Taipa o Grupo Axé Capoeira do Mestre Eddy Murphy. À sessão de capoeira, segue-se a música e dança cabo-verdiana com o Grupo Striblin, para depois se passarem aos ritmos moçambicanos do grupo Pérolas do Índico. Com os sons africanos a animarem a tarde, o Anfiteatro das Casas da Taipa vai ainda receber até às 22h as actuações da Associação de Danças e Cantares Portugueses ‘Macau no Coração’, do Grupo de Percussão An Zhishun de Shenzhen, da Banda Jammed, Gabriel & Friends, Banda 100 por cento, Banda Cabo Verde, Betchy Barros e Jandira Silva. Já no Largo do Carmo, a partir das 19h30, volta a estar em destaque a música ligeira com actuações de Rita e os Sons da Lusofonia, Fabrizio Croce, Concrete Lotus, Banda 80&Tal, Núcleo de Cantares do GDCM, Gabriel e Banda Inova. Ainda no sábado, nas Casas da Taipa, entre as 19h30 e as 20h30, decorre o Desfile da Escola de Samba 1.ª de Macau. Tuna Macaense No domingo, último dia da Lusofonia, o programa não varia muito. No palco do Anfiteatro das Casas da Taipa, o dia começa às 16h30, com o espaço para os mais novos, com a actuação da Banda da Escola Oficial Zheng Guanying. Ainda nesse dia vão actuar Santo Prince Dance Group, Grupo Dança Brasil, Grupo de Danças e Cantares de Macau, Grupo de Percussão An Zhishun de Shenzhen, Banda Pop Riff, na primeira actuação no festival, Banda Js & I, Banda The Bridge, Rita e os Sons da Lusofonia e a Tuna Macaense e Germano. Quem tiver perdido no dia anterior o Desfile da Escola de Samba 1.ª de Macau tem um momento de redenção no domingo, com mais uma actuação agendada para as 19h30. Ainda ao longo do último dia da Lusofonia, o Largo do Carmo recebe as actuações de Jandira Silva, Grupo de Fado e Música Popular Portuguesa, Fabrizio Croce, Betchy Barros, Banda Jammed, Concrete/Lotus, Banda Inova e a Banda 80&Tal.
Hoje Macau EventosPrémio Camões 2022 | Escritor brasileiro Silviano Santiago é o vencedor Escritor brasileiro Silviano Santiago é o vencedor do Prémio Camões 2022, anunciou domingo o ministro português da Cultura, Pedro Adão e Silva. No ano passado, o Prémio Camões foi atribuído à escritora moçambicana Paulina Chiziane, autora de “Balada de Amor ao Vento” e “Ventos do Apocalipse”. O Prémio Camões de literatura em língua portuguesa foi instituído por Portugal e pelo Brasil, com o objectivo de distinguir um autor “cuja obra contribua para a projecção e reconhecimento do património literário e cultural da língua comum”. Segundo o texto do protocolo constituinte, assinado em Brasília, em 22 de Junho de 1988, e publicado em Novembro do mesmo ano, o prémio consagra anualmente “um autor de língua portuguesa que, pelo valor intrínseco da sua obra, tenha contribuído para o enriquecimento do património literário e cultural da língua comum”. Foi atribuído pela primeira vez, em 1989, ao escritor Miguel Torga. Em 2019, o prémio distinguiu o músico e escritor brasileiro Chico Buarque, autor de “Leite Derramado” e “Budapeste”, entre outras obras; em 2020, o professor e ensaísta português Vítor Aguiar e Silva (1939-2022). O Brasil lidera a lista de distinguidos com o Prémio Camões, com 14 premiados cada, seguindo-se Portugal, com 13 laureados, Moçambique, com três, Cabo Verde, com dois, mais um autor angolano e outro luso-angolano. A história do galardão conta apenas com uma recusa, exatamente a do luso-angolano Luandino Vieira, em 2006.
Andreia Sofia Silva EventosCartoon | Rodrigo de Matos participa em exposição sobre conflito na Ucrânia Convidado pelo Instituto Quevedo de las Artes del Humor, Rodrigo de Matos é o único cartoonista português a participar na exposição “Trincheras. No a la guerra de Ucrania” [Trincheiras. Não à guerra na Ucrânia] que decorre até ao final do mês em Alcalá de Henares, perto de Madrid, Espanha “O encantador de crises” é o nome do cartoon da autoria de Rodrigo de Matos, cartoonista português a residir em Macau, e que foi convidado pelo Instituto Quevedo de las Artes del Humor [Instituto Quevedo das Artes do Humor] a expor em Espanha, mais propriamente na localidade de Alcalá de Henares, perto de Madrid, numa mostra exclusivamente dedicada aos cartoons sobre o conflito que se vive na Ucrânia e que integra a XXIX Mostra Internacional das Artes do Humor. Intitulada “Tincheras. No a la guerra de Ucrania” [Trincheiras. Não à guerra da Ucrânia], a mostra termina já no final deste mês e conta com o cartoon de Rodrigo de Matos originalmente publicado no semanário português Expresso. Além do convite endereçado a Rodrigo, os organizadores da mostra escolheram propositadamente o cartoon para ser exposto. “No cartoon vê-se o Putin [Presidente da Rússia] trajando a sua típica indumentária com que aparece por vezes nos cartoons internacionais: com calças e botas da tropa e em tronco nu. Resolvi retratá-lo como um encantador de serpentes muito peculiar: a fazer uma dança cossaca e a tocar uma flauta em forma de tanque de guerra”, começou por explicar Rodrigo de Matos ao HM. Publicado a 11 de Março deste ano, o cartoon retrata também a Ucrânia como uma tábua de pregos, “simbolizando as dificuldades que o exército russo estava a enfrentar na altura”. “A serpente é um gráfico com a cabeça em forma de barril de petróleo, representando os efeitos na economia que a investida de Moscovo estava a ter, nomeadamente a subida do preço dos combustíveis e da energia”, situação que continua a verificar-se meses após a publicação. Montra internacional Esta não é a primeira vez que Rodrigo de Matos, que também colabora com a imprensa local, participa numa mostra de cariz internacional. “Fiquei bastante contente com o convite. Sou o único representante de Portugal nessa mostra, o que é para mim uma honra e sinal de que as pessoas estão atentas ao meu trabalho e ao cartoon editorial que se faz no nosso país.” Rodrigo de Matos é, assim, o único nome português a constar ao lado de grandes nomes mundiais do cartoon, como é o caso do suíço Patrick Chappatte, da dupla espanhola Gallego y Rey, do catalão Kap e ainda do italiano Emanuele Del Rosso. Os organizadores da exposição explicam que pretendem uma reflexão, com recurso à arte e à criatividade, sobre um dos grandes conflitos que tem marcado a agenda mundial. “Há já seis meses que o mundo está a sofrer com o impacto de um conflito que causou o falecimento de milhares de pessoas e de tantos outros milhões que tiveram que deixar as suas casas. As consequências afectam-nos a todos, algo retratado por vários autores de todas as partes do mundo que publicam cartoons através dos quais expressam a sua raiva, crítica e impotência, sendo imagens que valem mais do que mil palavras.”
João Luz EventosConcertos hush | Maratona musical em Hác-Sá nos dias 5 e 6 de Novembro Três palcos e 46 bandas dispersas por dois dias repletos de música ao vivo. Nos próximos dias 5 e 6 de Novembro a Praia da Hác-Sá volta a receber os Concertos hush!, com um programa recheados por bandas locais dos mais variados estilos musicais e actividades para públicos de todas as idades Música para todos os gostos e em abundância será o prato forte do festival Concertos hush! 2022. Durante o fim-de-semana de 5 e 6 de Novembro, a Praia de Hác-Sá será o epicentro da música ao vivo, com uma zona infantil e três palcos especiais onde vão actuar 46 grupos artísticos locais. O programa musical deste ano irá oferecer ao público estilos musicais para todos os gostos, do rock ao jazz, passando pelo soul e funk, atravessando mundos entre a música tradicional e a onda futurista da electrónica, sem esquecer o rock alternativo, heavy metal, hip hop e, claro, a música pop. O palco principal (Hot Wave) será na Praia de Hác-Sá, com os primeiros acordes a começarem a soar às 15h e a prolongarem-se até às 21h45. No dia 5 de Novembro, sábado, actuam oito bandas no palco Hot Wave, com o indie rock dos Avidya a abrir as hostilidades. A banda formada em 2017 apresenta um repertório com fortes influências dos 1970 e 1980. A banda que se segue, por volta das 15h45 são os thetiredeyes. Com uma sonoridade que reflecte as diferentes influências musicais dos seus elementos. Baseado no jazz tradicional, os arranjos de thetiredeyes são fortemente influenciados por estilos como R&B, Neo soul, Hip hop e Pop. Mantendo a tónica no funk e R&B, os Dr. Jen são a banda que se segue no cartaz de sábado. Com dois discos na bagagem e uma carreira de quase 20 anos, os WhyOceans prometem ser um dos destaques do dia, com a sua mistura de post rock e sonoridades que bem podiam musicar filmes e paisagens. A vivacidade dos ARICLAN irá devolver o electro-funk ao público do Hush, por volta das 18h25. Com o multi-instrumentista ARI ao leme, a banda costuma brindar a plateia com actuações enérgicas e profissionais. Para baralhar um pouco os géneros, de seguida sobem ao palco Hot Wave os Cancer Game, o conjunto cujo estilo musical se situa entre Metalcore e Hardcore. A banda que se segue no cartaz poderá ainda ser uma incógnita, por virem do Interior da China. A dupla Wang Lei e Tile Wang, cuja criação musical assenta no experimentalismo e rock. A dupla FIDA fecha o cartaz do primeiro dia de concertos no palco principal, com a mistura de pop, folk e rock. Lugar aos pequenos Em torno do palco principal não vão faltar motivos de interesse, com várias tendas com lembranças à venda, comes e bebes, temas musicais, entre outros. Além disso, haverá lugar para os mais pequenos no palco “GEG hush! Kids”, apoiado pelo Galaxy Entertainment Group, que inclui uma zona infantil e um palco montado pela primeira vez na ladeira de relva, onde vãio actuar bandas musicais infantis e juvenis. Outro dos focos musicais do Hush deste ano é o palco Summer Chill, montado na entrada do Parque de Praia de Hác-Sá, que estará operacional entre 14h30 e as 19h, para um ambiente mais intimista e convidativo à descontracção. No dia 5 de Novembro, destaque para a actuação da dupla Paulo Pereira Saxperience, que reinventa ao vivo conceitos de jazz, aliando o saxofone de Paulo Pereira às batidas electrónicas do DJ Ryoma. A simbiose entre os dois estilos musicais resulta em novas visões de clássicos intemporais e na improvisação sob paisagens electrónicas a abeirarem-se do acid jazz. O fecho do palco Summer Chill no primeiro dia de concertos em Hác-Sá estará a cargo do veterano músico local Lobo. No dia 6 de Novembro, o palco principal volta à acção às 15h, com K-Off, uma interessante banda formada por entusiastas de séries de anime rock japonesas. Com actuações no LMA, Macau Comic Festival, Festival de Gastronomia de Macau e no Centro de Ciência, os K-Off têm habituado o público local a actuações energéticas e divertidas. A seguir no cartaz, com subida ao palco Hot Wave marcada para as 15h45 será a vez do SCAMPER, uma banda de pop-punk que abriu para os Linking Park quando passaram por Macau numa tournée mundial. Mantendo a tónica no punk-rock, a banda que se segue é os B_Gei3. O desfile de bandas do último dia de concertos no palco principal prossegue com os CHILLERZ, Amulets, Ocean Walker (actuação da Associação de Música Soul de Macau) e o emo rock dos Daze in White a fechar o dia. Também no dia 6 de Novembro, a partir das 18h35, a banda BETCHY & JAI-YO! sobe ao palco Summer Chill, o trio que “toca todo o tipo de música, que pode ir do Jazz/Rock/Pop ao Jazz Latino/Jazz Brasileiro”. A banda é composta pela cantora Betchy Barros, Ivan Pineda no baixo, Ari Calangi na bateria e João Marcos Mascarenhas no piano/teclas.
Andreia Sofia Silva EventosMandarina | “Em Casa” é o novo livro da editora portuguesa A editora portuguesa Mandarina, fundada por Catarina Mesquita, acaba de lançar um novo livro destinado a um público infantil e focado nos tempos de pandemia que se vivem actualmente. “Em Casa”, escrito por Catarina e Joe Tang, conta as histórias de Júlia e Pou e a forma como as comunidades portuguesa e chinesa lidaram com o confinamento Primeiro, foi o “Na Rua”, um livro que fazia com que os pequenos leitores fossem descobrindo Macau e o seu património a cada virar de página. O sucesso desta obra da editora Mandarina foi tanto que o livro já vai na terceira edição. Mas chegou a hora de fazer o oposto e contar uma história sobre a pandemia e de como é viver em confinamento. Chegou, assim, o “Em Casa”, a mais recente história para crianças da editora portuguesa fundada por Catarina Mesquita. Ex-jornalista, Catarina é autora da história portuguesa, protagonizada por Júlia, enquanto o escritor de Macau Joe Tang é o autor da história de Pou, um menino que faz parte da comunidade chinesa. Desta forma, o “Em Casa” vai revelando os detalhes das diferentes formas que estas comunidades tiveram de reagir à pandemia. Ao mesmo tempo, trata-se de uma continuação da história já contada nas páginas de “Na Rua”, com os mesmos personagens. “É uma obra de ficção muito baseada em factos reais, uma compilação de uma série de acontecimentos. Do lado da Júlia sublinhamos o facto de ela ter o avô longe, não poder andar de avião, ou visitar o avô com tanta frequência, ter de fazer os testes e lidar com uma nova realidade que é chegar à escola e perceber que muitos dos amigos tiveram de ir embora porque os pais ficaram sem trabalho e tiveram de regressar aos seus países”, contou Catarina Mesquita ao HM. Do lado do menino Pou a história é semelhante, “pois há a dinâmica de uma vida que muda completamente”. “Por um lado, o Pou tem a oportunidade de estar com os pais em casa como nunca teve, e dessa forma podem fazer coisas que nunca tinham feito antes, pelo facto de estarem fechados em casa. Isso acaba por apelar à criatividade”, acrescentou. Catarina Mesquita diz ter escolhido este tema “por tocar a todos e por marcar a história de Macau e de muitas crianças”. “É, sem dúvida, uma recordação. O livro traz uma mensagem de esperança e força em que basicamente a Júlia e o Pou sabem que, apesar da vida deles ter mudado muito, nos seus corações as pessoas continuam vivas e perto.” A obra está à venda em diversas livrarias do território, incluindo a Livraria Portuguesa, e custa 150 patacas. As ilustrações ficaram a cargo de Fernando Chan. “As ideias foram partilhadas entre nós [com Joe Tang], foi um trabalho muito conjunto, com muita partilha, de como eu, portuguesa, vivi a pandemia, e de como o Joe, sendo chinês, viveu a mesma situação, estando nós em realidades completamente distintas. Em parte, eles tiveram mais cuidado com as máscaras, e da nossa parte houve maior indignação”, adiantou Catarina Mesquita. Uma edição difícil A fundadora da Mandarina, no mercado desde 2019, revela que o “Em Casa” é um “livro com duas histórias”. “Nesse aspecto conseguimos manter a mesma dinâmica, embora o final seja comum. Mantivemos uma coisa que as crianças em ‘Na Rua’ adoraram, que é o cruzamento de histórias ao longo do livro. Isso faz com que o livro não morra no texto, permitindo explorar a ilustração e descobrir outras coisas.” A edição deste livro demorou a acontecer devido à pandemia, o que faz com que só agora esteja nas bancas depois de um período de pré-encomendas. “Quando tínhamos o livro pronto a ser impresso tivemos algumas dificuldades porque veio a pandemia e não podemos receber os livros naquele mês em que estivemos fechados. Os livros, quando chegaram, vieram embrulhados em plástico, algo que antes não acontecia.” Catarina Mesquita assegura que o surto não trouxe grande impacto a um mercado que, já de si, é pequeno. “Vejo que desde que a covid chegou que Macau tem editado alguns livros de qualidade para crianças em chinês, mas não vejo um desaceleramento por causa da pandemia porque as edições infantis nunca ocorreram em grande quantidade. No caso da Mandarina, mantivemos o mesmo número de edições, e a covid não tem desacelerado o negócio. Penso que há até mais investimento da parte dos pais para comprar livros, pois querem ter materiais para entreter as crianças, para que estas possam fugir do digital.” Catarina Mesquita diz notar menos leitores portugueses. “Quando fizemos o pré-lançamento do livro recebemos algumas encomendas e percebemos que havia menos público português, que já não está cá. Mas a Mandarina sempre trabalhou muito para o mercado local e não apenas para a comunidade portuguesa.” Este “continua a ser um negócio que não é altamente rentável, pois não se consegue sobreviver a cem por cento dos livros que editamos. Mas temos sempre surpresas a cada edição, com novas perguntas sobre a distribuição e apresentação das obras, por exemplo. É um caminho que se vai construindo”, rematou.
Hoje Macau EventosAlbergue SCM | Celebração da noite das bruxas acontece no final do mês No fim-de-semana de 29 e 30 de Outubro, realiza-se o 8.º Halloween no Albergue SCM, uma celebração para toda a família. Durante os dois dias de festa, não vão faltar actividades como postos de maquilhagem, uma zona para fotografias fantasmagóricas e caça aos doces. Máscaras assustadoras são altamente aconselháveis Bruxas, fantasmas, zombies, vampiros e todo um sortido de criaturas tenebrosas vão tomar de assalto o bairro de São Lázaro no fim-de-semana de 29 e 30 de Outubro. O epicentro da oculta diversão será o Albergue SCM, onde se irá celebrar o Dia das Bruxas, ou Halloween, um evento aterrador que assombra o bairro desde 2013. Durante dois dias, o pátio do Albergue vai-se transformar num cenário de filme de terror, com um rol de actividades variadas para cativar miúdos e graúdos. O evento, que conta com o patrocínio da Fundação Macau, estará envolto numa atmosfera convidativa ao uso de máscaras e a todo o tipo de diabruras. Para ajudar, será montada uma banquinha para maquilhar a preceito os foliões, assim como um espaço assombrado para tirar umas fotografias para a posteridade. Um dos momentos altos do fim-de-semana, será a caça aos doces na actividade “Doçura ou Travessura em São Lázaro”, que será organizado no sábado e domingo, destinado a equipas de pais e filhos. Para participar no “Trick or Treat” é necessária inscrição prévia, que termina no próximo domingo, 23 de Outubro. Os bilhetes custam 88 patacas por equipa e podem ser adquiridos na loja Pastéis de Chaves Macau, no início da Estrada do Repouso, nas imediações do Albergue. Com a meta de recolher o máximo volume de doces possível, as equipas têm de ser orientar por intermédio de um mapa da freguesia de São Lázaro, procurar diferentes locais e coleccionar “selos de doces”, para depois serem convertidos em guloseimas. Além da ingestão de açúcar, a actividade é um convite à descoberta do bairro de uma forma divertida. Raízes da festa Sem uma origem concreta, acredita-se que o Halloween é de origem celta, celebrado na véspera do feriado cristão do dia de todos os santos, dedicado à lembrança dos mortos. A própria origem do termo “Halloween” provém da expressão “All Hallow’s Eve”, precisamente véspera do dia de todos os santos. Já as comemorações e tradições da época, remontam a celebrações celtas relativas a colheitas, provavelmente com raízes em manifestações pagãs que marcavam o fim do Verão.
Hoje Macau EventosComércio | DFS abre duas lojas de produtos de beleza no Cotai O grupo DST vai abrir duas novas lojas T Galleria no Galaxy Macau e Londoner Macau nos dias 4 de Novembro e 18 de Novembro, respectivamente. Após um período de renovação, a loja de cosméticos T Galleria Beauty, do grupo de artigos de luxo DFS, volta a abrir portas no Galaxy Macau na próxima quarta-feira, 26 de Outubro, apesar da notória falta de visitantes e clientes nos empreendimentos de jogo e de lazer do território nos últimos tempos. O espaço tem mais de 20 mil metros quadrados e disponibiliza cosméticos, maquilhagem e diversos produtos de beleza de mais de 70 marcas de todo o mundo, além de trazer ao mercado local 30 novas marcas. A primeira vez que esta loja abriu portas foi em 2015, tendo sido alvo de diversas remodelações. Johan Pretorius, director-executivo do grupo DFS, disse estar satisfeito pelo regresso dos clientes à nova loja T Galleria Beauty, “para que possam descobrir as últimas novidades na área da beleza”, além de serem disponibilizados novos produtos e serviços.
Hoje Macau EventosIC | Festival sino-lusófono de cinema entre 4 e 18 de Novembro Sob o tema “Todos os Rios Correm para o Mar”, decorre, nos primeiros dias de Novembro, o Festival de Cinema entre a China e os Países de Língua Portuguesa que promete trazer “excelentes filmes chineses e lusófonos”. A iniciativa é do Instituto Cultural em parceria com várias salas de cinema do território Arranca dia 4 de Novembro a quarta edição do Festival de Cinema entre a China e os Países de Língua Portuguesa que, até ao dia 18 desse mês, promete apresentar cerca de 30 filmes em chinês e português, todos sujeitos ao tema “Todos os Rios Correm para o Mar”. A organização está a cargo do Instituto Cultural (IC) e acontece em várias salas de cinema do território. O festival divide-se em três secções, intituladas “Tão Inclusivo Quanto o Oceano”, “Filmes Chineses” e “Filmes Lusófonos”. O filme de abertura intitula-se “In Search of Lost Time”, produção chinesa de Derek Yee Tung Sing e será exibido nos cinemas Galaxy a 4 de Novembro. No último dia do festival, o público poderá assistir à película “A Viagem de Pedro”, na Cinemateca Paixão, sendo esta uma co-produção entre Portugal e o Brasil da autoria de Laís Bodanzky. A ideia é que, com o cartaz, se possam aproveitar “os filmes para dar destaque ao espírito de intercâmbio, inclusão, compreensão mútua e pioneirismo entre a China (incluindo Macau) e os países e regiões de língua portuguesa”, destaca o IC. Os bilhetes para o Festival de Cinema encontram-se à venda na Cinemateca Paixão e também estão disponíveis para venda online desde ontem. Película gratuita O IC pretende criar uma sinergia com outros eventos integrados no “Encontro em Macau – Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa” e, por essa razão, irá exibir de forma gratuita, dia 29 de Outubro, às 14h45, o filme “O Menino e o Mundo” no anfiteatro das Casas-Museu da Taipa, onde decorre o Festival da Lusofonia. Além disso, os membros do público que participem nas actividades dos estabelecimentos de restauração parceiros da Feira Gastronómica do Hotel Broadway, entre os dias 18 de Outubro e 3 de Novembro, são elegíveis para receber um cupão e trocar, posteriormente, por dois bilhetes para o filme de abertura do festival de cinema. Estão também disponíveis descontos na compra de bilhetes. Entre os dias 18 de Outubro e 18 de Novembro, o público que atinja o valor de consumo estipulado nos estabelecimentos de restauração específicos no Hotel Galaxy e na Feira Gastronómica do Hotel Broadway, poderá receber um “Cartão de desconto do Festival de Cinema”. Mediante a apresentação deste cartão, o público pode usufruir do desconto “compre um, receba dois” na compra de bilhetes para quaisquer sessões do Festival de Cinema na Cinemateca Paixão. Durante o período de 18 a 30 de Outubro, em cada compra de bilhetes para qualquer sessão do Festival de Cinema entre a China e os Países de Língua Portuguesa no valor de 120 patacas ou superior, os membros do público poderão receber um cupão de desconto para a Exposição de Livros Ilustrados em Chinês e Português.
Hoje Macau EventosLivro de Giorgio Sinedino apresentado esta sexta-feira Será lançado esta sexta-feira, a partir das 18h30, na Fundação Rui Cunha, o livro “Confúcio – O Fundador da Tradição”, da autoria de Giorgio Sinedino, académico e ex-assessor. Esta é uma iniciativa do Centro de Ensino e Formação Bilingue Chinês-Português da Universidade de Macau (UM) que, desde Janeiro de 2020, tem produzido um programa de rádio em português intitulado “Ideias Chinesas” (Temporada 1-4) em co-produção com a Radio China International (CRIpor). Com um vasto conteúdo que percorre alguns dos maiores clássicos chineses, “Confúcio e os Analectos”, “Laozhi e Dao de Jing”, “Meng Ke e o Livro de Mencius” e “Zhaungzhi e o seu Livro”, o programa visa descodificar e dar a conhecer a todo o público lusófono, o pensamento confucionista e as respectivas tradições intelectuais chinesas. Os 15 episódios que compõem cada temporada têm sido regularmente disponibilizados nos sítios web CRIpor e CPC, encontrando-se integralmente acessíveis a todos os interessados. Em Agosto deste ano, a primeira temporada foi integralmente convertida neste livro sobre Confúcio e a sua obra, como forma de promoção e divulgação, através da palavra escrita, do programa de rádio a todos quantos ainda dele não tivessem conhecimento. Paixão pela China A obra será apresentada por Yao Jing Ming, poeta e tradutor, além de professor do departamento de português da UM, bem como por João Veloso, director do mesmo departamento. Fluente em doze línguas, incluindo mandarim, cantonês e japonês, Giorgio Sinedino vive na China desde 2005. Com um doutoramento em Religião pela Universidade Renmin – China e um mestrado em Filosofia pela Universidade de Pequim, Giorgio Sinedino estudou Budismo no Templo da Fonte do Dharma e Daoísmo no Templo da Nuvem Branca, tendo também aprendido acerca das várias tradições chinesas com múltiplos mestres sem filiação institucional. O autor publica regularmente sobre o pensamento e literatura chineses, mantendo este podcast sobre os autores clássicos e suas obras na Radio China International. Pela estampa da Unesp, publicou os best-sellers Os Analectos (2012), Dao De Jing (2016) e Immortal do Sul da China (2022).
Hoje Macau EventosDocomomo | Palestra sobre Chui Tak Kei na Fundação Rui Cunha É já amanhã que decorre na Fundação Rui Cunha a palestra “Construir o Século XX: Chui Tak Kei”, promovida pelo centro de investigação Docomomo Macau. O arquitecto Rui Leão e o assessor de informação João Guedes vão falar dos contributos de Chui Tak Kei no sector da construção civil e em toda a sociedade A Fundação Rui Cunha (FRC) e o Centro de Investigação Docomomo de Macau apresentam amanhã, às 19h, a palestra “Construir o Século XX: Chui Tak Kei”, com a participação de João Guedes, assessor de informação e autor de livros sobre a história de Macau, e do arquitecto Rui Leão. Os dois oradores vão abordar os contributos do empresário Chui Tak Kei para a sociedade civil. Nascido em 1912 e falecido em 2007, Chui Tak Kei foi uma figura de destaque da sociedade e participou na construção e desenvolvimento de Macau como um importante agente político e cultural. Além disso, estabeleceu sempre uma relação próxima com a comunidade portuguesa. Tio do anterior Chefe do Executivo, Chui Sai On, Chui Tak Kei distinguiu-se como empresário e construtor. No plano político foi vice-presidente da Assembleia Legislativa, tendo participado no processo de transferência de soberania de Macau e na elaboração da Lei Básica. Da caridade Durante a II Guerra Mundial Chui Tak Kei dirigiu a Associação Tung Sin Tong, instituição de beneficência que prestou auxílio aos refugiados, um papel importante porque foi aí que iniciou a sua vida pública e a sua intervenção social e política. Figura preponderante do mundo empresarial de Macau, tendo presidido à Associação Comercial de Macau, uma espécie de governo sombra da comunidade chinesa ao longo do século XX. Mais tarde, foi fundador da Associação de Construtores Civis de Macau, de que seria o presidente executivo e, depois, presidente honorário. Foi membro da Comissão da Redacção da Lei Básica da RAEM e da Comissão Preparatória da RAEM, bem como Presidente do Comité Consultivo para a Lei Básica da RAEM. Amante de música e das Belas Artes, dedicou-se nos tempos livres ao desenho, pintura e caligrafia chinesa, além de ser um grande apreciador e coleccionador de arte chinesa. De destacar que, em relação aos oradores, João Guedes é autor da fotobiografia sobre esta personalidade, intitulada “Chui Tak Kei – A História numa Biografia”, onde recolheu para memória futura os grandes feitos desta personalidade de relevo da comunidade chinesa em Macau. Por sua vez, Rui Leão, arquitecto, é Presidente do Centro de Investigação Docomomo Macau.
Hoje Macau EventosPoesia | Sara F. Costa lança “Ser-Rio, Deus-Corpo” em Portugal e na Índia O sexto livro de poesia de Sara F. Costa intitula-se “Ser-Rio, Deus-Corpo” e será lançado no próximo mês de Novembro em Portugal, na cidade do Porto, e depois na Índia, na sua versão inglesa. A obra é resultado de uma bolsa de criação literária “Ser-Rio, Deus-Corpo” é o nome do novo livro de poesia de Sara F. Costa, ex-colaboradora do HM que tem vindo a crescer no mundo da poesia. A autora, que viveu em Pequim e é fluente em mandarim, lança no próximo mês, no Porto, aquele que é o seu sexto livro de poesia. A obra ganha uma versão inglesa que será lançada mais tarde na cidade de Bengaluru, na Índia. No ano passado, Sara F. Costa ganhou uma bolsa de criação literária financiada pela Direcção Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas do Ministério da Cultura Portuguesa, o que deu origem a “Ser-Rio, Deus-Corpo”, livro editado pela editora Labirinto. Nesta obra, a autora incorpora vários registos poéticos de “tradição simbolista, surrealista, imagista e objectivista” interpretando a psique e a índole humana “a partir do corpóreo”. Na carta de candidatura à bolsa de criação literária, Sara F. Costa descreveu este projecto de poesia como sendo “uma ode à fertilidade” ou “um trabalho sobre a criação intrauterina do ponto de vista estritamente matriarcal”, numa clara referência à maternidade. “Ser-Rio, Deus-Corpo” retrata “a experiência intimista de uma mãe durante o período de gestação do feto, incorporando, por vezes, elementos da tradição modernista como a objectividade, intelectualidade, abstração e distanciamento necessários para transformar a experiência em arte”. Contudo, “nunca se abandona o registo privado, quase doméstico, em que a voz poética procura transcender a casa-corpo”. A autora, num comunicado de imprensa, dá conta de que os temas que se relacionam com a maternidade, no campo da literatura ocidental, começaram a surgir nos anos 70 do século XX, “quando surge a segunda onda do movimento feminista”. Desta forma, “pretendia-se combater as pré-noções que sentenciavam certos tópicos como inapropriados enquanto motivos literários”. Mais internacional Sara F. Costa trabalha, com este livro, a ideia de “mãe-poeta” que “não é uma personagem muito presente”, uma vez que a mãe “é mais representada por autores masculinos do que femininos”. “O objectivo deste trabalho é trazer a representação da mãe que não precisa de ser representada porque o é. A poeta é universal, mas é mulher”, diz a autora no mesmo comunicado. De frisar que a ilustração da capa é da autoria da artista Constança Araújo Amador. Em relação ao lançamento da obra na Índia, este surge do convite feito a Sara F. Costa para participar no Festival Internacional de Literatura organizado Asia Pacific Writers & Translators, que tem como tema “Meridian – Writing Outside the Frame” e que decorre entre os dias 28 a 30 de Novembro. O livro é editado pela “Red River”, uma editora independente de Nova Deli, sendo apresentado no dia 28 de Novembro em Bengalore, no Festival Internacional de Literatura Asia Pacific Writers & Translators. Além das edições em português e inglês, “Ser-Rio, Deus-Corpo” será também editado em Espanha. Os textos de Sara F. Costa têm vindo a ser publicados e traduzidos um pouco por todo o mundo, tendo a autora sido convidada para participar em festivais literários em países como Espanha, Polónia, Turquia, China e Índia. O seu livro “A Transfiguração da Fome” obteve o Prémio Literário Internacional Glória de Sant’Anna para melhor obra de poesia publicada em países de língua portuguesa em 2018. Sara F. Costa publicou ainda uma antologia de poesia chinesa contemporânea por si organizada e traduzida, fruto do contacto com os meandros literários e artísticos de Pequim, onde viveu até 2020. Nesse ano, quando começa a pandemia da covid-19, a autora regressou a Portugal, quando estava grávida de oito meses.
Hoje Macau EventosÓbito | Morreu Robbie Coltrane, actor que interpretou Hagrid em “Harry Potter”, aos 72 anos O actor escocês Robbie Coltrane, conhecido por ter interpretado Rubeus Hagrid nos filmes da saga “Harry Potter”, morreu sexta-feira aos 72 anos no hospital junto da sua residência em Larbert, na Escócia, adiantou a imprensa especializada em entretenimento. A notícia da morte foi confirmada pela sua agente, Belinda Wright. “Provavelmente será mais lembrado nas próximas décadas como Hagrid nos filmes de ‘Harry Potter’, um papel que trouxe alegria para crianças e adultos em todo o mundo, gerando uma torrente de cartas de fãs todas as semanas durante mais de 20 anos”, escreveu Wright numa nota. O actor premiado apresentava problemas de saúde há pelo menos dois anos. Além de “Harry Potter”, Coltrane conquistou a televisão com o papel do psicólogo forense Dr. Eddie ‘Fitz’ Fitzgerald no drama “Cracker”, pelo qual ganhou três prémios BAFTA na categoria de Melhor Actor, só igualado por Michael Gambon. Os galardões nos BAFTA levaram Coltrane a abraçar papéis em dois filmes da saga “James Bond 007”, ao interpretar Valentin Zukovsky em “GoldenEye” e “O Mundo Não Chega”. O artista escocês começou a sua carreira na comédia e no teatro. Coltrane nasceu com o nome de Anthony Robert McMillan em 30 de Março de 1950, em Glasgow, na Escócia.
Andreia Sofia Silva EventosLiteratura | Agustina Bessa Luís nasceu há 100 anos O centenário do nascimento da escritora portuguesa Agustina Bessa Luís começou ontem a ser celebrado, em Portugal, com uma série de actividades. Mulher do norte e autora de obras como “A Sibila”, Agustina Bessa Luís é lembrada como “uma das vozes mais inoportunas da literatura” Nascida em 1922 na zona de Vila Meã, Amarante, Agustina Bessa Luís, falecida em 2019 vítima de doença prolongada, é um dos nomes mais reputados do panorama literário português, muito por culpa de obras como “A Sibila”, lançado em 1954. O centenário do seu nascimento começou ontem a ser celebrado em Portugal com uma série de actividades que decorrem em várias cidades do país. Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República portuguesa, destacou que Agustina Bessa Luís era “uma mulher política, no sentido de viver o que é ser-se político, na dimensão mais profunda do termo”. Aos jornalistas, depois de ter discursado nos claustros do Museu Amadeo de Souza-Cardoso, Marcelo assinalou que a autora, natural de Amarante, “vibrava com aquilo que era o interesse nacional, vibrava com aquilo que considerava fundamental para a comunidade”. “Essa sua independência, o seu amor a Portugal, essa sua ligação às raízes, é ser político para aquele tempo”, referiu, acrescentando que o país precisava que “todas as mulheres e homens fossem mais positivos, no sentido de lutarem na sua vida, no dia-a-dia, para tornarem Portugal melhor”. “Ela era visceralmente portuguesa, sentia Portugal, não só naquilo pensava, naquilo que era a sua maneira de ser, tinha raízes”, acentuou. Por sua vez, Ana Pinho, presidente da Fundação de Serralves, sediada no Porto, recordou ontem a autora como “uma das vozes mais inoportunas da literatura portuguesa” e “um espírito anarquista singular”, na abertura das comemorações do centenário. “Autodidacta, tanto por condição como por convicção, Agustina impôs-se como uma das vozes mais inoportunas da literatura portuguesa”, disse Ana Pinho ao abrir a sessão que antecipou a inauguração de “Uma Exposição Escrita: Agustina Bessa-Luís e a Colecção de Serralves”. Para a presidente da fundação, “ao questionar tudo o que parecia acondicionado, devidamente arrumado, pacificado”, a romancista “sempre foi ao fundo das questões que lançou ao seu tempo, que é também o nosso tempo”. Agustina fez-se “historiadora das ideias por sempre ter desconfiado dos feitos e das narrativas de que estes feitos são feitos”, reclamando também “um lugar que a coloca algures entre a psicóloga atenta ao gesto, aparentemente, mais insignificante, e a socióloga que não ensaia grandes explicações totalizantes, mas, antes, não se furta às perguntas fundamentais”. “Agustina é um espírito anarquista singular, ora disciplinada, ora indisciplinadora”, vincou, recordando que “a sua verve demolidora desafiou os lugares-comuns e o politicamente correcto, alimentando confrontos profundos e admiravelmente violentos”. Na sessão de abertura interveio também a artista e filha de Agustina Bessa-Luís, Mónica Baldaque, que dedicou as celebrações do aniversário a quem conheceu a mãe “pela leitura, pelo estudo, pela crítica, pelo convívio”. “Dedico, de maneira particular, a Maria Leonor Cunha Leão, da Guimarães Editores, editora da Sibila (1954) e de toda a obra, que se tornou amiga de minha mãe”, afirmou Mónica Baldaque. Identidade própria Convidado pelo HM a traçar um olhar sobre a obra da escritora, João Veloso, director do departamento de português da Universidade de Macau fala apenas, na qualidade de leitor, da “escrita difícil, muito elaborada e densa” de Agustina Bessa Luís. “Há uma ligação dela ao Porto e à região do Norte. Ela foi, talvez a seguir a Camilo Castelo Branco, [a figura literária] literariamente mais aguda na percepção do Norte. O primeiro livro que li dela foi ‘Os Meninos de Ouro’, uma biografia romanceada de Francisco Sá Carneiro. É interessante ver essa mistura entre a ficção e partes factuais”, disse. Para João Veloso, Agustina Bessa Luís tinha “uma independência de espírito muito grande”, apostando em “personagens femininas muito fortes” muito antes de “o feminismo se assumir quase como uma corrente na expressão literária”. Os principais eixos do programa de celebração do centenário do nascimento da autora, que arrancaram ontem em Amarante e se prolongam até Outubro de 2023, centram-se, em especial, no roteiro dedicado aos lugares de Agustina, que nasceu em Amarante, viveu no Porto e tem uma forte ligação ao Douro e ao Minho. Com a consagração como escritora, que chegou em 1954, Agustina editou ainda outros livros de referência como “Vale Abraão”, adaptado ao cinema por Manoel de Oliveira. Colaboradora de várias publicações periódicas, Agustina Bessa Luís foi ainda directora do diário “O Primeiro de Janeiro” e do Teatro Nacional D. Maria II. Com Lusa
Hoje Macau EventosADM | Segunda edição do Chá Gordo acontece este sábado A Associação dos Macaenses (ADM) volta a promover, este sábado, mais uma mostra do Chá Gordo, que terá como tema o casamento. Desta forma, os participantes poderão recordar o período das décadas de 50 e 60 quando, nas cerimónias do casamento, o copo de água era feito com um Chá Gordo. Os participantes são convidados a provar mais de 30 pratos tradicionais, incluindo os tipicamente criados para o casamento e aqueles que nunca podem faltar num Chá Gordo, tal como o arroz gordo, o chau-chau lacassá, o aspic de camarão e o bolo menino. Incluem-se ainda iguarias como Peixe Depenado (mínchi de peixe), galinha na tempo di caça e sarrabulho de galinha. Os pratos serão preparados pelos chefes Marina de Senna Fernandes, Armando Sales Richie, Florita Alves, Gito de Jesus, Joyce Barros, Ivone Nogueira, Mena Pacheco Silva, Berta Lei e Wilma Marques. A ADM irá decorar a sala da sua sede, na Rua do Campo, à maneira antiga, fazendo-se um apelo para que os participantes vistam “os melhores trajes” para que possam plenamente desfrutar da experiência. A mostra temática “Chá Gordo – O Casamento” começa às 17h30 e termina às 20h30. Os bilhetes custam entre 230 e 280 patacas para adultos e 120 patacas para crianças dos 3 aos 11 anos. Por sua vez, em Portugal, a Casa de Macau em Lisboa promove um workshop de comida macaense com Maria João dos Santos Ferreira. A partir das 16h os participantes poderão aprender a confeccionar pratos como sopa de lacassá, bacalhau macaísta, Dourado, Tchatíni com arroz branco e legumes salteados e Arroz-Doce Macaense.
Hoje Macau EventosHush 2022 | Música regressa a Hac Sá no final do mês e workshops na Barra Concertos, workshops de música e sessões comunitárias de percussão em Hac Sá, são as grandes atracções do “Concertos hush! 2022”, que regressa no fim de Outubro depois de sucessivos adiamentos devido à pandemia. Ao contrário dos tradicionais festivais de Verão, o hush! 2022 promete ser um hino à higienização O “Concertos hush! 2022” é a metáfora perfeita dos dias que correm em Macau, em oposição ao que se passa no resto do mundo. Quando se pensa em festivais de música, surgem imagens de excesso, altos decibéis até ao nascer do sol, concertos icónicos que ficam na memória para o resto da vida, consumos excessivos de tudo e mais alguma coisa, muito suor e partilha de momentos exaltados. O hush está no polo oposto das inebriantes celebrações orgiásticas dos sentidos, normalmente associados a festivais de Verão. A música irá partilhar o palco com as exigências de prevenção da pandemia, “implementadas pelos Serviços de Saúde”, e o “Instituto Cultural (IC) irá continuar a adoptar medidas adequadas na organização das actividades artísticas e culturais”. Assim sendo, todos os eventos do “Concertos hush! 2022” serão acompanhados pela constante apresentação de comprovativos “atestando que os participantes completaram o esquema de vacinação primário contra a covid-19”, incluindo duas doses da vacina inactivada ou da vacina de mRNA) há pelo menos 14 dias, ou um certificado de resultado negativo do teste de ácido nucleico emitido nos últimos 7 dias (pago por conta própria). Além disso, “todos os participantes deverão usar máscara de protecção, ser submetidos à medição da temperatura corporal, digitalizar o código QR de local e apresentar o código de saúde. Da Barra a Hac Sá No que diz respeito aos eventos, no dia 22 de Outubro terá lugar no Centro de Arte Contemporânea de Macau – Oficinas Navais N.º 2 o “Workshop de Recolha de Sons no Exterior”, dirigido pelo professor de engenharia de gravação Wan Si Lok. Entre a formação e o experimentalismo, as sessões vão permitir aos participantes “utilizar as características dos microfones e explorar sons ignorados no nosso dia-a-dia durante passeios pelos cantos da cidade, bem como os procedimentos básicos da captação de som”. O IC ressalva que para participar nesta actividade as pessoas têm de trazer “os seus próprios smartphones e computadores (de preferência Mac) com recursos de gravação de áudio”. O workshop irá durar entre as 15h e as 21h. Para o dia 29 de Outubro, também nas Oficinas Navais, está marcado o “Workshop de Montagem de Som”, ministrado pelo experiente músico local Lobo Ip que dará corpo aos sons captados uma semana antes. O artista irá guiar, entre as 19h30 e as 21h, os participantes na instrumentalização de smartphones, programas de tablet, gira-discos e misturadores, com o objectivo de transformar em música os sons anteriormente gravados. Uma espécie de aula de culinária sonora. Depois da produção de música, serão apresentados ao vivo os resultados dos “cozinhados musicais” num concerto no início de Novembro. Ainda no Centro de Arte Contemporânea nas Oficinas Navais, no dia 30 de Outubro, terá lugar o “Workshop de Música Soul”, sob a batuta do músico Addison Wong. O evento será uma introdução ao soul, ou como descreve o IC “um género musical positivo”, que irá culminar com uma oportunidade para os participantes improvisarem um pouco. Importa referir que a música soul, uma manifestação afro-americana, serviu de veículo e escape na luta da comunidade afro-americana por igualdade e direitos civis. Roda de tambores No dia 5 de Novembro, o público será brindado com um banquete de ritmos no concerto “Piquenique com Música de Percussão”, num local que o IC designa como “Espaço Verde de Lazer Provisório de Hac Sá”. O evento dirigido pela Associação de Percussão de Macau parte da ideia de que tudo pode servir de instrumento de percussão. O desafio irá passar pela transformação de utensílios e objectos tipicamente usados em piqueniques para fazer música. No fim-de-semana de 12 e 13 de Novembro, na Quinta Urbana em Coloane, será organizado o “Acampamento de Músicas do Mundo”. Durante dois dias e uma noite, a Associação de Música Étnica Rítmica de Macau “levará os participantes a experimentar a alegria do ritmo da natureza, a explorar a conexão entre o ambiente ao ar livre e a música, a improvisar usando diferentes instrumentos rítmicos, tais como asalato, didjeridu, djembê, cajón, maraca e hang”. Os membros da associação vão prendar os campistas à hora de almoço do último dia com um concerto. Os participantes devem ser maiores de 18 anos e será dada prioridade a quem tenha “estudado instrumentos musicais, que tenha conhecimento preliminar sobre música e bom sentido de ritmo”, indica o IC.
Hoje Macau EventosTelevisão | Morreu Angela Lansbury protagonista da série “Crime, Disse Ela”, aos 96 anos A actriz britânica Angela Lansbury, protagonista da série emblemática “Murder, She Wrote” (“Crime, Disse Ela”), e de filmes como “Gaslight” ou “The Picture of Dorian Gray”, morreu esta terça-feira aos 96 anos, em Los Angeles. A morte da actriz ocorre a poucos dias de completar 97 anos, lembrou a sua família num comunicado divulgado pela revista People. Embora Angela Lansbury tenha ficado conhecida no pequeno ecrã por interpretar a romancista Jessica Fletcher na série “Crime, Disse Ela”, a actriz foi nomeada por três vezes para os Óscares, por papéis secundários no “Gaslight (1945)”, “The Picture of Dorian Gray” (1946) ou “The Manchurian Candidate (1962)”. Em 2013, foi distinguida com Óscar honorário pela Academia de Hollywood. Lansbury conquistou cinco Tony Awards pelas suas performances na Broadway e um prémio pela sua carreira. “Crime, Disse Ela” permaneceu no topo das audiências durante 11 anos, até que a CBS, à procura de um público mais jovem para a noite de domingo, mudou a série para um horário menos favorável a meio da semana. Lansbury protestou vigorosamente sem sucesso e, como esperado, a audiência baixou e a série acabou por ser cancelada. Como recompensa, a CBS contratou filmes de duas horas do “Crime, Disse Ela” e outros especiais protagonizados por Lansbury. Esta série, juntamente com outros trabalhos para a televisão renderam a Lansbury 18 indicações para Emmy, mas nunca ganhou nenhum.
Andreia Sofia Silva EventosZine Photo | Penúltimo número com homenagem a um avião O número 11 da Zine Photo, publicação de fotografia de autoria de João Miguel Barros, faz uma homenagem ao Pipeta Saratoga, um pequeno avião de apenas seis lugares propriedade de um amigo. O curador, fotógrafo e advogado pretende abrir a Ochre Space, uma galeria de fotografia em Lisboa, na Primavera do próximo ano Está quase a fechar-se o capítulo da Zine Photo, um projecto editorial de fotografia com apenas 12 números lançado pelo fotógrafo, curador e advogado João Miguel Barros. A 11ª edição acaba de sair e tem como título “Saratoga”, sendo uma homenagem ao avião Pipeta Saratoga, que era de um amigo de João Miguel Barros. “Este número tem como foco uma situação muito concreta. Tenho um amigo que tinha um avião, com um único motor e apenas seis lugares, que estava em Tires [zona de Sintra]. Ele convidou-me algumas vezes para dar uns passeios. Ele tinha o avião há várias décadas e todos os fins-de-semana tratava dele com grande zelo e carinho.” “O meu amigo é médico, mas também piloto, e andava de avião aos fins-de-semana. Era quase como um filho para ele”, lembrou o autor do projecto. De máquina fotográfica em punho, João Miguel Barros fez a última viagem no Pipeta Saratoga antes de este ser vendido, devido à partida do seu proprietário foi para Itália. “Esta zine acaba por ser um tributo a isso. As fotos têm como base o avião propriamente dito e essas duas viagens. Tentei, acima de tudo, levar para a história o meu olhar. Penso que as pessoas já identificam o meu tipo de fotografia como sendo um pouco diferente. Quis fugir ao lado turístico de uma pessoa que vai andar de avião e faz fotografias. Gosto das imagens e acho que acabou por ser um número bem conseguido”, adiantou ao HM. Todas as Zine Photo contém dentro de si “histórias muito simples”, que “não têm nada de transcendente ou de revelador”. “Esta revista é quase uma homenagem a um filho que se vai embora. Para mim também foi uma experiência interessante, pois embora esteja habituado a andar de avião, sempre andei em aviões comerciais, com outro tipo de segurança. Às vezes sentimos uma certa fragilidade do que é a nossa vida quando andamos num avião daqueles.” Depois das revistas, os livros João Miguel Barros não quer ficar por aqui no que diz respeito à fotografia e aos projectos artísticos. Em Dezembro, sairá a 12ª edição da Zine e depois o autor pondera começar a editar livros de fotografia “com histórias mais consistentes e desenvolvidas”. Ao mesmo tempo, a Ochre Space, uma galeria de fotografia, livraria e espaço de investigação, situada em Lisboa, deverá abrir portas na Primavera do próximo ano. “É muito difícil, e às vezes as pessoas não compreendem o esforço que é preciso fazer para conjugar várias dimensões e facetas no mundo da fotografia. Além de ter o lado artístico, como produtor artístico e fazendo fotografia, faço curadoria do trabalho de outras pessoas.” Com tantas facetas profissionais dentro de si, João Miguel Barros confessa sentir, por vezes, um certo conflito interior, por “tentar fazer muita coisa com papéis tão distintos”. “Continuo a achar que tenho pouco tempo para o muito que quero fazer e tenho uma ambição enorme para valorizar a fotografia. Não quero abdicar de nenhuma destas componentes”, rematou.
João Luz EventosCinemateca Paixão | Do neo-realismo italiano à homenagem de Burton a Ed Wood Na sexta-feira arranca na Cinemateca Paixão o ciclo “Pessoas comuns com histórias extraordinárias”, composto por uma selecção de filmes com narrativas centradas num protagonista. Na sessão de abertura é exibido o clássico “Ladrões de Bicicletas”. Fora do ciclo, como não poderia deixar de ser, é exibido um documentário recente sobre a vida e obra de David Bowie As noites de bom cinema na Cinemateca Paixão prosseguem com a exibição de mais um ciclo heterogéneo de obras das mais variadas proveniências e estilos. “Pessoas comuns com histórias extraordinárias” arranca na sexta-feira com o clássico do neo-realismo italiano “Ladrões de Bicicletas”, do mestre Vittorio De Sica, um dos mais influentes cineastas da história da sétima arte. Seguindo a premissa que dá mote ao ciclo, a vida do personagem imortalizado por Lamberto Maggiorani traça uma desesperada crónica da Itália do pós-guerra e da crise que varreu a devastada Europa. “Ladrões de Bicicletas” retrata as dificuldades de um pai de família desempregado a quem é roubada a bicicleta, um bem essencial na busca de trabalho e um pretexto para explorar a relação com o filho. O clássico do neo-realismo italiano é exibido na sexta-feira às 19h e terá uma sessão adicional a 25 de Outubro, terça-feira, às 21h30. No sábado é apresentada uma sessão dupla. Às 19h, o ecrã da Cinemateca Paixão acolhe, “Xiao Wu” a obra filmada em 16mm por realizador chinês Jia Zhangke, um dos nomes cimeiros da chamada sexta geração de cineastas chineses. Neste caso, o anti-herói, Xiao Wu, é um carteirista de uma pequena e pobre vila da província que descontente com o rumo que a sua vida toma entra em conflito com as suas próprias decisões a sua pobre família. Nutrindo um ódio profundo e desdém das suas raízes rurais e humildes, Wu acaba por ser preso no meio da rua, perante o olhar inquisitório dos transeuntes. “Xiao Wu” volta a ser exibido a 21 de Outubro, sexta-feira, às 19h30. O outro filme da sessão do próximo sábado é “Peppermint Candy”, que passa no ecrã na Travessa da Paixão às 21h, da autoria do sul-coreano Lee Chang-dong. “Peppermint Candy” volta a ser exibido a 19 de Outubro, às 19h, e a 25 de Outubro à mesma hora. Portas e travessas O segundo par de filmes do ciclo de cinema tem como protagonista o optimismo desenfreado de homens que lutam contra todas as expectativas. O primeiro é o já clássico de Tim Burton “Ed Wood”, protagonizado por Johnny Deep e com Martin Landau a encarnar o imortal actor Bela Lugosi. Apesar de não ser considerado um ponto alto da carreira de Tim Burton, para os amantes do cinema série-b, “Ed Wood” é uma pérola de ternura, baseada na vida de um dos piores realizadores da história do cinema. Os baixos orçamentos e entusiasmo que torna a pior das performances num acto mágico tornam os filmes de Ed Wood em clássicos do terror, ficção científica e sexploitation. O biopic de Tim Burton é exibido no dia 20 de Outubro, às 19h30, e no dia 27 de Outubro às 19h. Outro dínamo de ternura é “Eddie the Eagle”, que não é propriamente um grande filme e que será apresentado no dia 23 de Outubro, às 16h30. Realizado pelo britânico Dexter Fletcher, o filme é baseado na vida Michael Edwards, um homem que sonha chegar à equipa olímpica inglesa de salto de ski, mas que acumula falhanços bombásticos. Apesar da sua aparência física não se aproximar do protótipo do atleta olímpico, com barriga pouco aerodinâmica e óculos com elevada graduação, Eddie The Eagle, como ficou conhecido na vida real, foi um fenómeno de popularidade. Ásia na tela No dia 19 de Outubro, de hoje a uma semana, a Cinemateca Paixão exibe às 19h30 “The Great Buddha+”, uma comédia negra da autoria do realizador de Taiwan Huang Hsin-yao. A narrativa tem como epicentro um segurança nocturno de uma fábrica de estátuas de Buda e as tropelias em que se envolve com um amigo que tem a estranha obsessão de coleccionar material reciclável. A vida da inusitada dupla entre em rebuliço quando se emaranham numa teia de segredos sombrios ao descobrirem uma colecção de vídeos comprometedores que documentam a promiscuidade do dono da fábrica. “The Great Buddha+” volta a ser apresentado no dia 22 de Outubro, sábado, às 19h. Na segunda sessão do dia 19 de Outubro, às 21h30, é exibido “Red Sorghum”, o filme de estreia do aclamado realizador chinês Zhang Yimou, que, entre muitos poucos de destaque na filmografia, realizou filmes como “To Live”, “Hero” e “The Flowers of War”. Com a segunda guerra Sino-Japonesa como pano de fundo, a acção do filme desenrola-se numa aldeia rural da província de Shandong, narrada do ponto de vista do neto da protagonista, que recorda a vida da avó que na juventude foi vendida pela família para um casamento arranjado com um velho dono de uma destilaria de baiju. “Red Sorghum” volta ao ecrã da cinemateca no dia 27 de Outubro, às 21h30. Finalmente, para completar o ciclo “Pessoas comuns com histórias extraordinárias” a cinemateca apresenta “Cageman”, um filme do realizador de Hong Kong Jacob Cheung. O filme que retrata a vida de moradores em “apartamentos gaiola” é exibido a 23 de Outubro, às 18h30, e no dia 28 às 19h30. Homem das estrelas Fora do ciclo, mas digno de menção para amantes da música de David Bowie, importa referir a exibição do mais recente documentário sobre a vida e obra do artista britânico “Moonage Daydream”, realizado por Brett Morgen. O filme será exibido ao longo do mês, com a primeira sessão marcada para amanhã às 21h, voltando ao ecrã da Travessa da Paixão a 18 de Outubro (19h30), 22 de Outubro (21h), 26, 29 e 30 de Outubro (sempre 19h30). Segundo a sinopse, “Moonage Daydream” retrata a vida e génio de David Bowie, “um dos mais prolíferos e influentes artistas dos nossos tempos”. “Contando através de um caleidoscópio de imagens nunca antes vistas, performances ao vivo e música, Brett Morgen explora a viagem espiritual, musical e criativa de David Bowie”. O documentário que estreou no passado mês de Setembro nos Estados Unidos é imperdível para qualquer fã de Bowie que se preze. O bilhete para todas as sessões mencionadas custa 60 patacas.
Hoje Macau EventosFRC | Exposição de Emílio Cervantes Júnior para ver a partir de quarta-feira A Fundação Rui Cunha (FRC) apresenta, a partir de quarta-feira, a exposição de pintura “Inspiração – Paisagens Antigas de Macau”, do falecido artista nascido no México e radicado em Macau, Emílio Cervantes Júnior. A curadoria da mostra está a cargo de Joana Cervantes Nogueira. Podem ser vistas 33 obras a óleo, aguarela, guache e tinta-da-china que revelam imagens de Macau, das suas ruas, edifícios, barco e pessoas, pintadas ao longo de 17 anos. Emílio Cervantes Júnior nasceu a 9 de Julho de 1931 no México, mas veio viver para Macau com cinco anos de idade, com os pais, tendo ficado no território até ao fim da sua vida. O artista fez carreira militar, tendo estacionado no Quartel General em Macau até a sua reforma. Mas era um homem de interesses variados, dedicando-se igualmente ao desporto local e à música. Pertenceu à orquestra da Tuna Negro-Rubro, do Dr. Pedro José Lobo, onde tocava clarinete, saxofone, banjo, viola e outros instrumentos. As obras vão estar expostas na Galeria da FRC até ao dia 29 de Outubro de 2022. Na quarta-feira, a inauguração tem lugar às 18h30.
Andreia Sofia Silva EventosKa-Hó | Exposição de Chen Xiaofeng no espaço “Hold on Hope Project” “Gems on Paper – The World Beyond Exlibris” é o nome da exposição da artista Chen Xiaofeng que abre ao público este domingo no espaço “Hold on Hope Project”, na vila de Ka-Hó. Nesta mostra revelam-se 38 obras que giram em torno da ideia das emoções criadas pelos livros e do conceito de exlibris”, ou seja, vinhetas coladas em livros “Exlibris”, termo latino que significa uma vinheta ou sinal decorativo usados pelos bibliófilos ou escritores nas obras que possuem e escrevem, dá o mote à nova exposição acolhida pela galeria do espaço “Hold on Hope Project”, gerido pela Associação de Reabilitação dos Toxicodependentes de Macau (ARTM) na vila de Ka-Hó, em Coloane. A mostra, que é inaugurada no próximo domingo, às 16h, intitula-se “Gems on Paper – The World Beyond Exlibris” e revela trabalhos da artista Chen Xiaofeng. “Exlibris” é um termo clássico, que data do período do Renascimento, precisamente quando a edição de livros se começou a generalizar. Neste caso, a artista decidiu trabalhar em torno da criatividade que estas vinhetas e sinais criativos usados em livros contêm para realizar 38 obras, incluindo também algumas pequenas pinturas. O trabalho de Chen Xiaofeng é marcado pelo uso de diferentes tons de cinzento juntamente com cores quentes e frias, o que permite criar nos quadros “um caleidoscópio de emoções que mostra a força e a beleza das nossas vidas”. Uma vez que o cinzento “não é preto nem branco, descrevem a ambiguidade dos sentimentos que não se conseguem descrever com palavras, o que encaixa bem nas emoções ilusórias no amor”. Pensamentos e sentimentos Exemplo do trabalho de Chen Xiaofeng em torno das emoções humanas é a obra “Ladies in Jade”, onde a artista ilustra os livros como sendo figuras humanas. Neste caso, parte-se da ideia de que, em tempos antigos, as pessoas acreditavam que o conhecimento oriundo da leitura de livros poderia trazer riqueza e amor. Hoje em dia o acto de leitura “alterou-se para uma acção iniciada por cada pessoa”, ou seja, “o acto de se apaixonar pelo seu livro”. Isto porque “o acto de escolher um livro, nos dias de hoje, é como escolher uma árvore na floresta”. Os leitores “conseguem ler o mundo num livro, encontrar uma e outra alma, apreciar diferentes emoções, apreciar a diferença na vida”. Neste caso, os exlibris “reflectem a emoção exacta nos nossos corações e a busca por um novo mundo”. Destaque ainda para as obras “Show Time”, “Mask” ou “Sprout” que são “figurativas e abstractas, reflectindo os pensamentos de Chen Xiaofeng sobre diferentes conteúdos de livros”.
Hoje Macau EventosHumarish Club | Exposição de arte contemporânea decorre até Novembro A galeria de arte Humarish Club, situada no empreendimento Lisboeta Macau, inaugurou na última sexta-feira uma mostra de arte contemporânea, intitulada “Blind Love” com cinco artistas internacionais: Adam Handler, Ito Aya, Javier Martins, Jun Oson e Lin Yen Liang. O projecto acontece em parceria com a consultora local Pat Culture and Art “BlindLove” é o nome da mais recente mostra disponível na galeria de arte Humarish Club, no Lisboeta Macau. Inaugu- rada na última sexta-feira, e patente até ao dia 15 de Novembro, a exposição traz apenas cinco nomes de artistas internacionais. São eles, Adam Handler, Ito Aya, Javier Martin, Jun Oson e Lin Yen Liang. Esta iniciativa cultural nasce de uma parceria com a consul- tora de arte de Macau Pat Culture and Art. Pretende-se também, com esta mostra, “fazer com que o público perceba a importância do amor na vida através de obras de arte que expressam aideia de que o amor empodera e que não temos mais de ter medo de nada que aconteça à nossa volta” Sob a temática do amor cego, os artistas são convidados a expressarem, através da arte, os piores momentos vividos durante a pandemia, com as restrições de viagens, o isolamento e as fases de contágio. Pretende-se também, “fazer com que o público perceba a importância do amor na vida através de obras de arte que expressam a ideia de que o amor empodera e que não temos mais de ter medo de nada que aconteça à nossa volta”, lê-se numa nota de imprensa. Todos os artistas fazem a sua estreia em Macau. No caso de Adam Handler, a sua peça “Ghost Abduction in a Lost Flower Garden” foi leiloada na Sotheby’s por 441 mil dólares de Hong Kong. O artista nova-iorquino já expôs por todo o mundo passando pelos EUA, Europa, Ásia, África e região do Médio Oriente, sendo conhecido pelo seu trabalho cheio de cores mescladas com imagens saídas de sonhos e uma pinta de humor negro. “O seu estilo criativo questiona as noções e assumpções das pessoas sobre o mundo real que existe à sua volta, redesenhando as possibilidades sobre os sistemas estéticos”, lê-se ainda na mesma nota. Quatro identidades A mostra de arte contemporânea conta também com Ito Aya, que foi artista residente na galeria da Royal Siberian Academy, em Dublin, Irlanda, no ano de 2018. Natural do Japão, a artista já foi premiada e expôs colecti- vamente em mostras como “VOCA 2010”, patente no Ueno Royal Museum”, em Tóquio, e “RESONANCE”, no Suntory Museum, em Osaka. Destaque ainda para a exposição “Really Realistic Reality”, que pôde ser vista no Museu de Arte Moderna em Wakayama, no ano de 2015. Nascido em 1985 em Espanha, Javier Martin é o senhor que se segue nesta exposição. O pintor começou a dar as primeiras pinceladas aos sete anos, sendo que, aos oito, inaugurou a sua primeira exposição. O primeiro prémio sobre o seu trabalho chegaria aos nove anos. Durante mais de uma década, Javier Martin trabalhou na série de pinturas intitulada “Blindness”, uma das mais icónicas da sua carreira. Em 2012, o artista espanhol inaugurou a sua primeira exposição na Ásia, no espaço M50 Art Zone. Em 2016, apresentou o trabalho “Lies and Light” numa exposição individual na Art Basel de Hong Kong. “Blind Love” conta com mais um artista japonês na lista. Desta feita é Jun Oson, que é também ilustrador e bastante conhecido pelo seu trabalho feito com cartoons, onde os traços a negrito e com cores festivas atraem tanto crianças como adultos. Jun Oson também já expôs um pouco por todo o mundo, em países e regiões como o Reino Unido, França, Espanha e Hong Kong. Sob a temática do amor cego, os artistas são convidados a expressarem, através da arte, os piores momentos vividos durante a pandemia, com as restrições de viagens, o isolamento e as fases de contágio. Natural de Taiwan, Lin Yen Liang encerra o grupo de cinco artistas escolhidos para esta exposição. O seu trabalho foca-se nas pinturas em três dimensões e na escultura, sendo que o autor explora muito os retratos de crianças e animais, expondo as suas personalidades. Em 2006 o artista fundou a sua própria marca, “BaNAna”, que, em 2012, se transformou na marca de ilustração “BaNAna Lin”.